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PREVENÇÃO E COMBATE À

PRINCÍPIO DE INCÊNDIO

Júlio Oliveira
Técnico em Segurança do Trabalho
SIAPE: 1758287
CONTEÚDO PROGRAMÁTICO:
•INTRODUÇÃO;
•TEORIA DO FOGO;
•MÉTODOS DE EXTINÇÃO E CLASSES DO
FOGO;
•MÉTODOS DE PREVENÇÃO E COMBATE;
•ABORDAGEM PRÁTICA.
INTRODUÇÃO

Existem motivos de sobra para que as pessoas sejam treinadas para saber agir
em uma situação de emergência com fogo. Geralmente as conseqüências de
um incêndio fora de controle são bastantes danosas, pois sempre haverá
perdas, sejam materiais ou humanas.
Diante de tantos exemplos catastróficos de incêndios no Brasil e no mundo, os
quais levaram a morte muitas pessoas, hoje a Segurança Contra Incêndio, além
de ser uma exigência legal em qualquer edificação, é considerada uma ciência,
que nunca para de se renovar na busca de novas tecnologias de prevenção e
de reação.
A informação é o principal componente de prevenção para a segurança contra
incêndio, em especial nas edificações de uso coletivo, como é o caso dos
ambientes de trabalho. Dentro deste contexto o presente módulo do curso se
destina a difundir conhecimentos básicos de prevenção e reação em casos de
princípios de incêndio no âmbito da UFRN, se estendendo, é claro, para todos
os momentos de nossas vidas.
Júlio Oliveira
Técnico em Segurança do Trabalho
INTRODUÇÃO

Panorama histórico da Prevenção no Brasil:


Muito pela ausência de grandes incêndios e de incêndios com grande número de
vítimas, o “problema incêndio”, até início dos anos 70 do século passado, era
visto como algo que dizia mais respeito somente ao corpo de bombeiros.
A regulamentação relativa ao tema era esparsa, contida nos Códigos de Obras
dos municípios, sem quaisquer incorporações do aprendizado dos incêndios
ocorridos no exterior, salvo quanto ao dimensionamento da largura das saídas e
escadas e da incombustibilidade de escadas e da estrutura de prédios elevados.
O corpo de bombeiros possuía alguma regulamentação, advinda das
seguradora, indicando em geral a obrigatoriedade de medidas de combate a
incêndio, como a provisão de hidrantes e extintores, além da sinalização desses
equipamentos.
A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) tratava do assunto por
intermédio do Comitê Brasileiro da Construção Civil, pela Comissão Brasileira de
Proteção Contra Incêndio, regulamentando mais os assuntos ligados à produção
de extintores de incêndio.
INTRODUÇÃO

Inicia-se, então, uma seqüência de tragédias, entre as quais as mais famosas


seguem a seguir:
INTRODUÇÃO
Grandes incêndios no Brasil:
• Edifício Andraus
Ocorrido em São Paulo em
24 de Fevereiro de 1972.
Edifício com 31 pavimentos
de escritórios e lojas. O
Incêndio atingiu todos os
andares. Houve 6 vítimas
fatais e 329 feridas. O ponto
de origem foi no 4º
pavimento em virtude da
grande quantidade de
material depositado.
Documentário – Edifícil Andraus:
https://www.youtube.com/watch?v=gSN48Yp_Rik
INTRODUÇÃO

Grandes incêndios no Brasil:


• Edifício Joelma
Ocorrido em São Paulo em
01 de Fevereiro de 1974.
Edifício com 25 pavimentos
de escritórios e garagens. O
Incêndio atingiu todos os
pavimentos. Houve 189
vítimas fatais e 320 feridas. A
causa possível foi um curto
circuito.

Documentário – Edifícil Joelma:


https://www.youtube.com/watch?v=-3RRsCQb1kY
INTRODUÇÃO
Atualmente temos aprendido com os grandes incêndios e estamos mudando nossa
postura diante do problema, melhorando as regulamentações e normas. Esse
esforço tem exigido dos projetistas melhora nas condicionantes de Segurança
Contra Incêndio nas edificações.

Entre as conseqüências das movimentações em prol da segurança contra


incêndio, surge uma Norma Regulamentadora trabalhista, entre várias outras
normas técnicas e legais, que incorpora a importância, dentro dos ambientes de
trabalho, do treinamento do pessoal no uso de equipamento de combate à
incêndio:

“23.1.1 O empregador deve providenciar para todos os trabalhadores informações


sobre:
a) utilização dos equipamentos de combate ao incêndio;
b) procedimentos para evacuação dos locais de trabalho com segurança;
c) dispositivos de alarme existentes”.

