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Índice

1. Introdução ............................................................................................................................... 1
2. Objectivos ............................................................................................................................... 2
3. Teste de ajustamento ............................................................................................................... 3
3.1. Teste de ajustamento do Qui-quadrado ............................................................................ 3
3.1.1. Teste de adequação de ajustamento .......................................................................... 5
3.1.2. Teste de aderência ..................................................................................................... 6
4. Conclusão.............................................................................................................................. 11
5. Bibliografia ........................................................................................................................... 12
TESTE DE AJUSTAMENTO DO QUI-QUADRADO

1. Introdução

No âmbito da cadeira de Estatística e Probabilidades elaborou-se o presente trabalho que debruça


sobre Teste de Ajustamento do Qui-quadrado. Embora o trabalho aborde sobre o teste de
ajustamento do Qui-quadrado, será feita uma breve introdução sobre o teste de ajustamento em
geral de modo a contextualizar o trabalho.

O trabalho foi elaborado basicamente na base de fontes bibliográficas e na base da Internet. Ao


longo do trabalho o tema será detalhadamente abordado e por vezes apresentar-se-ão tabelas e
gráficos para melhor compreensão e exemplos para conciliar as teorias abordadas com exercícios
práticos.

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TESTE DE AJUSTAMENTO DO QUI-QUADRADO

2. Objectivos

Geral

Descrever os processos de determinação do teste de ajustamento do Qui-quadrado.

Específicos

 Apresentar conceitos básicos do teste de ajustamento;


 Descrever o teste de ajustamento;
 Descrever o teste de adequação de ajustamento;
 Descrever o teste de aderência.

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3. Teste de ajustamento

Quando se pretende testar a hipótese de que uma determinada amostra aleatória tenha sido extraída
de uma população com distribuição dada ou especificada usa-se o teste de ajustamento.

Seja, 𝑋1 , 𝑋2 , … 𝑋𝑛 uma amostra aleatória de uma população 𝑋 com uma função densidade de
probabilidade 𝑓 desconhecida as hipótese a testar são:

𝐻0 : 𝑋 tem função densidade de probabilidade f0 .

𝐻1 : 𝑋 nao tem funacao densidade de probabilidade f0 .

Ou, de modo mais simples:

𝐻0 : 𝑓(𝑥) = 𝑓0 (𝑥)

𝐻1 : 𝑓(𝑥) ≠ 𝑓0 (𝑥)

Com a função de probabilidade proposta 𝑓0 .

3.1. Teste de ajustamento do Qui-quadrado

O teste de ajustamento do Qui-quadrado é um teste de fácil construção e baseia-se na comparação


da distribuição dos dados da amostra (frequências observadas) com a distribuição teórica a qual se
supõe pertencer a amostra.

O teste de ajustamento do Qui-quadrado diferentemente dos outros testes de ajustamento, está


apenas orientado para grandes amostras.

Como na generalidade dos testes de ajustamento, as hipóteses a testar são 𝐻0 𝑒 𝐻1 .

A principal ideia do teste do Qui-quadrado é a seguinte: Considera-se uma amostra aleatória de 𝑛


elementos, extraída de uma população com distribuição desconhecida, sobre a qual se observa uma
característica qualitativa ou quantitativa. Os possíveis valores da característica em que se pretende
estudar são num primeiro passo, repartidos por 𝐴𝑖 classes mutuamente exclusivas, 𝐴1 , 𝐴2 , . . . , 𝐴𝑛
serão intervalos da recta real se a característica é quantitativa e contínua, de seguida calculam-se
as frequências absolutas observadas 𝑂𝑖 de classe 𝐴𝑖 . Onde:
𝑂𝑖 representa o numero de observações ou frequências observadas de a 𝐴𝑖 .

