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História de Niterói

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Estátua Arariboia, o fundador da cidade, no Centro de Niterói.


Niterói é um município do estado do Rio de Janeiro, no Brasil. Sua população é de
aproximadamente 476 000 habitantes e sua área é de 131,8 km². A qualidade de vida no
município está entre as mais elevadas do país (terceiro lugar dentre 5 600 municípios em
2000[1]), de acordo com os padrões da Organização das Nações Unidas.

Índice
[esconder]

 1Ocupação indígena
 2Século XVI
 3Séculos XVII e XVIII
 4Século XIX
 5Século XX
 6Referências
 7Bibliográficas
 8Ligações externas

Ocupação indígena
O atual território brasileiro já era habitado desde pelo menos 10000 a.C. por povos
provenientes de outros continentes (possivelmente, da Ásia e da Oceania[2]). Por volta do
ano 1000, a maior parte do litoral brasileiro, inclusive a região da atual cidade de Niterói,
foi invadida por povos tupis procedentes da Amazônia que expulsaram as tribos
locais tapuias para o interior do continente[3].
Século XVI

Gravura de John White retratando família de índios tupinambás (também chamados tamoios), a
etnia indígenaque ocupava a região de Niterói na época da chegada dos primeiros europeus, no
século XVI.
No ano de 1555, o navegador francês Villegagnon instituiu a colônia francesa da França
Antártica na atual ilha de Villegagnon, na Baía de Guanabara. A região da baía era evitada
pelos portugueses por causa da resistência dos nativos locais, os tamoios. Villegagnon
convenceu a Corte Francesa das vantagens de se manter uma colônia permanente no
local, de onde a França poderia tentar o controle de comércio com as Índias. Villegagnon
planejava construir, no continente, a cidade de Henriville, em homenagem ao rei Henrique
IV de França. O comércio com as Índias dava-se de maneira regular e próspera, tornando
a Coroa Francesa confiante no sucesso de sua colônia no Brasil. Villegagnon recorreu ao
rei francês e pediu um reforço de 4 000 homens e centenas de mulheres para os
franceses se casarem. O soberano decidiu, então, enviar a Henriville um grupo grande
de calvinistas, de forma a amenizar os conflitos religiosos que aconteciam naquela época
na França.
Gravura representando o ataque português à ilha de Villegagnon por Mem de Sá
Passado algum tempo, os calvinistas regressaram à França e Villegagnon passou a poder
contar com apenas oitenta homens. Diante das acusações de perseguição aos calvinistas
e má administração, o navegador francês teve de voltar à França para explicar-se,
deixando, em seu lugar, Bois-le-Compte, seu sobrinho. Aproveitando-se da ausência de
Villegagnon, Mem de Sá, governador-geral do Brasil, resolveu invadir a Guanabara e
tomar posse da região, no ano de 1560. Com uma expulsão quase que total dos franceses
de Henriville, o interior da atual Niterói foi ocupado rapidamente pelos fugitivos.
Assim, Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá, que continuara com o comando da guerra,
recorreu à ajuda do cacique temiminó Arariboia (nome tupi que significa "cobra-
papagaio")[4]. Arariboia havia sido expulso pelos tamoios de sua terra natal, a ilha de
Paranapuã (a atual Ilha do Governador, na Baía de Guanabara), o que o fez aceitar o
pedido do governador, com a esperança de reconquistar a ilha-mãe. Na época, Arariboia
estava com sua tribo na Capitania do Espírito Santo, onde expulsara holandeses.
Com o fim da guerra, em 1567, Arariboia recebeu o nome cristão de "Martim Afonso". Mas
Estácio de Sá resolveu ocupar a ilha de Paranapuã, tornando-a a Ilha do Governador.
Para manter a segurança na Baía de Guanabara, Estácio de Sá insistiu a Arariboia para
não voltar para o Espírito Santo e o concedeu-lhe o poder de escolher qualquer uma das
regiões da Guanabara para viver. Sem titubear, o cacique tupi apontou para o outro lado
da baía e disse que queria aquela região de "águas escondidas", que, em tupi, é
"Niterói"[carece de fontes]. O local eram conhecido como "Band’Além" e foi para lá que Arariboia
levou sua tribo, para a vila de "São Lourenço do Índios". O Dicionário Aurélio relata que a
região onde foi fundada a cidade era habitada, na época, pelos índios cariis.[5] Como
monumento de fundação, foi construída a Igreja de São Lourenço dos Índios, até hoje
considerada como marco histórico da cidade.

Séculos XVII e XVIII


Fortaleza de Santa Cruz
Nesses dois séculos, de 1600 até 1800, Niterói se manteve numa grande linha de
estabilidade. A Vila Real da Praia Grande esteve centralizada no atual Centro, abrangendo
uma área que hoje corresponde ao Centro, ao Bairro de Fátima, ao bairro de São
Lourenço e a Gragoatá.
Além dessa pequena região, os niteroienses construíram a Fortaleza de Santa Cruz, a
primeira fortificação erguida em volta da Baía da Guanabara, no ano de 1555. A fortaleza
recebeu melhorias ao longo do tempo, como a ampliação para o interior do morro e o
aumento do número de prisões e canhões.

Século XIX
As atividades navais foram responsáveis pelo progresso da aldeia, com o crescimento do
comércio de peixes e a construção de armações para o esquartejamento e a
industrialização da carne de baleias. A aldeia adquiriu importância até tornar-se a Vila Real
da Praia Grande em 1819, quando foi reconhecida pelo Reino de Portugal, naquela época
com capital na cidade do Rio de Janeiro, no outro lado da Baía de Guanabara. Nesta
época, a cidade baseava-se onde hoje é o Centro, e pequena parte de seu litoral era
habitada por pequenos grupos pesqueiros.
A primeira eleição de vereadores e juiz de paz aconteceu em 11 de janeiro de 1829. Com
base na então nova lei orgânica, a câmara foi constituída com sete vereadores, tendo,
como presidente, Marcolino Antonio Leite, o vereador mais votado. No ano de 1834, a
cidade do Rio de Janeiro, então a capital da Província do Rio de Janeiro, separou-se
dessa província para constituir o município neutro, sede do Império Brasileiro. Um Ato
Adicional realizado no mesmo ano determinou a nomeação da Vila Real da Praia Grande
como nova capital da província do Rio de Janeiro.

Niterói no século XIX.


No ano seguinte, 1835, a vila Real da Praia Grande passou a se chamar Nictcheroy,
palavra de origem tupi que significa "rio verdadeiro frio" ('y, rio + eté, verdadeiro + ro'y,
frio)[6] e que, segundo o cronista alemão Hans Staden(c. 1525 - c. 1579), era o nome pelo
qual os índios designavam a região atualmente ocupada pela cidade do Rio de Janeiro por
volta do ano 1555.[7]
A condição de capital trouxe uma série de desenvolvimentos urbanos, como a barca a
vapor, iluminação pública a óleo de baleia, lampiões a gás, abastecimento de água e
novos meios de transporte (bondes elétricos, estradas de ferro, companhia de navegação)
para ligar a cidade ao interior da província. Nove anos depois, o imperador dom Pedro
I concedeu, à cidade de Niterói, o título de Imperial Cidade. A nomeação era dada a
alguns centros urbanos mais importantes no Brasil do período imperial, conferindo-lhes
certa autonomia e poder regional.
No final do século XIX, por volta de 1885, foram fundados alguns sistemas de bonde, o
que possibilitou a expansão da cidade ao longo do litoral para lugares como Ponta
d'Areia, Icaraí e Itaipu. A Revolta da Armada em 1893prejudicou as atividades produtivas e
forçou a transferência da capital provincial para Petrópolis, bem como levou à
fragmentação do território de Niterói: freguesias próximas passaram a constituir o
município de São Gonçalo.

Século XX

Palácio Arariboia, no Centro de Niteroi, inaugurado em 1910 para sediar a prefeitura da cidade.
Com a amenização da revolta e devido à necessidade da proximidade da capital do agora
estado do Rio de Janeirocom o Distrito Federal, em 1903, Niterói voltou a ser a capital do
estado do Rio de Janeiro. Isso ocasionou um novo impulso de modernização na cidade,
com construção de praças, deques, parques, estação hidroviária e rede de esgotos, além
de alargamentos das ruas e avenidas principais.
Alguns prefeitos se destacaram no desenvolvimento da "cidade-sorriso". Entre eles, o
primeiro de todos, Paulo Pereira Alves. Defensor do meio ambiente e incentivador do
potencial turístico da Região Oceânica, foi idealizador da avenida na Praia de Icaraí. João
Pereira Ferraz teve gestão marcada pela urbanização. Feliciano Sodré continuou o
trabalho de embelezamento da cidade. Também foi responsável pela implantação da rede
de saneamento em alguns bairros. Ernâni do Amaral Peixoto era o prefeito quando houve
o aterro de Praia Grande, os parcelamentos de áreas na Região Oceânica e a construção
da Avenida Amaral Peixoto.

Ponte Rio–Niterói
O Aterro da Praia
Grande possibilitou grandes
obras de potencial econômico
e turístico, como o Caminho
Niemeyer, o Terminal
Rodoviário João Goulart, o
campus da Universidade
Federal Fluminense, a Praça
JK e a Estação Arariboia.
Mas o maior marco para o
Ponte Rio–Niterói, Brasil
crescimento econômico da
cidade viria em plena ditadura
Ponte Presidente Costa e Silva
militar, quando foi inaugurada
Nome oficial
a Ponte Presidente Costa e
Silva, mais conhecida como
Arquitetura e construção
"Ponte Rio-Niterói", que usou
um sistema muito avançado
Mantida por Concessionária privada Ecoponte
de sustentação, em 1974. Foi
o sinal para o
Início da construção janeiro de 1969
redirecionamento de
investimentos públicos, da
Data de abertura 4 de março de 1974 (44 anos) especulação imobiliária, da
infraestrutura e ocupação de
Dimensões e tráfego bairros da Região Oceânica.

