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INSTITUTO NACIONAL DE ESTATÍSTICA

GABINETE CENTRAL DO RECENSEAMENTO

RECENSEAMENTO GERAL DA POPULAÇÃO E HABITAÇÃO 2007

INDICADORES SOCIO-DEMOGRÁFICOS

PROVÍNCIA DE MANICA
ÍNDICE

INDICADORES BÁSICOS, PROVÍNCIA DE MANICA ....................................................... 3


INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 4
1. TAMANHO, ESTRUTURA E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO ................................. 5
2. FECUNDIDADE .................................................................................................................. 8
3. MORTALIDADE ............................................................................................................... 12
4. ESTADO CIVIL ................................................................................................................. 16
5. AGREGADOS FAMILIARES ........................................................................................... 18
6. FORÇA DE TRABALHO .................................................................................................. 21
7. EDUCAÇÃO........................................................................................................................ 26
8. LÍNGUAS ........................................................................................................................... 33
9. NACIONALIDADE E TIPO SOMÁTICO/ORIGEM ....................................................... 37
10. RELIGIÃO ......................................................................................................................... 40
11. PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA............................................................... 42
12. ORFANDADE ................................................................................................................... 51
13. REGISTO DE MENORES DE 18 ANOS ......................................................................... 57
14. HABITAÇÃO .................................................................................................................... 59
15. POSSE DE BENS DURÁVEIS ......................................................................................... 66
INDICADORES BÁSICOS, PROVÍNCIA DE MANICA
Indicadores 1997 2007 2011
1. População total (a) 1,039,463 1,438,386 1,672,038
2. População masculina 496,959 690,062 803,764
3. População feminina 542,504 748,324 868,274
4. População masculina (em %) 47.8 48.0 48.1
5. População feminina (em %) 52.3 52.0 51.9
6. População, 0-14 (em %) 46.7 48.7 48.9
7. População, 15-59 (em %) 49.1 47.1 47.3
8. População, 60+ (em %) 4.2 4.1 3.9
9. População urbana (em %) 28.2 25.3 24.5
10. População rural (em %) 71.8 74.7 75.5
11. Índice de masculinidade (homens em cada 100 mulheres) 92.0 92.2 92.6
12. Densidade demográfica (por Km2) 15.8 22.9 27.1
13. Taxa de crescimento da população (em %) 2.5 3.8 3.7
14. Taxa bruta de natalidade (por mil) 48.8 46.5 46.1
15. Taxa bruta de mortalidade (por mil) 20.7 15.5 14.1
16. Taxa de mortalidade infantil (por mil) 139.1 100.1 88.2
17. Taxa global de fecundidade (filhos/mulher) 7.0 6.6 6.5
18. Esperança de vida, total (em anos) 42.7 49.1 50.3
19. Esperança de vida, homens (em anos) 40.7 46.8 48.1
20. Esperança de vida, mulheres (em anos) 44.9 51.5 52.6
21.Taxa de Mortalidade Materna (por 100.000 nascimentos) …. 389.0 …
22. Taxa de analfabetismo, total (em %) 57.7 43.0 …
23. Taxa de analfabetismo, homens (em %) 38.5 23.8 …
24. Taxa de analfabetismo, mulheres (em %) 73.9 59.6 …
25. Taxa bruta de escolarização (em %) (b)
. Ensino Primário do 1º Grau 61.6 122.3 …
. Ensino Primário do 2º Grau 91.5 …
. Ensino Secundário do 1º Ciclo 5.2 43.7 …
. Ensino Secundário do 2º Ciclo 15.2 …
. Ensino Superior 0.1 0.7 …
26. Número médio de pessoas por agregado familiar 4.7 5.0 …
27. Habitações com electricidade (em %) 3.2 7.9 …
28. Habitações segundo principal fonte de água para beber (em %):
. Canalizada dentro de casa 1.2 0.8 …
. Canalizada fora de casa/quintal 2.3 3.1 …
. Fontenário 6.3 5.6 …
. Poço/furo protegido com bomba manual 57.2 19.5 …
. Poço sem bomba (c) 41.0 …
. Rio/lago/lagoa 32.4 29.1 …
. Chuva (c) 0.1 …
. Outra 0.6 0.8 …
Notas: a) População ajustada por omissão censal
b) Em 1997 a Taxa Bruta de Escolaridade referem-se ao Ensino Primário como um todo, sem divisão de EP1 e EP2.
c) Em 1997 as categorias Poço/furo protegido com bomba manual e Poço sem bomba foram tratadas como única
Categoria (Poço/furo protegido com bomba manual)

INTRODUÇÃO

O presente documento foi elaborado pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) com o
propósito de prover aos usuários informação estatística sobre população e habitação, assim
como as principais características sócio-demográficas, a partir dos resultados definitivos do
III Recenseamento Geral de População e Habitação de 2007 (Censo 2007).

Os dados cobrem uma ampla gama de temas: população em geral, fecundidade, mortalidade,
estado civil, agregados familiares, força de trabalho, educação, línguas, nacionalidade e tipo
somático/origem, religião, deficiência, registo de menores de 18 anos, orfandade, habitação,
bens duráveis e uso de tecnologias de informação e comunicação.

Os dados são apresentados de forma simples e directa. O texto que os acompanha tenta ser
preciso e de fácil compreensão. O objectivo do texto é guiar e ajudar o leitor na interpretação
dos dados, enfatizando valores extremos, qualificando cifras, descrevendo formas de
distribuições e aventurando algumas explicações.

O anterior Censo de População e Habitação foi realizado em 1997, passaram portanto 10 anos
até a realização do Censo de 2007. Dado que a procura de informação tem sido substancial, o
INE decidiu iniciar a publicação de uma série de brochuras provinciais que irá terminar com a
brochura e monografia nacionais.

Esta publicação é parte do conjunto de produtos censitários do programa de disseminação de


resultados do Censo 2007. O INE espera que esta publicação seja de interesse para os usuários
da informação censitária e agradece antecipadamente os comentários e sugestões tendentes a
melhorar as suas publicações futuras.
1. TAMANHO, ESTRUTURA E CRESCIMENTO DA POPULAÇÃO

O tamanho da população refere-se ao número de pessoas que residem no território e o


crescimento às mudanças do referido tamanho no tempo. A estrutura retrata a composição da
população por determinadas características, das quais destacam-se sexo e idade.

Segundo os resultados definitivos do Censo 2007, a população recenseada na Província de


Manica foi de 1,412,428 habitantes. Numa operação estatística complexa como um
recenseamento nem sempre é possível abranger todos os habitantes. O inquérito de cobertura
realizado um mês depois do Censo mostrou que 2.1% da população não foi recenseada por
diferentes motivos. Considerando esta taxa de omissão, a população de Manica foi ajustada e
movida para a metade do ano, isto é, a 1 de Julho de 2007. Assim, a população da Província
de Manica em 2007 era de 1,438,386 habitantes. Importa ressaltar que para o cálculo de taxas
e indicadores demográficos é recomendável o uso da população a meio do ano. Os outros
indicadores foram calculados com população recenseada porque estes têm períodos de
referência variados.

Com um total de 1,438,386 habitantes, o Censo mostra que cerca de 25% da população de
Manica reside nas áreas urbanas e 75% nas áreas rurais. De 1997 a 2007, a população da
província de Manica aumentou em 398,923 habitantes, o que representa um incremento de
38.4%. O Quadro 1.1 mostra a distribuição percentual da população da província de Manica
por distritos. Verifica-se que 16.8% da população da província reside na capital provincial – a
cidade da Chimoio. Porém, é o distrito de Gondola que concentra maior população (18.3%),
seguido dos distritos de Manica (15.2%), Mossurize (13.8%), Sussundenga e Barué com 9.1%
e 9.7%, respectivamente.

QUADRO 1.1 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA


POPULAÇÃO POR SEXO, SEGUNDO DISTRITO.
PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Distritos Total Homens Mulheres
N 1,438,386 690,062 748,324
Total 100.0 100.0 100.0
Cidade de Chimoio 16.8 17.7 16.0
Barué 9.7 9.7 9.7
Gondola 18.3 18.8 17.8
Guro 4.8 4.7 4.9
Machaze 7.3 6.5 8.0
Macossa 1.9 1.9 1.9
Manica 15.2 15.8 14.7
Mossurize 13.8 12.9 14.6
Sussundenga 9.1 9.0 9.2
Tambara 3.0 2.9 3.0
Urbana 25 27 24
Rural 75 73 76

O Quadro 1.2 apresenta a distribuição percentual da população por sexo, segundo grupos
etários. Existe uma diferença na proporção de homens e mulheres, sendo 48% dos habitantes
do sexo masculino e 52% do sexo feminino. Nota-se, igualmente, que o índice de
masculinidade é de 92, significando que existe cerca de 92 homens para cada 100 mulheres.
Dos 20 a 39 anos, este indicador regista uma tendência de queda, possivelmente, devido a
uma maior emigração de homens em relação às mulheres e a sobremortalidade masculina nas
idades avançadas.

QUADRO 1.2 DISTRIBUIÇÃO DA POPULAÇÃO POR


SEXO, SEGUNDO GRUPOS ETÁRIOS. PROVÍNCIA DE
MANICA, 2007
Grupos Razão de
de idade Total Homens Mulheres masculinidade
N 1,438,386 690,062 748,324 92.2
Total 100.0 100.0 100.0
0-4 19.5 20.1 18.9 97.6
5-9 16.0 16.6 15.5 98.4
10-14 13.1 13.4 12.9 95.8
15-19 10.8 10.9 10.7 93.4
20-24 8.8 8.6 9.0 88.6
25-29 7.2 6.9 7.4 86.1
30-34 5.7 5.4 6.0 84.2
35-39 4.6 4.3 4.8 83.8
40-44 3.4 3.3 3.5 88.7
45-49 2.7 2.7 2.8 88.9
50-54 2.2 2.2 2.3 85.9
55-59 1.8 1.7 1.9 84.7
60-64 1.4 1.3 1.4 84.4
65-69 1.0 1.0 1.1 83.1
70-74 0.7 0.7 0.8 80.9
75-79 0.4 0.4 0.5 76.1
80 e + 0.6 0.6 0.6 85.2

O Quadro 1.3 evidencia o carácter jovem da população de Manica, pois cerca de 49% desta
tem menos de 15 anos. Ademais, a idade mediana da província de Manica é de cerca de 16
anos, significando assim, que metade da população tem idade inferior a 16 anos. Por outro
lado, a população idosa, com mais de 64 anos de idade, corresponde a 2.8%.
Os dados mostram igualmente que as áreas rurais concentram o maior percentual de idosos,
isto é, 3.1%, enquanto apenas 1.8% residem nas áreas urbanas. Assim, o facto desta ligeira
maior percentagem da população idosa estar concentrada nas áreas rurais, possivelmente,
esteja relacionado com o retorno de pessoas mais aposentadas ou idosas às suas zonas de
origem.

Para a taxa de dependência, que indica a relação entre a população potencialmente dependente
economicamente (0 a 14 anos e 65 anos e mais) e a população em idade activa (15 a 64 anos),
os resultados apontam que para cada 100 pessoas potencialmente activas, existem cerca de
106 pessoas potencialmente inactivas. Esta taxa é mais elevada na área rural, visto que esta
apresenta a maior concentração de crianças.
QUADRO 1.3 INDICADORES DA COMPOSIÇÃO
ETÁRIA DA POPULAÇÃO POR ÁREA DE
RESIDÊNCIA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Indicadores Total Urbana Rural
N 1,438,386 363,844 1,074,542
Total 100.0 100.0 100.0
Grupos funcionais de idade
0-14 (%) 48.6 46.0 49.5
15-64 (%) 48.6 52.2 47.4
65+ (%) 2.8 1.8 3.1
Razão de dependência total 105.9 91.7 111.2
Idade Mediana (anos) 15.6 16.7 15.2
Taxa anual de crescimento (%) 3.2 2.2 3.6

Ainda no quadro 1.3, nota-se que a província Manica registou um crescimento médio anual de
3.2% entre 1997 e 2007. Olhando-se para a área rural, comparativamente a 1997, o efectivo
populacional aumentou em 328,208 habitantes, correspondente a um incremento de 44% e a
uma taxa média anual de crescimento de 3.6%. Nas áreas urbanas, o aumento foi de 70,715
pessoas, correspondentes a 24%, e cuja taxa de crescimento anual foi de 2.2%.

Por fim, o Gráfico 1.1 representa a pirâmide etária da população, na qual, a sua base larga
mostra o carácter jovem da população da província de Manica, conforme acima mencionado.
2. FECUNDIDADE
A análise da fecundidade tenta medir o grau com que os nascimentos vão ocorrendo numa
determinada população. A importância desta análise reside no facto de a natalidade
determinar, conjuntamente com a mortalidade e as migrações, o crescimento e a estrutura da
população.

O Quadro 2.1 mostra diversos indicadores da fecundidade actual na Província de Manica


segundo o Censo 2007. O primeiro indicador, a taxa bruta de natalidade, indica o número de
nascimentos por cada mil habitantes. Na província de Manica, no ano 2006-07 nasceram 47.6
crianças em cada 1,000 habitantes, o que representa pouca ou nenhuma redução em
comparação com o valor de 1997. Nas áreas urbanas, este valor foi de 44.5 e nas rurais de
48.4. Embora seja de cálculo fácil e interpretação directa, este indicador é muito afectado pela
estrutura etária da população.
QUADRO 2.1 INDICADORES DE FECUNDIDADE POR
ÁREA DE RESIDÊNCIA, PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Indicadores Total Urbano Rural
Taxa bruta de natalidade 47.6 44.5 48.4
Taxa global de fecundidade 6.6 5.4 7.0
Taxas específicas de fecundidade
15-19 134 141 132
20-24 271 220 289
25-29 276 227 290
30-34 251 190 265
35-39 200 147 211
40-44 120 93 126
45-49 74 57 78
Idade média da fecundidade 30.3 29.5 30.5

O segundo indicador de fecundidade do Quadro 2.1, a Taxa Global de Fecundidade (TGF),


expressa o número médio de filhos que uma mulher teria até ao final da sua vida reprodutiva
se o seu comportamento reprodutivo se mantivesse constante. A TGF é o indicador da
fecundidade mais utilizado em demografia, porque está isento do efeito da estrutura da
população, o que facilita as comparações entre diferentes populações e períodos de referência.
Segundo os dados do Quadro 2.1, a TGF para a Província de Manica é de 6.6 filhos por
mulher; para as áreas urbanas é de 5.4 filhos e de 7.0 para as rurais. Tal como a taxa bruta de
natalidade, a TGF é mais baixa nas áreas urbanas e foi apenas nestas onde houve um declínio
em 1.2 filhos por mulher de 1997 a 2007. A diferença de fecundidade entre as áreas urbanas e
rurais é usualmente explicada pelo maior nível educacional e sócio-económico da população
urbana, variáveis associadas a uma menor fecundidade. Por outro lado, maior número de
filhos é mais vantajoso para as famílias rurais porque os descendentes constituem mão-de-
obra e segurança durante a velhice, ao contrário do contexto urbano, onde um número elevado
de filhos representaria uma desvantagem para a economia do agregado familiar.

O Quadro 2.1 mostra também as taxas específicas de fecundidade, isto é, o número médio de
filhos nascidos vivos por cada 1,000 mulheres nas idades correspondentes a cada grupo etário.
Esta informação é também apresentada no Gráfico 2.1 por área de residência. Estas taxas
indicam o calendário da fecundidade, isto é, as idades nas quais as mulheres têm os seus
filhos. A forma das curvas correspondentes as áreas urbanas e rurais é diferente. As taxas
específicas de fecundidade tem um nível similar no primeiro grupo etário (15-19) mas nos
restantes grupos são inferiores nas áreas urbanas que nas rurais, como resultado da queda de
fecundidade nas áreas urbanas. Ambas curvas apresentam distribuições de cúspide estendida,
isto é, com pouca variação entre as taxas correspondentes às idades maior intensidade
reprodutiva (20 a 39 anos). Isto significa que as mulheres têm filhos durante grande parte de
suas vidas reprodutivas.
Consistente com estas distribuições da fecundidade por grupos de idade é o valor da idade
média da fecundidade, também apresentado no Quadro 2.1. Esta cifra indica a idade média em
que as mulheres têm os seus filhos. O valor para a província é 30.3, para as áreas urbanas 29.5
e para as rurais 30.5. O valor da idade média da fecundidade é ligeiramente mais elevado nas
áreas rurais do que nas urbanas porque nas primeiras a proporção de mulheres que tem filhos
nas idades superiores aos 30 anos é maior do que nas segundas.