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E designaremos por: 𝑃𝑖 𝑒 𝑃0𝑖 probabilidade desconhecida de obter uma observação na classe 𝐴𝑖 e


probabilidade de obter uma observação na classe 𝐴𝑖 assumindo que a observação foi extraída de
uma população com a distribuição especificada em 𝐻0 .
O teste do Qui-quadrado é usado quando se pretende comparar frequências observadas com
frequências esperadas e pode ser:
 Teste de adequação do ajustamento;
 Teste de aderência;

Procedimentos para a realização de um teste Qui-quadrado


Para a realização de um teste Qui-quadrado devem se seguir os seguintes procedimentos:
1- Determinação das Hipóteses:
𝐻0 : 𝑂𝑖 = 𝑒𝑖 𝐻1 : 𝑂𝑖 ≠ 𝑒𝑖
2- Escolha do nível de significância (α)
3- Estatística de Cálculo
𝑚
2
(𝑂𝑖 − ℯ𝑖 )
𝑄𝑐𝑎𝑙 = 𝑋𝑐𝑎𝑙 =∑ se 𝛿 > 1
ℯ𝑖
𝑖=1

ou
𝑚
2
(|𝑂𝑖 − ℯ𝑖 | − 0,5)2
𝑄𝑐𝑎𝑙 = 𝑋𝑐𝑎𝑙 =∑ se 𝛿 > 1 (usa − se a corelação de Yates)
ℯ𝑖
𝑖=1

4- Estatística Tabelada
𝑄𝑡𝑎𝑏 = 𝑄𝜑,𝛼
𝛼 é o nível de significância;
𝜑 = 𝑛 − 1 é o grau de liberdade.
5- Comparar 𝑄𝑐𝑎𝑙 com 𝑄𝑡𝑎𝑏 e tirar conclusões.
O 𝑄𝑡𝑎𝑏 lê-se na tabela de distribuição Qui-quadrado.

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RA – Regia de Rejeição
RR – Região de Aceitação;

6- Conclusão:
Se 𝑄𝑐𝑎𝑙 ≤ 𝑄𝑡𝑎𝑏 ⇒ Aceita-se 𝐻0 ;
Se 𝑄𝑐𝑎𝑙 > 𝑄𝑡𝑎𝑏 ⇒ Rejeita-se 𝐻0 .

3.1.1. Teste de adequação de ajustamento

Sejam 𝐴1 , 𝐴2 , ⋯ , 𝐴𝑘 um conjunto de eventos possíveis da amostra de 𝑛 elementos.

Eventos Frequências Observadas


E1 O1
E2 O2
⋮ ⋮
Ek Ok
Total n

Este teste é indicado para verificar se as frequências observadas dos 𝑘 eventos (𝑘 classes em que
a variável é dividida) concordam ou não com as frequências teóricas esperadas.
As frequências esperadas 𝑒𝑖 são obtidas multiplicando-se o número total de elementos pela
proporção teórica da classe 𝑖.
𝑒𝑖 = 𝑛. 𝑝𝑖 .

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Para encontrar o 𝑄, necessita-se do nível de Significância (α) e dos graus de liberdade (φ), os quais
podem ser obtidos da seguinte forma:
1. 𝜑 = 𝑘 − 1, quando as frequências esperadas puderem ser calculadas sem que façam
estimativas dos parâmetros populacionais a partir das distribuições amostrais.
2. 𝜑 = 𝑘 − 1 − 𝑚, quando para a determinação das frequências esperadas, 𝑚 parâmetros
tiverem suas estimativas calculadas a partir das distribuições amostrais. Pearson mostrou
que, se o modelo testado for verdadeiro e se todas as 𝑒𝑖 ≤ 5% estas deverão ser fundidas
às classes adjacentes.

Exemplo: Apos uma pesquisa feita pelos estudantes de engenharia elétrica do 2° ano na cadeira
de estatística e probabilidades sobre os produtos que o super mercado do Songo oferece aos
residentes da vila, constatou-se que a demanda de um certo produto foi, em 22 semanas escolhido
ao acaso, a seguinte:

Número de unidades Número de


semanas
0 3
1 7
2 5
3 4
4 2
5 1
Será que tais observações foram extraídas de uma população com distribuição de Poisson?

