Sie sind auf Seite 1von 31

Aula-11

Oscilações eletromagnéticas
e corrente alternada

Curso de Física Geral F-328


1o semestre, 2013

F328 – 1S2013 1
Oscilações LC
Introdução
Nos dois tipos de circuito estudados até agora (RC e RL),
vimos que a carga, a corrente e a diferença de potencial crescem
ou decrescem exponencialmente com o tempo.
Agora vamos estudar o circuito formado pela terceira
combinação destes elementos, ou seja, o circuito LC . Veremos que,
ω

neste caso, estas grandezas não variam exponencialmente com o


tempo, mas sim senoidalmente (com um determinado período T e
uma frequência angular ω0). As oscilações de carga e corrente
resultam em oscilações do campo elétrico do capacitor e do campo
magnético do indutor, a que chamamos oscilações eletromagnéticas.
Na figura abaixo estão representados oito estágios em um único
ciclo de oscilação de um circuito LC sem resistência. Supomos que
inicialmente a carga q do capacitor tem o seu valor máximo Q e a
corrente i que atravessa o indutor é nula.
F328 – 1S2013 2
Oscilações LC

energia
totalmente
magnética

energia energia
totalmente totalmente
elétrica elétrica

energia
totalmente
magnética

F328 – 1S2013 3
Oscilações eletromagnéticas (LC)

Simulação dos estágios

http://www.walter-fendt.de/ph14br/osccirc_br.htm
Analogia Eletromecânica
Do ponto de vista formal, um circuito LC é análogo a um oscilador
harmônico simples, que pode se representado por um sistema massa-
mola:
Circuito LC Sistema massa-mola

r
E L

1 q2
U p = k x (da mola )
1 2
UE = (do capacitor )
2C 2
U c = m v (do bloco )
1 1 2
U B = Li 2 (do indutor )
2 2
UB ⇔ UE Uc ⇔ U p
Total : U E + U B = cte Total : U p + U c = cte
F328 – 1S2013 5
Analogia Eletromecânica (massa-mola)
No sistema massa-mola , a energia total U é, em qualquer instante:

U = Uc +U p
Se não houver atrito, U permanece constante, isto é:
dU d 1 2 1 2 d 2x k  dx 
= ( mv + kx ) = 0 2
+ x=0 v= 
dt dt 2 2 dt m  dt 

cuja solução é: x = X m cos(ω0 t +ϕ )

k
ω0= : frequência angular natural
Movimento m
Xm : amplitude
oscilatório
ϕ : constante de fase
F328 – 1S2013 6
Analogia Eletromecânica (oscilador LC)
2
1
Energia total oscilante : U = U B + U E = Li 2 + 1 q
2 2C
Como não há resistência no circuito, temos:
dU d Li 2
q 2
 d 2
q 1  dq 
=  +  = 0 2
+ q=0 i = 
dt dt  2 2C  dt LC  dt 
Fazendo as seguintes correspondências :
1 ,
x → q, v → i, m → L, k→
C
a solução da equação acima é: q (t ) = Q cos(ω0t + ϕ )
1
onde Q é a amplitude das oscilações da carga, ω 0 = éa
LC
frequência angular natural das oscilações eletromagnéticas e ϕ é uma
constante de fase, como no caso mecânico. A corrente no circuito LC é:
dq
i = = −ω0Q sen (ω0 t +ϕ ) = − I sen (ω0 t +ϕ )
dt
F328 – 1S2013 7
Analogia Eletromecânica
Circuito LC Sistema massa-mola
1 k
Frequência angular: ω0= ω0=
LC m
Amplitude: Q Xm
Constante de fase: ϕ ϕ

x→q m→ L
Correspondências
1
entre os dois sistemas v →i k→
C

No circuito LC, a amplitude e a constante de fase são determinadas


pelas condições iniciais i(0) e q(0).
F328 – 1S2013 8
Energias elétrica e magnética
A energia elétrica armazenada no capacitor em qualquer instante t é:
q2 Q 2
UE = = cos2 (ω0 t + ϕ )
2C 2C
A energia magnética armazenada no indutor é, por sua vez:
2
1 2 1 Q 1
U B = Li = Lω0 Q sen (ω0 t + ϕ ) = sen (ω0 t +ϕ ) , pois ω 0 =
2 2 2 2

