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BOLETIM OFICIAL
2 422000 012460
ÍNDICE
CONSELHO DE MINISTROS:
Procede à primeira alteração ao Decreto-lei n.º 39/2007, de 12 de novembro, que aprova a Orgânica da Polícia Nacional...................1304
Institui a obrigatoriedade de qualquer operador aéreo estrangeiro que seja admitido à exploração de serviços de transporte
aéreo de designar um representante legal com plenos poderes de representação. ............................................... 1338
Autoriza a Direção-Geral do Tesouro a conceder um aval ao Centro de Energias Renováveis e Manutenção Industrial
(CERMI), para garantia de um empréstimo junto à Caixa Económica de Cabo Verde, na modalidade de Conta
Caucionada Corrente. ............................................................................................................................................... 1341
Cria uma linha de crédito para financiamento das atividades agropecuárias, âmbito Programa de Emergência para
Mitigação da Seca e do Mau Ano Agrícola. ............................................................................................................ 1341
Reforça o sistema de fiscalização das edificações e da exploração dos recursos naturais no Parque Natural do Fogo (PNF),
tendo em vista a criação de condições para a implementação do Plano Detalhado de Chã das Caldeiras e do plano
de gestão de toda a área protegida. ......................................................................................................................... 1342
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ambiente organizacional abundam dirigentes com No concernente à investigação criminal, a Polícia Nacional
qualidades gerenciais, isto é, com conhecimentos e não tem na sua estrutura orgânica um departamento
habilidades/competências de liderança e gestão, para fazer responsável pela direção e coordenação de toda e qualquer
face aos desafios que se colocam às organizações para estratégica de investigação criminal que possa ser
atingirem as metas propostas, na PN se formos colocar empreendida pela Direção Nacional, face as preocupações
cada um desses poucos à frente de um Comando ou de e prioridades da política criminal.
uma Direção, transformamos essas unidades orgânicas
Neste contexto, se propõe a criação da Direção de
em serviços de líderes solitários em vez de transformá-los
Investigação Criminal, junto da Direção Nacional, cuja
em serviços de liderança.
estrutura integra Divisões, Esquadras, Brigadas e Núcleos.
Mas se transformarmos alguns desses líderes em
colaboradores diretos de outros líderes, teremos então Em suma, debruçou-se sobre alguns aspetos da nova
unidades orgânicas com competências concentradas e reorganização das estruturas de alguns serviços que se
não centralizadas, e de várias lideranças. considera que devem ser objeto de criação, fusão, revisão,
extinção, bem como o enquadramento de alguns cargos para
O desafio é o de alterar para ganhar e de encontrar as o nível de pessoal de chefia, pelo que torna-se imprescindível
melhores soluções organizacionais para a PN, no desafio a aprovação deste diploma orgânico que, de entre outros
da modernização. objetivos, pretende reforçar a capacidade operacional da
PN, racionalizar os meios materiais e humanos até aqui
Nesta lógica de transformação é importante a reestruturação
postos à sua disposição das diferentes forças e reforçar
organizacional de algumas estruturas diretivas e
os níveis de coordenação interna e externa no domínio
operacionais da PN.
da segurança interna.
Além disso, hoje em dia a criminalidade está mais sofisticada
Foram ouvidos a Direção Nacional da PN e o sindicato
fruto dos efeitos da globalização e da internacionalização
que representa a classe.
do crime e que quase sempre está a um ou dois passos à
frente da capacidade de reação do Estado. Assim,
Assim pretende-se à semelhança daquilo que a No uso da faculdade conferida pela alínea a) do n.º 2 do
atual orgânica prevê no seu artigo 16.º em termos do artigo 204.º da Constituição, o Governo decreta o seguinte:
enquadramento da Autoridade de Polícia Fiscal, também
elevar essa qualificação à Polícia Marítima (PM) em Artigo 1.º
relação ao qual se proporá que a PM passe a ser considera Objeto
também Autoridade de Polícia Marítima.
O presente diploma procede à primeira alteração ao
Pretende-se também que a Direção de Estrangeiros e Decreto-lei n.º 39/2007, de 12 de novembro, que aprova
Fronteiras passe a depender do Diretor Nacional e que a a Orgânica da Polícia Nacional.
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Alterações […]
São alterados o artigo 2.º do Decreto-lei n.º 39/2007, de Para efeitos do disposto na lei, designadamente do
12 de novembro, e os artigos 10.º, 12.º,13.º, 14.º, 16.º, 17.º, código de processo penal e legislação complementar, são
19.º, 21.º, 22.º, 23.º, 24.º, 25.º, 27.º, 28.º, 32.º,33.º, 34.º, 35.º, autoridades de policia criminal para além do Director
36.º, 37.º, 38.º, 39.º,40.º,41.º,42.º, 43.º, 45.º, 47.º, 49.º, 50.º, Nacional, os Diretores Nacionais Adjuntos, o Comandante
51.º, 52.º, 53.º, 54.º, 58.º, 61.º, 63.º, 64.º, 73.º, 74.º, 85.º, 86.º, da Ordem Pública, o Comandante da Guarda Fiscal, o
87.º, 88.º, 89.º e 98.º, bem como as secções IV, V, VI, XI, Comandante da Polícia Marítima, o Diretor de Investigação
XII e a subsecção III, todos do Capítulo II, do Título II, Criminal, os Comandantes Regionais, os Comandantes
todos da Orgânica da Polícia Nacional, que passam a ter das Esquadras, os Comandantes das Secções Fiscais, os
a seguinte redação: Comandantes das Secções da Polícia Marítima e os demais
“Artigo 2.º elementos policiais que exerçam as funções de comando.
Criação da Academia de Segurança Interna da Polícia Nacional Artigo 16.º
[…]
É criada a Academia de Segurança Interna com a
missão de formar altos dirigentes destinados ao quadro do 1. […]
pessoal da Policia Nacional e demais forças e serviços de
segurança, nacionais ou estrangeiras, bem como ministrar 2. A Polícia Fiscal exerce a sua competência processual
outras ações de formação. nos termos previstos neste diploma e nas demais leis da
Artigo 10.º
República.
[…] Artigo 17.º
[…]
1. […]
2. A PN pode utilizar armas de fogo de qualquer modelo a) […]
e calibre. b) Comando de Ordem Pública;
3. […] c) Comando da Guarda Fiscal;
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Artigo 12.º
d) Comando da Polícia Marítima;
Dever de Comparência
a) […] 1. […]
b) […] a) […]
c) O Comandante de Ordem Pública;
b) […]
d) O Comandante da Guarda Fiscal;
2. Na dependência direta do Diretor Nacional funciona o
e) O Comandante da Polícia Marítima; Comando das Unidades Especiais, a Direção de Estrangeiros
e Fronteiras e os Serviços Sociais.
f) […]
Artigo 21.º
g) […]
[…]
h) […]
1. […]
i) […]
2. […]
j) […]
a) […]
k) […]
b) […]
l) Comandantes das Secções da Polícia Marítima;
c) […]
m) Chefes das Divisões da Direção de Estrangeiros
e Fronteiras. d) Comando de Ordem Publica
2. […] e) Comando da Guarda Fiscal;
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g) […] 5. […]
h) […] 6. […]
[…]
j) […]
a) […]
k) […]
b) […]
l) Academia de Segurança Interna;
c) […]
m) Direção de Investigação Criminal.