Resolução:

Seja, 𝑋 demanda semanal, e 𝑓 a função de probabilidade de 𝑋,

1. As hipóteses:

𝐻0 : 𝑋 = 𝑃(𝜇), as observações foram extraídas com distribuição de Poisson;

𝐻0 : 𝑋 ≠ 𝑃(𝜇), não foram extraídas com distribuição de Poisson.

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2. Escolha de nível de significância:

𝛼 = 0.05

3. Escolha de estatística do teste:

É necessário estimar o parâmetro 𝜇, media da distribuição de Posson:

(0𝑥3 + 1𝑥7 + 2𝑥5 + 3𝑥4 + 4𝑥2 + 5𝑥1)


𝑥̅ = = 1.91
22

As probabilidades associadas a cada uma das classes supondo 𝐻0 verdadeira são obtidas a partir
da seguinte formula:

−𝑋
𝜇 −𝑋
𝑃𝑖 = ℯ
𝑋!

Assim, temos;

1.7˚
𝑃1 = 𝑃(𝐴1 \𝐻0 ) = 𝑃(𝑋 ∈ {0}\𝐻0 ) = 𝑃(𝑋 = 0) = 𝑓0 (0) = 𝑒 −1.7 = 0.148;
0!

1.71
𝑃2 = 𝑃(𝐴2 \𝐻0 ) = 𝑃(𝑋 ∈ {1}\𝐻0 ) = 𝑃(𝑋 = 1) = 𝑓0 (1) = 𝑒 −1.7 = 0.280;
1!

1.72
𝑃3 = 𝑒 −1.7 = 0.270;
2!

1.72
𝑃4 = 𝑒 −1.7 = 0.172;
3!

Resumindo os resultados subsequentes numa tabela temos:

Classes Frequência observadas 𝑃𝑖 = 𝑃(𝐴𝑖 \𝐻0 ) Frequências esperadas


ℯ𝑖 = 22. 𝑃𝑖
𝐴1 = {0} 3 0.148 3.256
𝐴2 = {1} 7 0.283 6.226
𝐴3 = {2} 5 0.270 5.940
𝐴4 = {3} 4 0.172 3.784
𝐴5 = {4} 2 0.082 1.804
𝐴6 = {5} 1 0.031 0.682
𝐴7 = {6,7 … } 0 0.010 0.220

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4. Distribuição amostral:

A estatística do teste Q, sob a hipótese 𝐻0 , tem aproximadamente distribuição Qui-quadrado


com 𝑚 − 𝑘 − 1 = 5 − 1 − 1 = 3 graus de liberdades.

5. Região de rejeição:

Com o nível de significância de 5%, o quantil de probabilidade 1 − 0.05, da distribuição 𝑋32 é


7.81, logo, a região critica é [7.81: +∞[.

O valor observado da estatística de teste será:

(3 − 3.256)2 (7 − 6.226)2 (5 − 5.940)2 (4 − 3.784)2 (2 − 1.804)2


𝑄𝑐𝑎𝑙 = + + + + = 0.299
3.256 6.226 5.940 3.784 1.804

𝑄𝑐𝑎𝑙𝑐𝑢𝑙𝑎𝑑𝑜 ∈ ]7.81; +∞[ , portanto, não rejeitamos a hipótese nula (𝐻0 )

6. Decisão:

Com esses resultados, conclui-se que há indícios de aquelas observações terem provindo de uma
população com distribuição de Poisson, ou seja, segue uma distribuição de Poisson.

3.1.2. Teste de aderência

É usada a estatística 𝑄 quando deseja se testar a natureza da distribuição amostral.


Por exemplo, quando se quer verificar se a distribuição amostral se ajusta a um determinado
modelo de distribuição de probabilidade (Normal, Poisson, Binominal, …), ou seja, verifica se a
boa ou má, aderência dos dados da amostra do modelo.

