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Ebó tradicional que antecede ao ritual de Bori:

1 Ebó

Este primeiro ebó que antecede o ritual de Ebori damos o


nome de Tóya Kóssi que destina-se a remover doenças,
pragas, feitiçarias, Baku, Egun, e outras energias de ordem
negativa.
1 Vara de bambu que deverá ser partida, ao comprido, em 4,
pega-se 1 parte destes 4 e confecciona-se na ponta deste uma
espécie de ponta de flecha, lembre-se embora partida em 4
esta vara continuará com seu comprimento que normalmente
chega a 2metros, as vezes até 3.

Pinta-se 1 alguidar número 05 e 1 quartinha com tampa sem


alça de Efun, Ossun e Wají.

1 Galinha D‘Angola
1 Ekuru
1 Acaçá
1 Acarajé
1 Aberém
1 Bola de Canjica
1 Bola de Feijão Preto
1 Bola de Arroz
1 Ovo
1 Bola de Farinha
Tudo isso em Tamanho exagerado,
E 1 Bacia de Pipocas.
1 Estoura Balão (Fogos)
Modo de Fazer:
Levar o Filho de Santo no mato, no pé de uma Árvore
Frondosa. Entregar na mão direita dele a Galinha D’Angola
que será segura pelas Patas. Na mão Esquerda a Vara de
Bambu, o Alguidar pintado nos Pés da Árvore e Junto a
Quartinha sem nada dentro apenas tampada, e pede-se ao
Filho de Santo para mentalizar tudo que deseja que saia da
Vida dele e do Corpo. E vai se passando todas as comidas
começando pelas comidas escuras e terminando com as
Pipocas. Ao terminar de passar todas as comidas, o Filho de
Santo encosta a Lança de Bambu rente ao Tronco da Árvore,
na mão esquerda então, ficará a quartinha. Tira-se a Tampa,
pede-se ao Iyawo fale com a boca dentro da quartinha
pedindo para sair tudo de ruim da vida dele,tampa-se a
Quartinha e manda-se o Iyawo atira-la ao chão para que se
quebre. O próprio Iyawo faz um Sarayê com a Galinha em
seu Corpo e a Joga bem longe com toda a Força. Neste
momento, dá-se na mão do Filho de Santo o Estoura Balão
que será apontado para bem longe botando para correr então
todas as mazelas que estavam na vida daquela pessoa.
Durante todo o processo deste ebó, canta-se para Omolu.

2 Ebó

Este Ebó destina-se a Louvar a Exu na encruzilhada de Cruz


antes do ritual de Ebori.

1 Cesto de palha (vime)


7 Acarajés
7 Acaças
7 Moedas
7 Velas Bancas
7 Cores bem Vivas de Mourim incluindo o Preto e Vermelho
7 Ovos
7 Bifes de Músculo
1 Padê de Dendê, de Água, de Cachaça, de Wají, de Mel, de
Camarão Moído com Dendê e outro de Fubá com Dendê.
7 Buchas de Pólvora misturada com Açúcar.
7 Pintinhos Carijós.

Modo de Fazer:
Passar os Acarajés e os Acaçás e depositar dentro do Cesto,
passar então os Pades e depositar por cima das comidas,
passar os Bifes e por em cima dos Pades, passar os ovos e
por em cima de cada bife, passar as velas e quebrá-las e
coloca-las dentro do cesto, passar as moedas e por em cima
de cada bife, esfregar a pessoa com os Pintinhos e colocá-los
em cima das comidas vivos, Esfregar todos os tecidos na
pessoa e fazer um circulo em volta do cesto com estes
tecidos, este ebó ficará no centro da encruzilhada. Estourar
as 7 buchas, dar as costas ao Ebó e seguir para a roça.
Tomar um banho cozido de folha de bananeira, casca da
fruta manga, folha de mangueira, manjericão e nega-mina.