2 2 2C LC

2
Q
UE + UB =
2C
Então, a soma (energia total
eletromagnética) permanece
constante.
Oscilações amortecidas (circuito RLC)
Com um resistor R no circuito, a energia
eletromagnética total U do sistema ( U B +U E )
não é mais constante, pois diminui com o
tempo na medida em que é transformada em
energia térmica no resistor ( dU < 0) .
dt
Energia 1 2 q2
U = Li +
eletromagnética 2 2C
di q dq
dU Li + = − Ri 2
Potência dissipada = − Ri 2 dt C dt
dt

dq d 2 q R dq 1
Como i = 2
+ + q=0
dt dt L dt LC
Oscilações Amortecidas (circuito RLC )
A solução desta equação para o caso de amortecimento
R
 R 
2
1 − t
fraco ( 2 L 
  LC
< ) é: q (t ) = Qmax e 2L
cos(ω ′t + ϕ )

2 2

onde ω ′ = ω0 −   .
R 2

 2L 
Quando   <<
R
 2L 
1
LC
⇒ ω′ ≅ ω 0=
1
LC
ou seja, ω′ aproxima-se da frequência angular natural do sistema.
Agora as oscilações são amortecidas, pois a amplitude de q (t )
decai exponencialmente com o tempo:
q

F328 – 1S2013 11
Exemplo 1
Um circuito RLC série possui indutância L = 12 mH, capacitância
C = 1,6 µF, e resistência R = 1,5 Ω.
a) em que instante t a amplitude das oscilações da carga no circuito
será 50% do seu valor original?
R
− t Rt
Queremos que: Qmax e = 0,5 Qmax ⇒ −
2L
= ln 0,5
2L
2L
daí: t = − ln 0,5 ⇒ t = 0,011 s
R
b) quantas oscilações são completadas neste intervalo de tempo?

O tempo para uma oscilação completa é o período T = .
2
ω′
Neste caso, como  R  << ω0 2, ω ′≅ ω0 . Ou seja:
 2L 
t 0,011
nT = t ⇒ n = ou n= ≅ 13
2π LC ( )
1
2π 12.10 −3 ×1,6.10 −6 2

F328 – 1S2013 12
Oscilações forçadas – Corrente alternada
As oscilações de um circuito RLC não serão totalmente
amortecidas se um dispositivo de fem externo fornecer energia
suficiente para compensar a energia térmica dissipada no resistor.
Normalmente este dispositivo é um gerador de corrente alternada
com fem do tipo: ε = ε m sen (ω t ) , onde ω é a chamada frequência
angular propulsora. Quando uma fem como esta é ligada a um circuito
RLC, dizemos que as oscilações da carga, da tensão e da corrente são
oscilações forçadas. Veremos que, qualquer que seja
a frequência angular natural ω0 de um circuito, estas
oscilações ocorrem sempre na frequência angular
ε
propulsora.
Mostramos aqui a solução para a corrente: i (t ) = I sen (ω t − ϕ ),
onde I é a amplitude da corrente no circuito e ϕ é a diferença de fase
entre a tensão da fonte e a corrente. Voltaremos a isso mais adiante.
F328 – 1S2013 13
Um Circuito Resistivo
Um resistor ligado ao gerador de fem alternada.
Temos: ε = vR = ε m sen (ω t ) = VR sen (ω t )
Corrente iR no resistor:
vR VR
iR = = sen (ω t )
R R
Se escrevermos a corrente na forma
iR = I R sen (ω t − ϕ )
V
então temos: I R = R e ϕ = 0 .
R
Portanto, a corrente e a tensão (ddp) estão
em fase no resistor. A relação entre as amplitudes
da corrente e da tensão no resistor é:
VR = I R R
F328 – 1S2013 14
Um Circuito Capacitivo
Um capacitor ligado ao gerador de fem alternada.
Temos: vC = ε m sen (ω t ) = VC sen (ω t )
dqC
Mas: qC = C vC = C VC sen(ω t ) e como iC =
dt
π
iC = ω CVC cos (ω t ) = ω CVC sen (ω t + )
2
1
Introduzindo a reatância capacitiva X C = :
ωC
VC π π
iC = sen (ω t + ) = I C sen (ω t + )
XC 2 2
π
Então ϕ = − e as amplitudes da tensão e da
2
corrente estão relacionadas por: VC = I C X C

