Durabilidade de Estacas Metálicas Cravadas no Solo
Fabio Domingos Pannoni, Ph.D.
Gerdau Açominas, São Paulo, Brasil
RESUMO: Este artigo apresenta, de forma sucinta, os mecanismos eletroquímicos envolvidos no
processo de corrosão de estacas de aço e descreve, com algum detalhe, como o processo é controlado pela difusão do oxigênio no solo. Ele faz ainda um breve relato das considerações de durabilidade existentes em alguns dos mais importantes códigos internacionais e os compara com a Norma Brasileira, ora em revisão.
1 INTRODUÇÃO reações de redução (como, p.ex., a redução do
próton ou do oxigênio) devem acontecer Estacas de aço têm sido utilizadas em todo o simultaneamente sobre a superfície metálica. As mundo há mais de 120 anos e sua durabilidade reações de oxidação liberam elétrons que, tem excedido todas as estimativas teóricas de fluindo através do metal, são consumidos pelas durabilidade, especialmente em solos muito reações de redução. As reações de oxidação e de agressivos ou contaminados por produtos redução estão, desse modo, conectadas pelo químicos. Não há caso relatado na literatura fluxo de elétrons no interior do metal e por um internacional de falha estrutural causada pela fluxo de íons no meio aquoso. Assim, todo o corrosão de estacas de aço. processo fica condicionado à existência de um A farta literatura disponível tem indicado eletrólito, por onde os íons possam difundir-se, que os solos naturais são tão deficientes em e da manutenção, junto à superfície metálica, de oxigênio que o aço não é apreciavelmente espécies químicas que possam manter as afetado pela corrosão, independentemente do reações de redução ativas. tipo de solo ou de suas propriedades. Por exemplo, a corrosão do aço em soluções Características tais como tipo de solo, aquosas ácidas aeradas (pH < 4) pode ser drenagem, resistividade elétrica, pH ou descrita de modo sintético como: composição química não são de valia na determinação da corrosividade de um solo. Oxidação: Fe → Fe2+ + 2e- (1) Este artigo técnico discorre sobre os mecanismos básicos envolvidos no processo de Redução: 2H+ + 2e- → H2↑ (2) corrosão de estacas de aço cravadas no solo e de como a falta de oxigênio acaba por controlar Resultante: Fe + 2H+ → Fe2+ + H2↑ (3) todo o processo. O artigo relata também as exigências de sobre-espessura metálica Como segundo exemplo, temos a corrosão prescritas em alguns códigos internacionais e na do aço em soluções aquosas aeradas cujo pH Norma Brasileira. esteja situado entre 4 e 6:
Oxidação: Fe → Fe2+ + 2e- (4)
2 O MECANISMO ELETROQUÍMICO Redução: O2 + 4H+ + 4e- → 2H2O (5) A corrosão metálica em meio aquoso é um processo fundamentalmente eletroquímico. Para Resultante: 2Fe + O2 + 4H+ → 2Fe2+ + 2H2O que ela ocorra, reações de oxidação (p.ex., a (6) dissolução do metal, formando íons solúveis) e Um terceiro exemplo trata da corrosão do aço ou produtos for lento, a concentração de em soluções aquosas aeradas em que o pH espécies químicas próxima da superfície da esteja situado entre 6 e 10: estaca será consideravelmente diferente daquelas verificadas no seio do solo, distante da Oxidação: 2Fe → 2Fe2+ + 4e- (7) estaca. Sob estas novas condições, as reações Redução: O2 + 2H2O + 4e- → 4OH- (8) envolvidas no processo de corrosão acabam por consumir espécies químicas que, devido à Resultante: difusão, não são repostas rapidamente. Devido ao fato de que a velocidade da reação catódica é 2Fe + O2 + 2H2O → 2Fe2+ + 4OH- (9) proporcional à concentração do reagente na superfície metálica, a velocidade da reação será Assim, a reação de dissolução metálica limitada pela diminuição da concentração do (M → Mn+) é acoplada à reação catódica oxidante. Desse modo, o processo de corrosão (O → R), fornecendo a reação global: será totalmente controlado pelo transporte de massa. M + O → Mn+ + R (10) Três mecanismos contribuem para o transporte de massa no interior do eletrólito: Estas regiões, espacialmente