NORMA REGULAMENTADORA Nº 23 – NR 23
PROTEÇÃO CONTRA INCÊNDIOS
INTRODUÇÃO

Em função da NR-23 e das exigências legais do Corpo de Bombeiros, foi criada a


Norma Brasileira Regulamentadora NBR 14.276 – Programa de Brigada de
Incêndio, que surgiu da necessidade de padronizar as atividades de Brigada de
incêndio desde sua denominação até a especificação de sua área de atuação.

O objetivo é estabelecer requisitos mínimos para composição, formação,


implantação e reciclagem de Brigadas de Incêndio, preparando-as para atuar na
prevenção e no combate à princípios de incêndio, abandono de área e primeiros
socorros , visando em caso de sinistro, proteger a vida e o patrimônio, reduzir as
consequencias sociaisdo sinistro e os danos ao meio ambiente.
INTRODUÇÃO

Porém, apesar dos esforços, as ocorrências acontecem...


Ocorrências de incêndios (exceto residenciais) noticiados em 2014 – por ocupação

Fonte:
http://www.sprinklerbrasil.org.br/instituto-sprinkler-brasil/estatisticas/estatisticas-2014-anual/
INTRODUÇÃO

Incêndio de grande porte com vítimas fatais no Brasil em 2013:


• Boate KISS
Ocorrido em Santa Maria/RS
em 27 de Janeiro de 2013.
Edifício térreo com uma única
passagem de acesso e de
saída. O Incêndio atingiu todos
os compartimentos. Houve 240
vítimas fatais, a maioria delas
asfixiadas por fumaça tóxica.
O ponto de origem foi o uso de
implemento pirotécnico no
palco, que atingiu o
revestimento do teto.
Reportagem – Boate Kiss:
https://www.youtube.com/watch?v=q-bveXuSIks
INTRODUÇÃO

Trocando em miudos...
O objetivo deste Módulo é estimular o pensamento
prevencionistas, isto é, enfatizar a importância da vigilância dos
servidores para com os ambientes de trabalho no tocante a
prevenção contra incêndio, além de serem aptos a efetuar a
extinção do fogo em seu princípio.
Prevenção: Conjunto de normas e ações na luta contra o fogo, procurando as
formas de eliminar as possibilidades de sua ocorrência, bem como de reduzir
sua extensão, quando ele se torna inevitável, mediante o auxílio de
equipamentos previamente estudados, racionalmente localizados e com pessoas
habilitadas a utiliza-lis.
Extinção: Visa eliminar o fogo por diversos processos, usando táticamente os
equipamentos de combate ao fogo ou outros meios, que poderão funcionar
automaticamente ou pela ação direta do homem.
TEORIA DO FOGO

Para melhor entendermos o que seja prevenção e extinção de incêndio, vamos


primeiramente conhecer o que é fogo, seus componentes e seus fenômenos.
TEORIA DO FOGO

Um dos grandes marcos da história da civilização humana foi o


domínio do fogo pelo homem. A partir daí o homem pôde
aquecer, cozer seus alimentos, fundir o metal para a fabricação
de utensílios, instrumentos e máquinas.
TEORIA DO FOGO
Entretanto esse mesmo fogo, que tanto constrói, pode destruir muito. Ele
pode destruir tudo o que, por sua própria ação, foi possível construir. E
quando isso acontece, quando ele nos ameaça, a reação do homem de hoje
ainda é igual a do homem primitivo – ele foge, assim como o primeiro
homem fugiu ao vê-lo. Por falta de conhecimento de como controla-lo ou
combate-lo, fugiam, deixando que ele se expandisse e tomasse grandes
proporções

Fogo
Incêndio
TEORIA DO FOGO
Mas, o que é fogo?
Processo químico de transformação, também chamado combustão,
dos materiais combustíveis, que, se forem sólidos ou líquidos, serão
primeiramente transformados em gases, para se combinarem com o
comburente (geralmente o oxigênio), e, ativados por uma fonte de
calor, iniciarem a transformação química, gerando mais calor e
desenvolvendo uma reação em cadeia.

Produtos dessa transformação: calor, luz, água e fuligem.

CH4 + O2 → CO + H2 + H2O
TEORIA DO FOGO
Elementos que compõem o fogo:
Para que exista fogo é necessária a interação de três elementos:
Combustível, comburente e calor, que formam o triangulo do fogo.

