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CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM TERAPIA COGNITIVO-

COMPORTAMENTAL

ELAINE PAIVA SILVA

A EFICÁCIA DA TCC EM TRANSTORNOS ANSIOSOS: UMA


REVISÃO.

SÃO PAULO
2016
ELAINE PAIVA SILVA

A EFICÁCIA DA TCC EM TRANSTORNOS ANSIOSOS: UMA


REVISÃO.

Trabalho de conclusão de curso de Especialização.


Área de concentração: Terapia Cognitivo-
Comportamental.
Orientador: Prof.ª Dra. Renata Trigueirinho
Alarcon
Coorientador: Prof.ª Msc. Eliana Melcher Martins

SÃO PAULO
2016
SILVA, Elaine Paiva
A Eficácia da TCC em Transtornos Ansiosos: Uma revisão. 2016.
43 f : il. color. + CD-ROM

Trabalho de Conclusão de Curso (especialização) – Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-


Comportamental (CETCC). 2016. Orientação: Profª. Dra Renata Trigueirinho Alarcon.

1. TERAPIA COGNITIVA. 2. TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL..3. LIVRO


IMPRESSO. 4.E-BOOK. I. Silva, Elaine Paiva, orient. Alarcon, Renata Trigueirinho.
Elaine Paiva Silva
A Eficácia da TCC em Transtornos Ansiosos: Uma revisão.

Monografia apresentada ao Centro de


Estudos em Terapia Cognitivo-
Comportamental como parte das
exigências para obtenção do título de
Especialista em Terapia Cognitivo-
Comportamental

BANCA EXAMINADORA

Parecer:__________________________________________________________

Professor (a):
________________________________________________________________

Parecer:__________________________________________________________

Professor (a):
________________________________________________________________

São Paulo, _______ de ___________________de 2016


AGRADECIMENTOS

A professora Orientadora, Dra. Renata Trigueirinho Alarcon, quem me apoiou,


aconselhou e caminhou junto na realização deste trabalho.
A professora Eliane Melcher Martins quem admiro muito, pelo seu conhecimento,
receptividade com que sempre me recebeu e a sua ajuda através do repasse do seu
conhecimento.
A todos que de forma direta ou indireta contribuíram para este trabalho, sem deixar de
mencionar os amigos e familiares que compreenderam a ausência nos momentos de
socialização para que eu focasse na condução deste trabalho.

A todos o meu muito obrigado!


RESUMO

Os transtornos ansiosos possuem alta frequência na população geral e representam um


problema grave de saúde mental com características incapacitantes que afeta a qualidade de
vida dos pacientes. Este trabalho de investigação teve como meta principal investigar e
analisar os resultados obtidos no tratamento de Transtornos Ansiosos com Terapia Cognitiva
Comportamental e se esta mostra-se eficaz ou não. O estudo foi realizado por meio de revisão
bibliográfica da literatura relacionada a psicologia e psiquiatria, com vinte e seis estudos,
onde foi analisado os dados, sintetizando-os. A análise dos dados mostrou a eficácia (ou seja,
atingiu o objetivo de reduzir o sofrimento do portador do transtorno ansioso) da abordagem
Cognitiva-Comportamental em 100% dos casos. Em todos os transtornos ansiosos houve uma
melhora no quadro geral do paciente, independentemente do tipo de transtorno, e aumento da
qualidade de vida como um todo. Em 34.6% dos estudos foram encontrados sintomas
residuais após tratamento. 46.1% deles não constam informações sobre sintomas após o
término do tratamento e em 19.2% dos estudos não houve sintomas residuais, ou seja, além de
eficazes mostraram-se tratamentos “bem completos”. Percebe-se uma carência de
informações no que diz respeito a sintomas residuais pós-tratamento da TCC, visto que a
maior parte dos estudos não trouxe esse tipo de informação o que impossibilita explicar as
razões para os sintomas residuais. Sabemos que muitas variáveis interferem neste resultado, e
este é um campo fértil para futuras pesquisas.

PALAVRAS CHAVES: Terapia Cognitiva Comportamental, Tratamento, Eficácia,


Transtornos Ansiosos.
ABSTRACT

The anxiety disorders have high frequency in the general population and represent a
serious mental health problem with disabling features that affect the quality of life of patients.
This research had as main goal to investigate and analyze the results obtained in the treatment
of anxiety disorders with cognitive behavioral therapy and if it is efficient or not. The study
was carried out through bibliographical review of literature related to psychology and
psychiatry, with twenty-six studies, where data was analyzed and synthesized. The data
analysis revealed the effectiveness (reached the goal of reducing the carrier suffering from
anxiety disorder) adopting cognitive-behavioral approach in 100% of cases. In all anxiety
disorders there was an improvement in the general condition of the patient, regardless of the
type of disorder, and increased quality of life as a whole. In 34.6% of the studies were found
residual symptoms after the treatment. 46.1% did not mention information about symptoms
after the treatment and in 19.2% of the studies there was no residual symptoms, in other
others, in addition to be an efficient treatment also proved to be "very complete". It is noticed
a lack of information regarding the residual symptoms after TCC treatment, because most of
the studies did not bring this sort of information making it impossible to explain the reasons
for residual symptoms. We know that many variables affect this result, and this is a rich area
for future research.

KEYWORDS: Cognitive Behavioral Therapy, Treatment, Effectiveness, Anxiety


Disorders.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Estudos X Técnicas ............................................................................................. 27


LISTA DE TABELAS

Tabela 1 - Relação de Diagnóstico, autores, anos e queixa do paciente ........................................ 20


Tabela 2 - Estudo, número de pacientes, número de sessões, tipo de sessão e tipo de estudo.................22
Tabela 3 - Diagnóstico, autor/ano e técnicas ........................................................................... 25
Tabela 4 - Estudos, sintomas residuais e eficácia da TCC no tratamento ...................................... 28
Tabela 5 - Resultados/ Conclusão dos estudos ........................................................................ 29
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 10

2. MÉTODOLOGIA..................................................................................................... 19

3. RESULTADOS ......................................................................................................... 20

DISCUSSÃO ................................................................................................................. 32

CONCLUSÃO ............................................................................................................... 34

REFERÊNCIAS............................................................................................................ 35

APÊNDICE A................................................................................................................41
10

1. INTRODUÇÃO

Desde 1950, a Psicologia Cognitiva Comportamental (TCC) vem crescendo e


influenciando terapeutas, outros profissionais da saúde e inclusive pacientes.
O termo TCC é utilizado para um grupo de técnicas, onde há uma combinação de uma
linha cognitiva e de procedimentos comportamentais (NASCIMENTO, 2013).
Estudos demonstram a eficácia do tratamento para diversos quadros clínicos e
caracteriza-se por ser focado, pragmático, por concentra-se no aqui-e-agora e ser colaborativo.
A prática clínica baseia-se num conjunto de teorias que são usadas para desenvolver um plano
de tratamento e orientar ações dos terapeutas (WRIGHT; BASCO; THASE, 2008). Também
os terapeutas dessa abordagem trabalham para estruturar a terapia, desenvolvem uma
formulação de caso de forma dinâmica e em constante evolução. Esta formulação de caso,
leva em consideração fatores biológicos, psicológicos e psicossociais, identifica as variáveis
interdependentes (história do paciente, cultura, estruturas cognitivas, antecedentes e respostas
comportamentais), orienta a escolha de técnicas, a avaliação e o progresso, requer
aprimoramento contínuo, sem esta, o trabalho se perde e pode tornar-se ineficaz (CAMINHA,
2003 apud RONDINA, 2009).
A teoria pressupõe que o que sentimos (Raiva, tristeza, alegria, frustração, nojo, etc.) é
resultado da forma que interpretamos as situações que nos ocorrem, ou seja, da forma que
pensamos sobre os eventos que nos chegam. Os eventos não determinam a forma que iremos
nos sentir, mas sim, os juízos associados de valor que provocam uma resposta emocional
(ABREU; GUILHARDI, 2004).
Essa teoria, também entende o comportamento como resultado dessa forma de
interpretar, que por sua vez também afeta nossos padrões de pensamento e emoções. Então
ideias irracionais podem resultar em diversos tipos de distúrbios emocionais. A psicopatologia
é o resultado entre formas de pensar distorcidas e crenças disfuncionais que influenciam no
humor e comportamento e que enviesam a percepção de realidade.
O terapeuta atenta-se em sua prática clínica para as relações de pensamentos, emoções
e comportamentos e estimulam ao processo adaptativo de pensamentos e a solução de
problemas. O terapeuta também se dedica a mudança de pensamentos patológicos e
esquemas. A TCC ensina o paciente a pensar sobre seus pensamentos (WRIGHT; BASCO;
THASE, 2008).
11