distintas, são difusão, convecção e migração. Para espécies conhecidas como anodo (o local onde ocorre a neutras tais como o oxigênio dissolvido e para dissolução metálica) e catodo (o local onde espécies iônicas presentes em pequenas ocorre a reação de redução). quantidades no solo, as contribuições da Como os elétrons são liberados pela reação migração e da convecção são desprezíveis. O anódica e consumidos pela reação catódica, a transporte ocorre, basicamente, por difusão. A corrosão pode ser considerada em termos de descrição do transporte por difusão é feita, em uma corrente eletroquímica que flui da área geral, pelo modelo da camada de difusão de anódica para a área catódica. Nerst (uma simplificação da Equação de Fick), que postula que o volume de eletrólito pode ser 3 A CORROSÃO DE ESTACAS DE AÇO dividido em duas regiões. O oxidante (O) será transportado à uma A reação global que descreve o enferrujamento velocidade que é proporcional ao gradiente do de uma estaca cravada em um solo com pH ≈ 7 perfil concentração-distância. Este é o postulado pode ser descrita pelas mesmas reações da primeira lei de Fick, que se aplica sob descritas anteriormente (eq. 7 – 9). condições de equilíbrio, isto é, a concentração Desde que haja livre-trânsito dos íons no do oxidante e o gradiente de concentração são solo, teremos a combinação, na fase aquosa, dos constantes com o tempo: íons Fe2+ e OH-, formando o Fe(OH)2. Havendo algum oxigênio disponível, esta espécie química ∂Co será rapidamente transformada em FeOOH J = − D (11) ∂x (ferrugem) sobre a superfície metálica. Assim, assume-se que a velocidade de corrosão seja onde J é o fluxo, D é a constante de controlada tanto pelo processo anódico quanto proporcionalidade conhecida como coeficiente catódico. de difusão e Co é a concentração no ponto x. A Para que a corrosão aconteça, entretanto, o linha contínua na Figura 2 representa o perfil de agente oxidante deve chegar à superfície do aço. concentração calculado pela Lei de Fick. Do mesmo modo, os produtos de reação devem Uma análise simplificada pode ser obtida ser eliminados da superfície metálica através do através da linearização do perfil concentração- transporte para o interior do eletrólito, isto é, da distância, de acordo com o tratamento água existente entre as partículas constituintes conhecido como camada de difusão de Nerst . A do solo. Se o transporte de massa dos reagentes resistência ao transporte de massa acontece corrosão da estaca aconteça, em solos cujo pH dentro da camada de difusão e a linearização esteja situado entre 4 e 10 (isto é, quase que a fornece uma clara demarcação na distância d a totalidade dos solos naturais encontrados), partir da superfície metálica, de modo que, para torna-se necessária a presença simultânea de x > δ, a concentração do oxidante no solo é água e oxigênio. Na ausência de um deles, a mantida por processos de convecção (que não corrosão não acontecerá. ocorrem de modo apreciável). Em contraste, É justamente esta a situação verificada na para x ≤ δ, o reagente O é transportado até a quase totalidade dos solos naturais encontrados: superfície somente por difusão. a concentração de oxigênio é tão pequena Utilizando o tratamento simplificado, a eq. abaixo do primeiro metro de solo que a (11) pode ser escrita como: velocidade de corrosão torna-se ínfima. Este é o motivo pelo qual os resultados experimentais − D (Cosup erfície − C oseio ) disponíveis tem revelado que o aço não é J= (12) apreciavelmente afetado pela corrosão, δ independentemente do tipo de solo ou de suas propriedades. Na condição específica e onde C 0sup erfície é a concentração do reagente incomum de solos com pH < 4, a baixa (catódico) na superfície x = 0 e C 0seio é a concentração de oxigênio no solo não é mais concentração para x ≥ δ. Para que o estado de empecilho ao ataque, visto que ele agora equilíbrio seja mantido, todo o reagente independe da existência do oxigênio. Estacas