Comprimento total 13,29 km

Maior pilar 72 metros

Tráfego 150 mil veículos/dia

Pedágio Sim

Geografia

Via 8 vias, parte da BR-101

Cruza Baía de Guanabara

Localização Rio de Janeiro

Coordenadas
Coordenadas: 22° 52' 16.37" S 43° 09' 12.26" O

22° 52' 16.37" S43° 09' 12.26" O


Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida popularmente como "Ponte Rio-Niterói".
Em 1975, Niterói deixou de ser a capital do estado do Rio de Janeiro, por causa da fusão
do estado da Guanabara com o estado do Rio de Janeiro. Com a nomeação da cidade do
Rio de Janeiro como capital do estado unificado, Niterói se viu em meio de um pequeno
freio econômico-social.
Hoje, a cidade apresenta índices de desenvolvimento que a tornam mais do que simples
coadjuvante da capital do estado. Referência em setores essenciais como educação,
saúde, qualidade de vida e cultura, o município cresce a passos largos, ganhando espaço
no cenário nacional.[carece de fontes]

Ponte Rio–Niterói
Ponte Presidente Costa e Silva, popularmente conhecida como Ponte Rio–Niterói, é
uma ponte que atravessa a Baía de Guanabara, no estado do Rio de Janeiro, no Brasil.
Ela conecta os municípios do Rio de Janeiro e Niterói. Atualmente é a maior ponte
de concreto protendido no Hemisfério Sul e a sexta maior do mundo. Desde a sua
conclusão, em 1974, até 1985, ela foi a segunda maior ponte do mundo, perdendo apenas
para o Ponte do Lago Pontchartrain, nos Estados Unidos. Seu nome é uma homenagem
ao político brasileiro Artur da Costa e Silva.

Índice
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 1História
o 1.1Projeto
o 1.2Construção
o 1.3Inauguração e atualidade
 2Estrutura
o 2.1Alternativas
 3Ver também
 4Referências
 5Ligações externas

História[editar | editar código-fonte]


Projeto[editar | editar código-fonte]

Projeto de uma ponte suspensa ligando Niterói ao Rio de Janeiro, de 1935, entre a Urca e a
Fortaleza de Santa Cruz. Arquivo Nacional.
O conceito de seu projeto remonta a 1875, visando a ligação entre os dois centros urbanos
vizinhos, separados pela baía de Guanabara ou por uma viagem terrestre de mais de
100 km, que passava pelo município de Magé. À época havia sido concebida a construção
de uma ponte e, posteriormente, de um túnel. Entretanto, somente no século XX, em 1963,
foi criado um grupo de trabalho para estudar um projeto para a construção de uma via
rodoviária. Em 29 de dezembro de 1965, uma comissão executiva foi formada para cuidar
do projeto definitivo de construção de uma ponte. O Presidente Costa e Silva assinou
decreto em 23 de agosto de 1968, autorizando o projeto de construção da ponte,
idealizado pelo ministro dos transportes, Mário Andreazza, sob a gestão de quem a ponte
foi iniciada e concluída.
O projeto da ponte Rio Niterói foi preparado por um consórcio de duas empresas. A firma
Noronha Engenharia, sediada no Rio de Janeiro, preparou o projeto dos acessos no Rio
de Janeiro e em Niterói, assim como a ponte de concreto sobre o mar. A firma Howard,
Needles, Tammen and Bergendorf, dos EUA, projetou o trecho dos vãos principais em
estrutura de aço, incluindo as fundações e os pilares. Os engenheiros responsáveis pelo
projeto da ponte de concreto foram Antônio Alves de Noronha Filho e Benjamin Ernani
Diaz[1] e o engenheiro responsável pela ponte de aço foi o americano James Graham.
A apresentação oficial do projeto da Ponte Rio-Niterói aconteceu no dia 14 de novembro
de 1968 na Escola de Engenharia da Universidade Católica de Petrópolis (UCP). Na
cerimônia estavam presentes: o Presidente Costa e Silva, o Ministro Mário Andreazza, o
engenheiro Eliseu Rezende, diretor do DNER e o Grão-Chanceler e Reitor da UCP, Dom
José Fernandes Veloso. As obras tiveram início em janeiro de 1969.
Construção

Construção da Ponte Rio-Niterói, 1971. Arquivo Nacional.


A obra teve início, simbolicamente, em 9 de novembro de 1968, com a presença da
Rainha do Reino Unido, Elizabeth II e de Sua Alteza Real, o Príncipe Filipe, Duque de
Edimburgo, ao lado do ministro Mário Andreazza.
O canteiro principal da Ponte Rio de Niterói do Consórcio Construtor Guanabara se
localizava na Ilha do Fundão, pertencente à Universidade Federal do Rio de Janeiro.
Havia, também, canteiros secundários em Niterói. As firmas executoras da superestrutura
em aço foram Dormann & Long, Cleveland Bridge e Montreal Engenharia. A estrutura foi
toda fabricada na Inglaterra em módulos, que chegaram ao Brasil por transporte marítimo.
A fabricação final da ponte de aço, com os elementos pré-soldados da Inglaterra, foi feita
na Ilha do Caju, na Baia de Guanabara. A montagem das vigas de aço também foi feita
pelas mesmas firmas fabricantes da estrutura.
O banco responsável por parte do financiamento da obra foi N M Rothschild & Sons. Não
foi permitida a participação única de empresas inglesas no processo de licitação da
fabricação dos vãos principais de aço. Para concretizar a realização da obra, o Ministro da
Fazenda, Delfim Neto, o engenheiro Eliseu Resende e a Rotschild & Sons assinaram,
em Londres, um documento que assegurava o fornecimento de estruturas de aço, com um
comprimento de 848m, incluindo os vãos de 200m+300m+200m e dois trechos adicionais
de 74m, e um empréstimo de, aproximadamente, US$ 22 milhões com bancos britânicos.
O valor destinava-se a despesas com outros serviços da ponte,
totalizando NCr$ 113.951.370,00.
Vista da ponte a partir da baía.

Vista aérea do vão central de aço da Ponte Rio-Niterói, Brasil.

Fotografia aérea da Ponte Rio-Niterói.


O preço final da obra foi avaliado em NCr$ 289.683.970,00, com a diferença paga pela
emissão de Obrigações Reajustáveis do Tesouro Nacional. Em 1971, o contrato de
licitação para construção da obra foi rescindido devido a atraso nas obras, e a construção
passou a ser feita por um novo consórcio das construtoras Camargo Correa, Mendes
Junior e Construtora Rabello designado Consórcio Construtor Guanabara, sendo
concluído três anos depois.
Inauguração e atualidade[editar | editar código-fonte]
A ligação rodoviária foi entregue em 4 de março de 1974, com extensão total de 13,29 km,
dos quais 8,83 km são sobre a água, e 72 m de altura em seu ponto mais alto, e com
previsão de um volume diário de 4.868 caminhões, 1.795 ônibus e 9.202 automóveis,
totalizando 15.865 veículos. Atualmente é considerada a maior ponte, em concreto
protendido, do hemisfério sul e atualmente é a 11ª maior ponte do mundo. No ano em que
foi concluída, era a segunda maior ponte do mundo, perdendo apenas para a Causeway
do lago Pontchartrain nos Estados Unidos. Ela continuou no posto de segunda maior
ponte do mundo até 1985 quando foi concluída a Ponte Penang na Malásia.
Na época de sua construção a sua travessia era gratuita, não existindo a cobrança de
pedágio, implantado anos depois. a promessa era que o investimento fosse quitado por
recursos obtidos do pedágio num prazo de oito anos, mas que o usuário deveria continuar
a pagar o valor após a liquidação da dívida do Estado. Ao ser inaugurada, o pedágio da
ponte custava Cr$ 2,00 para motocicletas; Cr$ 10,00 para carros de passeio, Cr$ 20,00
para caminhões, ônibus e caminhões com três eixos e rodagem dupla Cr$ 40,00, e Cr$
70,00 para os caminhões com seis eixos e rodagem dupla.
Em 1995 foi feita uma concorrência para concessão da administração da ponte para a
iniciativa privada, que foi vencida pelo consórcio Ponte S/A, atualmente, empresa
do Grupo CCR. Cinco operários morreram durante a construção do vão central da ponte,
devido à altura em relação ao nível do mar.(Um engenheiro da época em reportagem hoje
22/05/2013 afirmou que morreram em media 40 funcionários nos 05 anos da obra onde
trabalhavam 10 mil operários, Só em um acidente morreram 10 funcionários incluído 3
engenheiros.)[carece de fontes]
Em 2009 foi realizada repintura das faixas, estreitando-as, quando a Ponte passou de 3
para 4 faixas de rolamento em cada sentido. Porém, tal obra é considerada apenas um
paliativo, visto que a capacidade de tráfego da Ponte Rio–Niterói encontra-se à beira do
esgotamento, havendo congestionamentos em grande parte do dia.
Em 18 de Março de 2015, a ponte foi leiloada mais uma vez, com
a EcoRodovias ganhando a concessão de 30 anos, já a partir de maio desse ano, entre
essas obras, que serão iniciadas em 2016, estão o mergulhão da Praça Renascença, a
ligação da ponte com a Linha Vermelha e a construção da Avenida Portuária.[2]

Vista panorâmica da Ponte Rio-Niterói, Brasil.

Vista da Baía de Guanabara a partir do Morro do Pão de Açúcar, com destaque para o Aeroporto
Santos Dumont e a Ponte Rio-Niterói.

