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AS CIDADES DO
FUTURO
NOVO SUPLEMENTO DOS CENÁRIOS
SOB NOVAS LENTES
CENTRO para
CidadesHabitáveis
Cingapura
CONTEÚDO
Prefácio 02
Introdução 04
Arquétipos urbanos 16
Caminhos urbanos 27
Cidades em foco 33
Reflexões 53
Apêndices 55
PREFÁCIO
A Shell conta com uma experiência única na “EU ACREDITO QUE UM
construção de cenários, uma prática que explora DIA OS HISTORIADORES
visões alternativas plausíveis do futuro para
ajudar a testar e fortalecer as nossas decisões DESCREVERÃO OS CEM
comerciais no presente. Temos construído e ANOS ATÉ O ANO DE
aplicado cenários há mais de 40 anos. Em 2050 COMO O SÉCULO
março de 2013, a Shell publicou os Cenários
sob Novas Lentes (NLS em inglês), que introduziu DA CIDADE, ÉPOCA
uma linha de novas ferramentas analíticas, EM QUE A MAIOR
chamadas “lentes”, que ajudam a reconhecer PARTE DO MUNDO
e interpretar os problemas que modelarão o
futuro do setor energético. O período de tempo FOI URBANIZADA.”
analisado também foi maior do que nos relatórios
anteriores, indo até 2060 e além, refletindo o Um planejamento cuidadoso ajudaria a obter um
fato de que a crescente intensidade energética uso mais eficaz e integrado dos recursos, o que
de uma população global cada vez maior e mais posiciona o planejamento urbano no centro dos
rica causará impactos a longo prazo. esforços para incentivar e projetar uma maior
resistência dos sistemas e serviços que serão
A urbanização será uma das dinâmicas mais essenciais para o nosso bem-estar e a nossa
significativas que afetará o futuro e apresenta prosperidade no futuro.
tanto oportunidades quanto riscos. Eu desconfio
que um dia os historiadores descreverão os Nos últimos anos, temos explorado a
cem anos até o ano de 2050 como o século da urbanização em parceria com vários
cidade, época em que a maior parte do mundo colaboradores para entendermos as implicações
foi urbanizada. Isso será acompanhado por e oportunidades para a Shell. Somos
uma demanda maior por recursos naturais, especialmente gratos aos nossos colaboradores
especialmente água, energia e alimentos, do Centro para Cidades Habitáveis (CLC),
causando tensões, pois os serviços e sistemas em Cingapura, pela abertura, pontos de vista
municipais sofrem uma pressão cada vez maior. e colaboração que enriqueceram o nosso
conhecimento e a nossa compreensão. O
suplemento Novas Lentes sobre as Cidades do
Futuro, o primeiro de uma série de publicações
complementares dos Cenários sob Novas Lentes,
compartilha um pouco do que aprendemos
até agora. Esperamos que ele traga uma
contribuição valiosa para o debate global sobre
cidades e que ofereça aos políticos e líderes
empresariais uma perspectiva futura baseada
na geração de energia, pois essas pessoas
tomam decisões que afetarão o planejamento e
desenvolvimento urbano.
JEREMY BENTHAM
Vice-Presidente de Ambiente de Negócios,
Diretor de Cenários da Shell
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO Prefácio 03
Apesar do nosso início modesto, hoje Cingapura Tanto o CLC quanto a Shell reconhecem os
é uma das cidades mais habitáveis do planeta. desafios da urbanização, que incluem o
Todavia, há apenas 50 anos tínhamos favelas, envelhecimento das populações, condições
secas, enchentes, engarrafamentos, crimes e climáticas extremas e limitações de recursos cada
doenças. Com espaço geográfico limitado e vez maiores. Ao mesmo tempo, oportunidades
praticamente nenhum recurso natural, nossos não faltam para cidades que queiram se tornar
líderes pioneiros tiveram que fazer planejamentos mais habitáveis, sustentáveis e competitivas. No
a longo prazo para alcançar um meio ambiente início de 2012, a Shell e o CLC assinaram um
sustentável, uma economia competitiva e uma memorando de entendimento de três anos para
qualidade de vida elevada para a cidade-estado. colaborar em diversas áreas, inclusive pesquisa,
publicações e eventos sobre gestão e soluções
“O PORTUNIDADES urbanas. No decorrer de mais de um ano de
colaboração com a equipe de cenários da Shell,
NÃO FALTAM PARA realizamos três workshops em Cingapura e na
CIDADES QUE Holanda. Ficamos felizes em compartilhar nosso
QUEIRAM SE TORNAR conhecimento, especialmente sobre a jornada
de Cingapura em direção a um desenvolvimento
MAIS HABITÁVEIS, urbano sustentável, nas Novas Lentes sobre as
SUSTENTÁVEIS E Cidades do Futuro.