* Esses ebós aqui prescritos são básicos de todo bori, porém


algumas pessoas vêem a necessidade de se fazer em casos
específicos outros ebós.
BANHOS QUE ANTECEDEM AO RITUAL DE BORI

1 Banho  SACO-SACO, FUNCHO E ELEVANTE


COZIDOS. (Após primeiro ebó) Dia anterior ao bori.
2 Banho  PAU D’ALHO E CHÁ MATE COZIDOS.
(Após segundo ebó) No dia do bori pela manhã).
3 Banho  MACAÇA. SAIÃO E POEJO QUINADOS.
(A tarde antes do bori, em frente ao Igbá Osayín).
4 Banho  . LEITE DE CABRA COM EFUM. (A noite
minutos antes do bori).

Arrumando a mesa do Bori

As comidas a serem postas também ficarão a critério do


Babalorisa e ou Iyalorisá, devendo-se respeitar os elementos
imprescindíveis ao ritual, como MANJÁ, EKÓ, EBÔ, EJÁ,
OBI, OROBÔ, ATARÉ, SAIÃO, CAPEBA,EFUM, ORI DA
COSTA, ARROZ BRANCO COZIDO, ALGODÃO,
EBOYÁ, OMOLOKUN, AJEBÓ, ISÚ, EBOYÁ E OJÁ
PARA O ORI.
Tenho por hábito em arrumar a mesa do bori com uma Eni
(esteira) forrada com uma toalha e por cima desta espalhar
muitas folhas de AKOKO.
Forrada a mesa com toalha e folhas, arrumo então as
comidas, ponho sempre um vaso de rosas brancas, palmas e
peregum.
O iyawo é trazido para frente da esteira do BORI, antes de
por os pés na ENI (esteira) dobre os joelhos 3 vezes em
reverencia a ENÍ e então ponha o pé direito primeiro na
esteira.
Senta-se o iyawo, e explica-se a ele a finalidade do BORI,
que ali começa um dos principais momentos da vida dele em
ORISÁ, e que BORI nada tem a ver com manifestar Orisá,
mas sim moldar o Ori, para que possa mais tarde estar
preparado para receber Orisá e suas oferendas, na verdade o
bori é um Ebó para a cabeça.
ele devera por as pernas esticadas para frente, a palma da
mão virada para cima sobre cada perna.
A toalha do bori do iyawo e o ojá deverão estar na Ení dele.
O Babalorisá aproxima-se com a bacia de OMIÈRÓ (ervas
de Bori quinada: capeba, macaça, ogbó, colônia, poejo,
elevante, saião) sentado num banquinho o Babalorisá lava o
ORÍ do iyawo, as mãos do iyawo. A cantiga para a lavagem
de Orí é a seguinte :

Osogià mà da deo
Tètè omi a ba
Jonì un pawò
Tètè omi a ba
Jonì um pá

Erò erò

Encerrada a lavagem do Ori, o Babalorisá envolve o ori do


Yawo com o ojá, moldando desta forma o pano com o
formato do ori. Retira do ori e coloca-se entre as pernas do
Eborizado.
Dando início ao bori, passe banha de ori seguido de acaçá
nos seguintes pontos do Eborizado:

5 pontos da cabeça; palmas das mãos; lado esquerdo do


peito; lado direito das costas; umbigo; juntas dos antebraços;
axilas; dedão de cada pé.

Todo este ato é feito com a seguinte cantiga:

Orí ení
Kini sa ka eni
Orí ení
Kini sa ka
Iyan
Orí o lore
Orí un jé o
Iyá sa ka
En ki iya
Un to loko
Iyá sa ka en ki
Egbome bè
Tà un mo borio

Louva-se Orí :

Oríooo
Orí apèré !
Oríooo
Orí apèré !
Orí alafia !
Passa-se ao ritual de oferecimento tocando os pontos
principais do iyawo com as vasilhas de comidas, entoando a
seguinte cantiga:

Orí Awurè o
Colobó sére
Nu a ba sére
Colobó
Orí Awurè o
Colobó sére
Nu a ba sére
Colobó
Ebô Awurè o (nessa linha vai se trocando o nome de
tudo que está na mesa)

E vai se repetindo até ser oferecido tudo que está na mesa


até os bichos que serão oferecidos.

