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13/01/2016
FECHAMENTO: 13/01/2016 – EXPEDIÇÃO: 17/01/2016 – ANO 2016 – PÁGINAS: 028/013 – FASCÍCULO SEMANAL Nº 02
Sumário
Atos do Legislativo
LEI 13.245 ESTATUTO DA ADVOCACIA
(DO-U DE 13-1-2016) Direitos do advogado
Atuação no inquérito
Altera o art. 7º da Lei 8.906, de 4 de julho de 1994(Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil)
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA sancionou a pre- ...........................................................................................
sente Lei: § 10 – Nos autos sujeitos a sigilo, deve o advogado
Art. 1º – O art. 7º da Lei nº 8.906, de 4 de julho de apresentar procuração para o exercício dos direitos de que
1994 (Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil), passa a trata o inciso XIV.
vigorar com as seguintes alterações: § 11 – No caso previsto no inciso XIV, a autoridade
“Art. 7º – .................................................................... competente poderá delimitar o acesso do advogado aos
XIV – examinar, em qualquer instituição responsável elementos de prova relacionados a diligências em anda-
por conduzir investigação, mesmo sem procuração, autos mento e ainda não documentados nos autos, quando houver
de flagrante e de investigações de qualquer natureza, findos risco de comprometimento da eficiência, da eficácia ou da
ou em andamento, ainda que conclusos à autoridade, po- finalidade das diligências.
dendo copiar peças e tomar apontamentos, em meio físico § 12 – A inobservância aos direitos estabelecidos no
ou digital; inciso XIV, o fornecimento incompleto de autos ou o forne-
........................................................................................... cimento de autos em que houve a retirada de peças já incluí-
XXI – assistir a seus clientes investigados durante a das no caderno investigativo implicará responsabilização
apuração de infrações, sob pena de nulidade absoluta do criminal e funcional por abuso de autoridade do responsá-
respectivo interrogatório ou depoimento e, subsequente- vel que impedir o acesso do advogado com o intuito de
mente, de todos os elementos investigatórios e probatórios prejudicar o exercício da defesa, sem prejuízo do direito
dele decorrentes ou derivados, direta ou indiretamente, subjetivo do advogado de requerer acesso aos autos ao juiz
podendo, inclusive, no curso da respectiva apuração: competente.”(NR).
a) apresentar razões e quesitos; Art. 2º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
b) (VETADO). cação.
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ADV FASCÍCULO SEMANAL 02/2016 COAD
§ 4º A denominação da sociedade unipessoal de advo- e ilimitadamente pelos danos causados aos clientes por
cacia deve ser obrigatoriamente formada pelo nome do seu ação ou omissão no exercício da advocacia, sem prejuízo
titular, completo ou parcial, com a expressão ‘Sociedade da responsabilidade disciplinar em que possam incor-
Individual de Advocacia’.” (NR) rer.”(NR)
“Art. 17 – Além da sociedade, o sócio e o titular da Art. 3º – Esta Lei entra em vigor na data de sua publi-
sociedade individual de advocacia respondem subsidiária cação.
Atos do Judiciário
PORTARIA CONJUNTA 477 TJ-MG
(DJe DE 7-1-2016) PROCESSO JUDICIAL ELETRÔNICO
Justiça comum de primeira instância
Alteração da Portaria Conjunta 411
INFORMATIVO 026
ADV FASCÍCULO SEMANAL 02/2016 COAD
tórios – SGP, nos moldes do determinado no Decreto Judi- pelo SGP deve conter mecanismos que registrem o momen-
ciário nº 373, de 14 de maio de 2010, com a redação dada to de sua exata apresentação no Tribunal de Justiça, que ser-
pelo Decreto Judiciário nº 953/2011. A partir da sua requi- virá para a precisa definição da ordem cronológica, nos ter-
sição no SGP será automaticamente gerado no PROJUDI mos do previsto na Resolução nº 115/2010 do CNJ. Para
um processo para tramitação exclusiva do precatório requi- efeito de inclusão do precatório na ordem cronológica e
sitório. Os precatórios que atualmente tramitam em meio definição do momento exato de sua apresentação, serão
físico serão digitalizados e gradativamente inseridos no considerados a data, a hora, o minuto e o segundo em que o
PROJUDI pelos servidores da Central de Precatórios, con- Juízo requisitante enviar o ofício requisitório pelo SGP.
forme cronograma a ser definido em ato próprio, a partir de O acesso ao sistema, através da rede mundial de computa-
quando receberão numeração única, a ser cadastrada no dores, pelos usuários cadastrados, para movimentação pro-
SGP para fins de controle. Nos precatórios que passarem a cessual, estará disponível diária e ininterruptamente, inclu-
tramitar por via eletrônica, a prática dos atos processuais, sive sábados, domingos e feriados. Os usuários do precató-
inclusive e especialmente o peticionamento, deve se dar ex- rio eletrônico são classificados em internos e externos. São
clusivamente no PROJUDI. Excepciona-se da regra pre- usuários internos: magistrados e servidores, serventuários
vista no § 1º, o pedido de pagamento preferencial, que se e auxiliares da Justiça. São usuários externos: partes,
admite formulado pelo próprio credor, sem assistência de advogados, defensores públicos, procuradores da Fazenda
advogado, e deve ser protocolado no Sistema Eletrônico pública, membros do Ministério Público, peritos, dentre
de Informações – SEI, com posterior inserção, pela Central outros.
de Precatórios, no precatório correspondente para análise.
O ofício requisitório eletrônico cadastrado e encaminhado Íntegra disponível no site www.advocaciadinamica.com
RESOLUÇÃO 45 TJ-RJ
(DJe DE 12-1-2016) AGRAVO INTERNO
Adequação ao Novo Código de Processo Civil
Alteração do Regimento Interno
Altera os arts. 3º, 22, 28, 124, 144, 179, 197, 200, 201, 202, 203 e 237 e
revoga o art. 204 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado
do Rio de Janeiro, em adequação ao Novo Código de Processo Civil
O ÓRGÃO ESPECIAL DO TRIBUNAL DE JUS- declarar a deserção e homologar os pedidos de desistência
TIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, baixou a ou renúncia; e ao 2º Vice-Presidente decidir sobre pedidos
presente Resolução, resolvendo: de desistência de recurso, antes da distribuição.
Art. 1º – O Regimento Interno do Tribunal de Justiça Resolução TJ/Órgão Especial nº 20/2009 de 18-12-2009
do Estado do Rio de Janeiro passa a vigorar com as seguin- Parágrafo único – Da decisão caberá agravo interno,
tes alterações: no prazo de 15 (quinze) dias, ao órgão competente para
Art. 3º – Compete ao Órgão Especial: julgamento do feito, procedendo-se, então, a distribuição.
...........................................................................................
Resolução TJ/Órgão Especial nº 20/2009 de 18-12-2009
II – julgar:
........................................................................................... Art. 124 – Nos mandados de segurança de competên-
i) o agravo interno previsto no § 1º-A do art. 200 deste cia originária dos órgãos do Tribunal, o processo será o
Regimento; previsto na legislação pertinente, competindo ao relator
Art. 22 – Os processos da competência dos Órgãos do todas as providências e decisões até o julgamento.
Tribunal serão distribuídos por classes e numerados con- Parágrafo único – Do pronunciamento do relator que
forme padrão estabelecido pelo Conselho Nacional de Jus- indeferir a petição inicial, conceder ou denegar a liminar,
tiça – Numeração Única – na ordem de apresentação à caberá agravo interno.
