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Estudo da Energia de Deformação

Nota de aula 13 - Estudo


da Energia de
Deformação - Resistência
dos Materiais II
Flávia Bastos (retirado da apostila do Prof. Elson Toledo)

MAC - Faculdade de Engenharia - UFJF

1o. semestre de 2011


Flávia Bastos RESMAT II 1/35
Estudo da Energia de Deformação

Informações sobre este documento: Estes slides servem para


auxiliar no desenvolvimento expositivo durante as aulas de
resistência dos materiais II ministradas pela professora Flávia
Bastos e são baseados na apostila do Prof. Elson Toledo.

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Estudo da Energia de Deformação

Estudo da Energia de Deformação

• Objetivo: Estudar e determinar a quantidade de energia


armazenada em corpos deformáveis como os que
constituem as estruturas.
• Finalidade: métodos energéticos que permitem
determinar, por exemplo, a posição de equilíbrio dessas
estruturas; critérios de resistência;

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Estudo da Energia de Deformação

Trabalho de uma força

Como modelo inicial para nosso estudo consideramos uma


mola longitudinal que se deforma quando sujeita a uma carga
F que a deforma quando seu valor vai de zero até o valor final
F . Supomos:
a) Não há troca de calor com o meio ambiente.
b) O movimento de deformação da mola é lento de modo que
desprezamos as forças de inércia e a energia cinética do
movimento.

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Estudo da Energia de Deformação

Trabalho de uma força

Chamando:
W → Trabalho desta força;
UT → Energia interna acumulada sob a forma de energia de
defomação;
K → Energia cinética, temos que:

W = UT + K (1)
A segunda hipótese anterior nos permite afirmar que K = 0,
logo:

W = UT (2)

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Estudo da Energia de Deformação

Trabalho de uma força

Sabemos que o trabalho de uma força pode ser obtido:


Z A2
U =W = F~ · d~r (3)
A1
ou:
Z A2
U= (Fx dx + Fy dy + Fz dz) (4)
A1

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Aplicação ao caso de uma mola

No caso da mola:
Z xf
W = UT = F (x)dx (5)
0
onde: F → Força necessária para produzir o alongamento xf
da mola. Logo:
Z xf Z xf
W = UT = F (x)dx = kxdx (6)
0 0
já que F (x) = kx.

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Estudo da Energia de Deformação

Aplicação ao caso de uma mola


Temos então:
1
UT = kx2f (7)
2
ou, se chamamos xf = x:

1
UT = kx2 (8)
2
Podemos ainda dizer que:

1
UT = F x (9)
2

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Estudo da Energia de Deformação

Aplicação ao caso de uma mola

Estas expressões constituem o teorema de Clayperon que


estabelece que:
“Quando uma carga cresce progressivamente de zero até o
seu valor final, o trabalho de deformação, em regime elástico
linear, é a metade do que seria realizado se a carga agisse
desde o início com o seu valor final atual”.

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Estudo da Energia de Deformação

Caso de barras com N constante

Podemos imediatamente aplicar esta expressão ao caso de


uma barra sujeita e um esforço normal constante já que esta
tem comportamento similar ao de uma mola, tendo em vista
que:

Fl ES
∆l = →F = ∆l (10)
ES l
ES
onde observamos que k = l e x = ∆l.

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Caso de barras com N constante

Assim, temos para este caso:


1
W = UT = N ∆l (11)
2
com esforço normal N = F e podemos afirmar que:

1 N 2l 1
UT = ou UT = N ∆l (12)
2 ES 2

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Expressões da energia em termos


das tensões e deformações
1 N 2l
Como UT = 2 ES , multiplicando num. e den. por S:

1 N 2 lS N2 1
UT = → U T = V (13)
2 ES 2 S 2 2E
onde V é o volume da barra. Assim, podemos determinar para
este caso a energia específica de deformação ou energia por
unidade de volume, obtendo-se para esta:

dUT σ2
= u = xx . . . Energia especíca de deformação (14)
dV 2E
Ou ainda (já que σxx = Exx ):

1 1
u = σxx xx ou u = E2xx (15)
2 2
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Barras (curtas) a cortante constante


Examinamos em seguida o caso singular de uma barra curta
sujeita a um esforço constante (figura***). Neste caso o
teorema de Clayperon nos assegura que:

Qv
UT = (16)
2

Assumindo γ pequeno → γ = tgγ = hv , temos:

Qγh
UT = (17)
2
que multiplicada por S no numerador e denominador fica:

QγV
UT = (18)
2S

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Estudo da Energia de Deformação

