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DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
LEGISLAÇÃO ESTADUAL - MG
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Quadro 1 – Classificação das águas, usos preponderantes e algumas
características (DN Conjunta COPAM/CERH Nº 1 – 05/2008)
Classe Usos Características: parâmetros e limites
- Abastecimento doméstico, sem prévia ou com
simples desinfecção. - Devem ser mantidas as condições naturais dos
Especial
-Preservação do equilíbrio natural das corpos de água.
comunidades aquáticas.
-Abastecimento doméstico, após tratamento
simplificado.
-Proteção das comunidades aquáticas. - DBO5 dias a 20ºC até 3 mg/L O2;
-Recreação de contato primário (natação, esqui - OD, em qualquer amostra, não inferior a 6 mg/L O2;
aquático e mergulho). - Turbidez: até 40 unidades nefelométricas de
Classe1 -Irrigação de hortaliças que são consumidas turbidez (UNT);
cruas e de frutas que se desenvolvem rentes - Cor: nível de cor natural do corpo de água em até 30
ao solo e que sejam ingeridas cruas sem mg/Pt/L;
remoção de película; - pH: 6,0 a 9,0.
-Criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de - Sólidos em supensão totais – até 50 mg/L
espécies destinadas à alimentação humana.
-Abastecimento doméstico, após tratamento
- DBO5 dias a 20ºC até 5 mg/L O2;
convencional.
- OD, em qualquer amostra, não inferior a 5 mg/L.
-Proteção das comunidades aquáticas.
- Turbidez: até 100 UNT;
-Recreação de contato primário (esqui
Classe 2 - Cor: até 75 mg Pt/L;
aquático, natação e mergulho).
- pH: 6,0 a 9,0.
-Irrigação de hortaliças e plantas frutíferas.
- Sólidos em supensão totais – até 100 mg/L
-Criação natural e/ou intensiva (aqüicultura) de
espécies destinadas a alimentação humana.
- DBO5 dias a 20ºC até 10 mg/L O2;
-Abastecimento doméstico, após tratamento
- OD, em qualquer amostra, não inferior a 4 mg/L O2;
convencional.
- Turbidez: até 100 UNT;
Classe 3 -Irrigação de culturas arbóreas, cerealíferas e
- Cor: até 75 mg Pt/L;
forrageiras.
- pH: 6,0 a 9,0.
-Dessedentação de animais.
- Sólidos em supensão totais – até 100 mg/L
-Navegação. - Índice de fenóis até 0,5 mg/L C6H5OH;
Classe 4 -Harmonia paisagística. - OD não inferior a 2,0 mg/LO2, em qualquer amostra;
-Usos menos exigentes. - pH: 6,0 a 9,0.
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Padrões de lançamento de efluentes
Nas águas de Classe Especial não serão tolerados lançamentos de águas
residuárias, domésticas e industriais, lixo e outros resíduos sólidos, substâncias
potencialmente tóxicas, defensivos agrícolas, fertilizantes químicos e outros
poluentes, mesmo tratados”.
Para as águas das classes 1 a 4 as condições de lançamento de efluentes de
qualquer fonte poluidora, estão resumidas na Tabela 1.
Tabela 1 – Parâmetros e respectivos limites para lançamento de efluentes em corpo
receptor
Parâmetro Limite e/ou condição (DN Conjunta – COPAM/CERH Nº 1)
pH Entre 6,0 a 9,0
Temperatura Inferior 40 ºC
Sólidos sedimentáveis Até 1 ml/L ou ausência para lagos e lagoas
Óleos minerais até 20 mg/L
Óleos e graxas
Óleos vegetais e gorduras animais até 50 mg/L
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Licenciamento Ambiental
A Deliberação Normativa COPAM nº74/04 classifica os estabelecimentos e
define os parâmetros para obtenção da Licença Ambiental para o Estado de Minas
Gerais.
A Licença Ambiental é concedida pelo COPAM e deve ser requerida para os
empreendimentos classes 3, 4, 5 e 6.
Há três tipos de licença: Licença Prévia (LP); Licença de Instalação (LI) e
Licença de Operação (LO), as quais poderão ser expedidas isoladas ou juntas, de
acordo com a natureza, características e fase do empreendimento ou atividade.
Licença Prévia (LP): é requerida na fase preliminar de planejamento do
empreendimento ou atividade. Nessa primeira fase do licenciamento, a FEAM avalia
a localização e a concepção do empreendimento, atestando a sua viabilidade
ambiental e estabelecendo os requisitos básicos a serem atendidos nas próximas
fases. Nessa etapa são analisados o Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e o
Relatório de Impacto Ambiental (RIMA) ou, conforme o caso, o Relatório de Controle
Ambiental (RCA). A Licença Prévia não concede qualquer direito de intervenção no
meio ambiente, correspondendo à etapa de estudo e planejamento do futuro
empreendimento.
Licença de Instalação (LI): Corresponde a segunda fase do licenciamento
ambiental. Nessa etapa é analisado o Plano de Controle Ambiental (PCA), que
contém projetos dos sistemas de tratamento e/ou disposição de efluentes líquidos,
atmosféricos e de resíduos sólidos etc. A Licença de Instalação concedida especifica
as obrigações do empreendedor no que se refere às medidas mitigadoras dos
impactos ambientais.