Secretaria do Tribunal, observando-se na classificação a Art. 144 – A representação ou a reclamação, que
seguinte nomenclatura: correrá em segredo de Justiça, será apresentada mediante
Resolução nº 22/2011 do E. Órgão Especial de 18-7-2011 petição em 02 (duas) vias, instruída com os documentos
I – no cível: necessários à comprovação das alegações, o rol de teste-
– ação popular; munhas e a indicação de outros meios probatórios perti-
– ação rescisória; nentes.
– agravo interno;
Art. 28 – Compete ao 1º Vice-Presidente indeferir a § 2º – Do indeferimento liminar caberá agravo interno
distribuição de recursos, bem como de ações e outras medi- a ser interposto no prazo de 15 (quinze) dias.
das de competência originária do Tribunal, quando mani- Art. 179 – Findo o relatório, o relator tomará as decla-
festamente inadmissíveis no que concerne a tempestivi- rações das pessoas mencionadas no art. 176, in fine, caso
dade, preparo e ausência de peças obrigatórias e, ainda, não dispensadas pelo Tribunal, podendo reperguntá-las
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ADV FASCÍCULO SEMANAL 02/2016 COAD
outros Desembargadores, o Órgão do Ministério Público e § 1º – Será competente para conhecer do agravo
as demais partes. interno o órgão julgador que teria competência para o julga-
Parágrafo único – A dispensa das inquirições em mento do pedido.
plenário requeridas pelas partes será decidida pelo relator, § 2º – O relator do agravo interno será o prolator da
até 30 (trinta) dias antes do julgamento, cabendo, da deci- decisão agravada, que participará do julgamento e lavrará o
são, agravo interno para o Órgão Especial. acórdão. Em caso de provimento, a redação do acórdão
Art. 197 – O recurso pode ser interposto pessoal- caberá ao Desembargador que primeiro houver votado no
mente ou por intermédio de advogado, pela parte vencida, sentido vencedor.
por terceiro prejudicado ou pelo Ministério Público, este Art. 201 – O agravo interno será apresentado por peti-
com prazo em dobro. ção fundamentada ao prolator da decisão agravada, que,
........................................................................................... depois de ouvido o agravado, poderá reconsiderá-la ou
§ 4º – Das decisões do relator caberá agravo interno, submetê-la a apreciação do órgão julgador na primeira
no prazo de 15 (quinze) dias. sessão seguinte, com inclusão em pauta.
Art. 200 – A parte que, em processo judicial ou admi- Art. 202 – O agravo interno não tem efeito suspensivo
nistrativo, considerar-se agravada, por decisão do Presi- e, salvo a hipótese prevista no parágrafo 3º do artigo 937 do
dente ou dos Vice-Presidentes do Tribunal, Presidente do CPC, não admitirá sustentação oral.
Grupo de Câmaras Criminais, das Sessões de Câmaras Art. 203 – No julgamento do agravo interno, observar-
Cíveis ou Especializadas (Consumidor), ou das Câmaras, se-á o disposto nos parágrafos 4º e 5º do artigo 1.021 do CPC.
ou ainda do Relator, da qual não caiba outro recurso, Art. 237 – Os recursos sem denominação legal específica,
poderá, no prazo de 15 (quinze) dias, contados de sua inti- a que se refere este Regimento, terão o título de agravo interno.
mação por publicação no órgão oficial, requerer a apresen- Art. 2º – Revoga-se o art. 204 do Regimento Interno.
tação do feito em mesa, a fim de que o órgão julgador Art. 3º – Esta Resolução entra em vigor na mesma
conheça da decisão, confirmando-a ou reformando-a. data em que entrar em vigor a Lei nº 13.105/2015.
RESOLUÇÃO 50 TJ-RJ
(DJe DE 12-1-2016) ARGUIÇÃO DE IMPEDIMENTO OU DE SUSPEIÇÃO
Adequação ao Novo Código de Processo Civil
Alteração do Regimento Interno
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RESOLUÇÃO 48 TJ-RJ
(DJe DE 12-1-2016) JULGAMENTO NÃO UNÂNIME NA APELAÇÃO CÍVEL
Adequação ao Novo Código de Processo Civil
Alteração do Regimento Interno
Revoga a alínea “d” do art. 6º, a alínea “c” do art. 6º-A, o art. 33 e parágrafo único
e o art. 136 do Regimento Interno do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.
Também altera os artigos 40, 81, 130 e 130-A do Regimento Interno do Tribunal de
Justiça do Estado do Rio de Janeiro, adequando-os ao Novo Código de Processo Civil.
O ÓRGÃO ESPECIAL DO TRIBUNAL DE JUS- apenas se for relator, em caso de empate ou quando neces-
TIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, baixou a sário para completar o quorum.
presente Resolução, resolvendo: no uso de suas atribuições § 1º – Tomar-se-ão pelo voto de 7 (sete) Desembargado-
legais e regimentais, tendo em vista o decidido na sessão res, contados a partir do relator, inclusive, as decisões do Grupo
realizada no dia 14/12/2015. (Processo nº 2015-0196257) de Câmaras Criminais; pelo voto de 5 (cinco) nos embargos
Art. 1º – Revogam-se os seguintes dispositivos do infringentes e de nulidades de natureza criminal; e pelo voto de
Regimento Interno: 3 (três), as das Câmaras, nas demais matérias, observada, em
– Letra “d” do artigo 6º; qualquer caso, a ordem prevista no artigo 72, dispensada a
– Letra “c” do artigo 6º-A; manifestação dos Desembargadores que excederem o quorum.
– Artigo 33 e parágrafo único; ...........................................................................................
– Artigo 136; SEÇÃO II – DO JULGAMENTO NÃO
Art. 2º – Os artigos abaixo passam a ter a seguinte UNÂNIME NA APELAÇÃO CÍVEL
redação: Art. 130 – Quando o julgamento da apelação cível não
Art. 40 – O quorum para o funcionamento dos Órgãos for unânime, aplica-se o disposto no artigo 942 do CPC.
do Tribunal, salvo disposição especial em contrário, será o Art. 130-A – Para os efeitos da convocação prevista no
seguinte, nele incluído o Presidente: artigo 942 do CPC, serão convocados os desembargadores
§ 4º – No julgamento dos embargos infringentes e de da Câmara de número imediatamente superior àquela em que
nulidade de natureza criminal, o quorum será o do pleno do se deu o julgamento não unânime, do mais novo para o mais
Órgão Julgador. antigo. Se o julgamento for proferido pela última Câmara,
........................................................................................... convocar-se-ão os desembargadores da primeira.
Art. 81 – As decisões serão sempre tomadas pela Art. 3º – Esta Resolução entra em vigor na mesma
maioria dos votantes, colhendo-se o voto do Presidente data em que entrar em vigor a Lei nº 13.105/2015.