Artigo 22.º d) Exercer a direção, supervisão, controlo e coordenação
dos departamentos, órgãos e unidades integrantes
[…]
da área para que cada um for designado por
1. […] Despacho do Diretor Nacional;
2. […] e) […]
Artigo 24.º
a) […]
[…]
b) […]
O Diretor Nacional Adjunto para Área Operativa,
c) […] sob a supervisão do Diretor Nacional, tem como função
fundamental, prevenir, garantir, manter e restabelecer a
d) […]
ordem pública, bem assim como garantir a realização da
e) […] investigação criminal na esfera de competência da PN,
tendo sob a sua responsabilidade, a direção, supervisão,
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l) […] […]
u) […] 1. […]
v) […] a) […]
3. […] b) […]
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[…] […]
[…] 1. […]
a) […] a) [Revogado]
b) […] b) Diretores Nacionais Adjuntos, sendo Presidente
c) […] o mais antigo;
g) Pronunciar-se sobre as providências legais ou g) Um Vogal eleito pelos seus pares, de entre o
regulamentares que digam respeito à PN, quando Sindicato e as Associações, em representação
para tal for solicitado pelo Diretor Nacional; dos profissionais da PN;
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i) Quaisquer outros assuntos do âmbito da disciplina nos Comandos Regionais territorialmente competentes:
que o Diretor Nacional entenda submeter à a) […]
sua apreciação.
b) […]
2. O Parecer sobre o pedido de assistência jurídica é de
caráter urgente e tem natureza vinculativo. c) […]
Secção VI
3. Compete, ainda, ao Conselho de Disciplina, através
Comando da Polícia Marítima
do secretário, exercer o controlo de todos os processos de
Artigo 41.º
âmbito disciplinar e de acidentes em serviço, organizados
ou em instrução na Polícia Nacional, nos termos do […]
Regulamento a ser aprovado por uma Portaria. 1. […]
Artigo 37.º
2. O Comando da Polícia Marítima é dirigido pelo
[…] Comandante da Policia Marítima, sob a coordenação
direta do Director Nacional Adjunto pela Área Operativa
As reuniões do Conselho de Disciplina têm lugar sempre
e exerce a sua atividade através das seguintes estruturas
que convocadas pelo Diretor Nacional Adjunto mais antigo,
integradas nos Comandos Regionais territorialmente
por iniciativa deste ou por quem o substitui.
competentes:
Secção IV
a) Os Comandos das Secções da Polícia Marítima;
Comando de Ordem Pública
b) Os Comandos dos Destacamentos da Polícia Marítima;
Artigo 38.º
[…]
c) Os Postos da Polícia Marítima.
Artigo 42.º
1. O Comando de Ordem Pública é o serviço central da
[…]
Polícia Nacional, responsável pela coordenação, controlo e
emprego de meios operativos afetos aos comandos regionais. a) […]
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[…]
2. A Direção de Estrangeiros e Fronteiras é dirigida por
um Diretor e depende funcional, administrativamente e 1. […]
hierarquicamente do Diretor Nacional.
2. […]
3. […]
a) […]
a) […]
b) […]
b) […]
3. […]
4. […]
a) A Divisão de Recursos Humanos;
Artigo 45.º
b) A Divisão de Finanças;
[…]
c) A Divisão de Logística.
1. […]
Artigo 49.º
2. […] […]
a) […] 1. […]
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b) […] a) […]
c) […] i. […]
d) […] ii. […]
e) […] iii. […]
f) […] iv. […]
g) […] v. […]
j) […] b) […]
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da PN; […]
Artigo 50.º
para Área Administrativa e desenvolve a sua atividade
Divisão de Finanças em estreita articulação com a Academia de Segurança
Interna.
1. A Divisão de Finanças é o serviço administrativo,
encarregado dos assuntos de carácter financeiro e da Secção XII
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Artigo 88.º
com os vários serviços que integram a PN.
Comandantes das Unidades Especiais
2. Compete, em especial, ao Gabinete Estratégico da
O recrutamento para o cargo de Comandante das Ação Policial verificar, acompanhar, avaliar e informar
Unidades Especiais é feito, por escolha, de entre oficiais a Direção Nacional, sobre a atuação de todos os serviços
da PN. da PN, tendo em vista promover:
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e) Estudar e propor medidas que assegurem a b) Fiscalizar o cumprimento por parte das gerências
racionalização dos processos e métodos de dos estabelecimentos hoteleiros e similares no
trabalho e a normalização e simplificação dos que se refere ao alojamento de estrangeiros;
serviços;
c) Proceder, em coordenação com os demais serviços
f) Elaborar os estudos e planos que lhe forem determinados competentes, nos limites consignados na lei
pelo Diretor Nacional e seus Adjuntos ou pelo e no estrito âmbito das suas competências, a
membro do Governo responsável pela PN; recolha, o processamento e a conservação de
informações relativamente à entrada e saída
g) Assumir a coordenação da execução das ações de
de estrangeiros nos postos fronteiriços e à sua
cooperação nos planos nacional e internacional,
permanência no território nacional;
em articulação e de acordo com as orientações
do Gabinete do membro do Governo responsável d) Proceder ações de investigação sobre crimes
pela PN; relacionados a imigração; e
h) Garantir a planificação estratégica da ação da PN; e e) O mais que lhe for conferido por instrução superior,
i) O mais que lhe for atribuído por instrução superior, despacho, regulamento ou lei.
regulamento ou lei, nomeadamente, no controlo Artigo 43.º-D
interno nos domínios operacionais, administrativo,
Divisão de Fronteiras
financeiros e técnico, da gestão orçamental e
patrimonial e da gestão de pessoal. 1. A Divisão de Fronteiras é o serviço ao qual compete
4. O Gabinete Estratégico da Ação Policial é dirigido coordenar e implementar os mecanismos de execução
por um Diretor, equiparado a Diretor de serviço central. da política migratória ao longo dos postos de fronteiras
aéreas e marítimas, assegurar a interdição de entrada e
Artigo 43.º-A
saída de cidadãos estrangeiros.
Competência
2. Compete à Divisão de Fronteiras:
Compete ao Diretor de Estrangeiros e Fronteiras
dirigir, coordenar, orientar, avaliar e fiscalizar toda a a) Garantir o cumprimento dos procedimentos inerentes
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d) Centralizar o registo e o cadastro dos documentos de h) Manter atualizadas as relações de armas, munições
viagem emitidos no país e junto das representações e explosivos destinados ao uso exclusivo da PN
diplomáticas no estrangeiro, bem como relativamente ou que, nos termos da lei, estejam à sua guarda;
à análise dos mesmos; e
i) Manter atualizadas as fichas de distribuição de
e) O mais que lhe for conferido por instrução superior, materiais ao pessoal;
despacho, regulamento ou lei.
j) Tomar as medidas adequadas à arrecadação e
Artigo 43.º-F
conservação do material à sua guarda;
Unidades de Fronteiras Aéreas e Marítimas
k) Manter atualizada a lista e a ficha dos veículos
Compete às Unidades de Fronteiras Aéreas e Marítimas: da PN;
a) Efetuar o controlo de entrada e saída de pessoas l) Garantir a manutenção e a operacionalidade dos
do território nacional; meios auto;
b) Exercer o controlo de estrangeiros, verificando
m) Avaliar e propor a alienação de meios que não
se os mesmos reúnem condições legais para
se encontrem em condições de ser utilizados
entrar e permanecer no País;
pela PN.
c) Controlar o acesso às zonas de embarque e desembarque
de passageiros internacionais; 3. A Divisão de Logística é dirigida por um Chefe de
Divisão.
d) Colaborar com as autoridades competentes na Secção XI
vigilância de zonas destinadas ao embarque
e desembarque de passageiros internacionais, Serviços e Unidades de Investigação Criminal
e) Organizar o stock de materiais, de modo a garantir 5. As demais Divisões são dirigidas por chefes de divisão.
o normal funcionamento de unidades, órgãos
e serviços da PN; 6. As Divisões têm sede na Praia.
f) Organizar e manter atualizada a lista dos efetivos 7. Em São Vicente há uma Esquadra de Investigação
e dos materiais a eles distribuídos; Criminal que depende funcionalmente da Direção de
Investigação Criminal.
g) Proceder à recolha de fardamento, armas e outros
materiais distribuídos aos efetivos da PN, quando 8. Nos restantes concelhos haverão Brigadas ou Núcleos
exonerados, aposentados ou demitidos ou quando de Investigação Criminal, cuja dependência funcional é
partam de férias para o exterior; fixada pela Direção Central da Investigação Criminal.