O Quadro 2.1 mostrou indicadores de fecundidade actual, isto é, para o ano em que foi
realizado o Censo. Por outro lado, o Quadro 2.2 mostra a fecundidade acumulada, ou seja, o
número de filhos tidos durante toda a vida reprodutiva das mulheres. Este quadro apresenta
dois indicadores: a distribuição das mulheres por número de filhos nascidos vivos e o número
médio de filhos nascidos vivos por mulher segundo a sua idade. Assim, por exemplo, entre as
mulheres de 20 a 24 anos, 20.7% ainda não tem nenhum filho, 26.0% tem um filho, 27.2%
tem dois filhos, etc. Em média, as mulheres deste grupo etário têm 1.7 filhos. O mais
importante neste quadro são os dados das mulheres do grupo etário 45-49 anos, posto que
indicam a fecundidade completa. Assim, mais do que a metade das mulheres nesse grupo
etário têm 6 filhos ou mais e apenas 3.8% tem 1 filho e 5.8% dois filhos. Em média, as
mulheres que finalizaram a sua vida reprodutiva têm 6.2 filhos. Este valor pode estar afectado
por uma certa omissão, provavelmente devido a erros de memória na declaração dos filhos
tidos.
QUADRO 2.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS MULHERES POR
NÚMERO DE FILHOS NASCIDOS VIVOS E NÚMERO MÉDIO DE
FILHOS NASCIDOS VIVOS SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA E
IDADE DA MULHER, PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Número de filhos nascidos vivos Número médio
Idade de filhos
Total 0 1 2 3 4 5 6+ nascidos vivos
Total
Total 100.0 24.0 14.4 13.3 11.6 10.0 8.0 18.7
15-19 100.0 69.4 21.9 6.5 1.5 0.5 0.1 0.2 0.4
20-24 100.0 20.7 26.0 27.2 15.9 6.5 2.3 1.4 1.7
25-29 100.0 8.9 11.0 17.9 22.5 19.6 11.4 8.6 3.1
30-34 100.0 5.6 5.9 9.5 13.8 17.6 17.8 29.8 4.3
35-39 100.0 4.4 4.7 6.9 9.7 12.8 14.4 47.1 5.3
40-44 100.0 4.0 3.9 6.1 7.6 10.3 11.7 56.4 5.9
45-49 100.0 4.1 3.8 5.8 7.0 9.4 11.0 59.0 6.2
Urbana
Total 100.0 26.5 16.6 14.2 11.5 9.3 7.1 14.9
15-19 100.0 68.2 23.6 6.5 1.3 0.3 0.1 0.1 0.4
20-24 100.0 22.1 26.7 27.8 15.4 5.6 1.6 0.9 1.6
25-29 100.0 10.3 12.7 18.4 23.3 19.8 9.7 5.8 2.9
30-34 100.0 6.1 7.2 10.8 14.4 18.0 18.7 24.8 4.1
35-39 100.0 4.6 5.6 7.7 9.8 13.0 15.2 44.1 5.0
40-44 100.0 3.6 4.3 6.4 7.8 10.7 12.5 54.7 5.8
45-49 100.0 3.8 3.6 5.8 6.9 9.5 12.1 58.3 6.1
Rural
Total 100.0 23.2 13.7 13.0 11.6 10.2 8.3 20.0
15-19 100.0 69.9 21.2 6.6 1.5 0.5 0.1 0.2 0.4
20-24 100.0 20.1 25.7 27.0 16.0 6.9 2.6 1.6 1.8
25-29 100.0 8.5 10.5 17.7 22.3 19.5 12.0 9.5 3.1
30-34 100.0 5.5 5.6 9.1 13.6 17.4 17.6 31.3 4.4
35-39 100.0 4.3 4.4 6.6 9.7 12.8 14.2 48.0 5.3
40-44 100.0 4.1 3.8 5.9 7.5 10.2 11.5 57.0 6.0
45-49 100.0 4.1 3.9 5.8 7.0 9.4 10.7 59.2 6.2

É importante notar que, no que diz respeito a fecundidade completa, a diferença entre as áreas
rurais e urbanas é pouca. Assim, o número médio de filhos nascidos vivos de mulheres de 45
a 49 anos é de 6.1 nas áreas urbanas e 6.2 nas áreas rurais. A percentagem de mulheres com 6
filhos e mais é de 58.3% nas áreas urbanas e de 59.2% nas rurais. Este padrão é consistente
com o diferencial referente à fecundidade actual (Quadro 2.1), onde a fecundidade rural era
superior à urbana.

A percentagem de mulheres de 45 a 49 anos de idade sem filhos fornece uma medida de


infecundidade primária. É usualmente aceite que, nos países em desenvolvimento, a
proporção de mulheres em união conjugal que no final do período reprodutivo não têm filhos
é de 2 a 5%. No caso da Província de Manica, esta proporção é de 4.1%, dentro do padrão
esperado. Não se observam diferenças entre as áreas rurais e urbanas no que diz respeito a
este indicador.

Os dados do Quadro 2.2 também indicam que a maternidade precoce é frequente na Província
de Manica, tanto nas áreas urbanas como nas rurais. Assim, 21.9% das mulheres adolescentes
(15 a 19 anos de idade) já tem pelo menos um filho. Segundo o Quadro 2.1, a taxa específica
de fecundidade deste grupo é de 134 nascimentos por 1,000 mulheres. As mulheres
adolescentes contribuem anualmente com aproximadamente 15.0% do total dos nascimentos
ocorridos na província. Esta situação tem merecido uma atenção muito especial do Governo,
pois está relacionado com questões de saúde sexual e reprodutiva dos jovens e adolescentes.

3. MORTALIDADE
A análise da mortalidade tenta medir o grau com que as mortes vão ocorrendo numa
determinada população. A sua importância está no facto de que estes vão determinando,
conjuntamente com a fecundidade e as migrações, o crescimento e a estrutura da população.

O Quadro 3.1 mostra diversos indicadores de mortalidade para Província de Manica. O


primeiro indicador, a Taxa Bruta de Mortalidade, é simplesmente a razão entre o número de
óbitos ocorridos num ano e a população. Esta taxa, é de 15.2 por 1,000 habitantes, sendo mais
elevada para área rural que urbana.

QUADRO 3.1 INDICADORES SELECCIONADOS DE MORTALIDADE.


PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Área de residência Total Homens Mulheres
Taxa bruta de mortalidade
Total 15.2 16.8 13.7
Urbano 12.3 12.9 11.7
Rural 15.9 17.8 14.2
Esperança de vida ao nascimento
Total 49.1 46.8 51.5
Urbano 50.9 49.0 52.8
Rural 48.6 46.1 51.2
Esperança de vida aos 10 anos
Total 48.5 46.4 50.46
Urbano 47.6 46.1 49.2
Rural 48.7 46.5 50.9

O indicador mais utilizado para medir a mortalidade é a esperança de vida ao nascer. Este
indicador mostra o número de anos que se espera que uma pessoa nascida num determinado
ano viva em média, se as condições de mortalidade existentes forem constantes. Quanto
menor for a mortalidade, maior será a esperança de vida ao nascer.

Na Província de Manica, a esperança de vida ao nascer é de 49.1 anos para ambos os sexos,
sendo 46.8 anos para os homens e 51.5 anos para as mulheres. Em geral, na maioria dos
países do mundo a esperança de vida ao nascer é menor para os homens do que para as
mulheres. O Quadro 3.1 também mostra a esperança de vida ao nascer segundo área de
residência. A diferença entre a esperança de vida ao nascimento entre as áreas rurais e urbanas
é significativa, 50.9 anos para área urbana e 48.6 anos para área rural, representando uma
diferença de mais de 2 anos.

Considerando o grande peso que a mortalidade na infância tem na esperança de vida ao


nascer, é também importante considerar a esperança de vida de outras idades. No Quadro 3.1
foi incluída a esperança de vida aos 10 anos, a qual é de 48.5 anos, sendo maior para área
rural que a urbana, 48.7 anos e 47.6 anos, respectivamente. Este valor indica o número de
anos que se espera que uma pessoa viva em média, depois de atingir tal idade.

O Gráfico 3.1 mostra três indicadores da mortalidade nos primeiros anos de vida. O primeiro,
a mortalidade infantil, cujo valor é de 100.1 óbitos em cada 1,000 nascidos vivos, define-se
como a probabilidade de morrer durante o primeiro ano de vida. Este é um dos indicadores
mais adequado do nível de desenvolvimento sócio-económico e do estado de saúde duma
população. O segundo, a mortalidade pós-infantil, refere-se à mortalidade das crianças de 1 a
5 anos. O valor deste indicador para Província de Manica é de 57.3 por 1,000 nascidos vivos,
isto é, 57 em cada 1000 crianças que completam um ano de vida morrem antes de completar 5
anos. O último, a mortalidade na infância, é a combinação da mortalidade infantil e pós-
infantil; o seu valor é de 157.4 por 1,000 nascidos vivos, ou seja, em cada mil crianças que
nascem na Província de Manica, 157 morrem antes dos cinco anos de vida.
GRÁFICO 3.1 MORTALIDADE INFANTIL, PÓS-INFANTIL
E NA INFÂNCIA POR SEXO. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

180 170.2
157.4
160
144.7
Probabilidade de morrer (por 1000)

140

120
106.0
100.1
100 94.1

80
64.2
57.3
60 50.6

40

20

0
Total Homens Mulheres

Infantil Pós-Infantil Na infância

O Gráfico 3.2 mostra os anteriores três indicadores da mortalidade nos primeiros anos de vida
segundo área de residência. À semelhança do que acontece com a esperança de vida ao
nascimento, as diferenças são significativas. Por exemplo, a mortalidade na infância nas áreas
urbanas é de 111.8 óbitos por 1,000 nascimentos vivos, nas rurais é de 171.3.
GRÁFICO 3.2 MORTALIDADE INFANTIL, PÓS-INFANTIL, E NA INFÂNCIA
SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

180 171.3

160
Probabilidade de morrer (por 1000)

140

120 111.8
107.0
100

80 75.8
64.3
60

40 36.0

20

0
Urbano Rural

Infantil P ó s -Infantil Na infânc ia

Comparando os indicadores da mortalidade nos primeiros anos de vida dos dois censos da
população, como mostra o Gráfico 3.3, os resultados mostram uma tendência da diminuição
nas duas áreas de residência. Por exemplo, a mortalidade na infância registou assinalável
queda na área rural, ao passar de 251 óbitos menores de 5 anos em cada 1000 nascidos vivos
em 1997 para 171.3 óbitos menores de 5 anos em cada 1000 nascidos vivos em 2007.
GRÁFICO 3.3 MORTALIDADE INFANTIL, PÓS-INFANTIL
E NA INFÂNCIA, PROVÍNCIA DE MANICA, 1997 E 2007

300

251.4
250
Probabilidade de morrer (por 1000)

200 188.7
171.3

146.6
150

117.1 107.0
100 111.8

75.8
50

0
1997 2007

Infantil-urbana Infantil-rural Na infância-urbana Na infância-rural

Outro indicador de maior preocupação em Moçambique e assim como em outros países em


desenvolvimento é a mortalidade materna. Como o país não possui um sistema adequado do
registo de eventos vitais, tem sido praticamente impossível de obter este indicador ao longo
de tempo. Com objectivo de obter este indicador, foram introduzidas perguntas sobre a
sobrevivência das irmãs nos inquéritos demográficos e saúde de 1997 e 2003. Entretanto,
estas fontes de dados, tem a limitação de seus resultados se resumirem apenas a nível
nacional.

Para colmatar a limitação acima referida, foram incluídas no Censo 2007 perguntas
relacionadas com a mortalidade materna. Os resultados destas perguntas permitem ter ideia
geral sobre a mortalidade materna em cada uma das províncias do país. Deste modo, a
Província de Manica apresenta uma taxa de 389 óbitos relacionados com causas maternas em
cada 100.000 nascimentos vivos.

4. ESTADO CIVIL

O estado civil ou conjugal é uma característica sócio-demográfica básica das pessoas, que
abrange aspectos biológicos, sociais, económicos, legais e, em muitos casos, religiosos. A
composição da população segundo esta variável é o resultado de três eventos vitais. O
primeiro evento é a união relativamente permanente de duas pessoas de sexo oposto com o
propósito de constituir uma família. Quando a união tem um carácter legal designa-se por
casamento ou matrimónio e quando a união é de facto, por união marital, ou seja matrimónio
tradicional. Neste sentido, não pode ser considerada como uma simples união consensual mas
sim como um matrimónio tradicional. O segundo evento é a dissolução da união por decisão
de um dos cônjuges ou de ambos. Quando a dissolução é legal designa-se por divórcio e
quando é de facto, por separação. O terceiro evento é o óbito de um dos cônjuges. O cônjuge
sobrevivente é o viúvo ou a viúva. Estes eventos mudam permanentemente a distribuição das
pessoas por estado civil.
O Quadro 4.1 apresenta os dados sobre a distribuição percentual da população de 12 anos e
mais da Província de Manica, por sexo, segundo estado civil. Os dados deste quadro são auto-
explicativos. Contudo, importa salientar algumas mudanças ligeiras que aconteceram nesta
província. A proporção de viúvos passou de 5.9 em 1997 para 6.6 em 2007, e a proporção de
casados passou de 6.6 em 1997 para 4.4 em 2007. Entretanto, tanto em 1997 como em 2007, a
proporção dos que estão em união marital, constitui a maioria, seguindo a dos solteiros.

QUADRO 4.1 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 12


ANOS E MAIS POR SEXO, SEGUNDO ESTADO CIVIL E ÁREA DE
RESIDÊNCIA.PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
2007 1997
Estado Civil Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

N 829,350 389,179 440,171 592,781 276,451 316,330


Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0

Solteiro 33.1 43.7 23.7 32.5 42.8 23.6


Casado 4.4 4.5 4.3 6.6 6.6 6.6
União Marital 51.9 47.5 55.8 50.9 46.1 55.2
Divorciado/Separado 3.0 1.7 4.2 2.8 1.6 3.9
Viúvo 6.6 1.7 11.0 5.9 1.5 9.7
Desconhecido 1.0 0.9 1.1 1.2 1.4 1.2

N 221,868 112,416 109,452 171,617 87,164 84,453


Urbano 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0

Solteiro 39.8 47.9 31.4 38.3 46.6 29.7


Casado 6.4 6.3 6.5 9.4 9.2 9.7
União Marital 43.9 41.6 46.4 43.4 40.0 46.8
Divorciado/Separado 3.7 1.9 5.4 3.3 1.7 4.9
Viúvo 5.3 1.5 9.2 4.4 1.2 7.8
Desconhecido 0.9 0.9 1.0 1.2 1.3 1.1

N 607,482 276,763 330,719 421,164 189,287 231,877


Rural 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0

Solteiro 30.6 42.0 21.1 30.2 41.0 21.3


Casado 3.6 3.7 3.6 5.4 5.5 5.4
União Marital 54.8 49.9 58.9 54.0 48.9 58.2
Divorciado/Separado 2.8 1.7 3.7 2.6 1.5 3.5
Viúvo 7.1 1.7 11.6 6.5 1.7 10.3
Desconhecido 1.0 0.9 1.1 1.3 1.4 1.2

Uma outra variável importante na análise do estado civil é a idade média ao primeiro
casamento. Na maioria das sociedades, as mulheres casam mais cedo do que os homens.
Segundo os dados do Censo 2007, este é também o caso na Província de Manica. A idade
média ao casamento das mulheres é de 18.5 anos e a dos homens, 24.1 anos. Na área urbana,
estes valores são, 19.7 anos para as mulheres e 25.0 anos para os homens contra 18.0 e 23.7
anos, para mulheres e homens, respectivamente da área rural. Comparativamente a 1997, estes
resultados indicam que não houve mudanças significativas no que diz respeito a idade média
ao primeiro casamento, pois no geral a idade foi de 18.4 para mulheres e 24.1 para homens e
esta situação manteve-se nas diferentes áreas de residência.

GRÁFICO 4.1 IDADE MÉDIA AO PRIMEIRO CASAMENTO, POR ÁREA


DE RESIDÊNCIA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

30

25.0 24.8
25 24.1 24.1
23.7 23.7
19.7 18.9
20
Idade média ao casar

18.5 18.4
18.0 18.1
15

10

0
Homens, 2007 Mulheres, 2007 Homens, 1997 Mulheres, 1997

Total Urbana Rural

5. AGREGADOS FAMILIARES
Na maioria dos países, o agregado familiar passou a ser reconhecido como a unidade de
análise lógica para temas tais como acesso à habitação, densidade habitacional, situações de
pobreza extrema, grupos vulneráveis, etc. O agregado familiar é também uma unidade de
consumo e, em muitos casos, uma unidade de produção. No Censo de 2007 foi considerado
como agregado familiar todo o grupo de pessoas ligadas ou não por laços de parentesco, que
vivem na mesma casa e compartilham as mesmas refeições (comida da mesma panela) e a
maior parte das despesas da casa. Na Província de Manica foram enumerados 282,393
agregados familiares, dos quais 70,232 ou seja 24.9% correspondem às áreas urbanas e
212,161 ou seja 75.1% às rurais.

