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A partir de 1900, o consumo de café popularizou-se no mundo. Foram criados equipamentos para o
preparo de café, filtros, cafeteiras elétricas, entre outros.
A lenda conta que um monge passeava pelas pastagens da Arábia e percebeu uma grande
agitação onde umas cabras pastavam. Logo resolveu se aproximar para ver o que estava
acontecendo. Junto às cabras, estava um jovem pastor chamado Kaldi. O monge notou que,
nas mãos do pastor, havia uma frutinha vermelha. O pastor contou que aquela frutinha era
responsável por toda aquela alegria e, apenas com a ajuda dela, o rebanho conseguia
caminhar por quilômetros, com muita disposição. Ouvindo o relato do pastor, o monge pegou
um punhado das frutas e levou para o monastério. Resolveu experimentá-las antes da
oração noturna. Sentiu em seu corpo uma sensação de júbilo e disposição. Em seguida,
orou a noite toda, sem sentir sono. Assim, descobriram uma nova bebida, que deixava os
monges acordados durante as rezas e os longos períodos de meditação.
Os árabes foram os primeiros a cultivá-la. O café teve grande importância para esse povo,
que dominava o cultivo do café e a forma de preparação da bebida. Eles não revelavam a
técnica de cultivo da planta e impediam que outros povos tivessem acesso às mudas do
café. Os manuscritos mais antigos, que falam da cultura do café, datam de 575 d.C., no
Yêmen, onde era consumido como fruto in natura.
“Por volta de 1400, o consumo do café começou a se espalhar pelo mundo. Naquele século,
o cafécomeçou a ser torrado. Em 1544, foi aberta a primeira casa de café, em
Constantinopla, atual Istambul, na Turquia”, afirma a professora Maria Aparecida Campos,
do curso Treinamento de Barista, elaborado pelo CPT – Centro de Produções Técnicas.
A partir de 1500, o consumo do café se disseminou pela Europa. Mais ou menos dois séculos
depois, já havia várias cafeterias instaladas nas capitais europeias, inclusive as famosas
cafeterias de Paris. Até o século XVII, o café era produzido apenas pelos árabes. Foram os
holandeses que conseguiram as primeiras mudas e as cultivaram no Jardim Botânico de
Amsterdã.
Em 1658, os holandeses iniciaram o cultivo comercial no Sri Lanka e, em 1699, começaram
a plantar café em Java, expandindo o cultivo para outras colônias. Em 1714, os holandeses
presentearam o rei da França, Luís XIV, com uma muda de café. Quando esta deu frutos,
as mudas foram levadas para serem cultivadas nas ilhas de Sandwich e Bourbon.
Com o sucesso dessas experiências, o cultivo do café foi levado para outras colônias
europeias, ao mesmo tempo em que crescia o mercado consumidor europeu. Assim, o café
expandiu-se para o continente africano e para a América Latina. Os colonizadores europeus
levaram a cultura do café para o Suriname, São Domingos, Cuba, Porto Rico e Guianas.
O café chegou ao Brasil em 1727. Conta-se que o governador do Pará, João da Maia Gama,
incumbiu o oficial português, Francisco de Mello Palheta, de resolver questões de fronteira
na Guiana Francesa e, secretamente, trazer algumas sementes do fruto. Palheta conquistou
a confiança da esposa do governador da Guiana e, com a ajuda dela, conseguiu
algumas sementes de café, que foram trazidas para o Brasil.
Inicialmente, o cultivo do café começou no Pará e, dali, espalhou-se pelo país, devido às
condições favoráveis de clima e solo. Em pouco tempo, o café tornou-se uma importante
cultura no país, principalmente, nas regiões Sul e Sudeste. A exportação de café
brasileiro tomou impulso a partir de 1816, e, no período de 1930 a 1940, tornou-se o mais
importante produto de exportação do país, com mais de 40% do total.
Por volta de 1870, iniciou-se um dos principais ciclos econômicos do Brasil, o ciclo do café,
quando as primeiras lavouras se estabeleceram no Vale do Paraíba, em São Paulo. Os
fazendeiros, grandes produtores de café, ficaram tão ricos e poderosos, graças a essa
cultura, que passaram a ser chamados de "Barões do café". Esse ciclo durou até 1930,
devido ao crack da Bolsa de Nova York, em 1929, que forçou a queda brusca do preço do
café no mercado internacional.
Em 1930, o café valia pouco mais que a metade do seu valor em 1928. Somente em 1947,
os preços retornaram aos níveis de 1928. Em 1940, o Brasil era o maior produtor mundial
de café. O ciclo do café foi muito importante em termos econômicos e sociais para o Brasil.
Levou à ampliação das vias férreas, principalmente, em São Paulo, e à modernização dos
portos de Santos e do Rio de Janeiro, principais portas de exportação.
Diz-se que a Revolução Francesa foi planejada ao redor das mesas de uma cafeteria. Era
uma bebida apreciada por pessoas famosas, como Johann Sebastian Bach, que compôs,
em 1732, a Cantata ao Café.
Quando começou a ser utilizado na Arábia, o café era conhecido apenas por suas
propriedades estimulantes. O fruto do café era consumido fresco, utilizado para alimentar e
estimular os rebanhos durante as viagens. Posteriormente, os frutos passaram a ser
macerados e misturados com gordura animal para serem consumidos durante as viagens.
Por volta do ano 1.000 d.C., os árabes passaram a fazer uma infusão (um tipo de chá),
fervendo os frutos cereja em água. No século XIV, foi desenvolvido o processo de
torrefação e a bebida já era parecida com esta dos dias de hoje.
Fonte: https://www.cpt.com.br/cursos-hotelaria/artigos/historia-do-cafe-da-bebida-cafe-e-
das-cafeterias