Dá-se inicio ao Obí,

Pega-se um prato branco com obi de 4 gomos e 7 atarés,


lembre-se que Obí tem vida, e portanto para que dê vida ao
iyawo deverá ser sacrificado, abra com as mãos o Obi de 4
gomos, tudo isso em cima do prato que deverá ser segurado
pela Ojubona da casa em cima do Orí do iyawo, tira-se o
coração do Obí, aquele brotinho que fica dentro do obi na
parte de cima, jogando fora em um canto diz-se o seguinte:

Kèsù bá
Kèsù bá
Junta agora os 4 gomos molha-se, toca-se o Ori do iyawo, a
nuca, o peito, os dois ombros,a parte de cima das mãos, dos
pés, pronunciando seguinte:

Obi ni biku
Obi ni biarun
Obi kosí ajé
Obi kosi dina
Obi kosi fitibo
Obi kosi ofó

E diga “ofereço este OBI a cabeça de Fulano para que


Iya Ori mãe das cabeças e Baba Ajalá o moldador de
Orí faça do Orí de “fulano de tal” mais forte, com sorte e
prosperidade”. Jogue no prato pronunciando: Obi sé Obi
re o !

Durante esse processo de abertura do Obi canta-se:

Baragadà
Obi lá okan
Baragada
Obi la okan

Depois de cantar 3 vezes lança o Obi no prato que estará em


cima do Ori do iyawo, lança-se até dar alafia, se depois de 4
tentativas não alafiar, jogue esse obi na rua para Esù, e parta
outro, fazendo o mesmo ritual acima.

Ao alafiar o obi, diz-se então:

Aláfia!
Obi oo !
Ori oo !

E canta-se :

Obí a un lá
Baba
Obí ori
Obí a lodè
Obí a un lá
Baba
Obí ori
Obí a lodè

Põe um pedaço na boca do iyawo com uma ataré para que


ele mastigue, o Babalorisá também mastiga uma banda com
2 atares, a Ojubona e o pai ou mãe pequena do iyawo
também, deixe sobrar uma parte que irá para dentro da tigela
de bori do iyawo. E outra parte é dividida entre os
convidados com 1 ataré e dado para engolir.
Após mastigado, o bolinho que está na boca do iyawo é
posto em cima da pasta do acaçá que está na sua mão
esquerda que o Babalorisá juntará com o bolinho que já está
no prato, e distribuirá em cima de todos os pontos que foram
passados o acaçá e a banha de ori,.

Dê seguimento agora com o peixe uma das partes principais


do Bori,
O peixe deverá estar arrumado no prato da seguinte forma,
prato oval, peixe lavado, mas com tudo dentro, louva se ori :

Ejá oo !
Ejá oriooo !

Então comece a cantar a cantiga do Ejá:

Ejá mogbá
Mogbá
Bori eni
Ejá mogbá
Mogbá
Bori ejé

Começa então a tirar as guelras, barbatanas, rabo do peixe,


cabeça e ponha no prato, as visceras serão despachadas, para
a cabeça do borizado irá apenas as guelras e as barbatanas
laterais, as barbatanas inferiores e superiores junto com a
cabeça e o rabo do peixe irão para dentro do igbá ori.

Feito assim, dê seguimento agora com o sacrifício dos


animais de penas, a começar pelos 2 frangos brancos,
seguidos da galinha d’angola e por ultimo o pombo, os oris
dos bichos que irão para dentro do igbá ori são; D’angola e
Pombo, os pés do pombo apoiados na beira da tiejela do
igba ori firmara as patas no chão dando apoio ao
ori( simbolicamente).

