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MÓDULO 1

ECLESIOLOGIA MISSIONAL:
RESGATANDO A NATUREZA DA
IGREJA
AULA 1 – A EMERSÃO DO CONCEITO
“MISSIONAL”

Darrell Guder é o primeiro a usar o termo “missional” (1998), mas a discussão


sobre o assunto já vinha de décadas anteriores, como Lesslie Newbigin (1978) e
David Bosch (1991)
Newbigin foi missionário na Índia, campo majoritariamente pagão. Ao voltar pra
Inglaterra e encontrar grande ceticismo nos seminários dali, começa a falar da
secularização e paganização do Ocidente e da importância de alcançar esse contexto.
Começa a destacar que é um erro ver a Índia como “campo missionário” e a
Inglaterra não. A Inglaterra se secularizou, mas as igrejas não percebiam e nem
reagiam a isso, não se preocupavam em viver pela ótica diária da missão. Ele diz
algumas coisas:
 As igrejas de “campo missionário” (como na Índia) viviam debaixo de
uma profunda e densa consciência de missão, mas as “daqui” não;
 as igrejas “de lá” acreditavam que seus visitantes não possuíssem
qualquer conhecimento do Evangelho (e por isso, tinham grande
preocupação em cantar, ensinar e pregar de forma que fizesse sentido na
cultura), mas as “daqui” não se dava conta de que ao seu redor ninguém
mais entendia o Evangelho
 nas igrejas “de lá” os crentes vivem em uma sociedade com valores
radicalmente diferentes dos que aprendiam na igreja
 nas igrejas “de lá” não havia departamento de missões, porque toda a
igreja girava ao redor de missões. Não havia “compartimentalização”.
Cultos, ações, estrutura, objetivos, orçamento anual e etc era pensado a
partir da missão

Timothy Keller é um dos que continua a pensar nas ideias de Newbigin. Ele diz:
 a igreja está envolvida por uma sociedade e cultura pós-cristã. Toda
teologia e eclesiologia de Keller se baseiam nesse pressuposto
 a igreja está refém de um cativeiro cultural-religioso e por isso precisa
contextualizar o Evangelho, porque já não consegue se fazer entendida
 a igreja não deve ser apenas atrativa, mas um lugar de treinamento para
cada cristão ministrar ao mundo

CONCLUSÃO
 O conceito “missional” nasce do desafio da igreja viver numa cultura pluralista
e pós-cristã. Mas diferentemente de “missionário”, que dá a conotação de um
grupo/pessoa/programação/ministério específico, “missional” aponta pra
missão como a própria razão de ser da comunidade dos discípulos, o DNA da
Igreja
 A igreja missional é caracterizada pela sensibilidade para com o mover de Deus
no mundo e pela submissão à agenda derivada desse mover
 Essa submissão faz com que a igreja esteja sempre atenta para a necessidade
de se reinventar em suas estruturas, formas e ênfases

A leitura complementar desta primeira aula é: Capítulo 1: “A identidade e o papel


da igreja: História de quem? Quais imagens?” do livro: A Igreja missional na
Bíblia de Michael Goheen.
AULA 2 – A EMERSÃO DO CONCEITO
“MISSIONAL” (CONTINUAÇÃO)

AS MUDANÇAS DE PARADIGMA
Perspectiva de David Bosch
O que é um paradigma? É como uma moldura: ao mesmo tempo em que
delimita o campo visual, atribui valor ao que está dentro do seu perímetro (o que
olhar e o que não olhar). Paradigma cultural é um conjunto de crenças, valores e
comportamentos (muitos deles inconscientes) através dos quais vemos a vida.
Quando estamos em outra cultura estranhamos o que está “fora da nossa moldura”
Bases do conceito. Bosch se baseia em Thomas Kuhn, que propõe uma via
intermediária pra cosmovisão: nem marxista (visão dialética da história e
desenvolvimento) e nem positivista (visão linear e progressiva da história). Ele dizia
que “a ciência e o conhecimento não se desenvolvem de forma cumulativa-linear,
mas sim através de certas revoluções” (não conflito de classes marxista, mas
revoluções na maneira de ver a vida, pequenas tecnologias revolucionárias e etc).
Nessa visão, em cada etapa da história há uma visão majoritária/hegemônica, até
que alguns poucos começam a pensar de forma qualitativamente diferente
(revolução) e isso inicia uma nova hegemonia. Há uma nova percepção de mundo,
vida, cultura, sexo, ciência e outros (ex: revolução cultural-comportamental dos anos
60, que se espalharam pras artes, política, religião e etc). Para interpretar o mundo
dos anos 70, por exemplo, você tem que usar uma “moldura” (paradigma) bem
diferente daquela usada nos anos 50
Essa “mudança de paradigma”, entretanto, não é mecânica e nem automática.
Há uma sobreposição de paradigmas por um certo período de tempo. Período de
tensão, transição e redefinições
Aplicação do conceito à relação entre igreja e missão. Alguns paradigmas de
igreja e missão ao longo da História
- paradigma primitivo (quase não há divisão entre igreja e missão. A
própria palavra “igreja” surge depois do estabelecimento da missão. A Igreja nasce
como uma forma de cumprir a missão. Tudo que a igreja faz tem a ver com missão,
porque a Igreja NASCE para cumpri-la)
- paradigma medieval (por decreto, todos debaixo do Império Romano se
tornam cristãos. Com milhões de cristãos nominais, a missão se torna a função de
alguns poucos que vão “lá para fora” alcançar os “não-alcançados” (já que
teoricamente todos “aqui dentro” já eram cristãos)). Ex: Francisco Xavier
- paradigma protestante (mais ocupados com o confronto doutrinário com
o catolicismo, os reformadores não percebem com profundidade a importância do
conceito de “missão” para a igreja. Muito do que conhecemos como “igreja
protestante” até hoje se baseia na ideia de manutenção individual da fé. Para muitos
reformados veem a missão como uma tarefa específica de alguns poucos. Os pastores
enviados para regiões distantes não iam com o propósito de evangelizar os povos,
mas sim cuidar dos crentes que moravam naquelas regiões
- paradigma moderno (a ação missionária é resgatada, mas dentro de um
paradigma ainda muito medieval: “missionários” são os poucos que vão pra algum
lugar distante (China, Japão, Índia) converter os pagãos. Ex: Adoniram Judson,
Hudson Taylor e outros
- paradigma pós-moderno (com a paganização e secularização dos
“daqui” (sociedade ocidental) e emergência das igrejas “de lá” (sociedades orientais e
do terceiro mundo), a missão começa a ser entendida como uma tarefa a ser feita por
todos em todos os lugares. Tentativa de resgatar paradigma primitivo: missão é a
essência do que a Igreja é

