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Avaliação de Geografia do Trabalho, da Produção, da Circulação e da Troca.

As crises capitalistas apresentam certa peculiaridade em relação as crises dos modos de


produção que a precederam, é marcada, em especial, pela superprodução de valores de
uso, dos meios de produção e do trabalho. Segundo Marcelo Braz e José Paulo Netto,
historicamente, se, “na crise pré-capitalista, é a diminuição da força de trabalho (uma
epidemia ceifando vidas de trabalhadores) que ocasiona a redução da produção, na crise
capitalista ocorre exatamente o contrário: é o aumento da produção que ocasiona a
diminuição da força de trabalho utilizada (isto é, o desemprego) – o que numa é causa,
noutra é efeito. E há, sobretudo, uma diferença essencial: a crise capitalista aparece,
inversamente, à crise pré-capitalista, como uma superprodução de valores de uso – mais
precisamente: não há insuficiência na produção de bens, não há carência de valores de
uso; o que ocorre é que os valores de uso não encontram escoamento, não encontram
consumidores que possam pagar o seu valor de troca e, quanto isto se evidencia, os
capitalistas tendem a travar a produção; na crise capitalista, a oferta de mercadorias
torna-se excessiva em relação à procura (demanda) e, então, restringe-se ao limite a
produção” (BRAZ, Marcelo e NETTO, José Paulo. Economia Política: uma introdução
crítica. São Paulo: Editora Cortez, 2006, p. 158).

Em outras palavras, a crise do capital se manifesta como excesso de capital, de


mercadorias, bens serviços e força de trabalho que contraditoriamente são revertidos na
impossibilidade de realização dos valores produzidos social e economicamente. No
mesmo tom crítico que Braz e Netto (2006), Neil Smith (1988) identifica essa
contradição no “mesmo desenvolvimento histórico das forças produtivas que se torna a
alavanca da acumulação [que] também acarreta ‘o crescimento gradual de capital
constante em relação ao capital variável’- isto é, do capital investido em matérias-
primas, maquinaria, etc., em relação à força de trabalho – e uma vez que isto faz
encolher a base relativa da qual o lucro é produzido, isto deve necessariamente conduzir
a uma queda gradual da taxa de lucro. Por haver desenvolvimentos inerentes que
contrariavam essa necessidade, por exemplo uma taxa crescente de mais-valia /.../ que a
taxa de lucro decrescente é, sempre tão somente uma tendência. Além do impulso
imediato da acumulação, uma queda na taxa de lucro ‘acelera mais ainda a concentração
do capital e sua centralização através expropriação de capitalistas menores’. Isto dá um
impulso maior ao processo de acumulação, que leva finalmente à superacumulação.
Desse modo, a ‘taxa decrescente de lucro e a superprodução do capital originam-se das
mesmas condições’ e, por sua vez, levam a ‘crises violentas e agudas’, a súbitas e
poderosas desvalorizações (Entewertung à real estagnação e ao rompimento do processo
de reprodução e, assim, a uma relação queda na reprodução’)” (SMITH, Neil.
Desenvolvimento Desigual. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1988, p. 185).

De modo sintético, o processo de acumulação e reprodução do capital levam a crises


periódicas, cada qual com certos traços históricos particulares e com características
específicas, bem como com consequências sociais e geográficas explosivas. Partindo do
processo de acumulação e suas crises periódicas, apresente como Neil Smith descreve a
concentração e a centralização do capital, bem como a oposição crescente à
desconcentração/descentralização e à um aprofundamento das crises pautadas no
desigual desenvolvimento do modo de produção capitalista.

Trabalho de Geografia do Trabalho, da Produção, da Circulação e da Troca.


As bases da produção são rearticuladas de acordo com os processos econômicos e
sociais que emergem de diferentes modos de produção e no contexto determinado por
características históricas e sociais particulares. A respeito da composição da base
geográfica produzida socialmente e de sua tendência a desigualdade, Neil Smith (1988)
constata que no modo e sob as relações de produção capitalistas tal base é
“completamente uma parte integral do modo de produção, mais do que ocorreu com
qualquer modo de produção anterior” (SMITH, Neil. Desenvolvimento Desigual. Rio de
Janeiro: Bertrand Brasil, 1988, p. 151). Neste sentido, a dinâmica geográfica da
produção (incluindo nesta observação a produção do espaço) deve ser compreendida em
sua totalidade processual histórica e socialmente determinadas.

Quando analisa as características do período do grande crescimento econômico do


século XIX pautada na integração do mercado mundial entre 1848 e 1875, Eric
Hobsbawm (1996) verifica empiricamente o que Smith (1988) constata a partir da
tendência a desigualdade do desenvolvimento no interior da produção capitalista. A
respeito do período, em termos gerais, Hobsbawm observa que: “Poucos observadores,
em 1849, poderiam ter vaticinado que 1848 iria ser a última revolução geral no
Ocidente. As reivindicações políticas do liberalismo, do radicalismo democrático e do
nacionalismo, apesar de excluírem a ‘república social’, viriam a ser gradualmente
realizadas nos setenta anos seguintes na maioria dos países desenvolvidos sem maiores
distúrbios internos, e a estrutura social da parte desenvolvida do continente iria provar a
si mesma ser capaz de resistir às explosões catastróficas do século XX /.../ A razão
principal disso reside na transformação e expansão econômica extraordinárias dos anos
que meiam entre 1848 e início do 1870 /.../ Foi o período no qual o mundo se tornou
capitalista e uma minoria significativa de países ‘desenvolvidos’ transformou-se em
economias industriais” (HOBSBAWM, Eric. A era do capital. Rio de Janeiro: Paz e
Terra, 1996, p. 53-4).