Segue as cantigas de cada bicho:

Ejé soro soro


Ejé gbalé akara ó
Koronpá ile
Ejé gbalé akaraó

Caindo o ejé ao prato entoa-se então:

Ejé soro
Ori um pao
Ejé soro
Ori um pao

D’angola:
Kuen kuen kuen
Baba bi a bi etú
Kuen kuen kuen
Baba bi a bi oro
Kuen kuen kuen
Baba bi a bi etú
Kuen kuen kuen
Baba bi oma

Após a morte da etú canta-se


Eran gbobo
Orisá fefe etu
Eran gbobo
Orisa fefe etu o
Pombo, cubra com folha de saião e mel os olhos do pombo:

Erinlé é un a ja dìe
Oluwo ojú mama
Erinlé é un a ja dìe
Oluwo ojú mama

Ojupá para sé Olorun


Ojú mama
Ago a lá
Olorun ibase
oluwo
Ojú mama

Todo os ejés dos bichos irão para o prato primeiro para


depois cair dentro do igbá ori, e a cada animal imolado
retira-se um pouco da pena e lambuza naquele ejé e deposita
em cima de cada parte do corpo que está com obi e akasá.

Tempera-se a matança:

Epo oju oju oloja (azeite doce ou dendê)


Epo oju oju oloja
Epo
xxxxxxxxx
Mara in e Mara oyn (mel)
Mara in e Mara oyn
Dundun mama niwa lase
Mara in e ni mara oyn
xxxxxxxxxx
Mara in a Mara oti o (moscatel)
Mara in e Mara oti o
Dundun mama niwa lase
Mara in ni mara oti o
xxxxxxxxxx
Iyó iyó lojé (sal)
Iyó
Iyó lojé iyó
xxxxxxxxx
kilofo mo re (agua de akasá)
omitoro
kilofo mo re
omitoro

Louva-se Orí

Oríooo
Orí apèré !
Oríooo
Orí apèré !
Orí alafia !
Arrumando a cabeça:

Pegue uma caneca de ágate e coloque um pouco de omitoro


(água de akasá) peça ao borizado que segure o igbá ori
embaixo do queixo e despeje um pouco dessa agua na
cabeça dele que cairá dentro do igbá ori.Ponha o igbá ori no
lugar de volta.
Ponha a folha de capeba por cima de tudo que está no ori
com um pouco de ebô e enrole o ojá que estava entre as
pernas no ori do borizado. Cante para Iya ori:

Ori o
Iyemanjá nise keni odo
Ori o
Iya ori nise keni odo

Canta-se a seguinte cantiga para Ossãe:

Ori ori a kafojé


Orio nikorisá
Ori ori a kafojé Babá
Orio aworisá

A pessoa se deita e é coberta com um lençol e é jogado


sobre o lençol arroz com casca e arroz agulhinha,
descansando enquanto se aguarda o axé voltar.

Os bichos são levados para a cozinha e temperados com


cebola,camarão seco e azeite doce e levados ao fogo para
que fiquem bem cozidos e corados, por final o peixe e
lambuzado naquela panela onde se preparou os axés e
refogado e posto por cima de uma farofinha também
preparada com aquele mesmo tempero e posto no prato.
Esfriado o axé ele volta para a mesa.

O axé retornando canta-se:

Asé kun felebé


Ta nimole ni o ea
Asé kun felebé
Ta nimole ni o ea
Ba inse ba inse kotun
Ba inse ba inse kotun
Oni a inmole
Asé kun felebe
Ta nimole ni o ea

Arrume duas bolas de Isú com pedaço de peixe e e dos


outros bichos e ponha uma no ori do borizado e outra no
igbá ori cantando:

Siku erewere
Mabori jeun

Cante para oferecer o manja e coloque um pedaço no ori:

Ori manja aju awo


Ori manja
Apere koro pa lawo
Ori manja aju awo
Ponha um pedaço do manja dentro do igbá ori.
Arrume o prato do borizado com um pouco de cada comida
entregue nas mãos dele.

Próxima cantiga todos que estão assistindo ao Bori bate


cabeça para o igbá ori do borizado e junta as mãos pedindo a
benção dele e desejando coisas boas para ele.