Estrutura[editar | editar código-fonte]


Ponte Presidente Costa e Silva

País
Nome popular Ponte Rio–Niterói

Inauguração 1974

Extensão 13,29 km (8,26 mi)

Extremos
• norte: Av. do Contorno em Niterói, RJ
• sul: Av. Brasil no Rio de Janeiro, RJ

Trecho da
BR-101

Concessionária Ecoponte

norte
sul
< Av. do Contorno/Rodovia BR-
Av. Brasil >
Rio—Vitória 101

A importância da Rio–Niterói na Região Metropolitana do Rio de Janeiro tomou tais


proporções, que é comum que seus habitantes se refiram à obra como "a Ponte", tal é a
importância da via. Segundo a concessionária Ponte S/A, em fluxos normais, o movimento
médio atinge 150 mil veículos/dia. O tráfego da Rio-Niterói tem um acréscimo considerável
em vésperas e finais de feriados prolongados, uma vez que ela é o caminho para ir da
cidade do Rio de Janeiro para as rodovias que dão acesso às praias da Região dos Lagos,
região turística do estado do Rio de Janeiro. Faz parte da BR-101 e está sob a
circunscrição da 2ª Delegacia de Polícia Rodoviária Federal (PRF).
Alternativas
O Poder Público já começa a procurar alternativas à Ponte, como a construção do Arco
Metropolitano, que tem como um dos objetivos desviar tráfego da Ponte Rio–Niterói. O
Estado analisa outras opções viárias de ligação entre o Rio e Niterói. A principal opção
parece ser a construção da Linha 3 do Metrô Rio, ligará o Parque do Flamengo ou Centro
do Rio ao Gragoatá. Outra opção metroviária, que remonta ao projeto original do Metrô de
1968 é a continuação da Linha 2 do Metrô Rio, atravessando a Baía da Guanabara
embaixo d’água até Niterói, fazendo uma ligação com a Cruz Vermelha, no Rio, passando
pelo Largo da Carioca, Castelo/Praça XV e a Baía da Guanabara, debaixo d’água, até
Niterói, próximo à Estação das Barcas, no Centro.
Embora, as autoridades apontem que a ligação prioritária é a metroviária, com a Linha 3
do Metrô Rio, que é uma ligação de massa, mas não descartar a hipótese de uma ligação
rodoviária, que pode ser feita em conjunto. Defende-se uma ligação submarina mista
(metro e carros) como uma alternativa viável para a solução do problema com construção
de uma nova ligação entre as duas cidades, entre o Monumento do Estácio de Sá, no
Parque do Flamengo, e o Gragoatá.[3]
Niterói
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Nota: Para por outras definições de Niterói, veja Niterói (desambiguação).

Coordenadas: 22° 52' 58" S 43° 06' 14" O

Município de Niterói
"Nikiti"
"Cidade Sorriso"
"Nikiti City"
"Terra de Araribóia""
Vista panorâmica de Niterói.

Bandeira Brasão
Hino

Fundação 22 de novembro de 1573(444 anos)


Gentílico niteroiense
Prefeito(a) Rodrigo Neves (PDT)
(2017 – 2020)

Localização

Localização de Niterói no Rio de Janeiro


Niterói
Localização de Niterói no Brasil

22° 52' 58" S 43° 06' 14" O

Unidade federativa Rio de Janeiro


Mesorregião Metropolitana do Rio de JaneiroIBGE/2008[1]
Microrregião Rio de Janeiro IBGE/2008[1]
Região metropolitana Rio de Janeiro
Municípios limítrofes São Gonçalo , Maricá e Rio de Janeiro
Distância até 15 km
a capital
Características geográficas
Área 129,3 km² [2]
População 496 696 hab. (RJ: 5º/BRA:
43º) – Estimativa IBGE/2014[3]

Densidade 3 841,42 hab./km²


Altitude 2m
Clima Tropical[4][5]
Fuso horário UTC−3
Indicadores
IDH-M 0,837 (RJ: 1º) – muito elevadoPNUD/2010[6]
PIB R$ 24 522 575 mil (BR: 45º) – IBGE/2014[7]

PIB per capita R$ 49 493,56 IBGE/2014


Página oficial
Prefeitura www.niteroi.rj.gov.br
Niterói é um município da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, no estado do Rio de
Janeiro, Região Sudeste do Brasil. Foi a capital estadual, como indicado pela sua coroa
mural dourada, exclusiva de capitais, entre 1834-1894 e novamente entre 1903-1975. Com
população estimada em 496.696 habitantes, segundo os dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística de 2016,[3] e uma área de 129,3 km², integra a Região
Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) e ostenta o mais elevado Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) do Rio de Janeiro[8] e o sétimo maior entre os
municípios do Brasil em 2010.[9] Individualmente, é o segundo município com maior média
de renda domiciliar per capita mensal do Brasil[10] e aparece na 13ª posição entre os
municípios do país segundo os indicadores sociais referentes à educação.[11]
Foi capital estadual fluminense até a fusão entre os estados do Rio de Janeiro e
da Guanabara em 1975. Dista 15 km da Cidade do Rio de Janeiro e possui como acessos
a Ponte Rio–Niterói e Avenida do Contorno, ambas trechos da BR-101, a Alameda São
Boaventura, trecho urbano da RJ-104, a Avenida Everton Xavier, trecho urbano da RJ-
108. Também se pode chegar à cidade por meio das linhas de ferry conhecidas
como barcas. A cidade é um dos principais centros financeiros, comerciais e
industriais do Estado do Rio de Janeiro, sendo a 12ª entre as 100 melhores cidades
brasileiras para se fazer negócios.[12] Niterói vem registrando um alto índice de
investimentos na cidade, principalmente imobiliários e comerciários, advindos tanto da
herança de ter sido a capital estadual, como por sua proximidade geográfica com a Cidade
do Rio de Janeiro. Absorve um intenso desenvolvimento das atividades de exploração de
petróleo offshore na Bacia de Santos e da Bacia de Campos.[13] Escritórios de serviços
especializados, hospitais, universidades, museus e shopping-centers proporcionam
opções de entretenimento às famílias e pessoas. Ao mesmo tempo, o município está
absorvendo uma série de investimentos industriais importantes nos setores ligados à
cadeia produtiva de petróleo e gás. Destaca-se a reinauguração de estaleiros, com a
reforma e a manutenção de plataformas e estruturas offshore, além da construção de
embarcações para o transporte de passageiros.[14]
Segundo dados do IBGE de 2010, o produto interno bruto nominal de Niterói foi de 11,2
bilhões de reais,[15]figurando como o quinto município com maior produto interno bruto do
estado, depois da capital fluminense, de Duque de Caxias, Campos dos
Goytacazes e Macaé, além de ser o 45º município mais rico do Brasil. Somente no setor
de petróleo, a região responde por 70 por cento do parque instalado estadual do
setor,[16] concentrando desde empresas de offshore a estaleiros. A cidade é o segundo
maior empregador formal do Estado do Rio de Janeiro, embora ocupe o 5º lugar quanto ao
número de habitantes, que correspondem a 4,11 por cento do total da população
da Região Metropolitana do Rio de Janeiro.
Niterói possui o melhor índice de desenvolvimento humano do Estado e o terceiro do país
de acordo com estudo feito pela Fundação Getúlio Vargas em junho de 2011,[17] que
também classificou Niterói como "a cidade com população mais rica do Brasil", por possuir
30,7 por cento dela inserida na classe A. Considerando as classes A e B, Niterói também
aparece em primeiro lugar, com 42,9% de sua população inserida nessas classes. Está
entre as cidades mais alfabetizadas do Brasil, além de apresentar a menor incidência de
pobreza, a população com maior renda mensal per capita e o maior índice de longevidade
municipal do Estado do Rio de Janeiro. Segundo levantamento do Instituto Trata Brasil,
com base no ano de 2014, a cidade encontra-se na 12ª posição nacional apresentando
100% do abastecimento de água tratada. Em relação ao tratamento de esgoto o município
aparece na 9º colocação e está entre as 10 cidades que tratam mais de 80% do seu
esgoto.[18]

Índice
[esconder]

 1Topônimo
 2História
o 2.1França Antártica
o 2.2Elevação a capital
o 2.3História recente
 3Política
o 3.1Símbolos municipais
 4Subdivisões
 5Geografia
o 5.1Hidrografia
o 5.2Relevo
o 5.3Fauna e flora
o 5.4Clima
 6Demografia
o 6.1Religião
 7Economia
o 7.1Transporte
o 7.2Turismo
 8Educação
 9Cultura
o 9.1Centros culturais
o 9.2Gastronomia
o 9.3Espaços teatrais e museus
o 9.4Esporte e carnaval
o 9.5Feriados municipais
 10Grande Niterói ou Leste Metropolitano do Rio de Janeiro
 11Ver também
 12Referências
 13Ligações externas

Topônimo[editar | editar código-fonte]


"Niterói" (anteriormente escrito "Nictheroy" ou "Nitheroy") era o nome indígena do porto
da cidade do Rio de Janeiropor volta de 1554.[19][20] Em 1834, o antigo topônimo indígena
"Niterói" foi adotado como novo nome da até então "Vila Real da Praia Grande", quando
esta se tornou a capital da Província do Rio de Janeiro. Existem várias explicações sobre o
significado do termo na língua tupi:

 "água que se esconde";


 "porto sinuoso";[21][22]
 "rio verdadeiro frio", pela junção dos termos 'y (rio), eté (verdadeiro) e ro'y (frio).[23]

História[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: História de Niterói
França Antártica[editar | editar código-fonte]
Arariboia
No ano de 1555, o navegador francês Nicolas Durand de Villegaignon se aliou aos
índios tupinambás que dominavam a Baía de Guanabara e instituiu uma colônia francesa
na região, a França Antártica. A região era evitada pelos portugueses por causa da
hostilidade dos tupinambás. A região desenvolveu-se sob o comando de Villegaignon, que
planejou construir uma cidade na região. Passado algum tempo, calvinistas que haviam
imigrado da França para a colônia regressaram à França, onde acusaram Villegaignon de
preconceito contra os protestantes e de má administração. O navegador francês teve de
voltar à França para explicar-se.
Na ausência do governador francês, em 1560, Mem de Sá atacou e destruiu o forte
francês que se localizava na Baía de Guanabara, o Forte Coligny, sem, contudo, conseguir
expulsar definitivamente os franceses da região. Estácio de Sá, sobrinho de Mem de Sá,
que continuaria com o comando da guerra, recorreu à ajuda do chefe dos
índios temiminós, Arariboia (que é o termo tupi para cobra-papagaio).[24] Arariboia havia
sido expulso pelos franceses de sua terra natal, a ilha de Paranapuã (hoje Ilha do
Governador) e se refugiara na Capitania do Espírito Santo, onde se aliou aos portugueses
e os ajudou a expulsar invasores neerlandeses. Arariboia aceitou o pedido do governador
para ajudar os portugueses a expulsar os franceses da Baía de Guanabara, na esperança
de reconquistar a ilha-mãe.
Com o fim da guerra, em 1567, Arariboia recebeu o nome cristão de Martim Afonso. Mas
Estácio de Sá resolveu ocupar a ilha de Paranapuã, tornando-a a Ilha do Governador.
Para manter a segurança na Baía de Guanabara, Estácio de Sá insistiu com Arariboia
para não voltar para a Capitania do Espírito Santo e convenceu-o a ocupar o lado direito
da entrada da Baía de Guanabara, no lado oposto à cidade de São Sebastião do Rio de
Janeiro fundada por Estácio em 1565. Dessa forma, a entrada da baía ficaria totalmente
protegida contra invasões. O local a ser ocupado por Arariboia era conhecido como Banda
d’Além e foi para lá que Arariboia levou sua tribo, fundando a vila de São Lourenço dos
Índios.
Estação das Barcas de Niterói, década de 1940. Arquivo Nacional.
Elevação a capital[editar | editar código-fonte]

O bairro de São Domingospreserva trilhos do antigo bonde em Niterói.


