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SUMÁRIO PÁGINA
1-Palavras Iniciais 1
2-Introdução aos Tratados Internacionais 2–5
3- A Convenção de Viena de 1969 e os Tratados 5–6
Internacionais
4- Conceitos relacionados ao Direito dos Tratados 6-9
5 – A processualística dos tratados internacionais 9 – 14
6 – Requisitos de Validade dos Tratados 15 - 20
7 – Lista de Questões e Gabarito 21 - 30
Vamos em frente!
Um abraço,
Ricardo Vale
ricardovale@estrategiaconcursos.com.br
http://www.facebook.com/rvale01
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1- INTRODUÇÃO AOS TRATADOS INTERNACIONAIS:
Com base essa definição, poderíamos ser levados a crer que apenas
os Estados podem celebrar tratados internacionais. No entanto, atualmente, já
é possível também que as organizações internacionais celebrem
tratados internacionais. Com efeito, foi celebrada, em 1986 a Convenção de
Viena sobre Direito dos Tratados entre Estados e Organizações Internacionais
ou entre Organizações Internacionais. Embora essa convenção não esteja em
vigor, sua aplicabilidade é reconhecida na condição de costume internacional.
1
!REZEK, Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar, 11ª Ed, rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2008, pp. 16-17.
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É importante termos em mente, também, que, ao celebrar um
tratado, os Estados e, eventualmente, as organizações internacionais, agem
com o ânimo de criar um vínculo jurídico-obrigacional entre si. É o que se
conhece por “animus contrahendi”, que qualifica os acordos destinados a
produzir efeitos jurídicos.
2
!REZEK, Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar, 11ª Ed, rev. e atual.
São Paulo: Saraiva, 2008, pp. 18-21. !
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Biológica, Convenção de Viena sobre o Direito dos Tratados, Convenção de
Viena sobre Relações Diplomáticas.
internacional, por meio do qual esta fica autorizada a estabelecer sua sede no
território daquele. As concordatas, por sua vez, são os tratados celebrados
pela Santa Sé.
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TRATADO INTERNACIONAL - Acordo celebrado por escrito
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- Capacidade contratante (6∃&#∀∗∋∃∋78∃9%:∃9;
dos Estados e
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das organizações internacionais
- Acordo regido pelo direito internacional
- Concluído em instrumento único ou em
dois ou mais instrumentos específicos
- Inexistência de denominação específica
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disposições de seu direito interno para justificar o inadimplemento de
um tratado. Em outras palavras, as regras positivadas em um tratado
internacional devem ser observadas pelos Estados, independentemente da
existência de normas de direito interno que a ela sejam contrárias.
Para que fique mais claro o que significa a adesão, vale a pena
ilustrarmos com um exemplo. Em 1992, foi celebrado por Brasil, Argentina,
Uruguai e Paraguai o Tratado de Assunção, que estabeleceu o MERCOSUL. A
Venezuela não participou das negociações do Tratado de Assunção, tampouco
o assinou. Entretanto, o Tratado de Assunção está aberto ao ingresso dos
demais membros da ALADI3, motivo pelo qual é possível a adesão da
Venezuela ao Tratado de Assunção.
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3
A ALADI é a Associação Latino-Americana de Integração, que se constitui no fórum
de negociações mais importante da América Latina.
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prática jurídica brasileira, todavia, os termos adesão e ratificação já esgotam
as formas pelas quais um Estado se manifesta definitivamente no plano
internacional. Entretanto, devido ao grande número de países envolvidos na
celebração da CV/69, cada um com um ordenamento jurídico, pareceu
interessante aos negociadores inserirem também o termo “aprovação”.
3.2- Reservas:
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Recorde-se que aprovação é ato por meio do qual o Congresso Nacional
autoriza a ratificação pelo Presidente da República. Nesse sentido, a própria
CV/69 autorizaria a aposição de reservas pelo Poder Legislativo.
3.3- Denúncia:
7
!MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público, 4ª ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 284.!
