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GRAVIDEZ E ESTÉTICA: UMA REVISÃO

PONTEL, Debora Carpes1; GIACOMOLLI, Cristiane2

Palavras-Chave: Gravidez. Estética. Alterações corporais. Gestante

Introdução
O cuidado com a aparência e com o corpo tem merecido mais atenção da mulher, quer
seja por necessidade pessoal, que por pressão do meio em que vive. A mulher grávida não
foge a esta regra, necessitando, portanto, de cuidados especiais com a pele para evitar, ou pelo
menos amenizar distúrbios que podem ou não acontecer (1).
Diversas alterações fisiológicas ocorrem na mulher para permitir o desenvolvimento
fetal e proteger o organismo materno. Estas modificações podem aumentar o risco de
formação de estrias, edema, varizes, ganho de peso, formação de melasma e acne, o que
repercute na aparência da futura mãe (2).
O objetivo deste trabalho é investigar na literatura quais as alterações próprias da
gravidez responsáveis pelas modificações estéticas e assim ter mais embasamento teórico na
assistência a saúde e beleza da gestante.

Metodologia e/ou Material e Métodos


Estudo de revisão bibliográfica cuja pesquisa foi realizada em livros e bases de dados
de artigos científicos nacionais. Foi realizada busca utilizando o acervo bibliográfico
disponível na Biblioteca Visconde de Mauá da Universidade de Cruz Alta.

Resultados e Discussões
Na gestação ocorrem mudanças fisiológicas, metabólicas, imunológicas, endócrinas e
vasculares que têm repercussão na pele e em seus anexos. Embora fisiológicas, algumas

1
Graduada em Estética e Cosmética pela Universidade de Cruz Alta-UNICRUZ. Apresentadora. E-mail:
de_pontel@hotmail.com
² Professora Esp. do Curso de Estética e Cosmética da Universidade de Cruz Alta-UNICRUZ. Orientadora. E-
mail: crisgiacomolli@yahoo.com.br
dessas alterações produzem efeitos inestéticos e danos psicológicos que comprometem a
autoestima da mulher (3).
Melasma: o melasma (também chamado de cloasma quando ocorre na gravidez) é uma
hiperpigmentação comum, crônica e adquirida, que ocorre primeiramente na face, pescoço e
antebraços, considerada a alteração pigmentária cutânea mais comum e mais visível durante a
gravidez. Pode ser a principal condição cosmeticamente problemática associada com a
gestação, causando importante aflição emocional e psicossocial (4). O melasma é recidivante
e pode ser prevenido, restringindo-se à exposição solar excessiva com educação ambiental e
uso de filtros solares de amplo espectro para radiação ultravioleta A e B, com fator de
proteção solar (FPS) 30 ou mais (5).
Estrias: as estrias gravídicas ocorrem em cerca de 90% das gestações e aparecem com maior
constância na segunda metade da gravidez. Sua etiopatogenia é discutível: 1. influência
hormonal, sobretudo aumento da atividade das supra-renais; 2. predisposição genética; 3.
efeito físico da distensão do tecido conjuntivo. É provável que haja conjunção desses três
fatores na formação das estrias (6). Os hidratantes podem e devem ser utilizados durante a
gravidez. Sua utilização é importante devido o aumento da distensão da pele, auxiliando na
prevenção da formação de estrias. Além da hidratação da pele, que deve ser feita duas vezes
ao dia, devemos orientar a mulher grávida a evitar o ganho excessivo de peso, prescrevendo-
lhe uma dieta alimentar sob a supervisão de um nutricionista e/ou endocrinologista. Também
um programa de atividades físicas próprias para gestante deve ser adotado. Durante a
gravidez, uma vez reconhecida a presença de estrias, deve-se iniciar o tratamento após o parto
e/ou após a interrupção da lactação (1).
Pelos e unhas: os hormônios interferem também, nos cabelos que podem ficar enfraquecidos
e com mais oleosidade embora, em algumas grávidas, dê-se o contrário: eles se tornam mais
fortes e volumosos (7). No pós-parto pode ocorrer uma queda drástica de cabelos chamada
eflúvio telogênico agudo gravídico que se caracteriza pela perda difusa de cabelos em
quantidades superiores a cem fios. Geralmente os cabelos retornam ao estado normal em um
período de seis a quinze meses após o parto (8). As alterações ungueais não ocorrem
regularmente e quando ocorrem iniciam-se habitualmente no 1º trimestre. Fragilidade ou
amolecimento distal pode ser observado, assim como crescimento mais rápido da unha.
Podem ocorrer também a perda do brilho e o aparecimento de sulcos transversais (10).
Acne: a acne pode surgir durante o período gestacional em 25% das pacientes ou existir
previamente à prenhez (1). O principal desencadeador desse processo é o alto nível de
progesterona, que volta ao normal depois do parto, quando a acne involui naturalmente.
Geralmente ocorre em mulheres que têm, por característica hereditária, a pele muito oleosa
(8). O primeiro passo para combater a acne na gravidez é cuidar da pele. É recomendado o
uso de sabonete suave ou subtâncias para limpeza as pele livres da ação detergente dos
sabonetes comuns, que podem promover o ressecamento facial. As grávidas dever usar
fotoprotetores solares livres de óleo e evitar maquiagem ou qualquer cosmético
comedogênico. O ideal seria tratar a acne fora desse período, pois uma vez iniciada a
gravidez, o tratamento fica mais restrito e difícil (8).
Edema: durante o período gestacional há alterações fisiológicas e anatômicas que acometem
o organismo, um deles é o edema, o fluxo de sangue através da placenta e o débito cardíaco
materno aumentam a retenção de água, uma alteração fisiológica em parte medida pela queda
da osmolaridade plasmática. É comum observar nas gestantes, edema nos membros inferiores,
em especial no final do dia (9). A drenagem linfática é o tratamento estético mais indicado
para a gestante. É uma massagem suave e lenta, que ajuda a reduzir a retenção de líquido no
corpo e diminui os inchaços típicos da gravidez (1). O edema também pode ser minimizado
com o uso de meias elásticas, repouso em decúbito lateral esquerdo e com redução da ingesta
de sódio (10).