Barras (curtas) a cortante constante


Logo a energia específica de deformação neste caso é dada
por:

dUT Qγ
= u= (19)
dV 2S
Supomos neste caso que τ = Q S (peças curtas). Lei de Hooke
τ
para cisalhamento γ = G . Obtemos então:

1 2
u= τ (20)
2G
τγ
u= (21)
2

Gγ 2
u= (22)
2
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Energia de Deformação para um


estado triaxial de tensões
• Tensões normais
Para um prisma com tensão normal σxx temos (considerando o
prisma de comprimento dx e área dydz):

dUTσxx = σxx dydz dxx dx (23)


| {z } | {z }
Força alongamento
dUTσxx = σxx dxx dxdydz (24)

dUTσxx = σxx dxx dV (25)


Z Z xx 
UTσxx = σxx dxx dV (26)
V 0

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Energia de Deformação para um


estado triaxial de tensões
A energia específica de deformação neste caso pode ser dada
então por:
Z xx
σxx
u = σxx dxx (27)
0
Para as outras tensões (σyy e σzz ) obtemos:
Z yy
σyy
u = σyy dyy (28)
0
Z zz
σzz
u = σzz dzz (29)
0

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Estudo da Energia de Deformação

Energia de Deformação para um


estado triaxial de tensões

e temos que:
Z xx Z yy Z zz
u= σxx dxx + σyy dyy + σzz dzz (30)
0 0 0
onde xx , yy e zz dependem de σxx , σyy e σzz .

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Estudo da Energia de Deformação

Energia de Deformação para um


estado triaxial de tensões
• Tensões tangenciais

Analogamente teríamos para as tensões tangenciais:


Z γxy
τxy
u = τxy dγxy (31)
0
Z γxz
τxz
u = τxz dγxz (32)
0
Z γyz
τyz
u = τyz dγyz (33)
0

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Energia específica de deformação


com atuação concomitante de σxx,
σyy , σzz , τxy , τxz e τyz
Obtemos então por unidade de volume:
R R R
u = Rσxx dxx + Rσyy dyy + Rσzz dzz +
(34)
τxy dγxy + τxz dγxz + τyz dγyz
essas parcelas devem ser somadas (integradas) quando as
deformações variam de zero até o valor final. Obtemos então a
partir da lei de Hooke generalizada:
R σxx
u = R σEyy [dσxx − ν(dσyy + dσzz )]
+ R E [dσyy − ν(dσxx + dσzz )] (35)
+ R σEzz [dσzzR− ν(dσxx +Rdσyy )]
τxy τxz τyz
+ G dτxy + G dτxz + G dτyz
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Estudo da Energia de Deformação

Energia específica de deformação


com atuação concomitante de σxx,
σyy , σzz , τxy , τxz e τyz
Integrando o termo da direita quando as tensões variam de
zero até seu valor final obtemos:

1 ν 1 2
u= (σ 2 +σ 2 +σ 2 )− (σxx σyy +σyy σzz +σxx σzz )+ (τ +τ 2 +τ 2 )
2E xx yy zz E 2G xy xz yz
(36)

Utilizando novamente a lei de Hooke generalizada podemos


escrever:

Eν G 2
u= (xx +yy +zz )2 +G(2xx +2yy +2zz )+ (γxy 2
+γxz 2
+γyz )
2(1 + ν)(1 − 2ν) 2
(37)
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Estudo da Energia de Deformação

Energia específica de deformação


com atuação concomitante de σxx,
σyy , σzz , τxy , τxz e τyz

Em termos das tensões principais:


1 ν
u= (σ12 + σ22 + σ32 ) − (σ1 σ2 + σ2 σ3 + σ1 σ3 ) (38)
2E E

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Estudo da Energia de Deformação

Densidade de Energia de Distorção


Tendo em vista que qualquer tensor de tensão σ pode ser
decomposto como:
e
e

σ = σh + σD (39)
f f
f f
σh → tensor de tensão hidrostático;
fD → tensor de tensão desviador.
σ
f

Logo:
f
f

u = uhidro + uD (40)
uhidro → Energia específica de deformação referente à
variação de volume;
uD → Energia específica de distorção.

