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OBJETIVOS (AO FINAL DESTA AULA VOCÊ DEVE SER CAPAZ DE...)
ΔL
Deformação = (1.1)
L
F
Tensão = (1.2)
A
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Se a mesma força é aplicada segundo a normal à todas as superfícies, a
chamamos de pressão:
(1.3)
Tensão F/A
Y= = (1.4a)
deformação ΔL / L
ou:
F .L
Y= (1.4b)
A ΔL
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A equação 1.4b nos mostra que o módulo de Young dá uma medida da
capacidade do material resistir à deformação. Quanto maior o módulo de
Young, menor a deformação que o material sofre sob ação de uma tensão. A
tabela 1.1 mostra os valores aproximados do módulo de Young para diversos
materiais. Obviamente o aço, o vidro, o concreto, a madeira e o osso podem
ter valores diferentes dos indicados devido a variações em sua composição
química e estrutural.
Tabela 1.1
(b) Em sua opinião qual das tiras terá maior deformação? Qual terá menor?
Resposta:
4
(a) Como é aplicada a mesma força F sobre a mesma seção reta de área A das
tiras, a tensão é igual para as quatro tiras.
(b) Podemos presumir que a borracha terá a maior deformação e o aço terá a
menor.
!! #
"
!" $
(d) Existem materiais que possuem o mesmo valor do módulo de Young Y para
a compressão e dilatação. No entanto, existem alguns materiais como o
concreto (material compósito) que são exceções, ou seja, possuem diferentes
valores de Y para a compressão e dilatação.
Exemplo 1.2: Um trampolim é formado por uma prancha de madeira que tem
uma extremidade fixa e a outra livre. Um atleta se prepara para saltar da
ponta livre do trampolim. Nesse instante, que parte da prancha que está sob
tensão? E sob compressão? Alguma parte da prancha não sofre nem distensão
nem compressão? Sugestão: Faça um esboço da situação e observe o que
acontece.
Resposta:
Figura 1.4
Acima da linha central da viga (linha tracejada onde não existe compressão ou
dilatação), podemos perceber que houve um aumento no comprimento da
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prancha e, portanto, existe distensão (tensão de dilatação). Abaixo dessa linha
houve uma diminuição, ou seja, nessa região há compressão. A linha central
(pontilhada na figura) da prancha não sobre tensão de dilatação e nem de
compressão
Figura 1.5
(b) Poderia um cabo de aço, que tenha mesma deformação quando submetido
à mesma tensão da corda de nylon, servir para a mesma finalidade? Explique.
(c) Você acha que poderia ser utilizada, para o alpinismo, uma “corda de
borracha” que tenha mesma deformação quando submetido à mesma tensão
da corda de nylon. Por quê?
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Resposta:
1
A∝
Y
Com uma área de seção reta menor, será maior a tensão sobre a mão do
alpinista que utiliza um cabo de aço, e, por exemplo, ao cair, ele poderia ter
sua mão cortada.
(c) Também seria inviável utilizar uma corda de borracha para a prática de
alpinismo. Ao contrário do cabo de aço, o “cabo de borracha” deverá ter uma
seção reta de área muito maior, (para que esse cabo tenha mesma
deformação quando submetido à mesma tensão da corda de nylon), pois o
módulo de Young da borracha é menor. Isso significa que o alpinista deverá
carregar uma corda muito mais “pesada”, o que inviabiliza sua utilização.
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Se calcularmos o torque (M) que um barra
envergada sofre em torno da linha neutra
(região da barra que não se distende e nem se
contrai) encontraremos:
M=YI/R,
Tabela 1.2
Carga Leitura
Adicionada(N) (cm)
0 3,02
10 3,07
20 3,12
30 3,17
40 3,22
50 3,27
60 3,32
70 4,27
(d) Pode ser usada a relação (F/A)/(ΔL/L) para uma carga de 70N?
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Atividade 1.3: Explique como é possível minimizar o encurvamento
substituindo uma viga horizontal por uma viga em forma de I.