COMPETITIVAS”
A troca de conhecimento facilitada por
O Centro para Cidades Habitáveis (CLC) essa colaboração tem sido enriquecedora.
foi fundado em 2008 pelo Ministério do Esperamos que este suplemento inspire
Desenvolvimento Nacional e pelo Ministério todas as partes interessadas nas cidades a
do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos conduzir o planejamento e o desenvolvimento
de Cingapura com a missão de processar, urbano em direção a um futuro mais habitável
criar e compartilhar conhecimento sobre e sustentável.
cidades habitáveis e sustentáveis. Com base
nas experiências de Cingapura, o CLC criou
uma Estrutura para Cidades Habitáveis e
Sustentáveis, que são diretrizes práticas para
o desenvolvimento de cidades densamente
povoadas e altamente habitáveis. Por meio
de iniciativas como a World Cities Summit, o
Lee Kuan Yew World Cities Prize e o Temasek
Foundation Leaders in Urban Governance
Programme, o CLC também participa ativamente
do debate internacional sobre cidades habitáveis
e sustentáveis, compartilhando frequentemente
as experiências, o conhecimento técnico e os
desafios emergentes de Cingapura com outras
cidades, especialistas e parceiros, como a Shell.
52%
2500
54%
2000
66% 72% 44%
49% 41%
31%
1500
POPULAÇÃO (MILHÕES)
36%
1000
78% 83%
73% 89%
82% 85%
500
0
2010 2030 2050 2010 2030 2050 2010 2030 2050 2010 2030 2050 2010 2030 2050
AUMENTO DA POPULAÇÃO
URBANA GLOBAL
6,3
bilhões
3,6 5
bilhões
2
População urbana (bilhões)
0
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO INTRODUÇÃO 07
DE
DE ONDE
ONDEVIRÃO
VIRÃOESSAS
ESSAS2,7 BILHÕES
2,7 DE DE
BILHÕES PESSOAS?
PESSOAS?
Américas Europa Oriente Médio África subsaariana Índia China Outras regiões / OCDE Ásia
e Norte da África Ásia e Oceania e Oceania
11%
18%3% 9%
13% 29%
8% 18%
África Ocidental 13%
4%17% <1%
7%
AS 5 PRINCIPAIS REGIÕES DE AUMENTO DA POPULAÇÃO URBANA GLOBAL (2010-2050)
AS 5 PRINCIPAIS REGIÕES DE AUMENTO DA POPULAÇÃO URBANA GLOBAL (2010-2050)
5
2
4 1
5
2
4 1
3
DESENVOLVIMENTO URBANO E
CONSUMO DE ENERGIA
A pesquisa da Shell com a Booz & Company explorou a
evolução das cidades, a diversidade dos seus tipos e seu
consumo de energia. Tradicionalmente, a localização de
uma cidade oferece aos seus residentes vantagens
relacionadas a emprego, comércio, recursos ou
acessibilidade. Tipicamente, cada cidade segue um ciclo
de desenvolvimento de três etapas que aumenta a sua
atratividade e fomenta crescimento. Todavia, o
crescimento pode ser lento ou até mesmo não ocorrer, por
exemplo, devido ao desenvolvimento de caraterísticas
pouco atraentes, como poluição, criminalidade,
engarrafamentos ou à perda de indústrias.
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO DESENVOLVIMENTO URBANO E CONSUMO DE ENERGIA 9
DESENVOLVIMENTO URBANO E CONSUMO DE ENERGIA
em come
antag rci
V al
competitiva
ca p acitaçã o
Desenvolvimento contínuo
ento
das vantagens comerciais
A tr a de
As vantagens podem ser:
m
çã t
– Centro comercial
e
o
s
ti
– Aglomerado de experiências
al e
Inv
– Zona econômica especial en
t os
URBANO RURAL
0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20
BILHÕES DE TONELADAS DE PETRÓLEO EQUIVALENTE (BTOE/ANO)
Áreas
de baixa
densidade
Áreas
de alta
densidade
KG EQUIVALENTE DE CO2/ANO
120,000
CIDADES AMERICANAS
CIDADES CANADENSES
CIDADES AUSTRALIANAS E DA NOVA ZELÂNDIA
TRANSPORTE PRIVADO DE PASSAGEIROS PER CAPITA
ATLANTA
100,000
CIDADES EUROPEIAS
CIDADES DO ORIENTE MÉDIO
CONSUMO DE ENERGIA (MJ POR ANO)
HOUSTON
CIDADES JAPONESAS
80,000
CIDADES CHINESAS
CIDADES ASIÁTICAS
CIDADES INDIANAS
CIDADES SUL-AMERICANAS
DENVER
60,000 SAN FRANCISCO
PHOENIX
SAN DIEGO
LOS ANGELES
WASHINGTON
CHICAGO
NOVA YORK
40,000 CALGARY
BRISBANE
PERTH
TORONTO
MELBOURNE
VANCOUVER
SYDNEY
OTTAWA
MONTREAL
WELLINGTON
OSLO FRANKFURT
20,000 BRUXELAS PARIS
VIENNA
GLASGOW LONDRES
ATENAS
MILÃO TOKYO
CINGAPURA BANGKOK
OSAKA BARCELONA TAIPEI/SEOUL
HELSINKI BERNE TEHRAN BEIJING
SAPPORO JAKARTA HONG KONG
COPENHAGUE MANILA CAIRO
PARIS TÚNIS BOGOTÁ MUMBAI HO CHI
CHENNAI
AMSTERDAM DAKAR GUANGZHOU SHANGHAI MINH CITY
Amsterdã é conhecida como um dos ambientes parceria com a Vattenfall-Nuon, uma empresa de
urbanos compactos mais sustentáveis e energia, ela também forneceu calefação distrital
habitáveis do planeta. Nos últimos anos, tem gerada a partir de resíduos para 55.000 dos
sido classificada entre as cinco principais 500.000 lares da cidade. Até 2040, Amsterdã
cidades verdes pelo Siemens Green City Index, planeja ter 200.000 lares conectados ao seu
e um estudo da revista Forbes a posiciona como esquema de calefação distrital.