RESOLUÇÃO 49 TJ-RJ
(DJe DE 12-1-2016) PEDIDO DE VISTA
Adequação ao Novo Código de Processo Civil
Alteração do Regimento Interno
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ADV FASCÍCULO SEMANAL 02/2016 COAD
cará, para proferir o voto, o Desembargador mais moderno 10 (dez) dias após recebê-los, uma vez cumprida a diligên-
na ordem da antiguidade em exercício na Câmara subse- cia.
quente na numeração ordinal. Nas Câmaras Cíveis conside- Art. 78 – No julgamento cuja conclusão tiver sido
ra-se a Câmara de nº 1 subsequente à Câmara de nº 22 e a transferida, não tomará parte quem não houver assistido ao
Câmara de nº 23 subsequente à Câmara de nº 27. relatório, salvo para completar o quorum, caso em que se
Art. 77 – Ao Desembargador que houver pedido vista fará um resumo do relatório e se mencionará o estado da
dos autos será lícito, na sessão em que prosseguir o julga- votação, facultando-se aos advogados, se admissível, a sus-
mento, requerer a conversão deste em diligência ou pedir a tentação oral.
requisição de outros autos. Parágrafo único – Revogado.
Parágrafo único – Aprovado o requerimento, o De- Art. 2º – Esta Resolução entra em vigor na mesma
sembargador restituirá definitivamente os autos dentro de data em que entrar em vigor a Lei nº 13.105/2015.
RESOLUÇÃO 47 TJ-RJ
(DJe DE 12-1-2016) REMESSA NECESSÁRIA
Adequação ao Novo Código de Processo Civil
Alteração do Regimento Interno
INFORMATIVO 022
ADV FASCÍCULO SEMANAL 02/2016 COAD
recurso, proceder-se-á como nas apelações, observando-se avocar os autos do processo obrigatoriamente sujeito ao
no julgamento o artigo 496 do Código de Processo Civil. duplo grau de jurisdição se, não havendo recurso, o Juiz
Parágrafo único – Nos recursos de ofício em processo deixar de remetê-los nos 5 (cinco) dias subsequentes ao
penal, o procedimento será idêntico ao do recurso voluntá- termo final do prazo de interposição.
rio cabível. Parágrafo único – Recebidos os autos, serão encami-
........................................................................................... nhados ao 1º Vice-Presidente, para distribuição.
Art. 132 – O Presidente do Tribunal, de ofício, ou a Art. 2º – Esta Resolução entra em vigor na mesma
requerimento da parte ou do Ministério Público, poderá data em que entrar em vigor a Lei nº 13.105/2015.
O egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 24ª prazo de dois anos (art. 889, CLT; Lei nº 6.830/80, 40, § 4º);
Região, na 6ª Sessão Administrativa Extraordinária, reali- c) o credor não impulsionar a execução nem oferecer meios
zada em 15 de dezembro de 2015, baixou a seguinte Reso- alternativos para satisfação do crédito exequendo.
lução, DECIDINDO por unanimidade, aprovar, nos termos SÚMULA Nº 13: HORAS IN ITINERE – TRANS-
seguintes, o teor das Súmulas nº 009 a 017 deste Tribunal e, PORTE PÚBLICO INTERMUNICIPAL/INTERESTA-
por maioria, aprovar o teor da Súmula nº 018, em que ficou DUAL. A existência de linha de ônibus intermunicipal ou
vencido o Desembargador Nicanor de Araújo Lima: interestadual não elide o direito à percepção das horas in
SÚMULA Nº 9: ADICIONAL DE PERICULOSI- itinere.
DADE – TRABALHADORES EM ATIVIDADES DE SÚMULA Nº 14: CONCESSIONÁRIA DE ENER-
VIGILÂNCIA E SEGURANÇA PRIVADA – LEI Nº 12.740/ GIA ELÉTRICA – LEITURISTA – ATIVIDADE-FIM –
2012 PUBLICAÇÃO DA PORTARIA/MTE Nº 1.885/2013. TERCEIRIZAÇÃO ILÍCITA. É ilícita a terceirização da
O adicional de periculosidade previsto no inciso II do art. 193 prestação de serviços de leiturista da empresa concessioná-
da CLT (Lei nº 12.740/2012) é devido aos trabalhadores ria de energia elétrica, porque diretamente relacionada com
em atividades de vigilância e segurança privada a partir a atividade-fim da concessionária tomadora dos serviços
de 3-12-2013, data de publicação da Portaria MTE nº (Súmula 331, TST).
1.885/2013. SÚMULA Nº 15: PENSÃO MENSAL – INCA-
SÚMULA Nº 10: HORAS IN ITINERE – NEGO- PACIDADE LABORATIVA PERMANENTE – VITA-
CIAÇÃO COLETIVA – AUTODETERMINAÇÃO CO- LICIEDADE. É vitalícia a indenização por dano material
LETIVA QUE ENCONTRA LIMITES NOS PRINCÍPIOS fixada sob a forma de pensão mensal prevista no art. 950 do
DA RAZOABILIDADE E PROPORCIONALIDADE. Não Código Civil.
se reconhece validade de cláusula de instrumento norma- SÚMULA Nº 16: MULTA DO ART. 477, § 8º, DA
tivo de natureza autônoma que estabelece o pagamento das CLT – APLICABILIDADE. A multa prevista no art. 477, § 8º,
horas in itinere em parâmetro inferior a 50% (cinquenta por é devida apenas em caso de pagamento extemporâneo das
cento) do tempo de percurso. verbas rescisórias, não se aplicando na hipótese de atraso na
SÚMULA Nº 11: COBRANÇA DE CONTRIBUI- homologação da rescisão contratual.
ÇÃO SINDICAL RURAL – ALÇADA. As ações de co- SÚMULA Nº 17: DEPARTAMENTO NACIONAL
brança de contribuição sindical rural submetem-se, para DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES – DNIT –
fins de recurso, ao valor de alçada previsto no art. 2º, § 4º, da RESPONSABILIDADE. O Departamento Nacional de In-
Lei nº 5.584/70. fraestrutura de Transportes – DNIT, ao delegar a outras
SÚMULA Nº 12: PRESCRIÇÃO INTERCORREN- empresas atividades que lhe são essenciais, equipara-se ao
TE – EXECUÇÃO – SÚMULA Nº 114 DO TST. A pres- tomador de serviços e responde subsidiariamente pelos
crição intercorrente pode ser excepcionalmente aplicá- débitos trabalhistas do empregador quando não exerceu seu
vel ao processo trabalhista, sem contrariedade à Súmula TST dever fiscalizatório (Súmula 331, IV, do TST).
nº 114, se presentes os seguintes requisitos cumulativos: SÚMULA Nº 18: PERDAS E DANOS – CON-
a) esgotamento de todas as medidas executivas que poderiam TRATAÇÃO DE ADVOGADO. O entendimento con-
ser realizadas de ofício (art. 878, CLT); b) arquivamento substanciado na Súmula 219 do TST impede o deferimento
provisório, com ciência ao exequente, inclusive da aplica- de indenização por perdas e danos decorrentes da contrata-
ção da prescrição intercorrente após o decurso in albis do ção de advogado.
