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CONSTRUINDO O MONOCÓRDIO DE PITÁGORAS

PROF. DR. ALEXANDRE OLIVEIRA


PROFª. DRA. MARIA HELENA PRESTA
OBJETIVO: Apresentar Glossário, Bibliografia e Links sobre a Atividade.

GLOSSÁRIO de TERMOS

SÉRIE HARMÔNICA
“Um som musical não se constitui de apenas uma nota. Juntamente com o som
principal soam sons secundários, bem fracos e quase imperceptíveis. O som principal
é chamado som fundamental e os sons que o acompanham são os sons
harmônicos (ou concomitantes ou complementares).
Uma corda, ao vibrar em toda a sua extensão produz uma determinada nota.
Enquanto a corda vibra por inteiro, simultaneamente, ela vibra também dividindo-se
em duas metades, produzindo um som uma oitava acima da nota original. Além da
vibração da corda por inteiro e em duas partes, ela vibra também, simultaneamente,
dividindo-se em terços, em quartos, em quintos, etc., produzindo as vibrações
secundárias.
Série harmônica é o conjunto de sons que acompanham um som fundamental (som
gerador, som principal).”
MED, B. Teoria da música. 4ª Ed. Brasília: Musimed, 1996. p.92.
Figura 1: Série harmônica da nota “dó”

FREQUÊNCIA
Frequência significa o quanto alguma coisa se repete e se essa repetição é maior ou
menor. Por exemplo, se alguém perguntar com que frequência você faz aniversário, a
resposta será uma vez ao ano. Se a pergunta é com que frequência você vai à escola,
ou ao serviço, a resposta pode ser cinco vezes (dias) por semana.
Vimos que o som é produzido por vibrações e que para podermos trabalhar esse som,
precisamos transformá-lo em eletricidade, que chamamos de sinal. Essas vibrações e
as consequentes oscilações do sinal podem ser mais rápidas, ou mais lentas. Quanto
mais rápidas, maior será a frequência e mais agudo o som. Quanto mais lentas, menor
será a frequência, e mais grave o som.
Em áudio, e na eletrônica, medimos a frequência em quantidades de oscilações por
segundo. A unidade da frequência é o Hertz (pronuncia-se hertz), cujo símbolo é Hz.
O múltiplo mais usado em áudio é o kilo (k). 1 KHz é igual a 1000 Hz. O ouvido
humano, tipicamente, escuta de 20 Hz (sons mais graves) até 20 kHz.
Figura 2: Frequências de algumas notas do Piano

AFINAÇÃO
A afinação está ligada ao ajuste dos intervalos ou da altura de um instrumento
musical.

AFINAÇÃO PITAGÓRICA
Pitágoras estabeleceu que os intervalos perfeitos de oitava e quinta correspondem às
razões numéricas de 2:1 e 3:2, respectivamente. A partir destes intervalos poderia,
então, obter todas as demais notas da escala numa sucessão de quintas e oitavas.
Por exemplo, a partir de um dó poderia ser obtido o dó oitava acima e o sol; a partir
deste sol, poderia ser obtido o sol oitava acima e o ré, e assim por diante.
O sistema de afinação baseado na sequência exclusiva de quintas puras é chamado
de pitagórico, e apresenta um ‘problema’: após uma sucessão de 12 quintas,
deveríamos chegar à mesma nota do ponto de partida (7 oitavas acima), mas isso não
ocorre.
Esse erro ou desvio é chamado de coma pitagórica. Pode-se, então, definir a coma
pitagórica como sendo a diferença entre a nota obtida após percorrer 12 quintas puras
e aquela obtida após percorrer 7 oitavas:

do.......sol........re.......la.......mi......si......fa#.......do#.......sol#......re#......la#......mi#.......si#
do1...........do2 ............do3 ...........do4 ...........do5 ............do6 ............do7............ do8
Figura 3: Esquema representativo da Coma pitagórica.

Pela figura anterior, pode-se observar que a distância percorrida na sequência de 12


quintas (linha superior em itálico) não é igual àquela obtida após 7 oitavas (linha
inferior em negrito), e que a coma pitagórica corresponde matematicamente a essa
diferença.
A espiral abaixo representa está diferença: o início da espiral representa a primeira
nota da sequência de 12 quintas (nota dó) e o final da espiral representa a última nota
da sequência (nota si#), que não coincide com a primeira. (comparar com a figura do
temperamento igual mais abaixo do texto).
Figura 4: Esquema representativo da sequência de quintas na afinação Pitagórica.