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A Divisão de Cooperação é o serviço responsável O presente diploma entra em vigor no dia seguinte ao
pelas parcerias institucionais com entidades nacionais de sua publicação.
e organismos internacionais em matéria de investigação
criminal, bem como a troca de informação criminal com Aprovado em Conselho de Ministros de 03 de
as suas congéneres a nível internacional. agosto de 2017.
Artigo 58.º-A José Ulisses de Pina Correia e Silva - Olavo Avelino
Guarnições Garcia Correia - Paulo Augusto Costa Rocha
1. Às Guarnições de Altas Entidades compete, através do Promulgado em 7 de novembro de 2017
respetivo Chefe, em cumprimento das ordens, instruções
ou diretivas superiores, dirigir, coordenar, orientar, avaliar Publique-se.
e fiscalizar toda a atividade da respetiva Guarnição no O Presidente da República, JORGE CARLOS DE
desempenho das suas funções. ALMEIDA FONSECA
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CAPÍTULO I
Competências e objetivos
Natureza, atribuições, hierarquia e dependência
No quadro da política de segurança interna, são objetivos
Artigo 1.º fundamentais da PN, sem prejuízo das atribuições legais
Natureza
de outras entidades, com observância das regras gerais
sobre polícia e com respeito pelos direitos, liberdades e
A Polícia Nacional, designada abreviadamente por garantias dos cidadãos:
PN, é uma força pública uniformizada de natureza civil,
a) Garantir a manutenção da ordem, segurança e
profissional e apartidária, de âmbito nacional, dotada
tranquilidade públicas;
de autonomia administrativa, financeira e operacional.
Artigo 2.º b) Proteger as pessoas e os seus bens;
c) Coadjuvar as autoridades judiciárias na investigação, g) Prosseguir as atribuições que lhe forem cometidas
realizando as ações que lhe são ordenadas como por lei em matéria de processo penal;
órgão de polícia criminal;
h) Exercer, nos termos da lei, as competências específicas
d) Velar pelo cumprimento das leis e disposições em que lhe são conferidas quanto à realização de
geral, designadamente as referentes à viação diligências de investigação criminal e cooperar
terrestre e aos transportes rodoviários; com os demais órgãos de polícia criminal;
e) Combater as infrações fiscais e aduaneiras; i) Colher as notícias dos crimes, investigar os seus
agentes nos limites das suas competências
f) Controlar as fronteiras aéreas e marítimas; específicas, impedir as consequências dos crimes
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l) Garantir a execução de atos administrativos A PN exerce as suas funções em todo o território nacional,
emanados da autoridade competente que visem de acordo com as disposições orgânicas reguladoras da
impedir o incumprimento da lei ou a sua violação competência territorial.
continuada;
Artigo 9.º
m) Prestar ajuda às populações e socorro aos sinistrados, Medidas Cautelares de Polícia
designadamente em caso de emergência, e apoiar
em especial os grupos de risco, bem como qualquer A PN utiliza, no âmbito das suas atribuições, as medidas
outra colaboração que legitimamente lhe for cautelares de polícia legalmente previstas e aplicáveis nas
solicitada; condições e termos da Constituição e da lei, não podendo
impor restrições ou fazer uso dos meios de coerção para
n) Cooperar com outras entidades que prossigam
além do estritamente necessário.
idênticos fins;
Artigo 10.º
o) Prevenir e combater as infrações fiscais e aduaneiras;
Utilização de Meios Coercivos
p) Vigiar e fiscalizar o território aduaneiro;
1. Os meios coercivos só podem ser utilizados pela PN
q) Colaborar com a Administração Fiscal no combate
nos casos expressamente previstos na lei.
à fraude e evasão fiscais;
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u) O mais que, no âmbito das suas funções lhe sejam As revistas e buscas, com ou sem autorização de
atribuídas por lei. autoridade judiciária competente, realizam-se nos termos
Artigo 6.º e condições previstas da lei.
Competência Exclusiva Artigo 12.º
c) Garantir a segurança pessoal dos titulares dos 1. Para efeitos do disposto na lei, dentro da sua esfera
órgãos de soberania e de outras altas entidades legal de competências, são autoridades de polícia:
nacionais ou estrangeiras, bem como de outros
a) O Diretor Nacional;
cidadãos quando sujeitos a situação de ameaça
relevante. b) Os Diretores Nacionais Adjuntos;
2. Em situações de exceção, as atribuições da PN são c) O Comandante de Ordem Pública;
as decorrentes da legislação sobre defesa nacional e sobre
o estado de sítio e estado de emergência. d) Comandante da Guarda Fiscal;
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h) Prestar apoio protocolar ao Diretor Nacional e ao planeamento estratégico, bem como a observação e
seus Adjuntos; avaliação global dos resultados obtidos, em articulação
com os vários serviços que integram a PN.
i) Assegurar a guarda e o uso dos selos e cifras;
2. Compete, em especial, ao Gabinete Estratégico da
j) O mais que, no âmbito da sua função, lhe for cometido Ação Policial verificar, acompanhar, avaliar e informar
por lei, regulamento ou determinação superior. a Direção Nacional, sobre a atuação de todos os serviços
da PN, tendo em vista promover:
2. O Gabinete do Diretor Nacional é dirigido por um
Diretor, equiparado a Diretor de Serviço Central. a) A legalidade, a regularidade, a eficácia e a eficiência
da atividade operacional;
3. O Gabinete do Diretor integra ainda uma Secretária
e um Condutor, ambos recrutados por livre escolha de b) A qualidade do serviço prestado à população;
entre o pessoal, policial e ou não policial, do quadro da PN.
c) Elaborar planos e estudos que permitam orientar
Artigo 27.º
o desenvolvimento coordenado da instituição
Gabinete Jurídico PN, assegurando uma visão unitária da sua
atividade e a realização dos seus objetivos;
1. O Gabinete Jurídico é o serviço de consulta e de
apoio da Direção Nacional e dos Comandos Regionais, d) O cumprimento dos planos de atividades e das
diretamente dependente do Diretor Nacional, ao qual decisões e instruções internas.
compete:
3. Compete, ainda, ao Gabinete Estratégico da Ação
a) Emitir pareceres, prestar informações e proceder Policial em estreita articulação com os demais serviços
a estudos sobre matérias de natureza jurídica; centrais da PN, designadamente:
b) Acompanhar processos e ações de natureza judicial a) Preparar o plano anual de atividade e acompanhar
em que a PN tenha intervenção e patrociná-la a sua execução;
nos correspondentes atos processuais;
b) Coordenar a elaboração do relatório anual de
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c) Preparar a intervenção dos membros da Direção atividades da PN onde deve constar a avaliação
Nacional em processos de recurso administrativo da produtividade e eficácia dos serviços, tendo
e contencioso; em conta os meios utilizados;
d) Apreciar os projetos de diplomas respeitantes à PN; c) Apoiar os diferentes órgãos, serviços e unidades da
PN no desenvolvimento das ações de planeamento
e) Elaborar estudos e propostas de despachos, ordens e coordenação;
de serviço e outros regulamentos;
d) Centralizar a difusão dos elementos estatísticos
f) Ministrar ações de formação específicas junto dos e indicadores de apoio à gestão;
Comandos Regionais da PN, designadamente,
no domínio de organização e condução de e) Estudar e propor medidas que assegurem a
processos disciplinares, divulgação de leis ou racionalização dos processos e métodos de
regulamentos com relevância para a atuação trabalho e a normalização e simplificação dos
do pessoal policial da PN; serviços;
g) Prestar assessoria jurídica ao pessoal policial f) Elaborar os estudos e planos que lhe forem determinados
indigitado para o cargo de instrutor de processos pelo Diretor Nacional e seus Adjuntos ou pelo
disciplinares ou incumbido da realização de membro do Governo responsável pela PN;
inspeções aos serviços da PN;
g) Assumir a coordenação da execução das ações de
h) Colaborar com os restantes serviços da PN cooperação nos planos nacional e internacional,
assegurando o adequado suporte à gestão nos em articulação e de acordo com as orientações
aspetos técnico-jurídicos. do Gabinete do membro do Governo responsável
pela PN;
2. O Gabinete Jurídico é dirigido por um Diretor,
equiparado a Diretor de serviço central, e integra juristas h) Garantir a planificação estratégica da ação da PN; e
do quadro do pessoal policial da PN e assessores jurídicos
contratados para o efeito. i) O mais que lhe for atribuído por instrução superior,
regulamento ou lei, nomeadamente, no controlo
Artigo 27.º-A
interno nos domínios operacionais, administrativo,
Gabinete Estratégico da Ação Policial financeiros e técnico, da gestão orçamental e
patrimonial e da gestão de pessoal.