uma das cidades mais inteligentes do mundo. A
cidade tem como ambição reduzir as emissões A cidade e o porto de Roterdã estão
de dióxido de carbono (CO2) em 40% até 2025, implementando uma série de medidas para
em comparação a 1990. reduzir suas emissões, incluindo a construção
de novas redes de vapor e calefação. Trabalhos
Cerca de 80% das terras em Roterdã encontram- de construção começaram em 2012 em uma
se abaixo do nível do mar, algumas delas até nova rede de gasodutos que transportará o
seis metros. Seu porto é o maior da Europa e vapor excedente da usina de energia AVR
impulsiona a economia da Holanda. Como Rozenburg para o comércio local, reduzindo
uma cidade no delta, vulnerável a enchentes, o uso de combustíveis fósseis para gerar vapor
Roterdã deu início a uma estratégia detalhada no local, assim como as emissões em cerca
de adaptação climática e almeja tornar-se 100% de 400.000 toneladas de CO2 por ano. O
resistente às intempéries até 2025, assim como vapor produzido também fornecerá calefação
alcançar uma redução de 50% nas emissões de sustentável para 50.000 negócios e lares. Além
CO2 até 2025, em comparação a 1990. de investir 36 milhões de euros no parque eólico
Hartelbrug II, com 24MW, a cidade abriga a
CLIMA E ENERGIA Plataforma Nacional de Gás Natural Liquefeito,
A empresa de resíduos e energia de Amsterdã, fundada em 2012, com objetivo de coordenar
a AEB, é líder mundial na produção de empresas e autoridades governamentais e
eletricidade, calefação e produtos a partir incentivar a introdução de gás natural liquefeito
de resíduos industriais, municipais e hídricos. como alternativa de combustível para o
A AEB converte gás natural fornecido pela transporte na Holanda.
empresa de água de Amsterdã (Waternet) em
eletricidade, calor e combustível para transporte. ADAPTAÇÃO CLIMÁTICA
O primeiro posto de gasolina “verde” que Como uma cidade compacta que fica abaixo
fornece somente combustíveis sustentáveis do nível do mar, Roterdã investiu em diversos
abriu em 2012. Naquele ano, a AEB produziu projetos para se proteger contra o risco de
quase um milhão de MWh de eletricidade. Em enchentes. A maior parte dos 12.000 hectares
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO DESENVOLVIMENTO URBANO E CONSUMO DE ENERGIA 13
Mais de 10
% dos lares de Amsterdã recebem
calefação produzida a partir de resíduos
57%
dos moradores de
Amsterdã andam
de bicicleta
Amsterdã possui
diariamente
650
a maior
densidade de
postos de O primeiro posto de gasolina
recarga de “verde”, que fornece somente
no total veículos elétricos combustíveis sustentáveis, foi
do mundo. inaugurado em Amsterdã em 2012
-40%
AMSTERDÃ
Amsterdã está em vias
de cortar pela metade as
emissões de CO2 até 2025
80
ROTERDÃ
%
das terras em Roterdã
estão localizadas
abaixo do nível do mar
Na Holanda, um terço
das pessoas usam a
bicicleta como principal
meio de transporte
13
de telha
. m2
1 em
dos verdes
cada
incluindo a maior fazenda 187
urbana da Europa, o Roterdã tem a
Dakakker, com 1.000m2. maior proporção
de veículos
elétricos por
veículos movidos
a gasolina
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO DESENVOLVIMENTO URBANO E CONSUMO DE ENERGIA 15
de área portuária foi construída em terras carros elétricos na Europa, com 1.100 veículos
elevadas a uma média de 3 a 5 metros elétricos nas ruas, e planeja ter 1.000 postos de
acima do nível do mar e é protegida pela recarga na cidade até 2014. É também onde
barreira Maeslant, uma barreira móvel contra existe a maior proporção de veículos elétricos
tempestades, enquanto os diques de proteção por veículos movidos a gasolina – são 532 VEs
foram projetados como parte das áreas de para cada 100.000 veículos registrados. Tanto
lazer, servindo como ciclovia, por exemplo. Amsterdã quanto Roterdã planejam aumentar
A cidade planeja construir 75.000 m3 de suas respectivas frotas de veículos elétricos nos
capacidade adicional de armazenamento de próximos anos.
