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2210572018 Lito Didtice - Governanga Publica na EPT: principios, estrluras e valores insitucionais Livro Didatico - Governanca Publica na EPT: principios, estruturas e valores institucionais Introdugio (0 Estado para exercer suas fungdes precisa por intermédio das politicas piblicas de dois instrumentos importantes: Governabilidade e governanga, Neste sentido, precisa ter govemsbilidade para, segundo Matis-Pereira (2015), ter“o exerivio do poder e de legitimidade do Estado ede seu govero” governanga “a capacidade de que determinado govern tem para formular¢implementar as suas poitcas”. Sio apresentados assim dois conecitos que parecem iguais, mas nlo o sio, Deve-se ter mito euidado, pois eonforme 0 proprio Matas Pereira (2013), existem autores que afirmam que ‘© coneeito de governanga, no passa de reformulagio do conecito de governabilidade. ‘0 Estado para exercer suas fungSes necessita de um governo. Assim,uma forma de governo em que o Estado é um. «dos componentes da governabilidade, tem adotado o nome de governanga, Néo significa que o Estado nfo seja 0 ‘centro do processo, ele apenas compartilha com outos atores algumas ages, embora, constantemente, sob sua responsabilidade, diresio e controle. (Matos e Dias, 2013). Portanto, govemnanga pressupée uma ruptura, uma forma de administrar 0 govern, fazer algo além do modelo tradicional de gover. Conforme Matos ¢ Dias (2013, p.17-18), “é uma forma de governo nova que se adota com objetivo de evitar os efeitos derivados da falta de flexibilidade ¢ de cepacidade de adaptagao das organizagies pblicas és mudangas que esto ocorrendo nas sociedades atuais”, Para esti unidade curricular, vamos tratarespecificamente de governanga, Isto &, trata do aparelho nevessério para ‘que se possa governar, por intermédio de agentes, politicas publicas, estruturas, ete. Necessérias para atender a ‘demanda da soviedade. Auunidade esté estrutura para entendcrmos os conccitos, importincia, os principios basilares da governanga publica, a governanca na Rede EPT com base na legislagdo e processos; por fim, os principais documentos norteadores e estruturas na rede EPT que compée a sua governanga Site: Moodle EaD IFSC Curso: POSGPEPT4 - Governanga Piblica na EPT: prineipios, estruturas e valores institucionais Livro: Livro Diditico - Governanga Piblica na EPT: prinefpios, estruturas e valores institucionais, Impresso por: Sergio Fernando Maciel Corréa Data: Tuesday, 22 de May de 2018, 10:04 Sumario Apresentagio 1 Govemanga piblica: conccitos ¢ objetivos 1.1 Governanga e governo 1.2 Govern: nga piblica: conceitos 1.3 Origem e importineia da governanga 1.4 Princfpios da governanca na gestio piblica 2 Governanga Pilblica na Rede Federal de EPT 2.1 Legislagio 2.2 Aarticulagio da Rede Federal EPT 2.3 Documentos Norteadores 2.4 Instdncias do sistema de governanga 2.5 Estruturas na Rede Federal EPT 2.7 Relacionando conteiidos ¢ priticas 2.6 Mecanismos, componentes ¢ priticas de govenanca, Consideragies Finais Referéncias Ficha Técnica Apresentacao ‘este Livro, vamos tratarespecificamente de govermange. A governanga diz espeito& strutura neceséria para que se possa goverar, por intermédio de agentes, politicas pablicas, processos, entre outros aspectos necessiris para atendera demanga da sociedade. Os capiulos esto estrutrados para entendermos os conceits, a importinia, os prncipiosbaslares da governanga pliblica e a govemanga na Rede de Educagio Profissional ¢ ‘Tecnol6gica com base na legislago e processos. Serdo abordados ainda os principais documentos norteadores ¢ estruturas que ‘compscm a governanca na Rede de Educagio Profissional e Tecnolégica. Bons estudos! 1 Governanga publica: conceitos e objetivos Para exercer suas fungSes por intermédio das politicas piblicas,o Estado precisa de dois instrumentos importantes: governabilidade e governanga. Trataremos desses conceitas a seguit A governabilidade & necessaria para ter “o exerefcio do poder e de legitimidade do Estado ¢ de seu governo” (MATIAS-PEREIRA, 2015). A governanga, por sua ver, ¢“a capacidade de que determinado governo tem para formular ¢ implementar as suas politicas”. Séo apresentados, assim, dois conceitos que parecem iguais, mas no o ‘io, Deve-se ter muito cuidado, pois conforme o proprio Matias-Percira (2013) salienta, existem autores que 4afirmam que 0 conceito de govemanga nio passa de reformulagio do conecito de governabilidade, Para exerver suas fungdes, o Estado necessita de um governo. A forma de governo, a qual o Estado é um dos ‘componentes da governabilidade, tem adotado o nome de governanga. Nao significa que o Estado nao sejao ‘centro do processo, ele apenas compartilha com outros atores algumas ages, embora, constantemente, sob sua responsabilidade, ditegdo e controle (MATOS; DIAS, 2013), Portanto, a goveranga pressupSe uma ruptur, uma forma de administrar 0 govemo, fazer algo além do modelo tradicional de govemo. A govemnanga € uma forma de governo nova que se adota com objetivo de evitar os efeitos derivados da falta de flexibilidade ¢ de capacidade de adaptagio das organizagdes