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ACQF – Responsabilidade Sosioambiental – Semana 8

 Ensino
5+3 pts superior

Em 1992, foi realizada na cidade do Rio de


janeiro a conferência das Nações Unidas
sobre o meio ambiente e desenvolvimento.
Qual o nome do documento que foi
aprovado pelo Fórum Global? I -
Declaração do Rio II - Declaração Mundial
dos Direitos da Terra III - Carta da Terra
 Denunciar!

por Danillomauro1 20.06.2017

 Jaiannesantos
 Principiante

II- Declaração mundial dos direitos da terra (ERRADO) – Carta da Terra


1 voto
2
 Moderação solicitada

 O Crânio
Ajudante

Não encontrou o que estava procurando?


 Ensino
5+3 pts médio (secundário)

A globalização é um fenômeno que já


acontece há bastante tempo. Assinale a
alternativa que identifica esse
acontecimento em nosso cotidiano:
I - Exigência cada vez maior de mão de
obra qualificada.

II - Grande aumento de inovações


tecnológicas

III - Aumento da quantidade de países que


aderiram ao sistema socialista.

Assinale a alternativa correta:

Alternativas I e III

Alternativas I, II e III

Alternativas I e II

Alternativa III
Alternativas II e III
 Denunciar!

por Alexamendonca 18.06.2017

 Sophiasilveira2
 Ambicioso

Alternativas I e II, porque o sistema difundido mundialmente pela globalização é o


capitalismo
1 voto
2
 Comentários (1)
Denunciar!


Isso mesmo, opção I e II são as corretas.

 O Crânio
Ajudante

Não encontrou o que estava procurando?


Eco-92

GEOGRAFIA
A Eco-92, Conferência das Nações Unidas sobre o meio ambiente e
desenvolvimento, foi realizada no ano de 1992, na cidade do Rio de Janeiro.




 1
Conferência das Nações Unidas sobre o
Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada entre os dias 3 e 14 de
junho de 1992

PUBLICIDADE

A preocupação com os problemas ambientais vem se intensificando a cada


ano, pois é necessária uma mudança comportamental urgente para não
agravar ainda mais a degradação do meio ambiente. No entanto, há
algumas décadas essa temática tem sido abordada; o primeiro grande
evento foi a Conferência de Estocolmo, realizada em 1972 na Suécia.

Outro grande evento para debate ambiental foi a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada entre os dias
3 e 14 de junho de 1992, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. O evento, que
ficou conhecido como ECO-92 ou Rio-92, fez um balanço tanto dos
problemas existentes quanto dos progressos realizados, e elaborou
documentos importantes que continuam sendo referência para as
discussões ambientais.

Diferentemente da Conferência de Estocolmo, a Eco-92 teve um caráter


especial em razão da presença maciça de inúmeros chefes de Estado,
demonstrando assim a importância da questão ambiental no início dos
anos 90. Durante o evento, o presidente Fernando Collor de Mello
transferiu temporariamente a capital federal para o Rio de Janeiro. As
forças armadas foram convocadas para fazer uma intensa proteção da
cidade, sendo responsáveis também pela segurança de todo o evento.
A ECO-92 contou também com um grande número de Organizações Não
Governamentais (ONGs), que realizaram de forma paralela o Fórum
Global, que aprovou a Declaração do Rio (ou Carta da Terra). Conforme
esse documento, os países ricos têm maior responsabilidade na
preservação do planeta.

Duas importantes convenções foram aprovadas durante a ECO-92: uma


sobre biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas. Outro resultado
de fundamental importância foi a assinatura da Agenda 21, um plano de
ações com metas para a melhoria das condições ambientais do planeta.

A Agenda 21 consiste em um acordo estabelecido entre 179 países para a


elaboração de estratégias que objetivem o alcance do desenvolvimento
sustentável.

Esse documento está estruturado em quatro seções:

- Dimensões sociais e econômicas;


- Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento;
- Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais;
- Meios de implementação.
O aprofundamento da Convenção sobre Mudanças Climáticas resultou na
elaboração do Protocolo de Kyoto, de 1997, que objetiva a redução da
emissão de gases que agravam o efeito estufa.

Porém, muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento, em virtude do


modelo de produção e consumo estabelecido, não colocaram em prática
as políticas ambientais elaboradas durante esses eventos, intensificando
o aquecimento global.

Por Wagner de Cerqueira e Francisco


Graduado em Geografia
Equipe Brasil Escola
Gostaria de fazer a referência deste texto em um trabalho escolar ou
acadêmico? Veja:

FRANCISCO, Wagner de Cerqueria e. "Eco-92"; Brasil Escola. Disponível


em <https://brasilescola.uol.com.br/geografia/eco-92.htm>. Acesso em
17 de junho de 2018.

Propostas

04 Janeiro 2012




Declaração Universal dos Direitos da Mãe Terra
PorConferência Mundial dos Povos sobre Mudanças Climáticas e direitos da Mãe Terra

CONTEXTO

Também disponível em English, Français, Español

Preâmbulo

Nós, os povos da Terra:

 Consideramos que todos somos parte da Mãe Terra, uma comunidade indivisível vital
dos seres interdependentes e inter-relacionados com um destino comum;

 Reconhecemos com gratidão que a Mãe Terra é fonte de vida, alimento, ensino e
fornece tudo aquilo que nós necessitamos para viver bem;

 Reconhecemos que o sistema capitalista e todas as formas de depredação, exploração


, abuso e contaminação causaram grandes destruições, degradações e alterações à
Mãe Terra, pondo em risco a vida tal como a conhecemos hoje, produto de fenômenos
como a mudança do clima;

 Convencidos de que numa comunidade de vida interdependente não é possível


reconhecer somente os direitos dos seres humanos, sim provocar um desequilíbrio na
Mãe Terra.

 Afirmamos que para garantir os direitos humanos é necessário também reconhecer e


defender os direitos da Mãe Terra e de todos os seres que a compõe, e que existem
culturas, praticas e leis que o fazem.
 Conscientes da urgência de realizar ações coletivas decisivas para transformar as
estruturas e sistemas que causam as mudanças climáticas e outras ameaças à Mãe
Terra;

 Proclamamos esta Declaração Universal dos Direitos da Mae Terra, e fazemos um


chamado à Assembleia Geral das Nações Unidas para adota-la, como propósito
comum para todos os povos e nações do mundo, com a finalidade de que tanto os
indivíduos como as instituições, responsabilizem-se em promover através do ensino, a
educação e a conscientização, o respeito para com estes direitos reconhecidos nesta
Declaração e assim assegurar através de medidas e mecanismos efetivos e
progressivos de caráter nacional e internacional, o seu reconhecimento e aplicação
universal entre todos os povos e países do Mundo.

PROPOSTAS E RESUMOS

Artigo 1: A Mãe Terra

A Mãe Terra é um ser vivo.

A Mãe Terra é uma única comunidade, indivisível e auto- regulada, de seres interrelacionados
que sustem, contem e reproduz a todos os seres que a compõe.

Cada ser se define pelas suas relações como parte da integrante da Mãe Terra.

Os direitos inerentes da Mãe Terra são inalienáveis porque derivam-se da fonte mesma da
existência.

A Mãe Terra e todos os seres que a compõe são titulares de todos os direitos inerentes
reconhecidos nesta Declaração sem nenhum tipo de distinção, como pode ser entre seres
orgânicos e inorgânicos, espécies, origem, usos para os seres humanos, ou qualquer outro
status.

Assim como os seres humanos possuem os seus direitos, todos os demais seres da Mãe Terra
também possuem direitos específicos da sua condição e apropriados para o seu papel e função
dentro das comunidades em nas quais existem.

