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Fernando Dalvi

Luciano Dalvi

Cálculos Tributários

 
 
  
  
 

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Sumário
Capítulo 1. Imposto sobre a Importação

1. Considerações iniciais: ..........................................................................1


2. Fato gerador:.........................................................................................2
3. Base de cálculo: .....................................................................................5
4. Alteração de alíquota do imposto: ........................................................7
5. Cálculo do Imposto sobre a importação:...............................................9

Capítulo 2. Imposto sobre a Exportação

1. Considerações iniciais: ........................................................................11


2. Fato gerador:.......................................................................................13
3. Base de cálculo: ...................................................................................14
4. Alíquota do Imposto sobre a exportação:............................................16
5. Cálculo do Imposto sobre a Exportação: ............................................18

Capítulo 3. Imposto Territorial Rural - ITR

1. Considerações iniciais: ........................................................................19


2. Fato gerador:.......................................................................................19
3. Base de cálculo: ...................................................................................25
4. Cálculo do ITR:..................................................................................26

Capítulo 4. IPTU

1. Considerações iniciais: ........................................................................31


2. Fato gerador:.......................................................................................32
3. Lançamento: .......................................................................................36
4. Base de cálculo: ...................................................................................36
IV Cálculos Tributários

5. Alíquotas:............................................................................................40
6. Contribuinte do IPTU: ......................................................................42
7. Prazo prescricional: .............................................................................45
8. Cálculo do IPTU: ...............................................................................45

Capítulo 5. ITBI

1. Considerações iniciais: ........................................................................47


2. Fato gerador:.......................................................................................51
3. Base de cálculo: ...................................................................................54
4. Alíquotas:............................................................................................64
5. Contribuinte: ......................................................................................66
6. Cálculo do ITBI: ................................................................................67

Capítulo 6. ITCMD

1. Considerações iniciais: ........................................................................69


2. Fato gerador:.......................................................................................70
3. Contribuinte: ......................................................................................72
4. Alíquota: .............................................................................................72
5. Cálculo do ITCMD: ..........................................................................72

Capítulo 7. Imposto de Renda

1. Considerações iniciais: ........................................................................73


2. Fato gerador:.......................................................................................73
3. Base de cálculo: ...................................................................................76
4. Contribuinte do Imposto de Renda: ...................................................77
5. Cálculo do IRPF na Fonte:.................................................................88
6. Cálculo do IRPF com base de cálculo anual: ......................................90
7. Cálculo do IRPJ:.................................................................................91
Sumário V

Capítulo 8. IPI

1. Considerações iniciais: ........................................................................93


2. Fato gerador:.......................................................................................94
3. Base de cálculo: ...................................................................................99
4. Contribuinte do IPI:.........................................................................100
5. Cálculo do IPI na importação:..........................................................103
6. Cálculo do IPI na operação interna: .................................................105
7. Cálculo da não cumulatividade do IPI: .............................................108

Capítulo 9. ICMS

1. Considerações iniciais: ......................................................................115


2. Evolução histórica:............................................................................115
3. Contribuinte: ....................................................................................117
4. Fato gerador:.....................................................................................120
5. Cálculo do ICMS na importação:.....................................................120

Capítulo 10. IPVA

1. Consideraçãoes iniciais: ....................................................................137


2. Fato gerador:.....................................................................................138
4. Cálculo do IPVA:..............................................................................140

Capítulo 11. IOF

1. Considerações iniciais: ......................................................................143


2. Fato gerador:.....................................................................................143
3. Conceitos especiais: ..........................................................................144
4. Alíquotas:..........................................................................................146
5. Base de cálculo: .................................................................................147
6. Cálculo do IOF:................................................................................148
7. Contribuinte do IOF: .......................................................................150
VI Cálculos Tributários

Capítulo 12. ISS

1. Considerações iniciais: ......................................................................151


2. Fato gerador:.....................................................................................152
3. Base de Cálculo:................................................................................153
4. Cálculo do ISS: .................................................................................153

Capítulo 13. IEG

1. Considerações iniciais: ......................................................................157


2. Natureza jurídica:..............................................................................157
3. Fato gerador:.....................................................................................157
4. Alíquota: ...........................................................................................157