No início, as atividades navais foram as maiores responsáveis pelo progresso da região,
que se desenvolveu e adquiriu importância até tornar-se a Vila Real da Praia Grande, em
1819, quando foi reconhecida pelo Reino de Portugal, que estava sediado naquele
momento na cidade do Rio de Janeiro. Em 1834, o Ato Adicional à Constituição de
1824 fez, da Vila Real da Praia Grande, a capital da província do Rio de Janeiro, e
transformou a cidade do Rio de Janeiro, então capital do império, num município neutro,
sem estar subordinado à alguma província.
No ano seguinte, 1835, a cidade passou a se chamar Nictheroy. A condição de capital
trouxe uma série de desenvolvimentos urbanos como a barca a vapor, iluminação pública
a óleo de baleia, abastecimento de água e novos meios de transporte para ligar a cidade
ao interior da província. Nove anos depois, o imperador dom Pedro II concedeu à cidade
de Niterói o título de Imperial Cidade. A nomeação era dada às cidades mais importantes,
conferindo-lhes certa autonomia e poder regional.
No fim do século XIX, por volta de 1885, foram fundados alguns sistemas de bonde, o que
possibilitou a expansão da cidade para bairros como Icaraí, Ponta d’Areia e Itaipu.
A Revolta da Armada, em 1893, prejudicou as atividades produtivas e forçou a
transferência da sede da capital para Petrópolis. Em 1903, Niterói voltou a ser a capital do
estado fluminense. Isso ocasionou um novo impulso de modernização na cidade com
construção de praças, deques, parques, estação hidroviária e rede de esgotos, além de
alargamentos das ruas e avenidas principais.
História recente[editar | editar código-fonte]
Os anos seguintes foram considerados os anos do desenvolvimento que resultaria na
atual Niterói, que tem o melhor índice de desenvolvimento humano do estado. Isso se deu
por intermédio do trabalho de alguns prefeitos. Paulo Pereira Alves, defensor do meio
ambiente e incentivador do potencial turístico da Região Oceânica, foi idealizador da
avenida na Praia de Icaraí. João Pereira Ferraz teve gestão marcada pela urbanização
e Feliciano Sodré continuou o trabalho com objetivo de embelezar e também foi
responsável pela implantação da rede de saneamento em alguns bairros. Ernani do
Amaral Peixoto era o governador do estado quando houve o aterro da Praia Grande, os
parcelamentos de áreas na Região Oceânica e a construção de avenida que ganhou seu
nome.
O aterro da Praia Grande possibilitou grandes obras de potencialidades econômicas e
turísticas, como o Caminho Niemeyer, a Praça Juscelino Kubitschek e a Estação Arariboia.
Mas o maior marco para o crescimento econômico da cidade viria em plena ditadura militar
(1964-1985), quando foi inaugurada a Ponte Presidente Costa e Silva, mais conhecida
como Ponte Rio - Niterói, em 1974. Foi o sinal para o redirecionamento de investimentos
públicos, da especulação imobiliária, da infraestrutura e ocupação de bairros da Região
Oceânica.

Deslizamento no morro do Bumba, 2010.


Com a fusão do estado da Guanabara com o estado do Rio de Janeiro, em 1975, Niterói
deixou de ser a capital, transferindo o título para o Rio de Janeiro. Hoje, a cidade
apresenta o terceiro melhor índice de desenvolvimento humano do Brasil.[25] Em abril de
2010, houve uma grande tragédia na cidade, no Morro do Bumba, onde 267 pessoas
morreram após as chuvas que causaram o desabamento de encostas. As casas do local
foram construídas em cima de um lixão desativado, num terreno fragilizado e que não
suportou a quantidade de chuvas de verão. Inclusive, os bairros próximos são bairros com
o menor índice de desenvolvimento humano da cidade.
Após o deslizamento do Morro do Bumba, a cidade passou a esbarrar em outro problema:
o crescimento acelerado e desordenado iniciado na década dos anos 2000, principalmente
impulsionado pela chegada de novos moradores, provenientes da cidade do Rio de
Janeiro. Eles emigraram para Niterói com o objetivo de fugir da violência urbana, que tinha
níveis elevados. Com isso, bairros como Icaraí passaram a registrar um aumento
exponencial de construções de prédios de condomínios ao mesmo tempo em que o
crescimento populacional passou a atingir também bairros afastados como a Região
Oceânica como um todo, além da região da Pendotiba.
De modo a tentar resolver esses problemas, a última administração do prefeito Jorge
Roberto Silveira (2009-2012) tomou algumas medidas para tentar melhorar o fluxo de
veículos nos horários de pico, como a conversão da Avenida Roberto Silveira em via de
mão única e a construção de um mergulhão ligando as avenidas Jansen de Melo e
Marquês de Paraná, sendo esta cercada de muitas controvérsias e cuja conclusão foi no
governo do atual prefeito Rodrigo Neves. Há, ainda, a construção do Corredor
Metropolitano da Alameda São Boaventura, que consiste em uma pista exclusiva para
ônibus, de forma a desafogar esta via.
Na eleição municipal de 2012, Jorge Roberto Silveira abdicou da candidatura à reeleição,
alegando estar tratando um câncer de garganta, e lançou Felipe Peixoto, jovem deputado
estadual pelo Partido Democrático Trabalhista, que teve, como concorrentes, Rodrigo
Neves, Flávio Serafini e Sergio Zveiter. Em uma disputa acirrada, Rodrigo Neves,
do Partido dos Trabalhadores, venceu, com 52,55 por cento dos votos válidos, o pedetista
Felipe Peixoto.

Política[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Política de Niterói
Ver: Prefeitos de Niterói e Vereadores de Niterói
Câmara Municipal de Niterói, órgão legislativo do município.
Em Niterói, o poder executivo é representado pelo prefeito e gabinete de secretários, em
conformidade ao modelo proposto pela Constituição Federal. A Lei Orgânica do
Município e o atual Plano Diretor, porém, preceituam que a administração pública deve
conferir à população ferramentas efetivas ao exercício da democracia participativa. Deste
modo, a cidade é dividida em secretarias regionais (embora já tenha sido dividido em
administrações regionais), cada uma delas dirigida por um secretário nomeado pelo
prefeito.
O poder legislativo é constituído à Câmara Municipal de Niterói (CMN), composta por
21 vereadores eleitos[26] para mandatos de quatro anos (em observância ao disposto no
artigo 29 da Constituição Federal, que disciplina um número mínimo e máximo para
municípios de acordo com número de habitantes). Cabe à casa elaborar e votar leis
fundamentais à administração e ao Executivo, especialmente o orçamento participativo
(Lei de Diretrizes Orçamentárias).
Símbolos municipais[editar | editar código-fonte]
Ver artigos principais: Bandeira, brasão e hino de Niterói

À esquerda, a bandeira do município de Niterói e, à direita, o brasão.


A bandeira foi adotada em 24 de novembro de 1969. Através do decreto nº. 1736/69, a
Prefeitura de Niterói, "considerando que o brasão de armas do Município de Niterói, além
de desatualizado, não obedece às normas da heráldica de domínio" e que "o Município de
Niterói não possui bandeira que o represente", instituiu um concurso para a escolha de um
novo brasão e de uma bandeira para a cidade. A proposta vencedora foi a que apresentou
uma bandeira dividida em dois campos, com o brasão dentro.[27]
O brasão tem a forma do escudo ibérico, utilizado em Portugal à época do descobrimento
do Brasil, ressaltando, justamente, a origem portuguesa da nossa colonização. Oito torres
coroam o brasão, das quais somente cinco são aparentes. As torres douradas são
utilizadas exclusivamente para representar uma capital. À época em que o brasão foi
criado, Niterói era a capital do Estado do Rio de Janeiro, condição que perdeu com a fusão
com o Estado da Guanabara, em 1975.[27]
O hino, a letra de Nilo Neves e a melodia de Almanir Grego, foi oficializado em 1992, que
instituiu o "Vila Real da Praia Grande" como o hino do município. A Lei Orgânica Municipal,
de 4 de abril de 1990, em seu artigo oitavo, incluiu a representação gráfica do Museu de
Arte Contemporânea - MAC, como símbolo da cidade, ao lado do hino e do brasão,
decisão ratificada pela emenda 14/97.[27]

Subdivisões[editar | editar código-fonte]


Ver: Bairros de Niterói
O município é dividido em cinquenta e dois bairros. Para efeito de planejamento político-
administrativo, a cidade foi organizada em cinco regiões de planejamento subdividas em
19 sub-regiões de planejamento.