Os direitos de cada ser são limitados pelos direitos dos outros seres, e qualquer conflito entre
estes direitos deve ser resolvido de maneira que seja mantida a integridade, equilíbrio e saúde
da Mãe Terra.
Artigo 2: Direitos Inerentes da Mãe Terra

A Mae Terra e todos os seres que a compõe possuem os seguintes direitos inerentes:

 Direito da Vida e a existir;

 Direito a ser respeitados;

 Direito à regeneração da sua bio-capacidade e continuação dos seu ciclos e processos


vitais livre das alterações humanas;

 Direito a manter a sua identidade e integridade como seres diferenciados,


autorregulados e interrelacionados.;

 Direito da agua como fonte de vida;

 Direito ao ar limpo;

 Direito da saúde integral;

 Direito de estar livre da contaminação, poluição e resíduos tóxicos ou radioativos;

 Direito a não ser alterada geneticamente e modificada na sua estrutura, ameaçando


assim a sua integridade ou funcionamento vital e saudável;

 Direito a uma plena e pronta restauração depois de violações aos direitos reconhecidos
nesta Declaração e causados pelas atividades humanas;
Cada ser tem o direito a um lugar e a desempenhar o seu papel na Mãe Terra para o seu
funcionamento harmônico;

Todos os seres possuem o direito ao bem estar e a viver livre de tortura ou trato cruel por parte
dos seres humanos.

Artigo 3: Obrigações dos seres humanos para com a Mãe Terra

Todos os seres humanos são responsáveis de respeitar e viver em harmonia com a Mãe Terra;

Os seres humanos, todos os Estados e todas as instituições públicas e privadas devem:

 atuar de acordo com os direitos e obrigações reconhecidos nesta Declaração;

 Reconhecer e promover a aplicação e a plena implementação dos direitos e obrigações


estabelecidos nesta Declaração;

 Promover e participar na aprendizagem, analise, interpretação e comunicação sobre


como viver em harmonia com a Mãe Terra de acordo com esta Declaração;

 Assegurar que a procura do bem estar humano contribua ao bem estar da Mãe Terra,
agora e no futuro;

 Estabelecer e aplicar efetivamente normas e leis para a defesa, proteção e


conservação dos Direitos da Mãe Terra;

 Respeitar, proteger, conservar e onde seja necessário restaurar a integridade dos


ciclos, processos e equilíbrios vitais da Mãe Terra.
 Garantir que os danos causados pelas violações humanas dos direitos inerentes
reconhecidos nesta Declaração sejam corrigidos e que os responsáveis prestem contas
para restaurar a integridade e a saúde da Mãe Terra;

 Autorizar a todos os seres humanos e as instituições a defender os direitos da Mãe


Terra e de todos os seres que a compõe;

 Estabelecer medidas de precaução e restrição para prevenir que as atividades


humanas conduzam à extinção das espécies, à destruição dos ecossistemas ou a
alteração dos ciclos ecológicos;

 Garantir a paz e eliminar as armas nucleares, químicas e biológicas;

 Promover e apoiar praticas de respeito para com a Mae Terra e todos os seres que a
compõe, de acordo com as suas próprias culturas, tradições e costumes.

 Promover sistemas econômicos em harmonia com a Mae Terra e de acordo com os


direitos reconhecidos nesta Declaração.

Artigo 4: Definições

O termo “ser” inclui os ecossistemas, comunidades naturais, espécies e todas as outras


entidades naturais que existem como parte da Mãe Terra. Nada nesta Declaração poderá
restringir o reconhecimento de outros direitos inerentes de todos os seres o de qualquer em
particular.
EIXOS Direitos humanos, Povos, territórios e defesa da Mãe-Terra ◾ Fundamentos éticos e filosóficos: subjetividade,
dominação e emancipação

REGIÕES Mundo

TEMAS Mudança climática ◾ Relação sociedade-biosfera ◾ Sistemas de valores e ética ◾ Solos e gestão
fundiária ◾ Visão da humanidade

VÍNCULOS

Declaração Universal dos Direitos da Mae Terra


http://rio20.net/pt-br/propuestas/declaracao-universal-dos-direitos-da-mae-terra/

ECO-92
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tigo ou secção contém fontes no fim do texto, mas que não são citadas no corpo do artigo, o que compromete a confiabilidade das informações
melhore este artigo inserindo fontes no corpo do texto quando necessário.

Bandeira da Organização das Nações Unidas.

A Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, também


conhecida como Eco-92, Cúpula da Terra, Cimeira do Verão, Conferência do Rio de
Janeiro e Rio 92, foi uma conferência de chefes de estado organizada pelas Nações Unidas e
realizada de 3 a 14 de junho de 1992 na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil. Seu objetivo foi
debater os problemas ambientais mundiais.[1][2]

Índice
[esconder]

 1Antecedentes
 2A Conferência
 3Resultados
o 3.1Convenção da Biodiversidade
o 3.2Agenda 21
 3.2.1Conferindo a Agenda 21
 4Temas abordados no evento
o 4.1Convenção de Mudanças Climáticas e Protocolo de Kyoto
 5Rio+10.000
 6Rio+20
 7Ver também
 8Referências
 9Bibliografia
 10Ligações externas

Antecedentes[editar | editar código-fonte]


A conferência de Estocolmo, realizada em junho de 1972, foi o primeiro grande evento sobre meio
ambiente realizado no mundo.[3] Seu objetivo era basicamente o mesmo da Cúpula da Terra de
1992. Esta conferência, bem como o relatório Relatório Brundtland, publicado em 1987, pelas
Nações Unidas, lançaram as bases para a ECO-92.[3]

A Conferência[editar | editar código-fonte]

Centro de convenções Riocentro, o lugar onde foi realizada a conferência de chefes de estado

Em 1992, vinte anos após a realização da primeira conferência sobre o meio ambiente,
representantes de cento e setenta e oito países do mundo reuniram-se para decidir que medidas
tomar para conseguir diminuir a degradação ambiental e garantir a existência de
outras gerações.[3] A intenção, nesse encontro, era introduzir a ideia do desenvolvimento
sustentável, um modelo de crescimento econômico menos consumista e mais adequado
ao equilíbrio ecológico. Os encontros ocorreram no centro de convenções Riocentro. A diferença
entre as conferência de 1972 e 1992 pode ser traduzida pela presença maciça de Chefes de Estado
na segunda, fator indicativo da importância atribuída à questão ambiental no início da década de
1990. Já as organizações não governamentais fizeram um encontro paralelo no Aterro do
Flamengo, chamado o Fórum Global. Esse evento paralelo teve como resultado a aprovação
da Declaração do Rio, também chamada de Carta da Terra.[1]

Aterro do Flamengo, o lugar onde foi realizado o encontro das organizações não governamentais
Durante o evento, as Forças Armadas do Brasil fizeram a proteção da cidade. Durante o evento,
o presidente da República Fernando Collor de Mello transferiu oficialmente a capital do País
de Brasília para o Rio de Janeiro, e assim durante alguns dias essa cidade voltou a ter o status que
tivera de 1763 a 1960.[4]

Resultados[editar | editar código-fonte]


Além da sensibilização das sociedades e das elites políticas, a Conferência teve, como resultado, a
produção de alguns documentos oficiais fundamentais:

 A Carta da Terra;
 Três convenções:
 A Convenção sobre Diversidade Biológica, tratando da proteção da biodiversidade;
 A Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação, tratando da redução
da Desertificação; e
 A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, tratando
das Mudanças climáticas globais;
 A Declaração de Princípios sobre Florestas;
 A Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento; e a
 A Agenda 21.
Convenção da Biodiversidade[editar | editar código-fonte]
A Convenção da Biodiversidade foi o acordo aprovado durante a RIO-92 por 156 países e uma
organização de integração econômica regional. Foi ratificada pelo Congresso Nacional Brasileiro e
entrou em vigor no final de dezembro de 1993. Os objetivos da convenção são a conservação da
biodiversidade, o uso sustentável de seus componentes e a divisão equitativa e justa dos benefícios
gerados com a utilização de recursos genéticos. Neste documento, destaca-se o "Protocolo de
Biossegurança", que permite que países deixem de importar produtos que contenham organismos
geneticamente modificados. Dos 175 países signatários da Agenda 21, 168 confirmaram sua
posição de respeitar a Convenção sobre Biodiversidade.
Agenda 21[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Agenda 21