A luz das contradições que caracterizaram a “expansão econômica extraordinária”


do período destacado e de seu desenvolvimento desigual, exponha os pormenores
desta expansão e como a mesma levou a formação de um “mundo unificado” do
ponto de vista da integração contraditória promovida pela economia capitalista.

A expansão econômica extraordinárias entre 1848 e o início da década de 1870,


foi o período no qual o mundo tornou-se capitalista e uma minoria significativa de
países "desenvolvidos" transformou-se em economias industriais. As principais
consequências políticas desse grande boom econômico foram o aumento do apoio aos
governos das economias industriais, o que levou a grandes períodos de estabilidade
política; e o distanciamento geral das massas de políticas e movimentos revolucionários.
Ajudada pelo crescimento económico rápido e praticamente ininterrupta e de
desenvolvimento entre os anos 1840 e 1870, os governos foram encontrados fortemente
apoiado nas suas políticas, enquanto os movimentos revolucionários e de trabalho
perdeu o poder porque suas idéias passaram a falta de consenso e o descontentamento
em massa necessário para ser realizado. No contexto da melhoria econômica, teria sido
impossível encontrar apoio para mudanças drásticas como as propostas pela oposição
revolucionária.
Primeiro deve-se mencionar que foi nesse período que o mundo se tornou
capitalista e uma minoria significativa de países "desenvolvidos" tornou-se economias
industriais.

Antes de 1848, houve um forte contraste entre o aumento enorme e rápido no


potencial produtivo, isto quer dizer a capacidade de produção máxima que poderia ter-
de industrialização capitalista e sua incapacidade de expandir sua base, ou seja, o
mercado Com efeito, a industrialização capitalista cresceu dramaticamente, mas não
conseguiu expandir o mercado de seus produtos até então. Na época da Revolução
Industrial na Inglaterra, era a demanda que mais uma vez impulsionou esse crescimento.
Esse aumento necessário de demanda, impulsionado pela expansão do mercado alvo de
produção, deveu-se às melhorias e avanços tecnológicos na comunicação e no
transporte. Graças à pressão do próprio capital de negócios, começou a produção e
colocação maciça da estrada de ferro. Isso gerou uma revolução no transporte,
diminuindo as distâncias e permitindo o carregamento de mais bens entre lugares
distantes uns dos outros. Isso envolveu um grande aumento no mercado devido à
integração que ocorreu entre essas áreas que agora estavam subitamente conectadas. Ou
seja, graças à ferrovia, o comércio foi desenvolvido com áreas distantes dos centros de
produção, aumentando assim o mercado e fomentando o subsequente boom econômico.
No fundo, o navio a vapor e o telégrafo, que junto com a ferrovia representavam
os meios adequados de comunicação para os meios modernos de produção, ajudaram
nesse desenvolvimento.
Como segundo fator, as grandes descobertas do ouro são mencionadas. Isso
implicou um grande aumento na oferta monetária, gerando taxas de juros muito baixas
e, assim, estimulando o financiamento. Mas, mais importante, ter mais moeda em
circulação gerou um aumento nos preços e, como a inflação aumentou o benefício dos
produtores, isso os incentivou a realizar mais empreendimentos econômicos. Por causa
disso, ajudou a criar um sistema monetário estável e confiável que não causou
dificuldades para o comércio.
Finalmente, há o liberalismo político, voltado para a livre ação de fatores
econômicos. Hobsbawm diz que, embora seja claro que as ações da empresa privada
livre e liberdade económica em geral foi um estímulo do comércio e crescimento,
portanto, econômica, houve vários descontrolada até então, mesmo nos elementos do
mundo neoliberais atuais, tais como pode ser emigração ou movimento de capital, e que,
além disso, vários movimentos liberais não analisaram suas ações com complexidade
suficiente.
Neste momento o mundo emergiu economicamente unificado, o comércio entre
os países industrializados e aqueles que não foram aumentados consideravelmente. Essa
expansão geográfica foi acompanhada por um fator cultural, mas a ideia de trazer a luz
da civilização para o povo atrasado, isto é, para liderar a economia capitalista. O mundo
está unificado com as novas tecnologias de comunicação, as regiões isoladas começam
a desaparecer, as quais se tornam acessíveis, não por uma mera questão de distância,
mas por uma questão de tempo cujas dimensões foram consideravelmente reduzidas,
especialmente com a grande quantidade de carga que poderia ser transportada em menor
quantidade de tempo, por sua vez, essas obras de engenheiros aumentaram o desejo por
novas explorações e descobertas dentro desses símbolos que encontraram o Canal de
Suez e o Canal do Panamá. Desta forma, a terra representada pelo trem se juntou aos
portos, e eles ligaram aquele porto que era o lugar de ancoragem da produção interna e
o levaram para o mundo.
Neste período, também foi desenvolvida a comunicação telegráfica, que permitiu
aos grandes Estados, territorialmente falando, comunicar seus interiores e melhorar sua
administração, e a imprensa mundial também começou a se desenvolver. As
comunicações encorajaram a abordagem econômica e as ações econômicas e, assim, o
ciclo comercial em seu tempo de depressão não afetou uma única área, mas o mundo
inteiro, como foi a depressão de 1857.

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