Pensamentos patológicos são entendidos como uma forma de pensar desadaptativa e


que passam rapidamente por nossas mentes. Já os esquemas são crenças nucleares que agem
como regras para o processamento de informações, ou seja, são pensamentos duradouros que
começam a se formar no início da infância e são influenciados pelas experiências de cada
indivíduo (WRIGHT; BASCO; THASE, 2008).
Os objetivos da TCC são ajudar os pacientes a desenvolverem uma forma adaptativa e
racional de pensar, e auxiliam na mudança de padrões de comportamento improdutivos
(WRIGHT; BASCO; THASE, 2008), proporcionando uma transformação emocional e
comportamental e não apenas o decréscimo dos sintomas, momentaneamente.
Desta forma os modelos de trabalho cognitivistas desenvolveram ferramentas para
uma boa saúde mental, tais como os registros de pensamentos disfuncionais, as técnicas de
reestruturação cognitiva, processo de identificação de crenças irracionais e diversas técnicas
para a substituição de padrões disfuncionais de pensamento para padrões produtivos e
saudáveis de pensamentos (ABREU; GUILHARDI, 2004).
A TCC utiliza-se de técnicas que examinam detalhadamente esses pensamentos e
ajudam a mudar a perspectiva (LEAHY, 2006). As técnicas utilizadas na terapia afetam os
processos de pensamentos e comportamentos, a mudança nos padrões de pensamentos gera
mudança de comportamento e a mudança de comportamento gera a mudança cognitiva
(KNAPP; BECK, 2008).
Cada abordagem psicológica possui seus pressupostos, metodologia, ferramentas e
inventários próprios, e conduz a prática do profissional de formas diferentes. A literatura
sugere que a TCC vem sendo eficaz no tratamento de transtornos psicológicos (KNAPP,
2004; SUDAK, 2008 apud RONDINA, 2009). A questão é: Será que a TCC se mostra eficaz
no tratamento de transtornos ansiosos?
A motivação/colaboração do paciente para o processo terapêutico, também é
importante ferramenta para a eficácia no tratamento, visto que se a decisão pela busca da
terapia vem de terceiros (como familiares, conjugues, etc.) esta pode comprometer os
resultados, visto que o paciente pode estar pouco engajado com as atividades propostas
durante o tratamento.
Cabe mencionar que eficácia é definida como a virtude de produzir resultados
planejados, de um bom resultado, diz respeito à capacidade de alcançar objetivos de modo
competente. Tendo em vista a definição do conceito, como podemos avaliar estes resultados?
Vamos realizar um passeio pela literatura a fim de levantar tais informações.
12

Para isso antes, salienta-se a importância de descrevermos o que seriam esses


transtornos ansiosos.
Segundo DSM V (2014), os transtornos ansiosos incluem características de medo e
ansiedade excessivos e alterações no comportamento. Sendo medo uma resposta emocional a
um perigo eminente, e ansiedade é a antecipação de ameaça futura, é semelhante ao medo,
mas surge sem uma fonte de perigo real. Diferem entre si nos tipos de objetos ou situações
que induzem ao medo e ansiedade.
Quando o medo é irracional, ou seja, ocorre em situações em que a maior parte das
pessoas não manifestaria, podemos dizer que este é anormal/desadaptativo.
A ansiedade pode ser adaptativa, ou seja, nos conduzir a forma de comportamentos
saudáveis, porém quando há prejuízos na vida do indivíduo, lhe trazendo sofrimento
(desadaptativo), chamamos de transtorno de Ansiedade (VANNI, 2008).
A ansiedade caracteriza-se por medo, desconforto, insegurança e sensação de que algo
desagradável irá acontecer (OMS, 2007). Afeta a qualidade de vida dos pacientes, dentre os
sintomas mais comuns estão a hipervigilância, insônia, perda de concentração, a ansiedade
propriamente dita. Os sintomas comportamentais incluem; tremores musculares, reações de
susto, inquietação e dentre os sintomas fisiológicos estão palpitações, náuseas, sudorese e
sensação de vazio no estômago (APA, 2002 apud FARIA, 2011).
Alguns estudos evidenciam a alta frequência de transtornos ansiosos na população em
geral (NETO, 2010) e um grande problema de saúde mental dos brasileiros, correspondendo a
prevalência estimada de 9% em crianças e 15% em adultos, durante o período de vida
(ANDERSON, 1987; BERNSTEIN, 1996 apud FARIA, 2011). E, além disso, é uma doença
moderna e pacientes ansiosos possuem maior probabilidade de tornar-se clinicamente
deprimidos, possuem tendência a fazer uso de substâncias, como álcool e tem sido associado
com diversas outras doenças, como; hipertensão, problemas cardíacos, problemas
gastrointestinais, doenças respiratórias, diabete, asma, artrite, problemas de pele, fadiga, entre
outros (LEAHY, 2011).

Quanto às causas parece haver uma interação entre fatores genéticos, bioquímicos e
psicológicos no desenvolvimento da doença, mas não existem ainda teorias suficientes sólidas
para explicar apropriadamente a etiologia destes transtornos (FARIA, 2011). O tratamento é
sob medida de acordo com cada tipo e cada caso.
O DSM V (2014) classifica em transtornos ansiosos; o Transtorno de Pânico,
Agorafobia, Fobias Específicas, Fobia Social, Transtorno de Ansiedade Generalizada,
13

Transtorno de Ansiedade de Separação, entre outros. Focaremos neste estudo estes citados e
mais comuns.
As fobias podem ser de vários tipos:
Agorafobia - Medo ou ansiedade desproporcional de estar em lugares públicos, onde
o indivíduo não possa retirar-se de uma forma fácil, pode levar a pessoa a evitar diversas
situações como: Uso de Transporte Público (ônibus, Trens, metrô, avião, etc.), Permanecer
em espaços abertos (estacionamentos, mercados, pontes, etc.), permanecer em locais fechados
(Lojas, Teatros, cinemas, etc.) estar no meio de uma multidão, sair de casa sozinho (DSM-V,
2014).
O individuo tem medo ou evita situações onde acredita que pode ser difícil a saída ou
que a ajuda pode não estar disponível caso venha a ter um ataque de pânico
Fobia Social/Transtorno de Ansiedade Social – Medo de situações sociais ou
desempenho observável por outrem. O que causa mal estar é a exposição ao possível
julgamento dos outros, alguns dos temores: falar em público, comer, beber ou escrever diante
de pessoas, ir a festas, situações de flerte, etc. (DSM-V, 2014).
Os sintomas incluem tensão extrema, ansiedade, preocupação com as interações
sociais e tendência ao isolamento (LEAHY, 2011).
Fobia Simples ou Fobia específica - Medo irracional diante objetos ou situações
concretas. Há um objeto específico causador do mal-estar.
O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM- V, 2014) divide as
fobias simples ou específicas em cinco tipos:
 Animais (aranhas, insetos cães, sapos, etc.).
 Aspectos do ambiente natural (trovoadas, altura, terremotos, água, etc.).
 Sangue, injeções ou feridas (agulhas, procedimentos médicos invasivos).
 Situações (lugares altos, andar de avião, andar de elevador, dirigir, etc.).
 Outros tipos (medo de vomitar, medo de doenças, medo de engasgar, etc.).
Transtorno de Pânico é uma reação abrupta de medo intenso, inesperado e
recorrente, que alcança o pico em minutos e do qual ocorrem alguns sintomas físicos e
cognitivos (para o diagnóstico, deve apresentar quatro ou mais dos sintomas) como; 1-
Palpitações, coração acelerado, taquicardia, 2- Sudorese, 3- Tremores, 4- Sensação de falta de
ar, 5-Sensação de Asfixia, 6 – Dor ou desconforto torácico, 7 – Náusea ou Desconforto
abdominal, 8 – Sensação de tontura, instabilidade, 9 – Calafrios ou ondas de calor, 10 –
Anestesia ou sensação de formigamento, 11 – Sensações de irrealidade ou sensação de estar
14

distanciado de si mesmo, 12 – medo de perder o controle ou enlouquecer, 13 – Medo de