8
! REZEK, Francisco. Direito Internacional Público: curso elementar, 11ª Ed, rev.
e atual. São Paulo: Saraiva, 2008, pp. 111-112.!
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Para o exame da OAB, deve prevalecer o entendimento,
já cobrado em diversos concursos públicos, de que tanto
o Presidente da República quanto o Congresso
Nacional poderão denunciar um tratado internacional.
a) Negociações:
b) Adoção do texto:
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9
A versão autêntica do tratado é aquela que é efetivamente assinada pelas partes
contratantes. Já a versão oficial é aquela que resulta da tradução, para seu próprio
idioma, feita pelos Estados contratantes. As versões autênticas dos acordos da OMC
são em inglês, espanhol e francês. No entanto, existe a versão oficial dos acordos da
OMC em português.
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Tendo em vista a dificuldade de que um texto convencional seja
resultado da unanimidade da vontade das partes reunidas em uma conferência
internacional, o art. 9º da Convenção de Viena de 1969 estabeleceu o
seguinte:
c) Assinatura:
Nacional.”)
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poderes. 10 A solução jurídica para o problema não é, como se pode perceber,
dada pelo texto constitucional, mas sim por uma interpretação da Constituição
Federal à luz do princípio da razoabilidade e de um costume internacional já
positivado na CV/69. 11
10
Recorde-se que os chefes de missão diplomática e os representantes acreditados
junto a uma conferência ou organização internacional podem apenas adotar o texto de
um tratado.
11
!VARELLA, Marcelo Dias. Direito Internacional Público. São Paulo: Saraiva, 2009, pp. 43-
45.
12
!VARELLA, Marcelo Dias. Op. Cit. pp. 43-45.!
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que está em plena consonância com o moderno sistema de tripartição dos
poderes, que propugna pela existência de “freios e contrapesos”.
13
!A teoria do efeito útil prega que expressões ambíguas ou obscuras devem ser interpretadas
conforme o sentido que lhes atribua maior eficácia possível.
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o rejeita.14 Quando ele o aprovar, a palavra final caberá ao Presidente da
República, a quem cabe ratificá-lo.
f) Ratificação:
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como instrumento a denúncia unilateral, nas hipóteses em que esta for
autorizada.
g) Publicação e promulgação:
15
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público, 4ª ed.
São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 324 & REZEK, Francisco. Direito
Internacional Público: curso elementar, 11ª Ed, rev. e atual. São Paulo: Saraiva,
2008, pp. 78 – 79.
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5-REQUISITOS DE VALIDADE DOS TRATADOS:
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A resposta é positiva. Qualquer indivíduo que detenha a carta de
plenos poderes (até eu ou você! rs) poderá assinar um tratado em nome
do Estado. Entretanto, existem alguns indivíduos cuja atuação no plano
internacional independente da apresentação da carta de plenos poderes. A
CV/69 relaciona, em seu art. 7º, os agentes que podem atuar em nome do
Estado independentemente da apresentação de cartas de plenos poderes.
Vejamos o que nos diz o referido dispositivo:
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- Chefe de Estado (quaisquer atos)
Podem celebrar tratados
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- Chefe de Governo (quaisquer atos)
independentemente de
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carta de plenos poderes - Ministro das Relações Exteriores (quaisquer
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diplomática. O embaixador
atos)brasileiro na Argentina (Estado acreditado) pode
adotar o texto de um tratado celebrado entre o Brasil e a Argentina,
- Chefe da missão diplomática junto ao Estado
independentemente de carta de plenos poderes. No entanto, se o tratado
acreditado
celebrado for entre Brasil (adoção
e Uruguai, do texto) brasileiro na Argentina
o embaixador
precisará de uma carta -Representante
de plenos poderes para pelos
acredito atuar Estados
em nome da República
perante
Federativa do Brasil.
uma conferência ou organização internacional
É possível também que do
(adoção alguns agentes, apesar de não portarem uma
texto)
carta de plenos poderes e não estarem relacionados na lista do art. 7º, atuem
em nome do Estado com o intuito de celebrar um tratado. É a isso que faz
menção o art. 7º, parágrafo 1º, da CV/69, ao estabelecer que uma pessoa é
considerada representante do Estado se a “prática dos Estados interessados ou
outras circunstâncias indicarem que a intenção do Estado era considerar essa
pessoa seu representante para esses fins e dispensar os plenos poderes”. Ora,
se a prática dos Estados indicar que o Estado tem a intenção de indicar
uma determinada pessoa como seu representante, será dispensada a
carta de plenos poderes.