Capítulo 14. Taxas

1. Considerações iniciais: ......................................................................159


2. Características: ..................................................................................159
3.Base de cálculo e fato gerador: ...........................................................161
4. Taxa de iluminação pública: ..............................................................162
5. Poder de polícia ................................................................................163
6. Diferenças entre taxas e preço público: .............................................173
7. Prestação dos serviços: ......................................................................175

Capítulo 15. Contribuição de Melhoria

1. Considerações iniciais: ......................................................................179


2. Natureza jurídica:..............................................................................180
3. Contribuinte: ....................................................................................182
4. Cálculo da contribuição de melhoria: ...............................................182
5. Regras especiais da contribuição de melhoria: ..................................184
6. Requisitos mínimos da contribuição de melhoria: ............................188
Sumário VII

Capítulo 16. Legislação Tributária

1. Considerações iniciais: ......................................................................193


2. Regras especiais:................................................................................194
3. Vigência da legislação tributária:.......................................................199
4. Aplicação da legislação tributária: .....................................................201
5. Interpretação e Integração da legislação tributária: ...........................205

Capítulo 17. Obrigação Tributária

1. Considerações iniciais: ......................................................................209


2. Regra-matriz de incidência tributária: ..............................................214
3. Sujeito ativo da obrigação tributária .................................................217
4. Sujeito passivo da obrigação tributária: .............................................219
5. Domicílio tributário: .........................................................................220
6. Constituição do crédito tributário:...................................................222
7. Lançamento do crédito tributário: ....................................................224
8. Suspensão do crédito tributário:........................................................237
9. Moratória:.........................................................................................244

Bibliografia ..........................................................................................247
Capítulo 1. Imposto sobre a Importação:

1. Considerações iniciais:

O Imposto sobre a Importação é de competência da União (cf. art.153, I)


e incide sobre a importação de produtos estrangeiros que não estejam abar-
cados pela regra de isenção. O fato gerador deste imposto é a entrada desses
no território nacional. O II tem como objetivo principal equilibrar a balança
comercial, pois ao tarifar o produto estrangeiro tem-se em vista uma proteção
da indústria nacional. No entanto, a grande dificuldade é que existem empresas
nacionais que dependem potencialmente de produtos importados e, por isso
acabam por aumentar o custo de produção interna por causa de um bem (ma-
quinário etc.) que não tem fabricação similar no Brasil. Desta forma, a nossa
opinião é no sentido de que deveria haver uma isenção atípica, isto é, àquela
concedida em virtude da falta de um produto no mercado nacional para evitar
o arrefecimento da indústria nacional.

O artigo 153 § 1º permite ao Poder Executivo, atendidas as condições e os


limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do Imposto sobre a Importação.
A jurisprudência também compreende desta forma:

“Imposto de importação: alteração das alíquotas, por ato do Executivo, aten-


didas as condições e os limites estabelecidos em lei: CF, art. 153, § 1º. A lei de
condições e de limites é lei ordinária, dado que a lei complementar somente
será exigida se a Constituição, expressamente, assim determinar. No ponto, a
Constituição excepcionou a regra inscrita no art. 146, II. A motivação do de-
creto que alterou as alíquotas encontra-se no procedimento administrativo de
sua formação, mesmo porque os motivos do decreto não vêm nele próprio. Fato
gerador do imposto de importação: a entrada do produto estrangeiro no terri-
tório nacional (CTN, art. 19). Compatibilidade do art. 23 do DL 37/1966 com
o art. 19 do CTN. Súmula 4 do antigo T.F.R.. O que a Constituição exige, no
art. 150, III, a, é que a lei que institua ou que majore tributos seja anterior ao
2 Cálculos Tributários

fato gerador. No caso, o decreto que alterou as alíquotas é anterior ao fato ge-
rador do imposto de importação.” (RE 225.602, Rel. Min. Carlos Velloso, jul-
gamento em 25-11-1998, Plenário, DJ de 6-4-2001.) No mesmo sentido: RE
441.537-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 5-9-2006, Segunda Tur-
ma, DJ de 29-9-2006.

Registra-se que o Imposto sobre a Importação não será cobrado quando o


ingresso da mercadoria no país se der sob via de passagem, isto é, apenas para
importação por outro país.