CONCLUSÃO
 A missiologia nas igrejas hoje ainda é muito baseado no paradigma moderno
(alguns em alguns lugares distantes)
 A eclesiologia nas igrejas hoje ainda é muito pautada no paradigma reformado
(o papel da comunidade é fazer manutenção dos crentes. Seu papel na missão
é orar e apoiar financeiramente os que estão distantes em missão)
 A eclesiologia missional nasce no desafio de construir uma comunidade local
consciente de sua razão de ser em seu próprio contexto

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 2: “Deus forma Israel como um


povo missional” do livro: A Igreja missional na Bíblia de Michael Goheen.
AULA 3 – A NATUREZA MISSIONAL DO POVO
DE DEUS NO AT

 O chamado de Abraão é a resposta de Deus para o problema descrito em Gn 3-


11. Deus não quer abençoar UMA família, mas todas elas
 A família de Abraão provavelmente era uma das dispersas após a confusão das
línguas em Babel. Família de Abraão era politeísta (Js 24.2)
 Um dos grandes erros cometidos por Israel é ver o chamado de Abraão e da
nação como sendo privilégio, ao invés de ser como responsabilidade e missão.
Isso cria neles um etnocentrismo, ao invés de missão entre os povos. O
chamado e a identidade do povo de Deus JAMAIS deve ser motivo de orgulho e
senso de superioridade em relação aos demais
 O povo de Deus é formado por aqueles que foram chamados por graça para
serem benção aos de fora. Ou seja: a própria razão de ser e existir desse povo
é sua missão. O povo de Deus não existe para si mesmo e nem para servir aos
de dentro, mas existe para os outros. A igreja só é de fato Igreja quando ela o
é para os de fora, senão perdeu sua identidade básica

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 3: “Israel encarna seu papel e


identidade missional entre as nações” do livro: A Igreja missional na Bíblia
de Michael Goheen.
AULA 4 –
A MISSÃO DO POVO DE DEUS NO AT

 No Êxodo+Aliança Deus está fazendo com Israel (redenção + relacionamento +


Lei + Presença) o que Ele queria fazer com todo o mundo
Como Israel deveria ter cumprido sua missão no AT:
1. Obedecendo à Lei (estilo de vida), como visto em Dt 4.6. O padrão
estipulado pela Lei era extremamente superior à dos vizinhos. Seguir a
Lei faria a nação ser admirada e seguida por sua justiça, prosperidade,
saneamento público (limpeza de dejetos), meio ambiente (descanso da
terra), forma de lidar com estrangeiros e outros tipos de lei. Israel
seria uma “maquete do Reino de Deus para as nações”. Quem quisesse
viver sob o reinado de YHWH deveria seguir o exemplo de Israel
2. Sendo o cenário dos atos e sinais poderosos de Deus (ex: Ex 9.16, Js
4.24 e Dn 6.26). Esses atos revelavam quem Deus é. Israel era o
ambiente onde Deus estava se revelando. Os atos poderosos eram
como “fogos de artifício” para chamar as demais nações à Israel, e ali
veriam YHWH, seu Deus.
Muitas igrejas hoje falam do cuidado de Deus e dos sinais poderosos de
Deus para Seu povo dizendo que isso acontece porque Seu povo é
especial e superior. Na verdade não: eles são como os demais, mas
foram salvos por graça e tudo que recebem é, de certa forma, um sinal
missional para as demais pessoas e povos

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 4: “Jesus reúne um povo


escatológico para que este assuma seu chamado missional” do livro: A Igreja
missional na Bíblia de Michael Goheen
AULA 5 –
A MISSÃO DO POVO DE DEUS NO AT –
CONTINUAÇÃO