1. Gabinete Estratégico da Ação Policial é o órgão
consultivo e de apoio da Direção Nacional em todas as 4. O Gabinete Estratégico da Ação Policial é dirigido
atividades da Polícia Nacional, sobretudo no que diz respeito por um Diretor, equiparado a Diretor de serviço central.
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Artigo 29.º
h) Pronunciar-se sobre as condições de exercício da
atividade policial no tocante à prestação de
[Revogado] serviço às populações;
Artigo 30.º i) Emitir parecer sobre assuntos relativos às condições
da prestação do serviço e relativos ao pessoal,
[Revogado] designadamente, as respeitantes à definição do
Artigo 31.º estatuto profissional e ao sistema retributivo;
j) Emitir parecer sobre os objetivos, necessidades e
[Revogado] planos de formação;
Subsecção II k) Emitir parecer sobre outros assuntos quando para
Conselho de Comandos tal for solicitado pelo Diretor Nacional ou pelo
membro do Governo responsável pela PN;
Artigo 32.º
l) Pronunciar-se sobre processos de promoção por
Composição escolha e por distinção;
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Artigo 38.º
d) Comandante da Guarda-Fiscal;
Missão e Direção
e) Comandante da Policia Marítima;
f) Diretor de Estrangeiros e Fronteiras; 1. O Comando de Ordem Pública é o serviço central da
Polícia Nacional, responsável pela coordenação, controlo e
g) Um Vogal eleito pelos seus pares, de entre o emprego de meios operativos afetos aos comandos regionais.
Sindicato e as Associações, em representação
dos profissionais da PN. 2. O Comando de Ordem Pública inclui a Polícia Florestal
e é dirigido pelo Comandante de Ordem Pública.
h) O Diretor do Gabinete Jurídico;
Artigo 39.º
i) Comandante das Unidades Especiais.
Competência
2. Os membros do Conselho de Disciplina são indicados
por despacho do Diretor Nacional. Compete ao Comando de Ordem Pública emanar
diretivas e instruções aos Comandos Regionais relativas
3. O secretariado das reuniões do Conselho de Disciplina aos objetivos a atingir quanto à prevenção e combate à
é assegurado por um oficial da PN indigitado pelo Diretor criminalidade, proteção de pessoas e bens, assistência
Nacional. às populações em caso de emergência e catástrofes,
Artigo 36.º manutenção e reposição da ordem pública, fiscalização
rodoviária e proteção do meio ambiente.
Competência
Secção V
1. Compete ao Conselho de Disciplina apreciar e emitir
parecer não vinculativo sobre os seguintes assuntos: Comando da Guarda Fiscal
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Estrutura
Artigo 42.º
Divisão de Estrangeiros
d) Prestar ajuda às populações e socorro aos sinistrados,
designadamente em caso de emergência, bem como 1. A Divisão de Estrangeiros é o serviço ao qual compete
qualquer outra colaboração que legitimamente proceder ao registo, controlo de permanência e afastamento
lhe for solicitada; do território nacional.
e) O mais que, no âmbito da sua função, lhe for 2. Compete à Divisão de Estrangeiros:
cometido por código marítimo, lei, regulamento
ou determinação superior. a) Efetuar o controlo e garantir o regime legal dos
estrangeiros que se encontrem ou residem no
Secção VII
território nacional;
Direção de Estrangeiros e Fronteiras
b) Fiscalizar o cumprimento por parte das gerências
Artigo 43.º dos estabelecimentos hoteleiros e similares no
que se refere ao alojamento de estrangeiros;
Natureza, Missão e Direção
c) Proceder, em coordenação com os demais serviços
1. A Direção de Estrangeiros e Fronteiras é o serviço
competentes, nos limites consignados na lei
central da Direção Nacional encarregado da emissão de
e no estrito âmbito das suas competências, a
documentos de viagem, que não estejam por lei reservada
recolha, o processamento e a conservação de
à competência de outras entidades, do controlo da entrada
informações relativamente à entrada e saída
e saída de pessoas nos postos de fronteira, da estadia e
de estrangeiros nos postos fronteiriços e à sua
permanência de estrangeiros no território nacional.
permanência no território nacional;
2. A Direção de Estrangeiros e Fronteiras é dirigida por
d) Proceder ações de investigação sobre crimes
um Diretor e depende funcional, administrativamente e
relacionados a imigração; e
hierarquicamente do Diretor Nacional.
e) O mais que lhe for conferido por instrução superior,
3. A Direção de Estrangeiros e Fronteiras compreende:
despacho, regulamento ou lei.
a) A Divisão de Estrangeiros; Artigo 43.º-D
4. As Divisões previstas no número anterior são dirigidas 1. A Divisão de Fronteiras é o serviço ao qual compete
por Chefes de Divisão. coordenar e implementar os mecanismos de execução
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da política migratória ao longo dos postos de fronteiras d) Colaborar com as autoridades competentes na
aéreas e marítimas, assegurar a interdição de entrada e vigilância de zonas destinadas ao embarque
saída de cidadãos estrangeiros. e desembarque de passageiros internacionais,
designadamente com a Polícia Judiciária e a
2. Compete à Divisão de Fronteiras: Guarda Fiscal, bem como na garantia de segurança
das pessoas e seus bens e das instalações e meios
a) Garantir o cumprimento dos procedimentos inerentes
de transporte, tanto marítimos como aéreos; e
ao controlo de fronteira;
O mais que lhe for conferido por instrução superior,
b) Assegurar o cumprimento das medidas cautelares
despacho, regulamento ou lei.
determinadas pelas autoridades competentes
relativo às entradas e saídas de cidadãos Secção VIII
estrangeiros bem como o registo de recusa de Direção de Operações e Comunicações
entradas;
Artigo 44.º
c) Assegurar o cumprimento das medidas cautelares
Natureza, Direção e Estrutura
determinadas pelas autoridades competentes
relativo às saídas de cidadãos estrangeiros e 1. A Direção de Operações e Comunicações é o serviço
nacionais; central da PN responsável pelas operações, comunicações,
bem como a recolha, a análise e a difusão de informações
d) Assegurar o estudo e a elaboração de normas técnicas
policiais.
com vista à uniformização de procedimentos
nos postos de fronteiras aéreas e marítimas; 2. A Direção de Operação e Comunicações é dirigida
por um Diretor e compreende:
e) O mais que lhe for conferido por instrução superior,
despacho, regulamento ou lei. a) A Divisão de Operações e Informações Policiais.
Artigo 43.º-E b) A Divisão de Comunicações e Tecnologias de
Divisão de Emissão e Análise Documental
Informação.