O principal documento produzido na RIO-92, o Agenda 21 é um programa de ação que viabiliza o


novo padrão de desenvolvimento ambientalmente racional. Ele concilia métodos de proteção
ambiental, justiça sociale eficiência econômica. Este documento está estruturado em quatro seções
subdivididas num total de 40 capítulos temáticos. Eles tratam dos temas:
Dimensões Econômicas e Sociais – enfoca as políticas internacionais que podem ajudar o
desenvolvimento sustentável nos países em desenvolvimento, as estratégias de combate à pobreza
e à miséria, as mudanças necessárias a serem introduzidas nos padrões de consumo, as inter-
relações entre sustentabilidade e dinâmica demográfica, as propostas para a promoção da saúde
pública e a melhoria da qualidade dos assentamentos humanos;
Conservação e questão dos recursos para o desenvolvimento – apresenta os diferentes enfoques
para a proteção da atmosfera e para a viabilização da transição energética, a importância do
manejo integrado do solo, da proteção dos recursos do mar e da gestão ecocompatível dos
recursos de água doce; a relevância do combate ao desmatamento, à desertificação e à proteção
aos frágeis ecossistemas de montanhas; as interfaces entre diversidade biológica e medidas
requeridas para a proteção e promoção de alguns dos segmentos sociais mais relevantes - analisa
as ações que objetivam a melhoria dos níveis de educação da mulher, bem como a participação da
mesma, em condições de igualdade, em todas as atividades relativas ao desenvolvimento e à
gestão ambiental. Adicionalmente, são discutidas as medidas de proteção e promoção à juventude
e aos povos indígenas, às ONG's, aos trabalhadores e sindicatos, à comunidade científica e
tecnológica, aos agricultores e ao comércio e a indústria.
Revisão dos instrumentos necessários para a execução das ações propostas - discute os
mecanismos financeiros e os instrumentos e mecanismos jurídicos internacionais; a produção e
oferta de tecnologias ecoconsistentes e de atividade científica, enquanto suportes essenciais à
gestão da sustentabilidade; a educação e o treinamento como instrumentos da construção de uma
consciência ambiental e da capacitação de quadros para o desenvolvimento sustentável; o
fortalecimento das instituições e a melhoria das capacidades nacionais de coleta, processamento e
análise dos dados relevantes para a gestão da sustentabilidade.
A aceitação do formato e conteúdo da Agenda - aprovada por todos os países presentes à
CNUMAD - propiciou a criação da Comissão de Desenvolvimento Sustentável (CDS), vinculada ao
Conselho Econômico e Social das Nações Unidas (ECOSOC). A CDS tem por objetivo acompanhar
e cooperar com os países na elaboração e implementação das agendas nacionais, e vários países
já iniciaram a elaboração de suas agendas nacionais. Dentre os de maior expressão política e
econômica, somente a China terminou o processo de elaboração e iniciou a etapa de
implementação.
Conferindo a Agenda 21[editar | editar código-fonte]
As ONGs que participaram da Eco-92 acabaram desempenhando um papel fiscalizador,
pressionando os governos de todo o mundo a cumprir as determinações da Agenda 21.
De 23 a 27 de junho de 1997, em Nova Iorque (chamada de "Rio+5"), foi realizada a 19ª Sessão
Especial da Assembleia-Geral das Nações Unidas. Com o objetivo de avaliar os cinco primeiros
anos de implementação da Agenda 21, o encontro identificou as principais dificuldades relacionadas
à implementação do documento, priorizou a ação para os anos seguintes e conferiu impulso político
às negociações ambientais em curso.
Para os países em desenvolvimento, o principal resultado da Sessão Especial foi a preservação
intacta do patrimônio conceitual originado na RIO-92. O documento final incorporou, assim, uma
"Declaração de Compromisso", na qual os chefes de delegação reiteram solenemente o
compromisso de seus países com os princípios e programas contidos na Declaração do Rio e na
Agenda 21, assim como o propósito de dar seguimento a sua implementação.

Temas abordados no evento[editar | editar código-fonte]


1. Mudança do Clima: a Eco-92 embasou eventos como a conferência em Quioto no Japão,
em 1997, que deu origem ao Protocolo de Quioto, no qual a maioria das nações concordou
em reduzir as emissões de gases estufa que intensificam o chamado "efeito estufa".
2. Ar e água: um congresso da ONU em Estocolmo em 1972, adotou um tratado para controlar
12 substâncias químicas organocloradas. Destinada a melhorar a qualidade do ar e da
água, a convenção sobre Poluentes Orgânicos Persistentes pede a restrição ou eliminação
de oito substâncias químicas como clordano, DDT e os PCBs.
3. Transporte alternativo: os automóveis híbridos, movidos a gasolina e a energia elétrica, já
reduzem as emissões de dióxido de carbono no Japão, na Europa e nos Estados Unidos.
4. Ecoturismo: com um crescimento anual estimado em 30%, o ecoturismo incentivou
governos a proteger áreas naturais e culturas tradicionais.
5. Redução do desperdício: empresas adotam programas de reutilização e Redução, como
acontecia com as garrafas de PET no Brasil antes que as empresas fossem taxadas com
impostos sobre sua compra dos catadores de lixo.
6. Redução da chuva ácida: na década de 1980, os países desenvolvidos começaram a limitar
as emissões de dióxido de enxofre, lançado por usinas movidas a carvão.
A Alemanha adotou um sistema obrigatório de geração doméstica de energia através
de célula fotoelétrica.
Convenção de Mudanças Climáticas e Protocolo de Kyoto[editar | editar código-
fonte]
A Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima, estabelecida a partir da Eco-
92 e da Agenda-21, foi ratificada pela maioria dos países, mas o mesmo não aconteceu com
o Protocolo de Quioto. Essa diferença se deve ao fato de a convenção apresentar apenas
propostas, sem estabelecer prazos nem limites para a emissão de poluentes.
Já o Protocolo de Kyoto (1997 - Japão) estabeleceu metas para a redução da emissão de gases
poluentes que intensificam o "efeito estufa", com destaque para o CO2. A ratificação do Protocolo de
Quioto pelos países do mundo esbarrou na necessidade de mudanças na sua matriz energética. Os
elevados custos recairiam, principalmente, sobre os países desenvolvidos, em especial os Estados
Unidos. O presidente George W. Bush declarou que não iria submeter o avanço da economia norte-
americana aos sacrifícios necessários para a implementação das medidas propostas, motivo pelo
qual não ratificou o protocolo.

Rio+10.000[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Rio+10

Dez anos após a ECO-92, a ONU realizou a Cúpula Mundial sobre Desenvolvimento
Sustentável em Joanesburgo (África do Sul), a chamada Rio+10 ou conferência de Joanesburgo. O
objetivo principal da Conferência seria rever as metas propostas pela Agenda 21 e direcionar as
realizações às áreas que requerem um esforço adicional para sua implementação, porém, o evento
tomou outro direcionamento, voltado para debater quase que exclusivamente os problemas de
cunho social. Houve também a formação de blocos de países que quiseram defender
exclusivamente seus interesses, sob a liderança dos EUA.
Tinha-se a expectativa de que essa nova Conferência Mundial levaria à definição de um plano de
ação global, capaz de conciliar as necessidades legítimas de desenvolvimento econômico e social
da humanidade, com a obrigação de manter o planeta habitável para as gerações futuras. Porém,
os resultados foram frustrados, principalmente, pelos poucos resultados práticos alcançados em
Joanesburgo. Em síntese, pode-se dizer que houve:

 Discussão em torno apenas dos problemas sociais;


 Muitos países apresentaram propostas concretas, porém, não saíram do papel – caso Agenda
21;
 Diversidade de opiniões e posturas, muitas vezes conflitantes;
 Maior participação da sociedade civil e suas organizações;
 Formação de grupos para defender seus interesses;
 Iniciativa de Energia – global.
Conclusões: a vanguarda ambientalista elencou centenas de propostas para os 21 objetivos da
Agenda. Entre elas, figuramː universalizar o saneamento básico nos dez anos seguintes; implantar
redes de metrô e trens rápidos nas grandes aglomerações; democratizar a Justiça; universalizar
o ensino em tempo integral; e reestruturar o Proálcool, desvinculado dos interesses do velho setor
sucroalcooleiro.