piiblicas és mudangas que esto ocorrendo nas sociedades atuais (MATOS; DIAS, 2013, p.17-18). Para entendermos o que significa na plenitude o termo governanga piblica, evemos entender a relagdo do governo no Estado, Seguindo a visio de Matos e Dias (2013), & possivelconeeber 0 governo como um poder politico estailizado, estrturadoeinstitcionalizad no Kstado, qu assume aresponsabilidade da orientagéo politica eral Neste sentido, esta forma de govemo que se estabeleceno processo democratico, no qual o Estado um dos componentes da governabilidade e tem adotado o nome de governanga. Figura 1 Fonte; MATOS e DIAS, 2015, AFigura 1 (MATOS; DIAS, 2013) esclarece melhor a amplitude do conceito bésico de governo. Demonstra uma nova forma de administrar ou governar, um novo método pelo qual a s0 sdade & govemnada e que representa ‘melhor a necessidade do Estado democritico de direito ¢ os anseios da prépria saciedade (MATOS; DIAS, 2013), A goveranga engloba o governo para que este possa exerver suas atividades. 1.1 Governanga e governo (© conceto de governanga é amplo. Como relatam Matos e Dias (2013), este termo tem sido explorado em vérios campos académicos ¢ suas raizes tedricas so variadas. Hi contribuigdes da economia institucional, relagdes intemacionais, estudos organizacionais, cine politica, administragSo pblica, drcitoe sociologia, Assim, néo ha um conceite dnico de goveranga, variando de autor para autor, de acordo com a sua nacionalidade, orientagio ideolégica e énfase dada a um ou outro clemento (MATIAS-PEREIRA, 2012) Figura 2 ~ Reunigo do CD! Font da imagem -Agtacia Bras, 2018 © Conselho de Desenvolvimento Eeondmico ¢ Social (CDES) tem como objetivo assessorar dretamente © presidente da Repiblica, discutir politicas piblicas e propor medidas para o Pais, 0 Conselho de Desenvolvimento Bconémico e Social é formado por representantes da sociedade civil de diversos sogmentos. A governanga refere-se a capacidade governativa do Estado, em sentido mais amplo, envolvendo a capacidade de agit na implantago das politicas piblicas, entendidas como as mais importantes no atendimento as necessidades dda sociedade e na consecugdo das metas coletivas (MATIAS-PEREIRA, 2012). Inclui o conjunto dos mecanismos e procedimentos para lidar com a dimensio participativa e plural da sociedade, ‘visto que pressupde um compartilhamento de ages entre govemo e demais atores da sociedade na forma como ‘administra toma decisBes sobre os recursos econémicas ¢ sociais A figura 2 mostra a reuniio do CDES, ¢ exemplifica uma forma de governanga, pois representa 0 governo ‘conversando assuntos econdmicos e sociais com os entes da sociedade, isto & por intermédio de negociagdes € idlogos com seus parceios © agentes pUblicos. Portanto, a governanga & esta capacidade que determinado ‘governo tem para formular e implementar as suas politicas, mostra a necessidade do governo de ser interlocutor entre a sociedade e o Estado para que este atenda aos anseios da populagio, Grupos especificos da populag3o, quando participam da elaboragio e implantagdo de uma politica piblica, tém maior possibilidade de obter sucesso nos seus objetivos. Para Matias-Percira (2012), a legitimidade esti relacionada a esse entendimento, Segundo Max Weber (sid Apud Viegas, 2015), a legitimidade esté relacionada 4 possibilidade de encontrar acatamento as ordens independentemente de coergio. A crenga na legitimidade 6, pois, elemento integrador na relago de poder que se verifica no ambito do Estado. Para Bobbio (1986 apud Rocha, 2007 p. 1), a legitimidade ¢ um atributo do Estado, Consiste na presenga, em uma parcela significativa da populagdo, de um grau de consenso capaz de assegurar a obediéneia sem a necessidade de recorrer ao uso da forga, a no ser em casos esporddicos. f por essa raz3o que todo poder busca alcangar consenso, de maneira que seja reconhecido como legitimo, transformando a obediéncia em adesio. 1.2 Governanga publica: conceitos Diversos autores ¢ éreas abordam o conceito de governanga, Podemos entender que o conceito de governanga implica em uma ruptura com modelo de Estado tradicional, hierirquico ¢ centralizado, Envolve a busca por uma nova forma de gerir as agGes piblicas interagindo com entes da sociedade e otimizando o desempenho ‘administrative, Clicando no link Quadro 1 - Conecitos de governanga, vocé conseguira verificar um resumo de algumas definigdes. ‘© estudo destes conceitos apresentados no link acima permite observar que a governanga compreende areas distintas ¢ envolve as organizagbes pliblicas e privadas, bem como reas econdmicas, educacionais, socias, entre ‘outta. Para além das distintas visies de governanga discutidas até aqui, detacamos mais algumas: + Governanga pode ser definida em sentido mais amplo como um processo complexo de tomada de decisio que antecipa e ultrapassa o govemno (RODHES, 1996, p. 652-667 apud MATIAS-PEREIRA p.81). + Governanga enquanto Estado minimo: baseado na necessidade da redugdo dos déficits piblicos, esse uso da governanga refere-se a uma nova forma de intervengdo e ao papel dos metcados na produgdo dos servigos piblicos. (STOKER, 