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O NIILISMO EM NIETZSCHE E A

AMBIVALÊNCIA EM

BAUMAN:

uma leitura possível do modelo civilizatório

ocidental.
Prof. Sandro Luiz Bazzanella – Novembro de 2003 – sandroba@terra.com.br
Motivação inicial da pesquisa

- Contexto existencial contemporâneo apresenta-se


desafiador à condição humana.

A) Transformações em todos os campos da atividade


humana, incidindo sobre a “condição humana”.

B) Sensação de um futuro promissor - algo novo se


anuncia no horizonte - progresso.

C) Crise das instituições - Estado, Família, Igreja,


Escola, Valores ...
NECESSIDADE DA PESQUISA - JUSTIFICA-SE:

- Diante do sentimento de “Mal-estar” em que se encontra a


condição humana contemporânea:
- Possibilidade de lançarmos um olhar atento, investigativo,
genealógico, às bases do modelo civilizatório ocidental:
- Perceber-se como condição humana - frágil, contingente,
parcial, passageira em sua dinâmica trágica.
- Participantes do jogo existencial movido pela liberdade humana
- Dar-se conta de que talvez a existência não tenha a finalidade
pré-determinada imposta pela civilização ocidental.
- Percepção - diante da fragmentação das propostas civiliza-
tórias, o que nos resta é a razão - convencionarmos perspectivas
de sobrevivência, de tolerância.
Objetivos da pesquisa:
- Questionar as bases sobre as quais a existência humana foi
alicerçada ao longo do desenvolvimento da proposta civili-
zatória ocidental e os custos exigidos contemporaneamente
à condição humana.
- Analisar, a partir das perspectivas de Nietzsche e das
reflexões contemporâneas de Bauman, o cansaço existencial
presente no modelo civilizatório ocidental e sua relação com o
desmoronar das verdades, certezas e convicções que alicerça-
ram a cosmovisão moderna.

