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A enorme largura de banda disponível para mmWave proporcionará taxas de muitos Gbps
por usuário. Embora mmWave possa ser usado prontamente em cenários estáticos como
hotspots (indoor), é desafiador utilizá-lo em redes móveis, onde os nós
transmissores/receptores podem ser móveis, os canais podem ter estrutura complicada.
Devido ao fato que o recurso espectral abaixo de 6GHz está se tornando um problema,
enquanto que há abundante largura de banda disponível na bandal mmWave, recentemente
muitos esforços têm sido direcionados para pesquisas nessa faixa (incluindo WLAN); por
exemplo, IEEE 802.11ad operando em 60GHz já está em utilização.
Uma barreira ao uso do mmWave era o custo. Devido aos avanços da tecnologia CMOS,
dispositivos mmWave de baixo custo são agora possíveis, sendo agora o mmWave um
candidato para o 5G e utilizado em padrões WPAN/WLAN, como WirelessHD e IEEE
802.11ad. Radares automotivos operando em bandas mmWave já estão no mercado.
Espectro mmWave:
São as RFs no intervalo de 30 (ou pouco menos) a 300 GHz (equivalente a 1 a 10 mm). Na
WRC-15 foram colocadas como candidatas as bandas:
A decisão da alocação será feita na WRC-19.
Capacidade de canal
Os largos canais espectrais em frequência mmWave são um meio de atingir taxas de dados
muito mais altas sistemas de comunicação veiculares. Essas taxas altas podem ser usadas
para envio de dados de baixo nível (sensores) sem muito processamento, ou para melhorar
a segurança e eficiência do tráfego.
Apesar das taxas extremamente altas alcançáveis pelo uso das mmWaves, há vários
desafios técnicos para se superar ao usá-las em redes móveis, incluindo perda de caminho
severa, perda de penetração alta, alto consumo de potência, bloqueio devido ao
sombreamento, aspectos de hardware etc. Perda de caminho e sombreamento são as duas
características mais importantes de larga-escala do canal de rádio.
Assim:
O comprimento de onda dos sinais mmWave é muito mais curto que o dos sinais
convencionais de micro-ondas, que operam em frequências menores que 6GHz. Então, a
perda de caminho dos sinais mmWave é muito maior que a desses sinais convencionais, se
todas as outras condições incluindo os ganhos das antenas são mantidas. Embora a perda
de caminho das mmWaves seja geralmente bem alta, é viável a comunicação em distâncias
de centenas de metros até alguns kilômetros, como é o caso de redes móveis urbanas.
Antenas direcionais: Em frequências maiores, a antena pode focar mais a energia, o que é
chamado de ganho de array. Com isso, a perda de caminho pode ser mantida constante, ou
mesmo diminuir. Com o uso dessas antenas, conforme demonstrações, a comunicação a
10 km de distância é possível dentro de condições de ar limpo.
● Perda de penetração
A discussão sobre perda de caminho assume uma comunicação com linha de visada, mas a
alta perda de penetração é composta de cenários sem essa linha. Em ambientes indoor,
embora as perdas de penetração para vidro limpo e paredes secas sejam relativamente
pequenas para sinais em 28GHz, as perdas de penetração para tijolos e vidro colorido são
altas para 28GHz (cerca de 28dB e 40dB), o que é muito mais alto que em bandas de
micro-ondas. As perdas de penetração são tipicamente maiores em frequências maiores.
Então, é difícil fazer interfaces entre ambientes indoor e outdoor.
A potência de transmissão deve ser maior com a largura de banda para que a SNR
permaneça intacta. Alternativamente, pode ser feito o uso de antenas diretivas ou
tecnologia MIMO para direcionar a potência do sinal espacialmente, levando a um ganho de
array e à flexibilidade da multiplexação espacial.
MIMO e diretividade de array são considerados essenciais para mmWave, particularmente
porque o curto comprimento de onda torna possível dispor muitas antenas de meia onda em
uma pequena área. Devido à larga banda, os amplificadores de potência e conversores de
dados são caros e gastam bastante potência. Então a implementação totalmente digital de
MIMO em mmWaves ainda não apresenta uma boa relação custo x benefício.
● Hardware
Mixers são aplicados no transmissor e no receptor usando osciladores locais para gerar
portadoras em frequências específicas. Devido ao desvio de frequência aleatório, os
osciladores não operam exatamente na mesma frequência, levando ao ruído de fase (PN)
para amostras no domínio do tempo. Por trabalhar em frequências mais altas, mmWaves
são mais sujeitas a PN do que as ondas convencionais.
