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1 INTRODUÇÃO

Durante muito tempo o Serviço Social buscou sua legitimação, para deixar o seu caráter
assistencial e caritativo e se formar como profissão. Nesta trajetória utilizou algumas correntes
como base, seu método de atuação e os instrumentos variaram de acordo a cada uma delas e a seu
momento histórico.
O presente estudo visa analisar a importância do uso do instrumento de visita familiar para
acompanhamento das crianças acolhidas na casa da criança Menino Jesus na cidade de São
Luís/MA.
Em relação a justificativa deleita-se na importância do domínio da instrumentalidade do
Serviço Social, para muito além de bibliografias oferecidas, a princípio, pela academia visto que é
necessário para o profissional um domínio teórico/prático para além da capacidade de criação já que
a profissão lida com pessoas singulares onde cada caso é específico e particular digno de uma
instrumentalidade exclusiva onde não deve servir de molde para os demais casos. É de suma
importância para o Assistente Social uma criatividade e flexibilidade de conceitos que lhe permitem
a observar, formular, instituir e intervir nas diversas e abreviações da questão social, agindo
diretamente na vida do indivíduo. A pesquisa de campo foi realizada na Casa da Criança Menino
Jesus, que fica localizada Rua Inácio Xavier de Carvalho, s/n, São Francisco, São Luís/MA.

2 CONTEXTUALIZAÇÃO, JUSTIFICATIVA E PROBLEMATIZAÇÃO

Descrever a narrativa histórica da instrumentalidade do Serviço Social e entendermos o


movimento do vai-e-vem das peças que compõe a trajetória dos instrumentos e técnicas da profissão
é digno estabelecermos o conceito de instrumentalidade. Concerne de um diálogo entre autores que
tem em sua bibliografia esse tema como central. Nesse contexto, Santos (apud Martinelli,1994), “o
instrumental é percebido como um conjunto articulado de instrumentos e técnicas, não podendo
serem vistos isoladamente, por si sós, de maneira autonomizada, mas como uma unidade dialética”.
Assim essa instrumentalidade pode ser considerada como a capacidade de articulação e mobilização
dos instrumentos norteados pela técnica não sendo algo isolados e sim inseridos dentro de um
contexto como síntese de forças contraditórias que se inter-relacionam mutuamente.
O instrumento é considerado como algo objetivo, pertencente ao assistente social, que o
antecede na formação profissional, “repetindo-se na história, sendo o elemento mais importante o
significado que vão tomando em cada período histórico e nas posições teleológicas dos agentes
profissionais” (TRINDADE,2001). Esse significado que vai assumindo na categoria tempo/espaço é
resultado de um conhecimento, algo subjetivo, que emerge do capital cultural e da utencilagem

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mental que cerca o indivíduo. É a cultura, os valores, os princípios que regem a conduta pessoal e
consequentemente profissional de cada assistente social que vão embasar a técnica. De acordo com
Sarmento(1994).

é a manifestação do saber, de sua intencionalidade, portanto um ato político, ela


não é neutra, dado que novas ações ou atos estão articulados e comprometidos com
uma prática social (ou não) para a transformação social (ou funcionamento social),
com práticas libertadoras (ou mantenedoras do poder e da dominação).
(SARMENTO, 1994 p.247)

Assim a tecnicidade parte do eu interior, o modo como cada profissional vem articular os
instrumentos levando em consideração a sua prática profissional, realidade social inserido e as
demandas que lhe são conferidas imprimindo sobre tais fatores a sua subjetividade que vai
constantemente moldando os instrumentos.
Uma técnica trás a mobilização dos instrumentos e os instrumentos como a ação de por em
prática a técnica levando a uma análise conjunta dos aspectos que se completam: não há como lidar
com os instrumentos sem um conhecimento prévio ou ao menos uma finalidade, um propósito,
como poder escolher a entrevista como instrumento para lhe dar com o caso de um usuário se não
tenho conhecimento sobre ela e muito menos sei mobilizá-la. O instrumento é uma ferramenta que
como qualquer outra exige técnica para manuseá-la. O que seria de um médico que não soubesse
lhe dar com um estetoscópio? Como também o que seria dele se soubesse manusear o estetoscópio
mais não tivesse um? Ao mesmo tempo que é necessário o instrumento é imprescindível ao domínio
deles. A essa ação conjunta denomina-se instrumentalidade entendida como:

A capacidade de mobilização e articulação dos instrumentos necessários à


consecução das respostas às demandas postas pela sociedade, composta por um
conjunto de referências teóricas metodológicas, valores e princípios, instrumentos,
técnicas e estratégias que dêem conta da totalidade da profissão e da realidade
social, mesmo de forma parcial, mas com sucessivas aproximações.(COSTA, 2008
p.43)