- Realizar uma leitura das bases metafísicas, teleológicas e esca


tológicas que alicerçaram a civilização ocidental, possibilitan-
do a percepção da necessidade do indivíduo libertar-se do
grande rebanho, assumindo a própria existência numa dinâ-
mica trágica.
ESTRUTURAÇÃO DA PESQUISA:
CAP. I - O DIÁLOGO POSSÍVEL ENTRE FRIEDRICH W. NIETZSCHE E ZYGMUNT
BAUMAN SOBRE O MODELO CIVILIZATÓRIO OCIDENTAL MODERNO.
CAP. II - O NIILISMO EM NIETZSCHE
2.1. Niilismo Passivo
2.2. Niilismo Reativo
2.3. Niilismo Ativo
CAP. III - MANIFESTAÇÕES DO NIILISMO NO MODELO CIVILIZATÓRIO
OCIDENTAL MODERNO.
3.1. Crítica à Filosofia da história.
3.2. Crítica aos ideais ascéticos. (Filosofia, Cristianismo e Ciência).
3.3. Niilismo Estado e Democracia.
3.4. Niilismo Igualdade e Socialismo.
CAP. IV - A AMBIVALÊNCIA EM ZYGMUNT BAUMAN.
CAP. V - MODERNIDADE NIILISTA E CONTEMPORANEIDADE AMBIVALENTE
5.1. Da Ordem Moderna ao Caos Contemporâneo: Modernidade sem ilusões.
5.2. A Dinâmica Trágica da Vida numa Perspectiva Ambivalente.
5.3. Individualidade ou Privatização das Incertezas Existenciais.
5.4. Eu Moral ou Moralidade de Mercado.
5.5. O Mundo dos Especialistas ou Resistência Intelectual.
CAP. I - O DIÁLOGO POSSÍVEL ENTRE FRIEDRICH
W. NIETZSCHE E ZYGMUNT BAUMAN SOBRE O
MODELO CIVILIZATÓRIO OCIDENTAL MODER
NO.
 É possível estabelecer um diálogo entre estes autores -
NIETZSCHE e BAUMAN - em torno de uma crítica
ao modelo civilizatório ocidental moderno ?
 Complexidade desta tarefa diante da potencialidade destes pensadores.
 Desconsiderar este desafio significa correr o risco de cairmos:
- Reducionismo de idéias;
- Perda inestimável de encontrar-se com a vida em sua perspectiva
contingente, provisória e dinâmica
 O DIÁLOGO É POSSÍVEL:
- Se estabelece em tono da “condição humana participante da
proposta civilizatória ocidental em seus desdobramentos
moderno e contemporâneo.
Suas conseqüências ontológicas:
a) Crise das totalidades civilizatórias - ordem e certeza.
b) Alto custo humano exigido pela civilização.
* Nietzsche reivindica como tarefa:
FRIEDRICH W. - Procurar por tudo o que é estrangei-
NIETZCHE ro e problemático na existência.
- Por tudo aquilo que foi exilado pela
1844 - 1900 moral.
Nasceu em 15/08 em Röcken
Alemanha - Intensidade na relação vida e obra.
Morreu em 25/08 em Weimar - Obra aforismática, assistemática,
pulsante em relação à vida.
- Extemporâneo - crítico do seu
tempo e de seu espírito de época.
- Excêntrico - afasta-se do clamor da
plebe, dos grito da multidão .
-Isto lhe exige um preço, pago com a
vida.
A) Incompreensões de toda ordem.
B) Descaso,desinteresse.
C) Silêncio em torno de sua obra.
D) Solidão - condição privilegiada.
ZYGMUNT BAUMAN Pensador - trajetória existencial
vivenciada ao longo do séc. XX.
Nasceu em Poznan (Polônia) - Presenciou a invasão do seu país
1925. em 1939 pelas tropas alemãs.
- Participou de lutas de resistência.
- Iniciou seus estudos e carreira na
Universidade de Varzóvia.
- Em 1968 teve artigos e livros cen-
surados, sendo afastado da univer-
dade - regime comunista.
- Viveu a saga dos pensadores sem
pátria - emigrou para Canadá,
EUA, Austrália, Inglaterra.
- Caracteriza-se por ser um pensador articulado e sensível com a con-
dição humana na contemporaneidade.
- Bauman - uma das vozes destoantes no mar de certezas globais.
- Mantém a ousadia de pensar por própria conta e risco a existência..
NIETZSCHE E BAUMAN

- Captam o espírito do modelo civilizatório ocidental - sua lógica de


purificação e higienização da existência - ordenação do caos.
- Denunciam o cansaço, a exaustão, o descrédito do homem civilizado.
- Percepção caráter fragmentário, contingente, ambivalente da vida.
- Apresentam a vida como um jogo, imprevisível em seu resultado .

NIETZSCHE BAUMAN

- Transvaloração dos valores - Experiência ambivalente âmbito


- Livrar-se da moral rebanho. individual - eu moral - e social.
- Superação do homem - A liberdade indivdual se pode ser o
civilizado, de suas muletas e resultado do trabalho coletivo
apetrechos transcendentes.- - Perspectiva de socialidade, tole-
- Andarilho e sua sombra. rância,asdiferenças e diversidades.
CAP. II - O NIILISMO EM NIETZSCHE
 Niilismo - Doutrina segundo a qual o absoluto não existe.
- Caracterizada:
a) pessimismo metafísico.
b) ceticismo - em relação valores tradicionais.
às pretensões de construção social em
bases científicas.

 Dostoiévski - “Se Deus não existe tudo é permitido”.

O Niilismo em Nietzsche:
- Assume contornos de denúncia do vazio de sentido.
- Perspectiva do homem sentir-se lançado num mundo labiríntico,
incompreensível.
- Denunciado e Anunciado por Nietzsche - única possibilidade.
- Possibilidade do homem assumir a vida em ato - presente existencial.
2.1 NIILISMO PASSIVO
 Esta na base do modelo civilizatório ocidental.
 Passividade do homem frente a dinâmica trágica da vida.
 Estabelecimento de juízos de valor sobre a vida.
 Supressão dos valores cosmológicos e fisiológicos.
 Desvalorização deste mundo, da terra, do corpo, da vida.
 O homem deixa de partilhar o destino de todas as coisas para
tornar-se um “ser” - “natureza humana”.
 Depreciação desta vida em nome de outra vida a eterna.
 Leva o homem a dar sentido à existência humana - “escravidão à
finalidade.