água até 2015, em parte construindo praças
de drenagem: playgrounds, praças urbanas ou COLABORAÇÕES INOVADORAS
quadras esportivas que funcionarão como lagos A iniciativa Amsterdam Smart City (Amsterdã
urbanos durante chuvas fortes, gerenciadas por Cidade Inteligente) é uma parceria entre o
um sistema de válvulas e filtros. Para dar apoio comércio, o governo, estudantes universitários
a essa “função esponja”, Roterdã criou mais e cidadãos para transformar Amsterdã em
de 130.000 m2 de telhados verdes, inclusive um laboratório urbano vivo para tecnologias
o inovador Dakakker de 1.000 m2, a maior urbanas inteligentes, dando aos negócios a
fazenda urbana da Europa, que fica localizada oportunidade de testar e demonstrar produtos e
no telhado de um prédio comercial. Projetos de serviços inovadores. Em setembro de 2013, a
menor escala, tais como as campanhas “menos cidade de Amsterdã anunciou planos para criar
telhas, mais verde”, que pedem que os cidadãos um instituto público e privado e líder mundial que
substituam cimento por plantas e gramados, incentivará a descoberta de talentos e explorará
têm como objetivo conscientizar as pessoas novas soluções urbanas avançadas.
da necessidade de aumentar a resiliência
Assim como Amsterdã, Roterdã compartilha
da cidade.
conhecimento com outras cidades. A cidade
MOBILIDADE SUSTENTÁVEL E QUALIDADE também é membro ativo do C40, um grupo que
DO AR reúne as principais cidades comprometidas
A Holanda é o país europeu que mais usa com a redução de emissões de gás e riscos
bicicletas: cerca de um terço da população climáticos. Foi também fundadora da Rede
utiliza esse meio de transporte para se de Conexão das Cidades em Deltas para
locomover. Para ciclistas, Amsterdã é uma das compartilhar conhecimento e melhores práticas
cidades mais prolíficas do mundo, com quase sobre estratégias de adaptação para cidades
900.000 bicicletas (57% de seus habitantes vulneráveis ao aumento do nível do mar, além de
pedalam diariamente). As abrangentes zonas ter auxiliado várias outras diretamente, inclusive
de 30 km/h são determinantes na redução Nova Orleans e Ho Chi Minh. Ao fazer isso, ela
da velocidade dos veículos automotores e no se beneficia do conglomerado de institutos de
aumento da segurança das pessoas. Amsterdã educação e consultorias ao redor de Roterdã,
está fortalecendo ainda mais o transporte dentro da estrutura do programa Rotterdam
sustentável e a qualidade do ar por meio da Climate Proof (Roterdã à prova do clima), um
implantação de infraestrutura que apoia o uso programa de adaptação da Rotterdam Climate
de carros elétricos. Até o final de 2013, a cidade Initiative. Em 2012, a Comissão Europeia
contava com a maior densidade de postos de designou Roterdã como Cidade Amiga da
recarga no mundo (650 no total) e um esquema UE, uma designação que lhe atribui um papel
de compartilhamento de carros elétricos de liderança no programa de treinamento da
operado por uma entidade privada, a Car2go, Comunidade Europeia para ajudar outras
que conta com mais de 16.000 membros. cidades a se adaptarem às mudanças do clima.
Roterdã é a cidade que mais teve êxito com os
ARQUÉTIPOS URBANOS
Nossa pesquisa estudou mais de 500 cidades com mais de
750.000 habitantes e 21 megacidades com mais de 10 milhões de
habitantes, das quais identificamos seis arquétipos ilustrativos para ajudar a
moldar nossa compreensão do consumo de energia em cidades. Cada um
desses arquétipos é uma simplificação; uma única cidade pode exibir
caraterísticas de diversos arquétipos.