Importante consignar que o Imposto sobre a Importação tem um fato ge-


rador instantâneo subjetivo, isto é, ocorrerá sempre que um produto ingresse
no país e pela análise subjetiva não seja apenas uma mercadoria de passagem
para outro país. A data do registro da declaração de importação consumará o
fato gerador do Imposto sobre a importação. Vejamos as jurisprudências neste
sentido:

Tributário. Imposto de Importação. Mercadoria despachada para consumo.


Momento do fato gerador. No caso de importação de mercadoria despachada
para consumo, o fato gerador, para o Imposto de Importação, consuma-se na
data do registro da declaração de importação. Precedentes do STJ e TFR (STJ,
1ª T., REsp 121617/PR, rel. Min. Humberto Gomes de Barros, j. 18.06.1998,
DJU 17.08.1998, p. 25).

2. Fato gerador:

O fato gerador iniciado com a apresentação da declaração de importação, é


chamado de fato gerador instantâneo. O II pode ser considerado um imposto
indireto, pois o terceiro que é onerado na medida em que as importadoras
inserem no preço o valor do tributo. O II é seletivo devido à classificação dos
bens na fixação das alíquotas. O governo pode diminuir a alíquota do II sobre
celulares para que possa facilitar o acesso a esse bem de consumo no país. Este
Capítulo 1 Imposto sobre a Importação 3

é um caso de aplicação da seletividade. Eduardo Sabbag1 nos ensina sobre as


alíquotas do Imposto sobre a Importação:

“As tarifas podem ser: a) específicas: valor em dinheiro que incide sobre uma
unidade de medida prevista em lei, que pode referir-se à metragem, peso etc.
Por exemplo, R$ 42,00 por metro cúbico; b) ad valorem: aplicação de alíquo-
ta sobre determinado valor de operação. Por exemplo, 10% de R$ 15.000,00.
c) mista: combinação das duas formas acima. Por exemplo: 10% sobre R$
5.000,00 e R$ 5,00 por Kg.”

Vejamos as jurisprudências sobre a temática:

Processual civil e tributário. Imposto de Importação. Mercadoria para uso pró-


prio. Majoração de alíquota. Dec. 1.490/95. Legitimidade e constitucionali-
dade decretadas pelo STF. Momento do fato gerador. CTN, art. 19 e Dec.-lei
37/66, art. 23. Compatibilidade. Súmula 4/TFR. Violação a preceitos da lei
processual civil não configurada. Precedentes. Na importação de mercadorias
para consumo, o fato gerador ocorre no momento do registro da declaração de
importação na repartição aduaneira, sendo irrelevante o regime fiscal vigente
na data da emissão da guia de importação, ou quando do desembarque da mer-
cadoria. Inexiste incompatibilidade entre o art. 19 do CTN e o Dec.-lei 37/66,
conforme orientação do Pretório Excelso sobre o tema (RE 225.602, rel. Min.
Carlos Velloso). Não há que se falar em nulidade de acórdão que, examinando
todas as alegações suscitadas na apelação, necessárias ao deslinde da controvér-
sia, decide a lide de forma contrária àquela desejada pelo recorrente. Recurso
especial não conhecido (STJ, 2ª T., REsp 205013/SP rel. Min. Francisco Peça-
nha Martins, j. 03.05.2001, DJU 25.06.2001).

Tributário. Imposto de Importação. Fato gerador. Compatibilidade do art.


19 do Código Tributário Nacional com o art. 23 do Dec.-lei 37/66. Bens de
capital. Fato gerador. Momento da ocorrência. Entrada. Território nacional.
1. A regra geral prevista nos arts. 19 do Código Tributário Nacional e 1° do

1
SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de Direito Tributário. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.
4 Cálculos Tributários

Dec.-lei 37/66 dispõem que o imposto de importação tem como fato gerador
a entrada da mercadoria de procedência estrangeira no território nacional. 2.
Quando se tratar de mercadoria destinada ao consumo, considera-se ocorri-
do o fato gerador do Imposto de Importação a data do registro na repartição
aduaneira da declaração feita para fins de desembaraço aduaneiro, consoante
o disposto no art. 23 do Dec.-lei 37/66, o qual é compatível com o art. 19 do
Código Tributário Nacional. Precedentes. 3. Prevalece a regra geral insculpida
no art. 19 do Código Tributário Nacional na importação de bens de capital - o
fato gerador do Imposto de Importação ocorre no Código Tributário Nacional
Comentado: doutrina e jurisprudência, artigo por artigo, inclusive ICMS e ISS
21 entrada dos produtos estrangeiros no território nacional. 4. Recurso especial
improvido (STJ, 2ª T., REsp 328835/SC, rel. Min. Castro Meira, j. 03.11.2005,
DJU 14.11.2005, p. 236).