Regiões de Sub-regiões de População


População População Bairros
Planejamento Planejamento (*)

Icaraí 78.615
Sub-Região de Icaraí 95.781
Ingá 17.166

Santa Rosa 30.623

Viradouro 4.541
Sub-Região de Santa
42.575
Rosa
Pé Pequeno 4.112

Praias da Baía 202.638


Vital Brazil 3.299

Centro 18.666

Ponta d’Areia 6.876


Sub-Região do
40.535
Centro
São Domingos 4.727

Morro do
4.072
Estado
Fátima 4.003

Boa Viagem 2.064

Gragoatá 127

São Francisco 9.686

Sub-Região de São
20.950 Charitas 8.093
Francisco

Cachoeira 3.171

Sub-Região de
2.797 Jurujuba 2.797
Jurujuba

Fonseca 51.860

Sub-Região do
67.258 Cubango 11.314
Fonseca

Viçoso Jardim 4.084

Barreto 17.942

Norte 151.408
São Lourenço 9.596
Sub-Região do
41.007
Barreto
Santana 7.710

Ilha da
5.759
Conceição

24.927 Engenhoca 21.304


Sub-Região da Tenente
3.623
Engenhoca Jardim

Caramujo 7.976

Sub-Região do
18.216 Santa Bárbara 7.415
Caramujo

Baldeador 2.825

Piratininga 16.076

Sub-Região de
20.492 Cafubá 3.289
Piratininga

Jardim Imbuí 1.127

Engenho do
9.824
Mato
Sub-Região do
19.066
Engenho do Mato
Serra Grande 9.242

Oceânica 68.695 Maravista 10.031


Sub-Região de
14.773
Maravista
Santo Antônio 4.742

Itaipu 6.313

Sub-Região de Itaipu 10.803 Camboinhas 3.136

Itacoatiara 1.354

Sub-Região do
3.561 Jacaré 3.561
Jacaré
Largo da
9.243
Batalha

Cantagalo 8.555
Sub-Região do Largo
28.268
da Batalha
Badu 6.198

Maceió 4.272

Pendotiba 55.513
Ititioca 8.591
Sub-Região de
15.765
Ititioca
Sapê 7.174

Maria Paula 6.715

Sub-Região da Vila
11.480 Vila Progresso 3.728
Progresso

Matapaca 1.037

Rio do Ouro 3.072


Sub-Região do Rio
3.807
do Ouro
Muriqui 735
Leste 6.664

Sub-Região da Várzea das


2.857 2.857
Várzea das Moças Moças

Total Geral 484.918

(*) Dados populacionais conforme Setores Censitários 2010 do IBGE


Sub-Regiões Niteroienses

 Regiões Administrativas O Plano Diretor de Niterói (Lei 1157/92) dividiu também o


município em doze regiões administrativas: Leste; Norte I, II e III; Oceânica I e II;
Pendotiba I e II; Praias da Baía I, II, III e IV.
Bairros contidos nas regiões administrativas:

 R. A. Praias da Baía I - Centro, Ponta d’Areia, São Domingos, Morro do Estado,


Fátima e Gragoatá;
 R. A. Praias da Baía II - Icaraí, Ingá e Boa Viagem;
 R. A. Praias da Baía III - Santa Rosa, Viradouro, Pé Pequeno e Vital Brazil;
 R. A. Praias da Baía IV - São Francisco, Charitas, Cachoeira e Jurujuba;
 R. A. Norte I - Fonseca, Cubango, São Lourenço, Santana e Ilha da Conceição;
 R. A. Norte II - Engenhoca, Barreto e Tenente Jardim;
 R. A. Norte III - Caramujo, Santa Bárbara, Viçoso Jardim e Baldeador;
 R. A. Pendotiba I - Largo da Batalha, Ititioca, Cantagalo, Badu e Maceió;
 R. A. Pendotiba II - Sapê, Maria Paula, Vila Progresso e Matapaca;
 R. A. Oceânica I - Piratininga, Jacaré, Cafubá, Camboinhas e Jardim Imbuí;
 R. A. Oceânica II - Maravista, Engenho Do Mato, Serra Grande, Itaipu, Santo Antônio
e Itacoatiara;
 R. A. Leste - Rio do Ouro, Várzea das Moças e Muriqui.

Regiões Administrativas Niteroienses


A prefeitura trabalha com 14 secretarias de administração regional: Barreto; Engenhoca;
Fonseca; Icaraí; Ilha da Conceição; Ingá e Centro; Jurujuba; Largo da Batalha; Ponto Cem
Réis e Adjacências; Região Oceânica; Rio do Ouro; São Francisco; Sapê, Badu e
Matapaca; Tenente Jardim.

Regiões de Planejamento Secretarias de Administração Regional

Região das Praias da Baía SAR de Icaraí


SAR de Jurujuba

SAR de São Francisco

SAR do Ingá e Centro

SAR da Engenhoca

SAR da Ilha da Conceição

SAR de Tenente Jardim


Região Norte
SAR do Barreto

SAR do Fonseca

SAR do Ponto Cem Réis e Adjacências

Região Oceânica SAR da Região Oceânica

SAR do Largo da Batalha


Região de Pendotiba
SAR do Sapê, Badu e Matapaca

Região Leste SAR do Rio do Ouro

Geografia[editar | editar código-fonte]


Hidrografia[editar | editar código-fonte]
Região Oceânica
Niterói tem uma área de 129,375 quilômetros quadrados localizada entre a Baía de
Guanabara (oeste), o Oceano Atlântico (sul), Maricá (leste) e São Gonçalo (norte).
A região oceânica é o grande ponto de belezas naturais, pois conta com as melhores
praias - Praia de Fora e Praia do Imbuí, com seus valores históricos; Praia de Piratininga,
Praia de Camboinhas, Praia de Itaipu e Praia de Itacoatiara, as mais famosas e
visitadas; Praia do Sossego, Praia Adão e Eva e Prainha, locais calmos e paradisíacos.
Possui duas lagoas de água salgada: Piratininga e Itaipu. A primeira se liga à segunda por
meio do Canal do Camboatá, aberto pelo Departamento Nacional de Obras de
Saneamento em 1946. A Lagoa de Itaipu, por sua vez, se liga ao mar através do Canal de
Itaipu, que foi construído em 1979.[28]
Relevo[editar | editar código-fonte]
O relevo é constituído por terrenos cristalinos, divididos em maciços e colinas costeiras.
Os maciços predominam no sul e formam as serras do Malheiro, do Calaboca e da Tiririca,
onde está a Pedra do Elefante, ponto mais alto do município, a 412 m de altura .
As planícies costeiras são constituídas de sedimentos localizadas, obviamente, próximas
ao mar. A mais extensa abrange toda área das lagoas de Piratininga e Itaipu.
Fauna e flora[editar | editar código-fonte]
À época do descobrimento, predominava a Mata Atlântica, que hoje só está preservada
em poucos locais, como, por exemplo, na Serra da Tiririca. Há, também, áreas
de restinga e de mangue.

 Horto Botânico de Niterói


Ver artigo principal: Horto Botânico de Niterói
O Horto Botânico de Niterói (Também conhecido por Jardim Botânico de Niterói), no bairro
do Fonseca, foi criado, por decreto do governador Nilo Peçanha, em maio de 1906, com a
finalidade de cultivar e distribuir aos lavradores sementes e mudas de frutíferas e plantas
medicinais. Com mais de um século de existência, o horto conta com espécies de plantas
e árvores como jatobás, jequitibás, jacarandás e sapucaias e também com espécies raras,
como o pau-mulato, só encontrado no Jardim Botânico do Rio de Janeiro e na Amazônia.

 Parque da Cidade
Ver artigo principal: Parque da Cidade
Vista do Parque da Cidade.
Reserva biológica e florestal do município numa altitude de aproximadamente 270 metros,
ocupando uma área de 150.000 metros quadrados, que possui um mirante da onde pode-
se ter uma visão panorâmica das lagunas, região oceânica, bairros de Niterói, Baía de
Guanabara e do mar aberto. Também conta com diversas opções de trilhas para prática
de esportes como Mountain bike, corrida e caminhada.

 Parque Estadual da Serra da Tiririca


Ver artigo principal: Parque Estadual da Serra da Tiririca
Foi declarado "reserva mundial da biosfera" pela Organização das Nações Unidas para a
Educação, a Ciência e a Cultura em 1992. Em 2012, teve seus limites ampliados pelo
Decreto Estadual 43 913, incorporando a Reserva Municipal Darcy Ribeiro, as ilhas Pai,
Mãe e Menina e o Morro da Peça, passando a abranger uma área de 3 568 hectares.

 Parque Nacional Darcy Ribeiro


É uma área remanescente da Mata Atlântica, reunindo blocos rochosos, nascentes e belas
paisagens. Abrange as áreas do Morro do Cantagalo, Morro do Jacaré, Serra Grande e
Serra do Malheiro.[29]
Clima[editar | editar código-fonte]
Gráfico climático para Niterói[30]

J F M A M J J A S O N D

114 104 104 137 86 81 56 51 86 89 97 170

29 30 29 28 27 25 26 26 25 26 27 29
23 23 23 22 21 19 18 19 19 20 22 22

Temperaturas em °C • Precipitações em mm

O clima de Niterói é tropical do tipo Aw,[4][5] com verões quentes e invernos moderados.
Sua temperatura média é de 22,6°C, sendo 20,2°C a temperatura média do mês mais frio
(julho) e 25,6°C do mês mais quente (fevereiro).[31] A pluviosidade tem média de 1.093 mm
anuais.[31] Não há estação seca no município, apenas uma redução no regime de chuvas
durante o inverno.
No inverno, compreendido entre junho, julho, agosto e setembro, a presença de frentes
frias oriundas do avanço de massas polares ocasionam quedas bruscas de temperatura,
amenizadas pela maritimidade. Neste período a estiagem é bastante comum, podendo
ficar semanas sem chover devido a essa presença de massas secas de origem polar e
seus centros de alta pressão atmosférica que, por sua vez, divergem os ventos e dificultam
a formação de nuvens de chuva. Outro evento bastante comum é a formação
de nevoeiro durante a madrugada pelo resfriamento atmosférico e ausência de ventos,
muita das vezes ocasionando o fenômeno da inversão térmica. Algumas madrugadas,
porém, podem não ser tão geladas para os padrões niteroienses. Isso ocorre quando há
uma frente fria estacionada no local, suas nuvens funcionam como um cobertor impedindo
que o calor absorvido durante o dia possa retornar à atmosfera durante a noite. Um
exemplo de temperatura baixa recentemente registrada foi de 11,2°C durante o inverno de
2010.[32] Entretanto, a temperatura mais baixa registrada recentemente foi de 1°C nas
redondezas de Niterói em 2000.[33]há áreas mais elevadas como Pendotiba onde no
inverno as temperaturas chegam a 10°C.
No verão, compreendido entre dezembro, janeiro, fevereiro e março, a influência de
massas equatoriais e dos ventos provenientes da Amazônia formam um canal de umidade
entre o Norte e o Sudeste, determinando o clima quente e úmido desta época do ano com
suas típicas tempestades vespertinas. As manhãs costumam ser calorosas e abafadas,
durante a tarde costuma-se ter formação de tempestades com ventos fortes e pela noite o
tempo volta a abrir. Há picos comuns de trinta graus centígrados e, devido à alta umidade,
sensações térmicas superiores.