Continuação dos tópicos anteriores


3. Adorando de forma inclusiva (Sl 67.3-4, 96.1-10, 100.1-3). Há uma
quantidade enorme de convites nos Salmos para que os povos
distantes venham adorar ao Senhor. Aparentemente não havia
nenhuma restrição à entrada de gentios no Templo (ele tinha que ser
feito israelita antes, é claro)
Como essa realidade deve mudar nossa liturgia? Nosso momento de
culto faz sentido e é belo também para os de fora? Precisamos ser missionais
nisso também. Eles devem ter a chance de compreender o que está se
passando, ainda que isso não tenha a ver com ser “atrativo” ou “seeker-
sensitive”
Afinal, assim como Israel adorava “em meio” às nações, hoje a
Igreja deve adorar pressupondo que em seu meio haverá muitos que ainda
não pertencem ao povo de Deus. E se a Igreja existe em prol deles, para
eles, isso significa que nossa liturgia, culto e estilo de comunicação nas
reuniões deve levá-los em consideração. Afinal, a ordem de “irmos” por todo
o mundo não exclui nossa responsabilidade de “vivermos” de forma
missional
Juntando esses 3 tópicos,
vemos que a missão de Israel
não era IR, mas SER UMA
COMUNIDADE ATRATIVA aos
de fora. Isso não deixa de ser
verdade também no NT, com a
diferença de que agora, além
do “VIVER”, a igreja também
deve “IR”. Afinal, não somos um “povo de Deus” DIFERENTE do AT, mas a
consolidação daquele povo

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 5: “A morte e a ressurreição de


Jesus e a identidade missional da Igreja” do livro: A Igreja missional na
Bíblia de Michael Goheen.
AULA 6 –
A FALHA DO POVO DE DEUS NO AT

Como Israel falhou em ser nação santa e sacerdotal?


1. se curvou diante de ídolos. Passam a confiar que Baal, Astarote, Moloque,
Camos e outros falsos deuses dará fertilidade e prosperidade
2. seus líderes se corromperam. Quando os líderes falham, todo o povo sofre
junto. Corrupção, injustiça, imoralidade e outros
3. O pobre passou a ser oprimido. Órfão, viúva e estrangeiro passam a ser
explorados pelos mais ricos
4. Desigualdade econômica. O Ano do Jubileu nunca foi cumprido em Israel.
Assim, nação deixou de ser igual e coesa, se tornou fragmentada e
enfraquecida, o que levou à divisão e ao declínio
5. Seus profetas se tornaram mentirosos. Falsos profetas elogiam povo idólatra

O povo escolhido para ser uma “maquete” do Reino de Deus passa a


envergonha o Nome de Deus pela forma como vive entre as nações (Ex: Ez 36.22-
23). Além disso, perde sua noção de missão e responsabilidade diante dos povos,
tornando-se autocentrada e autodirecionada (ex: história de Jonas). Quando perde
sua consciência de missão, Israel também perde sua razão de ser. Quando a Igreja
local passa a se elaborar, se pensar e se estruturar apenas no benefício dos seus
próprios, e não mais como um organismo missional, ela está perdendo também o
motivo central de sua existência. Perdendo seu senso missional, ética, adoração e
ensino vão se distorcendo, e logo nos tornamos maus exemplos pros de fora

Por causa da falha de Israel, Deus


passa a lidar mais especificamente
apenas com um “remanescente fiel”,
de onde vem o Servo do Senhor. Há
uma “redução progressiva” no AT:
primeiro Deus trata com toda a
Humanidade (Gn 1-11), depois com
todo o Israel (Gn 12 em diante),
depois apenas com um remanescente (Exílio em diante)

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 6: “A igreja missional na história


do Novo Testamento” do livro: A Igreja missional na Bíblia de Michael
Goheen.
AULA 7 –
JESUS COMO MODELO PARA SEU POVO