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Doutrinas
Júlio César Ballerini Silva POSSÍVEL INCONSTITUCIONALIDADE
Magistrado – Professor do Curso Proordem – Especialista DO ARTIGO 10 DA LEI 9.099/95 –
em Processo Civil, pela Faculdade do Largo de INTERVENÇÃO DE TERCEIROS X
São Francisco (USP) – Mestre em Processo Civil, TEMPO RAZOÁVEL
pela PUC-Campinas
Como é sabido, desde a aprovação da Emenda Cons- nova demanda contra a seguradora (correndo o risco de
titucional 45/2004 – Reforma do Poder Judiciário, a norma caracterização de uma prescrição de sua pretensão).
contida no artigo 5º, inciso LXXVIII da Constituição Fede- Duas demandas para resolver um só encadeamento de
ral passou a se orientar no sentido de que todo procedi- relações jurídicas? Isso não é pensamento econômico, ra-
mento judicial ou administrativo deva se desenvolver sob a cional ou razoável. O tempo razoável de duração do pro-
perspectiva de um tempo razoável de duração. cesso do réu, em condições como tal, fica totalmente com-
Sob tal perspectiva, tudo aquilo que numa relação prometido.
jurídica processual leve a uma perda de tempo efetiva, Ao contrário, em condições como tal, tem-se que a
passou a ser considerado uma norma inconstitucional. Súmula nº 537/STJ não tem sequer exigido que o segurado
E assim parece estar a ocorrer com a norma contida no pague a indenização, bastando que tenha havido a denun-
artigo 10 da Lei nº 9.099/95, que veda a situação da inter- ciação para que a seguradora pague diretamente ao lesado a
venção de terceiros no âmbito dos Juizados Especiais Cí- indenização devida (e isso em interpretação que deve ser
feita em conjunto com a Súmula nº 529/STJ). Nesse cami-
veis.
nho, se orientam a tempestividade e a efetividade do sis-
Ora, num primeiro momento pode parecer que a pers-
tema.
pectiva de intervenções de terceiro em uma dada relação
Eis o teor expresso de referida Súmula:
jurídica processual possa ser algo positivo, afinal, até esse
“Súmula 537 – Em ação de reparação de danos, a
terceiro ser citado (geralmente o é) e apresentar uma res- seguradora denunciada, se aceitar a denunciação ou contes-
posta, ter-se-á observado a necessidade de se aguardar a tar o pedido do autor, pode ser condenada, direta e solidaria-
passagem do tempo para as partes do Juizado, tornando o mente junto com o segurado, ao pagamento da indenização
feito mais moroso. devida à vítima, nos limites contratados na apólice” (REsp.
No entanto, sempre com a maior vênia possível, 925.130).
tem-se que as coisas devem sempre ser observadas sob a Não se pode, ademais, se esquecer que a Lei 9.099/95,
projeção de um quadro maior. Ora, o fenômeno da interven- não obstante tenha representado um grande e essencial
ção de terceiros, ao contrário do que se possa supor, implica avanço para o julgamento de causas cíveis de menor com-
em um conjunto de institutos processuais que visa, justa- plexidade, seja, a essa altura, um diploma legislativo com
mente, atingir a celeridade processual, permitindo que um vinte anos de vigência, ou seja, pede releituras para a
grande número de demandas que possivelmente adviriam adequação à nova realidade do país.
do julgamento da demanda em que ocorre seja todo resol- Quando de sua vigência inicial, o próprio rito sumário
vido de uma só vez. proibia intervenção de terceiros, mas, com o passar dos
Com isso, obviamente, o número de processos tende a anos, o próprio legislador ordinário voltou atrás e, mesmo
cair na mesma proporção, beneficiando a todos os usuários em rito sumário, passou a admitir a integração de segurado-
do sistema judicial. Se tudo se resolve em uma só demanda, ras nesse tipo de processos em situação de intervenção de
menor o número de demandas para que todos os envolvidos terceiros.
em uma dada situação jurídica complexa consigam a pres- Assim o CPC/73 teve sua estruturação alterada, com a
tação jurisdicional satisfativa. redação do artigo 280 do Código de Processo Civil, pelo
Nesse sentido, ponderam autores como Luiz Gui- advento da Lei 10.444/2002, que passou a admitir interven-
lherme Marinoni, apontando na direção de que não basta se ções de seguradoras, em tais casos, quando houvesse con-
garantir a todos o direito de ação (artigo 5º, inciso XXXV, trato de seguro (tal como se dá no caso presente), evitan-
CF), mas deve-se garantir a todos o acesso uma tutela inte- do-se mais uma demanda em situações de tão fácil solução.
gralmente satisfativa. Aí entra em destaque a garantia do E tal situação não foi alterada pelo advento da Lei nº
tempo razoável de duração de um processo. 13.105/2005, o novo Código de Processo Civil, ainda em
Imagine-se um acidente de trânsito. O autor não sabe vacatio legis, que unificou o procedimento comum.
que o veículo do réu é segurado. O réu, por sua vez, tem Tal expediente, aliás, aumenta as chances de se obter
contrato de seguro firmado com seguradora que se revela um acordo (o réu tem uma segurança maior sabendo que a
como terceira na lide originária. Ora, viola-se o tempo seguradora prontamente responderá nos termos da apólice)
razoável do réu, ter que fazer com o mesmo seja condenado e aumenta as possibilidades de recebimento por parte do
na ação em questão para, após pagar o prejuízo, intente ofendido. Tudo conspira a favor da admissão deste tipo de
INFORMATIVO 020
ADV FASCÍCULO SEMANAL 02/2016 COAD
intervenção em sede de Juizados Especiais Cíveis, não mais abrangentes que resolvam, desde logo, a responsabili-
havendo mais justificativa plausível para se compreender a dade de todos aqueles conectados em relações jurídicas que
vedação legal como constitucional. potencialmente poderiam implicar proliferações de deman-
Há diretriz constitucional clara no sentido de que, das desnecessariamente.
sempre que houver dois entendimentos possíveis acerca de Negar tal situação será negar, por exemplo, ao Procon
uma mesma questão, deverá prevalecer o que melhor aten- que se arrole como amicus curiae em ação movida por
da ao tempo razoável em questão. Mesmo antes da referida consumidor contra banco no Juizado, o que parece ser
Emenda Constitucional 45/2004, o Pacto de San José da contrassenso, até porque evidente sua representatividade
Costa Rica, ratificado pelo Brasil e aprovado pelo Decreto adequada para tanto (o amicus curiae é outra forma de inter-
Presidencial 678/92, já previa, em seu artigo 8º, a necessi- venção de terceiros no Novo Código de Processo Civil).
dade de se observar um tempo razoável de duração de um Ora, se o réu já aponta não ser parte legítima para
processo. figurar no polo passivo da lide, não parece mais adequado
A situação se tornou tão premente que o advento da permitir-lhe nomear à autoria o verdadeiro responsável,
Lei 13.105/2015, que aprovou o Novo Código de Processo permitindo-se o prosseguimento da mesma demanda contra
Civil, ainda em vacatio legis, de modo expresso, em com- o mesmo? Tanto isso é adequado que, ao invés de ser consi-
plemento aos princípios de celeridade e economia do artigo derado intervenção de terceiros pelo legislador pátrio, pas-
2º da Lei 9.099/95, estabeleceu em seu artigo 4º, a necessi- sou a ser um incidente automático da defesa, nos termos do
dade de observância de um tempo razoável para a prestação artigo 338 do Novo Código de Processo Civil.
jurisdicional satisfativa. Se há vários devedores solidários, por que não se
Não basta julgar, deve haver satisfatividade, ou seja, permitir que uns chamem os outros ao processo, garantin-
deve-se dar, desde logo, ou quanto mais breve possível, o do-se que os regressos e sub-rogações sejam todos analisa-
que se obteria ao final do processo, evitando-se que a perda dos por um único juízo?
de tempo implique esvaimento do direito da parte. Tudo isso contribuiria, inclusive, para que se alcan-
Como argumento de reforço, observe-se que a norma çasse outro princípio da jurisdição, qual seja, o princípio da
contida no artigo 1062 do Novo Código de Processo Civil, harmonia da jurisdição, através do qual se impediria a
de modo expresso, determina que se aplique ao rito dos coexistência de decisões judiciais em sentido contrário.