O Decreto 37/66 no seu artigo 23 destaca que quando se tratar de mer-


cadoria despachada para consumo, considera-se ocorrido o fato gerador na
data do registro, na repartição aduaneira, da declaração de importação. Vale
ressaltar que a mercadoria ficará sujeita aos tributos vigorantes na data em que
a autoridade aduaneira efetuar o correspondente lançamento de ofício no caso
de introdução no País sem o registro de declaração de importação.

Nota: Toda mercadoria procedente do exterior por qualquer via, destinada


a consumo ou a outro regime, sujeita ou não ao pagamento do imposto, deverá
ser submetida a despacho aduaneiro, que será processado com base em decla-
ração apresentada à repartição aduaneira no prazo e na forma prescritos em
regulamento. (Redação dada pelo Decreto-Lei nº 2.472, de 01/09/1988)

As declarações do importador subsistem para quaisquer efeitos fiscais, ain-


da quando o despacho seja interrompido e a mercadoria abandonada. É bom
afirmar que serão exigidas (para o processamento do despacho aduaneiro) a
prova de posse ou propriedade da mercadoria e a fatura comercial. No que
concerne ao Imposto sobre a Importação é bom afirmar que a Zona Franca
Capítulo 1 Imposto sobre a Importação 5

de Manaus tem um incentivo fiscal geográfico de forma a possibilitar a livre e


regular importação de produtos estrangeiros. Sobre este tema temos as lições
de Eduardo Sabbag: 2

“é imperioso que se assimile a zona franca como uma área de livre comércio
de importação e exportação e de incentivos fiscais especiais, criada pelo De-
creto-lei n.288/67. Foi ela concebida com a finalidade de criar, no interior da
Amazônia, um centro industrial, comercial e agropecuário, dotado de condições
econômicas que permitissem seu desenvolvimento. É sabido que a Zona Franca
de Manaus – área de livre comércio, para a qual havia benefício garantido até
2013 – teve, em razão da EC n.42/2003, uma prorrogação por mais 10(dez)
anos conforme o art.92 do ADCT.”

3. Base de cálculo:

A base de cálculo do imposto é variável, pois dependerá da alíquota. Se a


alíquota for específica terá como base de cálculo a unidade de medida adotada
pela lei tributária. No entanto se a alíquota for ad valorem, o preço normal que
o produto, ou seu similar, alcançaria, ao tempo da importação, em uma venda
em condições de livre concorrência, para entrega no porto ou lugar de entrada
do produto no País. A base de cálculo quando se trata de produto apreendido
ou abandonado, levado a leilão, será o preço da arrematação.

Eliana Calmon Alves3 nos ensina sobre o aprofundamento do tema da base


de cálculo no Imposto sobre a importação.

“No Imposto de Importação, o CTN, no art. 20, indica três bases de cálculo
distintas. A primeira, já em desuso, é fixada levando em consideração a unidade
ou quantidade do bem importado, expressa em uma medida determinada pelo
peso, volume, metro, peça etc. Assim, o imposto corresponderá a cada unidade

2
SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de Direito Tributário. 3. ed. São Paulo: Saraiva, p.
1061. 2011
3
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL COMENTADO: doutrina e jurisprudência, artigo
por artigo, inclusive ICMS E ISS.
6 Cálculos Tributários

destacada. É a alíquota especifica, referida no inciso I do art. 20 do CTN, bem


como era previsto no art. 4° do Dec.-lei 37/66. A segunda base de cálculo leva
em consideração o valor do produto, ou seu similar. Observe-se que não se trata
do valor de aquisição e sim do preço normal. O CTN chama de preço normal o
valor que o produto, ou seu similar, alcançaria em uma venda em condições de
livre concorrência, para entrega no porto ou no lugar da entrada do produto no
País. Tem-se aí a “alíquota ad valorem”, fixada em termos percentuais, o que faz
o Imposto de Importação proporcional (inciso II do art. 20, CTN)...