Clima tropical em Niterói.


O outono, entre março e junho, é marcado por dias limpos de céus azuis e temperaturas
frescas, principalmente pela manhã. As massas polares começam a atingir a região com
significância e as temperaturas caem progressivamente. Algo curioso de se ressaltar é
quando o intervalo entre essas frentes frias é muito grande e, já que formam contínuos
centros de alta pressão divergindo as nuvens, sua umidade despenca e a temperatura
pode atingir picos de até trinta graus centígrados em pleno outono, caracterizando o
fenômeno conhecido como veranico.
A primavera, compreendida entre os meses de setembro, outubro, novembro e dezembro,
é chuvosa, pois ainda são sentidas frentes frias tardias deixadas pelo inverno, a
temperatura não sobe muito, até se aproximar dezembro (verão). As massas úmidas
equatoriais oriundas da amazônia também começam a agir, causando uma forte
instabilidade atmosférica, sendo o tempo modificado várias vezes em um mesmo dia.
As duas estações acima são meramente de transição, sentidas apenas pelos habitantes
(queda de temperatura no outono e aumento térmico na primavera), porém raramente
pelas plantas. É comum ver algumas plantas perderam folhas ou florescerem em todas as
estações do ano. Importante ressaltar, também, que as vegetações dominantes em Niterói
(floresta ombrofila mista e floresta ombrofila densa) são florestas com características
tropicais e subtropicais, ou seja, são perenifólia (não costumam perder suas folhas) exceto
em regiões específicas do Rio do Ouro e Muriqui.
Outro ponto importante é a demora do aquecimento térmico até o verão e a lentidão da
queda de temperatura até chegar o inverno, como mostra o gráfico climático. Isso se deve
ao fato de Niterói se localizar no hemisfério sul com presença de grandes oceanos e
massas de água. A água, por sua vez, tem um calor específico alto, cerca de 1 cal/g.°C, o
que conserva energia térmica e então demora na absorção e perda de calor. Por isso,
pode-se observar queda de temperatura com frentes frias ainda durante o verão e dias de
calor abafado ainda durante o inverno.

Demografia[editar | editar código-fonte]


Crescimento populacional de Niterói (fonte:IBGE)
Ano Habitantes
1980 397 123
1991 436 155
1996 450 364
2000 459 461
2005 476 669
2010 487 327

O município possui uma população de 487 327 habitantes,[6] segundo dados de 2010.
Em um relatório divulgado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, no
ano 2000, Niterói apresentou um índice de desenvolvimento humano entre os mais
elevados do país (o quinto lugar dentre os 5700 municípios brasileiros),[34] de acordo com
os padrões da Organização das Nações Unidas. No relatório publicado em 2010, Niterói
perdeu duas posições, aparecendo agora em sétimo lugar.[6]
Religião[editar | editar código-fonte]
Na cidade de Niterói existem diversas doutrinas religiosas manifestas. De acordo com o
censo demográfico de 2010, da população total de Niterói, existiam 258 391 católicos
apostólicos romanos (53%), 97 759 evangélicos (35%) e 34 484 espíritas (11%).[35]
Religiões em Niterói (2010)
Religião Porcentagem
Catolicismo romano   53%
Evangélicos   35%
Espíritas   11%

Segundo a divisão da Igreja Católica no Brasil, Niterói pertence ao Conselho Episcopal


Regional Leste I da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, e a sede arquiepiscopal
encontra-se na cidade de Niterói. A Arquidiocese de Niterói compreende 14 municípios da
região da capital e do interior do Estado do Rio de Janeiro, formando ao todo 73 paróquias
e 1 quase-paróquia divididas em 6 vicariatos.[36] Existem ainda a
comunidade judaica integrada à Federação Israelita do Rio de Janeiro, também possui os
mais diferentes credos protestantes, assim como a prática
do budismo, messianismo, religiões afro-brasileiras entre outras.

Economia[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Economia de Niterói
Crescimento do PIB de Niterói (fonte:IBGE)
PIB nominal
Ano
(em milhares de R$)
2005 6 884 677
2006 7 460 317
2007 8 870 068
2008 9 232 172
2009 10 809 670
2010 11 840 004

Niterói é um dos principais centros financeiros e comerciais do estado do Rio de Janeiro. O


município vem acompanhando um alto índice de investimentos na Região Metropolitana
da cidade do Rio de Janeiro, com quem é altamente conurbada, como investimentos no
setor imobiliário, atividades financeiras e comerciário. Segundo os dados do censo
do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística de 2010, a cidade é a que possui a maior
renda per capita domiciliar do Brasil, com média de R$3.037,30 por pessoa, fazendo com
que seja considerada a "cidade com a população mais rica do Brasil".[37]
Em 2009, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Produto
Interno Bruto (PIB) nominal de Niterói foi de R$10,8 bilhões,[38] figurando como o terceiro
município com maior PIB do Rio de Janeiro, depois da cidade do Rio de Janeiro e
de Duque de Caxias[39] e o 41º município mais rico do Brasil. Em 2009, o setor que mais
predominou na economia municipal foi o setor de comércio e serviços, que contribuiu com
R$8,34 bilhões (77,29% do PIB) seguido do setor industrial, que contribuiu com R$2,33
bilhões (21,58% do PIB) e do setor agrícola, que contribuiu com R$122 milhões (1,13% do
PIB).
Transporte[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Transportes de Niterói
Transporte rodoviário
O serviço de ônibus urbanos consiste no único meio de transporte público da cidade de
Niterói. Há pouco menos de cinquenta linhas em atividade, todas operadas por empresas
particulares. A maior parte das linhas de ônibus municipais têm ponto final no Centro de
Niterói (no Terminal Rodoviário João Goulart), ou passam pelo Centro de Niterói.
Transporte marítimo

Estação Arariboia, em Niterói.


A travessia marítima entre Niterói e o município do Rio de Janeiro é feita por duas rotas,
ambas tendo como destino a Estação Praça XV. As estações, em Niterói, localizam-se
na Praça Araribóia, no Centro e no bairro das Charitas. A travessia entre a Praça Araribóia
e a Praça 15 de Novembro é feita por barcas de grande porte, com capacidade para até 2
000 passageiros, num trajeto que dura cerca de vinte minutos.
Desde 2006, as barcas vêm sendo, gradativamente, substituídas por catamarãs de grande
porte, com capacidade inferior (até 1 200 passageiros), porém perfazendo um tempo de
travessia menor, entre doze e quinze minutos. A travessia entre a estação de Charitas e a
da Praça 15 de Novembro é feita por catamarãs de pequeno porte, sendo esse serviço
considerado transporte seletivo.
Transporte ferroviário
Existia um ramal ferroviário para transporte de passageiros, com 33 km de extensão,
ligando Niterói ao município de Itaboraí, passando por São Gonçalo. Até sua desativação
em 2007 o ramal foi operado pela empresa estatal Central. No final, eram realizadas
apenas duas viagens diárias, uma em cada sentido, utilizando um trem obsoleto dos anos
1950. A linha hoje encontra-se desativada e em vários trechos, os trilhos foram removidos
pela prefeituras de São Gonçalo e Niterói. Sendo que, no futuro há a proposta de utilizar o
leito desse ramal para a implantação de parte da projetada Linha 3 do Metrô Rio entre
Niterói e Itaboraí.[40]
Turismo[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Turismo de Niterói
Niterói é a terceira cidade que mais recebe turistas do Estado do Rio de Janeiro, atrás
apenas da capital e de Búzios. A cidade atrai basicamente pelos seus centros culturais e
históricos e pelas sua belas praias oceânicas, entre as quais se destacam as praias
de Itacoatiara, Itaipu, Camboinhas e Piratininga. Paralelamente, a rede de hotelaria da
cidade é bem restrita. Isso se dá pelo fato de que a maioria dos turistas vem a Niterói
como uma extensão ao passeio pela cidade do Rio, ou seja, passam apenas um ou dois
dias na cidade, mas se hospedam na capital.
Entre suas atrações mais visitadas, estão a Praia de Icaraí, principal bairro de Niterói, com
as pedras de Itapuca e do Índio; o Caminho Niemeyer, conjunto arquitetônico que contém,
como centros culturais, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói, a Praça Juscelino
Kubitschek, o Teatro Popular de Niterói, a Estação Hidroviária de Charitas, a Fundação
Oscar Niemeyer e o Complexo dos Fortes de Niterói.
Principais pontos turísticos:

 Icaraí
Ver artigo principal: Icaraí

Pedra do Índio com edifícios de Icaraí ao fundo.


Principal bairro de Niterói, possui belo urbanismo e contém dois monumentos naturais
famosos, as pedras de Itapuca e do Índio, pontos para pescadores locais e apreciadores
da Praia de Icaraí e do resto da Baía de Guanabara. Ostenta o título de ser um dos mais
belos, cosmopolitas e pujantes bairros da cidade.

 Caminho Niemeyer
Ver artigo principal: Caminho Niemeyer
Um complexo arquitetônico e um corredor de aparelhos culturais sob o projeto
arquitetônico de Oscar Niemeyer, concentrado no Centro da cidade mas com alguns
edifícios em outros bairros, especialmente pela orla. É composto pelo Museu de Arte
Contemporânea de Niterói (o prédio mais famoso), o Memorial Roberto Silveira,
a Fundação Oscar Niemeyer, o Teatro Popular de Niterói, a Praça Juscelino Kubitschek, o
Museu Petrobras do Cinema Brasileiro (em construção) e a futurista Estação das Barcas
de Charitas.