Juizados Especiais, o incidente de desconsideração de per- Quanto mais harmônica uma jurisdição, mais próxima de
sonalidade jurídica. uma ideia de fair hearing ou julgamento justo, o que é
Ora, como sabido, tal incidente, nos termos do novo prelado básico em uma sociedade de confiança (justified
Código implica em uma das hipóteses de intervenção de trust).
terceiros. Isso é clara demonstração no sentido de que o Nesses termos em que posta a questão parece, em que
legislador pátrio pretende impor intervenções de terceiro possam pesar doutos entendimentos em sentido contrário,
nos ritos do Juizado Especial, notadamente no que se dá em que a interpretação mais consentânea com o texto constitu-
relação ao rito da Lei 9.099/95. cional se oriente no sentido de que a vedação à intervenção
Assim, não só a denunciação da lide e o incidente de de terceiros no âmbito do Juizado Especial Cível esteja
desconsideração, mas todas as formas de intervenção de cada vez mais em falta de sintonia com a garantia de um
terceiro devem ser aceitas no rito do Juizado como forma de tempo razoável de duração de um processo, em modelo que
contribuição para a redução proporcional do número de revela sua preocupação com a satisfatividade da prestação
demandas em curso, bem como para garantir conciliações jurisdicional.
Trazemos ao leitor, nesta oportunidade, uma análise julgador aplicado ao caso o art. 206, parágrafo 3º, inciso V,
de julgado do STJ em que foi apreciada questão versando do CC/2002.
sobre ação de indenização em que a parte autora requereu a Em segunda instância, a decisão foi reformada TJ-MT,
condenação da parte ré ao pagamento de compensação por que entendeu aplicável à espécie o art. 200 do CC, o qual
danos morais e estéticos, decorrentes de acidente de trân- dispõe sobre causa impeditiva da prescrição.
sito ocorrido em agosto/2002, tendo a ação sido proposta Sobreveio, então, Recurso Especial ao STJ, tendo a
somente em fevereiro/2006, portanto quase quatro anos Terceira Turma, por unanimidade, acolhido a tese da parte
após o fato. recorrente, ao argumento de que o art. 200 do CC, para que
Em primeira instância, foi reconhecida pelo juízo seja aplicado, requer ao menos a tramitação de Inquérito
monocrático a ocorrência da prescrição, tendo o órgão Policial para que se impeça o início do prazo prescricional.
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fato, deve-se indagar se ele deve ser apurado na esfera que a expressão delimita, claramente, o campo de aplicação
criminal. Se positivo, entendemos que isso, por si só, já é o do dispositivo, não havendo que se falar em Inquérito Poli-
bastante para a incidência do art. 200 do CC. Aliás, foi cial, como fez constar o eminente ministro relator do jul-
exatamente esse o entendimento do TJ-MT ao proferir o gado, pois o juízo criminal é exercido por autoridade legal-
acórdão que originou o recurso especial em análise. mente investida de jurisdição e dotada de competência para
Sobre o tema, Flávio Tartuce ensina: tanto, ou seja, o juiz.
“(...) há certo conflito entre o comando ora estudado e Além disso, ao contrário do que restou consolidado
o art. 935 do mesmo Código, eis que esse dispositivo enun- no julgamento em questão, é de se indagar: haveria a
cia que a responsabilidade civil independe da criminal. imprescritibilidade da pretensão, caso o fato não chegue a
Consigne-se que a referida independência não é total, pois o ser apurado na esfera criminal? O questionamento é perti-
curso do prazo prescricional civil depende da apuração dos nente porque, além dos casos envolvendo a ausência de
fatos no âmbito criminal, pelo que consta da inovação ora representação do ofendido perante as autoridades responsá-
visualizada” (TARTUCE, Flávio. Direito Civil 1: Lei de veis pela apuração de infrações penais, o Direito Penal
Introdução e Parte Geral. 8ª ed., São Paulo: Método, 2012, convive com a chamada “cifra negra”, que alberga aqueles
p. 439). casos em que, dentre outros motivos, o delito sequer chega
As considerações do preclaro autor merecem atenção, ao conhecimento do Estado para a devida apuração e res-
especialmente por também afirmar que a independência pectiva sanção. Seria um argumento a mais para afastar a
entre os juízos cível e criminal é relativa. necessidade de efetiva existência de apuração do fato na
Mas, afinal de contas, essa independência entre juízos esfera criminal como condição para a aplicação do art. 200
é relativa para autorizar que o prazo prescricional flua do CC.
normalmente ou, ao contrário, para impedir que ele comece Por outro lado, e não menos importante, por questões
a fluir? de pacificação social e segurança jurídica, é certo que a
A interpretação levada a efeito pela Turma julgadora, pretensão não poderá ficar imprescritível, eis que o exercí-
ao que parece, ancora-se na parte final do art. 200 (…antes cio de um direito não pode ficar pendente indefinidamente
da respectiva sentença definitiva), a qual é capaz de levar o no tempo. Sendo assim, deve-se encontrar um meio de se
intérprete a concluir que, para que a prescrição não corra, harmonizar essas duas situações, de modo que a parte
deverá haver ação penal em curso, pois, logicamente, para lesada não fique prejudicada pela inação do Estado, ao não
que haja sentença, deve haver um processo. Assim, não promover a ação penal, tampouco se beneficie com a im-
havendo providência na esfera criminal, o prazo prescricio- prescritibilidade da pretensão. Nesse ponto, é de se concor-
nal cívil correria normalmente. Então, segundo esta cons- dar com Pablo Stolze Gagliano, que pertinentemente levan-
trução, a decisão está perfeita. tou a questão. Afigura-se justo que alguém sofra a ação do
No entanto, a regra civil comporta interpretação di- tempo pelo fato de o Estado-juiz não ter sido provocado?
versa (e inversa), pois, segundo sua redação, é perfeita- Por todo o exposto, somos da opinião de que o art. 200
mente possível entender que, para que seja aplicada, basta do atual Código Civil deve ser aplicado levando-se em
que o fato mereça apuração no juízo criminal, independen- consideração a natureza do fato causador do dano, isto é,
temente de efetiva existência de providência junto às res- deve-se observar tão somente se o fato merece apuração na
pectivas autoridades. Entendemos que a averiguação do esfera criminal. Se assim for, será o bastante para impedir o
fato, segundo a regra, é uma imposição legal ao Estado – fluxo do prazo prescricional previsto no art. 206, § 3º,
titular do direito de punir (jus puniendi). Ademais, o dispo- inciso V, do CC/2002, não havendo que se falar em relação
sitivo fala em “juízo criminal”, o que nos leva a concluir de prejudicialidade.