TRIANGULO DO FOGO
TEORIA DO FOGO
Mas, para que o fogo se mantenha, um quarto elemento se faz presente: A
reação em cadeia, formando dessa forma uma quadrado ou tetraedro do
fogo

comburente
combustível

comburente
calor

reação em cadeia

reação em cadeia combustível calor

Quadrado do fogo Tetraedro do fogo


TEORIA DO FOGO
Para que haja fogo, é necessário existir um combustível que, atingindo seus
pontos de fulgor.
Exemplo: Consideremos uma vela. Para acendê-la, é necessário que existam
esses três elementos
•O combustível = cera que envolve o pavio;
•O oxigênio = presente no ar, e
•O calor = que, nesse caso, é fornecido por meio de um palito de fósforo aceso.
E, para que o fogo continue, deve ocorrer a reação em cadeia (quarto elemento)
TEORIA DO FOGO
COMBUSTÍVEL
Elemento que alimenta o fogo e que serve como campo para sua propagação.
Onde houver combustível, o fogo caminhará por ele, aumentando ou diminuindo
sua faixa de ação.
Os combustíveis podem ser sólidos, líquidos e gasosos, sendo necessário que os
sólidos e líquidos sejam primeiramente transformados em gases pela ação do
calor, a fim de se combinarem com o comburente e formarem dessa maneira uma
substância inflamável.

Ex.: Se apagarmos, uma vela com cuidado, e posteriormente


quisermos reacendê-la, para conseguirmos uma nova
combustão, será suficiente colocar um fósforo aceso à distância
de 5 cm ou 6 cm do pavio, na direção da coluna gasosa formada
imediatamente após a vela ser apagada, porque o próprio pavio
ainda se encontra quente e desprendendo vapores inflamáveis.
TEORIA DO FOGO
COMBURENTE
Elemento ativador do fogo, o comburente dá vida às chamas.
O fogo, em ambiente rico em comburente (oxigênio), terá suas chamas
aumentadas, desprenderá mais luz e gerará maior quantidade de calor.
O comburente mais usado é o oxigênio, contido no ar atmosférico numa
porcentagem de 21%; portanto, é o elemento do fogo que está contido em quase
todos os ambientes
Quando o oxigênio estiver numa porcentagem próxima de 13%, não haverá
chama, somente brasa.

Ex.: Colocando uma campânula sobre uma vela acesa,


de forma a impedir a entrada do oxigênio, observaremos
que a chama vai diminuindo gradativamente, até se
apagar. O fenômeno ocorre devido a insuficiência de
oxigênio no interior da campânula.
TEORIA DO FOGO
CALOR
Elemento que dá início ao fogo, é ele que faz o fogo se propagar pelo
combustível.
Como foi dito anteriormente, os materiais necessitam principalmente ser
aquecidos até produzirem gases que, combinando-se com um comburente
(oxigênio), formam uma mistura inflamável. Submetidas a uma temperatura mais
alta, essa mistura inflamar-se-á, gerando maior quantidade de calor, que vai
aquecendo novas partículas do combustível e inflamando-as de uma forma
contínua e progressiva, gerando maior quantidade de calor. Esse processo
contínuo e progressivo é chamado:
REAÇÃO EM CADEIA
Os combustíveis, após iniciarem a combustão, geram mais calor. Esse calor
provocará o desprendimento de mais gases e vapores combustíveis
desenvolvendo uma transformação em cadeia ou reação em cadeia, que, em
resumo, é o produto de uma transformação gerando outra transformação.
TEORIA DO FOGO
DIFERENTES FORMAS DE COMBUSTÃO
A combustão pode classificar-se, quanto a sua velocidade, em: ativa, lenta,
explosão e espontânea.
A velocidade de combustão leva em consideração principalmente a porcentagem
de comburente (oxigênio), pois este é o elemento ativador do fogo. Além disso a
divisão do material combustível, isto é, o seu fracionamento, fará com que mais
superfície do combustível fique exposta ao calor, acarretando maior quantidade
de gases produzidos e maior velocidade na propagação do fogo.
Exemplo: Os combustíveis abaixo ( madeira e gasolina) apresentam diferentes
superfícies que podem interferir na velocidade da combustão:

Forma bruta Fracionada (serragem) Fracionada (borrifo) Acondicionado


TEORIA DO FOGO
DIFERENTES FORMAS DE COMBUSTÃO
Combustão ativa: Aquela em que o fogo além de produzir calor, produz também
chama, isto é, luz, e se propaga em ambientes ricos em oxigênio.

Combustão lenta: Aquela em que o fogo só produz calor, não há chama, isto é,
não há luz, e geralmente se processa em ambientes pobres em oxigênio.

Explosão: Combustão rápida, que atinge altas temperaturas, e essa


transformação de energia se caracteriza por violenta dilatação dos gases que,
por sua vez, exercem violenta pressão nas paredes que o confinam.

Combustão espontânea: Acontece com certos materiais, geralmente de origem


vegetal, que tendem a fermentar nos casos de longos armazenamentos e em
determinadas condições. Dessa fermentação resulta calor que, ao se elevar
gradativamente, faz o combustível atingir seu ponto de ignição.
PREVENÇÃO E COMBATE À
PRINCÍPIO DE INCÊNDIO

ATÉ A
PRÓXIMA!!

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