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Departamento de História
Agnes e o Casamento
Socialmente menosprezadas
As vozes Femininas
Para as mulheres era praticamente negado o direito de acesso a educação, as únicas
mulheres que poderiam ser letradas naquela época eram aquelas ligadas as posições
clericais de destaque. A primeira virtude aprendida, e esta deveria ser ensinada às suas
filhas, era a virtude da obediência. Ainda assim as mulheres medievais tiveram espaço na
mística e na lírica da época.
Referências Bibliográficas:
Agnes:
Foi uma jovem inglesa, nascida em 1151, aos três anos de idade foi
prometida em casamento pelo seu pai e aos seis a criança passou a
conviver nas dependências da casa de seu prometido marido, com todas as
honras prometidas de uma esposa.
O homem com quem iria e casar, Aubrey de Vere, era então conde de
Oxford e tinha quarenta e sete anos de idade.
Faltava a consumação de seu casamento, quando em 1163, seu pai caiu em
desgraça e teve todos os seus bens confiscados. Agnes tinha então doze
anos de idade e foi repudiada pelo futuro marido.
Diante da atual situação, Agnes foi reivindicar seus direitos na justiça ao
bispo de Londres, forçando os Vere a passar por um processo judicial.
Em 1166 o caso foi levado a julgamento em Roma e permaneceu em aberto
por seis anos. Durante os seis anos Agnes foi mantida presa por Aubrey
Vere dentro de uma torre na expectativa que ela desistisse.
Por fim, em janeiro de 1172, o Papa Alexandre II decidiu dentro de um
prazo de 20 dias que o conde teria que aceitá-la como esposa, tratá-la com
o devido respeito, compartilhando a mesa e o leito. O conde acatou a
decisão e o casamento se consumou.
Na ocasião Vere tinha sessenta e dois anos e Agnes vinte um, eles tiveram
cinco filhos e deram origem a casa de Oxford.
A história da condessa Agnes retrata os aspectos de uma sociedade feudal
europeia onde os laços de conjugais e a afetividade não eram sinônimos
naquela época. Embora a igreja não medisse esforços para tornar a união,
entre homens e mulheres perante ao casamento, indissolúvel. As mulheres
permaneciam presas no seio familiar sendo elas filhas, esposas ou viúvas.
As mulheres tinham suas vidas restritas as dependências da casa de família,
governada sempre por uma figura masculina - o pai, o marido ou o sogro – eram
proibidas de participar de cargos políticos, jurídicos, administrativos e religiosos
da sociedade, era proibida inclusive de falar em locais de culto religioso.
O casamento era propriamente um negócio, e a mulher mercadoria de troca para
acordos comerciais. As relações conjugais e afetivas não eram sinônimos nessa
época.
Realidades sociais e atividades profissionais
Representações femininas
As mulheres comparecem com frequência no repertorio das imagens do
medievo;
Representadas em variadas situações do cotidiano;
Os traços de idealização eram bem mais acentuados quando se tratava de
apresentar o seu retrato moral.