Noticiário
DESTAQUES
Cláusula que prevê retenção de 25% por desis- trato em 1-8-2013. Sustenta que no ato da formalização do
tência de imóvel é abusiva distrato, foi retida a quantia de R$ 38.451,09, a título de
A 1ª Turma Recursal do TJDFT confirmou sentença indenização pelos gastos de corretagem e despesas admi-
do Juizado Especial Cível do Guará, que declarou nula a nistrativas efetuadas. Entende que a única cláusula que
cláusula contratual de acordo firmado entre imobiliária e deve ser considerada como válida é a estipulada no item 5.2,
comprador, que autorizava a retenção de 25% do valor pago que prevê a multa compensatória de retenção de 10% das
por desistência da compra de imóvel. A decisão foi unâ- parcelas pagas, pedindo, assim, a devolução do que conside-
nime. De acordo com os autos, o autor firmou contrato de ra abusivo. A juíza originária entendeu que razão assiste ao
promessa de compra e venda de uma unidade no empreen- autor, julgando procedente o pedido inicial e determinando
dimento denominado Edifício Advance Centro Clínico Sul, a retenção de apenas 10% sobre o montante pago, devendo
em 30-10-2009, formalizando a rescisão do referido con- a parte ré restituir ao autor o valor de R$ 22.905,99, a ser
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monetariamente corrigido desde a data do distrato, acres- apelaram ao tribunal. Eles alegam que o Ministério Público
cido de juros de mora. A empresa ré interpôs recurso, mas Federal (MPF) não conseguiu comprovar a ocorrência de
levando em consideração que a incorporadora poderá colo- dano ambiental no local de autuação das embarcações.
car o bem novamente à venda e a falta de comprovação de Segundo o relator do processo, desembargador federal Luís
efetivo prejuízo causado pela inexecução do contrato que Alberto d’Azevedo Aurvalle, os proprietários de embarca-
pudesse justificar a retenção de valor tão elevado, a Turma ções que exercem atividade econômica no mar devem zelar
Recursal concluiu pela abusividade da cláusula contratual. pela preservação de seu ecossistema, não importando se
Dessa forma, entendendo correta a determinação da dimi- houve ou não dano ambiental. Aurvalle ressaltou que foram
nuição do valor da retenção, face aos princípios da razoabi- apreendidas mais de oito toneladas de peixes com os réus,
lidade e da proporcionalidade, o Colegiado negou provi- tendo ficado comprovada a pesca predatória. “Conside-
mento ao recurso para manter integralmente a sentença rando que os réus são os principais beneficiados economi-
recorrida. camente com a atividade predatória e degradadora, torna-se
perfeitamente natural que os mesmos arquem com os con-
Crimes contra o Banco Postal devem ser julga- sequentes custos da recuperação e da reparação ambiental”,
dos pela Justiça Estadual concluiu o desembargador. Cada réu terá que pagar R$ 100
Compete à Justiça Estadual – e não à Federal – julgar mil por danos morais coletivos. O valor será revertido ao
crime de usar documento falso para abrir conta-corrente em Fundo de Defesa dos Direitos Difusos.
agência do Banco do Brasil (BB) que funcione como Banco
Postal nos Correios. A decisão unânime da Terceira Seção Operário que agiu com imprudência não será
do Superior Tribunal de Justiça (STJ) foi proferida na indenizado por acidente com máquina
análise de um caso de conflito de competência surgido no
A Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho
julgamento de ação do estado da Paraíba. O ministro do STJ
negou provimento ao agravo de um auxiliar de fábrica que
Reynaldo Soares da Fonseca, relator do caso, salientou que
pedia indenização pelo acidente sofrido enquanto operava
compete à Justiça Federal julgar os crimes praticados con-
uma máquina na Laticínios Veneza Ltda. A Turma indefe-
tra bens, serviços ou interesse da União ou de suas entida-
riu o destrancamento do recurso por não encontrar nos
des autárquicas ou empresas públicas, segundo a Constitui-
autos provas que responsabilizassem a empresa pelo aci-
ção Federal (CF). O relator acrescentou que, apesar de os
Correios serem uma empresa pública federal, o serviço dente. O incidente aconteceu dez dias após a contratação do
relativo ao Banco Postal é de responsabilidade da institui- trabalhador, que, ao operar a máquina de embalar manteiga,
ção financeira contratada, atualmente o BB, segundo nor- teve um dos dedos da mão direita triturado. Na reclamação
mas do Ministério das Comunicações e do Banco Central trabalhista, ele afirmou que nunca havia operado tal equipa-
(BC). “Se cabe à instituição financeira (no caso, o BB) a mento antes e que a empresa não forneceu qualquer treina-
responsabilidade pelos serviços bancários disponibilizados mento para a execução do trabalho. Alegou ainda que a
nos Correios, eventual lesão decorrente da abertura de con- máquina estava com defeito naquele dia. Em sua defesa, a
ta-corrente por meio de documento falso atingiria o patri- Laticínios Veneza afirmou que forneceu todas as instruções
mônio e os serviços da instituição financeira, e não dos Cor- para a operação da máquina e que o equipamento estava em
reios”, afirmou. O ministro acrescentou ainda que “desse perfeito estado de conservação. A empresa apontou culpa
modo, não há lesão apta a justificar a competência da Jus- exclusiva do empregado, sustentando que ele agiu de forma
tiça Federal para processar e julgar a ação penal”. Ele lem- imprudente e negligente. Com base em depoimentos de
brou também o entendimento já firmado pela Sexta Turma testemunhas, o Juiz da 13ª Vara do Trabalho de Goiânia
do STJ de que cabe à Justiça Estadual julgar crime de roubo (GO), concluiu que o acidente ocorreu por ato inseguro do
no Banco Postal. trabalhador, que, mesmo após receber instruções, colocou a
mão dentro do moedor, descumprindo as ordens que havia
Donos de embarcações são condenados por pesca recebido. A sentença assinalou que ato inseguro é toda
predatória conduta indevida do trabalhador que o expõe, consciente ou
A 4ª Turma do Tribunal Regional Federal da 4ª Re- inconscientemente, a risco de acidentes, ou seja, é o com-
gião (TRF4) confirmou, em dezembro, sentença que conde- portamento que leva ao risco. Na ausência de culpa da em-
nou dois proprietários de embarcações pesqueiras por pesca presa, o pedido de indenização foi indeferido em primeira
predatória no litoral gaúcho. Os barcos foram flagrados por instância. Em recurso, o Tribunal Regional do Trabalho da
duas vezes nas proximidades da praia de Cassino (RS), em 18ª Região (GO) também isentou a empresa de qualquer
dezembro de 2008, utilizando rede de arrasto de fundo a responsabilidade no acidente. Para o TRT, ficou provado
menos de três milhas náuticas da costa, o que é proibido por que o empregado recebeu orientação expressa no sentido
lei. As embarcações Dona Zeza II e Dona Santina II, de oposto ao executado, uma vez que a testemunha por ele
propriedade dos réus, foram autuadas a 2,7 e 2,6 milhas da indicada afirmou categoricamente que “o empregado era
costa, respectivamente. Essa modalidade de pesca é rea- orientado a não colocar a mão dentro da máquina, mas
lizada com redes de malha fina tracionadas por motores. constantemente a colocava, apesar de advertido”. O traba-
A prática revolve o fundo do mar, capturando espécies em lhador tentou reformar a decisão no TST, mas a Sexta
desenvolvimento e destruindo a flora. Pelo grau em que afeta Turma negou provimento ao agravo de instrumento que
o ecossistema marítimo, a pesca de arrasto a menos de três destrancaria o recurso. A relatora do processo, ministra
milhas da costa é expressamente proibida por portaria da Kátia Magalhães Arruda, explicou que, no contexto anali-
Superintendência de Desenvolvimento da Pesca (Sudepe). sado, não seria possível reconhecer a culpa exclusiva ou
Os pescadores foram condenados em primeira instância e concorrente da empresa. Ao analisar o acórdão do TRT, a
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ADV FASCÍCULO SEMANAL 02/2016 COAD
ministra concluiu que a empresa zelou pela manutenção Tribunal confirma isenção fiscal à portadora de
adequada de suas máquinas, deu orientação expressa ao neoplasia maligna
empregado sobre qual procedimento deveria adotar e fisca- Algumas pessoas podem não saber, mas a Lei 7.713/88
lizou o cumprimento das normas pertinentes, advertindo-o prevê que fiquem isentos do Imposto de Renda os portado-
pelo descumprimento da orientação recebida. Para a magis- res de algumas doenças graves. Com base nessa possibili-
trada, o empregado é que fazia procedimento perigoso que
dade, uma moradora do Rio de Janeiro, após receber um
não era necessário para o desempenho de suas tarefas nem
diagnóstico de neoplasia maligna do reto, que está entre as
inerente à dinâmica empresarial.