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quaisquer assuntos, a capacidade convencional das organizações internacionais
está materialmente limitada ao que prevê o seu acordo constitutivo16.
As normas jus cogens são normas que, pela sua importância, gozam
de valor superior na ordem jurídica internacional, prevalecendo sobre as
16
Acordo constitutivo é o tratado que dá vida à organização internacional e estabelece
sua organização, funcionamento e processo decisório.
17
!PORTELA, Paulo Henrique Gonçalves. Direito Internacional Público e Privado. Salvador:
Editora Juspodium, 2009, pp. 94-96. !
18
Conforme disposto no art. 52, inciso V, da CF/88.
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demais. Não se admite, portanto, sua derrogação, a não ser por norma de
mesma natureza. Hoje em dia, por exemplo, não se admite de forma alguma
que exista o tráfico de escravos ou mesmo a escravidão. A proibição da
escravidão é, portanto, uma norma jus cogens.
(...)
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um tratado que, no momento de sua conclusão, conflitar com uma norma jus
cogens, será nulo. Trata-se de hipótese de nulidade absoluta, ocorrida em
virtude da ilicitude do objeto do tratado. Hoje, a proibição da escravidão é
considerada uma norma jus cogens. Se for celebrado um tratado que
regulamente o tráfico de escravos, este tratado será nulo de pleno direito
desde o momento de sua conclusão.
20
!MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público, 4ª ed. São Paulo:
Editora Revista dos Tribunais, 2010, pp. 258-259.!
!
21
Fazendo um paralelo com o Direito Constitucional, essa é a mesma lógica que leva
o STF a não ser aceitar a inconstitucionalidade superveniente. Para o STF, caso a nova
Constituição seja materialmente incompatível com lei a ela anterior, opera-se a
revogação (extinção) da referida lei.
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QUESTÕES COMENTADAS
Comentários:
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a) Reserva constitui uma declaração bilateral feita pelos Estados ao assinarem
um tratado.
d) Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para
justificar o inadimplemento de um tratado.
Comentários:
Letra D: correta. Isso é o que está previsto no art. 27, da CV/69, que
consagra a primazia das normas internacionais sobre o direito interno.
Segundo esse dispositivo, um Estado não pode alegar que descumpriu um
tratado internacional em razão de disposições de seu direito interno.
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Comentários:
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a) a denúncia.
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c) a suspensão.
d) o jus cogens.
e) a reserva.
Comentários:
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qualifica o consentimento do Estado ao assinar, ratificar ou aderir a um
tratado. A resposta é, portanto, a letra A.
Comentários:
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terminologia - convenção, acordo, pacto, estatuto, declaração – não interfere no
caráter jurídico de seu texto.
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LISTA DE QUESTÕES
partes.
d) Uma parte não pode invocar as disposições de seu direito interno para
justificar o inadimplemento de um tratado.
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b) reconhecida pela comunidade internacional como aplicável a todos os
Estados, da qual nenhuma derrogação é permitida.
a) a denúncia.
c) a suspensão.
d) o jus cogens.
e) a reserva.
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a) qualificativos de consentimento, pelos quais os Estados pactuantes emitem
declarações unilaterais visando a excluir ou modificar o efeito jurídico de certas
disposições de tratados.
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e) “plenos poderes” se refere à capacidade de o Estado negociador impor uma
proposta de texto aos demais Estados participantes.
GABARITO
1. Letra B 5. Letra E
2. Letra D 6. Letra A
3. Letra B 7. Letra B
4. Letra B 8. Letra C
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