Morrer. Tais sintomas podem ainda preocupar o paciente, com a possibilidade e preocupação
de acontecer novos ataques de pânico (DSM-V, 2014).
Transtorno de Ansiedade Generalizada que é ansiedade e preocupação excessivas
acerca de diversos eventos ou atividades, ocorrendo na maioria dos dias e o indivíduo
apresenta dificuldade em controlar as preocupações (DSM-V, 2014).
A ansiedade está associada com três ou mais dos seguintes sintomas; 1 – Inquietação
ou sensação de estar com os nervos à flor da pele, 2 – Fatigabilidade, 3 – Dificuldade em
concentrar-se ou sensação de “branco” na mente, 4 – Irritabilidade, 5 – Tensão Muscular, 6 –
Perturbação do Sono.
Transtorno de Ansiedade de Separação que é o medo ou ansiedade intensos
envolvendo o afastamento de casa e das figuras de apego, esta ansiedade é além daquela
esperada para o nível de desenvolvimento. E envolve alguns aspectos: sofrimento excessivo e
recorrente do possível ou ocorrência do afastamento de casa ou figuras significativas,
Preocupação persistente e excessiva a cerca de possível perda ou perigos envolvendo tais
figuras, preocupação persistente e excessiva em separar-se da figura importante de apego
(perder-se, sequestro, etc.), recusa em afastar-se da figura de apego. (DSM-V, 2014).
Fica claro que qualquer uma das condições citadas acima, afetam a qualidade de vida,
limita ou rompe sua vida, afeta sua saúde, as relações, etc. Temos estudos que indicam que
70% das pessoas com algum transtorno de ansiedade não realizam tratamento ou quando o
fazem é inadequado (LEAHY, 2011).
Para o psicodiagnostico é necessário investigar os sintomas apresentados pelo
paciente, buscando a compreensão da dinâmica psicológica do individuo, deve ser breve e
objetivo. Utilizam-se entrevistas clínicas e instrumentos de avaliação psicológica apropriados.
O objetivo é chegar a hipóteses diagnósticas, que auxiliarão na formulação do diagnostico
(FEITEN, 2013).
Dentre as técnicas mais utilizadas para o tratamento/ modelo de tratamento encontra-
se a psicoeducação, ou seja, educação sobre o modelo cognitivo (seus pressupostos) e sobre o
transtorno ansioso, identificação dos pensamentos e debate socrático que é um tipo de
questionamento voltado aos pensamentos distorcidos a fim de flexibilizá-los, e manejo das
emoções (exercícios a fim de aliviar a ansiedade) as exposições (entrar em contato,
gradualmente, com aquilo do qual teme, que traz ansiedade) para que ao final haja decréscimo
da ansiedade.
Outras técnicas comumente utilizadas serão descritas a seguir:
15

Coping Cat é um programa com protocolo em TCC utilizado para os transtornos de


ansiedade na infância. As estratégias fundamentais do programa Coping ajuda a criança a
identificar e nomear seus sentimentos tanto negativos quanto positivos, usar estratégias para
manejar ansiedade, reestruturação cognitiva e treino de relaxamento, seguido da exposição
gradual a situações que provocam ansiedade (PETERSEN, 2011).
O relaxamento pode envolver tanto técnicas de respiração, como relaxamento
corporal em que o paciente trabalha grupos musculares. As técnicas de relaxamento são
exercícios utilizados para controle dos sintomas fisiológicos, visto que fisiológico e
psicológico interagem (CAMINHA; FELSTRECKER; HATZENBERGER, 2003).
As estratégias de reestruturação cognitiva ensinam ao paciente observação e
controle dos pensamentos irracionais e negativos, exame das evidências favoráveis e
contrárias aos pensamentos distorcidos e correção das interpretações tendenciosas por
interpretações pautadas na realidade (BECK, 1997; TAYLOR et al., 1997 apud D’EL REY;
PACINI, 2005).
A técnica de exposição ao vivo ou dessensibilização sistemática implica na
aproximação graduada aos estímulos temidos (objetos ou situações), até que o paciente se
habitue e seus níveis de ansiedade reduzam. Esta exposição também pode acontecer por
imagem, ou imaginação, propondo que ele aproxime-se do estímulo temido, mas não de
forma “ao vivo” (BUTLER et al., 1984 apud D’EL REY; PACINI, 2005).
A técnica de análise de custo-benefício é uma ferramenta que visa ajudar o paciente a
realizar uma análise crítica das vantagens de desvantagens em nutrir determinado pensamento
e/ou comportamento. E estimula a motivação para mudança do pensamento e /ou
comportamento (KNAPP, 2004 apud NASCIMENTO, 2013).
O Treinamento de Habilidades Sociais (THS) é uma ferramenta que tem como
objetivo ampliar o comportamento social do individuo, reconhecer e trabalhar suas
deficiências em termos de habilidades sociais. O TSH abrange componentes tais como:
exposição gradual e sistemática a situações sociais de medo, modelação, dramatização, ou
seja, dramatiza situações junto com o terapeuta que é difícil para o paciente. (CAMINHA;
FEILSTRECKER, HATZENBERGER, 2003).
Resolução de problemas, que é a habilidade de enfrentar de forma eficaz e com
amplo leque de problemas da vida diária, a técnica utilizada inclui a orientação para o
problema, a definição e formulação de problema, o levantamento de alternativas, tomada de
decisões e a prática as solução e verificação dos resultados (CABALLO, 2008).
16

Durante as fases finais da terapia, o terapeuta se concentra na prevenção de recaída,


ao ajudar o paciente a identificar problemas em potencial, que tenham altas probabilidades de
causar algum prejuízo/dificuldade. Depois são utilizadas técnicas de treinamento para praticar
maneiras eficazes de enfrentamento. (WRIGHT, J.H; BASCO, M.R; THASE, M.E, 2008).
O treino em tarefa de concentração ajuda o paciente a direcionar sua atenção para a
tarefa em execução, e não para si mesmo. Assim ele diminui sua percepção das alterações que
a ansiedade provoca em seu corpo, quebrando o ciclo vicioso de aumento de ansiedade que o
autofoco provoca (MULULO, 2009).
Técnica da distração, essa ferramenta tem por objetivo interromper os pensamentos
negativos, distraindo-se com outras imagens mentais, pensamentos ou ações de conteúdo
agradável ou relaxante (WRIGHT; BASCO; THASE, 2008).
Exercícios de indução de sintomas ou exposição interoceptiva, é a exposição a
estímulos internos, ou seja, o paciente e ou terapeuta induz os sintomas do ataque de pânico,
de forma gradativa até o paciente habituar-se aos sintomas, até ao ponto de que ele poderá
senti-los, mas não mais com a característica de terror do pânico (NETO, 2010).
Teste de evidências ou Exame de Evidências é uma estratégia para modificação de
pensamentos automáticos. Consiste em elaborar uma lista de evidências contra e a favor de
um pensamento, e então reavaliar a forma de pensar com os dados descobertos e testar a
mudança de pensamento, emoção e comportamento (WRIGHT; BASCO; THASE, 2008).