Exemplo: Deseja-se verificar o numero de acidentes semanalmente nas regioes sul e centro de
Moçambique. O numero de acidentes observado para cada provincia por semana é:

Provincia Numero de acidentes semanais

Maputo 35
Inhambane 10
Gaza 10
Sofala 30

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Manica 15
Tete 20
Zambezia 20

Hipoteses testadas:

𝐻0 : O numero de acidentrs não muda de acordo com a provincia.

𝐻1 : pelomenos uma das provincias tem numero diferente das outras.

𝑃𝑖 representa a a probabilidade de ocorrencia de acidentes na 𝑖 − é𝑠𝑖𝑚𝑎 provincia,

1
𝐻0 : 𝑃𝑖 = para todo 𝑖 = 1, … ,7
7

1
𝐻1 : 𝑃𝑖 ≠ para pelomenos um valor de 𝑖.
7

Total de acidentes das provincias: 𝑛 = 140.

Logo se 𝐻0 for verdadeira,

1
𝑒𝑖 = 140 ∙ = 20 , 𝑖 = 1, … ,7
7

Ou seja, esperamos 20 acidentes por provincia.

Provincia Nº de acidentes Nº esperado de


observados(𝐎𝐢 ) acidentes (𝐞𝐢)
Maputo 35 20
Inhambane 10 20
Gaza 10 20
Sofala 30 20
Manica 15 20
Tete 20 20
Zambezia 20 20

Calculo da estatistica de qui-quadrado

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(𝑜𝑖 − 𝑒𝑖 )2 (35 − 20)2 (10 − 20)2 (10 − 20)2
𝑄𝑜𝑏𝑠 =∑ = + + +
𝑒𝑖 20 20 20
𝑖

(30 − 20)2 (15 − 20)2 (20 − 20)2 (20 − 20)2


+ + = 27,50
20 20 20 20

Neste caso, temos 𝑄𝑜𝑏𝑠 ~𝑄6 , aproximadamente.

O nivel descrito é dado por 𝑃 = 𝑃(𝑄𝑜𝑏𝑠 ≥ 27,50) ≅ 0,00012

Conclusão: para ∝= 0,05 temos que 𝑃 = 0,0001 < ∝ Assim, há evidencias para rejeitarmos 𝐻0 ,
ou seja, concluimos ao nivel de significancia de 5% que o numero de acidentes não e o mesmo
em em todas as provincias.

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4. Conclusão

Apos finalizadas as pesquisas, chegou-se a conclusão de que a partir de um teste de ajustamento,


por vezes chamado de teste da bondade do ajustamento, pode se decidir se há ou não evidências
estatísticas de uma amostra aleatória retirada de uma dada população terem ou não providos de
uma população que seguem uma dada lei de distribuição.

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5. Bibliografia

[1]. REIS, Elizabeth, Et al. Estatística Aplicada - Volume 2. 4a Edição. Lisboa: Edições Sílabo,
Lda. 2008.

[2]. LOPES, Luís F. D. Lopes. Apostila de Estatística. Brasil. 2003.

[3]. SOUZA, Adriano Mendonça. Prova do Qui-quadrado. Disponível em


http://w3.ufsm.br/adriano/aulas/qq/pqq.pdf
[4]. ZAMBOM, Adriano. Bondade de Ajuste: Métodos não paramétricos. Disponível em
http://www.ime.unicamp.br/~zambom/me661/aula2.pdf
[5]. ESTEVES, E. & SOUSA, C. Testes de qualidade de ajustamento. 2007. Disponível em
http://w3.ualg.pt/~eesteves/docs/TestesQualidadeAjustamento.pdf
[6]. Testes de Hipóteses não paramétricos. Disponível em
http://www.mat.ufrgs.br/~viali/estatistica/mat2282/material/textos/Testes_Nao_Parametricos.pdf

Nota: Todas a pesquisas online foram feitas no dia16 de Maio de 2015.

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