Artigo 45.º
2 422000 012460
Compete às Unidades de Fronteiras Aéreas e Marítimas: e) Elaborar os elementos estatísticos com interesse
para a sua atividade;
a) Efetuar o controlo de entrada e saída de pessoas
do território nacional; f) Elaborar estudos e relatórios sobre a criminalidade
e delinquências nas áreas da PN;
b) Exercer o controlo de estrangeiros, verificando
se os mesmos reúnem condições legais para g) Estudar, planear e propor a organização dos
entrar e permanecer no País; comandos e unidades, a distribuição dos efetivos,
do material auto, do armamento, equipamentos
c) Controlar o acesso às zonas de embarque e desembarque e materiais de transmissões, em coordenação
de passageiros internacionais; com os respetivos serviços;
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h) Preparar e proceder à divulgação das normas de iv. Proceder à instalação, manutenção e reparação
execução permanente relativas à atividade dos sistemas elétricos e eletrónicos;
operativa da PN;
v. Dar apoio técnico, no domínio específico das
i) Estudar, conceber e elaborar planos de emergência comunicações e da eletrónica, às ações de prevenção
e de contingência e, sempre que necessário, e investigação criminal;
em articulação com os demais serviços da PN
vi. Propor as ações de formação e de capacitação
competentes e dos serviços nacionais responsáveis
técnica do pessoal policial afeto à gestão e
pela Proteção Civil;
utilização do sistema de comunicações e dos
j) O mais que, no âmbito da sua função, lhe for cometido sistemas elétricos e eletrónicos da PN;
por lei, regulamento ou determinação superior. vii. Propor, em articulação com os demais serviços
3. Compete ainda à Divisão de Operações e Informações centrais da Direção Nacional, a distribuição de
Policiais, no que concerne à gestão de armas e explosivos, materiais de comunicação;
exercer as seguintes competências: viii. O mais que, no âmbito da sua função, lhe for
cometido por lei, regulamento ou determinação
a) Organizar os processos relativos à requisição
superior.
e pedidos de autorização para importação,
comercialização, uso e porte de armas; b) No domínio de informática e das novas tecnologias
de informação:
b) Assegurar o registo atualizado, organizar o cadastro
e fiscalizar a comercialização, o uso, porte e i. Elaborar planos de informática e de sistemas de
transporte de armas, no âmbito das competências informação e comunicação, bem como estudos
da PN; com vista ao apetrechamento da PN em material
e suportes de transmissão de dados;
c) Assegurar o cumprimento das medidas preventivas e
de controlo relativas ao fabrico, armazenamento, ii. Estabelecer ligação com os fornecedores dos
comercialização, uso, porte e transporte de equipamentos instalados, com vista à obtenção
munições e substâncias explosivas e equiparadas, de informações técnicas, correção de anomalias
e apoio especializado no domínio dos suportes
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xvi. Processar e liquidar os vencimentos e outras b) Elaborar propostas e pareceres sobre os tipos e
remunerações do pessoal; características dos materiais e equipamentos;
xvii. Administrar e manter atualizada a Base de c) Divulgar as normas e instruções técnicas relativas à
Dados da PN, nomeadamente, na introdução utilização, manutenção e arrecadação de material;
da mobilidade, registo bibliográfico, cadastro,
avaliações; d) Organizar o sistema de controlo e registo de entradas
e saídas de material e manter atualizado o
xviii. O mais que, no âmbito da sua função, lhe for inventário;
cometido por lei, regulamento ou determinação
e) Organizar o stock de materiais, de modo a garantir
superior.
o normal funcionamento de unidades, órgãos
2. A Divisão de Administração e Recursos Humanos é e serviços da PN;
dirigida por um Chefe de Divisão.
f) Organizar e manter atualizada a lista dos efetivos
Artigo 50.º e dos materiais a eles distribuídos;
Divisão de Finanças g) Proceder à recolha de fardamento, armas e outros
materiais distribuídos aos efetivos da PN, quando
1. A Divisão de Finanças é o serviço administrativo,
exonerados, aposentados ou demitidos ou quando
encarregado dos assuntos de carácter financeiro e da
partam de férias para o exterior;
gestão do património da Polícia Nacional.
h) Manter atualizadas as relações de armas, munições
2. Compete à Divisão de Finanças:
e explosivos destinados ao uso exclusivo da PN
a) Elaborar o projeto de orçamento e as respetivas ou que, nos termos da lei, estejam à sua guarda;
propostas de alteração; i) Manter atualizadas as fichas de distribuição de
b) Proceder ao controlo das despesas e à liquidação materiais ao pessoal;
das faturas; j) Tomar as medidas adequadas à arrecadação e
c) Apresentar às entidades competentes, dentro dos conservação do material à sua guarda;
2 422000 012460
prazos legais, a conta de gerência das dotações k) Manter atualizada a lista e a ficha dos veículos
atribuídas à PN; da PN;
d) Propor a distribuição das verbas inscritas no l) Garantir a manutenção e a operacionalidade dos
orçamento da Direção Nacional; meios auto;
e) Assegurar a gestão e o controlo dos recursos financeiros, m) Avaliar e propor a alienação de meios que não
materiais e patrimoniais, estabelecendo a necessária se encontrem em condições de ser utilizados
articulação com os serviços competentes dos pela PN.
Departamentos Governamentais responsáveis
pelas áreas da justiça e das finanças; 3. A Divisão de Logística é dirigida por um Chefe de
Divisão.
f) Preparar, instruir e executar as decisões do membro
Secção X
do Governo responsável pela PN em matéria
de recursos financeiros e patrimoniais; Direção de Formação
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Artigo 53.º
b) Exercer o poder disciplinar;
2. O Comando das Unidades Especiais tem sede na O Corpo de Intervenção é uma unidade de reserva
Cidade da Praia, podendo ter unidades destacadas em especialmente preparada e destinada a ser utilizada em:
áreas dos Comandos Regionais da PN onde tal presença
a) Ações de mera prevenção contra a criminalidade
seja considerada necessária pelo Diretor Nacional ou pelo
e perturbação da ordem pública;
membro do Governo responsável pela PN.
b) Ações de manutenção e restabelecimento da ordem
3. O Comando de Unidades Especiais depende funcional,
pública, cuja resolução ultrapasse os meios
administrativamente e hierarquicamente do Diretor
normais de atuação;
2 422000 012460
Nacional.
c) Intervenção em situações de violência concertada,
Artigo 54.º
criminalidade violenta e organizada, proteção
Comando de instalações, investimentos e pontos sensíveis
importantes;
O Comando das Unidades Especiais é dirigido por um
Comandante, coadjuvado por Comandante Adjunto e d) Proteção e defesa das instalações dos órgãos de
compreende: soberania e das instituições democráticas;
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o) Outros serviços criados nos termos deste diploma b) O Comando Regional da PN de São Vicente, com
ou em lei. sede na Cidade de Mindelo e jurisdição sobre
a respetiva ilha;
2. Por razões de natureza operacional o Comando
Regional de Santiago Sul e Maio não integra os serviços c) O Comando Regional da PN de Santiago Norte com
constantes das alíneas b) e h) do número anterior. sede na Cidade da Assomada e jurisdição sobre
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d) O Comando Regional da PN do Sal, com sede na b) Representar o Comando na sua área de jurisdição;
cidade de Espargos e jurisdição sobre as ilhas
do Sal e São Nicolau; c) Estabelecer a ligação quotidiana com os serviços
centrais da PN competentes em razão da matéria
e) O Comando Regional da PN da Boavista, com e eles receber as informações de que precisar
sede na cidade de Sal Rei e jurisdição sobre a para o bom desempenho da função do Comando
respetiva ilha; Regional da PN;
f) O Comando Regional da PN do Fogo, com sede na d) Cumprir e fazer cumprir as leis, regulamentos,
Cidade de São Filipe e jurisdição sobre as ilhas ordens e instruções emanadas do Diretor Nacional
do Fogo e da Brava; ou do membro do Governo responsável pela PN;
g) O Comando Regional da PN de Santo Antão, com
sede na Vila de Ribeira Grande e jurisdição e) Fiscalizar as unidades e serviços dele dependentes;
sobre a respetiva ilha.
f) Submeter à apreciação do Diretor Nacional os
3. Em cada Comando Regional da PN pode ser criado planos de atividades;
um Comando da Secção Fiscal e um Comando de Secção
da Polícia Marítima. g) Dar conhecimento imediato ao Diretor Nacional de
qualquer acontecimento anormal, sem prejuízo de
Artigo 65.º tomar as providências que a situação imponha,
Criação e Extinção de Unidades Policiais
podendo, em caso de emergência, solicitar reforço
e auxílio de outras unidades ou comandos;
A criação e extinção de unidades policiais da PN
efetuam-se por Portaria Conjunta dos membros do h) Exercer o poder disciplinar de harmonia com o
disposto no Regulamento Disciplinar da PN;
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1. Sempre que razões de ordem operacional o justifiquem, j) Conceder recompensas nos termos estatutários e
pode o Diretor Nacional, com a concordância do membro regulamentares;
do Governo responsável pela PN, mediante despacho,
criar Unidades Destacadas ou Piquetes, com carácter k) Fazer a avaliação anual de desempenho do pessoal
temporário. nos termos estabelecidos em regulamento próprio;
2. O despacho a que se refere o número anterior deve l) Providenciar pela adequada formação técnico-
estabelecer a missão concreta, o âmbito territorial e a profissional de todo o pessoal afeto ao seu comando;
duração das unidades destacadas.
m) Emitir as Ordens de Serviço e as instruções que
Artigo 67.º entender convenientes, nos termos da lei;
Comando
n) Exercer as demais competências que lhe sejam
1. Os Comandos Regionais da PN são dirigidos por atribuídas por lei, regulamento ou determinação
Comandantes Regionais, coadjuvados no exercício das superior.
suas funções por Comandantes Regionais Adjuntos.