Há uma “redução progressiva” no AT: primeiro Deus trata com toda a


Humanidade (Gn 1-11), depois com todo o Israel (Gn 12 em diante), depois apenas
com um remanescente (Exílio em diante). Agora, no NT, Deus trabalhará através de
uma só pessoa: o Servo do Senhor. Jesus entende e declara publicamente que ele é
aquele capacitado por YHWH para proclamar a redenção para o mundo (Lucas 4.18-
21, citando Isaías).
Jesus chama pra si a identidade messiânica. Por um lado ele diz que cumpre as
promessas/profecias do AT; por outro, ele redimensiona e redireciona as expectativas
acerca do Messias. O professor diz que o que causa a perplexidade na sinagoga é o
fato de Jesus omitir a última frase da profecia citada: “e o dia da vingança do
Senhor”, porque essa frase despertaria nos judeus o ódio represado contra os gentios
e a veia nacionalista. Nessa visão da época, Israel seria elevado ao topo das nações,
e todos os povos seriam julgados pelo Messias
Ao omitir a afirmação da vingança e focar na ideia da graça para com os
pobres, fracos e oprimidos, Jesus: (1) mostra que a missão do Messias é bem
diferente daquela visão nacionalista dos judeus da época, pois é primariamente de
graça, e não de vingança. Os judeus criam que YHWH era um Deus de amor e graça,
mas para com eles, judeus; para os demais povos, justiça; (2) enfatiza a visão
universalista de Deus e a abertura da salvação aos gentios, ao falar de exemplos da
graça de Deus entre sírios e aqueles de Sidom (Lucas 4.22-30)
Ao citar esses dois exemplos de gentios sendo curados por YHWH, Jesus
também está mostrando que a missão de Deus sempre foi de abrangência universal,
mesmo quando a ênfase da Sua revelação e ação era Israel, no AT. Por mais que
Israel não percebesse isso, pois esquecera da sua missão, essa era Sua intenção.
Deus sempre sinalizou Seu interesse por todos os povos da terra. É para esse
objetivo que Deus envia a Jesus: proclamar o Jubileu de YHWH, quando todas as
dívidas (pecados) seriam pagos e zerados para todas as pessoas
Como Igreja, nossa missão não é proclamar o juízo de Deus, mas as Boas
Novas da salvação, Sua disposição em perdoar, acolher e salvar todas as pessoas. O
Jubileu que Cristo vem anunciar é um “ano” simbólico; antes, representa uma nova
época, onde Deus está oferecendo libertação para todos os escravos

Portanto, Jesus declara:


(1) sua autoridade como enviado de Deus para cumprir a missão de Deus
sob o poder do Espírito Santo de Deus
(2) centralidade da graça, e não do juízo, na missão do Messias
(3) a extensão da graça, que é universal, e não nacional. Como Ele tratou
Israel, Ele quer tratar os romanos, gregos e gentios em geral

Tudo isso causa nos líderes religiosos não só um estranhamento, mas ódio
(v.28-30). Essa postura representa bem a mentalidade que se consolidou ao longo
dos séculos em Israel: uma visão de que YHWH é um Deus nacional (pois ainda que
creiam que Ele tem domínio e soberania sobre todos os povos, céus e etc, Seu amor
se direciona só a um povo) e exclusivista, quando na verdade Ele é um Deus de
todos. O privilégio que Ele deu a Israel se tornou um senso errado de exclusividade e
pertencimento, e Jesus vem combater isso
Jesus se torna, portanto, o modelo para o Povo de Deus. Se Ele é o Cabeça da
Igreja, nossa missão tem que refletir o que o Cabeça pensa, é e busca. Jesus é
aquele que com autoridade nos envia ao mundo (Mt 28). Ele também é aquele que
trata com graça, pois assim Deus optou e decidiu nos tratar, e por isso a Igreja deve
ser marcada por esse tratamento para com os outros. Por fim, como ele foi a todos,
nós, como Igreja, também devemos ir a todos, e não só aos que são parecidos
conosco: devemos ir aos mais pobres, marginalizados, pecadores, pessoas que
costumamos desprezar por vê-las como aberrações (que é como os judeus viam os
leprosos e doentes)

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 7: “Imagens da igreja missional


no NT” do livro: A Igreja missional na Bíblia de Michael Goheen
AULA 8 –
A NATUREZA MISSIONAL DO POVO DE DEUS
NO NT

Semelhanças e diferenças entre o chamado de Abraão (Gn 12) e dos discípulos


de Jesus Cristo:
1. A escolha e o chamado de ambos é uma ação intencional e graciosa de
Deus. É o mesmo Deus se relacionando com o mesmo povo, a fim de
formar para si uma comunidade. Como Abraão era um nômade sem
importância, Jesus chama meros pescadores para formarem o núcleo
da Igreja. A matéria-prima de Deus para formar Seu povo é o mesmo,
porque diante daquilo que Deus fez por nós em Cristo, não há espaço
para orgulho
2. A escolha e o chamado de ambos (Abraão e discípulos) tem como
propósito explícito a missão: ser benção para todos os povos da terra.
Os que foram chamados pra perto de Deus e curados de seus pecados
são agora enviados na direção de outros para serem curados em seu
espírito, sua alma, seu corpo, suas relações. Os curados agora são
fonte de benção para as demais nações conforme testemunham do que
Deus fez e faz. Essa missão não é apenas um ministério a mais ou uma
função da igreja, mas SUA IDENTIDADE, sua RAZÃO DE SER

Em Mateus 28, o “fazer discípulos” se baseia em duas ideias principais: (1)


batizar, que é a inserção do indivíduo na comunidade da fé, que é a Igreja
(crescimento quantitativo), (2) ensinar a obedecer, que trata do crescimento e
amadurecimento das pessoas na fé (crescimento qualitativo)

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 8: “A igreja missional na história


bíblica – Um resumo” do livro: A Igreja missional na Bíblia de Michael
Goheen
AULA 9 –
A MISSÃO DO POVO DE DEUS NO NT