1995), + Governanga enquanto “Nova Gestio Piblica”: a Nova gestio Publica prega a gestdo e os novos ‘mecanismos institucionais em economia, através da introdugdo de métodos de gestdo do setor privado «do estabelecimento de medidas incitativas no setor piblicos. + Boa governanga: ulilizada originalmente pelo Banco Mundial com referéneia a suas politicas de tempréstimos, a boa governanga é uma norma que supe a efieicia dos servigos pliblicas, a privatizagao das empresas estatais, o rigor orgamentirio e a descentralizagio administrativa + Governanga enquanto sistema sociocibernético: a governanga das sociedades modemas é uma combinagao de todo tipo de atividades ¢ estruturas de governo, (KOOIMAN, 1993). As varias dreas, atores, agentes e parceiros de varios campos da sociedade que o governo precisa permear para aleangar a ampla governanga, permitem miltiplos dilogos, Portanto, 59 deve-se considerar que governanga é um conceito que reconhece que o poder existe dentro ¢ fora da autoridade formal ¢ das instituigdes do governo. Governanca inclui 0 ‘governo, o setor privado e a sociedade civil; enfatizando o processo. Ao mesmo tempo, ela identi entre muitos atores com prioridades diferentes. (UM-HABITAT, 2005 apud MATOS © DIAS, 2013 p. 24-25), que as decisées tomadas baseiam-se nas relagdes complexas ‘A relagiio entre 0 governo, o setor privado e a sociedade demandam um entendimento sobre as ages amplas profuundas que devem ser observadas, visto que decisdes dentro dos aspectos econdmicos e social slo realizadas por intermédio de, por exemplo, parcetias piblico-privada, na gestdo interna de pessoas e processos ‘governamentais, ete, A Figura 3 representa este contexto, Figura 3 ~Governanga ea negoviago do govemoe seus parceirs em viris campos de atuayio Sociedade Civil Agentes Publicos Fonte: Elaborado pelos autores, 2017. Assim, neste mesmo sentido, Matias-Pereira (2013, p. 78) reforga que: € oportuno destacar que a fonte direta da govemnanga nao slo os cidadios ou a ccidadania organizada em si mesma, mas um prolongamento desta, ou seja, sd0 08 préprios agentes piblicos ou servidores do Fstado que possibilitam a formulagao e a implementagdo adequada das politicas piblicas ¢ representam a face deste diante da sociedade civil ¢ do mercado, no setor de prestagdo de servigos diretos ao piiblico. Por sso, « governanga & forma diferenciada de conduzir o Estado, administrando em parceriae epartindo o poder ente os ue governam e os queso governados. Para Matias-Percira (2013), o temo govemanga, no sentido mais amplo, pode ser definido como um processo complexo de tomada de decisio que antecipa © ulrapassa 0 govemo. Na tentativa de politica piblicas entendidas como as mais relevantes para o atendimento ‘das demandas da coletividade. 1.3 Origem e importancia da governanga ‘Com base no Referencial Bésico de Governanga, elaborado pelo Tvibunal de Contas da Unito (TCU, 2014), podemos afirmar que a origem da governanca est associada a0 momento em que as organizagdes deixaram de ser seridas dretamente por seus proprietris (donos do capital) epassaram & administragao de terceiros, a quem foi delegeda autoridade e poder para administrar recursos pertencentes queles. No que se refer ao setor piblico, a iscussio sobre govenanga tev inicio com a crise fiscal dos anos 1980, que exigiu novo arranjo econsémico & politico internacional, com a intenso de tomar o Estado mais eficieno, Desde entio, diversas leis e deretos foram publicados de modo a insttucionalizar direta ou indiretamente estruturas de governanca (TCU, 2014), Os principais instrumentos legais de governanga so: Constituigdo Federal de 1988 Cédigo de Etica Profissional do Servidor Publico Civil do Poder Executivo Federal Deereto 1.171, de 22 de Junho de 1994, ) NNR Lei de Responsabilidade Fiscal Lei Complementar 101 de de mao de 200, ») Programa Nacional de Gestao Publica e Desburocratizacao (GesPublica) Conflito de interesses (Lei 12.813, de 16 de maio de 2013) DispSe sobre o conflito de interesses no exercicio de cargo ou emprego do Poder Executive Federal Instrumentos de transparéncia, como a Lei de Acesso a Informagao (Lei 12.527, de 18 de novembro de 2011) Asseguram o direito fundamental de acesso a informagio e facilitam o monitoramento ¢ 0 controle de atos administrativos e da conduta de agentes piblicos, ‘tig Rafael Manns Alves - Equipe de Materas CERFEADIIFSC. Apesar do avango que tais estruturas representam para a methoria da eapacidade de governanga e gestio do Estado brasileito, cabe reconhecer que para atender ds demandas sociais € fundamental fortalecer ainda mais os mecanismos de governanga como forma de reduzir o distanciamento entre Estado e sociedade. Dado 0 contexto, a governanga no setor piiblice pode ser analisada sob quatro perspectivas de observagiio. S40 clas: + Sociedade e Estado - definem as regras ¢ 0s principios que orientam a atuagdo dos agentes piblicos & privados regidos pela Consttuisio c cria as condigdes estruturais de administrago ¢ controle do Estado; + Entes federativos, esferas de poder e politicas piblicas - se preocupam com as politicas pilicas e com as relagdes entre