Conclusão
Ao concluir o presente estudo é possível relatar que os tratamentos e cuidados com as
gestantes, bem como os distúrbios a elas relacionados apresentam muitas controvérsias entre
autores e até mesmo a falta de comprovações científicas. Fica claro que esse fato se dá devido
a dificuldade de experimentos em mulheres grávidas.
Durante o período gestacional é preciso, portanto, usar de cautela e conhecimentos já
existentes quando forem aplicados quaisquer tipos de tratamentos, cosméticos, entre outros.
Certamente com o cuidado de esteticistas e demais profissionais de diversas áreas do
conhecimento, a gestação será um momento de alegria para a futura mamãe, com segurança
para ela e o feto.

Referências
(1) KEDE, Maria Paulina Villarejo; SABATOVICH, Oleg. Dermatologia Estética. 2ª Ed.
São Paulo. Atheneu, 2009.
(2) ZAMPRONIO, Franciele Pereira Castro; DREHER, Daniela Zeni. Atuação da
Fisioterapia Dermato-Funcional nas Disfunções Estéticas Decorrentes da Gravidez.
(3) TIMBÓ, Berenice Nogueira Torres; PESCE, Rodrigo Rocco Pires. Prevenção de Estrias
na Gestação. Cosmetics e Toiletries – Revista de Cosméticos e Tecnologia, p. 60, Jan-Fev
2012.
(4) GAEDTKE, Graciela Neumann. Abordagem Terapêutica do Melasma na Gestação –
Revisão Bibliográfica. Curitiba, 2011.
(5) PURIM, Kátia Sheylla Malta; AVELAR, Maria Fernanda de Santana. Fotoproteção,
melasma e qualidade de vida em gestantes. Curitiba, 2012.
(6) REZENDE, Jorge de. Obstetrícia. 9ª Ed. Guanabara Koogan S.A., 2002.
(7) SANCHEZ, Fernanda; TAVARES, Graça; BRANDÃO, Renata; TORRIGO, Camila;
NEVES, Janira; LIMA, Vânia. Grávida e linda!. Revista Les Nouvelles Esthétiques. p. 58,
Ano XIX, Nº 108, 2009.
(8) SERRA, Andréa; KEDE, Maria Paulina Villarejo; CEZIMBRA, Márcia. Guia de Beleza
e Juventude: a arte de se cuidar e de elevar a autoestima. 2ª Ed. Rio de Janeiro. Senac Rio,
2010.
(9) PIFFER, Francieli Pressi; ALBARELLO, Queli Cristina. Consequências da Drenagem
Linfática na Pré-Eclâmpsia e Eclâmpsia. Revista Personalité: A Estética com Ciência. p.
80, Ano XV, N° 77, 2012.
(10) MAIO, Maurício de. Tratado de Medicina Estética. Vol. III. São Paulo. Roca, 2004.

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