A benção de Abraão chegou a todos os gentios por meio de Jesus Cristo (Gl
3.14). É através da obra do Filho, descendente de Abraão, que Deus abençoa todos
os povos da terra. Mas esse texto também fala do Espírito Santo como sendo a
realização da promessa abraâmica. Essa era a “promessa escondida” de Gn 12 (que
não significava apenas salvação, mas também o recebimento do Espírito)
Assim, o recebimento do Espírito em At 2 é o “elo” que une Jesus e sua
comunidade, em sua vida (santidade, amor e etc) e em sua missão (poder,
autoridade e etc). A primeira e grande marca da Igreja é o recebimento do Espírito,
pois dele vem a capacitação, direção, dons e poder para continuarmos a missão de
Cristo (Atos 1.8), testemunhando de Jesus e de sua obra (na cruz e na vida deles
mesmos) por Jerusalém, Samaria e por toda a terra

Filipe (Atos 8.26-30) é um dos primeiros exemplos de cristãos que “vai”, que
sai de Jerusalém para pregar a mensagem de Jesus Cristo. Vamos ver como a missão
acontece através dele, cumprindo Atos 1.8:
1. capacitação pelo Espírito Santo (v.29). Quem define a agenda do mover de
Filipe é o Espírito, que lhe dá direção. Filipe tinha que estar
2. testemunho intencional (8.5). Ele fala sobre Jesus. Esse é seu tema central.
Para isso, usa a própria Escritura e talvez seu próprio exemplo
3. mobilidade (v.4-5, 26-27). Não ficou estático, mas saiu. No primeiro
momento, movido por perseguição (ainda que fosse um ato soberano da
parte de Deus), mas depois, por orientação do Espírito. Quebrou barreiras
culturais, sociais, econômicas e até religiosas para levar o Evangelho

CONCLUSÃO
 A tarefa central do Espírito Santo de Deus é a capacitação da comunidade dos
discípulos a missão no mundo. Assim, o maior sinal do envolvimento de uma
igreja com o Espírito é seu engajamento na missão. Uma igreja verdadeira
carismática e avivada é uma igreja empoderada pelo Espírito para fazer sua
missão no mundo, no testemunho intencional e na transformação da sociedade.
Esse crescimento não se dá através de programas estruturados, planejados e
centralizados (eventos, cruzadas e etc), mas através de uma rede de
relacionamentos espontâneos onde há testemunho de Cristo, e que leva ao
crescimento orgânico da Igreja
 A sensibilidade para perceber mudanças e novos direcionamentos do Espírito
Santo são elementos presentes em comunidades missionais. Para elas,
mudanças não são um problema, mas uma oportunidade. Igrejas que perderam
sua conexão com a missão, as mudanças são um perigo, uma ameaça. Mas
igreja missionais, por não existirem para suas próprias estruturas e tradições,
mas para uma missão dinâmica, estão mais abertas a novos rumos

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 9: “Como seria uma igreja


missional hoje?” do livro: A Igreja missional na Bíblia de Michael Goheen
AULA 10 –
MOBILIDADE E CONTEXTUALIZAÇÃO

Atos 1.8: a Igreja se expandirá para diferentes contextos culturais (do judaísmo
pro helenismo e outros), o que significa que sua mensagem terá que ser
contextualizada àquele novo ambiente. Mas entre esses diferentes contextos há
barreiras, muros e profundos antagonismos. Por isso a Igreja precisa atravessar
fronteiras e “derrubar muros” através da contextualização de sua mensagem
“Cultura” de um povo ou geração é um conjunto de ideias, valores e
manifestações que organizam e dão significado à vida. Cultura é como uma moldura
pela qual vemos toda a vida. Isso porque todo ser humano nasce com a capacidade
de criar e produzir (Gn 1.26-29), e isso é bom, ainda que essa capacidade esteja
manchada pelo pecado, pois a cultura que produzimos reflete sinais da Queda. Logo,
não há uma cultura “pior” e outra “melhor”, mas há diferenças culturais e
aproximações dessas culturas aos padrões estabelecidos por Deus, pois toda cultura
tem traços da Imago Dei e também traços do pecado
Há diferentes culturas entre (1) diferentes etnias, (2) diferentes gerações do
mesmo povo/etnia, (3) diferentes grupos sociais dentro da mesma etnia

Nesse sentido, “contextualizar” é “encarnar o Evangelho para uma cultura” a


fim de que as pessoas dali possam entender as Boas Novas
Contextualizar não tem a ver com rebaixar as verdades do Evangelho ou
escondê-las atrás da capa da cultura e do entretenimento, mas justamente torná-la
compreensível. Por isso, contextualizar envolve uma mensagem (o Evangelho), feita
por um grupo de pessoas (a Igreja) em um ambiente (a cultura)
Evangelho + Cultura – Igreja = missão para-eclesiástica
Igreja + Cultura – Evangelho = liberalismo
Igreja + Evangelho – Cultura = fundamentalismo

Por isso, toda comunidade missional tem alto grau de compromisso com a
tarefa de compreender a cultura na qual está inserida e identificar os pontos de
contato e também de resistência ao Evangelho. Precisamos conhecer a cultura em
que estamos, ver o que eles vêem e ouvir o que ouvem, a fim de poder discernir o
que traz vida e o que traz morte
Numa comunidade missional, a única coisa que pode vir a ofender o não-crente
é o Evangelho: estilo musical, forma de se vestir, linguajar e outros elementos não
são estranhos/ofensivos (identificação e solidariedade cultural). Por outro lado, a
igreja missional também opera a crítica e a negação do que é mau na cultura,
promovendo e cultivando uma contracultura