Rio+20[editar | editar código-fonte]


Ver artigo principal: Rio+20
Em 2012, foi realizada, na cidade do Rio de Janeiro, a Rio+20, uma nova conferência das Nações
Unidas sobre desenvolvimento sustentável.

Ver também[editar | editar código-fonte]


 Mecanismos de flexibilização
 Mecanismo de desenvolvimento limpo
 Aquecimento global
 Gases do efeito estufa

Referências
1. ↑ Ir para:a b Brasil Escola. Disponível em http://brasilescola.uol.com.br/geografia/eco-92.htm. Acesso em
1 de março de 2016.
2. Ir para cima↑ http://www1.folha.uol.com.br/folha/especial/2002/riomais10/o_que_e-2.shtml. Página
acessada em 14 de dezembro de 2015.
3. ↑ Ir para:a b c «Saiba o que foi a Eco-92». Folha de S.Paulo. Consultado em 21 de abril de 2012.
4. Ir para cima↑ «O Rio de Janeiro na Rio-92 e a participação de ONGs em evento
paralelo». www.senado.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2018.

Bibliografia[editar | editar código-fonte]


 André Aranha Corrêa do Lago: Estocolmo, Rio, Joanesburgo - O Brasil e as três conferências
ambientais das Nações Unidas.

Ligações externas[editar | editar código-fonte]


 Earth Summit Info (em inglês)
 Vídeos, fotos e documentos históricos na página da Rio+20 da EBC (em português)

Conferencia das Nações Unidas sobre o meio


ambiente e desenvolvimento- Rio 92 ?
me ajudem !!! me ajudem!!!
um resumo sobre a conferencia explanando tudo.
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1 resposta

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Respostas
Melhor resposta: Um grande evento para debate ambiental foi a Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente e Desenvolvimento, realizada entre os dias 3 e 14 de junho
de 1992, na cidade do Rio de Janeiro, Brasil. O evento, que ficou conhecido como ECO-92
ou Rio-92, fez um balanço tanto dos problemas existentes quanto dos progressos
realizados, e elaborou documentos importantes que continuam sendo referência para as
discussões ambientais.

Diferentemente da Conferência de Estocolmo, a Eco-92 teve um caráter especial em razão


da presença maciça de inúmeros chefes de Estado, demonstrando assim a importância da
questão ambiental no início dos anos 90. Durante o evento, o presidente Fernando Collor
de Mello transferiu temporariamente a capital federal para o Rio de Janeiro. As forças
armadas foram convocadas para fazer uma intensa proteção da cidade, sendo
responsáveis também pela segurança de todo o evento.

A ECO-92 contou também com um grande número de Organizações Não Governamentais


(ONGs), que realizaram de forma paralela o Fórum Global, que aprovou a Declaração do
Rio (ou Carta da Terra). Conforme esse documento, os países ricos têm maior
responsabilidade na preservação do planeta.

Duas importantes convenções foram aprovadas durante a ECO-92: uma sobre


biodiversidade e outra sobre mudanças climáticas. Outro resultado de fundamental
importância foi a assinatura da Agenda 21, um plano de ações com metas para a melhoria
das condições ambientais do planeta.

A Agenda 21 consiste em um acordo estabelecido entre 179 países para a elaboração de


estratégias que objetivem o alcance do desenvolvimento sustentável.

Esse documento está estruturado em quatro seções:

- Dimensões sociais e econômicas;


- Conservação e gestão dos recursos para o desenvolvimento;
- Fortalecimento do papel dos principais grupos sociais;
- Meios de implementação.

O aprofundamento da Convenção sobre Mudanças Climáticas resultou na elaboração do


Protocolo de Kyoto, de 1997, que objetiva a redução da emissão de gases causadores do
efeito de estufa.
Porém, muitos países desenvolvidos e em desenvolvimento, em virtude do modelo de
produção e consumo estabelecido, não colocaram em prática as políticas ambientais
elaboradas durante esses eventos, intensificando o aquecimento global.
Fonte(s):http://www.brasilescola.com/geografia/ec...

A Carta da Terra é uma declaração de princípios fundamentais para a construção

de uma sociedade global no Século XXI, que seja justa, sustentável e pacífica.
O documento procura inspirar em todos os povos um novo sentido de interdependência
global e de responsabilidade compartilhada pelo bem-estar da família humana e do
mundo. A visão ética inclusiva do documento reconhece que a proteção ambiental, os
direitos humanos, o desenvolvimento humano equitativo e a paz são interdependentes e
inseparáveis. Isto fornece uma nova base de pensamento sobre estes temas e a forma
de abordá-los. O resultado é um conceito novo e mais amplo sobre o que constitui uma
comunidade sustentável e o próprio desenvolvimento sustentável.

 Carta da Terra (texto)


 Carta da Terra (História)
 Carta da Terra (Video)
 Carta da Terra (folder - portguguês)
 La Carta de la Tierra (folder - espanhol)
 The Earth Charter (folder - inglês)

Qual é o histórico da Carta da Terra?

Em 1987, a Comissão Mundial das Nações Unidas para o Meio Ambiente e


Desenvolvimento fez um chamado para a criação de uma nova carta que estabelecesse
os princípios fundamentais para o desenvolvimento sustentável. A redação da Carta da
Terra fez parte dos assuntos não concluídos da Cúpula da Terra no Rio em 1992 e, em
1994, Maurice Strong, Secretário Geral da Cúpula da Terra e Presidente do Conselho da
Terra, e Mikhail Gorbachev, Presidente da Cruz Verde Internacional, lançaram uma
Iniciativa da Carta da Terra com o apoio do Governo da Holanda. A Comissão da Carta
da Terra foi formada em 1997 para supervisionar o projeto e estabeleceu-se a Secretaria
da Carta da Terra no Conselho da Terra na Costa Rica.

Como foi criada a Carta da Terra?


A Carta da Terra é o resultado de uma série de debates interculturais sobre objetivos
comuns e valores compartilhados, realizados em todo o mundo por mais de uma década.
A redação da Carta da Terra foi feita por meio de um processo de consulta aberto e
participativo jamais realizado em relação a um documento internacional. Milhares de
pessoas e centenas de organizações de todas as regiões do mundo, diferentes culturas
e diversos setores da sociedade participaram. A Carta foi moldada tanto por especialistas
como por representantes das comunidades populares e o resultado é um tratado dos
povos que estabelece importante expressão das esperanças e aspirações da sociedade
civil global emergente.

Quem escreveu a Carta da Terra?


No começo de 1997, a Comissão da Carta da Terra formou um comitê redator
internacional que ajudou a conduzir o processo de consulta. A evolução e o
desenvolvimento do documento refletem o progresso de um diálogo mundial sobre a
Carta da Terra. Começando com o Esboço de Referência, o qual foi editado pela
Comissão após o Foro Rio+5, no Rio de Janeiro, os esboços da Carta da Terra
circularam internacionalmente como parte do processo de consulta. A versão final da
Carta foi aprovada pela Comissão na reunião celebrada na sede da UNESCO, em Paris,
em março de 2000.

Quais são as fontes dos valores da Carta da Terra?