Higiene do Sono, ou seja, recomendações de hábitos saudáveis para o sono e que


sejam utilizados todos os dias, de forma a criar uma rotina de sono (LEAHY, 2011).
Treinamento de Assertividade, que é um treino dentro e/ou fora do consultório (da
sessão terapêutica) que visa a expressão de sentimentos de maneira socialmente adequada
(sem apresentar passividade ou agressividade em sua comunicação), preservando tanto os
direitos/interesses do paciente quanto o de seu interlocutor.
Conceituação Cognitiva, é uma teoria sobre a qual o paciente relaciona-se, envolve
suas queixas organizadas de forma lógica, como elas se mantêm, previsões sobre seu
comportamento sob certas condições e o desenvolvimento de um plano de trabalho (ABREU;
GUILHARDI, 2004).
O Baralho das emoções é um instrumento facilitador de acesso às emoções das
crianças na clínica psicológica. Ele possui cartas em desenho, cada uma com uma emoção
específica. O instrumento visa acessar, as emoções infantis. Com ele temos o Termômetro
das emoções, para a criança mensurar a intensidade dessas emoções.
17

RPD (Registro de Pensamentos Disfuncionais) é uma estratégia utilizada registro o


paciente identifica os seus sentimentos, os pensamentos que geram esses sentimentos e o
comportamento, a partir daí o terapeuta fará um questionamento desses pensamentos a fim de
transformar esse pensamento em outro pensamento funcional, que favoreça a ter sentimentos
e comportamentos mais apropriados para lidar com aquelas situações (WRIGHT; BASCO;
THASE, 2008).
Estas formas disfuncionais de pensar, são processados por Distorções Cognitivas de
lógica e/ou Erros cognitivos, e muitas vezes o terapeuta visa rotular cada um deles, para
ajudar na compreensão e flexibilização da forma de pensar do paciente (WRIGHT; BASCO;
THASE, 2008).
Considerando o alto índice de pessoas que buscam ajuda psicológica com queixa de
algum tipo de ansiedade, este estudo busca investigar e analisar os resultados obtidos no
tratamento de Transtornos Ansiosos com TCC e fatores para a eficácia ou não eficácia da
abordagem. E como consequência ampliar a percepção das formas de tratamento, contribuir
para o desenvolvimento da abordagem e da Psicologia como um todo, na medida em que
proporciona uma visão realista dos resultados obtidos no tratamento de transtornos ansiosos.
18

2. OBJETIVO

Investigar e analisar os resultados obtidos no tratamento de Transtornos Ansiosos com


TCC e se esta se mostra eficaz ou não.
19

3. METODOLOGIA

O estudo foi realizado por meio de revisão bibliográfica da literatura com o propósito
de realizar extenso levantamento de pesquisas publicadas nesse campo, reunir e analisar os
dados, sintetizando-os.
Os artigos foram identificados nas seguintes bases de dados: Scielo, Lilacs, Medline,
Pubmed e Google Acadêmico.
As seguintes expressões foram pesquisadas: (Ansiedade de Separação e Terapia
Cognitiva Comportamental / Separation Anxiety and Cognitive Behavioral Therapy, Fobia
Específica e Terapia Cognitiva Comportamental / Specific Phobia and Cognitive Behavioral
Therapy, Fobia Social e Terapia Cognitiva Comportamental/ Social Phobia and Cognitive
Behavioral Therapy, Ansiedade Social e Terapia Cognitiva Comportamental / Social Anxiety
and Cognitive Behavioral Therapy, Transtorno de Pânico e Terapia Cognitiva
Comportamental / Panic Disorder and Cognitive Behavioral Therapy, Agorafobia e Terapia
Cognitiva Comportamental/ Agoraphobia and Cognitive Behavioral Therapy).
Os critérios de inclusão dos artigos foram idioma: português e inglês; ensaios clínicos
randomizados, estudos de caso, revisões bibliográficas, todos que envolvessem a temática dos
efeitos da TCC nos transtornos mencionados, e no período de publicação entre 2000 e 2014.
Dos diversos trabalhos encontrados, foram selecionados 26 artigos que atendiam
especificamente os critérios propostos, os efeitos da abordagem TCC nos transtornos
ansiosos.
20

4. RESULTADOS

Tabela 01 – Relação de Diagnóstico, autores, anos e queixa do paciente

Autor / Ano Queixa


AFSHARI, et al., 2014. Diagnóstico de Ansiedade de Separação
SCHNEIDER, et al., 2013. Diagnóstico de Ansiedade de Separação
SANTUCCI, MAY-
Diagnóstico de Ansiedade de Separação
EHRENREICH, 2013.
SCHNEIDER, et al., 2011. Diagnóstico de Ansiedade de Separação
ARAÚJO, 2011. Fobia a injeção, sangue e ferimentos.
REMOR, 2000. Fobia de Avião
LEUTGEB, et al., 2012. Fobia de Aranhas
ANDERSSO, et al., 2009. Fobia de Aranhas
ITO, et al., 2008. Esquiva Social, evitação de situações sociais (comer e ir para escola)
Altos níveis de ansiedade social e evitação de diversas situações sociais e
DEL REY, et al., 2008.
de desempenho.
Altos níveis de ansiedade social e evitação de diversas situações sociais e
D’El REY et al., 2007.
de desempenho.
MULULO et al., 2009. Diagnóstico de Fobia Social
PRIULI, 2004. Temor e evitação de diversas situações sociais e de desempenho.
D’EL REY; PACINI, 2005 Medo grave de assinar seu nome diante de outras pessoas
HELDT et al., 2008. Ataques de pânico, ansiedade antecipatória e evitação fóbica.
SHINOHARA, 2005. Ataques de pânico e grande restrição na vida pessoal e profissional.
KING, et al., 2011. Diagnóstico de pânico com agorafobia
KING, et al., 2012. Diagnóstico de pânico com agorafobia
Falta de ar, taquicardia e medo de perder o controle, especialmente ao
KING, et al., 2007.
estarem ônibus, metrôs ou túneis.
Critérios diagnósticos para TP (medo das sensações físicas, evitações e
ANNICCHINO; MATOS,
"estratégias de segurança"), Sintomas de AS (dificuldade em sair de casa,
2007.
dormir sozinho ou longe de casa etc).
Ataques de pânico desde 17 anos de idade. Sintomas predominantemente
SARDINHA, et al., 2011. cardiovasculares e respiratórios, acompanhados de agorafobia.
Comorbidade TAG e TDAH.
Taquicardia, sudorese excessiva, tonturas, insônia, dores de cabeça e
OLIVEIRA, 2011.
cólicas intestinais, tristeza, raiva, medo, angústia, ansiedade.
Ansiedade e preocupações excessivas acerca de eventos do cotidiano,
FEITEN, et al., 2012.
irritabilidade, inquietação, perturbação do sono, medo de dormir só.
NADORFF, et al., 2012. Diagnóstico para TAG e Presença de pesadelos
NEWMAN;FISHER, 2013 Diagnóstico para TAG
21

Transtorno depressivo unipolar. Comorbidade com transtornos de


MAIA, 2013 ansiedade, transtorno de ansiedade generalizada, transtorno do pânico,;
transtorno de ansiedade social; e transtorno de estresse pós-traumático.
TAG: transtorno de ansiedade generalizada; TDAH: Transtorno do déficit de atenção e hiperatividade
A tabela 01 demonstra o estudo (autor/ano) e queixa específica.
Os autores mais citados nesta revisão são D’el Rey (e colaboradores, 2005, 2007 e
2008) com três estudos de Fobia Social (representando 50 % dos estudos de Fobia Social).
Schneider (2011 e 2013) com estudos de Ansiedade de Separação, representando 40%
dos estudos desse diagnóstico.
King (2007, 2011 e 2012) com três estudos de Pânico com agorafobia (representando
37,5% dos estudos que envolvem a queixa de Pânico).
Foram 26 estudos ao total que contemplam algum tipo de Transtorno de Ansiedade, e
os anos e a respectiva quantidade de estudos encontram-se a seguir: 2000 (1), 2004 (1),
2005(2), 2007 (3), 2008 (3), 2009 (2), 2011 (5), 2012 (4), 2013 (4), 2014 (1), o que evidencia
que a maior parte dos estudos pesquisados concentram-se nos anos de 2007 até 2014.
04 estudos de Ansiedade de Separação, 04 de Fobia Específica, 06 de Fobia Social, 03
de Pânico com Agorafobia, e 01 de Pânico e Agorafobia com comorbidade de Transtorno de
Ansiedade Generalizada e Transtorno do Déficit de atenção e hiperatividade, 01 de Pânico e
sintomas de Ansiedade de Separação, 02 de Transtorno de Pânico, 04 de Transtorno de
Ansiedade Generalizada, 01 de Transtorno depressivo unipolar, transtorno de ansiedade
generalizada; transtorno do pânico; transtorno de ansiedade social e transtorno de estresse
pós-traumático.
Sendo o maior número de estudos voltado a Fobia Social e Transtorno de Pânico com
ou sem agorafobia, com ou sem comorbidades.
Com relação às queixas dos pacientes, 50% dos estudos por envolverem muitos
sujeitos, realizaram levantamento de informações e diagnosticaram conforme Manual de
doenças Mentais. 50% fizeram levantamento e descreveram em seus trabalhos os sintomas
dos pacientes dos quais os indicavam um diagnóstico realizado aos Transtornos de Ansiedade
e Comorbidades.
22