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1.2 Tensão e Deformação de Cisalhamento
Figura 1.8
Fs
Tensão de cisalhamento = (1.5)
A
ΔX
Deformação de cisalhamento = = tan θ (1.6)
L
Fs / A Fs / A
Ms = = (1.7)
ΔX / L tan θ
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Tabela 1.3
Resposta:
(c) Temos
Fs
Tensão =
L2
x
Deformação = tgθ = ≈θ
L
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Tensão F L F
Ms = = 2s ≈ s2
Deformação L x θL
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1.3 Razão de Poisson
Figura 1.11
ΔH ΔL
= −σ H (1.8)
H L
ΔE ΔL
= −σ E (1.9)
E L
Resposta:
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ΔL 0,769m
ΔD = −σ D = −0,2 9,0 × 10 −3 m = −2,8 × 10 −4 m
L 50m
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
EF 1.2: Um fio de alumínio (YAl = 7,0 x 1010 N/m2) tem sua extremidade
soldada na extremidade de outro fio de aço (Yaço = 2,0 x 1011 N/m2). Os dois
fios têm as mesmas dimensões: 1,0 m de comprimento e diâmetro de 1,0 mm.
Figura 1.12
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PROBLEMAS DA UNIDADE 1
P 1.1: Os módulos de Young dos ossos são de 9,0 x 109 N/m2, para
compressão, e de 1,6 x 1010 N/m2, para tração (tensão de dilatação), e as
cargas de ruptura são de 1,7 x 108 N/m2 e de 2,0 x 108 N/m2,
respectivamente. O fêmur, o osso principal da coxa, em um homem adulto tem
um diâmetro aproximado de 2,8 cm.
a) Faça uma estimativa da deformação de seu fêmur quando você está em pé.
c) Você acha possível alguém quebrá-lo quando cai de certa altura? Estime
essa altura sabendo que o tempo de colisão de uma queda geralmente não
ultrapassa 0,005 s.
Um fio desse aço tem comprimento de 5,0 m e seção transversal de 5,0 mm2.
O fio está preso por uma de suas extremidades. Com base nessas informações,
responda se as afirmativas são falsas ou verdadeiras e justifique sua resposta:
(b) O maior alongamento que o fio pode ter antes de adquirir uma deformação
permanente é de 0,50 cm.
(c) O maior alongamento que o fio pode ter antes de se romper é de 1,0 cm.
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P 1.3: Uma mesa de quatro pernas está desnivelada. Três pernas têm 1,0 m
de comprimento e a outra é 0,50 mm maior. Cada perna é um cilindro de
madeira (Ymadeira = 1,5 x 1010 N/m2) com 1,0 cm2 de área. Um bloco de 400 kg
é colocado sobre a mesa de forma que ela fique nivelada.
P 1.4: Andar significa empurrar o chão para trás e ser por este empurrado
para frente. Quando estamos calçados, nós empurramos o solado do sapato,
cisalhando-o. Assumindo que o módulo de cisalhamento de um solado é de 2,0
x 105 N/m2, estime o ângulo de cisalhamento do solado de um calçado.
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GABARITO COMENTADO
ATIVIDADES
Atividade 1.1:
(a)
(b) Calculando o módulo de Young pelos dados do gráfico na região linear tem-
se Y = 111 x 1010 Pa. Portanto ele deve ser o cobre.
Atividade 1.2:
80
70
60
Aumento da Carga (N)
50
40
30
20
10
-10
3,0 3,2 3,4 3,6 3,8 4,0 4,2 4,4
Aumento do comprimento (cm)
(a)
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(c) Como no regime linear a tensão e a deformação são proporcionais, temos
que a deformação é 1,43 x . Então:
Ou Y = 1,82x N/
(d) Não, porque está fora do regime linear e, portanto, não vale a equação
1.3.
Atividade 1.3:
Atividade 1.4:
Viga horizontal: na linha central da viga (linha tracejada), não existe nem
compressão nem dilatação. Acima dessa linha, pode-se perceber que houve
uma diminuição no comprimento da viga e portanto existe compressão. Abaixo
dessa linha houve um aumento, ou seja, nessa região há distenção ou tensão
de dilatação. Observe a parte escura que se estende além das linhas verticais
na borda da viga.