estruturas ¢ setores, incluindo diferentes esferas, poderes, niveis de govemo e representantes da sociedade civil organizada; + Orgiios ¢ entidades - garante que cada érgio ou entidade cumpra seu papel; € oA idades intraorganizacionais - reduzem os riscos, otimizam os resultados ¢ agregam valor aos 6rgios ou entidades, Segundo o Referencial Bisico de Governanga elaborado pelo Tribunal de Contas da Unido, Governanga no setor pilblico compreende essencialmente os mecanismos de lideranga, estratégia e controle postos em pratica para avaliar, direcionar e monitorar a atuagdo da gestdo, com vistas & condugao de politicas pablicas e & prestagdo de servigos de interesse da sociedade (TCU, 2014, p. 26). Em resumo, a boa govemnanga piblica pressupde a existéncia de uma lideranga forte, étice e comprometida com ‘os resultados; de uma estratégia clara, integrada, eficiente e alinhada aos interesses sociais; ede estruturas de controles que possibilitem o acompanhamento das a¢des, o monitoramento dos resultados ¢ a tempestiva ccorregiio de rumos, quando necessério, 1.4 Principios da governanca na gestao publica © objetivo da governanga corporativa nas grandes empresas tem sido esteitar os relacionamentos ¢ contoles sobre os executives, mas o objetivo ds boa governanga na busca de consenso nas relagSes sociais deve sera obtengio de uma concordincia sobre qual éo melhor caminho. Entende-se, portant, que a goveranga comporativa "efere-se ao sistema pelo qual as organizagSes si diigidas e controlada’, No bojo do contexto piblico, a goveranga comporativa"refere-se& administagdo do setor piblico por meio da aplicagdo dos _rincipios de governanca corporativa do setor privado". (CARDOSO, 2008 apud MATOS e DIAS 2013, p. 34). Para eselarecer a visio importante da Governanga corporativa no contexto piblico, faz-se necesséria a leitura do arligo "A governanga corporativa aplicada no setor piblico brasileiro” de José Matias-Pereira, O artigo tem como ‘objetivo principal “analisar os fundamentos e as razdes de adaplagao e transferéncia das experiéneias da _governanga corporativa para 0 setor piblico brasileiro", conforme o proprio autor. Leitura Obrigatéria a ‘A governanga corporativa aplicada no setor pablico brasileiro (José Matias- Pereira, 2010) ‘Coma leitura do texto, comeamos a entender importancia da governanga, que também esta prescrita em alguns principios que as organizayées e gestores devem ter para desenvolver adequadamente suas agdes, Alguns esses prneipios so: + rolagdes ica; + conformidade, em todas as dimensies; + transparéncia;e + prestagéoresponsivel de contas, ‘A busca permanente da pritia desses prinefpios na administraglo do pais ou na gestio de qualquer intituigdo deve sor vista como congo indispensvel para que ess insttugo possa contmuar a progrdir Para Matias- Persira (2012, p. 83), a auséneia desses prinipios requer mudanga na forma de gestdo, Nest sentido, observamos «8 importincia dos principios para que o Estado possa evoluir continuamente, ‘Na realidade, os principios so elementos basilares de qualquer instituigo que busca aleangar melhores priticas e, ‘consequentemente, atingit com efetividade seus objetivos. No entanto, no é a organizaglo por si s6 que ind realizar a tarefa, hé outros atores envolvides no processo, desde gestores diretos, agentes piblicas, politicos e a sociedade organizada em geral (MATL REIRA, 2012), Além dos principios citados, existem os prineipios de governanca corporativa que permitem As instituigdes do setor piiblico melhorar seu desempenho, De acordo com Barret (apud MATIAS-PEREIRA, 2012), esses principios sio: DP iiss: + G sogistsscomponist isivs a quand peso + ED responsi em prestar ona; +H scot politicas ¢ processos no lugar). {ransparéneia (slo principalmente o produto de estratégias, sistemas, Se analisarmos cada um dos principios de governanga corporativa exposto por Barret (2005, apud Matias-Pereira, 2012), observamos ages gerenciais que exigem do gestor piblico agdes profundas de planejamento, organi sto, dirego ¢ controle. Portanto, o papel do gestor é proporcionar aos seus colaboradores (servidores © empregados piblicos) a compreensio de que estes prinefpios devem ser seguidos para que a efetividade seja sentida na sociedade, ou scja, que cada necessidade da populagio scja atendide com eficiéncia e eficécia, 2 Governanga Publica na Rede Federal de EPT Este capitulo trata da governanga piblica na Rede Federal de Educagdo Profissional e Tecnolégica. jer Pacheco que trata do Instituto Federal de Para iniciar este estudo, leia 0 trecho do Texto do Professor Educagdo, Ciéncia e Tecnologia (FSC) como nova institucionalidade na educagio profissional e tecnolégica CEPT): uma analise na perspectiva de rede de politica publica, G9 A insercdo definitiva da EPT no ambiente de politica piblica s6 se dara com a governanga pablica, em seu sentido lato, de todo o processo. Isto pressupde niio s6 financiamento através de recursos pablicos, mas também protagonismo da esfera das politicas para EPT. Para isso, ¢ fundamental o investimento piblica na definigé a valorizagao de instancias de deliberagdo que tenham