Junto com o processo de consulta para a redação da Carta da Terra, as mais importantes
influências que dão forma às suas ideias e valores são a ciência contemporânea, as leis
internacionais, os ensinamentos dos povos indígenas, a sabedoria das grandes religiões
e tradições filosóficas do mundo, as declarações e relatórios das sete conferências de
cúpula das Nações Unidas realizadas nos anos 90, o movimento ético mundial, grande
número de declarações não governamentais e tratados dos povos feitos durante os
últimos 30 anos, assim como as melhores práticas para criar comunidades sustentáveis.

Como e para que a Carta da Terra pode ser utilizada?


 Ferramenta educativa para ampliar a compreensão sobre as decisões críticas que a
humanidade deve tomar e a urgente necessidade de comprometer-se com formas
de vida sustentáveis;
 Convite a pessoas, instituições e comunidades para que reflitam sobre as atitudes
fundamentais e valores éticos que dirigem nosso comportamento;
 Catalisador para alcançar o diálogo multissetorial entre diferentes culturas e credos,
com relação à ética global e o rumo que a globalização está tomando;
 Chamado à ação e um guia para uma forma de vida sustentável, que possa inspirar
o compromisso, a cooperação e a mudança;
 Base de valores para criar políticas e planos de desenvolvimento sustentável em
todos os níveis;
 Instrumento para desenhar códigos profissionais de conduta que promovam a
responsabilidade e para avaliar o progresso em direção à sustentabilidade dentro
dos setores de negócios, das comunidades e das nações;
 Instrumento de princípios norteadores de uma base ética para a elaboração
gradativa de normas jurídicas ambientais voltadas para o desenvolvimento
sustentável.

Fonte: www.sesisp.org.br

Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a


humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais
interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes
promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que no meio de uma magnífica
diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade
terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade
sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais,
na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo
que, nós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os
outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.

https://www.tjpr.jus.br/web/gestao-ambiental/cartadaterra
Declaração do Rio sobre Meio Ambiente e
Desenvolvimento
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

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A Declaração do Rio sobre o meio ambiente e o desenvolvimento é uma proposição
das Nações Unidas (ONU) para promover o desenvolvimento sustentável.[1] Foi aprovada
na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio ambiente e o Desenvolvimento (CNUMAD),
realizada no Rio de Janeiro de 3 a 14 de junho de 1992.

Índice
[esconder]

 1História
 2Problemas ambientais
 3Princípios fundamentais
o 3.1Influência no Direito brasileiro
 4Ver também
 5Referências

História[editar | editar código-fonte]


A Declaração foi assinada na Cimeira da Terra, também dita Rio-92, paralelamente a outros dois
documentos, a Agenda 21 e a Declaração de princípios relativos às florestas.
A Declaração ratificou os princípios estabelecidos na Declaração da Conferência das Nações
Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, aprovada em Estocolmo em 16 de junho de 1972, e
formulou 27 princípios básicos para o desenvolvimento sustentável, a dignidade humana, o meio
ambiente e as obrigações dos Estados em matéria de direitos ambientais dos seres humanos.
O objectivo principal da Declaração do Rio é tentar atingir acordos internacionais que respeitem os
interesses de todos, protejam o meio ambiente e garantam o desenvolvimento mundial. Para isso
busca-se atingir um equilíbrio entre as diferentes partes da noção de desenvolvimento sustentável:
ecológica, social e econômica.
Ademais o equilíbrio entre as 3 partes deve ser social e ecologicamente suportável, ecológica e
economicamente viável e económica e socialmente equitativo.

Problemas ambientais[editar | editar código-fonte]


Na Declaração de Rio, debateram-se soluções para quatro tipos de problemas ambientais:

1. A redução da produção de produtos contaminantes ou tóxicos;


2. A maior utilização de energias não contaminantes e renováveis;
3. O apoio por parte dos governos ao transporte público, para reduzir o trafego de veículos e
assim a contaminação por CO2 e o ruído.
4. A escassez de água potável em diferentes partes do planeta, e soluções de como poupar
esse recurso.
Princípios fundamentais[editar | editar código-fonte]
Na Declaração de Rio, proclamaram-se 27 princípios fundamentais que todos os países deveriam
cumprir, com o objectivo de estabelecer uma aliança mundial nova e equitativa mediante a criação
de novos níveis de cooperação entre os Estados, os sectores-chave das sociedades e as pessoas.
Tentaram-se atingir acordos internacionais nos que se respeitassem os interesses de todos e se
protegesse a integridade do sistema ambiental e de desenvolvimento mundial, reconhecendo a
natureza integral e interdependente da Terra. Estes Princípios fundamentais proclamam que:
Princípio 1: Os seres humanos constituem o centro das preocupações relacionadas com o
desenvolvimento sustentável. Têm direito a uma vida saudável e produtiva em harmonia
com a natureza.
Princípio 2: De conformidade com a Carta das Nações Unidas e os princípios do direito
internacional, os Estados têm o direito soberano de aproveitar seus próprios recursos
segundo suas próprias políticas ambientais e de desenvolvimento, e a responsabilidade de
velar para que as atividades realizadas dentro de sua jurisdição ou sob seu controle não
causem danos ao meio ambiente de outros Estados ou de zonas que estejam fora dos
limites da jurisdição nacional.
Princípio 3: O direito ao desenvolvimento deve exercer-se de forma tal que responda
equitativamente às necessidades de desenvolvimento e ambientais das gerações presentes
e futuras.
Princípio 4: A fim de atingir o desenvolvimento sustentável, a proteção do ambiente deverá
constituir parte integrante do processo de desenvolvimento e não poderá se considerar em
forma isolada.
Princípio 5: Todos os Estados e todas as pessoas deverão cooperar na tarefa essencial de
erradicar a pobreza como requisito indispensável do desenvolvimento sustentável, a fim de
reduzir as divergências nos níveis de vida e responder melhor às necessidades da maioria
dos povos do mundo.
Princípio 6: Dever-se-á dar especial prioridade à situação e as necessidades especiais dos
países em desenvolvimento, em particular os países menos adiantados e os mais
vulneráveis desde o ponto de vista ambiental. Nas medidas internacionais adotadas com
respeito ao meio ambiente e ao desenvolvimento, também dever-se-iam ter em conta os
interesses e as necessidades de todos os países.
Princípio 7: Os Estados deverão cooperar com espírito de solidariedade mundial para
conservar, proteger e restabelecer a saúde e a integridade do ecossistema da Terra.
Considerando que têm contribuído em diferente medida à degradação do meio ambiente
mundial, os Estados têm responsabilidades comuns mas diferenciadas. Os países
desenvolvidos reconhecem a responsabilidade que lhes cabe na busca internacional do
desenvolvimento sustentável, em vista das pressões que suas sociedades exercem no meio
ambiente mundial e das tecnologias e dos recursos financeiros de que dispõem.
Princípio 8: Para atingir o desenvolvimento sustentável e uma melhor qualidade de vida para
todas as pessoas, os Estados deveriam reduzir e eliminar as modalidades de produção e
consumo insustentáveis e fomentar políticas demográficas apropriadas.
Princípio 9: Os Estados deveriam cooperar no fortalecimento de seu próprio poder para de
atingir o desenvolvimento sustentável, aumentando o saber científico mediante o
intercâmbio de conhecimentos científicos e tecnológicos, e intensificando o
desenvolvimento, a adaptação, a difusão e a transferência de tecnologias.
Princípio 10: O melhor modo de tratar as questões ambientais é com a participação de todos
os cidadãos interessados, no nível que corresponda. No plano nacional, toda a pessoa
deverá ter acesso adequado à informação sobre o meio ambiente de que disponham as
autoridades públicas, incluída a informação sobre os materiais e as actividades que
encerram perigo em suas comunidades, bem como a oportunidade de participar nos
processos de adopção de decisões.
Princípio 11: Os Estados deverão promulgar leis eficazes sobre o meio ambiente. As
normas, os objetivos de classificação e as prioridades ambientais deveriam refletir o
contexto ambiental e de desenvolvimento ao que se aplicam.
Princípio 12: Os Estados deveriam cooperar na promoção de um sistema econômico
internacional favorável e aberto, que levasse ao crescimento econômico e ao
desenvolvimento sustentável de todos os países, a fim de abordar em melhor forma os
problemas da degradação ambiental.
Princípio 13: Os Estados deverão desenvolver a legislação nacional relativa à
responsabilidade e a indemnização respeito das vítimas da contaminação e outros danos
ambientais.
Princípio 14: Os Estados deveriam cooperar efectivamente para diminuir ou evitar a
transferência a outros Estados de quaisquer atividades e substâncias que causem
degradação ambiental grave ou sejam consideradas nocivas para a saúde humana.
Princípio 15: Com o fim de proteger o meio ambiente, os Estados deverão aplicar
amplamente o critério de precaução conforme a suas capacidades.
Princípio 16: As autoridades nacionais deveriam fomentar a internalização dos custos
ambientais pelo poluidor ou degradador, e o uso de instrumentos econômicos que
impliquem que o poluidor deve, em princípio, arcar com os custos da degradação ambiental.
Princípio 17: O emprego de avaliação de impacto ambiental, em qualidade de instrumento
nacional, a atividades propostas que potencialmente produzam um impacto negativo sobre o
meio ambiente, e que estejam sujeitas à decisão de uma autoridade nacional competente.
Princípio 18: Os Estados deverão notificar imediatamente a outros Estados dos desastres
naturais ou outras situações de emergência que possam produzir efeitos nocivos súbitos no
meio ambiente desses Estados.
Princípio 19: Os Estados deverão proporcionar a informação apropriada, e notificar
previamente e em forma oportuna, aos Estados que possam ser afetados por atividades
causadoras de impactos ambientais transfronteiriços, e deverão consultar esses Estados
previamente e de boa fé.
Princípio 20: As mulheres desempenham um papel fundamental na proteção do meio
ambiente e no desenvolvimento. É imprescindível contar com sua plena participação para
conseguir o desenvolvimento sustentável.
Princípio 21: Deveria mobilizar-se a criatividade, os ideais e o valor dos jovens do mundo
para forjar uma aliança mundial orientada a buscar o desenvolvimento sustentável e
assegurar um melhor futuro para todos.
Princípio 22: As populações indígenas e suas comunidades, bem como outras comunidades
locais, desempenham um papel fundamental na classificação do meio ambiente e no
desenvolvimento, devido a seus conhecimentos e práticas tradicionais.
Princípio 23: Devem proteger-se o meio ambiente e os recursos naturais dos povos
submetidos a opressão, dominação e ocupação.
Princípio 24: A guerra é, por definição, inimiga do desenvolvimento sustentável. Em
consequência, os Estados deverão respeitar as disposições de direito internacional que
protegem o meio ambiente em épocas de conflito armado.
Princípio 25: A paz, o desenvolvimento e a proteção do meio ambiente são
interdependentes e inseparáveis.
Princípio 26: Os Estados deverão resolver pacificamente todas suas controvérsias sobre o
meio ambiente por meios que respeitem a Carta das Nações Unidas.
Princípio 27: Os Estados e as pessoas deverão cooperar de boa fé e com espírito de
solidariedade na aplicação dos princípios consagrados na Declaração.
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 Agenda de Dirigentes
 Editais e Chamadas
 Eventos do MMA
 MMA em Números
 Programas do MMA
 Quem é Quem

