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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO

CENTRO DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS


DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO E FILOSOFIA

Carlos Eduardo Aguiar Lisboa


Raimundo José Pereira da Silva
Profa da Disciplina: Lourdes Maria de Oliveira Paula Mota

Educação à Distância: perspectivas históricas

RESUMO

Este trabalho tem como objetivo fazer uma breve analise da trajetória da EaD no Mundo, no
Brasil, assim como no Maranhão, a partir de leituras flutuantes sobre o tema estudado. A
educação a distancia ao longo da sua história traçou uma trajetória de avanços e retrocessos.
Desde o século XIX, apesar de somente na última década do século XX ter sido reconhecida
como possibilidade para oferta de cursos de graduação e de pós-graduação no Brasil.
Significante foi a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) de 1996 que traçou novas
perspectivas para melhorar a elaboração do processo de ensino e aprendizagem por meio de
outras modalidades. De fato o alargamento da modalidade à distância, favoreceu o
crescimento significante das Instituições de Ensino Superior (IES) públicas e privadas em
todo o país, corroborando ainda mais, no desenvolvimento acentuado das tecnologias. As
primeiras experiências com a Educação a Distância de que se têm registros são datadas de
1728 até meados de 1970. Nesse período considera-se como a primeira geração da EaD,
marcada pela forte característica no estudo por correspondência. Entre 1728 a 1970, havia
pouca interação entre aluno e instituição produtora, limitando-se apenas aos momentos das
avaliações. Didaticamente, os alunos recebiam o material impresso para estudos
acompanhados por exercícios de fixação. Em 1910, a Universidade de Queensland na
Austrália inicia programas de ensino por correspondência. Em 1914, na Noruega é fundada a
Norst Correspondanseskole e, na Alemanha, a Fernschule Jena. Em 1120, na antiga URSS,
implanta-se também este sistema de educação à distância por correspondência. Já em 1919
com o final da Primeira Guerra Mundial, surgem as primeiras iniciativas de ensino a distância
em decorrência de um considerável aumento da demanda social por educação. O ensino por
correspondência era tão inovador que em 1922 a New Zeland Correspondence School inicia
suas atividades com intuito inicial de atender alunos do meio rural. Já a evolução histórica da
EaD no Brasil é marcada pelo aparecimento e a disseminação dos meios de comunicação.
Esta modalidade de educação também passou pela fase da correspondência, do rádio, da
televisão, até chegar à versão mais atual a através do uso da internet. Para Alves (2009, p. 9).
“Há registros históricos que colocam o Brasil entre os principais no mundo do
desenvolvimento da EAD, especialmente até os anos 70”. No entanto o autor explica que “A
partir dessa época, outras nações avançaram, e o Brasil estagnou, apresentando uma queda no
ranking internacional”. (Idem). O que de fato “Somente no final do milênio é que as ações
positivas voltaram a acontecer e pudemos observar novo crescimento, gerando nova fase de
prosperidade e desenvolvimento.”. (Idem). No entanto, cabe ressaltar que mesmo com os
investimentos para o melhoramento dessa modalidade educacional, ainda há desafios a ser
superados, como a falta de internet de qualidade nos municípios, a ausência de material
impresso para os acadêmicos, além do acompanhamento nas disciplinas, entre outros fatores
que contribuem para a fragmentação do processo educacional nessa modalidade de ensino
pela EaD. (Grifo dos autores). De fato dizer que os desafios assim como as vantagens são
muitos, que vão desde a flexibilidade de horário e lugar, bem como à utilização de mídias
como recurso de aprendizagem. O aprendizado em relação ao conhecimento e uso dos
programas de computador e outros dispositivos movem de comunicação, não se encontra
acessível a todos/as em pleno processo de globalização. A Educação a Distância (EAD) no
ensino superior vem tentando romper essas tênues barreiras, sobretudo no que tange a
popularização do conhecimento tecnológico envolvendo um uso intensivo das Tecnologias da
Informação e Comunicação (TICs). Nesse nível de ensino, implica um número cada vez maior
de estudantes, professores e instituições, tanto públicas como privadas, em um novo conjunto
de desafios. Portanto, instiga-se saber se as políticas públicas educacionais brasileiras
convidam e estimulam os professores a participar mais efetivamente dessa possibilidade de
transformação da educação à distância? Cabe então pensar que mesmo com as expansões
tecnológicas ocorridas no inicio desse século, ainda é grande e sentida a dificuldade de acesso
da maioria da população. Porém, são as novidades no campo da tecnologia, informação e
comunicação que consolidam a Educação a Distância como metodologia de ensino inovador,
que tem possibilitado professores e professoras não só aprender e gerar projetos, mas a inovar
suas metodologias usando as tecnologias disponíveis e acessíveis à população. É possível
também explorá-las no sentido de ajudar o aluno a desenvolver novos conceitos, com base na
tarefa que se realiza, tanto em casa, na Universidade, no Polo de apoio presencial, como em
diferentes ambientes sociais que se relacionam pela maneira mais acessível de administra
tempo e novas formas de aprendizagem. As tecnologias, em suma, não pretende substituir o