doenças listadas na lei, e passar por uma cirurgia para reti-
Questionada resolução do CNJ que regulamen- rada do tumor, conseguiu a isenção. Entretanto, o benefício
tou audiências de custódia foi cancelado alguns anos depois, quando a junta médica do
A Associação Nacional dos Magistrados Estaduais Ministério da Fazenda concluiu que ela estaria curada, pois
(Anamages) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) a não apresentava sinais de recaída. Foi quando a autora
Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5.448, com procurou a Justiça Federal para reverter essa situação. Para
pedido de medida liminar, contra a Resolução 213/2015, do tanto, ela anexou aos autos do processo laudos médicos
Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que regulamenta as particulares atestando que a doença tem alto risco de retor-
audiências de custódia em todo o território nacional. A nor- no e que, por essa razão, demanda acompanhamento médi-
ma determina a apresentação de toda pessoa presa à autori- co constante e a realização periódica do exame que pode
dade judicial no prazo de 24 horas. A associação alega que o detectar a doença precocemente. Em contrapartida, a União
CNJ, ao editar a resolução, usurpou competência privativa Federal alegou que, de acordo com a Lei 9.250/95, para
do Congresso Nacional para legislar sobre matéria proces- fazer jus ao benefício, é necessária a emissão de laudo peri-
sual penal, em confronto com o inciso I do artigo 22 da cial por serviço médico oficial que ateste a permanência da
Constituição Federal. “A referida resolução tem o condão doença. Acontece que, no entender da relatora do processo
de interferir diretamente na atuação dos magistrados du- no Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF2), a juíza
rante a condução das audiências de custódia, uma vez que federal convocada Maria Alice Paim Lyard, a Lei 9.250
obriga sua realização e detalha com especificidade o papel “não vincula o juiz que, nos termos dos artigos 131 e 436 do
do juiz durante o ato, oferecendo-lhe protocolos e orienta-
Código de Processo Civil, é livre na apreciação de outras
ção sobre o modo de atuação”, afirma. Segundo a Anama-
provas apresentadas nos autos”. Dessa forma, os laudos
ges, é consolidada no STF a jurisprudência segundo a qual é
passível de controle concentrado de constitucionalidade os apresentados pela autora garantiram uma decisão favorá-
atos normativos originários, como os regimentos internos e vel. A magistrada destacou ainda que, mesmo quando há
resoluções do CNJ. “É evidente o caráter normativo-abstra- indícios de cura da doença, o Superior Tribunal de Justiça
to da referida resolução, o que pressupõe capacidade para (STJ) firmou o entendimento de que a isenção deve ser
legislar, como dispôs o próprio STF acerca do tema”, diz. mantida. “Isso porque a finalidade precípua do benefício é
Para a entidade, apesar de não se tratar de ato legislativo diminuir ou aliviar os encargos financeiros dos aposenta-
strictu sensu, o caráter normativo e vinculativo que tem as dos, reformados ou pensionistas, relativos ao acompanha-
resoluções do CNJ evidenciam a usurpação de competência mento médico periódico diferenciado, que se faz necessá-
apontada. A Anamages requer a concessão da medida li- rio, muitas vezes por um longo período após a alta médica,
minar para suspender os efeitos da Resolução 213/2015. mesmo naqueles que, aparentemente, estão curados”, fina-
No mérito, pede seja declarada sua inconstitucionalidade. lizou a relatora.
PROJETOS DE LEI
Criação de fundo destinado ao transporte urbano levando-o às áreas urbanas. “Os brasileiros esperam, há
de estudantes muito tempo, que isso venha a ocorrer. E para que isso
A Comissão de Desenvolvimento Urbano da Câmara ocorra, é necessária a união de governo federal, estados e
aprovou o projeto de lei (PL 8.023/2014), de autoria da municípios para bancar esta política pública direcionada
deputada Keiko Ota (PSB-SP) e da ex-deputada Sandra aos estudantes, já que muitos deles deixam de frequentar as
Rosado, que cria do Fundo Nacional do Passe Livre para aulas porque não têm dinheiro para pagar sequer a meia
garantir a gratuidade da passagem no transporte urbano passagem”, destacou Rocha. De acordo com o projeto de
coletivo para estudantes dos ensinos fundamental, médio e lei, o Fundo Nacional do Passe Livre será financiado com
também de graduação. O PL também beneficia os acompa- recursos do Tesouro Nacional, royalties do petróleo e ren-
nhantes de estudantes com deficiência e de crianças matri- dimentos do Fundo Social. O caixa do fundo também po-
culadas em creches ou na pré-escola. O relator da proposta, derá ser abastecido com recursos de participação e dividen-
deputado Hildo Rocha (PMDB-MA), lembra que a gratui- dos recebidos pelo Tesouro Nacional das empresas de
dade de transporte já é garantida para os estudantes de zonas economia mista controladas pela União e das instituições
rurais por meio do Programa Nacional de Transporte Esco- financeiras federais, além de quotas da União no chamado
lar. O projeto, segundo Rocha, universaliza o benefício, salário-educação. O deputado Hildo Rocha alterou a pro-
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posta original para que os recursos do Fundo Nacional do da Câmara dos Deputados (SDS 11/2015) à proposta ori-
Passe Livre sejam destinados não apenas para os municí- ginária do Senado, os bens tomados pela Justiça serão
pios, mas também para os estados, responsáveis pelo trans- revertidos em benefício do Fundo dos Direitos da Criança e
porte em regiões metropolitanas. O projeto de lei, no en- do Adolescente do estado onde ocorrer o crime. O projeto
tanto, não é consensual. O coordenador da Frente Par- original (PLS 38/2008), do então senador Demóstenes Tor-
lamentar do Transporte Público, deputado Mauro Lopes res, foi remetido à Câmara em 2008. A proposição altera o
(PMDB-MG), lembrou do fundo que a União deveria ter Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei 8.069/90), que já
criado para custear a gratuidade de transporte dos idosos, estabelece a cassação da licença de funcionamento do esta-
mas até agora não saiu do papel. Lopes teme que as empre- belecimento utilizado na exploração ou prostituição de
sas de transporte e a população em geral acabem pagando menores de idade, além de pena de 4 a 10 anos de reclusão e
pelo passe livre dos estudantes. O projeto ainda será anali- multa para o infrator. O relator na Câmara, deputado Efraim
sado conclusivamente nas Comissões de Educação, de Filho (DEM-PB), modificou a proposta para estabelecer
Finanças e Tributação e de Constituição e Justiça. que os fundos beneficiados com os recursos sejam os esta-
duais, e não os dos municípios ou da União. Ao retornar ao
Dedução da Cofins por gasto em projetos de Senado, o projeto foi analisado novamente pela Comissão
atenção à saúde de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH),
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou que ajustou o projeto a regras e exigências legais sobre
a proposta (PL 2.891/2011) do deputado Nelson Marche- elaboração de leis. A relatora na CDH foi a senadora Fátima
zan Junior (PSDB-RS), que autoriza a dedução de parte da Bezerra (PT-RN), para quem as alterações tornaram o texto
Contribuição para Financiamento da Seguridade Social mais harmonioso com “ditames legais e constitucionais”.