Como era de esperar, esse número revelou um grande aumento do número de agregados
familiares, tendo em conta que em 1997 existiam na província 201,910 agregados familiares.

O Quadro 5.1 mostra o número médio de pessoas por agregado familiar segundo área de
residência e por grandes grupos de idade. O número médio total de pessoas por agregado é de
5.0. Para as áreas urbanas é de 5.1 e rurais é de 5.0 pessoas. Esta medida foi dividida em duas
partes: o número médio de crianças por agregado (menores de 15 anos) e o número médio de
adultos por agregado (15 anos e mais). O primeiro valor é um indicador aproximado da
fecundidade do agregado; o segundo, entretanto, é mais um indicador da complexidade da
composição dos agregados, isto é, da tendência dos adultos para alargar os agregados
nucleares no lugar de constituir os seus próprios. O número médio de menores por agregado
familiar é de 2.4 e de adultos 2.6. Nas áreas urbanas os valores respectivos são 2.3 e 2.8
pessoas e nas rurais 2.5 para ambos. As diferenças no que diz respeito a estes indicadores
entre as áreas urbanas e rurais são pequenas.

QUADRO 5.1 NÚMERO MÉDIO DE MEMBROS NOS AGREGADOS


FAMILIARES SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA E GRANDES
GRUPOS DE IDADE. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Grupos de idade e área de Número médio de
residência membros
Total 5.0
Menos de 15 anos 2.4
15 anos e mais 2.6
Urbana 5.1
Menos de 15 anos 2.3
15 anos e mais 2.8
Rural 5.0
Menos de 15 anos 2.5
15 anos e mais 2.5

O Quadro 5.2 mostra a distribuição percentual dos agregados familiares por área de
residência, segundo o tipo de agregado. O agregado nuclear, formado por um casal com ou
sem filhos, é a forma mais frequente de arranjo familiar na maioria das sociedades. Na
província de Manica é de facto, o tipo de agregado mais usual (42.2%). Os agregados
alargados são também frequentes (32.3%), sobretudo nas áreas urbanas onde este tipo é mais
frequente do que o nuclear. Estes dados, junto com a informação apresentada no Quadro 5.1,
sugerem que o nível de complexidade dos agregados familiares é relativamente elevado na
província, especialmente nas áreas urbanas. A percentagem de agregados monoparentais
também pode ser considerada elevada (16.7%). A vasta maioria destes agregados é
constituída por uma mulher e seus filhos. Isto pode ser o resultado de um elevado nível de
emigração masculina na província, especialmente nas áreas rurais onde a percentagem de
agregados monoparentais femininos é de 16.9%.
QUADRO 5.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS AGREGADOS
FAMILIARES(1) POR TIPO. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Tipo de agregado
familiar Total Urbana Rural
N 282,393 70,232 212,161
Total 100.0 100.0 100.0
Unipessoal 8.4 8.0 8.5
Monoparental (2) 16.7 10.5 18.8
Masculino 1.9 1.9 1.8
Feminino 14.9 8.6 16.9
Nuclear 42.2 40.5 42.8
Com filhos 21.1 21.0 21.2
Sem filhos 4.5 5.2 6.2
Alargado (3) 32.3 40.6 29.6
Outro 0.3 0.4 0.3
Notas: 1) Incluem-se os agregados familiares que vivem em
habitações particulares e colectivas (só hotéis e pensões)
2) Agregado familiar monoparental: família com um dos pais
3) Agregado familiar alargado: família nuclear com ou sem filhos e um ou mais
parentes
6. FORÇA DE TRABALHO

A população economicamente activa (PEA) é o conjunto de pessoas em idade de trabalhar de


ambos os sexos, que constituem a mão de obra disponível para a produção de bens e serviços.
Dito por outras palavras, a PEA compreende as pessoas que trabalham (ocupadas) e as que
procuram activamente um trabalho (desocupadas), incluindo aquelas que o fazem pela
primeira vez.
Segundo recomendações internacionais, a PEA é considerada como a população que participa
na actividade económica e que tenha 15 anos de idade e mais. A análise da PEA que é
apresentada nesta secção seguiu esta recomendação. No entanto, o boletim do censo foi
desenhado para captar também pessoas com idades entre 7 e 14 anos. A participação laboral
deste último grupo é analisada num quadro separado.
No Censo 2007 a PEA foi medida através de uma pergunta sobre a actividade realizada pelas
pessoas na semana anterior à data do censo. Assim, como mostra o Quadro 6.1, o tamanho da
PEA na Província de Manica é de 491,717 pessoas. Este número corresponde a 68.0% da
população de 15 anos e mais. Como era de esperar, as cifras acima apresentadas, revelam um
aumento no tamanho da PEA e PNEA, pois em 1997, foram registadas 300,712 e 206,554
pessoas, respectivamente.

O nível da participação masculina é superior que a feminina: 72.2% contra 64.3%. Das
pessoas que fazem parte da PEA, 92.3% trabalharam na semana de referência. Fora da PEA,
encontram-se 225,784 pessoas de 15 anos e mais, o que corresponde a 31.2% desta
população. Das pessoas fora da PEA, 40.0% são homens e 60.0% mulheres. Entre os homens,
a maior parte dos inactivos é constituída por estudantes (64.6%), enquanto entre as mulheres
são as domésticas que se destacam com 65.5%. A taxa de participação económica na área
rural é maior do que na urbana, devido, em parte, à elevada participação feminina, a qual,
segundo será evidenciado a seguir, é largamente relacionada ao sector da agricultura. Assim,
74.5% da população de 15 anos e mais faz parte da PEA na área rural contra 59.0% nas zonas
urbanas. A participação feminina na PEA nas áreas rurais é ainda um pouco superior à
masculina.
QUADRO 6.1 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 15 ANOS E MAIS
POR ÁREA DE RESIDÊNCIA E SEXO, SEGUNDO ACTIVIDADE NA SEMANA DE
REFERÊNCIA, PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Condição de Actividade Total Urbana Rural

e Inactividade Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

N 723,341 334,998 388,343 192,821 97,858 94,963 530,520 237,140 293,380

Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.4 100.0 100.0

PEA 68.0 72.2 64.3 56.9 68.1 45.4 72.0 74.0 70.4

PNEA 31.2 26.9 34.9 42.4 31.3 53.8 27.1 25.1 28.8

Desconhecidos 0.8 0.8 0.8 0.7 0.6 0.8 1.3 0.9 0.8

N 491,717 241,984 249,733 109,718 66,612 43,106 381,999 175,372 206,627

PEA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0

Trabalhou 92.3 92.4 92.1 95.2 95.5 94.6 91.4 91.2 91.6
Não Trabalhou mas tem
Emprego 1.4 1.3 1.6 1.4 1.0 2.0 1.4 1.4 1.5

Ajudou Familiares 5.4 4.7 6.1 2.4 2.2 2.8 6.3 5.6 6.8

Procurava Novo Emprego 0.1 0.1 0.0 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.0
Procura Emprego Pela 1ª
Vez 0.8 1.5 0.2 0.9 1.2 0.5 0.8 1.6 0.1

N 225,784 90,271 135,513 81,782 30,647 51,135 144,002 59,624 84,378

PNEA 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0

Foi Doméstico (a) 46.6 18.3 65.5 44.6 9.9 65.5 47.7 22.6 65.5

Foi somente Estudante 40.0 64.6 23.6 46.9 76.1 29.4 36.1 58.8 20.1

Foi Reformado/Reserva 1.5 3.0 0.5 2.7 6.0 0.7 0.8 1.4 0.4

Incapacitado(a) 5.0 5.3 4.7 2.8 3.5 2.4 6.2 6.3 6.1

Outra 6.9 8.7 5.7 3.0 4.5 2.0 9.2 10.9 8.0

O Quadro 6.2 e o Gráfico 6.1 mostram as taxas específicas de participação na actividade


económica. Estas taxas são a razão entre a população activa dum determinado sexo e grupo
etário sobre a população total desse mesmo sexo e grupo etário (multiplicado por 100). Elas
reflectem a entrada e saída das pessoas da força de trabalho, segundo a idade. Em geral, a
participação laboral aumenta com a idade até os 50 anos. De notar que depois desta idade, a
participação diminui gradualmente. Nas áreas urbanas da Província de Manica, a participação
masculina é superior que a feminina em todos os grupos etários, embora a forma das curvas
seja, em geral, similar. No sector rural a participação masculina global é ligeiramente superior
à das mulheres, excepto no grupo etário 15-19 anos onde a feminina é maior. É importante
notar que, no sector rural, as taxas têm uma queda paulatina nas idades superiores. No que diz
respeito às taxas da área urbana, a queda nas taxas de participação é mais acelerada. É
importante realçar que nas áreas rurais, as taxas de participação de pessoas idosas em
actividades ligadas à produção, especialmente a produção alimentar para o consumo familiar
(trabalho na machamba e criação de animais) é consideravelmente elevada.

QUADRO 6.2 TAXAS ESPECÍFICAS DE ACTIVIDADE POR ÁREA DE RESIDÊNCIA E


SEXO SEGUNDO IDADE, PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Total Urbana Rural
Idade Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 67.9 72.1 64.3 56.7 67.7 45.4 72.0 73.9 70.4

15 - 19 37.4 32.9 41.7 20.8 23.0 18.6 44.4 37.2 51.1

20 -24 63.5 67.1 60.7 48.5 60.4 37.0 70.5 70.7 70.4

25 - 29 77.5 86.5 70.0 70.1 86.8 51.8 80.4 86.3 75.9

30 - 34 81.9 90.4 74.4 77.6 93.0 61.2 83.4 89.4 78.4

35 - 39 82.7 90.4 76.4 79.5 93.1 65.9 83.8 89.4 79.5

40 - 44 83.2 89.9 77.6 80.5 90.5 69.5 84.2 89.6 80.1

45 - 49 83.9 89.6 78.5 81.4 90.2 70.2 84.7 89.4 80.7

50 - 54 80.2 86.7 75.0 75.7 83.7 66.0 81.5 87.9 77.0

55 - 59 79.7 86.1 73.7 73.7 82.4 63.2 81.2 87.3 76.0

60 - 64 75.3 82.7 69.4 65.7 74.4 57.3 77.5 84.9 71.8

65 - 69 73.2 81.7 65.4 57.0 66.2 48.9 76.3 84.7 68.6

70 - 74 64.7 75.7 56.5 47.3 57.5 41.0 68.3 79.0 60.0

75 - 79 62.2 73.6 52.5 43.5 54.4 36.7 66.0 76.8 56.3

80 e + 50.7 63.0 40.1 35.0 47.7 26.2 53.5 65.5 42.9


GRÁFICO 6.1 TAXAS ESPECÍFICAS DE ACTIVIDADE POR ÁREA DE RESIDÊNCIA E
SEXO SEGUNDO IDADE, PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

O Quadro 6.3 mostra as taxas de participação da população de 7 a 14 anos. Este quadro


evidencia um nível importante de participação infantil na Província de Manica: 13.3% das
crianças entre 7 e 14 anos participam no processo de trabalho. As taxas aumentam com a
idade, e em geral, são um pouco mais elevadas para os homens, especialmente nas idades
inferiores. Nas áreas urbanas a participação laboral das crianças é relativamente baixa (4.1%),
comparativamente às áreas rurais (16.5%). É um facto, que o elevado nível de participação a
nível da província é causado principalmente pelas elevadas taxas de participação rurais. Na
maioria dos países do Terceiro Mundo, a participação laboral das crianças é mais elevada no
sector rural do que no urbano. Isto está ligado a uma menor frequência escolar nas áreas
rurais. Nas primeiras, as famílias dispõem de menos recursos do que nas segundas para enviar
e manter seus filhos no sistema educacional, há menos escolas e, sobretudo, o trabalho dos
filhos é percebido como mais importante que a sua educação para o bem estar familiar. Este
último aspecto é especialmente certo em contextos onde predomina uma agricultura de
subsistência.
QUADRO 6.3 TAXAS ESPECÍFICAS DE ACTIVIDADE POR ÁREA DE RESIDÊNCIA E
SEXO CORRESPONDENTE A POPULAÇÃO DE 7 A 14 ANOS, PROVÍNCIA DE
MANICA, 2007
Total Urbana Rural
Idade Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total 13.3 13.6 13.1 4.1 4.4 3.8 16.5 16.7 16.4
7 11.2 11.6 10.9 2.7 2.6 2.7 14.0 14.5 13.5
8 11.0 11.2 10.8 2.4 2.4 2.3 13.7 13.9 13.5
9 11.0 11.4 10.6 2.3 2.7 1.9 13.9 14.2 13.5
10 12.2 12.7 11.6 3.3 3.5 3.1 15.1 15.8 14.5
11 12.2 12.5 12.0 3.3 3.6 3.0 15.4 15.6 15.1
12 15.1 15.5 14.8 5.2 5.6 4.8 18.7 18.9 18.5
13 16.6 16.3 16.9 6.2 6.7 5.7 20.3 19.5 21.1
14 19.6 19.1 20.1 7.8 8.6 7.0 24.3 23.1 25.6

Segundo o Quadro 6.4, nas áreas rurais da Província de Manica, a maioria da mão de obra
está inserida no sector agrícola (70.3%). Os outros ramos de actividade têm uma
representação bastante diminuta. Mesmo nas áreas urbanas uma elevada proporção de pessoas
trabalham no sector agrícola, o qual absorve a maior proporção da mão de obra (28.9%).
Note-se que, entre a mão de obra feminina urbana, 46.4% trabalha no sector agrícola.
Obviamente, as actividades não agrícolas têm maior importância nas áreas urbanas que nas
rurais. Por exemplo, 34.7% da mão de obra urbana trabalha no comércio e finanças e 18.0%
em serviços administrativos e outros serviços. Mesmo assim, os dados aqui apresentados
sugerem que a população urbana da província tem algumas características similares as da
rural.
QUADRO 6.4 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE
ACTIVA DE 15 ANOS E MAIS POR ÁREA DE RESIDÊNCIA E SEXO, SEGUNDO
RAMO DE ACTIVIDADE, PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Total Urbana Rural


Ramos de
Actividade Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres

N 487,609 238,377 249,232 31,415 11,535 19,880 311,259 172,546 206,358

Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Agricultura,
Silvicultura e Pesca 70.3 56.8 83.2 28.9 17.5 46.4 82.1 71.8 90.8

Extracção de Minas 1.0 1.9 0.1 1.3 2.1 0.1 0.9 1.8 0.1
Indústria
Manufactureira 3.8 6.3 1.4 6.6 9.5 2.0 3.0 5.0 1.2

Energia 0.2 0.4 0.0 0.7 1.0 0.1 0.1 0.1 0.0

Construção 3.1 6.1 0.3 6.6 10.8 0.3 2.1 4.3 0.2
Transporte e
Comunicação 0.9 1.8 0.1 2.9 4.6 0.2 0.3 0.7 0.0
Comércio e
Finanças 14.4 17.2 11.7 34.7 32.6 38.0 8.6 11.4 6.3
Serviços
Administrativos 1.4 2.4 0.5 4.3 5.7 2.2 0.6 1.1 0.2

Outros Serviços 4.8 7.0 2.6 13.7 15.8 10.5 2.2 3.7 1.0

Desconhecido 0.2 0.3 0.2 0.4 0.4 0.3 0.2 0.2 0.1

7. EDUCAÇÃO

A educação apresenta-se como uma característica das pessoas que tem sido coberta
frequentemente pelos censos populacionais e pelos inquéritos demográficos. Este facto deve-
se a inter-relação que existe entre as características educacionais da população e a dinâmica
demográfica. Por um lado, o ritmo de crescimento da população e a sua composição etária
determinam a potencial demanda no sistema educativo, na medida que o crescimento
acelerado da população pode constituir um obstáculo para o alcance de metas educacionais
definidas. Por outro lado, a educação tem desempenhado um papel chave no processo de
transição demográfica, pois é um importante determinante da fecundidade, dos padrões de
nupcialidade, da mortalidade e das migrações.
O Quadro 7.1 mostra as taxas de analfabetismo nos distintos grupos etários, por sexo,
segundo área de residência. Os dados indicam que 43% da população de 15 anos e mais da
província não sabe ler nem escrever, o que constitui uma redução de cerca de 15 pontos
percentuais na taxa de taxa de analfabetismo, pois em 1997 esta era de 57.7%. No referido
quadro constata-se também que a taxa de analfabetismo varia de acordo com a idade e
sexo. Assim, o analfabetismo é menor nas idades mais jovens uma vez que, a oportunidade
de acesso à escola é maior actualmente que no passado. Em relação ao diferencial por
sexo, os dados indicam que os níveis de analfabetismo são mais de duas vezes superiores
no sexo feminino, em comparação com o masculino. Possivelmente, a prioridade
estabelecida pelos progenitores para a educação dos filhos em detrimento das filhas seja
uma das causas desta desigualdade de género na educação.