 Momentos decisivos na afirmação da civilização ocidental.


A) Metafísica da Racionalidade - Sócrates, Platão, Aristóteles.
 Razão, conceitos, verdades, essências, transcendências.
B) Moral Judaíco-cristã - busca do além-mundo, além-túmulo.
C) Racionalidade Científica Moderna - Objetivação do mundo.
2.2. O NIILISMO REATIVO
Apresenta-se a partir da constatação, da fragilidade, insusten-
tabilidade das verdades, essências e transcendências propos-
tas pela metafísica da racionalidade.
Percepção de que todo esforço de conhecimento feito pelo ho-
mem não passa de um exercício antropomórfico.
Constatação da “Morte de Deus”
A) Descrença nos valores transcendentes que julgavam a vida.
B) Desabam as perspectivas teleológicas e escatológicas.
Crise existencial - percepção de que a existência não tem senti-
do, finalidade.

Niilismo reativo - Cansaço, exaustão diante da vida.


- Desmoronar de uma cosmovisão onto-teológica e metafísica.
- Fragmentação das totalidades societárias doadoras de sentido.
- Resignação do homem civilizado diante do sentimento da
impossibilidade de assumir-se a si próprio.
2.3. NIILISMO ATIVO
 O anúncio da morte de Deus - praça pública.
pública
Caem as essências transcendentais - “Ser”
“Unidade”, “Verdade”, “Vida eterna”.
Caem a moral judaico-cristã - bem e mal.
Caem as pretensões universalizantes da
metafísica do conhecimento.
Desmoronam os alicerces da civilização
ocidental - do grande rebanho - dos espí-
ritos de gravidade.

Niilismo é nossa única chance - Cabe ao homem procurar o sentido do


mundo no próprio mundo.
 Viver a divindade na multiplicidade de formas de manifestação da vida.
 Transcendência na imanência.
 É a perspectiva de viver intensamente as possibilidades ofertadas pela
pela existência.
NIILISMO ATIVO:

 Coragem de assumir a existência em sua perspectiva trágica - repleta de


contradições, de conflitos, de dores, prazeres, de vida e morte.

 Dizer sim à vida


- Participar afirmativamente da contradição, do jogo existencial
movido pela vontade de potência (força vital presente no universo).

 Voltar a ser criança


- Condição sem conceito - um balbuciar desejoso da existência.
- Disponibilidade para o jogo, para o lúdico, para a invenção.
- Inocência que brinca com a vida silenciosamente.
- Manifestação estética participante do vazio criativo imanente.
- Participar ativamente do porvir trágico sem ilusões, Transcendências.
CAP. III - MANIFESTAÇÕES DO NIILISMO NO MODELO
CIVILIZATÓRIO OCIDENTAL MODERNO.

 Nietzsche - concepção do “Projeto Genealógico”.


Contribuição arqueológica e histórica a serviço da vida.

Características:

a) Interpretação minuciosa dos vestígios deixados pela civilização.


b) Reencontro das diferentes cenas de representação da civilização.

 Busca:
- Dos juízos de valor, da moral, dos critérios que se constituíram e
se afirmaram como possibilidade de:
* Julgamento da vida;
* Repressão dos instintos - marcas em nossos corpos.
* Conformar a vida em pressupostos Metafísicos, Judaíco-Cris-
tãos e Científicos.
3.1. CRÍTICA Á FILOSOFIA DA HISTÓRIA

* Nietzsche - História elevada à condição de grande razão - ciência.


- Determinante da verdade dos fatos históricos
- Disfarçar a dinâmica trágica da vida a partir da
concepção de tempo - passado - presente e futuro.

3.2. CRÍTICA AOS IDEAIS ASCÉTICOS

 Proposta civilizatória - Farsas metafísicas, insustentáveis.


 Mundos imaginários, conceituais, ideais.

 Conformar o homem - Animal de rebanho, pacífico, uniforme.