 Cantareira
Ver artigo principal: Cantareira
A Cantareira é como popular e festivamente é chamada a Praça Leoni Ramos e seus
arredores, no histórico bairro de São Domingos. Também é chamada de "Lapa de Niterói",
em comparação ao bairro da Lapa na cidade do Rio de Janeiro, reduto da boêmia, à
medida que em volta da Praça Leoni Ramos há vários bares, pubs e restaurantes em
construções históricas, frequentados por jovens e estudantes universitários. Ainda nas nas
casas da vizinhança abrigam dezenas de ateliers de artes plásticas, formando um corredor
cultural e artístico, que lembra o bairro carioca de Santa Teresa. Abriga o espaço
cultural Estação Cantareira - em um edifício histórico que deu apelido ao lugar - restaurado
e adaptado a esse fim.

 Fortaleza de Santa Cruz


Ver artigo principal: Fortaleza de Santa Cruz

Fortaleza de Santa Cruz vista do Morro do Pão de Açúcar.


A Fortaleza de Santa Cruz, com seu complexo arquitetônico imponente e grandioso, causa
ao observador o impacto do susto e o apaziguamento da beleza. As celas de prisioneiros,
a lembrança das câmaras de tortura, as grades impenetráveis que miram a antiga forca
vigiada por guarita interna, as marcas de fuzilamento no paredão; a capela de Santa
Bárbara, em estilo colonial, são elementos que constituem a Fortaleza.

 Forte do Pico e Forte de São Luís


Ver artigo principal: Forte de São Luís
As construções do pico ainda preservam com imponência e grandiosidade guaritas e
muros de pedra já cobertos de vegetação, dois imponentes portões de acesso, corredores,
galerias e túneis carregados de mistério e largos pátios rochosos.

 Campo de São Bento


Ver artigo principal: Campo de São Bento
O Campo de São Bento, ou oficialmente Parque Prefeito Ferraz, grande área verde do
bairro Icaraí, é frequentado assiduamente pela população. Abriga um pequeno parque de
diversões e, nos fins de semana, uma feira de artesanato. oferece inúmeras atrações,
como retrata, encontros do Clube do Curió, exposições, lançamentos de livros, shows,
cursos e apresentação de filmes e vídeos.

 Costão de Itacoatiara

Vista da Praia de Itacoatiara do Morro do Costão.


Este monólito rochoso adentra o oceano, formando a Ponta de Itacoatiara. Com
aproximadamente 250 m de altura, esta rocha pertence ao Parque Estadual da Serra da
Tiririca e possui uma vegetação predominantemente rupícola, com muitas bromélias e
orquídeas, além de dois "oásis" de Mata Atlântica, um em seu cume e outro em sua
encosta leste.

 Enseada de Jurujuba
Possui trezentos metros de extensão, margeada por estreita calçada. Jurujuba é uma
colônia de pescadores, que é cenário da Festa de São Pedro dos Pescadores, realizada
anualmente em 29 de Junho. Além da Igreja de São Pedro dos Pescadores, na orla há
vários restaurantes típicos de frutos do mar.
Outros pontos turísticos:

 Campus do Gragoatá
 Forte D. Pedro II do Imbuí
 Forte de São Domingos de Gragoatá
 Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora

Jardins e entrada do Solar do Jambeiro.

 Casa de Oliveira Vianna


 Jardim São João
 Solar do Jambeiro
 Praça Juscelino Kubitschek
 Estátua de Arariboia
 Praça da República
 Paço Municipal de Niterói
 Palácio Arariboia
 Palácio da Justiça
 Horto Botânico de Niterói

Educação[editar | editar código-fonte]


Niterói tem o melhor nível de alfabetização do estado do Rio de Janeiro.[41] É nessa cidade
que se encontram as principais estruturas da Universidade Federal Fluminense, bem como
a maioria de seus cursos.

Liceu Nilo Peçanha


A educação no município é marcada pela presença do Colégio Pedro II - UNED, única
escola secundarista federal da cidade e pela Escola Técnica Estadual Henrique Lage,
a ETEHL, que, por sua vez, são os melhores colégios públicos da região. Também é
marcada pela primeira escola de Curso Normal da América Latina, umas das mais
importantes da história do país, que desde 1835 tem como principal função a formação de
professores em nível médio e é atualmente denominada como Instituto de Educação
Professor Ismael Coutinho - IEPIC, sob a administração do Governo Estadual. De resto,
também há a Fundação Municipal de Educação, que atua em noventa unidades escolares
da Rede Municipal de Educação; 36 creches comunitárias; dezoito Unidades de Educação
Infantil; 36 unidades com ensino Fundamental; na Educação de Jovens e Adultos (EJA),
atendida em quinze Unidades de Ensino fundamental; no Programa de Educação; na
Leitura e Escrita –PELE, em cinquenta Instituições e/ou escolas (875 alunos), (dados de
julho 2007) e cem por cento das unidades escolares possuem alunos com necessidades
especiais (cerca de setecentos alunos).
Em 2007, foi concluído o projeto municipal para erradicar o analfabetismo, que apesar da
redução do índice, não atingiu o objetivo. Niterói conta com 3,55%
de analfabetos (pessoas com mais de quinze anos), enquanto que a estarrecedora média
nacional é de 13,63% (que obviamente não pode ser usada para uma boa referência
comparativa).[41]

Cultura[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Cultura de Niterói
Niterói é um dos maiores centros históricoculturais do Brasil, pois tem sua cultura
caracterizada por vilas de pescadores (Jurujuba), fortalezas, museus e monumentos
futuristas, como o Museu de Arte Contemporânea, o símbolo do município, construído pelo
arquiteto modernista Oscar Niemeyer e o Teatro Popular de Niterói. A cultura social se
baseia numa população muito hospitaleira, que resultou no apelido de Niterói: "cidade-
sorriso".

Biblioteca Estadual de Niterói


A arquitetura de Niterói é caracterizada por um contraste entre o passado e o presente.
Edifícios históricos, como a Biblioteca Estadual de Niterói, o Palácio da Justiça, os Prédio
dos Correios de Niterói, o Teatro Municipal de Niterói, a Estação Cantareira, o Palácio do
Ingá, o Solar do Jambeiro e a Câmara Municipal de Niterói, ficam lado a lado com obras de
vínculo futurista, como, por exemplo, o Museu de Arte Contemporânea, a Praça Juscelino
Kubitschek. o Teatro Popular de Niterói e o resto do Caminho Niemeyer. Conhecido
também por ter o melhor grupo escoteiro do Brasil, o 4°GEMAR-Gaviões do Mar.
As igrejas católicas também expressam bastante a cultura niteroiense. A Igreja São
Lourenço dos Índios, o marco de fundação do município, a Igreja de São Sebastião de
Itaipu, a Nossa Senhora da Boa Viagem, a Igreja São Pedro dos Pescadores, a Catedral
São João Batista e a Basílica de Nossa Senhora Auxiliadora embelezam as ruas com suas
arquiteturas barrocas, clássicas e coloniais.
Centros culturais[editar | editar código-fonte]
 Centro de Artes UFF
Ver artigo principal: Centro de Artes UFF
Organizado e mantido pela Universidade Federal Fluminense, localizado no prédio
da Reitoria da UFF, bairro de Icaraí, reunindo a Orquestra Sinfônica Nacional (OSN-UFF),
a Galeria de Arte UFF, o Espaço UFF de Fotografia, o Espaço Aberto UFF, o Cine Arte
UFF e o Teatro da UFF.

 Espaço Cultural Estação Cantareira


Ver artigo principal: Espaço Cultural Estação Cantareira
É um centro cultural no bairro de São Domingos, instalado no prédio reconstruído do
antigo estaleiro e estação das barcas construído no início do século XX, restaurado para
funcionar como espaço cultural. Shows, gastronomia, shopping e produção cultural se
encontram neste conjunto histórico-cultural.

 Centro Cultural Abrigo dos Bondes - Espaço Antônio Callado


Ver artigo principal: Centro Cultural Abrigo dos Bondes - Espaço Antônio Callado
Localizado no centro de Niterói, instalado num antigo abrigo de bondes. O nome duplo,
além de fazer referência à história do imóvel, homenageia o escritor niteroiense Antônio
Calado.

 Reserva Cultural Niterói


Ver artigo principal: Reserva Cultural Niterói
Inaugurado no dia 24 de agosto de 2016, o Reserva Cultural Niterói, antigo Centro
Petrobras de Cinema, que integra o Caminho Niemeyer, foi concebido por Oscar
Niemeyer, e foi o primeiro complexo cinematográfico no mundo assinado por ele. O prédio
se adequa à filosofia de “Miniplex” do Reserva Cultura, que já possui uma unidade na
Avenida Paulista, em São Paulo, e conta com cinco salas de cinema, lojas,
estacionamento, café, restaurante e bar.[42]
Gastronomia[editar | editar código-fonte]

Interior do Mercado São Pedro.