transportado deve reagir eletroquimicamente, imersas em solos com esta condição, gerando uma corrente: independentemente da sua constituição, aço ou concreto, necessitarão de proteção contra o icatódico − D(Cosup erfície − Coseio ) ataque corrosivo. = (13) A Figura 1 ilustra o comportamento das nF δ estacas de aço imersas em solos com diferentes pH´s. Sob a condição limite C 0sup erfície → 0 , uma É importante ressaltar que a adição de cobre corrente máxima é obtida: aos aços estruturais não parece ter qualquer efeito apreciável na redução da velocidade com nFDoCOsup erficie que são corroídos quando imersos no solo ou na (icatódico ) lim ite = (14) δ água (Morley e Bruce 1983). Desse modo, não se justifica o uso de aços estruturais resistentes Como esta é a máxima corrente catódica que à corrosão atmosférica, como os aços pode fluir, ela também representa a máxima patináveis, em estruturas enterradas. velocidade de corrosão que pode ser atingida: 4 PRESCRIÇÕES NORMATIVAS sup erficie (icorrosão )max = (icatódico )lim ite = nFDO C O (15) A corrosão de estacas de aço cravadas no solo δ tem sido estudada extensivamente (Bjerrum 1957, Booth et al. 1967, Bruce 1979, Morley A equação acima indica que, para uma 1977, Morley e Bruce 1978c, Steel Bearing reação catódica controlada pelo transporte de Piles Guide 1977, Trethwey 1988). Uma revisão massa, a velocidade é diretamente proporcional abrangente, feita por Morley (1978a), utilizando à concentração do reagente catódico e é dados obtidos na Inglaterra e em vários outros inversamente proporcional à espessura da países, conclui que, a menos que o solo seja camada de difusão, que é determinada pela extremamente ácido (pH < 4), a corrosão de velocidade do fluido. estacas cravadas em solos naturais é Um ponto fundamental, já visto desprezível, independentemente do tipo de solo anteriormente, deve ser ressaltado: para que a e de suas características. O pequeno ataque é atribuído aos baixos níveis de oxigênio independentemente do tipo de solo encontrado. presentes nos solos naturais. Propriedades do solo tais como composição química, resistividade, potencial redox e pH não são de ajuda na previsão da velocidade de corrosão do aço. Ao contrário, seu uso parece acarretar uma superestimativa das velocidades de corrosão. A Norma cita um grande número de resultados experimentais, como Romanoff (1957), Shreir (1976), Morley (1978b), Beckwith (1979), Eadie (1979), Eadie e Kinson (1980) e Morley e Bruce (1983). A leitura destes artigos mostra que, em muitos casos, a espessura residual da estaca de aço cravada em solos naturais se encontra dentro das tolerâncias das espessuras de laminação, mesmo após muitas décadas de serviço.
4.2 ENV 1993-5 “Eurocode 3: Design of
Steel Structures – Part 5: Piling”
O Eurocode 3: Design of Steel Structures – Part
5: Piling (1993) indica que a espessura a ser descontada da estaca é função das características do solo e da vida útil de projeto da fundação. A Tabela 2 traz a prescrição do Eurocode. Figura 1: Ilustração do comportamento das estacas de aço imersas em solos com diferentes pH´s. Estacas imersas Considera-se que as velocidades de corrosão em solos com pH > 4 não apresentam corrosão, pois de aterros compactados sejam menores do que dependem da difusão de oxigênio no solo, que é muito as encontradas em aterros não compactados, pequena. Por outro lado, estacas (de aço ou concreto) onde o teor de oxigênio é muito superior. imersas em solos com pH < 4 apresentam corrosão, pois a reação catódica independe da difusão do oxigênio. Assim, os valores prescritos na Tabela para aterros devem ser divididos por dois, caso o As conseqüências práticas destas aterro seja considerado compactado. observações podem ser encontradas nas É importante ressaltar que o Eurocode reúne prescrições de durabilidade de códigos a experiência prática de muitos países europeus, internacionais, tais como a BS 8004 (1986), o com diferentes condições de clima e solos, o código da AASHTO (1994) e o Eurocode 3: que torna seu uso extremamente abrangente e Design of Steel Structures – Part 5: Piling confiável. (1993), que serão detalhados a seguir. 