representatividade da ntido, faz-se necesséria sociedade como um todo, Nesse s + a valorizago de foruns municipais, estaduais e federal voltados para as politicas ages da EPT (formulacdo, implementagdo e acompanhamento ); + o didlogo permanente entre as representagdes dos Poderes Legislativo, Judiciério e Executivo; +o destaque a EPT dentro dos conselhos de educasdo (municipais, estaduais € nacional); a garantia de processos democraticos na gestio das instituigbes de EPT; + arevisio da legislagao existente, em particular as Diretrizes Cusriculares da EPT; + incentive a criagdo de entidade que unifique a representagdo dos dirigentes das Instituigdes Federais de Educaco Profissional e Tecnolégica (PACHECO, 2008, p. 5). Neste trecho do texto, o autor apresenta sua compreensdo da importincia da governanga para a rede EPT, apontando elementos necessirios para que a politica piblica de educaydo seja atingida e os beneficios sejam realizados com efetividade. O texto concentra-se, de forma mais ampla, nos instrumentos e instancias de idade da sociedade como um todo”, isto é, um férum de ago deliberagdo, mas que tenbam “represent -democritico, que garania a participagio efetiva da sociedade nos processos de governanca. ‘Neste sentido, analisaremos os principais instrumentos, estruturas e processos de governanga na Rede Federal EPT para o alcance desse objetivo, tais como colegiados superiores com participagio de membros exteros, documentos norteadores ¢ processos de relagio com a sociedade. 2.1 Legislagao ‘A Rede Federal de Educagio Profissional, Cintifica e Teenol6gica,vinculada 20 Ministério ds Eéucag, foi rads pela Lei n* 11.892 de 28/12/2008 e& constiuida pelos Insitutos Federsis- IF (crados por esta lei e oriundos dos antigos CEFE'Ts, Escolas Agroténicas e Escolas Técnicas vinculadas a Universidades Federais), pela Universidade Tecnologica Federal do Parani, pelos Centro Federais de Educasio Cientitica e Teenolégica (RI e MG — que optaram por nio se tansformar em IF), peas Escolas Técnicas vinculadas a Universidades (que ‘optaram por néo se transformar em campi dos IFs) e pelo Colégio Pedro IL Antes disso, 0 Deereto n° 6095/2007 tratou sobre as dietrizes do processo de intogragio das insttuiges de eclucagio profissional e teenol6gica e jé neste momento antecipou gual seria a esrutura de governanga minime da nova institucionalidade que viia a ser eriada em 2008, Os IFETs (sigla no mais wilizada aps « promulgagio da lei) foram previstos como autarquias organizadas em estruturas multicarpi, com reitriae campus, sendo sua administraglo superior repesentada pelo Conselho Superiore Colégio de Diretores(alterado para Colégio de Dirigentes, posteriormente) ‘Analisaremos, a seguir, alguns destagues da Lei de eriagdo dos Institutos Federais — Let 1.892/2008, que ‘atam da governanga da Rede Federal EPCT 959 Ant. 1° Fica instituida, no ambito do sistema federal de ensino, a Educagio e constituida pelas se 1 Institutos Federais de Fducagdo, Ciéncia e Tecnologia - Insttutos Federais; Il- Universidade Tecnolégica Federal do Parana - UTFPR; IIL - Centros Federais de Educagdo Teenolégica Celso Suckow da Fonseca - CE! RJ e de Minas Gerais - CEFEF-MG; Hi ecole tbenfes Sinethedary Untvoridadew Badenian IV-- Escolas Técnicas Vinculadas s Universidades Federais; ¢ (Redasio dada pela Lei n® 12.677, de 2012) V -Colégio Pedto II. (Incluido pela Lei n° 12.677, de 2012) Parigrafo (ico. As instituigBes mencionadas nos incisos I, Il, II ¢ V do caput de autarquia, detentoras de autonomia administrativa, intes institu possuem natureza juris patrimonial, financeira, didético-pedagégica ¢ disciplinar. (Redagio dada pela Lei n° 12.677, de 2012) Além da eriagdo de uma nova instituigdo - Instituto Federal - sob a forma de autarquia multicampi, a inovagio da lei foi a implementagio de uma rede de instituigdes federais de instituigBes de educagao profissional e teenolégica Esta previsio legal de constituigdo em rede garante a possibilidade juridica de atuago conjunta colaborativa, em processos administrativos ¢ académicos, entre 0s entes, alm do fortalecimento da identidade da EPT no pais ‘Art 2° Os Institutos Federais sao instituigdes de educagio superior, basica © profissional, pluricurriculares e multicampi, especializados na oferta de educagao profissional e tecnolégica nas diferentes modalidades de ensino, com base na conjugagdo de conhecimentos téenicos ¢ tecnolégicos com as suas préticas pedagégicas, nos termos desta Lei § 1° Para efeito da incidéncia das disposigdes que regem a regulacdo, avaliago e supervisio das instituiges e dos cursos de educagio superior, os Institutos Federais sto equiparados as universidades federais Art. 3° A UTFPR configura-se como universidade especializada, nos tetmos do pardgrafo tinico do art. 52 da Lei n° 9.394, de 20 de dezembro de 1996, regendo-se pelos principios, finalidades ¢ objetivos constantes da Lei n’ 11.184, de 7 de outubro de 2005 ‘A nova institucionalidade fo prevista como multcampi eequiparada a univesidadesfederais apenas no que tange 4 regulaglo,avaiagdo supervisio no ensino superior. No entanto, épossive verifcar a