Verifica-se, igualmente, uma substancial variação das taxas de analfabetismo de acordo


com a área de residência, sendo que, nas áreas rurais esta é superior à registada nas
urbanas: 51.9% contra 18.6%, respectivamente. Os diferenciais por idade e sexo
observados a nível da província repetem-se nas áreas urbanas e rurais, com maior destaque
para as mulheres cuja taxa de analfabetismo é mais de duas vezes superior à dos homens.
De notar que para as mulheres urbanas com idade igual ou superior a 40 anos, a diferença é
ainda maior.
QUADRO 7.1 TAXAS ESPECÍFICAS DE ANALFABETISMO
POR SEXO SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA E IDADE.
PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Taxas de analfabetismo

Idade Total Homens Mulheres


Total 43.0 23.8 59.6
15-19 21.4 11.9 30.4
20-24 32.6 14.8 46.9
25-29 41.4 21.3 58.3
30-39 46.7 25.2 65.2
40-49 52.7 25.3 77.1
50-59 65.2 38.1 88.4
60 + 78.8 60.3 94.0
Urbana 18.6 7.4 30.2
15-19 7.2 4.1 10.3
20-24 11.9 4.9 18.7
25-29 15.1 6.5 24.6
30-39 19.0 6.7 31.6
40-49 26.0 6.3 49.0
50-59 39.9 14.4 71.1
60 + 62.5 33.0 86.2
Rural 51.9 30.6 69.2
15-19 27.3 15.3 38.6
20-24 42.3 20.1 58.5
25-29 51.7 28.4 69.2
30-39 56.1 32.3 75.1
40-49 61.8 33.1 85.0
50-59 72.2 46.3 92.2
60 + 82.1 65.8 95.7

O Quadro 7.2 mostra a distribuição percentual da população de 15 anos e mais por nível
educacional concluído. Cabe notar que os dados revelam uma melhoria contínua do nível
educacional atingido pela população, pois registou-se uma subida da proporção de pessoas
com nível secundário concluído, que passou de 2% em 1997 à 14.0% em 2007 (11.1%
concluíram o primeiro e 2.9% o segundo ciclo do ensino secundário). Importa referir que este
progresso é notável em ambos os sexos e tanto na área rural, assim como na urbana.

Outro aspecto digno de menção é a redução da proporção da população sem nenhum nível
educacional concluído, que de aproximadamente 76.8% em 1997 passou a 62% em 2007.
Enquadram-se no grupo dos sem nível concluído os que nunca frequentaram a escola e os
que, estando ou tendo estado a frequentar, não concluíram o primeiro nível do sistema
nacional de educação ou a alfabetização. Comparativamente a 1997, a redução da proporção
de pessoas sem nenhum nível concluído é também notável quando os dados são analisados
por sexo e por área de residência. Neste sentido, no período em referência, a redução foi de
64.9% para 47.3% para os homens e de 86.9% para 74.6% entre as mulheres.
Por fim, importa ressaltar que, à medida que a idade avança, vai aumentando a proporção de
pessoas sem nível educacional concluído em particular em pessoas com idade igual ou
superior a 50 anos.

QUADRO 7.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 15 ANOS E MAIS POR


NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA, IDADE E SEXO.
PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Nível concluído
Alfabeti Primário 1º Primário 2º Secundário 1º Secundário
Idade N Total zação Grau Grau Ciclo 2º Ciclo Técnico CFP Superior Nenhum Desconh.

Total
Total 724,038 100.0 0.2 18.8 4.0 11.1 2.9 0.4 0.2 0.1 62.0 0.5
15 - 19 149,181 100.0 0.0 31.2 3.0 17.7 1.6 0.1 0.0 0.0 45.7 0.7
20 - 24 124,712 100.0 0.1 20.1 4.9 18.3 5.6 0.4 0.2 0.0 50.0 0.5
25 - 29 107,207 100.0 0.1 18.3 5.0 11.5 4.5 0.5 0.3 0.1 59.2 0.5
30 - 39 142,097 100.0 0.2 16.6 5.1 8.3 3.0 0.5 0.2 0.2 65.5 0.4
40 - 49 85,721 100.0 0.2 14.0 4.5 5.3 2.2 0.6 0.2 0.3 72.2 0.4
50 - 59 56,582 100.0 0.3 10.3 2.7 2.8 1.0 0.3 0.1 0.1 82.1 0.3
60 + 58,538 100.0 0.2 5.9 1.2 1.1 0.4 0.1 0.0 0.0 90.9 0.2
Homens 335,643 100.0 0.2 24.6 5.7 16.1 4.5 0.6 0.3 0.2 47.3 0.6
15 - 19 72,804 100.0 0.0 35.3 2.8 21.9 2.0 0.1 0.0 0.0 37.1 0.8
20 - 24 55,475 100.0 0.1 23.6 6.3 27.4 8.8 0.6 0.2 0.0 32.3 0.6
25 - 29 48,988 100.0 0.1 24.1 7.1 17.4 7.2 0.8 0.4 0.2 42.1 0.5
30 - 39 65,471 100.0 0.2 22.9 7.7 13.3 4.8 0.8 0.4 0.4 49.1 0.5
40 - 49 40,333 100.0 0.2 22.5 7.6 9.4 3.8 1.0 0.5 0.6 53.9 0.5
50 - 59 26,072 100.0 0.4 18.7 5.2 5.4 1.9 0.6 0.2 0.2 67.0 0.5
60 + 26,500 100.0 0.4 11.2 2.4 2.1 0.7 0.2 0.1 0.0 82.6 0.4
Mulheres 388,395 100.0 0.2 13.8 2.6 6.7 1.5 0.2 0.1 0.0 74.6 0.4
15 - 19 76,377 100.0 0.1 27.3 3.2 13.6 1.2 0.1 0.0 0.0 54.0 0.6
20 - 24 69,237 100.0 0.1 17.2 3.8 11.0 3.0 0.2 0.1 0.0 64.1 0.4
25 - 29 58,219 100.0 0.2 13.5 3.2 6.4 2.2 0.3 0.2 0.1 73.6 0.4
30 - 39 76,626 100.0 0.2 11.1 2.8 4.1 1.5 0.2 0.1 0.1 79.6 0.3
40 - 49 45,388 100.0 0.3 6.5 1.7 1.7 0.7 0.2 0.1 0.1 88.5 0.3
50 - 59 30,510 100.0 0.2 3.1 0.6 0.6 0.2 0.1 0.0 0.1 94.9 0.2
60 + 32,038 100.0 0.1 1.5 0.3 0.2 0.1 0.0 0.0 0.0 97.7 0.1
QUADRO 7.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 15 ANOS E MAIS POR
NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA, IDADE E SEXO.
PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Nível concluído
Primário Primário Secundário Secundário
Idade N Total Alfabetização 1º Grau 2º Grau 1º Ciclo 2º Ciclo Técnico CFP Superior Nenhum Desconh.

Urbana
Total 193,363 100.0 0.1 25.7 6.9 23.7 8.1 1.0 0.3 0.4 33.2 0.6
15 - 19 43,811 100.0 0.1 36.8 4.2 32.6 3.8 0.2 0.0 0.0 21.5 0.7
20 - 24 39,684 100.0 0.1 23.5 6.7 31.8 12.6 1.0 0.3 0.1 23.4 0.6
25 - 29 30,104 100.0 0.1 24.1 8.1 24.5 12.0 1.4 0.5 0.3 28.3 0.6
30 - 39 35,717 100.0 0.2 23.9 9.1 20.1 9.2 1.3 0.5 0.8 34.4 0.6
40 - 49 21,855 100.0 0.2 21.6 9.3 13.6 6.9 2.0 0.6 1.0 44.1 0.7
50 - 59 12,235 100.0 0.3 19.5 6.4 8.2 3.5 1.0 0.3 0.4 59.8 0.6
60 + 9,957 100.0 0.3 12.8 3.2 3.3 1.3 0.3 0.2 0.1 78.0 0.5
Homens 98,360 100.0 0.1 27.1 8.3 29.4 11.1 1.5 0.4 0.5 20.9 0.7
15 - 19 21,830 100.0 0.0 37.4 3.8 36.2 4.4 0.3 0.0 0.0 17.1 0.8
20 - 24 19,563 100.0 0.0 20.9 6.9 39.3 17.3 1.4 0.2 0.1 13.1 0.7
25 - 29 15,809 100.0 0.0 23.8 9.3 30.4 16.0 1.8 0.6 0.4 17.0 0.6
30 - 39 18,194 100.0 0.1 25.0 11.1 27.3 12.7 2.0 0.7 1.2 19.3 0.6
40 - 49 11,802 100.0 0.1 26.4 12.8 20.1 10.3 2.9 0.9 1.7 24.1 0.8
50 - 59 6,728 100.0 0.3 28.1 9.8 13.0 5.6 1.7 0.4 0.6 39.8 0.7
60 + 4,434 100.0 0.6 23.3 6.2 6.5 2.6 0.7 0.3 0.2 59.0 0.7
Mulheres 95,003 100.0 0.2 24.2 5.5 17.8 5.0 0.5 0.2 0.2 45.9 0.6
15 - 19 21,981 100.0 0.1 36.1 4.7 29.1 3.2 0.2 0.0 0.0 25.9 0.7
20 - 24 20,121 100.0 0.1 26.0 6.5 24.4 8.0 0.6 0.3 0.1 33.5 0.6
25 - 29 14,295 100.0 0.1 24.5 6.9 18.1 7.5 1.0 0.4 0.2 40.8 0.5
30 - 39 17,523 100.0 0.3 22.8 6.9 12.6 5.4 0.7 0.3 0.3 50.1 0.6
40 - 49 10,053 100.0 0.4 16.0 5.0 6.1 2.9 0.9 0.2 0.3 67.5 0.6
50 - 59 5,507 100.0 0.3 8.9 2.1 2.3 1.0 0.2 0.1 0.3 84.3 0.5
60 + 5,523 100.0 0.2 4.3 0.7 0.8 0.3 0.0 0.0 0.0 93.2 0.3
QUADRO 7.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 15 ANOS E MAIS POR
NÍVEL DE ENSINO CONCLUÍDO SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA, IDADE E SEXO.
PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Nível concluído
Primário Primário Secundário Secundário
Idade N Total Alfabetização 1º Grau 2º Grau 1º Ciclo 2º Ciclo Técnico CFP Superior Nenhum Desconh.

Rural
Total 530,675 100.0 0.2 16.3 3.0 6.5 1.0 0.1 0.1 0.0 72.4 0.4
15 - 19 105,370 100.0 0.0 28.9 2.5 11.4 0.7 0.0 0.0 0.0 55.8 0.7
20 - 24 85,028 100.0 0.1 18.5 4.1 12.0 2.3 0.1 0.1 0.0 62.4 0.5
25 - 29 77,103 100.0 0.2 16.0 3.7 6.3 1.6 0.2 0.2 0.0 71.3 0.4
30 - 39 106,380 100.0 0.2 14.1 3.7 4.4 0.9 0.2 0.1 0.0 76.0 0.3
40 - 49 63,866 100.0 0.2 11.4 2.8 2.5 0.6 0.1 0.1 0.1 81.8 0.3
50 - 59 44,347 100.0 0.3 7.7 1.7 1.3 0.3 0.1 0.1 0.0 88.2 0.2
60 + 48,581 100.0 0.2 4.5 0.8 0.6 0.1 0.0 0.0 0.0 93.5 0.2
Homens 237,283 100.0 0.2 23.6 4.6 10.6 1.8 0.2 0.2 0.0 58.2 0.5
15 - 19 50,974 100.0 0.0 34.4 2.4 15.8 0.9 0.0 0.0 0.0 45.6 0.8
20 - 24 35,912 100.0 0.1 25.1 5.9 20.9 4.2 0.2 0.2 0.0 42.8 0.6
25 - 29 33,179 100.0 0.2 24.2 6.0 11.2 3.0 0.3 0.4 0.1 54.1 0.5
30 - 39 47,277 100.0 0.3 22.1 6.4 7.8 1.7 0.3 0.3 0.1 60.5 0.5
40 - 49 28,531 100.0 0.3 20.9 5.4 5.0 1.1 0.3 0.3 0.1 66.2 0.4
50 - 59 19,344 100.0 0.4 15.4 3.6 2.7 0.6 0.2 0.1 0.1 76.5 0.4
60 + 22,066 100.0 0.3 8.8 1.6 1.2 0.3 0.0 0.0 0.0 87.4 0.3
Mulheres 293,392 100.0 0.1 10.4 1.7 3.1 0.4 0.0 0.0 0.0 83.9 0.3
15 - 19 54,396 100.0 0.1 23.8 2.5 7.4 0.4 0.0 0.0 0.0 65.3 0.6
20 - 24 49,116 100.0 0.1 13.6 2.7 5.4 0.9 0.1 0.1 0.0 76.7 0.4
25 - 29 43,924 100.0 0.2 9.9 2.0 2.7 0.5 0.1 0.1 0.0 84.3 0.4
30 - 39 59,103 100.0 0.2 7.7 1.6 1.6 0.3 0.1 0.0 0.0 88.3 0.2
40 - 49 35,335 100.0 0.2 3.8 0.7 0.4 0.1 0.0 0.0 0.0 94.5 0.2
50 - 59 25,003 100.0 0.2 1.8 0.3 0.2 0.1 0.0 0.0 0.0 97.3 0.1
60 + 26,515 100.0 0.1 0.9 0.2 0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 98.6 0.1

O Quadro 7.3 mostra as taxas de escolarização bruta e líquida. A primeira calcula-se


dividindo o total de alunos de um determinado nível de ensino (independentemente da idade)
pela população do grupo etário correspondente à idade oficial para o referido nível. Para
calcular a segunda, divide-se o total de alunos cuja idade coincide com a idade oficial para o
nível pela população do grupo etário correspondente a esse nível. Estas são as medidas mais
comuns para estimar o desenvolvimento quantitativo do sistema educativo.

Como se pode observar no Quadro 7.3 a taxa bruta de escolarização do Ensino Primário do
1º Grau ultrapassa os 100%. Esta situação denota a existência de um elevado número de
pessoas com idades superiores a 10 anos no EP1, que é a idade mínima para terminar este
nível com sucesso, ou seja, sem nenhuma reprovação. Portanto, a entrada tardia na escola,
a reprovação e desistência podem estar relacionadas a este fenómeno. Na área urbana, a
taxa bruta de escolarização do EP2 também é maior que 100%, revelando a existência de
pessoas com mais de 12 anos frequentando aquele nível de ensino.

