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ÍNDICE
1.INTRODUÇÃO ........................................................................................................................... 3
2.Fundamentação teórica ................................................................................................................ 4
2.1.Direito Fiscal e seu Conceito ................................................................................................ 4
2.2.Concepções de alguns autores acerca do direito fiscal ......................................................... 4
2.3.O direito fiscal e sua natureza ............................................................................................... 5
2.4.O direito fiscal e sua autonomia ............................................................................................ 6
3.Princípios do direito fiscal ........................................................................................................... 6
3.1.O princípio da neutralidade ................................................................................................... 7
3.2.O princípio da equidade ........................................................................................................ 7
3.3.O princípio da não discriminação.......................................................................................... 7
3.4.O princípio da territorialidade ............................................................................................... 8
3.5.O princípio da residência....................................................................................................... 8
3.6.O princípio da nacionalidade................................................................................................. 9
3.7.O princípio da transparência ................................................................................................. 9
3.8.O princípio da simplicidade ................................................................................................ 10
3.9.O princípio da reciprocidade ............................................................................................... 10
3.10.O princípio da eficiência ................................................................................................... 10
Conclusão...................................................................................................................................... 11
Bibliografias .................................................................................................................................. 12
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Sergio Alfredo Macore 2018
1.INTRODUÇÃO
O Direito pode ser definido como um conjunto de princípios universais, imutáveis, superiores ou
normas jurídicas inerentes à própria condição humana; anterior ao homem e situa-se acima dele.
É eterno; não é racional; é fundamento do direito positivo.
Direito Fiscal é o conjunto das leis reguladoras da arrecadação dos tributos, bem como de sua
fiscalização. Regula as relações jurídicas estabelecidas entre o Estado e o contribuinte, no que se
refere à arrecadação dos tributos.
Dai que, o Estado, assim como qualquer indivíduo, necessita de meios económicos para
satisfazer as suas actividades, sendo que o indivíduo, de modo geral, tem entre as suas fontes de
arrecadação de recursos, a venda da sua mão-de-obra, enquanto o Estado, para o cumprimento
das suas obrigações, consegue obtê-las através da tributação do património dos particulares, sem,
contudo, na maioria das vezes, efectuar uma contraprestação equivalente ao montante
arrecadado.
A Constituição Moçambicano, trata da questão tributária de forma genérica e a sua forma mais
abrangente encontra-se na lei complementar, conhecida como Código Tributário Nacional. O
sistema fiscal está contido na constituição da república, abrangido pelos artigos 145 a 169.
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2.Fundamentação teórica
Em sua actividade financeira, o Estado necessita captar recursos materiais para manter sua
estrutura, disponibilizando ao cidadão-contribuinte os serviços que lhe compete, como autêntico
provedor das necessidades colectivas.
Sousa, o Direito fiscal é “(...) o ramo do direito público que rege as relações jurídicas entre os
Estados e os particulares, decorrentes da actividade financeira do Estado no que se refere à
obtenção de receitas que correspondam ao conceito de tributos”.
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A relação jurídica é polarizada, sobressaindo:
Tal invasão é inexorável, não havendo como dela se furtar excepto se o tributo apresentar-se
ilegítimo, i.e., fora dos parâmetros impostos pelas normas tributárias, mostrando-se
inconstitucional, o que poderá ensejar a provocação do Poder Judiciário, no intuito de que se
proceda à correcção da situação antijurídica.
O Direito fiscal pode ser classificado como ramo jurídico pertencente ao direito público, com a
figura do Estado sempre presente em um dos pólos da relação jurídica e sempre em situação de
superioridade jurídica perante o particular, haja vista o interesse de tutela jurídica de
compulsoriedade. “a preponderância do interesse colectivo no direito dos tributos é evidente, daí
derivando o carácter cogente de suas normas, interrogáveis pela vontade dos sujeitos da relação
jurídico-tributária”.
“Torna-se evidente que a noção de verticalidade própria da “desigualdade jurídica”, que marca as
relações de direito público, em contraponto à horizontalidade, adstrita à “igualdade jurídica”, é
fácil perceber que o interesse público deve prevalecer sobre o interesse particular, na seara da
tributação, desde que se respeitem os direitos e garantias individuais”.
A classificação do Direito fiscal como ramo do direito público, conquanto antiga e didáctica, é
meramente utilitária, nem sempre oferecendo um parâmetro certeiro de discriminação, no cotejo
entre aquilo que é “público” e o que é, de facto, “privado”. Aliás, tem-se evidenciado
hodiernamente a necessidade de relativização da mencionada distinção, haja vista a notória
publicitação do direito privado.
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2.4.O direito fiscal e sua autonomia
O Direito FISCAL desfruta de autonomia perante os demais ramos jurídicos. Apresenta-se, como
um direito autónomo, em face da homogeneidade de sua estrutura normativa e de seus preceitos
elementares. Frui uma autonomia dogmática ou científica NOUGUEIRA (1995) afirma que “foi
especialmente depois da I Guerra Mundial que o Direito fiscal veio alcançar a situação de ramo
jurídico autónomo, pelo conteúdo e pela forma, que hoje incontestavelmente possui”.