(Cofins) para quem apoiar projetos que fortaleçam a aten-
ção à saúde, previamente aprovados pelo Ministério da Prazo para presidente escolher ministro do Su-
Saúde. O texto determina que somente entidades públicas e premo Tribunal Federal
privadas sem fins lucrativos que participem do Sistema O presidente da República pode passar a ter prazo
Único de Saúde (SUS) serão beneficiadas pelos projetos. para a escolha e a nomeação de ministros do Supremo
O percentual de benefício varia de acordo com o contin- Tribunal Federal, sob pena de ser acusado de crime de
responsabilidade. É o que estabelece a Proposta de Emenda
gente populacional do município contemplado. Foi acatado
à Constituição (PEC) 59/2015, que está na pauta do Plená-
o parecer do relator, deputado Zeca Dirceu (PT-PR), que
rio do Senado, podendo ser votada após o recesso parla-
defendeu a aprovação do projeto, ao considerar a importân- mentar. Da senadora Marta Suplicy (PMDB-SP), a matéria
cia da medida para melhorar o serviço de saúde oferecido à será submetida a dois turnos de discussão e votação antes de
população. Para o parlamentar, a proposta pode garantir ser enviada à Câmara. Pelo texto, o presidente da República
anualmente recursos consideráveis, ao oferecer benefícios terá o prazo de três meses — a contar da data de abertura da
às pessoas jurídicas que financiarem projetos previamente vaga — para escolher um novo ministro para o STF. Feita a
elaborados por municípios e aprovados pelo Ministério da indicação, o Senado Federal terá de se manifestar sobre o
Saúde. Zeca Dirceu destaca ainda que o texto institui ações processo em até 45 dias, sob pena de ficarem suspensas
para controlar possíveis concessões de vantagens ou privi- todas as demais deliberações legislativas (exceto as que
légios ao contribuinte, ao prever multas para o uso indevido tiverem prazo constitucional determinado). Com a aprova-
das deduções. O ex-ministro da Saúde Arthur Chioro afir- ção do indicado pelo Senado, o presidente da República terá
mou que o fim da Contribuição Provisória sobre Movimen- 15 dias para fazer a nomeação. Em caso de rejeição, o Poder
tações Financeiras (CPMF) tirou da saúde pública R$ 350 Executivo deverá fazer nova indicação no prazo de dois
bilhões desde 2008. De acordo com o relator da proposta, a meses. A PEC 59/2015 determina ainda que o descumpri-
falta de recursos ajudaria a explicar as críticas à qualidade mento de quaisquer dos prazos será punido por crime de
do Sistema Único de Saúde (SUS). Levantamento do Insti- responsabilidade. A senadora ressalta que as votações são
tuto Datafolha revela que 54% dos brasileiros consideram prejudicadas quando alguma das 11 vagas da corte não está
ruins ou péssimos os serviços do SUS. Para a maioria da ocupada. “Quando o presidente da República não realiza a
população, o governo tem falhado na gestão dos recursos da escolha do nome, o STF fica prejudicado nas suas votações.
saúde pública. O deputado Osmar Terra (PMDB-RS) cri- Nossa Suprema Corte, a depender do beneplácito do chefe
tica o corte de verbas da saúde pública, mas não acredita do Poder Executivo, pode permanecer indeterminadamente
que o projeto de lei seja a solução. O projeto, que tramita em com número de membros abaixo do estabelecido pelo
Texto Maior, o que não só atenta contra a sua dignidade
caráter conclusivo, será analisado ainda pelas comissões de
institucional, mas tem também consequências práticas”,
Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de ponderou Marta Suplicy na justificação da proposta. Em
Cidadania. análise favorável à PEC, o relator da matéria na Comissão
de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador José
Perda de bens usados em exploração sexual de Medeiros (PPS-MT), argumentou que há um vácuo norma-
menores tivo em relação à demora na indicação de nomes para
Projeto que determina a perda de valores ou bens compor o STF. O tribunal, diz, pode permanecer “meses ou
utilizados na exploração sexual de crianças e adolescentes até mesmo anos com vagas a preencher”. Conforme o parla-
está na pauta do Plenário e pode ser votado após o recesso mentar, a estipulação de prazos pode trazer segurança jurí-
parlamentar. De acordo com o texto, que é um substitutivo dica ao procedimento de escolha, além de fortalecer a inde-
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ADV FASCÍCULO SEMANAL 02/2016 COAD
pendência do Judiciário, segundo o princípio da separação tempo, acelerar o processo de exploração do pré-sal. Se-
dos Poderes da República. gundo Benedita, trata-se de uma alternativa de investi-
mento que poderá gerar rendimentos superiores aos obti-
Trabalhador poderá investir 10% do FGTS em dos com a manutenção dos recursos na conta do FGTS,
fundos ligados à exploração do pré-sal considerando que estes valores atualmente são corrigidos
Tramita na Câmara dos Deputados proposta (PL de acordo com a Taxa Referencial (TR). Ela destaca que a
3.739/2015) que permite aos trabalhadores investir até TR, nos últimos 16 anos, vem apresentando índices no-
10% do saldo do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço toriamente insatisfatórios para a recomposição do capital.
(FGTS) na integralização de cotas de Fundo de Investi- “O limite de movimentação de 10% do saldo existente é
mento (FI-FGTS). Pela proposta, de autoria da Comissão importante para não prejudicar o cumprimento das demais
de Legislação Participativa (CLP), os recursos serão desti- finalidades do FGTS. Além de conferir ao trabalhador
nados exclusivamente a financiar empreendimentos de alternativa de investimento, a sugestão estimula a explora-
exploração e produção de petróleo, gás natural e hidrocar- ção do pré-sal pela Petrobras, tão importante para a gera-
bonetos líquidos pela Petrobras desenvolvidos na área do ção de novos empregos e o crescimento do Brasil”, expli-
pré-sal. O texto é originado da Sugestão (SUG 10/15) do cou a parlamentar. Aprovado pela CLP, o projeto passa a
Instituto Fundo Devido ao Trabalhador, organização não tramitar em regime de prioridade e será analisado pelas
governamental que cuida dos direitos dos trabalhadores, comissões de Trabalho, de Administração e Serviço Pú-
acatado pela relatora na CLP, deputada Benedita da Silva blico; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Jus-
(PT-RJ). Na avaliação da relatora, o trabalhador terá uma tiça e de Cidadania, antes de ser votado no Plenário da
nova oportunidade de investir na Petrobras e, ao mesmo Casa.
CONCURSOS PÚBLICOS
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