ASSUNTOS
 Água
 Apoio a Projetos
 Áreas Protegidas
 Biodiversidade
 Biomas
 Cidades Sustentáveis
 Desenvolvimento Rural
 Educação Ambiental
 Florestas
 Gestão Territorial
 Governança Ambiental
 Informações Ambientais
 Mudança do Clima
 Patrimônio Genético
 Responsabilidade Socioambiental
 Segurança Química

ACESSO À INFORMAÇÃO
 Institucional
 Ações e Programas
 Auditorias
 Participação Social
 Convênios
 Receitas e Despesas
 Licitações e contratos
 Servidores
 Informações classificadas
 Serviço de Informação ao Cidadão - SIC
 Terceirizados
 Metas Institucionais
 Perguntas Frequentes
 Plano de Dados Abertos
 Plano Anual

CENTRAL DE CONTEÚDOS
 Vídeos
 Áudios
 Imagens
 Legislação
 Publicações

Carta da Terra
 Imprimir
 E-mail

PREÂMBULO
Estamos diante de um momento crítico na história da Terra, numa época em que a
humanidade deve escolher o seu futuro. À medida que o mundo torna-se cada vez mais
interdependente e frágil, o futuro enfrenta, ao mesmo tempo, grandes perigos e grandes
promessas. Para seguir adiante, devemos reconhecer que, no meio da uma magnífica
diversidade de culturas e formas de vida, somos uma família humana e uma comunidade
terrestre com um destino comum. Devemos somar forças para gerar uma sociedade
sustentável global baseada no respeito pela natureza, nos direitos humanos universais,
na justiça econômica e numa cultura da paz. Para chegar a este propósito, é imperativo
que ynós, os povos da Terra, declaremos nossa responsabilidade uns para com os
outros, com a grande comunidade da vida, e com as futuras gerações.

Terra, Nosso Lar


A humanidade é parte de um vasto universo em evolução. A Terra, nosso lar, está viva
com uma comunidade de vida única. As forças da natureza fazem da existência uma
aventura exigente e incerta, mas a Terra providenciou as condições essenciais para a
evolução da vida. A capacidade de recuperação da comunidade da vida e o bem-estar
da humanidade dependem da preservação de uma biosfera saudável com todos seus
sistemas ecológicos, uma rica variedade de plantas e animais, solos férteis, águas puras
e ar limpo. O meio ambiente global com seus recursos finitos é uma preocupação comum
de todas as pessoas. A proteção da vitalidade, diversidade e beleza da Terra é um dever
sagrado.

A Situação Global
Os padrões dominantes de produção e consumo estão causando devastação ambiental,
redução dos recursos e uma massiva extinção de espécies. Comunidades estão sendo
arruinadas. Os benefícios do desenvolvimento não estão sendo divididos
equitativamente e o fosso entre ricos e pobres está aumentando. A injustiça, a pobreza,
a ignorância e os conflitos violentos têm aumentado e são causa de grande sofrimento.
O crescimento sem precedentes da população humana tem sobrecarregado os sistemas
ecológico e social. As bases da segurança global estão ameaçadas. Essas tendências
são perigosas, mas não inevitáveis.

Desafios Para o Futuro


A escolha é nossa: formar uma aliança global para cuidar da Terra e uns dos outros, ou
arriscar a nossa destruição e a da diversidade da vida. São necessárias mudanças
fundamentais dos nossos valores, instituições e modos de vida. Devemos entender que,
quando as necessidades básicas forem atingidas, o desenvolvimento humano será
primariamente voltado a ser mais, não a ter mais. Temos o conhecimento e a tecnologia
necessários para abastecer a todos e reduzir nossos impactos ao meio ambiente. O
surgimento de uma sociedade civil global está criando novas oportunidades para
construir um mundo democrático e humano. Nossos desafios ambientais, econômicos,
políticos, sociais e espirituais estão interligados, e juntos podemos forjar soluções
includentes.