A juíza Eliana Calmon4 ainda destaca:

“Cabe à Secretaria de Comércio Exterior - Secex, o antigo Conselho de Políti-


ca Aduaneira, a tarefa de fixar o preço de mercado, o que pode ser feito toman-
do como referência o preço constante da fatura comercial, também chamado
de preço normal; ou atribuindo o órgão, a seu talante, um valor que entende
ser o correto, preço referência; e, finalmente, firmando uma pauta de valores
mínimos por intermédio da Comissão Executiva, um dos órgãos da Secretaria
de Comércio Exterior - Secex. Isenção de bagagem. As mercadorias estrangei-
ras estão sujeitas ao pagamento do Imposto de Importação quando ocorrido
o fato gerador, ou seja, quando do desembaraço aduaneiro, como previsto no
CTN, art. 19 e no Dec.-lei 37/66, já comentado acima. Entretanto, há tolerân-
cia quanto a bens adquiridos no estrangeiro dentro de um valor limitado pelo
Poder Executivo, em montante cuja fixação atende aos interesses políticos. É
a chamada quota isencional (art. 3°, Dec.-lei 1.455, de 07.04.1976). Escapam
ainda do pagamento da exação a bagagem do passageiro que ingressa no País,
abrangendo roupas, joias, objetos pessoais, livros e revistas, lembranças de via-
gem etc., bem assim o longo elenco constante do Dec.-lei 37/66, do qual desta-
co, apenas para exemplificar, toda a bagagem dos agentes diplomáticos, quando
se desligam da missão estrangeira, a bagagem dos estrangeiros radicados no
Brasil há mais de cinco anos e de brasileiros com mais de dois anos domicilia-
dos no estrangeiro, quando do retorno ao Brasil (art. 13, Dec.-lei 37/66).”

4
CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL COMENTADO: doutrina e jurisprudência, artigo
por artigo, inclusive ICMS E ISS.
Capítulo 1 Imposto sobre a Importação 7

Eduardo Sabbag5 nos ensina sobre o tema:

“A base de cálculo do imposto de importação será: a) a quantidade de mer-


cadoria, expressa na unidade de medida indicada na Tarifa Aduaneira do
Brasil(TAB), quando a alíquota for específica(isto é, aquela alíquota que prevê
importâncias fixas, aplicáveis em relação aos modos de apresentação do produto
importado. Por exemplo, um imposto de tantos reais por tonelada, ou por com-
primento – art.20I do CTN). b) a expressão monetária do produto importado
– valor aduaneiro previsto no inciso VII, n.2, do Acordo Geral sobre Tarifas
Aduaneiras e Comércio (GATT – Decreto n. 92.930/86), quando a alíquota
for ad valorem (isto é, aquela que incidirá sobre o valor aduaneiro do produto
importado). Tal expressão monetária geralmente consta na fatura comercial no
lugar da expedição da mercadoria, acrescentando-se ao custo as despesas de
frete e seguro, até a entrega no porto ou local de destino no Brasil...c) o preço
da arrematação do bem adquirido em licitação. Não é o preço normal ou de
referência de mercadoria, há casos de abandono propositado da mercadoria
nos depósitos aduaneiros, deixando que vá a hasta pública, para que depois
comprem por preço vil. Aliomar Baleeiro entende que ‘ nos casos de apreensão
ou abandono de mercadorias, é contribuinte o arrematante, ressalvada a res-
ponsabilidade do importador, se o preço alcançado no leilão não cobre a dívida
fiscal. As tarifas podem ser: específicas: valor em dinheiro que incide sobre uma
unidade de medida...ad valorem: aplicação de alíquota sobre determinado valor
de operação...mista: combinação das duas formas, por exemplo: 10% sobre R$
5.0000,00 e R$ 5,00 por Kg.