- Necessidade da moralidade como emanação do instinto gregário.
- Conceitos morais: “consciência de culpa”, “sacralidade dever”
 Fuga do homem civilizado de si mesmo
 Violentar-se a si mesmo - Crueldade contra si próprio.
 Asceta que trata a vida como um caminho errado.

 A trajetória da civilização é a própria desvalorização imanente


da vida.

3.2.1. Filosofia e Niilismo


 Filósofos sistematizadores e construtores de novos céus, de sentido e
finalidade à existência.
 Portadores de Vontade de verdade - Conhecimento = virtude =
felicidade.

3.2.2. Cristianismo e Niilismo


 Adestramento do homem como animal de rebanho impondo a
perversão dos instintos vitais.
 Religião da hostilidade, do enfraquecimento da vontade de potência
3.2.3. Ciência e Niilismo
 Perspectiva científica - estabelecimento e absolutização de verdades.
 Depositária dos pressupostos herdados da filosofia e da teologia.
 Estabelece o “orgulho antropomórfico - o homem não é um animal
como os outros - a terra não é um planeta como os outros.

3.3. NIILISMO ESTADO E DEMOCRACIA

a) Estado
 Materialização da racionalidade ocidental - metafísica e teologia -
ordenação da sociedade (rebanho).
 Seu surgimento se da pela violentação da diversidade existencial.
Estabelecimento da coletividade - leis, normas, preceitos morais ..

b) Democracia
- Auto-mediocrização da humanidade.
- Direitos iguais aos desiguais - aniquilamento das diferenças.
- Uniformização da vontade do rebanho.
3.4. NIILISMO, IGUALDADE E SOCIALISMO

a) Igualdade - Perspectiva “essencial” para que os mais fracos, o rebanho,


os zeros somados possam suportar a tragédia da existência.
- Eliminar as diferenças , rebaixar a vida, diminuindo as inten-
sidade de forças em constante combate.

b) Socialismo - Herdeiro dos filósofos da metafísica, da teologia.


- “ da racionalidade científica.
- “Crença” princípio da igualdade, da justiça e solidariedade.
- Alimentar - esperança de rebanho - sociedade perfeita.

- “O socialismo pode servir para ensinar, de modo brutal e enérgico, o perigo


que há em todo acúmulo de poder estatal.”
CAP. IV - A AMBIVALÊNCIA EM ZYGMUNT BAUMAN

 Contemporaneidade :
- Desmoronamento cotidiano de verdades e certezas que
sustentavam a cosmovisão moderna.
- Fragmentação das totalidades societárias e suas promessas de
salvação - Socialismo, Liberalismo...
- Vazio das propostas utópicas; Limites da ciência; Custo
da “marcha” do progresso; Definhamento do Estado.
- Sensação de fim do futuro, de fim da história.
- Esforços pela construção de um mundo em paz e harmonia se
revelam frágeis, inconsistentes.
- Vivemos num contexto de “produção social de indiferença
moral” e de “invisibilidade moral”.
- Bauman caracteriza-se pelos sintomas de exaustão, cansaço,
fragmentação, sensação de desordem.
 Tarefa primordial do modelo civilizatório ocidental moderno.
 Construção de uma ORDEM ao caos da existência.
 Superação de situações que escapassem ao domínio da racion.
 Busca pela quantificação, mensuração, planejamento, do mun-
do, da existência.
 Triunfo da racionalidade científica, calculadora, planejadora.
 Civilização - imposição da ordem à uma humanidade
naturalmente desordenada.

 Lógica intrínseca do M. Civilizatório Ocidental Moderno .


 Incansável e inconcluso esforço ordenador - obsessiva marcha adiante.
 Mito do progresso ininterrupto, infindável.
 Crença (fé) na técnica e na ciência.
 Utopias de uma humanidade perfeita, higienizada, purificada de suas
contingências e ambivalências.
 Construtora de uma ordem artificial e de grandiosos projetos societários.
 Racionalidade em evidência - dos planejadores, administradores,
economistas e consultores.
 Custos da construção da ordem ocidental moderna.

a) Aniquilamento do homem em sua experiência em meio a


diversidade e à contingência existencial.
b) Troca da liberdade pessoal, pela segurança do rebanho.
c) Aceitação das verdades e certezas do conhecimento
científico.

