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Universidade Federal de Pernambuco

Centro de Filosofia e Ciências Humanas

Departamento de História

História da Idade Media

Docente: Prof. Dr. Christine P. Y. Rufino Dabat

Discentes: Milenna Beatriz Santiago

Willams Fernando Santos

Roteiro de apresentação: “Mulheres na Idade Média”, 11 de junho de 2018.

Eixo temático: “As Mulheres e as Implicações de Gênero na sua Atividade Social


Durante a Idade Média “

“a palavra História embora pertença ao gênero feminino, costuma ser pensada em


temos masculinos. Seu estilo em geral privilegia os homens – e nem todos – enquanto as
mulheres são aprisionadas em categorias vagas e imprecisas como “humanidade”,
“homens” e “pessoas”. (MACEDO RIVAIR, Jose – A Mulher na Idade Média, pág. 9)

Obra proposta para a abordagem temática central: “A Mulher na Idade Média”,


do autor Jose Rivair Macedo.
Introdução

O texto busca uma breve contextualização da situação social atuante da mulher na


Idade Média entre os séculos V e XV. Traz a organização das estruturas sociais mais
importantes diante do papel social feminino, o casamento e a família, sem sequência
discorre sobre a atuação das mulheres em diferentes âmbitos de classe e realidades
sociais. É importante frisar que essas narrativas só são possíveis graças a mínima
contribuição de homens em suas abordagens sobre a sociedade medieval, em especial
homens cristãos, que viam os registros sobre o universo feminino como um princípio
ético.

Agnes e o Casamento

Traz a abordagem da condição do casamento para a mulher, suas obrigações e


tormentas dentro do matrimônio. Agnes foi prometida em casamento pelo seu pai aos três
anos de idade. Aos seis e ainda uma criança passou a morar com a família do seu
prometido marido. Seu caso é um dos poucos mais bem documentado de uma mulher que
foi repudiada pelo marido na história das mulheres medievais.

O Livro das Três Virtudes

Esse tópico visa apresentar as distintas relações sociais e profissionais das


mulheres, levando em consideração, suas realidades adversas e o privilégio de classe
garantido para algumas.

Socialmente menosprezadas

Um relato da condição e situação de mulheres vistas com preconceito pela


sociedade da época. Essas mulheres foram marginalizadas e segregadas, algumas em
razão do sexo e outras por pertencerem a grupos mal enquadrados ou rechaçados pela
sociedade dominante.

Imaginário Social da Mulher

Acerca das representações morais e estéticas das mulheres, tratam-se de


representações que nem sempre condizem com a realidade. Uma descrição do
comportamento feminino ligado aos critérios morais e religiosos. Os traços desse ideário
são muito mais acentuados quando se trata de um retrato moral.

As vozes Femininas
Para as mulheres era praticamente negado o direito de acesso a educação, as únicas
mulheres que poderiam ser letradas naquela época eram aquelas ligadas as posições
clericais de destaque. A primeira virtude aprendida, e esta deveria ser ensinada às suas
filhas, era a virtude da obediência. Ainda assim as mulheres medievais tiveram espaço na
mística e na lírica da época.

Referências Bibliográficas:

MACEDO RIVAIR, Jose. A Mulher Medieval – A mulher e a família, Realidades sociais


e atividades profissionais, Exclusão preconceito e marginalidade – Repensando a
História, Editora Contexto 1° edição, 1990.
Casamento e Família

 Agnes:
 Foi uma jovem inglesa, nascida em 1151, aos três anos de idade foi
prometida em casamento pelo seu pai e aos seis a criança passou a
conviver nas dependências da casa de seu prometido marido, com todas as
honras prometidas de uma esposa.
 O homem com quem iria e casar, Aubrey de Vere, era então conde de
Oxford e tinha quarenta e sete anos de idade.
 Faltava a consumação de seu casamento, quando em 1163, seu pai caiu em
desgraça e teve todos os seus bens confiscados. Agnes tinha então doze
anos de idade e foi repudiada pelo futuro marido.
 Diante da atual situação, Agnes foi reivindicar seus direitos na justiça ao
bispo de Londres, forçando os Vere a passar por um processo judicial.
 Em 1166 o caso foi levado a julgamento em Roma e permaneceu em aberto
por seis anos. Durante os seis anos Agnes foi mantida presa por Aubrey
Vere dentro de uma torre na expectativa que ela desistisse.
 Por fim, em janeiro de 1172, o Papa Alexandre II decidiu dentro de um
prazo de 20 dias que o conde teria que aceitá-la como esposa, tratá-la com
o devido respeito, compartilhando a mesa e o leito. O conde acatou a
decisão e o casamento se consumou.
 Na ocasião Vere tinha sessenta e dois anos e Agnes vinte um, eles tiveram
cinco filhos e deram origem a casa de Oxford.
 A história da condessa Agnes retrata os aspectos de uma sociedade feudal
europeia onde os laços de conjugais e a afetividade não eram sinônimos
naquela época. Embora a igreja não medisse esforços para tornar a união,
entre homens e mulheres perante ao casamento, indissolúvel. As mulheres
permaneciam presas no seio familiar sendo elas filhas, esposas ou viúvas.
 As mulheres tinham suas vidas restritas as dependências da casa de família,
governada sempre por uma figura masculina - o pai, o marido ou o sogro – eram
proibidas de participar de cargos políticos, jurídicos, administrativos e religiosos
da sociedade, era proibida inclusive de falar em locais de culto religioso.
 O casamento era propriamente um negócio, e a mulher mercadoria de troca para
acordos comerciais. As relações conjugais e afetivas não eram sinônimos nessa
época.
 Realidades sociais e atividades profissionais