Licença de Operação (LO): autoriza a operação do empreendimento, após a
verificação do efetivo cumprimento do que consta das licenças anteriores, com as
medidas de controle ambiental e condicionantes determinadas para a operação.
Assim, a concessão da LO vai depender do cumprimento daquilo que foi examinado
e deferido nas fases de LP e LI. A LO deve ser requerida quando o novo
empreendimento, ou sua ampliação está instalada e prestes a entrar em operação
(licenciamento preventivo) ou já está operando (licenciamento corretivo).
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Classificação dos estabelecimentos
A Deliberação Normativa nº74/04 COPAM (Conselho Estadual de Política
Ambiental) classifica os estabelecimentos em classes de 1 a 6, segundo o porte e o
potencial poluidor.
As indústrias que se enquadram nas classes 1 e 2 são consideradas de impacto
ambiental não significativo e ficam dispensadas do processo de licenciamento
ambiental no nível estadual, mas estão sujeitas obrigatoriamente à Autorização
Ambiental de Funcionamento-AAF pelo órgão ambiental estadual competente,
mediante cadastro iniciado através de Formulário Integrado de Caracterização do
Empreendimento ( FCEI ). No caso específico da indústria de laticínios se
enquadram nas classes 1 e 2 as empresas destinadas ao resfriamento do leite e
processamento de derivados com capacidade instalada menor que 15000 L de
leite/dia e aquelas destinadas apenas ao resfriamento e distribuição com capacidade
inferior a 80000 L de leite/dia.
A Autorização Ambiental de Funcionamento é uma forma simplificada para
regularizar os empreendimentos considerados de impacto ambiental não significativo
(classes 1 e 2), e terá validade de quatro anos.
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- Declaração da Prefeitura Municipal de que o empreendimento está de acordo com
as normas e regulamentos do município.
- Comprovante de pagamento dos custos administrativos para requerimento da
Autorização Ambiental de Funcionamento.
- Documento comprobatório da condição de responsável legal pelo empreendimento,
como o Contrato Social.
Quando necessário, serão ainda exigidos pelo órgão ambiental competente:
- Outorga de Direito de Uso de Recursos Hídricos ou Certidão de Registro de Uso da
Água, emitidas pelo órgão ambiental competente.
- Autorização para Exploração Florestal (APEF) e/ou Autorização para Intervenção
em Área de Preservação Permanente (APP), emitidos pelo órgão ambiental
competente
- Título Autorizativo, emitido pelo Departamento Nacional de Produção Mineração
(DNPM)
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III - lançamento em corpo de água de esgotos e demais resíduos líquidos ou
gasosos, tratados ou não, com o fim de sua diluição, transporte ou disposição final;
IV - aproveitamento dos potenciais hidrelétricos;
V - outros usos que alterem o regime, a quantidade ou a qualidade da água existente
em um corpo de água.
Independem de outorga pelo Poder Público, conforme definido em regulamento:
I - o uso de recursos hídricos para a satisfação das necessidades de pequenos
núcleos populacionais, distribuídos no meio rural;
II - as derivações, captações e lançamentos considerados insignificantes;
III - as acumulações de volumes de água consideradas insignificantes.
Infrações e Penalidades
Constitui infração das normas de utilização de recursos hídricos superficiais ou
subterrâneos:
I - derivar ou utilizar recursos hídricos para qualquer finalidade, sem a respectiva
outorga de direito de uso;
II - iniciar a implantação ou implantar empreendimento relacionado com a derivação
ou a utilização de recursos hídricos, superficiais ou subterrâneos, que implique
alterações no regime, quantidade ou qualidade dos mesmos, sem autorização dos
órgãos ou entidades competentes;
IV - utilizar-se dos recursos hídricos ou executar obras ou serviços relacionados com
os mesmos em desacordo com as condições estabelecidas na outorga;
V - perfurar poços para extração de água subterrânea ou operá-los sem a devida
autorização;
VI - fraudar as medições dos volumes de água utilizados ou declarar valores
diferentes dos medidos;
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III - embargo provisório, por prazo determinado, para execução de serviços e obras
necessárias ao efetivo cumprimento das condições de outorga ou para o
cumprimento de normas eferentes ao uso, controle, conservação e proteção dos
recursos hídricos;
IV - embargo definitivo, com revogação da outorga, se for o caso, para repor
incontinenti, no seu antigo estado, os recursos hídricos, leitos e margens ou
tamponar os poços de extração de água subterrânea.
V - Sempre que da infração cometida resultar prejuízo a serviço público de
abastecimento de água, riscos à saúde ou à vida, perecimento de bens ou animais,
ou prejuízos de qualquer natureza a terceiros, a multa a ser aplicada nunca será
inferior à metade do valor máximo cominado em abstrato.
VI - No caso dos incisos III e IV, independentemente da pena de multa, serão
cobradas do infrator as despesas em que incorrer a Administração para tomar
efetivas as medidas previstas nos citados incisos, sem prejuízo de responder pela
indenização dos danos a que der causa.
VII - Da aplicação das sanções previstas neste título caberá recurso à autoridade
administrativa competente, nos termos do regulamento.
VIII - Em caso de reincidência, a multa será aplicada em dobro.