As variações de frequência sonora a partir das proporções das cordas possibilitaram o


surgimento de uma escala diatônica pitagórica de sete sons harmônicos, utilizando a
chamada consonância pitagórica. Essa escala se baseia na sucessão de quintas, ou
seja, é formada sempre multiplicando o som anterior pela razão 3:2 e permaneceu
utilizada como base para a música medieval, até o fim da era renascentista, por volta
de 1600, não sofrendo alterações muito significativas até o início do século XX.

TEMPERAMENTO IGUAL
No temperamento igual, a coma pitagórica é dividida em 12 partes iguais e distribuída
uniformemente entre todos os semitons da escala. Assim, todos os intervalos com o
mesmo número de semitons terão sempre o mesmo tamanho, ou seja, soarão todos
iguais independentemente da tonalidade.
Por outro lado, neste sistema não há nenhum intervalo puro, com exceção da oitava.
Pode-se dizer, então, que todos os intervalos são ligeiramente desafinados (com
batimentos).
A grande vantagem do temperamento igual em relação a outros temperamentos, é
que todas as tonalidades se podem usar sem preferência porque cada tonalidade está
tão «afinada» ou desafinada como qualquer outra e a modulação total enarmônica é
possível.
É importante lembrar que apesar de ter se tornado padrão, o temperamento igual
aplica-se principalmente aos instrumentos de afinação fixa, como o piano. Nos
instrumentos de afinação não-fixa, como as cordas e também os sopros, além da voz
humana, os intérpretes têm liberdade de optar por certos tipos de entoação dos
intervalos e utilizar outros tipos de afinação, como a pitagórica, por exemplo. Isto
geralmente ocorre quando estão desacompanhados de um instrumento de afinação
fixa (teclados). Nestes casos, apesar da importância teórica do temperamento, os
fatores que influenciam na prática são sutis e complexos, e dependem da técnica e da
musicalidade de cada instrumentista.
Na figura abaixo, observamos como fica a representação do Temperamento Igual:
partindo da nota Dó e percorrendo 12 quintas, chegamos novamente à mesma nota
Dó:
Figura 5: Esquema representativo da sequência de quintas no Temperamento Igual

BIBLIOGRAFIA
MED, B. Teoria da música. 4ª Ed. Brasília: Musimed, 1996.

URREIZTIETA, Carlos E. Calderón. El Monocordio como Instrumento Científico. Sobre


rupturas y continuidades em la "Revolución Científica":
Ramos de Pareja, Zarlino y Mersenne. Tese de doutorado. Barcelona: Universitat
Pompeu Farba, 2013. Disponível em: http://www.calderon-online.com/tesis-
doctoral/tesis-doctoral.pdf

ZUMPANO, Nívia & GOLDENBERG, Ricardo. Princípios de Técnica e História do


Temperamento Musical. Sonora: Campinas, v.14 nº4. p. 1-10, 2016. Disponível em:
https://www.publionline.iar.unicamp.br/index.php/sonora/article/download/638/611

LINKS
Música das esferas (vídeo):
https://www.youtube.com/watch?v=8X53JhvHxO0

Donald no país da matemágica (vídeo):


https://www.youtube.com/watch?v=66l6MBQgcRg

El monocordio según Marin Mersenne. Reconstrucción realizada por Carlos Calderón


Urreiztieta. (vídeo):
https://www.youtube.com/watch?v=n7DG84wZkc0&feature=youtu.be

Pitágoras e a Harmonia:
https://arquiteturaemusica.wordpress.com/2014/01/01/pitagoras-e-a-harmonia/

O experimento do monocórdio e a música na escala Pitagórica:


http://musica-matematica.blogspot.com.br/2011/01/o-experimento-do-monocordio-e-
musica-na.html

Reconstruções virtuais de monocórdios desde a antiguidade até século XVII, por


Carlos E. Calderón Urreiztieta:
http://www.calderon-online.com/tesis-doctoral/

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