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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO
EF 1.1:
tensão F L
O módulo de Young é dado por Y = =
deformação A ΔL
25 N 0,200m
Y= −4 2
× −2
⇒ Y = 3,3 × 10 4 N m2
50,0 × 10 m 3,0 × 10 m
500 N 0,200m
Y= −4 2
× −2
⇒ Y = 6,7 × 10 5 N m2
50,0 × 10 m 3,0 × 10 m
EF 1.2:
F L mgL
(a) O módulo de Young é dado por: Y = ⇒ ΔL = ; a elongação devido
A ΔL AY
ao alumínio será:
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mg ( L Al + Laço )
Yef =
A (ΔL Al + ΔLaço )
EF 1.3:
EF 1.4:
PROBLEMAS DA UNIDADE 1
P 1.1:
(a) Supondo que o peso de uma pessoa é 700N então quando esta estiver de
pé, cada perna sustentará 350N logo a deformação no fêmur será
FL (350N )(0,5m)
ΔL = = −2 2 9 N
= 3,2 × 10 −5 m
AYc ( 4 )(2,8 × 10 m) (9 × 10 m2 )
π
(c) É possível, que o fêmur de uma pessoa que cai de certa altura se quebre.
Quando uma pessoa cai de certa altura o fêmur será comprimido. Se a tensão
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de compressão da queda ultrapassar a tensão de ruptura de compressão
1,7x108N/m2, este osso será quebrado.
1 p2 p2
mgh = mv 2 = ⇒h=
2 2m 2m 2 g
∫ Fdt = Δp
Δp
F=
Δt
Logo
2
h = ⎜
2
( 5
)
⎛ FΔt ⎞ 1 ⎛⎜ 1,1x10 N x(0,005 s ) ⎞⎟ 1
⎟ = ⎜
⎝ m ⎠ 2 g ⎝ 70 Kg ⎟ 2 x9,8m / s 2 ≈ 3m
⎠
Onde foi utilizada a força necessária para se quebrar o fêmur F = 1,1 × 105 N .
P 1.2:
(a) Quando o bloco estiver dependurado no fio, este sofrerá uma tensão igual
a:
mg (150kg )(9,78 m s 2 )
T= = −6 2
= 2,9 × 10 8 N m2
A 5,0 × 10 m
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(b) O maior alongamento que o fio pode ter antes de adquirir uma deformação
permanente acontecerá quando a tensão atingir o valor que corresponde ao
limite elástico.
ΔL 0,500cm
Tensão = Y = 2,00 x1011 Pa
L 5,00
T = 2,00 x108 Pa
É bom lembrar que a equação 1.4 só vale para o regime linear, portanto não
podemos utiliza-la para calcular o alongamento utilizando a tensão de ruptura
do material e o módulo de Young.
P 1.3:
ΔL AY AY AY
Sabemos que: F = AY logo F1 = ΔL1 = (ΔL3 + d ) e F3 = ΔL3
L L L L
AY AY
3 ΔL3 + (ΔL3 + d ) = mg
L L
4 AY AY
ΔL3 + d = mg
L L
AYd mgL − AYd
4 F3 = mg − ⇒ F3 =
L 4L
(400kg )(9,78 s 2 )(1,0m) − (1,0 × 10 − 4 m 2 )(1,5 × 1010 N m 2 )(0,5 × 10 −3 m)
m
F3 = ⇒ F3 = 790,5 N
4 × 1,0m
F1 = mg − 3F3
F1 = (400kg )(9,78 m s 2 ) − 3 × 790,5 N
F1 = 1540,5 N
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F1 1540 N
A tração na perna de maior comprimento será: T1 = = = 15,4 × 10 6 N m 2
A 1,0 × 10 − 4 m 2
F3 790,5 N
T3 = = = 7,9 × 10 6 N m2
A 1,0 × 10 −4 m 2
P 1.4:
Supondo que uma pessoa de 70kg esteja calçando o tênis, que o coeficiente de
atrito entre o tênis e o solo seja de 0,5 e que a área do solado seja 0,01m2,
então, teremos:
Fat
= tan θ
AM s
θ = arctan( 0,171) = 9,7°
µmg 0,5(70 kg )(9,78 m s 2 )
tan θ = =
AM s (0,01m 2 )(2,0 × 10 5 N m 2 )
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