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Densidade de Energia de Distorção


Como:
 
1 0 0
σh = σh  0 1 0  (41)
f
f 0 0 1
σ1 +σ2 +σ3
com σh = 3 , obtemos para uhidro :
1 ν
uhidro = (σ 2 + σh2 + σh2 ) − 3σh2 (42)
2E h E
obtendo:

1 − 2ν
uhidro = (σ1 + σ2 + σ3 )2 (43)
6E

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Estudo da Energia de Deformação

Densidade de Energia de Distorção

Obtém-se uD pela diferença:

uD = u − uhidro (44)
e temos que:

1+ν
uD = [(σ1 − σ2 )2 + (σ1 − σ3 )2 + (σ2 − σ3 )2 ] (45)
6E

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Energia de deformação em função


dos esforços em barras prismáticas

• Introdução:

Tendo em vista a utilização das expressões do trabalho


realizado pelos esforços em barras prismáticas e seu emprego
em princípios tipo dos trabalhos virtuais, determinam-se a
seguir os valores das energias de deformação em barras
quando os esforços atuantes nestas são variáveis.

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Energia de deformação em função


dos esforços em barras prismáticas

1 N 2l
UT = (quando N constante) (46)
2 ES
• Barra a esforço normal variável

Para um trecho de barra sujeito a esforço axial (comprimento


dx), generalizando as expressões anteriores, temos que:

l
1 N (x)2
Z
UT = dx (47)
0 2 ES

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Estudo da Energia de Deformação

Energia de deformação em função


dos esforços em barras prismáticas
Qγh Qτ h Q2 h
UT = = = (Quando Q constante) (48)
2 2G 2GS
• Barra a esforço cortante variável

l
1 Q(x)2
Z
UT = dx (49)
0 2 GS
Para o caso de barras não curtas onde não é possível
desprezar a concomitância da ação de Q com M (momento
fletor) utilizamos:

l
1 kQ(x)2
Z
UT = dx (50)
0 2 GS
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Energia de deformação em função


dos esforços em barras prismáticas
• Barra a esforço de flexão
Para M (fletor) constante num trecho obtemos pelo teorema de
Clayperon para este caso:


UT = (51)
2
ϕ → rotação relativa entre as seções.
Neste caso tratamos a barra como uma mola a flexão.
Para um trecho de viga de comprimento dx, admitindo-se
M = M (x) teríamos:

M M
ds ∼
dϕ =
= dx (52)
EI EI
ds → elemento de comprimento de arco;
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Estudo da Energia de Deformação

Energia de deformação em função


dos esforços em barras prismáticas

• Barra a esforço de flexão

Assim obtemos:
Z l Z l
1 1 M (x)
UT = M (x)dϕ = M (x) dx (53)
0 2 0 2 EI

l
M (x)2
Z
UT = dx (54)
0 2EI

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Estudo da Energia de Deformação

Energia de deformação em função


dos esforços em barras prismáticas
• Barra a torção

Para uma barra sujeita a um momento torsor constante


obtém-se:
1
UT = T θ (55)
2
T → momento torsor;
θ → Rotação relativa entre seções medida no plano da seção.
Para um trecho de comprimento dx teríamos:

T (x)
dθ = dx (56)
GIt
It → Momento de inércia polar da seção;
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Estudo da Energia de Deformação

Energia de deformação em função


dos esforços em barras prismáticas

• Barra a torção

Z l
1
UT = T (x)dθ (57)
0 2

l
T (x)2
Z
UT = dx (58)
0 2GIt

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Estudo da Energia de Deformação

Energia de deformação em função


dos esforços em barras prismáticas

• Trabalho ou energia de deformação total

Somando-se as contribuições anteriores temos:

l l l l
1 N (x)2 1 kQ(x)2 M (x)2 T (x)2
Z Z Z Z
UT = dx + dx + dx + dx
0 2 ES 0 2 GS 0 2EI 0 2GIt
(59)

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Cálculo do coeficiente k

Vimos que para peças curtas:


l
Q2
Z
Q
τ= ⇒U = dx (60)
S 0 2GS
Queremos aplicar relação similar a esta para viga onde:

QMs
τ= (61)
tI
isto é:
l
kQ2
Z
U= dx (62)
0 2GS

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Estudo da Energia de Deformação

Cálculo do coeficiente k
Sabemos que em ambos os casos:
Z l
τ2
Z Z Z 
1 2
U= dV = τ dydz dx (63)
V 2G 0 2G z y
Z l
Q2 Ms2
Z Z 
1
U= 2 2
dydz dx (64)
0 2G z y t I
Z l 2 Z
Ms2

Q 1
U= dS dx (65)
0 2G I 2 S t2
Z l
Q2
U= k dx (66)
0 2GS
com:

Ms2
Z
S
k= dS (67)
I2 S t2
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Estudo da Energia de Deformação

Cálculo do coeficiente k

• Para seção retangular obtemos K = 1, 2;


• Para seção circular cheia obtemos K = 1, 11;
• Para seção circular de parede delgada obtemos K = 2;

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