1. Oloro keja boro


Ori apere o
Oloro keja boro
Ori je
Oloro keja boro

2. Apere ori o
Orio oye
Lese ekodide
Apere ori o
Ori apere
Lese ekodide
Lese orisá

3. Ori kafeja
Bori o
Ori kafejá
Bori o
Ase kue rekue
Ase kue rekue
Ori kafeja
Bori o

4. Ori je
E tani ware jô
Ori o
Ori je lese orisá
Apere ori o

5. Ado rilé Yemanjá


Ado rilé iya Oyo
Ado rilé Yemanjá
Ado rilé iya Oyo

6. La omã
Lawa apere
La omã
Lawa apere
Apere la oma
Lawa apere

7. Àwa na wúre eléda wa


Àwa na wúre eléda wa
Mo adúpe wúre ati odúnmódún
Mo adúpe wúre ati òsú mósu
Mo adúpé wúre iba gbobgbo
Àwa ná wúre eléda wa

8. Ajala ORI
ORI lewá lewá lewá
Ajala ORI
ORI lewá lewá lewá
Mo pé eyn
Eledumarè
A ORI eku o
Mo pé eyn
Eledumarè
A ORI eku o
Eku o Orun
Eku o Osupá
Eku o Ojó
Ojó bori ylé
Irè odi ORI
Odi irè ORI
Irè odi ORI
Odi irè ORI

9. Iya iyo
Iya iyo
Iya iyo orunmilá
Iya iyo
Iya iyo
Iya iyo orunmilá
Ifa eda eko
Eda ebô orunmilá
Iya iyo orunmilá
Ifa eda eko
Eda ebô orunmilá
Eni sope omo ire
Eni sope omo ire

Daqui em diante louva-se umas 4 cantigas para Iyemanjá.

O bori só será suspenso 6 horas depois, para isto terá que ter
iniciado as 18 horas e terminar no máximo as 21h.

Obs: o Bori poderá ser tocado com atabaques e gan do


inicio ao fim.
Algumas casas utilizam montar Igbá Ori, outras não, fazem
apenas tijela sagrada, ou seja a pessoa guarda a tijela para
toda vida, sempre que for dar bori utiliza a mesma tijela.
No caso de se montar igbá ori, este é o modelo mais
tradicional de Igbá Ori 

1 tijela branca com tampa ou prato em cima.


1 moeda de prata antiga
4 búzios
1 cristal de rocha límpido
1 coral
1 seguí
4 conchas Shell Esse igbá ori é posto dentro de uma bacia de
agate com dois ajês grandes em volta.
Juízo da curvina ( pedrinhas que ficam na cabeça desse
peixe por dentro).

Ao final de tudo tenho por hábito borrifar Água sobre toda a


mesa do Bori e do Iyawo pronunciando durante a borrifação
o seguinte:

Omi la bunmun,
Omi la buè,
Omi kosi ta

Preparando o Carrego do Bori

Pede-se agô ao Ori do Iyawo, e retira todo o asé que se


encontra no alto do Ori, ponha dentro do igbá Ori.
Lave o Ori do Iyawo com omièró fresco.
E comece a levantar as comidas dos Orisás cantando:

Didè didè didè nan


Didè didè didè nan

Ori didè nan


Didè didè didè nan

As últimas coisas a serem postas na bacia do carrego serão


as coisas do igbá ori, incluindo as coisas que estavam na
cabeça, depois o peixe, as frutas, os doces e por último as
folhas da mesa e dos vasos.
Borrifar água por cima de tudo, enrolar no lençol, e por uma
saia de mariwô por cima da trouxa.
Neste momento pergunta-se ao jogo para onde deverá ser
encaminhado o carrego, mar,praia,cachoeira, mata ou alto de
morro.
Como Nasceu Ori