similaridade da esratura administrativa dos Institutos Federais com as univesidades, tendo em vista actiagdo de Reitori e Pré-teitorias - anteriommente os CEFETS ¢ Escola Agrotéenicas possuiam apenas Ditetorias. Em terms académicos, os Insttatos Federas também podem oferar, além do ensino téenico de nivel médio, a graduagdo e pés-praduagao ‘considerando a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenséo. Da Estrutura Organizacional dos Institutos Federais Art. 9° Cada Instituto Federal & organizado em estrutura multicampi, com proposta ‘orgamentiria anual identificada para cada campus ¢ a reitoria, exceto no que diz respeito a pessoal, encargos sociais ¢ beneficios aos servidores. Art. 10, A administragdo dos Institutos Federais teré como érgiios superiores o Colégio de Dirigentes eo Conselho Superior. § 1° As presidéncias do Colégio de Dirigentes e do Consetho Superior serdo exereidas pelo Reitor do Instituto Federal § 2° 0 Colégio de Dirigentes, de carter consultivo, sera composto pelo Reitor, pelos: Pré-Reitores e pelo Diretor-Geral de cada um dos campi que integram o Instituto Federal. § 3° © Conselho Superior, de cardter consultivo ¢ deliberativo, sera composto por representantes dos docentes, dos estudantes, dos servidores técnico-administrativos, dos egressos da instituigdo, da sociedade civil, do Ministério da Educagdo e do Colégio de Dirigentes do Instituto Federal, assegurando-se a representagao paritiria dos segmentos que compdem a comunidade académica, §4° O estatuto do Instituto Federal dispord sobre a estruturagdo, as competéncias € as normas de funcionamento do Colégio de Dirigentes e do Conselho Superior. Art. 11. Os Institutos Federais terdo como Sngdo executivo a reitoria, composta por 1 (um) Reitor e 5 (cinco) Pré-Reitores. (Regulamento) Nos arts. 9” ao 11 da le, verficamos a previsdo legal das estruturas de governanga dos Institutos Federas. Verifica-se a previstio da estrutura multicampi - nenhum Instituto Federal foi eriado com apenas um campus; a proposta orgamentiria anual identficada por campus - embora a Lei Orgamentiria Anual preveja o orgamento total por IF, a matriz orgamentiria CONIF/SETEC prevé os valores por campus em razo do niimero de alunos e ‘outtos ertérios. A lei determinou que a administrago dos IF tem como orgs superiores (instancia deeisdria méxima na estrutura ‘de governanga) o Conselho Superior - o qual reine membros intemos e externos representando a sociedade - ¢ 0 Colégio de Dirigentes - que reline o Reitor, Pré-reitores e Diretores-gerais dos campi. © Conselho superior foi previsto como drgio consultivo e deliberative e o Colégio de Dirigentes como drgio consultivo, ‘Como documento norteador dos IF, foi previsto a elaborago de um Estatuto o qual regulamenta a estruturagdo, ‘competéncias e normas de funcionamento, Foi definido, ainda, a Reitoria como érgio executivo da autarquia composta por I Reitor e 5 pr6-reitores - no foram definidas na lei quais seriam essas pré-reitorias ¢ eada IF, considerando sua autonomia administrativa, assim define em seu estatuto aprovado pelo Consetho Superior. Leitura complementar (no obrigatéria) Para refletir ¢ entender melhor sobre as estruturas de governanga e prineipios da Rede Federal EPT, recomendamos a Ieitura do capitulo "Institutos Federais: Lei no 11,892 de 29/12/2008 — Comentirios e reflexdes™ =p. 48 4 110, © capitulo faz parte do livro de Eliezer Pacheco que voe8 pode acessar clicando no titulo do capitulo, 2.2 A articulac¢éo da Rede Federal EPT ‘© Conselho Nacional das Insttuiges da Rede Federal de Educagéo Profissional, Cientitica e Teenoligice - CONIE - reline 0s dirigentes dos Institutes Federais, dos CEFETs, da UTFPR e do ‘CONSELHO NACIONAL DAS INSTITUICOES DA REDE FEDERAL DE EDUCACAO PROFISSIONAL, CIENTIFICA E TECNOLOGICA Colégio Pedro IL. & uma instancia de articulagdo da rede e de representagio, discussdo, proposido e promogao de politicas de desenvolvimento da formagdo profissional e teenolégica, pesquisa e inovagio Acestrutura do CONIF é formada pelo seu Plendtio (Reitores dos IFs e do Colégio Pedro I ¢ Diretores dos CEFETS) ¢ se divide em oito Camaras Temiticas para discusses expecificas (Administragao, Desenvolvimento Institucional, Ges io de Pessoas, Ensino, Extensio, Educagio do Campo, Pesquisa ¢ Inovagio, Relagdes Intemacionais) ra Fonte da imagem: Blog da Reitora do IFSC, 2017, Além disso, o CONIF possui nove Foruns Temiticos que envolvem os Pré-Reitores e demais dirigentes de areas especificas (Desenvolvimento Institucional — FDI, Ensino ~ FDE, Planejamento — FORPLAN, Extensio — FORPROEX, Pesquisa ¢ Inovagdo - FORPOG, Educagdo no Campo, Tecnologia da Informago - FORTI, Gestio ide Pessoas ~ FORGEP, RelagGes Intemacionais, Registra-se, ainda, a existéncia do CONDETUF (Consetho ‘Nacional dos Dirigentes das Eseolas Agrotéenicas Federais vinculadas as Universidades Federais) que também faz parte da Rede Federal de Edueasio Profissional e Teenologica, 2.3 Documentos Norteadores Neste item, vamos elencar os principais documentos norteadores que server como instrumentos da governanca ‘corporativa nas instituiges da Rede Federal