267 26
EXEMPLOS EXEMPLOS
INCLUEM : INCLUEM :
Nanchong Chongqing
Kathmandu Nairóbi
Argel Haiderabad
0,49 0,22
CONSUMO CONSUMO
TOTAL DE TOTAL DE
ENERGIA ENERGIA
Bilhões de toneladas Bilhões de toneladas
de petróleo equivalente/ano de petróleo equivalente/ano
41 127
EXEMPLOS EXEMPLOS
INCLUEM : INCLUEM :
Houston Estocolmo
Rio de Janeiro Calgary
Tóquio Dubai
1,66 1,13
CONSUMO CONSUMO
TOTAL DE TOTAL DE
ENERGIA ENERGIA
Bilhões de toneladas Bilhões de toneladas
de petróleo equivalente/ano de petróleo equivalente/ano
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO Arquétipos da cidade 17
CIDADES SUPERPOVOADAS E
CARACTERÍSTICAS ARQUETÍPICAS CHAVE
DESPRIVILEGIADAS
42
EXEMPLOS TAMANHO DA POPULAÇÃO
INCLUEM :
Bangalore
Manila
Kinshasa PIB/PER CAPITA
0,36
CONSUMO
TOTAL DE DENSIDADE POPULACIONAL
ENERGIA
Bilhões de toneladas
de petróleo equivalente/ano LOCALIZAÇÃO GLOBAL
8
EXEMPLOS
INCLUEM : MORADIA
Hong Kong
Cingapura
Nova York MOBILIDADE
0,46
CONSUMO
TOTAL DE CONSUMO DE ENERGIA
ENERGIA
Bilhões de toneladas
de petróleo equivalente/ano ECONOMIA
CENTROS URBANOS
SUBDESENVOLVIDOS
MARRAKESH, MARROCOS
BAIXA DENSIDADE
PAÍSES EM DESENVOLVIMENTO
DEMOGRÁFICA
CONCENTRAÇÃO DE INDÚSTRIA,
BAIXO CONSUMO DE ENERGIA
NAS RESIDÊNCIAS
MANILA / FILIPINAS
DESENVOLVIMENTO DE FAVELAS
INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTE
PRECÁRIA
FREQUENTEMENTE PRESSIONADA
POR SEMI-APAGÕES
ECONOMIAS NÃO
INDUSTRIALIZADAS CUJO ENFOQUE
SÃO O COMÉRCIO, A AGRICULTURA
OU A MANUFATURA COM BAIXO
CONSUMO DE ENERGIA
MEGACENTROS EM
DESENVOLVIMENTO
CHONGQING, CHINA
LOCALIZADA EM PAÍSES EM
POPULAÇÃO ELEVADA
DESENVOLVIMENTO
TRANSPORTE COLETIVO
SUBDESENVOLVIDO QUE EXIGE
VIAGENS POR ESTRADAS
GERALMENTE MODERADO EM
TERMOS PER CAPITA, DIVIDIDO
IGUALMENTE ENTRE MORADIA,
TRANSPORTE E INDÚSTRIA
CASAS GRANDES
CALEFAÇÃO E REFRIGERAÇÃO
CONSOMEM MUITA ENERGIA
COPENHAGUE, DINAMARCA
BAIXA DENSIDADE
REGIÕES DESENVOLVIDAS
DEMOGRÁFICA
Alto
Baixo
Megacentros em desenvolvimento
Cidades superpovoadas e desprivilegiadas
Centros urbanos subdesenvolvidos
1,13
Superpotências
urbanas (8*)
1,66 0,46
Megacentros em Centros urbanos
desenvolvimento (26*) subdesenvolvidos (267*)
0,22
Cidades superpovoadas
e desprivilegiadas (42*)
0,36 0,49
Unidades: Bilhões de toneladas de petróleo equivalente
Fonte: análise da Booz & Company *= número de arquétipos urbanos ao redor do mundo
CAMINHOS URBANOS
A forma como elas se desenvolvem – a maneira identificaram seis caminhos típicos na evolução
como o crescimento é gerenciado, bem das cidades, cada qual com importantes
planejado e eficiente – será, portanto, um fator implicações para o consumo de energia e
importante no consumo global de recursos. eficiência. Em particular, dois desses caminhos
E, devido à longa vida útil da infraestrutura serão significativos no estabelecimento
urbana, as decisões que essas cidades virem a dos níveis globais de consumo de energia:
tomar nos próximos anos moldarão a eficiência urbanização controlada e fases avançadas
dos recursos que utilizam e as condições de de desenvolvimento.
vida pelas próximas décadas. Nossos estudos
1.1
Nota: Além disso, o aumento do consumo de energia nas
1.0
cidades que não mudarem o arquétipo será de 0,87 bilhões
BILHÕES DE TONELADAS DE PETRÓLEO
0.9
de toneladas de petróleo equivalente
0.8
EQUIVALENTE (2010-2025)
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0.2
0.1
0
Fases avançadas Urbanização Industrialização Proliferação Transição para
de desenvolvimento controlada & Modernização de favelas megacidade
66* 39* 77* 66* 2*
MOTORES DE CRESCIMENTO: CRESCIMENTO POPULACIONAL CRESCIMENTO DO CONSUMO PER CAPITA
COMUNIDADES
PIB PER PRÓSPERAS
CAPITA METRÓPOLES COM
ALTO CRESCIMENTO DISPERSO
SUPERPOTÊNCIAS
URBANAS
Transição para
Declínio urbano megacidade
Industrialização &
Modernização
Urbanização
controlada
Fases avançadas
de crescimento
CENTROS URBANOS
SUBDESENVOLVIDOS
MEGACENTROS EM
DESENVOLVIMENTO
CIDADES SUPERPOVOADAS
E DESPRIVILEGIADAS
Proliferação de favelas
PIB PER
CAPITA
BAIXO
POPULAÇÃO POPULAÇÃO
REDUZIDA ELEVADA
Baixa densidade
Densidade média
A
lta densidade
Fonte: análise da Booz & Company O tamanho da bolha indica o número de cidades
DUAS VISÕES PLAUSÍVEIS DAS CIDADES
DO FUTURO
Na publicação Cenários sob Novas Lentes (março de 2013), descrevemos
duas visões alternativas plausíveis do futuro: Montanhas e Oceanos.