Tabela 02 - Estudo, número de pacientes, número de sessões, tipo de sessão e tipo de estudo.
Número
de
Tipo de Quantidade
Autor / Ano Tipo de Estudo Pacientes /
Sessão de Sessões
Estudos

AFSHARI, et al., 2014 Ensaio Clínico Randomizado 12 Individual 10

SCHNEIDER, et al., 2013 Ensaio Clínico Randomizado 64 Individual 16

SANTUCCI, MAY- Ensaio Clínico Randomizado 29 Grupo 7


EHRENREICH, 2013

SCHNEIDER, et al., 2011 Ensaio Clínico Randomizado 43 Individual 16

ARAÚJO, 2011 Estudo de Caso 1 Individual 13

REMOR, 2000 Estudo de Caso 1 Individual 9

LEUTGEB, et al., 2012 Ensaio Clínico Randomizado 32 Individual 1 ( 4 horas)

ANDERSSO, et al., 2009 Ensaio Clínico Randomizado 27 Individual 12 horas

ITO, et al., 2008 Estudo de Caso 1 Individual 12

DEL REY, et al., 2008 Ensaio Clínico Randomizado 11 Grupo 12

D’El REY et al., 2007 Ensaio Clínico Randomizado 29 Individual 12


Análise sistemática de todos
MULULO et al., 2009 os ensaios clínicos controlados 49 estudos Individual 14 (média)
randomizados
PRIULI, 2004 Estudo de Caso 1 Individual 20

D’EL REY; PACINI, Estudo de Caso 1 Individual 8


2005
HELDT et al., 2008 Estudos de Caso 62 Individual 12

SHINOHARA, 2005 Estudo de Caso 1 Individual 16

KING, et al., 2011 Ensaio Clínico Randomizado 25 Individual 16

KING, et al., 2012 Ensaio Clínico Randomizado 25 Individual 8

KING, et al., 2007 Estudo de Caso 1 Individual 16

ANNICCHINO; MATOS, Ensaio Clínico Randomizado 22 Individual 12


2007
SARDINHA, et al., 2011 Estudo de Caso 1 Individual 2 anos

OLIVEIRA, 2011 Estudo de Caso 1 Individual 12

FEITEN, et al., 2012 Estudo de Caso 1 Individual 35

NADORFF, et al., 2012 Ensaio Clínico Randomizado 70 Individual 10

NEWMAN;FISHER, Ensaio Clínico Randomizado 76 Individual 14


2013
Estudo longitudinal, ensaio
MAIA, 2013 16 Individual 12
aberto.
23

A tabela 2 demonstra o número de pacientes envolvidos nos estudos, correspondendo a


553 pacientes avaliados juntando todos os estudos. A média foi de 13,5 sessões por caso,
92.3% sendo sessões individualizadas (24 trabalhos) e 7.7% (dois trabalhos) sendo sessões do
tipo em Grupo. Quanto ao tipo de estudo, 01 trata-se de Análise sistemática de todos os
ensaios clínicos controlados randomizados (com 49 estudos), 13 do Tipo Ensaio Clínico
Randomizado, 11 estudos de Caso e 01 Estudo longitudinal; ensaio aberto.
Na tabela a seguir (tabela 3) é possível observar que nos 26 estudos, 22 deles
utilizaram a técnica da psicoeducação como ponto de partida na terapia cognitiva
comportamental, 24 utilizaram a técnica da reestruturação cognitiva, 14 utilizaram alguma
técnica de relaxamento (muscular e/ou respiração), 24 dos estudos utilizaram a técnica da
exposição / Dessensibilizaçao sistemática ao vivo e ou imaginada. Três dos estudos
utilizaram medicamento paralelamente ao trabalho de TCC (01 estudo de Fobia Social e dois
estudos de Pânico com Agorafobia).
Três estudos apenas utilizaram a técnica do treinamento de habilidades sociais, dois
deles sendo para ferramenta para tratamento da Fobia Social e 01 para Transtorno do pânico.
De seis estudos de Ansiedade Social, apenas dois o utilizaram como técnica.
Três estudos utilizaram a técnica de resolução de problemas, sendo dois em estudos de
Transtorno de Ansiedade Generalizada e um em Transtorno de Ansiedade de Separação.
Três estudos aplicaram o treino de Assertividade especificamente, um que se refere ao
Transtorno de Pânico com sintomas de ansiedade de separação, outro com Pânico e
Agorafobia. Comorbidade com transtorno da ansiedade generalizada e transtorno do déficit de
atenção e hiperatividade e por último Transtorno depressivo unipolar com comorbidade com
TAG; transtorno do pânico; transtorno de ansiedade social e transtorno de estresse pós-
traumático.
Apenas 01 estudo que se trata de Ansiedade de Separação trabalhou com a prevenção
de recaída, 01 estudo trabalhou a higiene do Sono aplicada ao TAG, 01 trabalho utilizou-se da
técnica da distração no Transtorno de Pânico, 01 estudo sobre Fobia Social aplicou o treino
em tarefa de concentração, 01 deles sobre TAG utilizou a técnica de teste das evidências, e
este mesmo estudo, usou a conceituação cognitiva e a análise das vantagens e desvantagens
das tomadas de decisões.
Em 02 estudos sobre Transtorno de Ansiedade Generalizada e Transtorno de
Ansiedade de Separação foi utilizada a ferramenta do baralho das emoções. Em 01 deles foi
reportada especificamente a utilização do RPD e junto com o Baralho, o Termômetro do
medo.
24

A técnica da rotulagem dos erros cognitivos também foi utilizada em 01 estudo do


Transtorno de Ansiedade Generalizada.
Seis de 08 estudos que envolviam transtorno de Pânico trabalharam a exposição
interoceptiva. Dois desses oito estudos utilizaram medicamento paralelamente ao tratamento
psicológico baseado em TCC.
25

Tabela 03 – Diagnóstico, autor/ano e técnicas

Autor / Ano Diagnóstico Técnicas utilizadas


AFSHARI, et al., Ansiedade de Psicoeducação, Coping Cat, Relaxamento
2014 Separação

SCHNEIDER, et al., Ansiedade de Psicoeducação, Reestruturação cognitiva (reformulando