4.3 LRFD Design Specifications for Highway 4.1 BS 8004:1986 “British Standard Code of Bridges da AASHTO Practice for Foundations” A AASHTO considera que as estacas de aço A Norma Inglesa BS 8004 (1986), em sua mais cravadas em solos naturais não são afetadas pela recente versão, afirma que a velocidade de corrosão, e, portanto, nenhuma proteção corrosão de estacas de aço cravadas em solos especial é necessária. A corrosão localizada, por naturais, incluindo solos de praias, rios, lagos, pites, pode ocorrer na parte superior da estaca, mar, enseadas e portos, é muito pequena, em certos solos aerados. Entretanto, estas áreas são normalmente protegidas da corrosão através do emprego dos blocos de coroamento, em de alta e baixa resistividade. concreto. Como resposta, temos que as estacas cravadas em solos naturais não necessitam de Tabela 2: Perda de espessura (mm) devido à corrosão, qualquer tipo de proteção (incluindo sobre- para estacas de aço cravadas em solos, independentemente do nível do lençol freático. espessura). Para solos que possuam uma ou Vida útil mais das condições descritas acima, torna-se 05 25 50 75 100 requerida necessária uma avaliação técnica de modo a anos anos anos Anos anos de projeto definir o melhor modo de proteção requerido Solos (p.ex., pintura, proteção catódica, etc.). naturais (areia, É importante ressaltar que estas condições 0 0,3 0,6 0,9 1,2 válidas tanto para o aço quanto para o concreto. silte, argila, etc.) 4.5 NBR 6122: 1996 “Projeto e Execução de Solos Fundações” naturais poluídos e 0,15 0,75 1,5 2,25 3 aterros A Norma Brasileira NBR 6122 (1996) industriais prescreve que as estacas de aço devem resistir à Solos corrosão pela própria natureza do aço ou por naturais tratamento adequado. Do mesmo modo que os agressivos 0,2 1 1,75 2,5 3,25 códigos internacionais, ela indica que as (pântanos, turfa, etc.) estacas, quando enterradas em solos naturais, Aterros independentemente da situação do lençol não freático, dispensam qualquer tratamento compacta- especial – uma visão compartilhada pelo código dos e não 0,18 0,7 1,2 1,7 2,2 norte-americano. agressivos (argila, Entretanto, no parágrafo 7.8.2.3.2., ela areia, afirma que “Quando a estaca trabalhar total e silte, etc.) permanentemente enterrada em solo natural, Aterros deve-se descontar da sua espessura 1,5 mm por não face que possa a vir a entrar em contato com o compacta- dos solo, excetuando-se as estacas que dispõe de 0,5 2 3,25 4,5 5,75 proteção especial de eficiência comprovada à agressivos (cinzas, corrosão.” escórias, Embora não existam registros claros da etc.) origem desta imposição, ela parece ser oriunda do código inglês, visto anteriomente. O código apresenta, à semelhança do É importante ressaltar que a BS 8004 (1986) Eurocode, certas condições do solo que são utiliza, nesta prescrição, dados provenientes da indicativas de sua possível agressividade: Inglaterra e também de outros países. Foram 1. Solos com resistividades menores do incorporados alguns dados japoneses (Osaki que 100 Ω.mm-1; 1982), obtidos em alguns solos especialmente 2. Solos com pH < 5,5; ácidos (pH < 4). Assim, o valor sugerido para o 3. Solos com 5,5 < pH < 8,5 que desconto de espessura prescrito pela BS 8004 contenham alto teor de matéria orgânica; (1986) é, sabidamente, exagerado. O Eurocode, 4. Solos com [ SO42− ] > 0,10 %; que também considera estes dados obtidos no 5. Aterros recentes ou solos contendo Japão, traz um enfoque mais realista: um cinzas; conjunto muito grande de dados foi analisado, e 6. Solos sujeitos à drenagem de minas ou os dados obtidos naquela região específica do de drenagem de indústrias; Japão acabaram sendo “diluídos” no grande 7. Misturas de solos altamente alcalinos, conjunto de dados considerado. 