Em Montanhas, o poder do status quo é fixo e poder para gerenciar a cidade diretamente. Isso
mantido firmemente por aqueles que são atualmente facilita a implementação de grandes projetos de
influentes. A estabilidade é o maior prêmio: infraestrutura, tais como os principais esquemas
aqueles no topo alinham seus interesses para de transporte coletivo ou a reconfiguração dos
liberar recursos de forma estável e cautelosa, não sistemas energéticos da cidade, conforme o
apenas segundo as forças de mercado imediatas. Governo e as grandes empresas coordenam os
A rigidez resultante no sistema reduz o dinamismo enormes investimentos dos quais necessitam e
econômico e reprime a mobilidade social, embora transformam soluções radicais em realidade.
a capacidade de planejar possa facilitar alguns Em um mundo Oceanos, é provável que haja mais
desenvolvimentos secundários. criatividade, porém menos instrumentalização
No mundo de Oceanos a influência é mais difusa. e controle. As cidades disponibilizam os dados
O poder é delegado, interesses divergentes são gratuitamente. O crowdsourcing e a colaboração
negociados e o compromisso é a peça-chave. incitam a propagação de soluções inovadoras de
A produtividade econômica aumenta com uma mercado na escala da cidade, tais como esquemas
grande onda de reformas, no entanto, às vezes para usar resíduos locais para a geração de
há desgastes na coesão social e instabilidades energia nos bairros pequenos.
na política. Isso faz com que grande parte É claro que a escala, os recursos e os modelos de
do desenvolvimento político secundário fique governança das cidades oferecem uma capacidade
estagnado, dando uma maior proeminência às inerente, talvez até mesmo única, de modelarem
forças de mercado imediatas. Essas histórias seus próprios caminhos. Talvez seja possível
diferentes se multiplicam nas cidades. fomentar o melhor dos dois mundos, em vez de
Em um mundo Montanhas, as soluções da cidade deslizar em direção ao pior. Eleitores pressionam
são implementadas a partir do topo e os dados intensamente os líderes para que melhorem as
são controlados pelos principais agentes de condições de vida na cidade e tanto o sucesso
quanto o fracasso tornam-se claramente visíveis.
“T ESTES NA ESCALA DA Testes na escala da cidade demonstram se as
CIDADE DEMONSTRAM políticas são eficientes, levando outras cidades
a copiarem o seu sucesso. Isso proporciona a
SE AS POLÍTICAS SÃO algumas cidades, especialmente as que forem
EFICIENTES, LEVANDO inovadoras e criativas, com líderes inspiradores
OUTRAS CIDADES e eleitores ativos, o potencial de agirem como
condutoras de mudanças que, mais tarde, se
A COPIAREM O SEU estenderão para além das cidades e ao redor
SUCESSO”. do mundo.
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO CAMINHOS URBANOS 31
CIDADES EM FOCO
Cinquenta anos atrás, Cingapura caía na uma equipe de cingapurianos, mapeou uma
armadilha da transição complexa. Um quarto visão audaciosa para o desenvolvimento físico
da população de 1,6 milhão de habitantes de Cingapura com propostas para novas cidades
vivia abaixo da linha da pobreza. O índice integradas com infraestrutura de transporte e
de desemprego aumentou de 5% em 1957 espaços de lazer em toda a ilha.
para 14% em 1959. Aproximadamente
Os resultados diretos das estratégias no Plano
250.000 pessoas viviam em favelas no
de Conceito de 1971 incluíram: a construção do
centro da cidade e outras 300.000 em áreas
aeroporto Changi, corredores-chave do sistema
abandonadas. A saúde pública era precária
metroviário de Cingapura, o MRT (sistema de
e doenças, como a malária e a tuberculose,
transporte urbano rápido), o sistema de vias
eram disseminadas.