Segundo TEIXEIRA (2010), “Adam Smith em sua obra, em 1976 apresentava a Riqueza das
Nações quatro axiomas fundamentais:
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3.1.O princípio da neutralidade
Nos dias actuais, o principal foco dos sistemas fiscais é ser ‘neutral’: eliminação de impostos que
penalizem de forma desigual, ou seja, mais uma pessoa em relação a outra. O imposto ideal será
aquele que retira do contribuinte em proporção da sua riqueza ou despesa, de modo a que altere
ao mínimo o seu padrão de comportamento.
Não existe uma definição única de equidade. Para Adam Smith, cita Teixeira, por exemplo, um
sistema fiscal equitativo seria aquele no qual o contribuinte contribuiria em função dos
benefícios que retirasse do uso de serviços públicos.
“O princípio da equidade também logra aplicação no âmbito internacional. Este princípio indica
uma distribuição justa do rendimento entre países importadores e exportadores (‘inter-country
equity’)”.
Até o presente, ainda não foi possível definir de maneira clara e objectiva os contornos deste
importante princípio. Este tem assumido um papel proeminente no contexto da política fiscal
Moçambicano. Trata-se de um princípio que só ganha efeito útil quando confrontado com o caso
concreto.
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1) Territorial
2) Residência do contribuinte
3) Nacionalidade
Uma vez definidas as fronteiras da sua jurisdição, a maioria dos Estados distingue entre os
contribuintes sujeitos a essa jurisdição e contribuintes que não caem sob a alçada da sua
soberania fiscal.
De acordo com este princípio e ressalvando as excepções reconhecidas pelo Direito Internacional
Público, os Estados exercem a sua jurisdição fiscal sobre todos os bens, pessoas e transacções
conectadas com o seu território. Deste modo, o Estado pode tributar qualquer actividade de
qualquer contribuinte dentro do seu espaço territorial independentemente da ‘filiação’ do sujeito
à sua jurisdição (e.g. critérios como o de residência ou nacionalidade não são tomados em
consideração para efeitos fiscais).
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contribuinte poderá ver a sua carga fiscal diminuída. A maioria dos países adopta este princípio
internacional de tributação. “O princípio da residência é definido no CIRC com base em dois
critérios, o da sede e o critério da direcção efectiva”.
Através deste princípio, o Estado da nacionalidade exerce plena jurisdição fiscal sobre o
contribuinte. Rendimentos obtidos noutros Estados, são tributados também pelo Estado da
nacionalidade do contribuinte.
Este princípio assume uma abrangência jurisdicional máxima, colidindo com os princípios da
residência e da territorialidade. Por exemplo, ainda que o contribuinte resida noutro Estado, e aí
esteja sujeito à jurisdição fiscal em consonância com o princípio da residência, a competência
jurisdicional fiscal permanece com o Estado da nacionalidade.
“Um sistema fiscal que se propõe ser transparente e simples tem de reduzir ao mínimo as
situações de excepção e abolir concomitantemente, o número de isenções específicas ou
casuísticas e a atribuição de benefícios fiscais a certos contribuintes ou transacções em
particular”.
O fenómeno da concorrência fiscal prejudicial tem vindo a ser analisado nomeadamente pelos
Estados dos chamados ‘ regimes fiscais preferenciais’. A noção de paraíso fiscal pressupõe a
existência de algum ou alguns dos seguintes factores:
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4. Ausência de prática efectiva ou real de actividades.
Um sistema fiscal deverá ser simples, e comummente aceite entre fiscalistas que o sucesso de um
sistema fiscal perpasse pela simplicidade.
“A reciprocidade pode ser geral, cobrindo o sistema fiscal na sua globalidade ou o tratado
globalmente considerado, ou específica, visando um tipo ou categoria específica de rendimento.
Pode ainda ser formal ou efectiva. Neste último caso, existe uma igualdade de cargas fiscais
efectivas.”
Para Adam Smith, o princípio da eficiência implicaria que os custos de incidência e cobrança
fiscal deveriam ser reduzidos ao mínimo. Numa acepção mais lata, poderá defender-se que um
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sistema fiscal eficiente deverá também tomar em consideração os princípios da simplicidade,
reciprocidade, transparência e, no contexto da constituição da república, o princípio da não
discriminação.
Conclusão
Chegando o fim deste trabalho, fica evidente de que, o sistema fiscal moçambicano, possui hoje
uma estrutura equiparável aos mais modernos sistemas fiscais, apresentando uma estrutura
tripartida, através da qual se tributa, separadamente, o rendimento, o consumo e o património.
Em qualquer caso, a actual configuração do sistema fiscal moçambicano é relativamente recente,
derivando da reforma de 2002, altura em que foi totalmente reformulado o sistema então vigente
e que apresentava, ainda, uma relevante matriz da pré-independência.
O estudo do Direito Fiscal Moçambicano, como ficou assentado nas linhas alhures tecidas, traz
consigo a importância de todos os conceitos que o estruturam, voltados para os princípios
norteadores de sua regência fiscal positiva, não se fazendo, olvidar que tais normas nunca se
desgarrarão dos princípios que regem o ordenamento comunitário europeu. Essa forma de
integração entre Estados-membros é o que dá sentido e homogeneidade ao ordenamento
comunitário.
Contudo, olvidar esses ensinamentos colocará em colapso todo um objectivo a ser atingido. O
progresso do direito fiscal comunitário passa pela execução efectiva e potencial de toda essa
principiologia adoptada pelos estados-membros, no caso particular de Moçambique.
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Bibliografias
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