Juntando a técnica aos instrumentos obtém-se um caráter histórico pois se levarmos em


consideração que o Serviço social, em suas práticas e metodologias, é uma categoria profissional
que segue as mudanças da sociedade e mais ainda que são os profissionais, indivíduos comuns,
dotados de sentimentos e valores, podemos, conforme Trindade (1990) afirmar que “a criação e a
utilização de instrumentos e técnicas configuram um processo histórico, que se coloca em
determinadas condições econômicas e sociais, em diferentes momentos históricos”. E acrescenta
Santos (2010)

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Por formar um conjunto dialeticamente articulado com as técnicas, os instrumentos


são constantemente aprimorados por elas, face à exigência de adequação diante das
transformações da realidade e de atendimento das mais diversificadas necessidades
sociais postas na sociedade capitalista. (SANTOS, 2010 P.50)

Considerando assim os dados obtidos com a experiência no estagio na casa de acolhimento


do Menino Jesus, localizada na cidade de São Luís/MA, durante esses quatro meses, foi observado a
necessidade de se ciar um instrumento para acompanhamento das crianças atendidas bem como
seus familiares, afim de se buscar uma alternância de realidade para elas, baseando-se nos
resultados obtidos através da aplicação do questionário social que se aperfeiçoam e se moldam com
a metodologia inerente ao contexto social vivido.

3 OBJETIVOS

3.1 OBJETIVO GERAL


- Construir um instrumental que otimize o atendimento na visita domiciliar para acompanhamento
e diagnóstico familiar da situação de cada criança atendida pela casa de acolhimento Menino
Jesus.

3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS


- Criar instrumental para otimizar o acolhimento familiar;
- Monitorar o núcleo familiar;
- Avaliar a situação de moradia.

4 PÚBLICO - ALVO

Este projeto destina-se a criação de um instrumental para facilitar a visita domiciliar às


famílias das crianças atendidas pela casa de acolhimento Menino Jesus e seus familiares.

5 PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

Programas de visita domiciliar são elaborados e implementados para dar apoio a famílias
visando à criação de um ambiente em que as crianças possam crescer e desenvolver-se de maneira
saudável. Os programas podem direcionar seus serviços a famílias e cuidadores que enfrentam
condições particularmente desfavoráveis quanto à criação e à manutenção desse ambiente. Podem
também priorizar famílias com crianças mais vulneráveis do que outras devido a problemas de
saúde ou de desenvolvimento.

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♦ Reunir com as famílias das crianças atendidas para esclarecimentos quanto ao projeto;
♦ Realizar atividades que conscientizem a importância do instrumental;
♦ Elaborar o planejamento das visitas familiares;
♦ Desenvolver um questionário com informações sobre a composição do núcleo familiar e
situação da moradia dos visitados.

6 METAS

Em curto prazo construir um instrumental que facilite conhecer o domicílio e suas


características ambientais, identificando socioeconômicas e culturais. Em médio prazo verificar a
estrutura e a dinâmica familiares com elaboração do genograma ou familiograma ou ecomapa. E em
longo prazo identificar fatores de risco individuais e familiares.
7 AVALIAÇÃO E CONTROLE

AÇÕES PRETENDIDAS MÉTODO DE CONTROLE MÉTODO DE AVALIAÇÃO


Reuniões com o público alvo Lista de Frequência Questionário/grau de satisfação
Atividades em PF Registro Fotográfico Questionário/grau de satisfação
Acompanhamento das crianças Lista de Frequência Questionário/grau de satisfação
Orientações coparentalidade Lista de Frequência Questionário/grau de satisfação

8 CRONOGRAMA DE ATIVIDADES

DESCREVER ANOS E MESES


6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6 6
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12
Pesquisa bibliográfica/documental X
Planejamento das atividades X
Ações a serem executadas (reuniões,
oficinas, encontros, palestras, seminários X X X
etc.)
Avaliação do estágio X
Apresentação dos resultados da X
intervenção
Avaliação e controle do projeto X

9 RECURSOS (Valores aproximados)

9.1 GASTOS COM PESSOAL


QUANT. Recurso Humano HORAS/TRABALHO R$
01 Estagiária de Serviço Social 5 X

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01 Assistente Social (Supervisora) 5 X


Colaboradores (voluntários) 15 X
Total X

9.2 GASTOS COM MATERIAL


QUANT. Recurso Material R$
1500Fls Folhas de Papel A4 45,00
01unid Cartucho de tinta para impressora 65,00
25unid Canetas 38,00
Total 148,00