professor em quanto sujeito da ação e da prática educativa, mas visa oferecer alternativas de
ensino e aprendizagem através de um amplo espaço midiático entre alunos – comunidade,
sociedade e o mundo à volta. Todos conectados pela rede de compartilhamento social,
educativo, dinâmico de forma significativa. Ambos juntos definem a relação saber e
conhecimento tendo em vista a importância de cada um nessa função. Além disso, muitas
vezes, é a partir do conhecimento que o professor tem sobre o uso das tecnologias que ele vai
poder planejar organizar e pôr em prática sua metodologia, ou seja, seu projeto educativo,
planejado e organizado didaticamente. Para Alonso (2010), a EaD reinventou a uma nova
forma de interação entre o processo de ensino e aprendizagem que passa a existir com o
Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), mostrando caminhos que redefinem papeis de
atuação docente como no ensino presencial e que na EaD são repensados. Ora exposto,
histórico, desafios e características da Educação a Distância, que são bastante variados.
Damos destaque ainda em especial ao conceito preconizado pelo Ministério da Educação
(MEC), através do Decreto. nº 5.622, de 19 de dezembro de 2005, que norteia a EaD no Brasil
como “[...] modalidade educacional na qual a mediação didática - pedagógica nos processos
de ensino e aprendizagem ocorre com a utilização de meios e tecnologias de informação e
comunicação, com estudantes e professores desenvolvendo atividades educativas em lugares
ou tempos diversas.” (BRASIL, 2005). Cabe lembrar que a educação a distância nesse sentido
surge num momento bastante conturbado da educação brasileira. Época em que o correio e o
rádio eram os principais suportes ou veículos para os cursos das mais diversas áreas. Com a
disseminação da informática e o desenvolvimento de softwares educativos, criaram-se novas
modalidades de ensino e aprendizagem cada vez mais indispensável para a vida humana.
Outros processos oriundos disso é a implementação nos sistemas produtivos, por aparelhos
tecnológicos e por uma velocidade na informação. Nada mais resultou que o surgimento dos
primeiros processos de ordenação e sistematização onde se pensaram em outros meios para
levar informação, comunicação e aprendizagem a tão longe, e em pouco tempo e espaço. No
decorrer deste século, o Ministério da Educação (MEC), criou o Sistema de Universidade
Aberta do Brasil-UAB, onde o mesmo seguiu o modelo de Universidade Aberta de Londres
em 1970, como nos mostra Mugnol (2009, p. 338), que a “Open University, contribuiu
decisivamente para o desenvolvimento de métodos e técnicas que serviram para caracterizar
os diferentes modelos de EaD existentes”. As instituições educacionais, por sua vez, iniciaram
uma prática de educação a distância para atender a essa nova demanda amparada pela Lei
9.394/96 LDBN- Lei de Diretrizes e Bases Nacional que regulamenta a educação nacional,
que resultou na criação da Universidade Aberta do Brasil - UAB, como também as políticas
de reestruturação e expansão do ensino superior por meios das Universidades Federais,
elaborada pelo MEC. Assim, o cenário de evolução da modalidade de EaD tem mudado com
utilização cada vez mais das mídias e das tecnologias de informação e comunicação – TIC’s -
tendo possibilitado a ampliação do acesso à formação e principalmente da internet. Nesse
sentido, para a construção de um Núcleo de EaD da Universidade Estadual do
Maranhão/UEMA, necessitou-se desse forma, firmar parcerias internas e externas ao passo
em que, era percebido a Educação a Distância como um redimensionamento de espaço-
temporal. Dessa forma, ampliou-se a democratização do ensino na instituição, através da
Resolução n. 239/2000, do Conselho Universitário - CONSUN da UEMA, que assim cria o
Núcleo de Educação a Distância para conceber, difundir e avaliar projetos e experiências
inovadoras em EaD, atualmente difundido pelo Núcleo de Tecnologias para Educação -
UEMANET. Dessa forma, a Universidade Estadual do Maranhão/UEMA, passa a ser uma das
instituições de ensino superior público, integrante da UAB, que oferece cursos de graduação
(licenciatura e bacharelados) e de pós-graduação, latu-senso, em diversas áreas do
conhecimento. Estando assim presentes em 23 Centros localizados nos municípios do Estado
e contando ainda com 23 Polos da Universidade Aberta do Brasil – UAB.

Palavras chaves: Histórico da EaD no Mundo. Brasil. Maranhão.

REFERÊNCIAS

ALONSO, K. M. A expansão do ensino superior no Brasil e a EaD: dinâmicas e lugares.


Educ. Soc., Campinas, v. 31, n. 113, p. 1319-1335, out./dez. 2010.

ALVES, J. R. M. A história da EaD no Brasil. In: LITTO, F. M.; FORMIGA, M. (Orgs.)


Educação a Distância: o estado da arte. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2009, p. 9-13.

BRASIL. Decreto 5.622 de 2005. Regulamenta o art. 80 da Lei no 9.394, de 20 de dezembro


de 1996, que estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional.

BRASIL. Lei 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da


Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília, DF, v. 11, 2015.

MUGNOL, M. A Educação A Distância No Brasil: conceitos e fundamentos. Revista


Diálogo Educacional, vol. 9, n. 27, p.335-349. Pontifícia Universidade Católica do Paraná.
Paraná, Brasil, 2009.

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO MARANHÃO (UEMA). Resolução n.º 239/00 –


Consun/Uema. Cria o Núcleo de Educação a Distância – Nead. São Luís, MA, 2000.

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