expressas que se estendem por toda a ilha,
Quando Cingapura conquistou sua assim como o desenvolvimento de um anel de
independência política em 1965, foram cidades-satélites de alta densidade ao redor da
tomadas medidas decisivas na área de bacia hidrográfica central. No final dos anos 80,
planejamento urbano, moradia e transporte, que após a execução eficiente do plano por várias
criaram espaço para manobra possibilitando o agências, a maior parte dos problemas mais
desenvolvimento físico da cidade a longo prazo. urgentes que afligiam a cidade na época da
independência haviam sido resolvidos. Todavia,
ESPAÇO PARA MANOBRA NO
o sistema de planejamento ainda não era
PLANEJAMENTO URBANO
transparente o suficiente para mobilizar o setor
O desenvolvimento de Cingapura na época de
privado no desenvolvimento urbano.
sua independência foi guiado pelo primeiro
Plano Mestre de 1958. O objetivo desse plano Em 1989, a recém criada Autoridade de
foi construir em cima das conquistas do passado Redesenvolvimento Urbano assumiu a
e fomentar mudanças por meio de instituições responsabilidade pela coordenação de
existentes. Porém, o plano subestimou alguns todos os aspectos do planejamento, da
fatores-chave, incluindo o índice de crescimento regulamentação do desenvolvimento e pesquisa
urbano e mudanças das necessidades e atividades estatísticas que, anteriormente,
econômicas e sociais. Pouco tempo depois, eram compartilhadas com diversos órgãos
Cingapura provou não ser capaz de alcançar o públicos. Conforme Cingapura continuava
progresso necessário para a nova nação e teve a se desenvolver, teve início o trabalho em
que pedir assistência técnica às Nações Unidas cima do novo Plano de Conceito, lançado
(ONU) em 1965. em 1991, que refletiria as circunstâncias e as
necessidades variáveis da cidade. Mais planos
O Plano de Conceito de 1971, desenvolvido
para a orientação do desenvolvimento foram
pelos especialistas da ONU, em conjunto com
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO CIDADES EM FOCO 35
O CRESCIMENTO POPULACIONAL
EM CINGAPURA QUASE DOBROU
1987
2013
2030
63%
DE TODAS AS VIAGENS QUE
ACONTECEM NOS HORÁRIOS DE
PICO EM CINGAPURA UTILIZAM
TRANSPORTE COLETIVO
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO CIDADES EM FOCO 37
elaborados para oferecer ao público e aos Paralelamente, o Governo investiu solidamente
investidores uma maior certeza e clareza acerca no transporte coletivo. A primeira linha do
dos tipos de desenvolvimento permitidos. Essa MRT de Cingapura foi aberta em 1987. Até 2013,
abordagem de planejamento urbano criou já haviam sido construídos 178 km de linhas
espaço para manobra em Cingapura. ferroviárias e foram anunciados planos para
expandir a rede para cerca de 360 km até 2030.
ESPAÇO PARA MANOBRA NO TRANSPORTE…
Em uma cidade com espaço tão limitado …E NO QUE SE REFERE À MORADIA
como Cingapura, uma rede rodoviária e de O Conselho de Habitação e Desenvolvimento
transporte coletivo eficiente é essencial para (HDB) foi fundado em 1960 com um forte
apoiar o desenvolvimento da cidade. Porém, mandato para lidar agressivamente com os
com a população e economia crescendo cada problemas de moradia que resultaram nas
vez mais rápido, os congestionamentos nas favelas e na ocupação de áreas abandonadas.
ruas de Cingapura pioraram muito no início Houve um corte de burocracia e fundos
dos anos 70. Como resposta, a cidade adotou governamentais foram disponibilizados. Para
uma série de medidas voltadas para restringir ajudar nessa tarefa, foram introduzidas leis
e desencorajar o uso de carros. Em 1975, foi relativas à aquisição de terras e poderes de
introduzido o esquema “Area Licensing Scheme” reassentamento. O HDB também lutou contra a
– uma taxa de congestionamento – que mais corrupção e promoveu uma maior concorrência
tarde, em 1998, passou a ser um pedágio entre empreiteiras e fornecedores. Em 1964,
eletrônico, o “Electronic Road Pricing”, quando o conselho tinha a capacidade de construir
a tecnologia foi disponibilizada. Em 1990, foi um novo apartamento a cada 45 minutos. Eles
introduzido um limite para o número de carros, também promoveram a aquisição da casa
um Certificado de Habilitação, para manter sob própria e a integração de diferentes grupos
controle o crescimento do número de veículos. étnicos e econômicos: hoje, em torno de 82%
Essas medidas provaram ser polêmicas, porém dos cingapurianos e dos residentes permanentes
importantes, e havia boa-vontade política vivem em habitação social, que é integrada a
suficiente para implementá-las. trabalhos, escolas, transporte coletivo, parques e
outras comodidades adjacentes.