QUADRO 7.3 TAXAS DE ESCOLARIZAÇÃO POR SEXO SEGUNDO ÁREA DE


RESIDÊNCIA E NÍVEL DE ENSINO. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Taxas de escolarização (por 100 pessoas)
Nível e área Bruta Líquida
de residência Total Homens Mulheres Total Homens Mulheres
Total
Ensino Primário 1º Grau 122.3 128.3 116.5 66.9 68.1 65.7
Ensino Primário 2º Grau 91.5 108.6 74.3 10.4 10.7 10.1
Ensino Secundário 1º Ciclo 43.7 55.2 31.6 5.8 6.0 5.6
Ensino Secundário 2º Ciclo 15.2 21.3 9.2 1.0 1.1 0.8
Ensino Técnico 0.8 1.1 0.5 0.3 0.4 0.3
Ensino Superior 0.7 1.2 0.4 0.3 0.4 0.2
Urbana
Ensino Primário 1º Grau 131.4 132.5 130.3 79.2 78.9 79.5
Ensino Primário 2º Grau 146.2 158.9 133.7 20.3 20.3 20.2
Ensino Secundário 1º Ciclo 93.9 110.7 77.1 13.0 12.8 13.2
Ensino Secundário 2º Ciclo 38.4 51.2 25.5 2.5 2.7 2.4
Ensino Técnico 2.5 3.3 1.7 1.1 1.3 0.9
Ensino Superior 2.1 3.0 1.2 0.8 1.1 0.5
Rural
Ensino Primário 1º Grau 119.5 126.9 112.2 63.0 64.7 61.4
Ensino Primário 2º Grau 72.1 91.2 52.8 6.9 7.4 6.4
Ensino Secundário 1º Ciclo 24.9 35.1 14.0 3.1 3.6 2.6
Ensino Secundário 2º Ciclo 5.4 8.4 2.4 0.3 0.5 0.2
Ensino Técnico 0.1 0.2 0.1 0.0 0.0 0.0
Ensino Superior 0.1 0.2 0.0 0.0 0.1 0.0

Dum modo geral, as taxas revelam-se mais elevadas nas áreas urbanas que nas rurais e
tendem a baixar quando se passa de um nível determinado para outro imediatamente
superior. Assim, as baixas taxas de escolarização para os níveis secundário e superior
reflectem o baixíssimo acesso a estes níveis de ensino.
Por fim, embora os homens apresentem melhores indicadores educacionais, a taxa líquida
de escolarização aponta para diferença relativamente menor entre os sexos.
8. LÍNGUAS

A diversidade linguística de Moçambique é uma das principais características culturais. Ainda


que a língua portuguesa seja a língua oficial do País, existe uma enorme diversidade de
idiomas. Para a maioria da população estes idiomas nacionais constituem a sua língua materna
e a mais utilizada na comunicação diária.

Segundo o Quadro 8.1, as línguas maternas mais frequentes entre a população da província de
Manica são Cindau (26.9%) e Chitwe (22.6%). Estas, constituem as duas línguas maternas
para cerca de metade da população de 5 e mais anos de idade, seguidas de Cisena (13.3%) e
Cimanika (11.8%). Esta tendência do Cindau ser a língua materna da maioria da população,
não apresenta variação significativa de acordo com a idade. Contrariamente, a língua
portuguesa, a sexta lingua materna na população da província de Manica com 5.7%, é mais
expressiva na população jovem com idade ente 5 e 19 anos (7.6%). Esta proporção baixa
consideravelmente à medida que a idade aumenta, chegando a atingir 1.5% entre as pessoas
de 50 e mais anos de idade.

QUADRO 8.1 PERCENTAGEM DA POPULAÇÃO DE 5 ANOS E MAIS POR GRANDES


GRUPOS DE IDADE SEGUNDO A LÍNGUA MATERNA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Grupos de idade
Linguua materna Total 5-19 20-49 50+
N 1,131,269 556,412 459,737 115,120
Total 100.0 100.0 100.0 100.0
Português 5.7 7.6 4.4 1.5
Cindau 26.9 24.9 27.8 32.7
Chitwe 22.6 25.0 20.7 18.4
Cimanika 11.8 11.8 12.3 9.8
Cisena 13.3 12.2 14.0 15.9
Cinyungwe 5.4 4.9 5.8 6.3
Chibalke 9.1 9.8 8.4 8.2
Outras Línguas Moçambicanas 3.9 2.5 5.0 5.5
Outras Línguas Estrangeiras 0.2 0.1 0.4 0.2
Nenhuma 0.0 0.0 0.0 0.0
Mudos 0.0 0.0 0.0 0.0
Desconhecida 1.1 1.0 1.3 1.3

O Quadro 8.2 mostra a distribuição percentual da população de 5 anos e mais por grupos de
idade, segundo a língua que fala com mais frequência em casa. Os dados são similares aos do
Quadro 8.1, onde nota-se que a maioria da população tem o Cindau como a língua que fala
com maior frequência em casa (26.3%), sem no entanto, apresentar variação significativa de
acordo com a idade.
QUADRO 8.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 5 ANOS E
MAIS POR GRANDES GRUPOS DE IDADE SEGUNDO A LÍNGUA QUE FALA
COM MAIS FREQUÊNCIA EM CASA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Língua que fala com mais frequencia em Grupos de idade


casa Total 5-19 20-49 50+
N 1,131,269 556,412 459,737 115,120
Total 100.0 100.0 100.0 100.0
Português 9.2 9.4 10.3 3.9
Cindau 26.3 24.9 26.6 31.7
Chitwe 23.0 24.5 21.6 21.2
Cimanika 11.8 11.5 12.5 10.8
Cisena 11.7 11.7 11.3 13.1
Cinyungwe 4.7 4.7 4.6 5.3
Chibalke 10.0 10.4 9.5 9.8
Outras Línguas Moçambicanas 2.2 1.9 2.4 3.2
Outras Línguas Estrangeiras 0.2 0.1 0.2 0.2
Nenhuma 0.0 0.0 0.0 0.0
Mudos 0.0 0.0 0.0 0.0
Desconhecida 0.9 0.9 0.9 0.8

O Quadro 8.3 mostra a distribuição da população por língua materna e por língua falada com
mais frequência em casa e área de residência segundo as línguas seleccionadas. Os dados
mostram que na área urbana, a maioria da população tem como língua materna o Chitwe
(30.4%) e fala com maior frequencia em casa a lingua portuguesa (31.3%). Contrariamente,
na área rural, a mioria da população, aprendeu a falar em Cindau (34.2%) e usa com maior
frequencia a mesma língua na comunicação diária.
QUADRO 8.3 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 5 ANOS E MAIS POR
LÍNGUA MATERNA E POR LÍNGUA FALADA COM MAIS FREQUENCIA EM CASA E ÁREA
DE RESIDENCIA SEGUNDO LÍNGUA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Lingua que fala com maior


Lingua materna frequência em casa
Língua Total Urbano Rural Total Urbano Rural
N 1,131,269 293,924 837,345 1,131,269 293,924 837,345
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Português 5.7 16.7 1.8 9.2 31.3 1.4
Cindau 26.9 6.0 34.2 26.3 3.8 34.1
Chitwe 22.6 30.4 19.9 23.0 27.9 21.2
Cimanika 11.8 12.4 11.6 11.8 12.3 11.7
Cisena 13.3 14.1 13.0 11.7 10.9 12.0
Cinyungwe 5.4 5.9 5.3 4.7 4.2 4.9
Chibalke 9.1 6.3 10.0 10.0 6.3 11.3
Outras Línguas Moçambicanas 3.9 6.6 2.9 2.2 2.1 2.3
Outras Línguas Estrangeiras 0.2 0.4 0.2 0.2 0.3 0.1
Nenhuma 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0
Mudos 0.0 0.1 0.0 0.0 0.1 0.0
Desconhecida 1.1 1.1 1.1 0.9 0.8 1.0

O Quadro 8.4 mostra que a maioria da população de 5 anos e mais em Manica sabe falar
português (54.2%). A percentagem é mais elevada entre os homens do que entre as mulheres
(65.5% contra 44.0%, respectivamente). Entre as crianças (5 a 9 anos), as proporções são um
pouco menores que entre os jovens e adultos (10 a 44 anos), neste grupo populacional, mais
de metade da população sabe falar Português. Como seria de esperar, entre as pessoas idosas
as percentagens são mais baixas, especialmente entre as mulheres onde a partir dos 60 anos a
proporção das que sabem falar português é inferior a 10%. Isto pode estar relacionado ao
facto de que estas pessoas, na sua maioria, não tiveram uma educação formal, principal fonte
de aprendizagem do português

Os dados mostram também que a maior parte da população que sabe falar português reside na
área urbana (85.7%). Na área rural, apenas 43.2% da população sabe falar português. O
principal determinante deste diferencial parece ser a maior proporção de pessoas com
educação formal nas áreas urbanas do que nas rurais. Entretanto, o maior nível de
heterogeneidade étnica das áreas urbanas, causado pela imigração que, por sua vez, resulta em
uma maior interacção entre pessoas com línguas diferentes, também pode explicar esta
diferença. Pessoas com línguas diferentes tendem a encontrar uma língua comum, na qual
possam se comunicar, neste caso tem sido o português.
QUADRO 8.4 TAXAS ESPECÍFICAS DE CONHECIMENTO DA LÍNGUA
PORTUGUESA (PERCENTAGEM) DA POPULAÇÃO DE 5 ANOS E MAIS
POR SEXO. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007
Sabe falar português
Idades Total Homens Mulheres
Total 54.2 65.5 44.0
5-9 36.9 37.6 36.3
10 - 14 71.3 73.0 69.6
15 - 19 75.3 84.0 66.9
20 - 24 64.1 80.9 50.7
25 - 29 55.9 73.9 40.8
30 - 34 52.6 70.0 37.3
35 - 39 49.0 68.2 33.2
40 - 44 50.1 73.5 30.3
45 - 49 46.6 72.2 22.7
50 - 54 38.2 66.5 15.6
55 - 59 35.6 59.3 13.4
60 - 64 28.0 51.2 9.8
65 - 69 24.4 42.9 7.5
70 - 74 18.8 35.3 6.5
75 - 79 16.8 29.9 5.8
80 + 14.6 26.2 4.6
Urbana 85.7 90.9 80.4
Rural 43.2 55.9 32.1

Nota: Os cálculos excluem os desconhecidos em


relação ao conhecimento da língua portuguesa

Comparativamente aos dados do Censo de 1997, o número de pessoas de 5 e mais anos de


idade que sabem falar português, aumentou em Manica em ambos os sexos, sendo o aumento
mais significativo entre a população feminina onde passou de 2784% para 44.0%
respectivamente em 1997 e em 2007

O Gráfico 8.1 mostra a distribuição da população que sabe falar português segundo a idade e
sexo. De igual modo, o padrão da distribuição da população que fala português na província
de Manica, é similar ao de 1997. A percentagem mais elevada regista-se entre as pessoas mais
jovens e, vai decrescendo à medida que a idade aumenta, principalmente nas mulheres.
GRÁFICO 8.1 TAXAS ESPECÍFICAS DE CONHECIMENTO DA LÍNGUA PORTUGUESA DA
POPULAÇÃO DE 5 ANOS E MAIS POR SEXO, SEGUNDO IDADE.
PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

9. NACIONALIDADE E TIPO SOMÁTICO/ORIGEM

Segundo o Censo 2007, dos 1,412,248 habitantes da Província de Manica 1,396,265 são de
nacionalidade moçambicana; 13,225 são estrangeiros e 2,758 de nacionalidades
desconhecidas. Em outras palavras, apenas 0.9% da população da Província de Manica é
estrangeira.

O Gráfico 9.1, mostra a distribuição percentual da população desta Província por cidadania
estrangeira. A maioria dos estrangeiros são de nacionalidades Africanas. Sendo a maioria de
nacionalidade Malawiana (32.5%) e Zimbabweana (25.4%). Destacam-se tambem as Outras
nacionalidades Africanas, sem incluir a África Austral que representam 12.0%.
GRÁFICO 9.1 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃOPOR
NACIONALIDADE ESTRANGEIRA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

O Gráfico 9.2 mostra a distribuição da população da província de Manica segundo tipo


somático/origem. A vasta maioria da população (99.4%) é negra. Em termos absolutos, este
grupo corresponde a 1,404,320 pessoas. A população não negra da Província de Manica é de
7,871 pessoas, o que representa 0.6% do total. O mesmo gráfico apresenta também a
distribuição percentual por tipo somático/origem deste último grupo, no qual a população
mestiça (0.15%) se destaca.
GRÁFICO 9.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO POR TIPO
SOMÁTICO/ORIGEM. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

QUADRO 9.1 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO POR TIPO


SOMÁTICO/ORIGEM, SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA. PROVÍNCIA DE MANICA,
2007

Área de Grupo somático/origem


residência
Total Negra Mestiça Branca Indiana Paquistanêsa Outra Desconh.
Urbana 100 99.0 0.43 0.07 0.11 0.01 0.04 0.33

Rural 100 99.6 0.05 0.02 0.01 0.00 0.03 0.30

O Quadro 9.1, mostra a mesma informação desagregada segundo as áreas de residência,


urbana e rural. De acordo com os resultados apresentados, na província de Manica, tanto na
área urbana (99.0%) quanto na área rural (99.6%) a maioria da população é de raça negra. A
população mestiça está em segundo lugar, sendo de 0.43% na área urbano e 0.05 % na área
rural.
10. RELIGIÃO

Para fins do 3o Censo da População e Habitação, consideraram-se todas as religiões ou


crenças independentemente de estarem ou não registadas legalmente ou organizadas. A
pergunta foi directa “Qual é a sua religião ou crença?”, com seis opções de resposta, mais
uma Outra opção aberta que tinha de ser preenchida de acordo com a resposta do recenseado.
Esta pergunta foi feita a toda a população. Em casos de dúvidas sobre a religião dos menores
de idade foi registada aquela declarada por um dos pais.

As religiões foram agrupadas da seguinte forma:


i) Católica, inclui os Católicos Romanos assim como algumas subdivisões; ii) Anglicana,
inclui todas as facções ligadas a religião Anglicana; iii) Islâmica, inclui Muçulmanos e os
crentes do Congresso Islâmico Sunita, do Conselho Islâmico Shiíta, Comunidade Ismaelita,
etc.; iv) Sião/Zione, inclui todas as facções ligadas a religião Sião; v) Evangélica/Pentecostal,
inclui as Igrejas Adventistas, Apostólicas, Baptistas, Evangélicas, Luteranas, Metodistas,
Presbiterianas, etc.; vi) Outras, inclui Judaicos, Hindus, Budistas, Ortodoxas Grega e Russa,
assim como várias religiões que não tinham categorias específicas, como os cristãos
indeterminados, etc.; vii) Nenhuma ou Sem Religião, inclui todas as pessoas que declararam
não professar uma religião, incluindo aquelas que disseram que são animistas, ateus ou
agnósticos; viii) Desconhecida, inclui todas as religiões que até ao momento censitários eram
desconhecidas.

O Gráfico 10.1 mostra a distribuição percentual da população de Manica por religião ou


crença professada. Nesta província, maior parte da população é Sem Religião (36.3%), a
religião Sião/Zione é professada por 30.6% e ocupa o primeiro lugar seguida da
Evangélica/Pentecostal (19.0%). A religião Católica com 9.6% ocupa o terceiro lugar. A
população que professa a religião Islâmica representa menos de um por cento da população de
Manica. E desta, maior parte é da zona urbana (2.4%). Os que professam alguma religião
Desconhecida ou Não especificada representa menos de um por cento da população de
Manica. Com excepção da religião Sião/Zione que é professada maioritariamente pela
população rural, todas as restantes são professadas predominantemente pela população
urbana.
GRÁFICO 10.1 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO POR RELIGIÃO
SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Uma análise comparativa da distribuição da população por religião segundo Sexo pode ser
vista no Quadro 10.1. De acordo com este quadro, os homens e as mulheres tendem a
professar na mesma proporção as religiões Católica ou Anglicana. Dentre a população Sem
Religião, o Quadro 10.1 mostra que a proporção dos homens é maior que a das mulheres.

QUADRO 10.1 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO POR RELIGIÃO


SEGUNDO SEXO E ÁREA DE RESIDÊNCIA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

RELIGIÃO
ÁREA DE DESCO
RESIDENCIA ZIONE/ CATÓL EVANGÉLICA/ SEM ISLA ANGLI NHECI
E SEXO N TOTAL SIÃO ICA PENTECOSTAL RELIGIAO OUTRA MICA CANA DA
TOTAL 1,412,248 100.0 30.6 9.6 19.0 36.3 2.4 0.9 0.8 0.5
Homens 677,523 100.0 29.0 9.7 18.4 38.4 2.4 1.0 0.8 0.4
Mulheres 734,725 100.0 32.2 9.5 19.5 34.4 2.3 0.8 0.8 0.5
URBANA 357,206 100.0 27.5 17.6 24.2 22.0 4.7 2.4 1.2 0.4
RURAL 1,055,042 100.0 31.7 6.9 17.2 41.1 1.6 0.4 0.6 0.5
11. PESSOAS PORTADORAS DE DEFICIÊNCIA

Segundo a convenção das Nações Unidas, pessoas com deficiência são aquelas que tem
impedimentos de natureza física, intelectual ou sensorial, os quais, em interacção com
diversas barreiras, podem obstruir sua participação plena e efectiva na sociedade como as
demais pessoas.