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 7: “Contextualização intencional”


do livro: Igreja Centrada de Timothy Keller.
AULA 11 –
O MOVER DA IGREJA DE JERUSALÉM PARA O
AERÓPAGO: OS DESAFIOS DO EVANGELHO

Se queremos “atravessar fronteiras” culturais, temos que estudar as culturas,


as barreiras e pensar como cruzaremos os obstáculos. Atos nos ajuda nisso ao nos
mostrar como os apóstolos foram de Jerusalém ao Aerópago, pregando o mesmo
Evangelho, mas de formas bastante distintas

TEMPLO DE JERUSALÉM (Atos 2)


- monoteísta
- padrão moral absoluto (Lei, aceita por todos)
- cenário cultural/religioso: todo o AT
- texto-chave é Atos 2.14:
(1) Pedro apresenta uma “explicação” aos judeus, porque o que viam não era
algo absolutamente novo, mas a consumação do que já sabiam a partir do AT;
(2) Ele usa leituras comuns (profeta Joel);
(3) usa também personagens comuns ao público (Davi)
(4) usa conceitos comuns (“Senhor” e “Cristo”, típicos do judaísmo)

AERÓPAGO DE ATENAS (Atos 17)


- politeísta
- padrão moral relativista/individualista
- cenário cultural/religioso: séculos de história greco-romana
- texto-chave é Atos 17.19:
(1) Paulo começa a pregar a partir de uma pergunta. Ele começa não com seu
discurso pronto, mas o constrói a partir de uma busca/desejo/dúvida dos ouvintes
(2) Paulo faz uma análise daquela cultura (“vocês são muito religiosos”)
(3) Paulo usa um ponto de contato (“altar do deus desconhecido”). É algo que
ele pode usar para “infiltrar” o Evangelho. Isso atrai a atenção de todos os ouvintes
(4) a partir de 23b, passa a anunciar o Evangelho com conceitos diferentes
(Deus Criador, e não Cristo)

Como se vê, o conteúdo do


Evangelho é o mesmo seja para
Pedro ou para Paulo, mas a forma (a bandeja). É preciso integridade no Evangelho e
relevância na cultura
Hoje vivemos em um ambiente muito mais parecido com Atenas do que com
Jerusalém. Talvez muitos evangélicos se achem em Jerusalém, mas é porque a igreja
se tornou um pequeno gueto. Saindo pela rua, estamos em um grande Aerópago. E
como podemos sair da nossa cultura religiosa para a cultura da nossa cidade? Como
Cristo, precisamos nos desvencilhar de nossa forma e nos encarnar na realidade
daqueles a quem fomos enviados

*nos comunicamos com a cultura não somente com nossas pregações, mas com
nossas estruturas, mídias, liturgia e muito mais. TUDO que somos
(institucionalmente, relacionalmente e etc) acaba por transmitir alguma mensagem
às pessoas; logo, TUDO que somos deve ser pensado de forma intencional, bíblica e
missional

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 8: “Contextualização equilibrada”


do livro: Igreja Centrada de Timothy Keller.
AULA 12 –
O QUE É O NOSSO AERÓPAGO?

Se estamos em um ambiente mais parecido com o Aerópago do que com o


Templo, devemos nos perguntar: “como é o nosso Aerópago?”

UMA BREVE RETOMADA


A cultura cristianizada (nosso antigo Templo)
Por séculos a Igreja ocidental esteve dentro de um contexto cultural marcado
por aceitação de alguns de seus valores:
1. monoteísmo judaico-cristão. Por séculos o Ocidente aceitou a ideia de
um Deus único, baseado no relato bíblico
2. valores éticos claros e absolutos. Entendia-se que “A” é certo e logo,
“B” é errado. Mas na hipermodernidade já não há mais tanta clareza nisso
3. respeito às instituições. Família, igrejas, empresas, governos e etc
eram instituições respeitadas e acatadas em suas afirmações

A cultura pós-cristianizada (nosso atual Aerópago)