Artigo 69.º
2. O Comandante Regional é substituído, nas suas
faltas ou impedimentos, pelo Comandante Regional Competências do Comandante Regional Adjunto
Adjunto e, nas faltas e impedimentos deste, pelo oficial
mais graduado ou, se houver vários de igual graduação, Compete ao Comandante Regional Adjunto:
pelo mais antigo.
a) Coadjuvar o Comandante Regional no exercício
Artigo 68.º das suas competências;
Competências do Comandante Regional da PN
b) Substituir o Comandante Regional nas suas
Compete ao Comandante Regional da PN, designadamente: ausências ou impedimentos;
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objetivos e missões cometidos à PN nas respetivas áreas 2. O Serviço Social da PN é dirigido por um Diretor
territoriais. coadjuvado por um Secretário e depende funcional e
hierarquicamente do Diretor Nacional.
Artigo 72.º
Quadro Único
1. A Academia de Segurança Interna é o estabelecimento
de ensino policial que tem por missão formar altos 1. A PN dispõe de um quadro de pessoal único que
dirigentes destinados ao quadro do pessoal da Policia compreende o pessoal policial e o pessoal não policial.
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1. As dotações de pessoal dos diversos comandos, unidades 2. Na falta de oficiais superiores que preencham o
especiais e os serviços centrais da Policia Nacional são requisito estabelecido no número anterior, podem ser
fixadas por despacho do membro do Governo responsável nomeados para o cargo de Diretor Nacional quadros da
pela PN, sob proposta do Diretor Nacional. administração pública licenciados em áreas adequadas,
a definir por Portaria do membro do Governo responsável
2. A distribuição do pessoal no âmbito de cada unidade pela PN, com pelo menos cinco anos de experiência
orgânica é da competência do respetivo comandante, profissional.
diretor ou chefe e de acordo com o disposto nos respetivos
regulamentos orgânicos. 3. O cargo de Diretor Nacional é provido em comissão
ordinária de serviço, por um período de três anos, podendo
Artigo 79.º
ser renovada expressamente.
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Pessoal Contratado
Artigo 83.º
Nos termos da lei geral e mediante autorização prévia do
Diretores Nacionais Adjuntos
membro do Governo responsável pela PN, pode o Diretor
Nacional celebrar contratos a termo ou de prestação 1. Os Diretores Nacionais Adjuntos são nomeados de
de serviços com pessoal devidamente habilitado para entre os oficiais superiores da PN, por Despacho do membro
o desempenho de funções especializadas de natureza do Governo responsável pela PN, mediante proposta do
não policial e não previstas no correspondente quadro Diretor Nacional.
de pessoal.
2. O cargo de Diretor Nacional Adjunto é provido em
Secção II
comissão ordinária de serviço, por um período de três
Recrutamento e Provimento do Pessoal anos, podendo ser renovada expressamente.
Subsecção I 3. Em qualquer momento a comissão de serviço referida
Disposições gerais no número anterior pode ser dada por finda, por despacho
do membro do Governo responsável pela PN, por iniciativa
Artigo 80.º deste, por proposta do Diretor Nacional ou a pedido do
Lugares de Comando, Direção e Chefia interessado.
Artigo 84.º
1. Os lugares de comando, direção e chefia da PN são
recrutados e providos em comissão ordinária de serviço, Graduação do Diretor Nacional e dos Diretores Nacionais
por despacho do membro do Governo responsável perla Adjuntos
PN, sob proposta do Diretor Nacional.
Para efeitos de exercício dos respetivos cargos, o Diretor
2. A comissão ordinária de serviço tem a duração de Nacional e os Diretores Nacionais Adjuntos são graduadas
três anos, considerando-se renovada automaticamente se, na carreira nos termos a definir no Estatuto do Pessoal
até trinta dias antes do seu termo, a entidade competente Policial da PN.
ou o interessado não tiverem manifestado a intenção de
Artigo 85.º
a fazer cessar.
Comandantes de Ordem Pública, Guarda Fiscal e Polícia
3. Em qualquer momento as comissões de serviço Marítima
podem ser dadas por findas pelo membro do Governo
responsável pela PN, por iniciativa deste, por proposta O recrutamento para os cargos de Comandante da
do Diretor Nacional ou a requerimento do interessado, Polícia de Ordem Pública, Comandante da Guarda Fiscal
não constituindo qualquer direito a indemnização ou a e o Comandante da Polícia Marítima é feito, por escolha,
compensação. de entre oficiais da PN.
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1. O recrutamento para o cargo de Chefe de Divisão é 1. Os elementos da Polícia Nacional com funções policiais
feito, por escolha, de entre oficias da PN ou indivíduos de exercem as suas missões com uniforme próprio e armados.
reconhecida idoneidade e experiência profissional que, nos
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termos do estatuto próprio de pessoal dirigente, possam 2. Sem prejuízo do disposto no número anterior,
ser providos no cargo de Diretor de Serviço. determinadas missões poderão ser exercidas em traje
civil, desde que a sua natureza ou as necessidades o
2. O recrutamento para os cargos de Comandantes exijam, nas condições fixadas por disposições especiais
das Esquadras Policiais, das Secções Fiscais e da Polícia ou mediante determinação superior.
Marítima são feitas de entre Oficiais da PN de reconhecida
3. O modelo de uniforme mencionado no número 1 consta
idoneidade, competência e experiência profissional.
de Portaria do membro do Governo responsável pela PN.
3. O recrutamento para os cargos de Chefes de
4. O modelo de uniforme deve integrar elementos
Destacamentos é feito de entre Oficiais ou Subchefes
característicos e distintivos das diferentes áreas da PN,
de reconhecida idoneidade, competência e experiência
conforme o estabelecido no n.º 2 do artigo 2.º.
profissional.
Artigo 90.º
CAPÍTULO II
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ou a nele permanecer para além do período normal de 4. O pessoal nas condições referidas nos números
serviço, nem se eximir de desempenhar qualquer missão, anteriores fica na situação de adido ao quadro, não pode
desde que compatível com a sua categoria funcional, ser empenhado em serviços estranhos ao âmbito da PN
sempre que solicitado pelo superior hierárquico. e mantém todos os direitos inerentes à sua situação no
quadro a que pertence.
6. O pessoal com funções não policiais está, em todas
as circunstâncias, obrigado a assegurar a prestação 5. O pessoal referido nos números 1 e 2, para efeitos de
dos serviços mínimos necessários ao funcionamento ordem pública, cumpre as diretivas do Comando Regional
operacional da instituição, considerando-se incluídos da PN com jurisdição na respetiva área.
nesta categoria os serviços indispensáveis de socorro,
comunicações, informática e transportes, bem como 6. Os serviços especiais prestados pela PN são remunerados
aqueles que respeitem à segurança e manutenção dos nos termos da regulamentação própria.
equipamentos e instalações.