Responsabilidade Universal
Para realizar estas aspirações, devemos decidir viver com um sentido de
responsabilidade universal, identificando-nos com toda a comunidade terrestre bem
como com nossa comunidade local. Somos, ao mesmo tempo, cidadãos de nações
diferentes e de um mundo no qual a dimensão local e global estão ligadas. Cada um
compartilha da responsabilidade pelo presente e pelo futuro, pelo bem-estar da família
humada e de todo o mundo dos seres vivos. O espírito de solidariedade humana e de
parentesco com toda a vida é fortalecido quando vivemos com reverência o mistério da
existência, com gratidão pelo dom da vida, e com humildade considerando em relaçao
ao lugar que ocupa o ser humano na natureza.
Necessitamos com urgência de uma visão compartilhada de valores básicos para
proporcionar um fundamento ético à comunidade mundial emergente. Portanto, juntos
na esperança, afirmamos os seguintes princípios, todos interdependentes, visando um
modo de vida sustentável como critério comum, através dos quais a conduta de todos os
indivíduos, organizações, empresas, governos, e instituições transnacionais será guiada
e avaliada.

PRINCÍPIOS

I. RESPEITAR E CUIDAR DA COMUNIDADE DA VIDA

1. Respeitar a Terra e a vida em toda sua diversidade.


a. Reconhecer que todos os seres são interligados e cada forma de vida tem valor,
independentemente de sua utilidade para os seres humanos.
b. Afirmar a fé na dignidade inerente de todos os seres humanos e no potencial
intelectual, artístico, ético e espiritual da humanidade.
2. Cuidar da comunidade da vida com compreensão, compaixão e amor.
a. Aceitar que, com o direito de possuir, administrar e usar os recursos naturais vem o
dever de impedir o dano causado ao meio ambiente e de proteger os direitos das
pessoas.
b. Assumir que o aumento da liberdade, dos conhecimentos e do poder implica
responsabilidade na promoção do bem comum.
3. Construir sociedades democráticas que sejam justas, participativas, sustentáveis e
pacíficas.
a. Assegurar que as comunidades em todos níveis garantam os direitos humanos e as
liberdades fundamentais e proporcionem a cada um a oportunidade de realizar seu pleno
potencial.
b. Promover a justiça econômica e social, propiciando a todos a consecução de uma
subsistência significativa e segura, que seja ecologicamente responsável.
4. Garantir as dádivas e a beleza da Terra para as atuais e as futuras gerações.
a. Reconhecer que a liberdade de ação de cada geração é condicionada pelas
necessidades das gerações futuras.
b. Transmitir às futuras gerações valores, tradições e instituições que apóiem, a longo
prazo, a prosperidade das comunidades humanas e ecológicas da Terra.

Para poder cumprir estes quatro amplos compromissos, é necessario:

II. INTEGRIDADE ECOLÓGICA

5. Proteger e restaurar a integridade dos sistemas ecológicos da Terra, com especial


preocupação pela diversidade biológica e pelos processos naturais que sustentam a
vida.
a. Adotar planos e regulamentações de desenvolvimento sustentável em todos os níveis
que façam com que a conservação ambiental e a reabilitação sejam parte integral de
todas as iniciativas de desenvolvimento.
b. Estabelecer e proteger as reservas com uma natureza viável e da biosfera, incluindo
terras selvagens e áreas marinhas, para proteger os sistemas de sustento à vida da
Terra, manter a biodiversidade e preservar nossa herança natural.
c. Promover a recuperação de espécies e ecossistemas ameaçadas.
d. Controlar e erradicar organismos não-nativos ou modificados geneticamente que
causem dano às espécies nativas, ao meio ambiente, e prevenir a introdução desses
organismos daninhos.
e. Manejar o uso de recursos renováveis como água, solo, produtos florestais e vida
marinha de formas que não excedam as taxas de regeneração e que protejam a sanidade
dos ecossistemas.
f. Manejar a extração e o uso de recursos não-renováveis, como minerais e combustíveis
fósseis de forma que diminuam a exaustão e não causem dano ambiental grave.
6. Prevenir o dano ao ambiente como o melhor método de proteção ambiental e, quando
o conhecimento for limitado, assumir uma postura de precaução.
a. Orientar ações para evitar a possibilidade de sérios ou irreversíveis danos ambientais
mesmo quando a informação científica for incompleta ou não conclusiva.
b. Impor o ônus da prova àqueles que afirmarem que a atividade proposta não causará
dano significativo e fazer com que os grupos sejam responsabilizados pelo dano
ambiental.
c. Garantir que a decisão a ser tomada se oriente pelas consequências humanas globais,
cumulativas, de longo prazoy, indiretas e de longo alcance.
d. Impedir a poluição de qualquer parte do meio ambiente e não permitir o aumento de
substâncias radioativas, tóxicas ou outras substâncias perigosas.
e. Evitar que atividades militares causem dano ao meio ambiente.
7. Adotar padrões de produção, consumo e reprodução que protejam as capacidades
regenerativas da Terra, os direitos humanos e o bem-estar comunitário.
a. Reduzir, reutilizar e reciclar materiais usados nos sistemas de produção e consumo e
garantir que os resíduos possam ser assimilados pelos sistemas ecológicos.
b. Atuar com restrição e eficiência no uso de energia e recorrer cada vez mais aos
recursos energéticos renováveis, como a energia solar e do vento.
c. Promover o desenvolvimento, a adoção e a transferência eqüitativa de tecnologias
ambientais saudáveis.
d. Incluir totalmente os custos ambientais e sociais de bens e serviços no preço de venda
e habilitar os consumidores a identificar produtos que satisfaçam as mais altas normas
sociais e ambientais.
e. Garantir acesso universal a assistência de saúde que fomente a saúde reprodutiva e
a reprodução responsável.
f. Adotar estilos de vida que acentuem a qualidade de vida e subsistência material num
mundo finito.
8. Avançar o estudo da sustentabilidade ecológica e promover a troca aberta e a ampla
aplicação do conhecimento adquirido.
a. Apoiar a cooperação científica e técnica internacional relacionada à sustentabilidade,
com especial atenção às necessidades das nações em desenvolvimento.
b. Reconhecer e preservar os conhecimentos tradicionais e a sabedoria espiritual em
todas as culturas que contribuam para a proteção ambiental e o bem-estar humano.
c. Garantir que informações de vital importância para a saúde humana e para a proteção
ambiental, incluindo informação genética, estejam disponíveis ao domínio público.

III. JUSTIÇA SOCIAL E ECONÔMICA

9. Erradicar a pobreza como um imperativo ético, social e ambiental.


a .Garantir o direito à água potável, ao ar puro, à segurança alimentar, aos solos não-
contaminados, ao abrigo e saneamento seguro, distribuindo os recursos nacionais e
internacionais requeridos.
b. Prover cada ser humano de educação e recursos para assegurar uma subsistência
sustentável, e proporcionar seguro social e segurança coletiva a todos aqueles que não
são capazes de manter-se por conta própria.
c. Reconhecer os ignorados, proteger os vulneráveis, servir àqueles que sofrem, e
permitir-lhes desenvolver suas capacidades e alcançar suas aspirações.
10. Garantir que as atividades e instituições econômicas em todos os níveis promovam
o desenvolvimeto humano de forma eqüitativa e sustentável.
a. Promover a distribuição eqüitativa da riqueza dentro das e entre as nações.
b. Incrementar os recursos intelectuais, financeiros, técnicos e sociais das nações em
desenvolvimento e isentá-las de dívidas internacionais onerosas.
c. Garantir que todas as transações comerciais apóiem o uso de recursos sustentáveis,
a proteção ambiental e normas trabalhistas progressistas.
d. Exigir que corporações multinacionais e organizações financeiras internacionais
atuem com transparência em benefício do bem comum e responsabilizá-las pelas
conseqüências de suas atividades.
11. Afirmar a igualdade e a eqüidade de gênero como pré-requisitos para o
desenvolvimento sustentável e assegurar o acesso universal à educação, assistência de
saúde e às oportunidades econômicas.
a. Assegurar os direitos humanos das mulheres e das meninas e acabar com toda
violência contra elas.
b. Promover a participação ativa das mulheres em todos os aspectos da vida econômica,
política, civil, social e cultural como parceiras plenas e paritárias, tomadoras de decisão,
líderes e beneficiárias.
c. Fortalecer as famílias e garantir a segurança e a educação amorosa de todos os
membros da família.
12. Defender, sem discriminação, os direitos de todas as pessoas a um ambiente natural
e social, capaz de assegurar a dignidade humana, a saúde corporal e o bem-estar
espiritual, concedendo especial atenção aos direitos dos povos indígenas e minorias.
a. Eliminar a discriminação em todas suas formas, como as baseadas em raça, cor,
gênero, orientação sexual, religião, idioma e origem nacional, étnica ou social.
b. Afirmar o direito dos povos indígenas à sua espiritualidade, conhecimentos, terras e
recursos, assim como às suas práticas relacionadas a formas sustentáveis de vida.
c. Honrar e apoiar os jovens das nossas comunidades, habilitando-os a cumprir seu
papel essencial na criação de sociedades sustentáveis.
d. Proteger e restaurar lugares notáveis pelo significado cultural e espiritual.