Os dados sobre pessoas portadoras de deficiência foram recolhidos através de duas perguntas
de múltipla escolha, sendo a primeira sobre os tipos de deficiências e a segunda sobre as
causas da deficiência. Os resultados mostram que na Província de Manica há 23,537 pessoas
portadoras de deficiência, das quais 12,984 do sexo masculino e 10,553 do sexo feminino. O
número total de pessoas portadoras de deficiência diminuiu em 1.7% em comparação com os
resultados do Censo de 1997. Do total das pessoas portadoras de deficiência 1,747 são cegos,
2,797 são surdos, 3,064 tem braços amputados ou atrofiados, 6,188 tem pernas amputadas
ou atrofiadas, 1,304 tem paralisia, 2,036 são doentes mental e 6,951 tem outro tipo de
deficiência. As pessoas com mais de uma deficiências são contabilizadas em todas as
categorias da sua deficiência, ou seja, se uma pessoa é cega e tem braço amputado ou
atrofiado é contabilizada no grupo dos cegos e no grupo dos que tem braço amputado ou
atrofiado.

O Quadro 11.1 mostra as taxas específicas de deficiência por sexo e índice de masculinidade
entre as pessoas portadoras de deficiência segundo idade para a Província de Manica, área
urbana e área rural, respectivamente. A Taxa específica de deficiência é o quociente entre o
total de pessoas portadoras de deficiência e população total na respectiva faixa etária,
multiplicado por 100 mil. Esta taxa representa o número de deficientes em cada 100 mil
habitantes.

A taxa global é de 1,666.6 por 100 mil habitantes sendo maior nos homens (1,916.4) em
relação as mulheres (1,436.3). Esta diferença pode estar relacionada com o facto de os
homens estarem mais expostos a actividades de risco.

A taxa específica e o índice de masculinidade apresentam mesmo comportamento quer nas


zonas urbanas como nas zonas rurais. Globalmente, as taxas específicas aumentam com a
idade, visto que em idade avançada as pessoas são mais expostas a factores de risco e por isso
apresentam maior probabilidade de contrair uma deficiência.

O índice de masculinidade apresenta valores superiores a 100, com a excepção da faixa de 70


a 74 anos que apresenta a taxa mais baixa (86.2). O valor mais altos do índice de
masculinidade é de 146.5 e ocorrem entre 45 a 49 anos de idade.
QUADRO 11.1 TAXAS ESPECÍFICAS DE DEFICIÊNCIA POR SEXO
SEGUNDO IDADE.PROVINCIA DE MANICA, 2007

Área de Taxas por 100 mil habitantes Índice de


residência Masculinidade
e Idade Total Homens Mulheres (*100)
Total 1,666.6 1,916.4 1,436.3 123.0
0-4 369.8 414.9 325.7 124.4
5-9 820.0 921.3 720.7 125.2
10 -14 992.2 1,070.3 913.0 118.8
15 - 19 1,155.6 1,361.2 959.7 135.2
20 - 24 1,363.9 1,606.1 1,169.9 110.0
25 - 29 1,780.7 2,141.3 1,477.2 122.0
30 - 34 2,233.2 2,596.9 1,913.1 119.5
35 - 39 2,755.0 3,305.1 2,302.3 118.2
40 - 44 3,309.9 4,123.2 2,621.0 133.3
45 - 49 4,026.8 4,948.8 3,163.5 146.5
50 - 54 4,645.4 6,053.1 3,525.6 136.6
55 - 59 5,327.7 6,277.7 4,437.8 132.5
60 - 64 5,480.1 6,474.4 4,697.4 108.5
65 - 69 6,392.3 7,693.3 5,216.1 133.3
70 - 74 7,480.8 8,239.5 6,913.1 89.2
75 - 79 7,923.6 9,251.5 6,798.6 115.3
80 + 9,991.5 10,947.0 9,176.8 101.7
Continua…
…Continuação
QUADRO 11.1 TAXAS ESPECÍFICAS DE DEFICIÊNCIA POR SEXO
SEGUNDO IDADE. PROVINCIA DE MANICA, 2007

Área de Taxas por 100 mil habitantes Índice de


residência Masculinidade
e Idade Total Homens Mulheres (*100)
Urbano 1,323.9 1,569.4 1,075.6 147.6
0-4 279.7 342.7 217.2 156.5
5-9 687.7 792.9 584.1 133.8
10 -14 773.6 921.4 629.9 142.2
15 - 19 899.3 1,076.5 723.4 147.8
20 - 24 1,118.8 1,354.6 889.6 148.0
25 - 29 1,352.0 1,594.0 1,084.3 162.6
30 - 34 1,935.2 2,180.1 1,673.8 139.0
35 - 39 2,276.7 2,637.0 1,915.9 137.8
40 - 44 2,828.9 3,510.8 2,084.4 183.9
45 - 49 3,185.9 3,824.9 2,367.9 206.7
50 - 54 4,037.4 5,040.5 2,803.7 221.1
55 - 59 4,372.7 5,107.9 3,482.8 177.5
60 - 64 5,244.5 6,182.5 4,340.3 137.3
65 - 69 6,746.5 6,937.4 6,576.0 94.3
70 - 74 7,687.3 8,983.1 6,889.4 80.3
75 - 79 7,542.6 9,322.0 6,438.9 89.8
80 + 8,300.7 8,969.5 7,835.3 79.7
Continua…
…Continuação
QUADRO 11.1 TAXAS ESPECÍFICAS DE DEFICIÊNCIA POR SEXO
SEGUNDO IDADE. PROVINCIA DE MANICA, 2007

Área de Taxas por 100 mil habitantes Índice de


residência Masculinidade
e Idade Total Homens Mulheres (*100)
Rural 1,782.7 2,041.6 1,551.3 117.6
0-4 396.0 436.2 356.9 118.8
5-9 860.2 960.5 762.1 123.2
10 -14 1,070.4 1,122.2 1,017.2 113.5
15 - 19 1,262.2 1,483.1 1,055.2 131.7
20 - 24 1,478.3 1,743.1 1,284.7 99.2
25 - 29 1,948.0 2,402.1 1,605.0 113.0
30 - 34 2,335.4 2,760.4 1,985.5 114.5
35 - 39 2,911.3 3,555.8 2,414.0 113.6
40 - 44 3,482.3 4,385.8 2,783.9 121.8
45 - 49 4,300.1 5,396.2 3,372.9 135.3
50 - 54 4,821.4 6,445.9 3,684.9 122.4
55 - 59 5,574.8 6,632.5 4,647.6 125.1
60 - 64 5,533.6 6,550.2 4,769.7 103.2
65 - 69 6,324.3 7,837.4 4,953.2 143.4
70 - 74 7,438.7 8,107.3 6,918.4 91.2
75 - 79 8,001.3 9,239.9 6,884.6 121.0
80 + 10,301.7 11,264.2 9,450.3 105.4

O Quadro 11.2 mostra as taxas específicas de deficiência por tipo de deficiência para a
Província de Manica, Zona Urbana e Zona Rural respectivamente. Em termos globais, a taxa é
mais elevada para deficientes com outro tipo de deficiência (492.2), seguido de deficientes
com perna amputada ou atrofiada (438.2). Para todas categorias de deficiência, as taxas
específicas de deficiência crescem com a idade. Este comportamento verifica se igualmente
nas zonas rural e urbano.
QUADRO 11.2 TAXAS ESPECÍFICAS DE DEFICIÊNCIA POR TIPO DE DEFICIÊNCIA
SEGUNDO IDADE. PROVINCIA DE MANICA, 2007

Área de Braço/ Perna/


residênci Amputado/ Amputada
a e Idade Cego Surdo Atrofiado /Atrofiada Paralisia Mental Outra
Total 123.6 198.1 217.0 438.2 92.3 144.2 492.2
0-4 13.5 54.5 41.3 77.2 33.5 15.7 141.6
5-9 32.5 209.4 91.8 138.1 48.1 75.8 261.1
10 - 14 45.4 229.7 108.8 173.4 50.3 116.5 304.1
15 - 19 53.6 185.0 150.8 235.3 53.6 166.2 349.9
20 - 24 70.6 198.1 159.6 331.2 67.4 201.3 369.7
25 - 29 77.4 174.4 240.7 494.4 77.4 252.8 503.7
30 - 34 89.5 185.4 307.7 678.4 98.4 261.0 653.2
35 - 39 127.4 210.2 396.5 818.5 132.2 265.9 844.0
40 - 44 155.9 245.0 505.6 1,015.7 164.8 245.0 1,020.2
45 - 49 293.9 269.4 622.2 1,237.0 227.8 183.7 1,271.2
50 - 54 319.9 341.9 730.8 1,436.6 307.4 260.3 1,333.1
55 - 59 542.5 404.8 769.2 1,688.2 287.4 255.1 1,461.5
60 - 64 643.4 267.2 807.0 1,608.6 332.6 212.7 1,674.0
65 - 69 900.3 527.3 752.4 2,051.4 411.6 218.6 1,652.7
70 - 74 1,412.9 679.1 887.2 2,004.4 427.2 230.0 1,949.6
75 - 79 1,277.1 700.4 878.9 2,293.3 700.4 219.7 2,018.7
80 + 2,950.1 1,116.9 655.6 2,403.8 619.2 291.4 2,282.4
Continua…
…Continuação
QUADRO 11.2 TAXAS ESPECÍFICAS DE DEFICIÊNCIA POR TIPO DE DEFICIÊNCIA
SEGUNDO IDADE. PROVINCIA DE MANICA, 2007

Área de Braço/ Perna/


residência Amputado Amputada
e Idade Cego Surdo /Atrofiado /Atrofiada Paralisia Mental Outra
Urbano 75.3 121.8 141.7 358.1 101.1 164.1 399.8
0-4 4.7 26.9 23.7 66.4 41.1 11.1 113.8
5-9 21.0 131.8 70.7 120.4 63.0 103.2 223.5
10 - 14 29.0 149.3 68.4 141.0 47.7 126.5 265.5
15 - 19 36.5 121.0 95.9 146.1 43.4 168.9 315.0
20 - 24 45.4 118.4 90.7 282.2 68.0 226.8 315.0
25 - 29 29.9 152.8 159.4 365.4 46.5 279.0 355.4
30 - 34 39.5 138.2 207.3 612.2 143.2 281.4 552.9
35 - 39 122.9 116.4 284.6 730.9 97.0 297.5 685.6
40 - 44 135.1 152.0 346.2 836.0 211.1 320.9 844.5
45 - 49 209.7 109.9 499.4 1,038.6 229.7 159.8 1,008.7
50 - 54 209.6 181.6 502.9 1,383.1 433.1 279.4 1,117.6
55 - 59 433.3 256.1 512.1 1,496.9 374.2 197.0 1,162.1
60 - 64 589.3 117.9 500.9 1,650.0 530.3 383.0 1,473.2
65 - 69 479.0 319.4 598.8 2,395.2 638.7 239.5 2,155.7
70 - 74 1,227.4 387.6 839.8 1,938.0 710.6 387.6 2,325.6
75 - 79 1,378.8 324.4 567.7 2,352.0 1,541.0 162.2 1,622.1
80 + 2,270.9 626.5 313.2 2,349.3 1,018.0 156.6 1,801.1
Continua…
…Continuação
QUADRO 11.2 TAXAS ESPECÍFICAS DE DEFICIÊNCIA POR TIPO DE DEFICIÊNCIA
SEGUNDO IDADE. PROVINCIA DE MANICA, 2007

Área de Braço/ Perna/


residência Amputado Amputada
e Idade Cego Surdo /Atrofiado /Atrofiada Paralisia Mental Outra
Rural 139.9 223.9 242.5 465.3 89.4 137.4 523.5
0-4 16.1 62.5 46.4 80.4 31.2 17.0 149.7
5-9 36.0 233.1 98.2 143.6 43.6 67.4 272.6
10 - 14 51.3 258.5 123.3 185.0 51.3 112.9 317.9
15 - 19 60.7 211.6 173.7 272.4 57.9 165.1 364.4
20 - 24 82.3 235.2 191.7 354.0 67.0 189.3 395.2
25 - 29 96.0 182.9 272.4 544.7 89.5 242.5 561.6
30 - 34 106.7 201.5 342.1 701.1 83.0 254.0 687.6
35 - 39 128.9 240.8 433.1 847.2 143.7 255.6 895.8
40 - 44 163.4 278.3 562.7 1,080.1 148.2 217.8 1,083.1
45 - 49 321.3 321.3 662.1 1,301.4 227.2 191.5 1,356.6
50 - 54 351.9 388.3 796.8 1,452.1 271.0 254.8 1,395.5
55 - 59 570.7 443.3 835.7 1,737.7 265.0 270.1 1,538.9
60 - 64 655.7 301.1 876.5 1,599.2 287.7 174.0 1,719.6
65 - 69 981.2 567.3 781.9 1,985.4 368.0 214.6 1,556.2
70 - 74 1,450.8 738.6 896.9 2,017.9 369.3 197.8 1,872.9
75 - 79 1,256.4 777.0 942.3 2,281.4 529.0 231.4 2,099.5
80 + 3,074.7 1,206.9 718.4 2,413.8 546.0 316.1 2,370.7

O quadro 11.3 mostra a distribuição percentual dos tipos de deficiência para a Província de
Manica, Zona Urbana e Zona Rural respectivamente. A maioria dos deficientes contraiu a
deficiência por doença seguido de deficientes que a contraíram à nascença.
QUADRO11.3 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS TIPOS DE DEFICIÊNCIA,
SEGUNDO CAUSA DE DEFICIÊNCIA. PROVINCIA DE MANICA, 2007
Tipo de deficiência
Área de residência, Braço/ Perna/
Sexo e causa da Amputado/ Amputada/
deficiência Cego Surdo Atrofiado Atrofiada Paralisia Mental Outras
N 1,745.0 2,797.0 3,064.0 6,188.0 1,304.0 2,036.0 6,951.0
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
À nascença 10.8 36.1 15.4 20.2 17.5 29.9 15.6
Doença 71.7 54.2 25.8 35.2 70.9 57.9 47.0
Minas/guerra 1.4 1.1 7.5 9.4 1.0 0.3 2.6
Serviço militar 2.3 1.1 7.6 6.7 1.1 1.4 2.8
Acidente de trabalho 4.1 0.4 21.9 12.0 1.6 0.7 4.6
Acidente de viação 0.7 0.4 10.2 8.9 2.0 1.2 3.4
Outras 8.9 6.6 11.7 7.6 6.0 8.6 23.9
Homens 872.0 1,408.0 1,913.0 3,681.0 668.0 1,253.0 3,503.0
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
À nascença 11.1 37.0 13.9 19.0 18.3 27.6 16.8
Doença 66.9 52.1 20.3 26.2 67.1 58.4 40.5
Minas/guerra 2.2 1.3 8.9 11.8 1.8 0.5 3.9
Serviço militar 4.5 2.1 11.1 10.2 1.8 2.0 5.0
Acidente de trabalho 5.8 0.6 23.0 14.5 2.7 0.8 6.5
Acidente de viação 1.0 0.6 11.7 11.1 3.1 1.6 5.2
Outras 8.5 6.4 11.1 7.2 5.2 9.1 22.2
Mulheres 126.0 194.0 178.0 455.0 160.0 213.0 643.0
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
À nascença 10.5 35.3 17.8 21.9 16.7 33.6 14.5
Doença 76.6 56.4 34.8 48.3 74.8 57.0 53.7
Minas/guerra 0.6 0.9 5.3 5.9 0.2 0.0 1.2
Serviço militar 0.2 0.1 1.7 1.5 0.3 0.4 0.5
Acidente de trabalho 2.4 0.2 20.2 8.4 0.5 0.5 2.8
Acidente de viação 0.3 0.1 7.6 5.7 0.8 0.6 1.7
Outras 9.3 6.9 12.6 8.2 6.8 7.9 25.6
Continua…
…Continuação
QUADRO11.3 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS TIPOS DE DEFICIÊNCIA,
SEGUNDO CAUSA DE DEFICIÊNCIA. PROVINCIA DE MANICA, 2007
Tipo de deficiência
Área de residência, Braço/ Perna/
Sexo e causa da Amputado/ Amputada/
deficiência Cego Surdo Atrofiado Atrofiada Paralisia Mental Outras
N 269.0 435.0 506.0 1,279.0 361.0 586.0 1,428.0
Urbano 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
À nascença 14.1 37.0 20.8 24.0 19.1 27.5 18.8
Doença 67.3 49.0 21.3 29.2 66.8 58.7 44.4
Minas/guerra 1.5 0.9 9.9 10.4 0.6 0.3 2.9
Serviço militar 2.6 2.8 6.5 7.1 1.4 1.7 3.0
Acidente de trabalho 3.7 0.2 14.2 8.4 1.7 0.3 3.7
Acidente de viação 0.4 0.7 12.6 13.1 1.7 1.5 5.1
Outras 10.4 9.4 14.6 7.8 8.9 9.9 22.1
Homens 143.0 241.0 328.0 824.0 201.0 373.0 785.0
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
À nascença 14.7 36.5 18.0 21.8 21.9 23.9 19.2
Doença 60.8 48.5 16.5 21.5 64.7 59.0 37.8
Minas/guerra 2.8 0.8 12.2 12.1 1.0 0.5 3.9
Serviço militar 4.9 5.0 10.1 10.2 2.0 2.7 5.1
Acidente de trabalho 6.3 0.0 14.3 10.7 2.5 0.5 5.2
Acidente de viação 0.7 1.2 14.9 16.3 2.5 1.9 7.4
Outras 9.8 7.9 14.0 7.4 5.5 11.5 21.3
Mulheres 126.0 194.0 178.0 455.0 160.0 213.0 643.0
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
À nascença 13.5 37.6 25.8 27.9 15.6 33.8 18.2
Doença 74.6 49.5 30.3 43.3 69.4 58.2 52.4
Minas/guerra 0.0 1.0 5.6 7.3 0.0 0.0 1.6
Serviço militar 0.0 0.0 0.0 1.5 0.6 0.0 0.5
Acidente de trabalho 0.8 0.5 14.0 4.2 0.6 0.0 1.9
Acidente de viação 0.0 0.0 8.4 7.3 0.6 0.9 2.3
Outras 11.1 11.3 15.7 8.6 13.1 7.0 23.2
Continua…
…Continuação
QUADRO11.3 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS TIPOS DE DEFICIÊNCIA,
SEGUNDO CAUSA DE DEFICIÊNCIA. PROVINCIA DE MANICA, 2007
Tipo de deficiência
Área de residência, Braço/ Perna/
Sexo e causa da Amputado/ Amputada/
deficiência Cego Surdo Atrofiado Atrofiada Paralisia Mental Outras
N 1,476.0 2,362.0 2,558.0 4,909.0 943.0 1,450.0 5,523.0
Rural 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
À nascença 10.2 36.0 14.3 19.1 16.9 30.9 14.8
Doença 72.6 55.2 26.7 36.7 72.4 57.5 47.7
Minas/guerra 1.4 1.1 7.1 9.2 1.2 0.3 2.5
Serviço militar 2.3 0.8 7.8 6.6 1.0 1.2 2.7
Acidente de trabalho 4.2 0.4 23.5 13.0 1.6 0.8 4.9
Acidente de viação 0.7 0.3 9.7 7.8 2.1 1.1 3.0
Outras 8.6 6.1 11.1 7.6 4.9 8.1 24.4
Homens 729.0 1,167.0 1,585.0 2,857.0 467.0 880.0 2,718.0
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
À nascença 10.4 37.1 13.1 18.1 16.7 29.2 16.0
Doença 68.0 52.8 21.1 27.6 68.1 58.2 41.3
Minas/guerra 2.1 1.4 8.2 11.7 2.1 0.5 3.9
Serviço militar 4.4 1.5 11.3 10.2 1.7 1.7 4.9
Acidente de trabalho 5.8 0.7 24.8 15.6 2.8 0.9 6.8
Acidente de viação 1.1 0.5 11.0 9.6 3.4 1.5 4.5
Outras 8.2 6.1 10.5 7.1 5.1 8.1 22.5
Mulheres 747.0 1,195.0 973.0 2,052.0 476.0 570.0 2,805.0
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
À nascença 10.0 34.9 16.3 20.6 17.0 33.5 13.7
Doença 77.0 57.6 35.7 49.5 76.7 56.5 53.9
Minas/guerra 0.7 0.8 5.2 5.6 0.2 0.0 1.1
Serviço militar 0.3 0.2 2.1 1.5 0.2 0.5 0.5
Acidente de trabalho 2.7 0.2 21.3 9.4 0.4 0.7 3.0
Acidente de viação 0.4 0.2 7.4 5.4 0.8 0.5 1.5
Outras 9.0 6.2 12.0 8.1 4.6 8.2 26.2