TÍTULO IV
Artigo 94.º
5. As decisões tomadas pelos comandantes regionais Objetos apreendidos pela PN que revertem a seu favor
devem ser comunicadas, de imediato, ao Diretor Nacional
ou seus Adjuntos. 1. Os objetos apreendidos pela PN que venham a ser
declarados perdidos a favor do Estado são lhes afetos quando
Artigo 95.º
possuam interesse criminalístico, histórico, documental
Prestação de Serviços ou museológico ou se trate de armas, munições, viaturas,
equipamentos de telecomunicações e informática, ou
1. A PN pode manter pessoal com funções policiais
outros com interesse para a PN.
em regime de requisição ou de destacamento para
prestar serviço em instituições judiciárias e em órgãos 2. A utilidade dos objetos a que se refere o número
da administração central ou local. anterior deve ser proposta pelos comandantes regionais
2. A PN pode ainda manter pessoal com funções policiais no respetivo processo, com a concordância do Diretor
em organismos de interesse público, em condições a definir Nacional, ou do Diretor Nacional-adjunto, por delegação.
por Portaria do membro do Governo responsável pela PN, Artigo 98.º
sendo da responsabilidade dos referidos organismos o
pagamento da remuneração base, prestações familiares Equivalências
e outras prestações sociais, e demais suplementos a que
o pessoal tenha direito. 1. As referências feitas em qualquer diploma ao
Comandante-geral e ao Comandante-geral Adjunto da
3. Pode ser nomeado em comissão de serviço, por despacho POP consideram-se como reportadas ao Diretor Nacional
conjunto dos membros do Governo competentes em razão e aos Diretores Nacionais-adjuntos, respetivamente.
da matéria, até ao limite de três anos, prorrogável, pessoal
com funções policiais, para organismos internacionais ou 2. O Centro Nacional de Formação continua a exercer
países estrangeiros, em função dos interesses nacionais as suas competências e atribuições no âmbito do seu
e dos compromissos assumidos no âmbito da cooperação regulamento orgânico interno, enquanto não for instalada
internacional, nos termos legalmente estabelecidos. a Academia de Segurança Interna.
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Artigo 1.º
PESSOAL DE CHEFIA
Objeto
Comandantes Regionais Adjuntos
Comandantes de cada uma Unidades Especiais O presente diploma institui a obrigatoriedade de
Comandantes das Esquadras Policiais qualquer operador aéreo estrangeiro que seja admitido à
exploração de serviços de transporte aéreo de designar um
Comandante da Divisão de Investigação Criminal representante legal com plenos poderes de representação,
Comandantes das Secções Fiscais incluindo o de receber citações, no território nacional.
Comandantes das Secções da Polícia Marítima Artigo 2.º
Chefes das Divisões
Âmbito de aplicabilidade
Comandantes das Guarnições da PR, AN e PM
Chefes das Unidades de Fronteiras nos Aeroportos O presente diploma é aplicável aos operadores aéreos
Internacionais estrangeiros que sejam admitidos a explorar os serviços
Comandantes dos Destacamentos Fiscais de transporte aéreo.
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2. No ato do pedido de autorização para a exploração 2. A legalização referida no número anterior pode
de serviços de transporte aéreo feito pelo operador aéreo ainda ser feita mediante a aposição de Apostila de Haia,
estrangeiro deve ser indicado o representante legal conforme estabelecida no Decreto n.º 1/2009, de 19 de
designado.
janeiro, referente à supressão da Exigência de Legalização
Artigo 4.º dos Atos Públicos Estrangeiros.
Artigo 5.º
Obrigatoriedade de informação
Documentos a entregar
No caso da ocorrência da alteração de quaisquer
Os documentos a serem entregues são os seguintes: das informações facultadas inicialmente à autoridade
aeronáutica, o representante legal está obrigado a informar
a) Cópia autenticada do documento de designação,
ou procuração do representante legal em Cabo à autoridade aeronáutica no prazo de 8 (oito) dias úteis.
Verde, no qual devem constar, expressamente,
todos os poderes, gerais e especiais, tanto CAPÍTULO II
para aceitar as condições em que é dada a
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Anexo
(A que refere o n.º 1 do artigo 4.º)
Na presente data, __/___/______, o (a) representante legal da empresa representada (Denominação da empresa)
___________________________, melhor identificada supra em A., declarou aceitar as condições estabelecidas para
que a empresa seja autorizada a explorar os serviços de transporte aéreo em Cabo Verde, em conformidade com as
normas aplicáveis, pelo que foi lavrado o presente Termo, que contém as mencionadas condições, a saber:
1º
A empresa [Denominação da empresa] é obrigada a ter, permanentemente, um(a) representante legal em Cabo
Verde, com poderes, gerais e especiais, para tratar e praticar todos os atos necessários para resolver quaisquer
questões que venham a surgir, podendo ser demandado e podendo receber citação inicial pela empresa.
2º
Todos os atos praticados em Cabo Verde ficam sujeitos à legislação caboverdeana incluindo toda a regulamentação
aeronáutica.
3º
Fica igualmente obrigada a informar à autoridade aeronáutica de quaisquer alterações que tenham ocorridas,
incluindo as referentes aos endereços, contatos, sítios eletrónicos etc.
4º
Pode ser-lhe suspensa ou revogada a autorização de funcionamento em Cabo Verde, caso haja infração das normas
que lhe sejam aplicáveis ou pratique atos contrários ao interesse público.
____________________________________________________
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A fatura energética em Cabo Verde é considerada elevada, A presente Resolução entra em vigor no dia seguinte
afetando as condições de competitividade das empresas à sua publicação.
nacionais e o desenvolvimento das suas atividades face
aos seus competidores internacionais. Aprovada em Conselho de Ministros do dia 26 de
outubro de 2017.
No sentido de reduzir estas deficiências, o Governo
definiu no seu Programa para a IX Legislatura como uma O Primeiro-ministro, José Ulisses de Pina Correia e Silva
das prioridades a redução da dependência do exterior
dos produtos petrolíferos, promovendo a diversificação e ––––––o§o––––––
utilização de fontes de energia renováveis e a eficiência
CONSELHO DE MINISTROS
energética.
O Governo está empenhado ainda na criação de condições ––––––
que beneficiem o país das excelentes potencialidades Resolução nº 125/2017
que possui nos domínios da energia eólica e solar, com
investimentos atempados em projetos de produção de 14 de novembro
financeiramente sustentáveis.
Cabo Verde enfrenta, atualmente, uma das suas maiores
Em decorrência destas prioridades, o Centro de secas das últimas décadas, tendo como consequência
Energias Renováveis e Manutenção Industrial – CERMI, maus resultados do ano agrícola de 2017/18 e a ameaça
desempenha um papel chave na promoção do conhecimento à segurança alimentar e nutricional de muitas famílias,
e o desenvolvimento de competências para o exercício de sobretudo no meio rural. Em resposta, o Governo aprovou,
atividades profissionais de excelência no domínio das através da Resolução n.º 110/2017, de 6 de outubro, o
energias renováveis. Programa de Emergência para Mitigação da Seca e do
Mau Ano Agrícola ( PEMSMAA), que tem por objetivo i)
Para tal e, em face a necessidades resultantes da sua Minimizar o problema de falta de água, garantindo o uso
atividade, o CERMI precisa de recorrer a um financiamento racional e a regularidade do fornecimento para famílias
2 422000 012460
bancário junto da Caixa Económica de Cabo Verde – CECV, e as explorações agrícolas e pecuárias, ii) Garantir a
sob a forma de conta corrente caucionada no montante capacidade produtiva da pecuária (salvamento de gado) de
de 19.686.705$00 (dezanove milhões, seiscentos e oitenta ruminantes através da adequação do efetivo aos recursos
e seis mil, setecentos e cinco escudos). disponíveis, reforço da disponibilidade de alimentos e a
Assim, manutenção do bom estado sanitário dos animais e iii)
Garantir o mínimo de rendimento às famílias agrícolas
Considerando que estão reunidas todas as condições fortemente afetadas pelo mau ano agrícola através da
exigíveis para a concessão de um aval, aprova-se, mediante criação de oportunidades de mais empregos, sobretudo
a presente Resolução, os termos da sua autorização. no meio rural.