Europa e EUA iniciam esse movimento, que hoje se espalha por outros
continentes e contextos
1. valores glocais. Valores locais (familiares, etc) perde sua relevância.
Agora há um misto de influências globais e locais
2. famílias-mosaicos. Já não há mais uma estruturação única no ambiente
da família, mas uma série de configurações familiares
3. relativismo moral. O certo depende do ponto de vista. Julgar moral
alheia é politicamente incorreto. Indivíduo é a medida de quase todas as coisas
4. espiritualidade pluralista. A visão judaico-cristã da vida vai se diluindo
rapidamente pelo crescimento de novas visões, espiritualidades e formas de
religião, que se misturam às demais visões (sincretismo)
5. supremacia da individualidade. Como o indivíduo é visto como o centro
da realidade, casamentos, compromissos e outros são relegados à segunda
importância diante dos interesses de cada um, e cresce a valorização do “eu”,
da expressão individual e do consumismo (relacional, econômico, religioso)
6. hedonismo. O trabalho não é mais visto como vocação a ser exercido
pelo bem comum, mas é visto como fonte de recursos financeiros pra obter o
que nos dá prazer
7. aversão às instituições. Casamento, pertencimento eclesiástico e outras
instituições soam como negativos e limitadores. Relações informais dominam
Diante desse Aerópago, temos três opções
1. a Igreja se definir como um ponto de resistência. A Igreja constrói muralhas
para evitar que seus membros participem desse mundo mau. Ela se torna
defensiva, se coloca em um gueto cultural e perde seu senso missional
2. a Igreja se definir a partir da cultura. Permitimos que esses valores culturais
penetrem na comunidade e moldem sua visão, fé e caráter. Ela se torna
absolutamente identificada, e isso faz ela perder sua vocação distintiva
3. a Igreja perceber que tem uma missão nesse mundo. Precisamos entender
que nosso mundo já não é mais simpático à nossa visão, como foi durante
séculos. Precisamos reconquistar terreno, mantendo a integridade, através
da nossa PRESENÇA (através da formação de profissionais, acadêmicos e
jovens com cosmovisão cristã) e PROCLAMAÇÃO (pregação do Evangelho,
dos valores e do que é andar com Deus)

Muitas pessoas cometem erros em relação a essa questão. Dois são os principais:
1. tentar fazer a igreja voltar a ser o que foi há 10, 20 ou 30 anos. Isso é um
erro, pois quem pensa assim pensa a missão da Igreja para 10, 20 ou 30
anos atrás. Mas nós fomos chamados para ser Igreja HOJE, aqui-e-agora,
nesse contexto emergente, confuso, estranho e aparentemente perigoso
2. tentar criar um gueto cultural onde a Igreja pode ficar “segura”. Criamos
toda uma cultura própria (música, filmes, perfumes, roupas) com a marca do
“gospel”. Fazendo isso, “retiramos” os cristãos do mundo e os tornamos
incapazes de ler a cultura e criticá-la de forma inteligente

LEITURAS SOBRE PÓS-MODERNIDADE: A IGREJA DO OUTRO LADO, A IGREJA


EMERGENTE, REFORMISSÃO E OUTROS

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 9: “Contextualização bíblica” do


livro: Igreja Centrada de Timothy Keller.
AULA 13 –
AS MARCAS DE UMA IGREJA MISSIONAL

1. Tanto Newbigin quanto Keller compreender que não estamos numa


sociedade secularizada, mas idólatra. E talvez a ideia de “autorrealização”
(no casamento, na profissão, na sexualidade e etc) seja a grande “religião”,
a “ditadura” pós-moderna. Essa ideia de autorrealização é nova e presente
apenas no Ocidente. A História nunca viu esse fenômeno, e outros povos
tampouco. É um ídolo típico dos nossos tempos que deve ser confrontado
pelo Evangelho

2. O ponto significa que temos que entender bem nossa cultura a fim de
contextualizar o Evangelho de forma bíblica, correta, relevante e etc. E é
fundamental entender que contextualização, linguagem e etc NÃO DEVEM
SER MARCAS SOMENTE DO PASTOR DURANTE A PREGAÇÃO, mas de toda a
igreja, não só no culto, mas nas estruturas de liderança, nos PGs,
comunicação virtual, identidade visual e etc. Por isso é necessário tanto
treinamento de liderança para ser uma igreja contextualizada
Outra coisa: se queremos alcançar os de fora (pós-moderno, os do
Aerópago) não devemos esperar que eles venham primeiro para depois nos
adaptarmos; na verdade, é justamente nossa contextualização que trará
essas pessoas, que fará com que os membros se sintam encorajados a trazer
amigos e etc
3. Uma comunidade verdadeiramente missional não é aquela que meramente
atrai as pessoas para suas reuniões, mas aquela que sai em missão na
direção da sociedade. Cada membro precisa ser preparado para ser um
testemunho vivo do Evangelho (caráter, amor, profissão e vocação, e etc). É
fundamental que cada um seja verdadeiro sacerdote de Cristo

4. Uma comunidade verdadeiramente missional não vê seu bairro e sua cidade


meramente como “matéria-prima” pro seu crescimento numérico.
Precisamos nos envolver na cidade para servir e ser benção. Ao invés de
criarmos novas instituições (ONGs, asilos e etc), mas nos envolvermos
nessas instituições para ajudarmos e servirmos ali. Conhecer novas pessoas
nos permitirá entrar na cultura e ali confrontá-la com o Evangelho

5. Hoje em dia é muito comum que pessoas ainda não convertidas queiram
participar da vida da igreja, inclusive ajudando na sua missão. As pessoas
estão muito mais interessadas em PROCESSOS do que em DECISÕES
PONTUAIS, como era na modernidade. E isso significa que muitos se
encontrarão com Jesus e se tornarão seus discípulos não ao aceitarem um
apelo, mas após um período convivendo em meio a Igreja e percebendo que
ela também quer andar com Deus
- talvez seja interessante repensar o “modelo de conversão”
baseado em “eu era alguém, tive um encontro repentino e dali em
diante fui outro”, pra um modelo mais baseado num processo. O
nascer de novo é sempre um momento, mas a PERCEPÇÃO que se
tem disso é processual em muitos casos