9.3 GASTOS COM DESLOCAMENTO


QUANT. RECURSO COM DESLOCAMENTO R$
200 Litros de Combustível 400,00
Total 400,00

9.4 ORÇAMENTO TOTAL


RECURSOS R$
Gastos com pessoal X
Gastos com material 148,00
Gastos com deslocamento 400,00
Total 548,00

REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei nº 8.662/93, de 07 de dezembro de 1993. Dispõe sobre a profissão do assistente


social. CFESS. RESOLUÇÃO nº 273/1993, 13 de março de 1993.

Institui o Código de Ética Profissional dos Assistentes sociais. GUERRA, Yolanda. A


Instrumentalidade do Serviço Social. – 2. ed. – São Paulo: Cortez, 1999.

IAMAMOTO, Marilda V. Renovação e Conservadorismo no Serviço Social – Ensaios Críticos – 8ª


ed. – São Paulo, SP: Cortez, 2007.

RAMOS, Adriana. Instrumentos e técnicas de trabalho do assistente social: notas para uma reflexão
crítica. IN: RAMOS, Adriana.; SILVA, Letícia B. (Org.). Serviço Social, Saúde e questões
contemporâneas: reflexões críticas sobre a prática profissional. 1. ed. Campinas: Papel Social, 2013.

SAMARO, Sarita. Visita domiciliar: teoria e prática. 1ª ed. Campinas, SP: Papel Social, 2014.

SAMPAIO, Cláudia C. et al. Interdisciplinaridade em questão: análise de uma política de saúde da


mulher. In: SÁ, Janete L. M. (org). Serviço Social e Interdisciplinaridade: dos fundamentos
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filosóficos à prática interdisciplinaridade no ensino, pesquisa e extensão. – 4. ed. – São Paulo:


Cortez, 2002, p. 77 – 95.

SOMER, Diana G.; MOURA, Reidy R. de. Visita domiciliar, instrumento que potencializa a
atuação do Assistente Social. In: Âmbito Jurídico, Rio Grande, XVII, n. 123, abr 2014.

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ANEXO I

VISITA DOMICILIAR

DATA :_____/_____/_____

ANALISTA JUDICIÁRIO – ASSISTENTE SOCIAL:


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CRIANÇA ACOLHIDA:-
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DATA DE NASCIMENTO DA CRIANÇA:___/___/____

CIRCUNSTÂNCIA APRESENTADA:
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___________________________________

IDENTIFICAÇÃO DO(A) VISITADO


Nome:

Data de _____/_____/_____ Idade: ____/_____/_____


nascimento:

Endereço: ________________________________________________________________
________________________________________________________________

Ponto de
Referência:

Telefone:

Estado Civil: ( )Solteiro(a) ( )Casado(a) ( )Divorciado(a) ( )União Estável (


)Separado(a)
( )Viúvo(a)
Nível de
Escolaridade:
Situação ( )Empregado(a) Desempregado(a) ( ) Outros:_______________________
Econômica e
Laborativa?
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Renda Mensal:

COMPOSIÇÃO DO NÚCLEO FAMILIAR


NOME IDADE VINCULO OCUPAÇÃO RENDA

SITUAÇÃO DE MORADIA DO (A) VISITADO


Moradia: ( )Própria ( )Alugada ( )Cedida ( )Abrigo ( )Outra _________
Valor do aluguel:
Tipo de construção: ( ) Taipa ( )Alvenaria ( )Papelão ( )Madeira (
)Outros_________
Tipo de Moradia: ( )Casa ( )Kit net ( )Apartamento ( )Outra_________
Quantos cômodos:
Abastecimento de ( )Não ( )Sim Forma: ( ) Encanada ( ) Poço Artesiano (
água: )Outros_______
Destino dos dejetos: ( )Rede de esgoto ( )Céu aberto ( ) Fossa (
)Outro___________
Destino do lixo: ( ) Coletado ( ) Queimado ( )Céu Aberto ( )
Outro___________
Fornecimento de ( ) Não ( ) Sim - ( )Rede Pública ( ) Gambiarra ( )
Energia Outro_________
Estrutura da Moradia ( )Área Firme ( )Área de risco - ( )Desabamento ( )
Alagamento ( ) Outro

VISITA DOMICILIAR – DATA_______/_______/_______

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OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:
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COMO SE CONFIGURA A DINAMICA DA RELAÇÃO DO (A) VISITADO (A) COM A
CRIANÇA?
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