IV.DEMOCRACIA, NÃO VIOLÊNCIA E PAZ

13. Fortalecer as instituições democráticas em todos os níveis e proporcionar-lhes


transparência e prestação de contas no exercício do governo, participação inclusiva na
tomada de decisões, e acesso à justiça.
a. Defender o direito de todas as pessoas no sentido de receber informação clara e
oportuna sobre assuntos ambientais e todos os planos de desenvolvimento e atividades
que poderiam afetá-las ou nos quais tenham interesse.
b. Apoiar sociedades civis locais, regionais e globais e promover a participação
significativa de todos os indivíduos e organizações na tomada de decisões.
c. Proteger os direitos à liberdade de opinião, de expressão, de assembléia pacífica, de
associação e de oposição.
d. Instituir o acesso efetivo e eficiente a procedimentos administrativos e judiciais
independentes, incluindo retificação e compensação por danos ambientais e pela
ameaça de tais danos.
e. Eliminar a corrupção em todas as instituições públicas e privadas.
f. Fortalecer as comunidades locais, habilitando-as a cuidar dos seus própios ambientes,
e atribuir responsabilidades ambientais aos níveis governamentais onde possam ser
cumpridas mais efetivamente.
14. Integrar, na educação formal e na aprendizagem ao longo da vida, os conhecimentos,
valores e habilidades necessárias para um modo de vida sustentável.
a. Oferecer a todos, especialmente a crianças e jovens, oportunidades educativas que
lhes permitam contribuir ativamente para o desenvolvimento sustentável.
b. Promover a contribuição das artes e humanidades, assim como das ciências, na
educação para sustentabilidade.
c. Intensificar o papel dos meios de comunicação de massa no sentido de aumentar a
sensibilização para os desafios ecológicos e sociais.
d. Reconhecer a importância da educação moral e espiritual para uma subsistência
sustentável.
15. Tratar todos os seres vivos com respeito e consideração.
a. Impedir crueldades aos animais mantidos em sociedades humanas e protegê-los de
de sofrimentos.
b. Proteger animais selvagens de métodos de caça, armadilhas e pesca que causem
sofrimento extremo, prolongado ou evitável.
c.Evitar ou eliminar ao máximo possível a captura ou destruição de espécies não visadas.
16. Promover uma cultura de tolerância, não violência e paz.
a. Estimular e apoiar o entendimento mútuo, a solidariedade e a cooperação entre todas
as pessoas, dentro das e entre as nações.
b. Implementar estratégias amplas para prevenir conflitos violentos e usar a colaboração
na resolução de problemas para manejar e resolver conflitos ambientais e outras
disputas.
c. Desmilitarizar os sistemas de segurança nacional até chegar ao nível de uma postura
não-provocativa da defesa e converter os recursos militares em propósitos pacíficos,
incluindo restauração ecológica.
d. Eliminar armas nucleares, biológicas e tóxicas e outras armas de destruição em
massa.
e. Assegurar que o uso do espaço orbital e cósmico mantenha a proteção ambiental e a
paz.
f. Reconhecer que a paz é a plenitude criada por relações corretas consigo mesmo, com
outras pessoas, outras culturas, outras vidas, com a Terra e com a totalidade maior da
qual somos parte.

O CAMINHO ADIANTE

Como nunca antes na história, o destino comum nos conclama a buscar um novo
começo. Tal renovação é a promessa dos princípios da Carta da Terra. Para cumprir
esta promessa, temos que nos comprometer a adotar e promover os valores e objetivos
da Carta.
Isto requer uma mudança na mente e no coração. Requer um novo sentido de
interdependência global e de responsabilidade universal. Devemos desenvolver e aplicar
com imaginação a visão de um modo de vida sustentável aos níveis local, nacional,
regional e global. Nossa diversidade cultural é uma herança preciosa, e diferentes
culturas encontrarão suas próprias e distintas formas de realizar esta visão. Devemos
aprofundar e expandir o diálogo global gerado pela Carta da Terra, porque temos muito
que aprender a partir da busca iminente e conjunta por verdade e sabedoria.
A vida muitas vezes envolve tensões entre valores importantes. Isto pode significar
escolhas difíceis. Porém, necessitamos encontrar caminhos para harmonizar a
diversidade com a unidade, o exercício da liberdade com o bem comum, objetivos de
curto prazo com metas de longo prazo. Todo indivíduo, família, organização e
comunidade têm um papel vital a desempenhar. As artes, as ciências, as religiões, as
instituições educativas, os meios de comunicação, as empresas, as organizações não-
governamentais e os governos são todos chamados a oferecer uma liderança criativa. A
parceria entre governo, sociedade civil e empresas é essencial para uma governabilidade
efetiva.
Para construir uma comunidade global sustentável, as nações do mundo devem renovar
seu compromisso com as Nações Unidas, cumprir com suas obrigações respeitando os
acordos internacionais existentes e apoiar a implementação dos princípios da Carta da
Terra com um instrumento internacional legalmente unificador quanto ao ambiente e ao
desenvolvimento.
Que o nosso tempo seja lembrado pelo despertar de uma nova reverência face à vida,
pelo compromisso firme de alcançar a sustentabilidade, a intensificação da luta pela
justiça e pela paz, e a alegre celebração da vida.
Fonte: http://www.abra144.com.br/ecoredes/numero2/terra.htm

http://www.mma.gov.br/informma/item/8071-carta-da-terra

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O que é A Carta da Terra

A Carta da Terra é uma declaração de princípios éticos fundamentais para a construção de uma sociedade global
justa, sustentável e pacífica. Ela é estruturada em quatro grandes tópicos:

1. Respeito e cuidado pela comunidade da vida


2. Integridade Ecológica
3. Justiça Social e Econômica
4. Democracia, não-violencia e paz.
A Carta busca inspirar as pessoas e diferentes setores da sociedade para um novo sentido de interdependência
global e responsabilidade compartilhada voltado para o bem-estar de toda a família humana, da grande comunidade
da vida e das futuras gerações. É uma visão de esperança, mas também um chamado à ação.

Sobre a sua historia, em 1987 a Comissão das Nações Unidas para o Meio Ambiente e Desenvolvimento, através do
documento “Nosso Futuro Comum”, recomendou a redação de uma nova carta sobre o desenvolvimento sustentável
com o objetivo de ajudar a construir no século 21 uma sociedade global justa, sustentável e pacífica.

Em 1992, em um evento paralelo da Cúpula da Terra - Eco-92 - realizada no Rio de Janeiro, foi elaborada a primeira
versão da carta. Após oito anos em um processo participativo em todos os continentes, que contou com a
contribuição de milhares de pessoas de todas as raças, credos, idades e profissões, incluindo especialistas em
ciências, filosofia, ética, religiões e leis internacionais, a versão final foi lançada no Palácio da Paz em Haia em
29/06/2000 quando também foi assumida pela Unesco.

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