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Inicialmente, a ação proposta não pode subsistir, pois não se enquadra nas melhores
normas doutrinárias e jurisprudências sobre o assunto, como será largamente
demonstrado nas razões a seguir.
- Que desde a retomada do imóvel vem tentando pagar as taxas de condomínio, mas o
Condomínio – requerido e a empresa Garante se negam em recebê-los.
A alegação do autor, que vendeu o imóvel para uma terceira pessoa em 1994, e depois
retomou, não retira a legitimidade do condomínio-requerido em cobrar as taxas de
condomínio em atraso, pois divida de condomínio é uma obrigação “popter rem” ou
seja, é uma obrigação que adere a coisa (apartamento), quando o autor retomou o
imóvel, pelo não pagamento por parte da promitente compradora, assim o autor
assumiu todas as dividas do imóvel.
O texto da lei, bem como a doutrina, afirmam que proprietário do imóvel é daquele
devidamente inscrito no Registro de Imóveis competente, sendo portanto, quem
responde pelas despesas condominiais. E no direito brasileiro só se transfere a
propriedade com a transcrição no Registro Imóveis.
A final, a presente ação deve ser extinta sem julgamento do mérito, tendo em vista que
não preenche os requisitos legais, para regular desenvolvimento do processo.
Não existiu a recusa por parte do credor - Condomínio Conjunto Residencial Bela
Vista em receber as taxas devidas, mas o autor que se recusa a efetuar o pagamento
das taxas em atraso.
Dessa forma, não estando presentes as condições da ação: a recusa injusta, a ação
deve ser extinta sem julgamento do mérito, com fulcro no artigo 295, inciso III do
Código de Processo Civil.
De conformidade com o contido no artigo 896, inciso II, do Código de Processo civil,
que dispõe:
"Art.896. A contestação será oferecida no prazo de 10(dez) dias, contados da data
designada para o recebimento, podendo o réu alegar que:
I- não houve recusa ou mora em receber a quantia ou a coisa devida;
Ocorre que somente depois de quase um ano da retomada do imóvel o autor consignou
o valor de uma taxa de condomínio.
Nestes Termos,
Pede deferimento.
Curitiba, 18de junho de 2002.