12. ORFANDADE

A orfandade neste capítulo é definida pela perda, por morte, de um dos progenitores (pai ou
mãe) ou de ambos (pai e mãe). São considerados órfãos maternos os que perderam a mãe,
órfãos paternos os que perderam o pai e órfãos de ambos os que perderam ambos os
progenitores, isto é, mãe e pai. De notar que são considerados todos os órfãos,
independentemente das causas da morte dos respectivos progenitores.
.
Os quadros 12.1 a 12.3 mostram a distribuição percentual de crianças de 0 a 17 segundo
condição de orfandade materna e/ou paterna ou ainda de ambos.

Os dados revelam que cerca de 6% de crianças desse grupo etário, de ambos os sexos, são
órfãos de mãe. A percentagem de órfãos paternos (13.0%) é mais do que o dobro da de órfãos
maternos, o que é consistente com o facto de a mortalidade adulta ser mais elevada entre os
homens que entre as mulheres. A percentagem de crianças que perderam ambos os
progenitores é de 2.9%.

De um modo geral, não há diferenciação da orfandade de acordo o sexo. As proporções de


crianças órfãs do sexo masculino são semelhantes às proporções de crianças órfãs do sexo
feminino, quer para os órfãos maternos, paternos bem como para os órfãos de ambos os
progenitores.

A proporção de crianças órfãs vai aumentando com o avanço da idade. Relativamente a órfãos
maternos, a percentagem varia de 0.4% (correspondente a menores de 1 ano) a 14.2% (para
as crianças de 17 anos de idade). E para os órfãos paternos, a percentagem varia de 2.2% em
crianças menores de 1 ano a 28.3% entre as crianças de 17 anos de idade .
QUADRO 12.1 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 0 A 17 ANOS POR IDADES SIMPLES SEGUNDO CONDIÇÃO DE
ORFANDADE MATERNA E SEXO. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Condição de
orfandade e
sexo Total 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
TOTAL
N 780,130 58,186 52,359 56,381 56,616 57,437 43,807 53,308 47,464 40,924 38,896 42,829 34,691 39,545 33,637 32,130 34,130 29,408 28,382
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Não órfão 94.1 98.4 98.8 98.6 98.0 97.2 96.7 95.7 95.2 94.1 93.6 92.3 91.6 89.9 89.3 88.2 87.4 85.5 85.2
Órfão de mãe 5.5 0.4 0.8 1.1 1.6 2.4 3.0 3.9 4.5 5.5 6.0 7.3 8.1 9.7 10.2 11.3 12.2 13.9 14.2
Não sabe 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1 0.0 0.0 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1
Desconhecido 0.4 1.2 0.4 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.4 0.5 0.5 0.4 0.5 0.5
HOMENS
N 388,421 28,718 26,189 27,792 27,748 28,367 21,912 26,371 23,442 20,150 19,162 21,373 17,120 20,112 16,923 16,501 17,747 14,751 14,043
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Não órfão 94.1 98.5 98.8 98.7 98.1 97.1 96.8 96.0 95.2 94.3 93.7 92.4 91.7 89.6 89.5 88.2 87.3 85.8 85.3
Órfão de mãe 5.5 0.4 0.8 1.0 1.6 2.5 2.8 3.7 4.5 5.3 5.9 7.2 8.0 10.0 10.1 11.3 12.2 13.7 14.1
Não sabe 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1 0.0 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1 0.1
Desconhecido 0.4 1.2 0.4 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.3 0.4 0.3 0.5 0.4 0.5 0.5
MULHERES
N 391,709 29,468 26,170 28,589 28,868 29,070 21,895 26,937 24,022 20,774 19,734 21,456 17,571 19,433 16,714 15,629 16,383 14,657 14,339
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Não órfão 94.0 98.4 98.9 98.5 98.0 97.3 96.5 95.4 95.2 93.9 93.5 92.3 91.4 90.3 89.1 88.2 87.4 85.2 85.2
Órfão de mãe 5.5 0.4 0.8 1.2 1.7 2.3 3.1 4.2 4.5 5.7 6.2 7.4 8.2 9.3 10.2 11.2 12.1 14.1 14.2
Não sabe 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.0 0.1
Desconhecido 0.4 1.2 0.4 0.3 0.4 0.3 0.4 0.4 0.3 0.3 0.2 0.3 0.4 0.3 0.6 0.5 0.5 0.6 0.5
QUADRO 12.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 0 A 17 ANOS POR IDADES SIMPLES SEGUNDO CONDIÇÃO DE
ORFANDADE PATERNA E SEXO. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Condição de
orfandade e
sexo Total 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
TOTAL
N 780,130 58,186 52,359 56,381 56,616 57,437 43,807 53,308 47,464 40,924 38,896 42,829 34,691 39,545 33,637 32,130 34,130 29,408 28,382
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Não órfão 86.4 96.7 95.9 94.8 93.7 92.0 90.8 88.8 87.4 86.1 85.1 82.3 81.1 78.7 77.8 75.6 73.8 71.8 70.9
Órfão de pai 13.0 2.2 3.8 4.8 5.9 7.6 8.8 10.7 12.1 13.5 14.4 17.1 18.3 20.5 21.3 23.5 25.4 27.2 28.3
Não sabe 0.3 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.3 0.3 0.3 0.4 0.4 0.3 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.3
Desconhecido 0.3 0.9 0.2 0.1 0.2 0.2 0.1 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.4 0.5 0.5 0.4 0.6 0.5
HOMENS
N 388,421 28,718 26,189 27,792 27,748 28,367 21,912 26,371 23,442 20,150 19,162 21,373 17,120 20,112 16,923 16,501 17,747 14,751 14,043
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Não órfão 86.4 96.7 95.9 94.9 93.8 91.7 90.9 89.0 87.4 86.3 85.2 82.2 81.4 78.1 77.7 75.8 73.6 72.4 70.8
Órfão de pai 13.1 2.2 3.7 4.8 5.8 7.9 8.8 10.5 12.1 13.3 14.3 17.2 18.1 21.1 21.6 23.3 25.6 26.8 28.4
Não sabe 0.3 0.1 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.3 0.3 0.2 0.3 0.4 0.3 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4
Desconhecido 0.3 0.9 0.2 0.1 0.1 0.2 0.1 0.2 0.2 0.1 0.2 0.2 0.2 0.4 0.3 0.5 0.4 0.5 0.5
MULHERES
N 391,709 29,468 26,170 28,589 28,868 29,070 21,895 26,937 24,022 20,774 19,734 21,456 17,571 19,433 16,714 15,629 16,383 14,657 14,339
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Não órfão 86.5 96.7 95.8 94.8 93.7 92.2 90.7 88.6 87.4 85.9 84.9 82.5 80.8 79.4 78.0 75.4 74.0 71.3 71.0
Órfão de pai 12.9 2.2 3.8 4.8 5.9 7.4 8.8 10.9 12.1 13.6 14.5 17.0 18.6 19.9 21.0 23.7 25.1 27.7 28.2
Não sabe 0.3 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.3 0.3 0.4 0.3 0.4 0.3 0.4 0.4 0.4 0.3 0.3 0.3 0.3
Desconhecido 0.3 1.0 0.2 0.2 0.2 0.1 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.2 0.3 0.3 0.7 0.5 0.5 0.7 0.5
QUADRO 12.3 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA POPULAÇÃO DE 0 A 17 ANOS POR IDADES SIMPLES SEGUNDO CONDIÇÃO DE
ORFANDADE MATERNA E PATERNA E SEXO. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Condição de
orfandade e sexo Total 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17
TOTAL
N 780,130 58,186 52,359 56,381 56,616 57,437 43,807 53,308 47,464 40,924 38,896 42,829 34,691 39,545 33,637 32,130 34,130 29,408 28,382
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Não órfão 96.3 98.4 99.0 99.1 98.8 98.5 98.1 97.5 97.1 96.7 96.3 95.4 94.7 94.0 93.5 92.6 92.3 90.8 90.8
Órfão de pai e mãe 2.8 0.1 0.3 0.4 0.6 0.9 1.2 1.7 2.1 2.6 2.9 3.8 4.4 5.2 5.5 6.4 6.8 8.2 8.3
Não sabe 0.3 0.2 0.2 0.2 0.3 0.2 0.3 0.3 0.4 0.3 0.4 0.4 0.4 0.4 0.5 0.4 0.4 0.4 0.4
Desconhecido 0.5 1.3 0.5 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.5 0.4 0.5 0.5 0.4 0.6 0.5
HOMENS
N 388,421 28,718 26,189 27,792 27,748 28,367 21,912 26,371 23,442 20,150 19,162 21,373 17,120 20,112 16,923 16,501 17,747 14,751 14,043
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Não órfão 96.4 98.5 99.0 99.1 98.9 98.4 98.3 97.8 97.1 96.9 96.5 95.4 95.0 93.6 93.7 92.5 92.1 90.8 90.7
Órfão de pai e mãe 2.9 0.1 0.3 0.3 0.5 1.0 1.1 1.5 2.2 2.4 2.7 3.8 4.3 5.5 5.5 6.5 7.0 8.3 8.4
Não sabe 0.3 0.1 0.2 0.2 0.3 0.3 0.3 0.3 0.4 0.3 0.4 0.4 0.3 0.5 0.5 0.4 0.5 0.5 0.4
Desconhecido 0.5 1.3 0.5 0.3 0.3 0.4 0.3 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.3 0.5 0.4 0.5 0.5
MULHERES
N 391,709 29,468 26,170 28,589 28,868 29,070 21,895 26,937 24,022 20,774 19,734 21,456 17,571 19,433 16,714 15,629 16,383 14,657 14,339
Total 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0 100.0
Não órfão 96.3 98.3 99.0 99.0 98.7 98.6 97.9 97.3 97.2 96.6 96.2 95.4 94.5 94.4 93.4 92.8 92.5 90.7 90.9
Órfão de pai e mãe 2.8 0.1 0.3 0.4 0.6 0.8 1.4 1.9 2.1 2.7 3.0 3.8 4.6 4.8 5.5 6.3 6.7 8.2 8.2
Não sabe 0.3 0.2 0.2 0.2 0.3 0.2 0.3 0.3 0.4 0.3 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.4 0.3 0.3
Desconhecido 0.5 1.4 0.5 0.4 0.5 0.4 0.5 0.5 0.4 0.4 0.4 0.4 0.5 0.3 0.7 0.5 0.5 0.7 0.5
De acordo com área de residência, o gráfico 12.1 mostra que o comportamento da
orfandade na província de Manica não apresenta variação significativa de acordo com a
área de residência. A percentagem de órfãos maternos menores de 18 anos na área urbana é
de 6.7% e a da área rural é 5.1%. Em relação à orfandade paterna, 15.2% de crianças órfãs
residem na área urbana e 12.3% na área rural. A percentagem de crianças que perderam
ambos os progenitores, na área urbana e rural é de 3.7% e 2.7%, respectivamente.

GRÁFICO 12.1 PERCENTAGEM DE ÓRFÃOS MENORES DE 18 ANOS, SEGUNDO


ÁREA DE REDIDÊNCIA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

A condição de orfandade denota ter alguma influência no acesso à educação. O gráfico 12.2
mostra que cerca de 34% das crianças órfãs maternas encontra-se fora da escola. A
proporção de órfãos paternos na mesma situação é de 32.3%. Como se pode observar no
gráfico, a proporção de órfãos maternos a frequentar a escola é mais baixa que a de órfãos
paternos.

Os dados mostram ainda que mais de 10.0% dos órfãos em idade escolar afirmaram ter
frequentado a escola alguma vez. Contudo, não estavam a frequentar na altura em que
decorreu o censo, figurando, portanto, na lista dos desistentes. De notar que a percentagem
dos que desistiram é mais elevada entre os órfãos maternos (12.4%), comparativamente aos
paternos (10.6%). É também digna de menção a percentagem de órfãos que nunca
frequentaram a escola que é de 20.8% quer para órfãos maternos assim como para os órfãos
paternos.

56
GRÁFICO 12.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DOS ÓRFÃOS POR CONDIÇÃO DE
FREQUÊNCIA ESCOLAR. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

13. REGISTO DE MENORES DE 18 ANOS

O acompanhamento dos eventos demográficos duma população tais como: nascimentos,


óbitos, casamentos e divórcios, através do registo civil, tem uma grande importância para o
cálculo de indicadores demográficos que permitam o acompanhamento do estado da
população, em termos do seu tamanho e estrutura por idade.
Infelizmente, nos países menos desenvolvidos como é o caso de Moçambique, este registo
é deficiente.
Assim, no Censo 2007 foi incluída uma pergunta cujo objectivo era saber se as crianças
de 1 a 17 anos foram registadas.

O Quadro 13.1 mostra a percentagem de crianças menores de 18 anos registadas na


provincia de Manica, onde se nota que apenas (42.7%) foram registadas, e não se
verificando diferenças significativas por sexo.
Quanto às áreas de residência, a urbana apresenta uma percentagem mais elevada de
crianças registadas (64.1) do que a rural (35.8%).