(vemos que a corrente está adiantada de π


em relação à tensão). 2
F328 – 1S2013 15
Um Circuito Indutivo
Um indutor ligado à fonte de fem alternada.
diL
Temos: vL = ε m sen (ω t ) = VL sen (ω t ) = L
VL dt
ou di L = sen (ω t ) dt ∴
L
VL VL
iL = ∫ sen (ω t )dt = − cos(ω t )
L ωL
Introduzindo a reatância indutiva X L = ωL :
VL π π
iL = sen (ω t − ) = I L sen (ω t − )
XL 2 2
π
Então ϕ = e as amplitudes da tensão e da
2
corrente estão relacionadas por: VL = I L X L
(vemos que a corrente no indutor está atrasada de
π
em relação à tensão).
2
F328 – 1S2013 16
Simulações dos três circuitos simples

http://www.walter-fendt.de/ph14br/accircuit_br.htm

(Simulação dos três circuitos simples)

F328 – 1S2013 17
O Circuito RLC Série
A fem aplicada é: ε = ε m sen (ω t )
A corrente transiente é nula; a corrente
permanente é dada por: i (t ) = I sen (ω t − ϕ )
Objetivo: determinar I e ϕ em função
das grandezas R, L, C, ε m e ω.
A corrente i tem o mesmo valor em todos os
elementos e é representada por um único fasor
(vetor girante) no diagrama. Para qualquer t :
ε = vR + vL + vC VL > VC

r r r r
Segue que: ε m = VR + VL + VC
Do diagrama, supondo que VL > VC :
ε m 2 = VR 2 + (VL − VC )2 ou
ε m 2 = (IR )2 + (IX L − IX C )2
F328 – 1S2013 18
O Circuito RLC Série ,

Daí achamos o valor de I :


εm εm
I= = ,
1 2 Z
R + (ω L −
2
)
ωC
1 2
onde Z = R 2 + (ω L − ) é a impedância do
ωC
circuito para a frequência de excitação ω .
Também a constante de fase ϕ pode
ser encontrada do diagrama dos fasores:
1
ω L−
VL −VC X L − X C ωC
tgϕ = = =
VR R R

F328 – 1S2013 19
Circuito RLC série

εm
Corrente: I =
1 2
R + (ω L −
2
)
ωC

Impedância: Z = ε m = R 2 + (ω L − 1 ) 2
I ωC

1
ω L−
VL −VC X L − X C ωC
Constante de fase: tgϕ = = =
VR R R
Ressonância
Como maximizar a amplitude I da corrente?
Minimizando a impedância Z para facilitar a passagem da corrente
1 2
Z = R 2 + (ω L − )
ωC
A amplitude I da corrente é máxima (condição de ressonância)
1 1
quando ω L = ou ω = = ω0
ωC LC
isto é, quando a frequência propulsora
coincide com a frequência angular
natural do circuito:
ω = ω0

http://ngsir.netfirms.com/englishhtm/RLC.htm
Impedâncias e ângulos de fase

TABELA: Impedância e ângulos de fase para várias


combinações de componentes em série no circuito
Componente Impedância Z Fase ϕ

Negativa, entre -90º e 0o


Positiva,
Positiva, 0º 0eo 90
entre
entre º o
e 90

Negativa, se XC >XL
Positiva, se XC < XL

F328 – 1S2013 22
Potência em Circuitos CA
• Potência instantânea: P = ε i = ε m sen (ω t ) I sen (ω t − ϕ )
= ε m I sen 2 (ω t ) cos ϕ − ε m I sen (ω t ) cos(ω t ) senϕ
• Potência média num ciclo (de período T ):
T
1 1
Pmed = ε m I cos ϕ ∫0 sen (ω t )dt = 2 ε m I cos ϕ
2

T
• Valores rms: valores constantes dando a mesma potência que a
média no tempo de i(t): ε = ε m I
rms I rms =
2 2
Então: Pmed = ε rms I rms cos ϕ
Para a máxima transferência de potência: cos ϕ = 1 (ou ϕ = 0 ).
Nestas condições, ω L = 1 , que é a condição de ressonância.
ωC
F328 – 1S2013 23
Potência em Circuitos CA (resistor)
Potência dissipada somente no resistor:

• Potência instantânea: P = i 2 R = I 2 R sen 2 (ω t − ϕ )


• Potência média num ciclo (de período T ):
R  R
Pmed = ε rms I rms cos ϕ = ε rms I rms = RI rms
2
 pois cosϕ = 
Z  Z