2013 Separação crenças irracionais), estratégias de enfrentamento e exposição.
SANTUCCI, MAY- Ansiedade de Psicoeducação, gerenciamento de ansiedade, reestruturação
EHRENREICH, Separação cognitiva, resolução de problemas, exposição (inerente à
2013 separação), recompensas, e prevenção de recaída.
SCHNEIDER, et al., Ansiedade de Psicoeducação da criança e dos pais, identificação da
2011 Separação ansiedade através de sinais do corpo, e a interação entre
pensamentos, sentimentos e ações. Baralho das emoções,
reestruturação cognitiva e exposições in vivo.
ARAÚJO, 2011 Fobia Específica Psicoeducação, dessensibilização sistemática, exposição ao
Vivo, técnicas de respiração e relaxamento autógeno,
reestruturação cognitiva.
REMOR, 2000 Fobia Específica Psicoeducação, relaxamento, dessensibilização sistemática em
imaginação, reestruturação cognitiva, e auto-exposição in
vivo.
LEUTGEB, et al., Fobia Específica Psicoeducação, exposição via fotos e ao vivo e reestruturação
2012 cognitiva.
ANDERSSO, et al., Fobia Específica Psicoeducação, exposição, reestruturação cognitiva.
2009
ITO, et al., 2008 Fobia Social Treino de relaxamento, treino de habilidades sociais, tarefas
de exposição ao vivo.
DEL REY, et al., Fobia Social Psicoeducação, técnicas de reestruturação cognitiva e
2008 exposição.
D’El REY et al., Fobia Social Exposição e reestruturação cognitiva
2007
MULULO et al., Fobia Social Exposições, treino de Habilidades sociais, relaxamento,
2009 reestruturação cognitiva, treino em tarefa de concentração.
Medicamento.
PRIULI, 2004 Fobia Social Psicoeducação, reestruturação Cognitiva, Exposição
imaginária.
D’EL REY; Fobia Social Psicoeducação, reestruturação cognitiva e exposição ao vivo.
PACINI, 2005
HELDT et al., 2008 Transtorno do Técnicas de Relaxamento (Relaxamento muscular e
Pânico Respiração Diafragmática), exposição interoceptiva,
exposição ao Vivo, Reestruturação Cognitiva.
SHINOHARA, 2005 Transtorno do Psicoeducação, relaxamento progressivo, reestruturação
Pânico cognitiva, respiração diafragmática, treinamento de
habilidades sociais, exposição gradual, técnica da distração.
KING, et al., 2011 Pânico e Agorafobia Psicoeducação, respiração diafragmática e relaxamento
muscular, desensibilização sistemática, exercícios de indução
de sintomas, exposição interoceptiva, exposição "in vivo".
KING, et al., 2012 Pânico e Agorafobia Psicoeducação, exercícios de indução dos sintomas, exercícios
de reeducação da respiração e exercícios de relaxamento
muscular, reestruturação cognitiva + Medicamento.
KING, et al., 2007 Pânico e Agorafobia Psicoeducação, técnicas de respiração, relaxamento muscular
e exercícios específicos e controlados de indução dos
26

sintomas que expõem o paciente às próprias sensações físicas,


exposição in vivo, reestruturação das cognições distorcidas
+Medicamento.
ANNICCHINO; Transtorno de Psicoeducação, treino de relaxamento, reestruturação
MATOS, 2007 Pânico e Ansiedade cognitiva, exposição interoceptiva, reestruturação de crenças
de Separação perfeccionistas e de padrões de comportamento não assertivo.

SARDINHA, et al., Pânico e Reestruturação cognitiva, psicoeducação sobre os sintomas de


2011 Agorafobia. ansiedade, técnicas de relaxamento e respiração
Comorbidade com diafragmática, exposições imaginárias, exposições ao vivo em
TAG e TDAH situações evitadas e exposições interoceptivas.
OLIVEIRA, 2011 TAG Psicoeducação, a conceituação cognitiva, a reestruturação
cognitiva, o teste de evidências, a análise das vantagens e
desvantagens das tomadas de decisões e resolução de
problemas.
FEITEN, et al., 2012 TAG Psicoeducação, o trilho dos meus medos, balões de
pensamentos, RPD, Baralho das emoções, termômetro do
medo, e experimento comportamental com a elaboração de
um vídeo.
NADORFF, et al., TAG Psicoeducação, aumento da consciência de ansiedade, treino
2012 de relaxamento, terapia cognitiva, terapia de exposição,
resolução de problemas e higiene do sono.
NEWMAN;FISHER, TAG Psicoeducação, auto-monitorização e identificação precoce de
2013 sinais de ansiedade, tarefas de casa, e revisão de lição de casa.
Um grupo (CT) implicou a análise lógica, análise de provas e
probabilidades, a rotulagem de erros lógicos,
descastatrofização, geração de pensamentos e crenças
alternativas, escuta de suporte. Além de incluir a escuta de
suporte, outro grupo (SCD) envolveu relaxamento
progressivo, respiração diafragmática, relaxamento
imaginário, relaxamento meditação, dessensibilização. O
grupoTCC continha todas as técnicas de tratamento em CT e
SCD, mas não apresenta nenhum elemento de suporte
incluído escuta.
MAIA, 2013 Transtorno Psicoeducação, reestruturação cognitiva, mudança de hábitos
depressivo unipolar. comportamentais no contexto do tratamento de exposição
TAG, Pânico, (enfrentar os medos e aprender novos hábitos), treinamento de
Ansiedade social e Assertividade, exposição ao vivo.
estresse pós-
traumático.
TAG: Transtorno de ansiedade generalizada
27

Figura 01 – Estudos versus Técnicas

É possível observar que a técnica mais utilizada em todos os estudos (n=26) foi a
técnica da Reestruturação Cognitiva e exposição/Dessenssibilização ao vivo e/ou imaginária,
cada uma encontrada em 92% dos estudos, seguida da técnica de psicoeducação em 85% dos
trabalhos, relaxamento corporal e/ou respiração em 54%, exposição interoceptiva em 23%,
Resolução de Problemas, Habilidades Sociais e Assertividade em 12% dos trabalhos cada
uma, Baralho das emoções em 8%. Prevenção de Recaída, higiene do Sono, técnica da
distração, treino de Concentração, teste de Evidências, conceituação cognitiva, análise de
vantagens e desvantagens e rotulagem dos erros cognitivos foram as técnicas menos
utilizadas, correspondendo 4% cada uma.
28

Tabela 04 - Estudos, sintomas residuais e eficácia da TCC no tratamento.

Autor / Ano Diagnóstico Eficaz? Sintomas


Residuais
AFSHARI, et al., 2014 Ansiedade de Separação SIM N/I
SCHNEIDER, et al., 2013 Ansiedade de Separação SIM N/I
SANTUCCI, MAY- Ansiedade de Separação SIM N/I
EHRENREICH, 2013
SCHNEIDER, et al., 2011 Ansiedade de Separação SIM NÃO
ARAÚJO, 2011 Fobia Específica SIM NÃO
REMOR, 2000 Fobia Específica SIM NÃO
LEUTGEB, et al., 2012 Fobia Específica SIM SIM
ANDERSSO, et al., 2009 Fobia Específica SIM N/I
ITO, et al., 2008 Fobia Social SIM N/I
DEL REY, et al., 2008 Fobia Social SIM NÃO
D’El REY et al., 2007 Fobia Social SIM SIM
MULULO et al., 2009 Fobia Social SIM SIM
PRIULI, 2004 Fobia Social SIM SIM
D’EL REY; PACINI, 2005 Fobia Social SIM SIM
HELDT et al., 2008 Transtorno do Pânico SIM SIM
SHINOHARA, 2005 Transtorno do Pânico SIM N/I
KING, et al., 2011 Pânico e Agorafobia SIM N/I
KING, et al., 2012 Pânico e Agorafobia SIM N/I
KING, et al., 2007 Pânico e Agorafobia SIM NÃO
ANNICCHINO; MATOS, 2007 Transtorno de Pânico e Sintomas de SIM N/I
Ansiedade de Separação
SARDINHA, et al., 2011 Pânico e Agorafobia. Comorbidade SIM SIM
com Transtorno da Ansiedade
Generalizada e Transtorno do Déficit
de Atenção e Hiperatividade.
OLIVEIRA, 2011 Transtorno de Ansiedade Generalizada SIM SIM
FEITEN, et al., 2012 Transtorno de Ansiedade Generalizada SIM N/I
NADORFF, et al., 2012 Transtorno de Ansiedade Generalizada SIM N/I
NEWMAN;FISHER, 2013 Transtorno de Ansiedade Generalizada SIM SIM
MAIA, 2013 Transtorno depressivo unipolar. SIM N/I
Transtorno de ansiedade
generalizada,transtorno do pânico,
transtorno de ansiedade
social,transtorno de estresse pós-
traumático
N/I: Não informado
29