6. Uma igreja, sozinha, não consegue mudar uma cidade e nem uma nação. É
preciso uma rede de igrejas comprometidas com a mesma visão e missão. Devemos
entender que não somos a única igreja da cidade, cooperando com outras e nos
unindo a elas em amor e em projetos

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 10: “Contextualização


ativa” do livro: Igreja Centrada de Timothy Keller
AULA 14 –
MARCAS DE UM CRISTÃO MISSIONAL

1. Ser uma benção para os que o cercam. Precisamos incentivar a passar a


olhar seus vizinhos, parentes e amigos como alvo da benção de Deus através
dele. Isso envolve atos de bondade, palavras de graça e outros “sinais de
vida”, frutos do Espírito em sua vida
2. Fazer a diferença no seu meio de atuação profissional e social. É preciso
envolvimento na cultura (ao invés de afastamento dela, se fechando em seus
templos), atuação de excelência e amor. Reuniões de condomínio, encontros
com amigos de trabalho, clubes, escola dos nossos filhos e qualquer outras
esferas. Na vida profissional, devemos ser os melhores, mais organizados,
destacados e esforçados, como quem trabalha para o próprio Deus. Em tudo
isso, brilhando com nossos valores e princípios
3. Crescer espiritualmente na direção da maturidade. Cristãos missionais não
são eternos bebês; ao contrário, estão crescendo diariamente através da sua
prática devocional, amizades espirituais, prática comunitária. Não é possível
viver sozinho, pois viver em comunidade é justamente um dos principais
sinais da maturidade
4. Contribuir na construção da comunidade missional. Contribuímos na
edificação da nossa igreja através da doação de tempo, dons espirituais,
habilidades e recursos financeiros. Cristãos missionais deixam de viver vidas
“eu-centradas” baseadas em sonhos e realizações próprias, e passam a ver
que a edificação de uma comunidade desse tipo é uma das maiores formas
de encontrarmos felicidade e realização nessa vida. Deixam de ser
consumidores e críticos da igreja, passando a se tornar um construtor dela
Dedicar tempo e recursos financeiros a uma causa são alguns dos maiores
sinais de verdadeiro envolvimento e compromisso por parte de alguém.
Muitas pessoas DIZEM acreditar na importância da igreja, mas não dedicam
tempo ou dinheiro a essa causa, o que torna sua confissão vazia. Quem
acredita que a esperança do mundo está na missão de Deus através da
igreja são aquelas que realinham suas agendas e vidas tornando-a uma
prioridade REAL e PRÁTICA em sua existência
5. Incentivar o constante movimento na direção dos não-alcançados. É normal
que uma igreja, após certo período, comece a se acomodar em suas próprias
programações e etc, esquecendo-se da sua vocação missional. Nesse
momento a igreja passa a existir a partir das preferências e gostos dos “de
dentro” e deixa de ter os não-alcançados como prioridade
Para a igreja não perder sua ênfase missional ela precisa buscar se renovar
constantemente com INTENCIONALIDADE, FLEXIBILIDADE (disposição
constante de mudar), CRIATIVIDADE e por fim, na DEPENDÊNCIA E PODER
DO ESPÍRITO SANTO
6. Levar seus amigos, vizinhos e parentes ao discipulado de Jesus. Através de
relacionamentos pessoais e com o apoio da comunidade missional. O
evangelismo orgânico e as redes de relacionamento são a principal forma de
alcançar alguém. É preciso buscar isso INTENCIONALMENTE

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 19: “A busca pela igreja


missional” do livro: Igreja Centrada de Timothy Keller.
AULA 15 –
CONCLUSÃO: EXPERIÊNCIA DE PLANTAÇÃO
DA IGREJA “CHÁCARA PRIMAVERA”

A igreja do Pr. Ricardo não


nasceu para atender caprichos de
cristãos insatisfeitos com suas antigas
igrejas, mas para alcançar os ainda
não-alcançados. Essa não é uma
pergunta-chave apenas pra quem vai
plantar uma igreja nova, mas para
quem já lidera uma igreja: a quem
Deus quer alcançar através de nós?

Como seria ensino, adoração,


sistema de arrecadação, esquema de
avisos, trabalho com as crianças e
etc? Nesse momento, a grande
tentação é pensar modelos que
sejam convenientes/preferidos PARA
NÓS; contudo, desde esse 1º
momento o que tem que nortear as
decisões é “isso atende aos de
fora?”. A pergunta deveria ser: “se
queremos um horário de culto que
seja favorável aos de fora, qual seria
o melhor dia e horário?”. Essa é uma
pergunta feita um milhão de vezes a
fim de definir cada aspecto da vida,
estrutura, cultura e ênfases da igreja

No final, ele fala sobre a importância que segue uma NATUREZA e PRINCÍPIOS,
ao invés de modelos prontos. Também falou sobre a importância da igreja perseguir
ser um exemplo vivo da missão, ao invés de procurar crescimento numérico apenas

A leitura complementar desta aula é: Capítulo 20: “Centrando a igreja


missional” do livro: Igreja Centrada de Timothy Keller.

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