FATORES QUE CRIAM ESPAÇO
PARA MANOBRA
A Shell e o Centro para Cidades Habitáveis de Cingapura realizaram
uma série de workshops para explorar as condições que levaram
cidades a responderem a uma crise emergente com reformas nos
estágios iniciais, em vez de se deixar levar pela crise. Nossas
discussões revelaram os seguintes cinco fatores que criaram
espaço para manobra:
Em 1960, Detroit desfrutava da maior renda per empregos na indústria de manufatura através
capita dos EUA e do maior índice de pessoas da diversificação. Pittsburgh, por exemplo,
com casa própria entre a população afro- concentrou-se na educação, nos serviços
americana. jurídicos e cuidados com a saúde, e reconstruiu
um importantíssimo centro da cidade após
Em 2013:
perder suas indústrias de aço e carvão. Porém,
36% de índice de pobreza (o maior do
os dirigentes de Detroit tiveram dificuldade em
país) – 60% entre crianças
encontrar e financiar soluções. Isso aconteceu
50% de analfabetismo funcional em parte porque a cidade não possuía qualquer
23% de desemprego (a cidade com a maior poder jurídico para levantar fundos por meio da
percentagem nos EUA) cobrança de impostos em vários municípios no
33% de residências desocupadas ou subúrbio para o qual vários cidadãos abastados
abandonadas, com milhares de cães fugiram após o Motim de Detroit de 1967.
abandonados vagando pelas ruas Atualmente, a região metropolitana de Detroit
70.000 edifícios abandonados, o que tem mais de 330 administrações locais enquanto
incentivava intensas atividades de gangue a administração geral da cidade foi assolada
relacionadas a drogas por escândalos de corrupção.
90.000 terras desocupadas
Entretanto, as iniciativas de liderança do
Uma queda da população, de 1.850.000 em
setor privado e as mudanças na governança
1950 para 701.000, enquanto a população
podem ainda ter êxito em mudar a situação
na maior parte das regiões ao redor da
da cidade. Detroit é agora o cartão postal do
cidade cresceu
movimento agrícola urbano, ao passo que
Um dos maiores índices nacionais de incêndios grupos de cidadãos, tais como os Blight Busters,
criminosos e crimes uma ONG comunitária e voluntária de base,
Maior índice de concordatas municipais na estão dedicando centenas de milhares de
história dos Estados Unidos (2013) horas na tentativa de limpar a cidade. E uma
Quando os choques causados pela interrupção maior responsabilidade virá dos planos para
do fornecimento de petróleo nos anos 70 substituir as eleições únicas em toda a cidade
provocaram o aumento dos preços de em prol de uma divisão da cidade em bairros
combustível, os fabricantes de carros americanos e na votação de representantes para cada
perderam uma fatia do mercado para carros um deles. Talvez o mais importante seja o fato
japoneses mais eficientes em termos de de que Detroit está começando a cooperar
energia. Salários altos e o direito a benefícios com seus vizinhos regionais mais ricos, com a
incentivaram os fabricantes de carros a transferir perspectiva de que alguns aspectos do trânsito,
a produção para locais mais baratos no exterior. dos serviços públicos e do apoio a instituições
Outras cidades industriais que tiveram que culturais possam ser entregues a uma autoridade
enfrentar o declínio gerenciaram a perda de regional cooperativa.
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO CIDADES EM FOCO 41
Em
1960
DETROIT
Detroit tinha a renda
per capita mais alta
dos Estados Unidos
Porém,
em
2013
enfrentava o maior índice
de pobreza dos Estados Unidos
70.000
edifícios abandonados
60 %
de pobreza infantil
23% 50 %
de desemprego, da população são
o maior índice analfabetos funcionais
dos Estados Unidos
33%
de residências desocupadas ou abandonadas
1.850.000 701.000
população em 1950 população em 2013
REDEFININDO OS DESAFIOS DA CIDADE
Meio
Economia
ambiente
competitiva
sustentável
Resultados (O que)
NOVAS LENTES SOBRE AS CIDADES DO FUTURO Como as cidades deveriam ser desenvolvidas? 47
COMO A NOSSA ENERGIA É UTILIZADA?
SETOR DE ELETRICIDADE
ELETRICIDADE DISTRIBUÍDA
PERDAS DE ENERGIA
SETOR DE ELETRICIDADE
Dhaka
Lagos Cingapura
(6,780) (7.130)
Hong Kong
(6.400)
6.000
Londres
Mumbai (5.100)
(4.760)
4.000 Xangai
Lima (3.630)
(2.980)
Jacarta Rio de Janeiro Kuala
(4.240) (2.610) Lumpur Roma
Cidade do México São Paulo (2.130) (2.110) Tokyo
2.000 (2.450) (2.440) (2.660)
Seul
L os Angeles Vancouver
(2.030)
(1.020)
Paris (800)
(704)
Bruxelas
Nairóbi Nova Déli Pequim Dubai Nova York (960)
(210) (1.250) (321) (1.090)
(1.200)
Estocolmo (320) Sydney (330)
0
221 HABITABILIDADE 70 1
(com base na pesquisa sobre qualidade de vida da Mercer, de 2012)
www.shell.com/scenarios