É possível observar que a Terapia Cognitiva Comportamental, mostrou-se eficaz em


100% dos casos.
Vale mencionar que a eficácia foi categorizada a partir dos bons resultados obtidos
pelos participantes, ou seja, atingiu o objetivo de reduzir o sofrimento do portador do
transtorno ansioso.
Dos 26 estudos, 46.1 % deles não constam informações sobre sintomas após o término
do tratamento.
Em 19.2% dos estudos não houve sintomas residuais, ou seja, além de eficazes
mostraram-se tratamentos “bem completos”. E relacionam-se com os seguintes transtornos;
Ansiedade de Separação (1 estudo), Fobia específica (2 estudos), Fobia Social (1 estudo),
Transtorno do Pânico com Agorafobia (1 estudo).
Em 34.6% foram encontrados sintomas residuais após tratamento, sendo Fobia
específica (01 estudo), Fobia Social (4 estudos), Transtorno de Pânico (01 estudo), Pânico e
Agorafobia. Comorbidade com Transtorno da Ansiedade Generalizada e Transtorno do
Déficit de Atenção e Hiperatividade (01 estudo) e Transtorno de Ansiedade Generalizada (02
estudos) os transtornos tratados.

Tabela 05- Resultados/ Conclusão dos estudos.

Autor / Ano Resultados

AFSHARI, et al., Redução contínua na ansiedade de separação e sintomas totais de ansiedade.


2014
SCHNEIDER, et al., Os resultados de escalas de avaliação da ansiedade de separação indicaram melhora
2013 para ambos os grupos (Um grupo incluindo treinamento de exposição com os pais no
atendimento e outro apenas incluindo os pais ao final). Alguns pequenos efeitos que
favorecem o programa Taff (que inclui os pais). Ambos os programas de tratamento
permitiram reduzir as crenças disfuncionais parentais.
SANTUCCI, MAY- Reduções significativas na gravidade da Ansiedade de Separação e comprometimento
EHRENREICH, 2013 funcional e ansiedade.
SCHNEIDER, et al., Entre 91 e 100% das crianças classificaram-se ou foram classificados pelo pai, mãe ou
2011 terapeuta como muito ou muito melhor na classificação global de sucesso
imediatamente após o tratamento para ansiedade de separação. Além disso, os pais
relataram melhorias significativas na capacidade / dificuldade em importantes domínios
da vida da criança e da qualidade da criança de vida. Ganhos do tratamento foram
mantidos na avaliação de seguimento de 4 semanas.
ARAÚJO, 2011 Não apresentou mais nenhum resquício de fobia a injeção, sangue e ferimentos.
REMOR, 2000 A paciente passou a viajar de avião com menor custo emocional, diminuindo
consideravelmente a ansiedade, bem como a depressão associada. Não apresentava
mais sintomas que cumprisse os critérios diagnósticos para transtorno de ansiedade -
fobia especifica (tipo situacional). A ansiedade antecipatória que desencadeia a evitação
foi suprimida.
30

LEUTGEB, et al., Redução da ansiedade e alteração da função cerebral relacionada à fobia específica.
2012 Redução do medo, excitação, e nojo. Também conseguiram segurar uma aranha. Mas
com resquícios de medo.
ANDERSSO, et al., Houve melhora clinicamente significativa para a fobia específica
2009
ITO, et al., 2008 Níveis de desconforto nas situações sociais decresceram consideravelmente.

DEL REY, et al., 2008 Melhora significativa da fobia social. 91% dos participantes que receberam TCCG
responderam favoravelmente ao tratamento, ou seja, foram considerados como
“melhorado e muito melhorado”.
D’El REY et al., 2007 Diminuição nos escores de Medo, evitação das situações sociais e os sintomas
somáticos. Cinco pacientes do grupo não apresentavam mais sintomas compatíveis com
o quadro clínico de fobia social.
MULULO et al., 2009 Os estudos avaliados não demonstraram diferenças significativas entre a terapia
cognitiva e/ou comportamental e a farmacoterapia. Esses tratamentos combinados não
apresentaram maior eficácia do que as intervenções isoladamente. Quando comparada
ao grupo controle, a terapia cognitiva e/ou comportamental é eficaz na redução dos
sintomas de ansiedade social, tanto no seu formato padrão quanto nas novas formas de
intervenção. A exceção foi o treino em habilidades sociais, que, isoladamente, não se
mostrou eficaz. A terapia cognitiva e/ou comportamental também demonstrou ser
superior aos outros tipos de psicoterapias. A terapia cognitiva e/ou comportamental
mostrou-se eficaz na redução da ansiedade social. No entanto, a heterogeneidade dos
estudos avaliados, seja no que diz respeito a aspectos envolvendo o tratamento (duração
do tratamento e protocolos utilizados) ou os pacientes avaliados (gravidade e forma de
recrutamento), dificultaram a comparação dos resultados.
PRIULI, 2004 Rebaixamento do nível de ansiedade social para 50% e menor frequência de
comportamentos de segurança.
D’EL REY; PACINI, Um rápido progresso foi conseguido neste caso de fobia social. A paciente seguiu todas
2005 as instruções terapêuticas e manteve um registro completo de seu progresso. Foi capaz
de assinar seu nome em grandes lojas na presença de várias pessoas. Apenas níveis
baixos de ansiedade eram experienciados ao final do tratamento.
HELDT et al., 2008 73% sujeitos apresentaram ausência de ataques de pânico após 2 anos de terapia
realizada
SHINOHARA, 2005 Diminuição das respostas de fuga-esquiva e retorno aos hábitos de esportes, interações
sociais e viagens. Depois de quatro semanas, os ataques de pânico tinham reduzido para
a metade, até zerar no final do terceiro mês. Após o quarto mês, aceitou novo trabalho
que exigia esforço físico, exposição pública, viagens frequentes, altas expectativas e
exigências dos outros.
KING, et al., 2011 Os pacientes que receberam a terapia específica (TCC + medicamento) apresentaram
significativa redução dos ataques de pânico, ansiedade antecipatória, esquiva
agorafóbica e medo das sensações corporais em relação ao grupo sem a terapia. A
associação entre a terapia cognitivo-comportamental incidindo sobre queixas somáticas
e tratamento farmacológico foi eficaz.
KING, et al., 2012 Os pacientes responderam satisfatoriamente ao tratamento com técnicas da TCC,
reduzindo ansiedade, sintomas respiratórios e os ataques de pânico.
KING, et al., 2007 A paciente obteve remissão dos ataques de pânico e apresentou melhora significativa do
comportamento agorafóbico.
ANNICCHINO; Decréscimo dos graus de ansiedade de separação, pânico e depressão.
MATOS, 2007
31

SARDINHA, et al., Muitos ganhos terapêuticos foram obtidos com a TCC, alcançando melhora
2011 significativa para o TAG e o TDAH, a remissão dos ataques de pânico e da evitação
agorafóbica. Entretanto, mesmo após 2 anos de TCC, a paciente continuava a
experimentar ansiedade e a evitar situações que pudessem desencadear taquicardia,
como subir escadas, caminhar em ritmo normal ou praticar exercícios físicos. Foi
proposto 12 sessões de exposição interoceptiva. Após 12 sessões, pode-se observar uma
redução da ansiedade durante o exercício.
OLIVEIRA, 2011 Objetivos atingidos. Queda na ansiedade (TAG) de 8-10 para 3-5 pontos, ainda
sintomas de preocupações.