5 CONCLUSÕES Research Laboratories. Eurocode 3: Design of Steel Structures – Part 5: Piling (1993), European Committee for Standardization, Estacas de aço cravadas no solo apresentam Bruxelles, Belgium. enorme durabilidade devido à baixa LRFD Design Specifications for Highway Bridges (1994). concentração e difusividade do oxigênio nos American Association of State Highway and solos naturais. Assim, o controle do processo de Transportation Officials (AASHTO), Washington, corrosão é dado pelo transporte de massa (do D.C.. Morley, J. (1977). “A Corrosion Examination of Extracted oxigênio) até a superfície metálica, limitando o Larssen Piles”, Report T/CS/906/3/77/C, British Steel processo de redução catódica. Technical, Teesside Laboratories. Alguns dos mais importantes códigos Morley, J. (1978a). “A Review of the Underground normativos internacionais consideram que a Corrosion of Steel Piling”, Report T/CS/1114/1/78/C, corrosão da estaca, em solos naturais, é muito British Steel Technical, Teesside Laboratories. Morley, J (1978b). “A Corrosion Examination of pequena, ou mesmo inexistente: o código norte- Extracted Piles from Beach Groynes”, Report americano não prescreve sobre-espessura; o T/CS/906/6/78/C, British Steel Technical, Teesside Eurocode apresenta uma tabela onde é apresenta Laboratories. a sobre-espessura a ser aplicada, que é função Morley, J. e Bruce, D.W. (1978). “A Corrosion Examination of an Extracted H-Bearing Pile: das características do solo e da vida útil de Scotswood Bridge”, Report T/CS/906/5/78/C, British projeto da fundação. Steel Technical, Teesside Laboratories. A comparação dos códigos internacionais Morley, J. e Bruce, D.W. (1983). “Survey of Steel Piling analisados com a Norma Brasileira indica a Performance in Marine Environments”, ECSC aplicação, no Brasil, de uma grande sobre- Sponsored Research Contract No. 7210, KB/804, BSC Ref. No. 597 – 811. espessura de aço (1,5 mm), não havendo NBR 6122 (1996) “Projeto e Execução de Fundações”, resultados experimentais locais que justifiquem Associação Brasileira de Normas Técnicas, Rio de esta exigência. Janeiro, Brasil. A NBR 6122 (1996) passa, atualmente, por Osaki, Y. (1982). “Corrosion of Steel Piles Driven in Soil um período de revisão. O autor sugere que a Deposits”, Soil and Foundations, Vol. 22, No. 3, September. comissão encarregada desta revisão considere a Romanoff, M. (1957). “Corrosion of Steel Piling in Soil”, discussão da adoção de exigências de sobre- National Bureau of Standards, Monograph No. 58, US espessura consagradas internacionalmente. Dept. of Commerce, Washington, DC. Shreir, L.L. (1976). “Corrosion – 2nd. Ed.”, Newnes- REFERÊNCIAS Butterworths, London. Steel Bearing Piles Guide (1997). Publication Number P156, The Steel Construction Institute. Beckwith, N.R. (1979). “Corrosion Test Programme of Trethewey, K.R. e Chamberlain, J. (1988). “Corrosion for Steel Piles in River Murray Swamp Land South Students of Science and Engineering”, Longman Australia”, Engineering and Water Supply Dept., Scientific & Technical, Harlow (UK). South Australia. Bjerrum, L. (1957). “Norwegian Experiences with Steel Piles to Rock”, Geotechnique, Vol. 7, p. 73. Booth, G.H., Cooper, A.W. e Wakerley, D.S. (1967). “Criteria of Soil Aggressiveness Towards Buried Metals – Part I, II e III” British Corros. J., 2, May. Bruce, D.W. (1979): “Corrosion of Steel Piles at BTP Tioxide Site at Hartlepool”, Technical Note No T/CS/TN/19/79/D, British Steel Technical, Teesside Laboratories. BS 8004 (1986) “British Standard Code of Practice for Foundations”, British Standards Institution, Milton Keynes, UK. Eadie, G.R. (1979). “The Durability of Steel Piles in Soils”, Broken Hill Proprietary Co. Ltd., Melbourne Research Laboratories. Eadie, G.R. e Kinson, K. (1980). “Examination of Steel Piling Recovered From Port Adelaide After 52 Years Service”, Broken Hill Proprietary Co. Ltd., Melbourne