● Bloqueio
Duas características peculiares das mmWaves são a pobre capacidade de difração e alta
perda de penetração, que tornam o bloqueio um importante aspecto na propagação de
mmWaves. Por exemplo, foi observada uma diferença de mais que 40 dB em 28 e 73 GHz
quando um receptor móvel contornava um prédio. Atenuação severa de sinais difratados
também é observada em ambientes indoor. Perda de penetração é também mais severa em
altas frequências.
Com isso, se a LOS é bloqueada por um objeto, é improvável que o sinal possa propagar
por difração ou penetração, levando a uma acentuada diminuição na potência recebida.
Portanto, alinhamento eficiente é essencial.
- Efeito Doppler: Diferença entre a frequência percebida de uma onda viajante e sua
frequência real. Quando o transmissor se move na direção do receptor, a frequência
percebida é maior, e vice-versa. O espalhamento Doppler é o resultado dos efeitos
Doppler para todos os trajetos, e é uma medida da severidade da variação temporal
do canal, bem como do tamanho viável dos pacotes. É um desafio para o projeto da
camada física.
● Largura de banda não usada contínua e ampla. Largura de banda maior nem
sempre assegura taxas maiores em regiões limitadas por ruído. Porém, mmWaves
têm uma ampla faixa a ser explorada e aperfeiçoada. Atualmente, a largura de
banda disponível para redes móveis (2G, 3G, 4G e espectro LTE avançado) é menor
que 780 MHz. Essa largura não é suficiente para taxas de Gbps para vários
dispositivos, já que uma enorme eficiência espectral por dispositivo seria necessária.
Nas bandas mmWave, a largura de banda potencialmente é de 150GHz, mesmo ao
excluir bandas desfavoráveis como a de absorção do oxigênio (57 a 64 GHz) e a de
absorção do vapor d’água (164 a 200GHz). Com 150GHz de espectro, uma
eficiência espectral baixa de 1b/s/Hz é suficiente para taxas de 150Gbps,
simplificando a implementação e tornando o desempenho mais independente do
hardware.
● Arquitetura MIMO
Sistemas convencionais têm ampla cobertura com baixa frequência. Sistemas mmWave têm
menor cobertura com frequência mais alta. Sistemas MIMO para mmWaves requerem
diferentes projetos de transceptores, até pelo espalhamento que é mais limitado.
O MIMO convencional é totalmente digital, todas as técnicas de processamento de sinal
ocorrem em banda base. Pelo alto consumo de energia e custo de hardware, em mmWaves
o MIMO não é totalmente digital.
● Múltiplo acesso
Mais importantemente, os comprimentos de onda mais curtos tornam o MIMO viável para
mmWave já que é possível usar mais antenas no mesmo espaço físico. Uma das principais
características do MIMO é a resolução espacial e a capacidade de direcionar feixes.
- SDMA: Além de maiores larguras de banda, é possível obter ganho de multiplexação
por multiplexar os usuários temporalmente. Devido às transmissões altamente
direcionais em mmWave, usuários de diferentes direções podem ser bem separados
usando diferentes feixes espaciais, o que é também conhecido como propagação
favorável.
● Backhauling:
Redes ultra densas (UDNs) com 1 a 10 Gbps são necessárias para satisfazer os
indicadores de desempenho principais do 5G. Muitas ERBs de células pequenas são
implantadas densamente como hotspots (por exemplo, em escritórios, lojas, apartamentos)
que descarregam as grandes células. Então o backhaul provê ampla largura de banda com
transmissão com link confiável. Usar mmWaves é desejável por causa da ampla largura de
banda, da interferência entre células reduzida (pela alta perda de caminho), pela
multiplexação de backhaul e acesso na mesma banda.
● Cobertura e conectividade
● Panorama:
● Teste de performance
● Indústria automotiva:
Sensores estão sendo cada vez mais integrados aos veículos, para alertar sobre pontos
cegos, locais proibidos e colisões frontais, além de aplicações não relacionadas com
segurança. O carro autônomo da Google gera até 750 MB de dados de sensoriamento por
segundo. Há predições de que os carros autônomos irão gerar até 1 TB de dados por
viagem. Compartilhar dados (ex: imagem de câmera) com outros veículos é interessante;
por exemplo, algoritmos de processamento de imagem podem ajudar o veículo a detectar
objetos antes ocultos aos seus sensores. Com tanta informação que vem de sensores, há a
necessidade de processamento e transmissão de dados velozes e com pouca latência. O
DSRC (padrão atual de comunicação veicular de curto alcance) permite uma taxa de dados
menor que 6 Mbps na prática, não sendo capaz de suportar o que vem pela frente.