 As mulheres da elite e do povo tiveram distintas experiências de vida e


ocupavam variadas posições da sociedade medieval.
 Além das estratificações sociais as mulheres medievais se distinguiam
entre meninas, moças, velhas, solteiras, casadas, viúvas, laicas, religiosas,
rainhas, princesas, damas, virgens, camponesas, artesãs...
 Na sociedade medieval as distinções sociais foram sempre tão fortes
quanto as sexuais, e a opressão era muitas vezes exercida por mulheres
poderosas sob suas dependentes.
 Pode-se dizer que as mulheres atuaram em todas as esferas da sociedade
de forma variável e multável.
 Camponesas – constituíam um grupo numeroso, quase nunca apareciam
nos documentos do período, sua força de trabalho era a mais importante
na economia rural.
 Senhoras – eram o alicerce da casa senhorial, responsáveis pela
organização, administração dos trabalhos domésticos, controlar e
supervisionar o abastecimento da casa em geral.
 Domésticas – mulheres “criadas” recrutadas da zona rural para a prática
do trabalho servil e escravo associadas a uma família por tempo
indeterminado perante um contrato, vendidas e compradas como
mercadoria.
 Artesãs – jovens moças aprendizes que trabalhavam na indústria de
tecelagem, desenvolviam a técnica para ajudar a complementar a renda
doméstica de seus pais, marido ou até mesmo quando se tornavam viúvas
e trabalhavam para sobreviver. Talhavam também em oficinas artesanais
na fabricação de vestuário na época.
 Negociantes – mulheres de outra categoria social, parentes de grandes e
pequenos negociantes, atuavam como substitutas ou auxiliares dos
homens realizando desde pequenas transações comerciais a grandes
empreitadas.
 O livro das três virtudes – um tratado sobre educação e a arte de viver em
sociedade destinado as mulheres levando em conta a posição que
ocupavam na hierarquia social, escrito por Cristina Pisan, a escritora falou
sobre as virtudes da razão, retidão e justiça para oferecer recomendações
e ensinamentos tanto as poderosas, esposas de reis e de nobres, quanto as
humildes, mulheres simples do povo que trabalhavam dentro de fora do
lar.

 As mulheres marginais e excluídas


 Mulheres até certo ponto integradas na sociedade, porém mal aceitas e/ou
vítimas de preconceito, eram menosprezadas
 Não foram marginalizadas ou segregadas por conta do sexo, algumas
foram por pertencerem a grupos mal enquadrados ou rechaçados pela
sociedade dominante como judeus; mulçumanos; hereges; portadores de
doenças (leprosos); aqueles que apresentavam comportamentos
considerados anormais (suicidas, loucos); mulheres acusadas de praticar
bruxaria, feitiçaria, magia; prostitutas.

 Representações femininas
 As mulheres comparecem com frequência no repertorio das imagens do
medievo;
 Representadas em variadas situações do cotidiano;
 Os traços de idealização eram bem mais acentuados quando se tratava de
apresentar o seu retrato moral.

 A palavra e a voz das mulheres


 “A uma mulher não se deve ensinar a ler nem escrever.” – Filipe Novara
 Para Novara a primeira virtude a ser ensinada às filhas deveria ser a
obediência, pois as mulheres teriam sido feitas para obedecer.
 Não era bem-visto uma mulher saber ler e escrever, a não ser que entrasse
para a vida religiosas (noviças, freiras).
 Instruídas, ficariam a mercê os galanteios masculinos, seria mais difícil de
resistir.
 Se fosse pobre deveria saber como fiar e bordar, e teria necessidade de
trabalhar; sendo rica ainda assim deveria conhecer o trabalho para saber
como administrar e supervisionar os serviços domésticos e dependentes.
 Sendo a sociedade medieval iletrada, o acesso a letras e ao saber formal
era praticamente velado às mulheres, embora em pequena quantidade
houve mulheres letradas na idade média e com um discurso propriamente
feminino.

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