57
QUADRO 13.1 PERCENTAGEM DE CRIANÇAS DE 1 A 17 ANOS DE IDADE
REGISTADAS POR SEXO, SEGUNDO IDADE E ÁREA DE
RESIDÊNCIA. MANICA, 2007
Percentagem de crianças registadas
Idade Total Homem Mulher
N 721,944 359,703 362,241
Total 42.7 43.3 42.2
1 29.2 29.0 29.4
2 29.8 30.1 29.6
3 31.3 31.9 30.8
4 32.4 32.4 32.3
5 34.8 34.6 35.0
6 36.6 36.9 36.4
7 40.7 41.0 40.5
8 42.9 42.8 42.9
9 45.1 45.2 45.0
10 45.8 45.7 45.8
11 49.8 50.2 49.5
12 51.6 51.8 51.3
13 54.4 54.4 54.5
14 58.7 58.8 58.6
15 59.0 60.3 57.5
16 62.0 64.8 59.2
17 63.8 69.0 58.7
Urbano 64.1 64.4 63.7
Rural 35.8 36.5 35.2

O Gráfico abaixo (13.1), mostra a distribuição das crianças não registadas por idade,
indicando uma diminuição progressiva da percentagem à medida que a idade aumenta. Esta
diminuição, é mais acentuada na área urbana pois, dos 63% de crianças não registadas,
correspondentes ao primeiro ano de vida, até aos 17 anos, reduziu progressivamente até
cerca de 12%.

Entretanto, é notável que á medida que se aproxima aos 6 anos, existe uma tendência de
baixar a percentagem de crianças não registadas. Esta situação, pode estar relacionada com
o facto de ser uma idade próxima a do ingresso escolar daí, a necessidade de se registar as
crianças para aquisição de documentos para fins escolares.

Na área rural a realidade é outra pois, a percentagem de crianças não registadas é muito
mais elevada. No primeiro ano de vida, cerca de 73% de crianças ainda não foram
registadas.

58
Devido às dificuldades que o meio rural enfrenta, como por exemplo, as distâncias
relativas, a falta de conhecimento de que as crianças devem ser registadas, não saber a
importância do registo, a falta de meios financeiros, entre outras razões que caracterizam
esta área residencial, contribuem fortemente, para que a percentagem de crianças não
registadas seja muito elevada. Até aos 17 anos, cerca de 46% de crianças na província de
Manica, ainda não foram registadas.

GRÁFICO13.1 PERCENTAGEM DAS CRIANÇAS DE 1 A 17


ANOS DE IDADE NÃO REGISTADAS POR SEXO,
SEGUNDO IDADE. MANICA 2007

14. HABITAÇÃO
A habitação é uma das necessidades básicas que toda a população procura satisfazer e é
considerada como uma necessidade social elementar na maioria das sociedades. As
características físicas das habitações, especialmente o material usado na sua construção e o
acesso a serviços básicos de água, saneamento e energia, são indicadores importantes do
nível de vida dos agregados familiares e dos seus membros. As características do parque
habitacional duma sociedade constituem um indicador bastante relevante do nível de
desenvolvimento sócio-económico.

Segundo o Quadro 14.1, a vasta maioria da população da Província de Manica, tanto nas
áreas urbanas como rurais, vive em habitações particulares (99.9%). Enquanto 0.1% da
população mora em habitações colectivas. Insignificante é a proporção das pessoas sem

59
casa. Estas últimas são pessoas que dormem nas ruas, avenidas, praças ou outros lugares
públicos.

QUADRO 14.1 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DA


POPULAÇÃO POR ÁREA DE RESIDÊNCIA SEGUNDO TIPO DE
HABITAÇÃO. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Área de Residência
Tipo de Habitação
Total Urbano Rural
N 1,412,248 357,206 1,055,042
Total 100.0 100.0 100.0
Particular 99.9 99.7 99.9
Colectiva 0.1 0.1 0.1
Sem casa 0.04 0.14 0.01

O Quadro 14.2 mostra que a maioria das habitações particulares nas áreas urbanas da
Província de Manica é palhotas (36.1%). Aproximadamente o dobro da mesma proporção
dos agregados familiares e das pessoas residentes na província de Manica vivem neste tipo
de habitação, que são construídas com materiais de origem vegetal (capim, palha, palmeira,
colmo, bambu, caniço, paus maticados, madeira, etc.). Entretanto, a percentagem de
habitações de carácter mais formal é reduzida. Nas áreas rurais, a vasta maioria das
habitações são palhotas (79.8%), que é a forma tradicional de habitação rural. É importante
notar que a nível da província de Manica 69% são palhotas..

60
QUADRO 14.2 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS HABITAÇÕES,
AGREGADOS FAMILIARES E PESSOAS SEGUNDO TIPO DE
HABITAÇÕES PARTICULARES. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Agregados
Tipo de Habitação Habitação Pessoas
Familiares
Total
N 282,393 282,393 1,410,501
Total 100.0 100.0 100.0
Casa Convencional 1.5 1.5 1.7
Flat/Apartamento 0.1 0.1 0.1
Palhota 69.0 69.0 66.0
Casa improvisada 0.5 0.5 0.4
Casa mista 18.0 18.0 19.5
Casa básica 10.1 10.1 11.6
Parte edifício comercial 0.1 0.1 0.1
Outro 0.7 0.7 0.6
Urbano
N 70,232 70,232 356,284
Total 100.0 100.0 100.0
Casa Convencional 4.8 4.8 5.2
Flat/Apartamento 0.4 0.4 0.3
Palhota 36.1 36.1 31.7
Casa improvisada 0.2 0.2 0.2
Casa mista 32.7 32.7 34.1
Casa básica 25.5 25.5 28.2
Parte edifício comercial 0.1 0.1 0.1
Outro 0.2 0.2 0.2
Rural
N 212,161 212,161 1,054,217
Total 100.0 100.0 100.0
Casa Convencional 0.4 0.4 0.5
Flat/Apartamento 0.1 0.1 0.1
Palhota 79.8 79.8 77.5
Casa improvisada 0.5 0.5 0.4
Casa mista 13.1 13.1 14.6
Casa básica 5.0 5.0 6.0
Parte edifício comercial 0.1 0.1 0.1
Outro 0.8 0.8 0.1

61
O Quadro 14.3 mostra a distribuição percentual das habitações, agregados familiares e seus
membros por regime de propriedade. Segundo estes dados, a maior parte dos agregados
familiares e as pessoas na Província de Manica, tanto nas áreas urbanas como nas rurais,
vivem em habitações próprias. As percentagens são ainda maiores nas áreas rurais. Em
segundo lugar estão os agregados e pessoas que vivem em habitações alugadas. Só uma
pequena percentagem mora em habitações com um outro regime de propriedade.

QUADRO 14.3 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS HABITAÇÕES


PARTICULARES, AGREGADOS FAMILIARES E PESSOAS
SEGUNDO REGIME DE PROPRIEDADE. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Regime de Agregados
Habitação Pessoas
propriedade Familiares
Total
N 278,814 282,393 1,410,501
Total 100.0 100.0 100.0
Alugada 3.8 4.0 2.8
Própria 92.9 92.4 94.5
Cedida 2.1 2.2 1.5
Outro 1.2 1.4 1.2
Urbano
N 69,142 70,232 356,284
Total 100.0 100.0 100.0
Alugada 13.2 13.9 9.4
Própria 82.0 81.2 86.8
Cedida 3.7 3.7 2.8
Outro 1.1 1.1 1.0
Rural
N 209,672 212,161 1,054,217
Total 100.0 100.0 100.0
Alugada 0.7 0.8 0.5
Própria 96.5 96.1 97.2
Cedida 1.6 1.6 1.0
Outro 1.2 1.5 1.3

Os resultados do Quadro 14.4 são consistentes com os apresentados no Quadro 14.2. Os


materiais de construção predominantes nas paredes e tecto são materiais de origem vegetal
enquanto no pavimento das habitações na Província de Manica correspondem aos materiais
de construção precários. Por exemplo, pouco mais de 41.9% das habitações tem paredes de
paus maticados, 76.5% tem pavimento de terra batida, e 73.4% tem cobertura de
capim/colmo/palmeira. O uso de materiais de construção de origem vegetal nas coberturas
verifica-se tanto nas zonas rurais como urbanas da Província de Manica. Comparando com

62
os dados do Censo de 1997 verifica-se uma tendência no uso de materiais de construção
duráveis aliado a melhoria das condições habitacionais a nível da Província de Manica. Por
exemplo em 1997, a nível da Província de Manica 7.4% das habitações tinham o pavimento
em cimento enquanto em 2007 eram 14.6%.

QUADRO 14.4 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS HABITAÇÕES


PARTICULARES SEGUNDO TIPO DE MATERIAL PREDOMINANTE
NA PAREDE, PAVIMENTO E TECTO. PROVINCIA DE MANICA, 2007

Material de construção dos Área de Residência


componentes Total Urbano Rural
N 278,814 69,142 209,672
Parede - Total 100.0 100.0 100.0
Bloco de cimento 4.2 14.1 0.9
Bloco de tijolo 11.5 21.9 8.1
Madeira/zinco 0.3 0.3 0.3
Bloco de adobe 31.0 56.8 22.5

Caniço/paus/bambú/palmeira 10.5 2.2 13.3

Paus maticados (pau a pique) 41.9 4.4 54.2

Lata/cartão/papel/saco/casca 0.1 0.1 0.1


Outros 0.5 0.2 0.6
Pavimento - Total 100.0 100.0 100.0
Madeira/Parquet 0.4 0.9 0.2
Mármore/granulito 0.1 0.2 0.1
Cimento 14.6 40.9 5.9
Mosaico/tijoleira 0.5 1.2 0.2
Adobe(terra batida) 76.5 52.5 84.4
Sem nada 7.7 4.3 8.8
Outros 0.2 0.1 0.3
Tecto - Total 100.0 100.0 100.0
Laje de betão (cimento) 0.2 0.6 0.0
Telha 0.0 0.1 0.0
Chapa de lusalite 4.9 15.0 1.6
Chapa de zinco 20.8 42.1 13.7
Capim/colmo/palmeira 73.4 41.5 83.9
Outros 0.7 0.6 0.8

63
O Quadro 14.5 mostra a distribuição percentual das habitações particulares por
acesso aos serviços básicos. Nas áreas rurais, este acesso é reduzido. Ainda que
maior nas áreas urbanas da província, o acesso a serviços básicos é também
limitado. É importante notar que 7.9% das habitações tem electricidade e 59.5% não
tem nenhum saneamento sanitário; 29% tem acesso a fontes de água protegidas.
Estes dados mostram uma considerável melhoria no desenvolvimento das infra-
estruturas na província de Manica em relação a 1997, principalmente no que diz
respeito a energia eléctrica.

64
QUADRO 14.5 DISTRIBUIÇÃO PERCENTUAL DAS
HABITAÇÕES PARTICULARES, SEGUNDO CONDIÇÕES
DE SERVIÇOS BÁSICOS. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Área de Residência
Serviços básicos
Total Urbano Rural
N 278,814 69,142 209,672
Energia - Total 100.0 100.0 100.0
Electricidade 7.9 28.0 1.3
Gerador/Placa solar 7.9 0.2 0.7
Gás 0.6 0.1 0.0

Petróleo/parafina/Querosene 0.0 66.5 52.8


Velas 56.2 3.8 2.4
Baterias 2.7 0.1 1.5
Lenha 1.1 1.4 41.1
Outras 31.3 0.1 0.2
Água - Total 100.0 100.0 100.0
Água canalizada
Dentro de casa 0.8 2.8 0.1
Fora de casa 3.1 10.8 0.6
Água não canalizada
De fontanário 5.6 11.1 3.7
De poço/furo protegido c
bomba manual 19.5 24.0 18.0
De poço sem bomba 41.0 49.9 38.1
Do rio/lago/lagoa 29.1 1.1 38.3
Da chuva 0.1 0.0 0.2
Mineral/engarrafada 0.1 0.1 0.0
Outra 0.8 0.2 0.9
Serviço sanitário - Total 100.0 100.0 100.0
Retrete ligada a fossa
séptica 2.0 6.9 0.3
Latrina melhorada 6.0 19.5 1.6
Latrina tradicional
melhorada 7.2 17.1 3.9
Latrina não melhorada 25.4 44.6 19.0
Não tem retrete/latrina 59.5 11.8 75.2

65
O Quadro 14.6 mostra dados sobre a densidade habitacional na Província de Manica. Os
dados deste quadro mostram uma densidade relativamente elevada, especialmente nas áreas
urbanas sendo 5.0 pessoas por habitação na província, 5.1 pessoas nas áreas urbanas e 5.0
nas rurais. A elevada complexidade na composição dos agregados familiares, apresentada
anteriormente na secção sobre agregados familiares, é consistente com a densidade
habitacional apresentada no Quadro 14.6 e está ligada, provavelmente, a falta de habitação
e às condições habitacionais nas áreas urbanas e rurais da província. Nas áreas rurais a
densidade habitacional é maior.

QUADRO 14.6 NÚMERO MÉDIO DE PESSOAS


POR HABITAÇÃO, SEGUNDO ÁREA DE
RESIDÊNCIA. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Número médio de
Área de residência
pessoas por habitação
Total 5.0
Urbano 5.1
Rural 5.0

15. POSSE DE BENS DURÁVEIS

Examinando os 282, 393 agregados familiares existentes na província de Manica em


relação a posse de bens duráveis seleccionados, mais de metade, possui Rádio (57.4 %).
Poucos agregados familiares possuem Computador (0.4%), Telefone fixo (0.6%),
Motorizada (1.0%), e Carro (1.5%). A posse de Bicicleta e Televisor é de 36.7% e 7.8%
respectivamente.

GRAFICO 15.1 PERCENTAGEM DOS AGREGADOS FAMILIARES POR POSSE


DE BENS DURÁVEIS, SEGUNDO TIPO DE BEM. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

66
QUADRO 15.1 PERCENTAGEM DOS AGREGADOS FAMILIARES POR POSSE
DE BENS DURÁVEIS, SEGUNDO ÁREA DE RESIDÊNCIA. PROVÍNCIA DE
MANICA, 2007
BENS DURÁVEIS
Área de Telefone Nenhum
Rádio Televisor Computador Carro Motorizada Bicicleta
residência Fixo Bem

Total 57.4 7.8 0.6 0.4 1.5 1.0 36.7 34.1


Urbana 70.7 23.0 1.8 1.4 4.0 2.5 34.1 23.3
Rural 53.0 2.8 0.2 0.1 0.7 0.5 37.5 37.7

Na província de Manica, os agregados familiares das áreas urbanas têm maior posse de
bens duráveis em comparação com os da área rural. Entre os bens seleccionados, apenas
Bicicleta é mais predominante nos agregados familiares da área rural. Do total dos
agregados familiares da área rural, 37.5% possuem pelo menos uma Bicicleta contra 34.1%
dos da área urbana. Importa referir que 23.3% dos agregados familiares da área urbana e
37.7% dos da área rural, não têm nenhum dos bens seleccionados.

16. TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO

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No III RGPH 2007, foram introduzidas pela primeira vez, perguntas sobre o uso das
tecnologias de informação e comunicação, nomeadamente, telefone celular, computador e
internet. O acesso a internet não se limita ao uso do computador. O Censo 2007,
considerou também o acesso a internet por via do Telefone celular. Segundo o quadro 16.1,
dos 1,410,501 habitantes residentes em agregados familiares, na Província de Manica, 0.6
% usou computador e 0.2% teve acesso a internet nos últimos 12 meses anteriores ao
Censo. Por outro lado, 5.1% possuia telefone celular próprio. A população da área urbana,
apresenta maiores percentagens de uso das tecnologias de informação. Por exemplo, na área
urbana 2.0% da população usou computador, contra apenas 0.1 da área rural.

QUADRO 16.1 PERCENTAGEM DE MEMBROS DE AGREGADOS FAMILIARES


POR USO DE COMPUTADOR E INTERNET NOS ÚLTIMOS 12 MESES, E POSSE DE
TELEFONE CELULAR, SEGUNDO SEXO. PROVÍNCIA DE MANICA, 2007

Membros por uso de:


Membros por posse de
Área de residência e sexo Computador Internet Telefone Celular
Total 0.6 0.2 5.1
Homens 0.7 0.3 5.6
Mulheres 0.4 0.2 3.6
Urbana 2.0 0.8 13.9
Homens 2.1 0.8 14.6
Mulheres 1.8 0.7 11.3
Rural 0.1 0.1 2.2
Homens 0.2 0.1 2.4
Mulheres 0.1 0.0 1.6

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