• Fator de potência (cosϕ ):


• cosϕ = 1: circuito resistivo (transferência máxima
de potência ressonância)
• cosϕ = 0: circuito indutivo ou capacitivo (não há
transferência de potência)

F328 – 1S2013 24
Transformadores
Geração (La Grande-2)
Tensão baixa (110 V)
para segurança

Transmissão (1000 km)


Tensão alta (735 kV)
para minimizar perdas
Québec

Consumo (Montréal)
Tensão baixa (110 V)
para segurança

Sistema de distribuição Requer mudança de tensão


Transformadores
A taxa média de dissipação numa carga resistiva é: P = Vrms I rms
Por razões de segurança, tanto na estação geradora quanto na
extremidade receptora, é conveniente lidar com baixas voltagens. Já
na transmissão, é conveniente lidar com baixas correntes ( para
minimizar perdas ôhmicas).
Solução?
Transformador: um dispositivo usado para aumentar ou
diminuir a ddp em um cicuito CA, de modo a manter constante o
produto V x I .

Primário Secundário

F328 – 1S2013 26
Transformadores
Transformador ideal
a) S aberta: O enrolamento primário é um indutor puro; como
cosϕ = 0 , não há transferência de potência do gerador para o
transformador. O fluxo φB atravessa os dois enrolamentos e a fem
induzida por espira é a mesma nos dois:
dφB VP VS N
ε esp = = = VS = S VP (relação entre as tensões)
dt NP NS NP
Controlando-se N S e N P , pode-se elevar ou baixar a tensão do
secundário.

primário secundário
F328 – 1S2013 27
Transformadores
b) Fechando-se S, há transferência de potência do gerador para a carga
(representada aqui apenas por uma carga resistiva R). Para um transformador
ideal com carga resistiva o fator de potência é igual a 1; a taxa com que o
gerador fornece energia ao enrolamento primário é VPIP e, analogamente, a
energia é transferida do enrolamento primário ao secundário com taxa VSIS.
Por conservação de energia:
VP N P
I P VP = I S VS IS = IP = IP
VS N S
que é a relação de transformação de correntes.
VS
Finalmente, lembrando que I S = , vem:
R
2
N S VS N S N S VP VP
IP = IS = = =
N P R N P N P R  N 2
2
Primário Secundário
 P  R
 NS 
o que mostra que, do ponto de vista do primário, 2
 NP 
a resistência equivalente da carga não é R e sim Req =   R
F328 – 1S2013  NS  28
Exemplo 2
Num circuito RLC série, R = 200 Ω, C = 15 µF, L = 230 mH, f = 60 Hz e εm = 36 V.
a) Determine a impedância do circuito
X L =ω L = 2π f L =86,7Ω
Z = R 2 + ( X L − X C ) 2 = (200 ) + (86,7 − 177 ) ≅ 219 Ω X = 1 = 1 =177Ω
2 2

ω C 2π fC
C
b) Determine a amplitude e a fase da corrente
εm XL −XC
I = = 0,164 A; ϕ = arc tg ≅ −0,42 rad
Z R
c) Calcule o fator de potência
R 200
cos ϕ = cos ( −0,42) ≅ 0,91 ou cos ϕ = = ≅ 0,91
Z 219
d) Determine a potência média dissipada no resistor
Pmed = I R = (0,116) x 200 ≅ 2,69 W
2 2
rms
ou Pmed =ε rms I rms cosϕ = 25,5 x 0,116 x 0,91≅ 2,69 W
e) O circuito é predominantemente capacitivo ou indutivo ?
Como XC > XL (ϕ < 0) o circuito é predominantemente capacitivo.
Resumo

Amortecimento ZR = R
ω′

ω XC =
1
ωC
Fornecimento
ω0
X L = ωL

Ressonância: Oscilações eletromagnéticas


ω = ω0 (movimento harmônico simples)

F328 – 1S2013 30
Lista de exercícios do Capítulo 31

Os exercícios sobre Oscilações Eletromagnéticas estão na página da disciplina :


(http://www.ifi.unicamp.br).
Consultar: Graduação Disciplinas F 328-Física Geral III

Aulas gravadas:
http://lampiao.ic.unicamp.br/weblectures (Prof. Roversi)
ou
UnivespTV e Youtube (Prof. Luiz Marco Brescansin)

F328 – 1S20123 31

Das könnte Ihnen auch gefallen