4. Alteração de alíquota do imposto:

Importante consignar que o Poder Executivo pode, nas condições e nos


limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas do imposto, a fim de ajustá-lo
aos objetivos da política cambial e do comércio exterior. Por isso, o Imposto so-
bre Importação tem natureza extrafiscal. O STF entende que a lei para alterar
as alíquotas do Imposto sobre a Importação é ordinária. Vejamos:
5
SABBAG, Eduardo de Moraes. Manual de Direito Tributário. 3. ed. São Paulo: Saraiva, p.
1061, 2011
8 Cálculos Tributários

“Imposto de importação: alteração das alíquotas, por ato do Executivo, aten-


didas as condições e os limites estabelecidos em lei: CF, art. 153, § 1º. A lei de
condições e de limites é lei ordinária, dado que a lei complementar somente
será exigida se a Constituição, expressamente, assim determinar. No ponto, a
Constituição excepcionou a regra inscrita no art. 146, II. A motivação do de-
creto que alterou as alíquotas encontra-se no procedimento administrativo de
sua formação, mesmo porque os motivos do decreto não vêm nele próprio. Fato
gerador do imposto de importação: a entrada do produto estrangeiro no terri-
tório nacional (CTN, art. 19). Compatibilidade do art. 23 do DL 37/1966 com
o art. 19 do CTN. Súmula 4 do antigo T.F.R.. O que a Constituição exige, no
art. 150, III, a, é que a lei que institua ou que majore tributos seja anterior ao
fato gerador. No caso, o decreto que alterou as alíquotas é anterior ao fato ge-
rador do imposto de importação.” (RE 225.602, Rel. Min. Carlos Velloso, jul-
gamento em 25-11-1998, Plenário, DJ de 6-4-2001.) No mesmo sentido: RE
441.537-AgR, Rel. Min. Eros Grau, julgamento em 5-9-2006, Segunda Tur-
ma, DJ de 29-9-2006.

O contribuinte do imposto é o importador ou quem a lei a ele equiparar e


o arrematante de produtos apreendidos ou abandonados. Também será consi-
derado contribuinte o adquirente de mercadoria entrepostada.

O arrematante de produtos apreendidos ou abandonados (inciso II do arti-


go 22 do CTN completa a lista acima do polo passivo do II). Quando um bem
é apreendido pela Receita Federal acaba indo à arrematação. Quem vence leva
o produto e se torna contribuinte pagando o Imposto de Importação de acordo
com o preço arrematado. O artigo 32 do Decreto 37/66 trata dos responsáveis
solidários da obrigação tributária do Imposto sobre a Importação. Vejamos:

Art  .  32. É responsável pelo imposto:  (Redação dada pelo Decreto-Lei nº


2.472, de 01/09/1988)
I - o transportador, quando transportar mercadoria procedente do exterior ou
sob controle aduaneiro, inclusive em percurso interno; (Incluído pelo Decreto-
-Lei nº 2.472, de 01/09/1988)
Capítulo 1 Imposto sobre a Importação 9

II - o depositário, assim considerada qualquer pessoa incumbida da custódia


de mercadoria sob controle aduaneiro.  (Incluído pelo Decreto-Lei nº 2.472,
de 01/09/1988)

O lançamento do Imposto sobre Importação é misto ou por declaração, isto


é, será aquele em que o contribuinte presta ao Estado, informações fiscais para
que esse possa efetuar o lançamento.

5. Cálculo do Imposto sobre a importação:

Fato gerador: O momento da entrada da mercadoria em território


nacional, ou o despacho aduaneiro de importação (entrada ficta).

Exemplo 1: Soja importada dos EUA:

Valor do produto/mercadoria (FOB – Livre a Bordo: Incluso no valor da


mercadoria o frete por parte do vendedor): >>>>>>> US$ 3.000,00

Valor do frete: >>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> US$ 500,00


Valor do Seguro:>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>> US$ 30,00 :
Valor Total:(CIF-Custo, seguro e frete no preço final do produto) US$ 3.530,00

Taxa cambial do dólar: :>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>>2,10


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Cálculo primário: 3.530,00 x 2,04 = R$ 7.413,00
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Alíquota do imposto: 10%
(de acordo com o capítulo 9 da Resolução CAMEX nº94, de 08/12/2011)
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Cálculo final: 10% de 7.413,00 = R$ 741,30 de recolhimento de II.

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