ORI em iorubá significa CABEÇA. O Ori está acima dos


Orixás, pois nenhum Orixá, nem mesmo Olodumare
atenderá um pedido do ser humano, que não tenha sido
autorizado por seu Ori.
Conta a lenda que os Orixás e Ancestrais se rebelaram,
querendo ter os poderes e a sabedoria do Deus supremo.
Como mensageiro nomearam Exu, que levou as
reivindicações a Olodumaré. Este lhes enviou um poderoso
obi, e, orientado por Ifá, determinou que após deixá-lo a
noite inteira numa encruzilhada, os Orixás e Ancestrais
deveriam tentar parti-lo para mostrar seu poder.
Ori era apenas uma pequena bola, que não possuía sequer
um corpo para se apoiar, e ninguém o respeitava. Para
conseguir partir o obi, procurou Ifá, que o aconselhou a fazer
uma oferenda para os Odus, para conseguir a força de todos
eles. Além disso deveria espojar-se na poeira do chão por
algumas horas.
No dia seguinte todos já estavam preparados para tentar
partir o obi, quando chegou Ori, espojando-se na poeira. Um
a um os Orixás foram fracassando na tentativa, pois o obi era
muito forte e resistente.
Ori se apresentou e, como última opção, deixaram-no tentar.
Com seu peso caiu sobre o obi, que se partiu em seis gomos.
Todos ficaram muito felizes.
Olodumaré, ao receber a notícia, imediatamente enviou uma
linda almofada, onde Ori se instalou. Dessa forma Ori
ganhou um corpo para sustentá-lo. Orixás e Ancestrais
exclamaram: ORI APERE!
A partir desse momento, Ori nasceu. Passou a ser dotado de
Iwa, a existência, dada por Olodumaré, como prémio por ter
sido o único a conseguir partir o fruto-ventre.

ORÍ - Cabeça física e espiritual

As 401 divindades procuravam por um estado de perfeição, e


foram procurar Ifá para fazer a adivinhação para eles, através
do Jogo Ifá previu que eles fizessem ebó (sacrifícios)
nenhuma das divindades quiseram fazer, só quem fez foi
ORI, e seu sacrifício foi abençoado. Portanto ORI é mais
forte que as divindades, somente ORI chegou no estado de
perfeição.ORI é forte, mais que os orixás.
Para qualquer Yorubá, a palavra ORI tem uso amplo. ORI
num primeiro momento quer dizer cabeça; e simboliza
também - o ápice de todas as coisas; o mais alto
desempenho, portanto contém o superlativo ou seja o Zênite.
Por exemplo, a cabeça é a parte mais alta e mais importante
do corpo humano, é a moradia do cérebro que controla o
corpo inteiro. O líder ou chefe de qualquer organização é
referido como "Olóri" (a cabeça), ORI é cabeça, cabeça é
alta, alto é supremo e o ser supremo é ÔLÔDUMARÊ (Deus
maior).
No corpo humano ORI se subdivide em duas colocações:
1) a cabeça física - é o crânio humano, onde está o cérebro
que usamos para o pensamento e controle das outras partes
do corpo; consciente ou inconsciente; os olhos para tudo ver;
o nariz para respirar e cheirar; orelhas para ouvir; a boca
para alimentar e falar; a língua para saborear; nossa essência
masculina ou feminina está na cabeça, o rosto que dela faz
parte nos distinguem uns dos outros, imprimindo uma
identidade individual; sem a cabeça o homem e mulher
seriam como qualquer "X".

2) a cabeça espiritual está subdividida em mais duas partes a


saber:

CABEÇA ESPIRITUAL:

APARÍ-INÚ (CABEÇA ESPIRITUAL INTERNA)


ORÍ-ÀPÉRÉ (santo pessoal, destino ou parte divina de cada
um: escolhido no domínio de ÀJÀLÁ - divindade de ORÍ.
ORÍ-ÀPÉRÉ é acumulação de destino individual; Isto é:
ÀKÚNLÈYÀN, ÀKÚNLÈGBÁ e ÀYÀNMÓ.
AKUNLEYAN é à parte do destino que cada um escolhe por
vontade (livre arbítrio) própria.
AKUNLEGBA é à parte do destino o qual está adicionada
como complemento de AKUNLEYAN
ÀYÀNMÓ é aquela parte do destino que nunca pode ser
mudado. Por exemplo - pais, sexo, karma, etc.
Mas Akunleyan e Akunlegbá podem ser melhorado
enquanto Àyànmó não pode ser modificado . O destino
ORÍ-ÀPÉRÉ está escolhido no domínio de ÀJÀLÁ
(divindade de Orí).
APARI INÚ é de caráter individual, uma pessoa poderia
chegar a terra com bom destino, mas, sem boa conduta; A
maldade da cabeça espiritual interna danificará
definitivamente o bom destino, o inverso também acontece.
Porém o "destino" pode ser modificado, numa certa medida,
quando certos segredos são conhecidos, dentro de um
contexto e conhecimento da Teologia Yorubana.
Contudo ORÍ é o mais importante entre as divindades. Na
ordem de importância - o primeiro é Orí; o segundo é a mãe,
e se ela tenha morrido, seu espírito; em terceiro lugar é o pai,
e se tenha morrido, o seu espírito; em quarto lugar, IFÁ e a
seguir, seu orixá e as outras divindades.
Ser humano - somatória - O Criador, o procriador,
procriadora e ser procriado.