EPT. Estes documentos preveem os prineipias, as normas gerais de funcionamento, as estruturas de governanga e 0 planejamento a médio prazo considerando a missio, a visio e os valores das entidades que compdem a rede. Bh piano ae Desenvotvimento institucional ‘Como instituigdes ofertantes do ensino superior, as insituigdes da Rede Federal EPT estio obrigadas, Decreto n* 73/2006, a claboraro seu Plano de Desenvolvimento Tnstitucional (PDD) com vigéneia de cinco anos. &considerado o documento maior de plansjamentoe gesto,contendo seu planejamento esratéyicoalém de prinefpios e politica para atuagio da insttuigio, Neste documento, se definem a missio, «visio ¢os valores da insttugioe as estratégias para atingr suas metas e objtivos, Séo contemplados, também, © eronograma e a _metodologia de implementagio dos abjetivos, metas ¢ agBes, observando a coeréneia a aniculagio entre as diversas ages, a manutengio de padres de qualidade e, quando pertinente, 0 orgamento, O PDI apresent, sind, uum quadro-resumo contendo a relasio dos principaisindicadores de desempenho que possibilite comparar, para ‘cada um, a situago atual e Futura (apés a vigéneia do PDD), ‘Veja alguns Planos de Desenvolvimento Institucional vigentes na Rede Federal EPT: + Plano de Desenvolvimento Institucional do IFSC + Plano de Desenvolvimento Institucional do IFC + Plano de Desenvolvimento Institucional do IEPR EF ecsiin (© Estatuto de uma autarquia é o documento normative maximo, que estabelece as estruturas de governanga da alta _gestdo e suas competéncias (conselhos, colegiados, comissOes e érgdos executivos e operacionais). Foi previsto na Lei n® 11.892/2008 como documento obrigatério a ser elaborado pelos Insttutos Federais: ‘Conhesa alguns Estatutos de instituigSes da Rede Federal EPT: + Estatuto do IFSC + Estatuto do IFC + Estatuto do IFPR BD reegimento Gert Enquanto 0 Estatuto disp6e sobre estruturas e processos em nivel estratégico, o Regimento Geral é um documento ‘io obrigatério, porém comum a quase todos integrantes da Rede Federal EPT e dispaes sobre estruturas de ‘governanga da instituigdo e suas competéncias em nivel ttico © operacional Veja alguns regimentos gerais de instituigdes da Rede Federal EPT + Regimento Geral do IFSC + Regimento Geral do IFC + Regimento Geral do IFPR BD Regimento dos campus Algumas instituigSes da Rede Federal de EPT adotam regiments internos em cada um de seus campus. Outras ‘optam por legislar de forma padrdo a todos 08 campus em um tinico documento, A seguir, apresentamos exemplos ‘das duas formas: + Regimento do Campus Florianépolis do IFSC ‘+ Regimento Interno comum aos Campus do Instituto Federal do Parana 2.4 Instancias do sistema de governanca Apattir do referencial discutido nos itens 2.1 - Legislagdo e 2.2 - Documentos norteadores, é possivel verificar ‘que o sistema de governanga reflete a maneira como diversos atores se organizam, interagem e procedem para ‘obter boa governanga. Envolve, portanto: + as estruturas administrativas (insténcias); + 08 processos de trabalho; + 0s instrumentos (ferramentas, documentos ete); + 0 Mluxo de informagaes; e *+ 0 comportamento de pessoas envolvidas direta, ou indiretamente, na avaliagdo, no direcionamento e no rmonitoramento da organizagao, (© Quadro 2, a seguir, apresenta as instincias que compéem o sistema de govenanga. Quad 2-Instincias que compBem o sistema de goveranga Instincias externas de Responséveis pela fiscalizagao, pelo controle pela regulagdo, desempenhando governanga importante papel para promogdo da governanga das organizagdes piblicas. So auténomas ¢ independentes, nfo estando vinculadas apenas a uma organizagao. Por exemplo, femos a fiscalizago eo controle do Tribunal de Contas da Unio — ‘TCU, do Ministério Pablico Federal ~ MPF ¢ Controladoria Geral da Unio — cau, Instiincias externas de Responsdveis pela avaliagSo, auditoria e monitoramenta independente e, nos casos ap Agovernanga —_em que disfunges slo identficadas, pela comunicagio dos fatos ds instancias superiores de governanga, Exemplos tipicos dessas estruturas so as auitorias independentes e o controle social organizado, tais como os Observatérios Sociais cexistentes em diversas cidades brasileiras Instancias internas de Responsiveis por definir ou avaliar a estratégia e as politicas, bem como governanga ‘monitorar a conformidade e o desempenho destas, devendo agir nos casos em que desvios forem identificadas, So, também, responsiiveis por garantir que a cestratégia e as politicas formuladas atendam ao interesse pliblico servindo de centre principal e agente. Confira alguns exemplos de instncias internas de governanga clicando aqui. Instncias internas de Realizam a comunicago entre partes interessadas intemas ¢ extemas & apoio governanga —_administragZo, bem como auditorias intemas que avaliam e monitoram riscos ¢ ccontroles intemos, comunicando quaisquer distungSes identificadas & alta administragio, ‘Conhega algumas dessas instincias internas de apoio & governanca clicando aq Outras inst Contribuem para a boa governanga da organizagdo: a administragio executiva, a esto titica ¢a gestio operacional. Fone: Hlaborado pelos autores. Entre as outras instineias de governanga, que contribuem para a boa governanga da instituigio, esto a administragio executiva, a gestio titiea ¢ a gestio operacional ‘Conhesa cada uma delas no Quadro 3, a seguir Quadro 3 - Outs insincis de governanga Administrasio E responsivel por avaliar,drecfonare monitor, intemnamente 0 érgio ou a Executiva entidade, A autoridade maxima da organizaso eos dirgentessuperires sao os agentes piblicos que, tipicamente, atuam nessa estrutura, De forma geral, ‘enquanto a autoridade maxima é a principal responsivel pela gestio da organizagao, os dirigentes superiores (gestores de nivel estratégico © administradores executivos diretamente ligados & autoridade maxima) sio responséveis por estabelecer politicas e objetivos e prover direcionamento para a organizagao A Reitoria é o érgio executivo dos Institutos Federais e tem por finalidade organizar a sua gestio, de forma harménica, a partir de diretrizes geruis que ‘garantem a unidade ¢ identidade, A Reitoria & composta pelo Reitor ¢ Pré- Reitores, esti Tatica Responsével por coordenar a gestio operacional em areas especificas. Os disigentes que integram 0 nivel titico da organizagdo (ex. sectetitios) s20 os ura, Na gestio tétiea, agentes piblicos que, tipieamente, atuam nessa ineluem-se Diretores Gerais dos campus, os Diretores Sistémicos da Reitoria, Diretores de Administraglo ¢ de Ensino dos eampi Gestio Operacional _Responsével pela execugiio de processos produtivos finaisticos e de apoio. Os zgerentes, membros da organizagdo que ocupam cargos ou fungdes a partir do nivel ‘operacional (ex. dtetores, gerentes, supervisores, chefes), s2o os agentes piblicos que, tipicamente, atuam nessa estrutura, Na gestio operacional incluem-se os Chefes de Departamento, Coordenadores e outros gestores de nivel equivalente Fonte: Elaborado pelos autores. 2.5 Estruturas na Rede Federal EPT Neste item, verificaremos alguns exemplos de estruturas de governana que podem ser identificados por meio dos ‘organogramas de instituigdes federais de educagdo profissional e teenolégica que compdem a rede federal. A seguir, apresentamos a estrutura do Instituto Federal de Santa Catarina. ‘Organograma do Instituto Federal de Santa Catarina - IFSC GEORG Fonte da imagem: hup/wwwite.edu br [Na figura seguinte, temos o Organograma do Instituto Federal Catarinense, Organograma do Instituto Federal Catarinense - IFC CONSELHO rm SUPERIOR a camer ree FE) omssio sae Seine Se SspeNO sgousste. | _{ cousanoooe one orncewes UVIDORIA pemeaene oe | COMTEGESTOR sevon oe morecoto meats Be eames, | / ontesnoope ‘ASSESSORIA DE RELAGOES etrtwsko mae INTERNACIONAIS PROAD Goa Fonte da imagem (ver em PDF): pif edube Por fim, apresentamos o organograma do Instituto Federal de Brasilia, Organograma do Instituto Federal de Brasilia - IFB ln ul uy { | i il Trt Fer eB RGANOGEANA onic M2 3/012 C5058 en tid 4 i i | fied fy Fonte da imagcm: Instituto Fodsral de Bras Analisando as estruturas apresentadas, verificamos que cada instituigdo se organiza de uma forma diversa da ‘outra, A definigdo da estrutura organizacional acontece a partir das deliberagdes nos Grgdos colegiados e do contetido dos documentos norteadores. 2.7 Relacionando conteudos e praticas Para complementar os estudos deste capitulo sobre governanga piblica na educagdo profissional e tecnolégica, apresentamos a palestra proferida em capacitagio aos membros do Conselho Superior do IFSC pela Profa. Maria Paula Dallari Bucci, procuradora da Universidade de Sao Paulo (USP). Colegiados e Democracia na Ge... Podemos verificar, na aula da Profa. Maria Paula, a aplicagdo na prética dos conceitos e prinefpios de governanga na gestio piblica, em especial, a origem e importineia dos conselhos e colegiados que garantem a democracia e ‘ransparéneia nos processos decisérios nas instituigdes da Rede Federal EPT 2.6 Mecanismos, componentes e praticas de governanga Para que as fungdes de governanga (avaliar,direcionar e monitorar) sejam executadas de forma satisfatéria, alguns ‘mecanismos devem ser adotados: a lideranga, a estratégia e o controle, Acesse os Quadros a seguir, para conhecer cada um dos mecanismos, componentes e priticas de governanga, nas dimensdes lideranga, estratégia e controle Quadro 4 - Mecanismos, Componentes e Priticas de Governanga: Lideranga Quadro 5 - Mecanismos, Componentes e Priticas de Governanga: Estratégia Quadro 6 - Mecanismos, Componentes e Priticas de Governanga: Controle Podemos verificar que, a cada um dos mecanismos de governanca, foi associado um conjunto de componentes que . Avesso em: 4 out. 2017. VIEGAS. Carlos Athayde Valadares. Legitimidade Democritica da Jurisdico Constitucional: Cidadania e pos-Modemidade, 2015: D Placido Editora, Ficha Técnica Este material foi elaborado pelos professores e pela equipe pedagogica e de materiais diditicos do Cerfead. [Contesdo | Amilton Rabello rico de Avila Madruga Maria da Gléria Silva e Silva [Design grafico } Daniel Mazon da Silva Rafael Martins Alves [ Revisora textual e normativa | Denise de Mesquita Corréa

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