A gastronomia de Niterói é bem marcante, pois atravessa gostos diversos, desde frutos do
mar e cozinha mineira até as cozinhas portuguesa e australiana.
A orla de São Francisco e Charitas são dominadas por restaurantes e bares, servindo de
ponto noturno, o mesmo acontecendo nas ruas do Jardim Icaraí, nos bairros
de Icaraí e Santa Rosa, que transformaram-se num polo gastronômico. Por sua vez, nos
arredores da Cantareira, no bairro de São Domingos, há uma intensa atividade boêmia,
com vários restaurantes e bares.
Os restaurantes de frutos do mar em Jurujuba, são símbolos do intenso sistema pesqueiro
da vila de Jurujuba. Outra dica gastronômica é o Mercado São Pedro, um mercado público
de peixe e frutos do mar de dois andares, com 39 boxes do segmento e mais sete
ambientes divididos em restaurantes, mercearias, quiosques e lojas de conveniência. No
andar de baixo, bancas de temperos e frutos do mar dos mais diversos. No andar de cima,
você come tudo o que vê nas bancadas inferiores e pode, inclusive, mandar fazer o seu
prato com sua própria compra.
No centro e na Ponta d'Areia (no trecho conhecido como "Portugal Pequeno"), há vários
restaurantes e bares de cozinha portuguesa e de cozinha de boteco.
Espaços teatrais e museus[editar | editar código-fonte]

Teatro Popular de Niterói


Entre os teatros da cidade estão o Teatro Popular de Niterói – moderno teatro pertencente
ao Caminho Niemeyer; Teatro Municipal João Caetano – teatro antigo totalmente
restaurado e modernizado; Teatro Abel – pertencente ao Instituto Abel; Teatro da UFF –
pertencente ao Centro de Artes UFF; Teatro Eduardo Kraichete – tem um dos melhores
equipamentos culturais da cidade e o Teatro MPB-4 – o espaço DCE (Diretório Central dos
Estudantes) da UFF.
Dentre os principais museus, estão:

 Museu Socioambiental de Itaipu


Ver artigo principal: Museu Socioambiental de Itaipu
Inaugurado em 1977, o Museu Socioambiental de Itaipu desenvolve um programa
educativo-cultural voltado para as escolas e para a comunidade local, tendo como tema
central a arqueologia pré-histórica e histórica. O seu acervo, composto por objetos dos
povos indígenas que viveram no litoral fluminense antes de 1500, tem como destaques
blocos-testemunho (entre os quais o do Sambaqui de Camboinhas, datado de 6000 a.C.),
machados de pedra e material lítico em geral, pontas de ossos, lascas de quartzo,
polidores, peças de cerâmica e conchas. O museu organiza cursos e exposições, recebe
visitas guiadas e promove diversos eventos culturais.

 Museu de Arte Contemporânea de Niterói


Ver artigo principal: Museu de Arte Contemporânea de Niterói

Museu de Arte Contemporânea de Niterói


Projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói,
construído no Mirante da Boa Viagem, local privilegiado que se debruça sobre as águas
da Baía de Guanabara e que leva o olhar do visitante até o outro lado, onde estão
o Corcovado e o Pão de Açúcar. Niemeyer afirmava que, ao visitar o local, "imaginou o
museu como qualquer coisa solta na paisagem, um pássaro branco a se lançar sobre o
céu e o mar de Niterói".

 Museu Antônio Parreiras


Ver artigo principal: Museu Antônio Parreiras
O Museu Antônio Parreiras conta com o maior acervo do pintor Antônio Parreiras,
instalado em sua antiga residência.

 Museu do Ingá
Ver artigo principal: Museu do Ingá
Palácio neoclássico no bairro do Ingá, o Museu do Ingá abriga acervo histórico, belas-
artes e artes populares, instalado na antiga sede do governo do estado do Rio de
Janeiro (Palácio do Ingá), antes da fusão com o estado da Guanabara e transferência da
capital para a cidade do Rio de Janeiro.

 Museu de Arte Sacra de Niterói


Ver artigo principal: Museu de Arte Sacra de Niterói
Mantido com o acervo da Arquidiocese de Niterói, o museu é situado no salão nobre da
Igreja Nossa Senhora da Conceição, no centro de Niterói.[43] Possui rico acervo de valor
histórico e religioso, como uma Pia Batismal em mármore do século XVIII, pratarias do
século XIX, imagens de arte imaginaria dos santos esculpidas em madeira do século XIX,
entre outros, incluindo, a peça de maior importância, um Relicário do século XVIII, com
fragmentos da Cruz de Cristo, que na Sexta-Feira da Paixão, sai para veneração.[44]
Esporte e carnaval[editar | editar código-fonte]
Ver categoria: Esporte de Niterói
Ver artigo principal: Carnaval de Niterói
A cidade de Niterói também marca sua presença na história do esporte e do carnaval
carioca.

Equipe do Canto do Rio Foot-Ball Club em 1956.


No esporte, além de ser cidade natal de craques como Leonardo, Edmundo e Gérson, a
cidade é também terra natal do Canto do Rio Football Club, fundado em 1913 e que era o
único clube de fora da cidade do Rio de Janeiro a participar do Campeonato Carioca nos
anos 1940. O clube teve, inclusive, seu hino composto por Lamartine Babo, compositor
dos hinos de Vasco, Flamengo, Botafogo, Fluminense e América, além de outros cinco
clubes. Lamartine compôs hinos para os onze participantes do campeonato carioca de
1941 devido a uma campanha de uma rádio. O alvi-anil de Niterói está afastado da elite do
campeonato estadual desde 1964, quando um incidente no Estádio Caio Martins num jogo
contra o Fluminense resultou no afastamento do clube niteroiense da primeira divisão. A
última participação do "Cantusca" no campeonato estadual foi em 2008, na terceira
divisão. O clube foi impedido de participar da terceira divisão de 2009 pela FFERJ devido
a uma confusão no jogo contra o La Coruña.
Outros clubes de futebol da cidade são o Fonseca Atlético Clube, que, recentemente,
anunciou o seu retorno ao futebol profissional e o Rio Cricket and Athletic Association, que
participou do primeiro campeonato carioca, ficando em terceiro e tendo o campeonato
definido em seu estádio. O Rio Cricket participou, também, da (possivelmente) primeira
rivalidade do futebol fluminense, com o Paissandu Atlético Clube, clube da cidade do Rio
de Janeiro que foi fundado por fundadores do Rio Cricket e que possui um título carioca de
futebol.
A cidade possui também o Estádio Caio Martins, situado no bairro de Santa Rosa e que
foi, por anos, a casa do Canto do Rio e, mais recentemente, do Botafogo nos anos 2000.
Em 2007, o ginásio do estádio foi palco da final da Superliga Feminina de Vôlei, que
terminou com vitória da equipe do Rio de Janeiro. Hoje em dia, o estádio é usado para
treinos do Botafogo e em jogos marcados pela FFERJ. Em sua maioria, em campeonatos
de divisões inferiores.

Unidos do Viradouro
No carnaval, a cidade marca presença com seus blocos e com escolas de samba,
principalmente a Acadêmicos do Cubango que foi várias vezes campeã em Niterói até
que, nos anos 1980, passou a desfilar no Rio de Janeiro. Em 2011, se manteve no grupo
de acesso e, desfilou nesse mesmo grupo com a Viradouro.
A Unidos do Viradouro é outra escola de destaque na cidade. A Viradouro foi fundada em
1946, mas começou a participar dos desfiles na elite do samba carioca apenas em 1991,
depois de ser dezoito vezes campeã em Niterói e campeã do grupo de acesso carioca.
Apenas seis anos depois de estrear na Passarela Darcy Ribeiro como escola do grupo
especial, a vermelho-e-branco de Niterói foi campeã do carnaval carioca com o enredo
"Trevas! Luz! A Explosão do Universo!" com desfile assinado pelo carnavalesco Joãozinho
Trinta e com uma paradinha de funk na bateria comandada por Mestre Jorjão,[45] algo
inovador e surpreendente na época e que é muito copiado até hoje. Pela escola passaram,
além de Joãozinho Trinta, Dominguinhos do Estácio, Juliana Paes, Mestre Ciça e o grande
nome da nova geração de carnavalescos, Paulo Barros, que inovou na escola, colocando
a bateria em um carro alegórico pela primeira vez.
A escola participou dez vezes do desfile das campeãs, sendo oito seguidas, de 1997 a
2004. A partir de 2008, a escola começou uma reformulação, demitindo Paulo Barros e
Dominguinhos do Estácio. Em 2009, perdeu Mestre Ciça. Todas essas mudanças foram
ruins para a Viradouro, visto que, em 2010, a escola foi rebaixada ao grupo de acesso com
o enredo "México, o Paraíso das Cores, sob o Signo do Sol", depois de dezenove anos no
grupo especial.
Feriados municipais[editar | editar código-fonte]
Em Niterói, só há dois feriados municipais estipulados por leis,[46] que são:

Data Nome Notas

São João Batista é o Padroeiro da Cidade. É realizado uma festa comemorada


24 de junho Dia de São João
principalmente pela população cristã, associado as festas juninas.[47]

22 de Aniversário da Comemora-se a fundação da cidade que ocorreu no ano de 1573, propriamente


novembro Cidade pelo cacique temiminó Arariboia.[48]

Grande Niterói ou Leste Metropolitano do Rio de


Janeiro[editar | editar código-fonte]

Mapa dos municípios fluminenses que compunham a Grande Niterói antes da fusão com o Estado
da Guanabara em 1975. Tanguá era parte de Itaboraí na época.
A Região Metropolitana do Rio de Janeiro é vasta e agrupa uma variedade de municípios
com trajetórias históricas e urbanas distintas. Além da capital, da Baixada Fluminense,
também agrupa um conjunto de municípios chamados de Leste Metropolitano do Rio de
Janeiro, como também é chamado a subrregião da Região Metropolitana II, ou
simplesmente Leste Metropolitano Fluminense, reunindo os municípios da porção leste da
região e margem oriental da Baía de Guanabara.
Esta sub-região corresponde a antiga região da Grande Niterói, região que durante o
extinto Estado do Rio de Janeiro (antes da fusão em 1975 com o Estado da
Guanabara para formar o atual Estado do Rio de Janeiro) reunia a cidade de Niterói, sua
então capital, e as cidades vizinhas. Era, portanto, composta além de Niterói, pelos
municípios de São Gonçalo, Maricá, Itaboraí e Rio Bonito. A Grande Niterói, contrapunha-
se a região do Grande Rio Fluminense, isto é, aos municípios do extinto Estado do Rio de
Janeiro (os municípios da Baixada Fluminense) que conformavam uma aglomeração
metropolitana com a cidade do Rio de Janeiro, então Distrito Federal (até 1960) e depois
Estado da Guanabara (1960-1975).
De certa maneira, Niterói continua polarizando os municípios vizinhos, e tenha uma
dinâmica econômica e urbana própria, fazendo com que a porção leste da Região
Metropolitana do Rio de Janeiro seja identificada como parte distinta[49] ou demande
planejamento urbano ou políticas públicas próprias e que frequentemente tal sub-região
seja mesmo hoje em dia chamada de Grande Niterói.
Por sua vez, esses municípios possuem relações com os da Região dos
Lagos e Mesorregião das Baixadas Litorâneas, conformando a chamada região do Leste
Fluminense.

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