Ori - Alma e Personalidade.

Ori tem a propriedade de ser controlador. Além de guiar a


vida, comanda todas as atividades, físicas ou não. Ele
armazena em um só local todas as informações necessárias
para a existência do homem. Nele encontramos o Asé (força)
que forma a personalidade do ser e faz com que cada um
pense e haja de forma diferente.
Ori guarda todas a s chaves para o êxito da vida do homem,
ou seja, inteligência, bons pensamentos e memória. Estas são
qualidades do homem que integram Ori.
Ori tem a função de gestar o Asé do homem, ou seja, ele
amadurece todos os Pensamentos, transformando-os ou
aprimorando toda e qualquer idéia que passe Por ele.
Ori é independente do ser (corpo físico) e embora esteja
ligado a ele, suas funções comandam todas as outras.
Ori recebeu três coisas essenciais para sua existência: A
preparação para a vida na Aiye (terra) A preparação para a
Iku (morte) e A preparação para a vida no Orum (céu) Isto
possibilita que no Aiye exista a união Ori + Ara (corpo +
cabeça). Mas atenção: mesmo que haja separação, no caso de
morte, Ori nunca morre.
No caso de morte, Ori e Eledá (alma) se juntam e, caso
necessário, realizam rituais como: Asese (vigília): para que
possa haver a separação; Orisá Olori (senhor da Cabeça) e
Ori, para que a alma ou o espírito possa seguir seu caminho
no Plano astral.
Por ser uma parte concentradora de energias benéficas e
maléficas, deve-se Ter todo cuidado ao deixar o Ori na mão
de estranhos, mesmo que seja para Um simples carinho ou
ritual. Lembrem-se que o sucesso ou fracasso depende do
Ori e suas qualidades.
Algumas saudações: Olorire - pessoa de boa cabeça Olori
Buruku - pessoa possuidora de cabeça ruim.
Quando encontramos uma pessoa que, apesar de enfrentar na
vida uma série de dificuldades relacionadas a ações
negativas ou maldade de outras pessoas, continua
encontrando recursos internos, força interior extraordinária,
que lhe permitam a sobrevivência e, inclusive, muitas vezes,
mantém resultados adequados de realização na vida ,
podemos dizer, "ENIYAN KO FE KI ERU FI ASO, ORI
ENI NI SO NI", ou seja, "as pessoas não querem que você
sobreviva, mas o seu ORI trabalha para você", trazendo,
essa expressão, um indicador muito importante de que um
ORI resistente e forte é capaz de cuidar do homem e
garantir-lhe a sobrevivência social e as relações com a vida,
apesar das dificuldades que ele enfrente. Esta é a razão pela
qual o BORI, forma de louvação e fortalecimento do ORI
utilizada em nossa religião, é utilizado muitas vezes,
precedendo ou, até, substituindo um EBO.
Isso se faz para que a pessoa encontre recursos internos
adequados, esta força interior de que falamos, seja à
adequação ou ajustamento de suas condições frente às
situações enfrentadas, seja quanto ao fortalecimento de suas
reservas de energia e consequente integração com suas
fontes de vitalidade.
É importante dizer que é o ORI que nos individualiza e, por
conseqüência, nos diferencia dos demais habitantes do
mundo. Essa diferenciação é de natureza interna e nada no
plano das aparências físicas nos permite qualquer referencial
de identificação dessas diferenças.

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