Assim, O programa de emergência prevê, de entre outras
Ao abrigo dos artigos 1.º e 7.º do Decreto-lei n.º 45/96, medidas de mitigação, a criação de linhas de crédito
de 25 de novembro, que regula o regime de concessão dos especiais adaptadas à situação. Com isto pretende-se
avales do Estado; e reforçar a capacidade de resiliência das famílias agrícolas
afetadas, garantindo o acesso a meios financeiros que
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o permitem investimentos necessários para salvaguardar a
Governo aprova a seguinte Resolução: sua atividade económica no campo: pecuária e agricultura.
Artigo 1.º
Para a materialização desta política, o Governo elegeu
Autorização como parceiras importantes as instituições de micro
finanças (IMF) que, prontamente, manifestaram a sua
É autorizada a Direção-Geral do Tesouro a conceder
solidariedade com a situação e aceitaram o desafio da
um aval ao Centro de Energias Renováveis e Manutenção
gestão de uma linha de crédito destinada ao financiamento
Industrial (CERMI), para garantia de um empréstimo
de atividades agropecuárias com algumas facilidades
no valor máximo de 19.686.705$00 (dezanove milhões,
especiais.
seiscentos e oitenta e seis mil, setecentos e cinco escudos),
junto à Caixa Económica de Cabo Verde, na modalidade Assim,
de Conta Caucionada Corrente.
Nos termos do n.º 2 do artigo 265.º da Constituição, o
Artigo 2.º
Governo aprova a seguinte Resolução:
Prazo
Artigo 1.º
O aval tem um prazo de 6 (seis) meses a contar a partir Objeto
da data de abertura do crédito, em conformidade com a
maturidade do financiamento, podendo ser prorrogado A presente Resolução cria uma linha de crédito para
em caso de necessidade e mediante autorização. financiamento das atividades agropecuárias.
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1. A criação da linha de crédito a que se refere o artigo 1. A Gestão da linha de crédito é da competência da
anterior visa o financiamento de unidades agrícolas geradora APIMF-CV.
de rendimentos sustentáveis das famílias identificadas
2. Sem prejuizo do disposto no numero anterior , deve
no âmbito Programa de Emergência para Mitigação da
ser criada uma Equipa de Pilotagem constituída por um
Seca e do Mau Ano Agrícola (PEMSMAA).
representante:
2. O montante da linha de crédito é de 50.000.000$00 a) Do Departamento Governamental responsável
(cinquenta milhões de escudos). pela área das Finanças;
Artigo 3.º
b) Do Departamento Governamental responsável
Condições da linha de crédito pelas áreas da Agricultura e do Ambiente; e
b) Operações destinadas a liquidar ou substituir de Paralelamente, e com a ajuda dos parceiros de cooperação,
forma direta ou indireta, ainda que em condições encontra-se em elaboração o Plano Detalhado (PD) de
diversas, financiamentos anteriormente acordados Chã das Caldeiras que, entre outros, define as condições
com a banca e as IMF; e os locais das edificações e a tipologia das construções,
envolvendo algumas estruturas da administração
c) Aquisição de ativos financeiros, terrenos, imóveis, central, as autarquias, a população e as organizações
bens em estados de uso, viaturas ligeiras que não-governamentais que atuam no perímetro desta área
não assumam o caráter de meio de produção. protegida.
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Em face disso, o Ministério da Justiça e Trabalho pela Portaria nº 22/2011, de junho; da Brava, Ilha Brava,
estabeleceu uma verdadeira parceria com os municípios instalada pela Portaria nº 11/2009, de 9 de março; dos
do país, e outras organizações da Sociedade Civil, Mosteiros, ilha do Fogo, instalada pela Portaria nº 12/2009
nomeadamente Adeco, e Associação de Mulheres Juristas, de 9 de março; da Achada Grande Frente, ilha de Santiago,
com o propósito de aumentar a cultura jurídica do cidadão. instalada pela Portaria nº 9/2016, de 1 de março; de
Chão Bom, Tarrafal ilha de Santiago, instalada pela Portaria
Assim, no uso da faculdade conferida pelo n.º 3 do artigo 264.º nº 12/2014, de 10 de fevereiro; do Bairro da Boa Esperança,
da Constituição, ilha da Boavista, instalada pela Portaria nº 10/2016, de 1 de
março; de São Felipe, ilha do Fogo, instalada pela Portaria
Manda o Governo da República de Cabo Verde, pela
nº 11/2016, de 1 de março;
Ministra da Justiça e Trabalho, o seguinte:
Artigo 2º
Artigo 1º
(Revogação)
(Encerramento)
São revogadas as Portarias a seguir indicadas: Portaria
São encerradas as seguintes casas do direito: de São
nº 11/2008 de 9 de junho; portaria nº 12/2008 de 9 de junho,
Lourenço dos Órgãos, ilha de Santiago, instalada pela
Portaria nº13/2008 de 9 de junho; Portaria nº 14/2008 de
Portaria nº 11/2008, de 9 de junho; de Santa Catarina,
9 de junho; Portaria nº15/2008 de 9 de junho; Portaria
ilha de Santiago, instalada pela Portaria nº 12/2008, de 9
nº 16/2008, de 9 de junho; Portaria nº 64/2013, de 20 de
de junho; de Ribeira Grande, ilha Santo Antão, instalada
novembro; Portaria nº 20/2012, de 8 de junho; Portaria nº
pela Portaria nº13/2008, de 9 de junho; de São Miguel,
19/2012, de 8 de junho; Portaria nº 21/2012, de 8 de junho;
ilha de Santiago, instalada pela Portaria nº 14/2008, de
Portaria nº 22/2012, de 8 de junho; Portaria nº 23/2012, de
9 de junho; de Santa Cruz, ilha de Santiago, instalada
8 de junho; Portaria nº 24/2012, de 8 de junho; Portaria
pela Portaria nº 15/2008, de 9 de junho; de São Vicente,
nº 21/2011, de 6 de junho; Portaria nº 10/2009, de 9 de
Ilha de São Vicente, instalada pela Portaria nº 16/2008,
março; Portaria 22/2011 de junho; Portaria nº 11/2009, de
de 9 de junho; de Vila Nova, ilha de Santiago, instalada
9 de março; Portaria nº 12/2009, de 9 de março; Portaria
pela Portaria nº 64/2013, de 20 de novembro; do Sal, ilha
nº 9/2016, de 1 de março; Portaria nº 12/2014, de 10 de
do Sal, instalada pela Portaria nº 20/2012, de 8 de junho;
fevereiro; Portaria nº 10/2016, de 1 de março e a Portaria
do Brasil, ilha de Santiago, instalada pela Portaria nº
2 422000 012460
nº 11/2016, de 1 de março;
19/2012, de 8 de junho; do Maio, ilha do Maio, instalada
pela Portaria nº 21/2012, de 8 de junho; de São Domingos, Artigo 3º
ilha do Santiago, instalada pela Portaria nº 22/2012, de
(Entrada em vigor)
8 de junho; do Milho Branco, ilha de Santiago, instalada
pela Portaria nº 23/2012, de 8 de junho; da Terra Branca, A presente Portaria entra em vigor no dia imediato ao
ilha de Santiago, instalada pela Portaria nº 24/2012, de da sua publicação.
8 de junho; do Safende, ilha de Santiago, instalada pela
Portaria nº 21/2011, de 6 de junho; da Ribeira Brava, ilha O Gabinete da Ministra da Justiça e Trabalho, aos 07
de São Nicolau, instalada pela Portaria nº 10/2009, de dias do mês de novembro de 2017. – A Ministra da Justiça
9 de março; do Tarrafal, ilha de São Nicolau, instalada e Trabalho, Janine Tatiana Santos Lelis
I SÉRIE
BOLETIM
O F IC IAL
Registo legal, nº 2/2001, de 21 de Dezembro de 2001
I.N.C.V., S.A. informa que a transmissão de actos sujeitos a publicação na I e II Série do Boletim Oficial devem
obedecer as normas constantes no artigo 28º e 29º do Decreto-Lei nº 8/2011, de 31 de Janeiro.
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