FEITEN, et al., 2012 Medos e pensamentos catastróficos do TAG foram reduzidos

NADORFF, et al., Redução significativa na ansiedade generalizada e na frequência sonho ruim. Assim, as
2012 intervenções para reduzir a ansiedade são uma abordagem potencialmente útil para o
tratamento de sonhos perturbadores e pesadelos em adultos mais velhos. OS resultados
demonstram que a TCC para a ansiedade reduz significativamente sonhos ruins em
idosos com, quando comparado com um tratamento de controle.
NEWMAN;FISHER, Houve melhorias significativas no tratamento de TAG que foram mantidas ao longo de
2013 um período de acompanhamento de 2 anos.
MAIA, 2013 No início do tratamento, os pacientes avaliados em ambos os grupos apresentaram
depressão e ansiedade generalizada variando de moderada a grave, de acordo com as
pontuações obtidas utilizando os inventários Beck. Após 12 sessões de tratamento com
TCC, todos os indicadores foram reduzidos, atestando a eficácia do protocolo e à sua
superioridade nas configurações do grupo em comparação com outras abordagens
clínicas. Os pacientes obtiveram bons resultados na eliminação e gestão de sintomas de
ansiedade e fobia, lidar com situações ansiogênicas, solução de problemas e restaurar
estados de humor anteriores.

Como é possível observar, em todos os transtornos ansiosos houve uma melhora no


quadro geral do paciente, confirmando a eficácia da abordagem.
Houve diminuição da ansiedade do quadro após Terapia Cognitiva Comportamental,
independentemente do tipo de transtorno e aumento da qualidade de vida como um todo.
32

5. DISCUSSÃO

Os resultados indicam a eficácia da abordagem cognitivo-comportamental, como já foi


evidenciada por diversos autores, como Dewes et al. (2010) em seu estudo de transtornos de
humor e ansiedade, Nascimento (2013) em seu estudo sobre TCC e Fobia Social e todos os
demais autores pesquisados em seus estudos de alguma forma demonstraram a eficácia desta
abordagem. Fica claro com os resultados analisados que os pacientes conquistaram
importantes avanços na minimização de seus sintomas e em alguns casos eliminando-os
completamente.
Percebe-se uma carência de informações no que diz respeito a sintomas residuais pós-
tratamento da TCC, visto que a maior parte dos estudos não trouxe esse tipo de informação o
que possibilitaria realizar análises, correlações com mais propriedade, e explicar as razões
para os sintomas residuais. Sabemos que muitas variáveis interferem neste resultado, a
quantidade de sessões, a metodologia e técnicas utilizadas, a “disponibilidade” do paciente
para a realização da terapia, qualificação do terapeuta na condução das sessões, a
identificação do paciente com a abordagem, e também o pós-terapia com a prevenção de
recaída, entre outras variáveis. Cabe dizer que para um tratamento cada vez mais eficaz, com
a menor quantidade de sintomas residuais ou nenhum talvez, seria necessário ampliar esta
pesquisa.
Interessante notar que dentre as técnicas utilizadas, em quarto lugar, está o
relaxamento (corporal e/ou respiração). Embora seja uma técnica que está dentro da categoria
de mais utilizada para ansiedade, acredita-se que estar presente em somente 54% (14 estudos
de 26) seja uma quantidade reduzida quando falamos de uma técnica tão importante,
constando como necessária nos protocolos de tratamento de todos os tipos de ansiedade.
Percebe-se também que as técnicas escolhidas para cada diagnóstico, nem sempre
contemplavam as técnicas dos protocolos, as melhores práticas para aquele diagnóstico. Por
exemplo, 03 estudos apenas utilizaram a técnica do treino de habilidades sociais, apesar de ser
uma técnica das mais sugeridas para tratamento de transtornos de Ansiedade Social
(LINCOLN & COLS, 2003 apud NASCIMENTO, 2013). Dos estudos abordados que tiveram
como alvo esse transtorno apenas dois utilizaram essa técnica (33%).
O estudo de Gavino (apud CABALLO, 1996) tentou encontrar técnicas específicas
para cada tipo de problema e chegou à correlação entre a técnica da Dessenssibilização e
Fobias, oporem com êxito abaixo de 100% (apresentando sintomas residuais). O autor explica
33

que as causas ainda não são claras, pois razões como inabilidade do terapeuta para aplicar a
técnica, diagnóstico inadequado, ou outras variáveis relacionadas ao terapeuta e/ou paciente
podem influenciar no resultado.
Como pode-se perceber na tabela 02 quanto ao tipo se sessão, a maior parte dos
trabalhos foi realizado de forma individualizada, sendo apenas dois estudos de forma grupal.
Quanto aos resultados, foram similar tanto individual quanto em grupo, com a diferença que
em grupo um dos estudos não trouxe informação de sintomas residuais e o outro não houve
sintomas residuais. Porém, mas como pela pequena amostra, não é possível mensurar ou
inferir de forma significativa se a modalidade grupal de tratamento mostra-se eficaz e/ou
superior quanto à modalidade individual.
Quanto à quantidade de sessões, mostrou-se uma questão relativa. No estudo de
Leutgeb, et al. (2012) sobre fobia específica, foram realizadas quatro horas de atendimento e
houve mudanças no quadro geral do paciente, embora ainda com resquícios de medo.
Andersson, et al. (2009) demonstra em seu ensaio sobre fobia específica a melhora
significativa do quadro dos pacientes com 12 horas de sessões.
Assim como também houve estudos, como o de Sardinha, et al.(2011), que relata o
caso de uma paciente com Transtorno de Pânico e Agorafobia, comorbidade com transtorno
da ansiedade generalizada e transtorno do déficit de atenção e hiperatividade, que mesmo
após dois anos de terapia ainda apresentava alguns sintomas de ansiedade, ou seja, a questão
do tempo é uma variável que depende de cada caso, que também depende do tempo individual
de cada paciente para a mudança e habilidade do terapeuta.
Acredita-se então que alguns tratamentos são mais adequados para determinados
problemas clínicos, com pessoas especificas, sob determinadas condições, ou seja, são
diversas variáveis que mostram o êxito da abordagem, como já dizia Gavino (apud
CABALLO, 1996). Para ele é importante conhecer o que favorece um resultado positivo no
trabalho terapêutico, elementos como terapeuta, pacientes, técnicas e problemas.
34

6. CONCLUSÃO

O presente estudo teve como objetivos investigar e analisar os resultados obtidos no


tratamento de Transtornos Ansiosos com TCC e se esta se mostra eficaz ou não.
Todos os estudos trouxeram efeitos terapêuticos positivos, independente da existência
de sintomas residuais ou não, os pacientes atingiram uma nova perspectiva, melhor qualidade
de vida e bem estar, ou seja, a abordagem mostrou-se eficaz.
Com base nas informações encontradas na literatura, considera-se que a abordagem
cognitiva-comportamental é eficaz. Porém o bom resultado e a manutenção dos ganhos do
processo terapêutico dependem de muitas variáveis (experiência do terapeuta, individualidade
do paciente, tempo de sessão, quantidade de sessão, formato, técnicas utilizadas etc), ainda
pouco estudadas, carecendo-se de mais estudos. Este é um campo fértil para futuras pesquisas.
Desta forma faz-se necessário, conhecer, estudar as variáveis envolvidas na conclusão
bem sucedida da TCC, com isso os profissionais que atuam na área podem realizar
planejamentos terapêuticos mais adequados, e por fim se aproximar cada vez mais da
capacidade de compreender, interpretar, criticar, resignificar e produzir conhecimento.
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REFERÊNCIAS

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APÊNDICE A – Termo de Responsabilidade Autoral

Termo de Responsabilidade Autoral

Eu, Elaine Paiva Silva, afirmo que o presente trabalho e suas devidas partes são de
minha autoria e que fui devidamente informado da responsabilidade autoral sobre seu
conteúdo.

Responsabilizo-me pela monografia apresentada como Trabalho de Conclusão de


Curso de Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental, sob o título “A Eficácia da
TCC em Transtornos Ansiosos: Uma revisão”, isentando, mediante o presente termo, o
Centro de Estudos em Terapia Cognitivo-Comportamental (CETCC) e meu orientador de
quaisquer ônus consequentes de ações atentatórias à "Propriedade Intelectual", por mim
praticadas, assumindo, assim, as responsabilidades civis e criminais decorrentes das ações
realizadas para a confecção da monografia.

São Paulo, __________de ___________________de______.

_______________________
Assinatura do (a) Aluno (a)

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