 AMBIVALÊNCIA

 Caracteriza-se pela dificuldade que enfrenta- mos em


nomear, ordenar, dar sentido ao mundo, à existência.

 É inerente a lógica de estruturação do modelo civilizatório


ocidental moderno.
 BAUMAN - Ambivalência - Condição Existencial Humana.

Reverso da ordem - insustentabilidade das verdades, certezas e sentidos


universalizantes impostos à existência pelo M. Civ. Ocidental. Moderno.
Oportunidade do homem abandonar o vocabulário parasitário de esperança.
numa ordem totalitária transcendente - Estado, Ciência, Educação, Utopias,
Linguagem.
Dar-se conta de que as certezas não passam de hipóteses.
as histórias não passam de construções humanas.
as verdades são apenas estações temporárias.

Oportunidade de nos colocarmos diante de uma “Modernidade


Modernidade sem Ilusões”:
Ilusões
a) Indivíduo emancipado de sua pretensão de verdades e certezas, de
projetos de vida.
b) Assumir a razão em sua perspectiva ambivalente - “Iluminismo cético”
c) Exige do homem assumir os riscos de suas decisões.
d) Assumir a vida numa perspectiva ambivalente -experiência do jogo.
CAP. V - MODERNIDADE NIILISTA E
CONTEMPORANEIDADE AMBIVALENTE

 Custos cobrados ao homem na edificação da civilização ocidental


exigiram do homem: Submissão, repressão do corpo, dos instintos.
Negação valores fisiológicos, cosmológicos.
Crença - pressupostos metafísicos, científicos.

 Quanto maior o esforço de ordenação do caos, proporcional é a


emergência de contradições, de ambivalências.

 A insustentabilidade e a tirania das propostas totalitárias surgidas a


partir dos ideais utópicos.

 Uma sociedade igualitária não pode ser uma sociedade livre


 A perspectiva de uma “Modernidade sem ilusões” - necessidade de
diminuirmos a altura de nossas utopias de perfeição, de progresso, de
verdades e certezas.

 Homens civilizados - condenados a renascer das próprias cinzas -


temos que aprender a rir de nosso espírito de gravidade - assumir nosso
destino ensaiando passos de dança sobre o abismo.

 Viver a partir da experiência cotidiana com o mundo, admitindo riscos


em estado de solidão.

 Experiência da ambivalência - viver com os próprios medos, tentar


cuidar suas feridas, mesmo sabendo que são incuráveis.

 A moral se estabelece a partir de escolhas pessoais, intransferíveis, de


assumir-se como indivíduo responsável pelas sua decisões e ações.
 Aprendemos duramente que a moralidade pessoal é que torna a
negociação ética e o consenso possíveis.

 O mundo do qual participamos é um mundo estilhaçado numa


multiplicidade de pequenas certezas (administráveis) quase que
instantâneas.

 Talvez o que nos sobrou da experiência civilizatória ordenadora e doadora


de sentido à condição humana é a razão - “A razão não pode tudo, mas é
o único bem que temos”

 Possibilidade perceber a vida participante do jogo existencial, onde o que


menos interessa é o regulamento previamente definido e o resultado final,
senão o fato de estar jogando.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

 Para além de ser um iluminista reformador das teses


modernas há uma proposta em Nietzsche:

 Homem assumir a vida a partir de sua perspectiva trágica:


- Afastando-se da necessidade de verdades, certezas,
sentidos e finalidades para a existência.
- Afastando-se do peso das tradições, da esperança no futuro.
- Afastando-se da arrogância da metafísica do conhecimento.
- Afastando-se do peso de toda e qualquer moral
julgadora, normativa e coercitiva da vida.

 Possibilidade do homem perceber-se:


- Participante da vontade de potência - força vital presente no
mundo que promove a renovação constante da vida.
- Suportar a dinâmica trágica da condição humana e mesmo assim querer
uma nova chance de retornar ao jogo da existência.
- Abandonados pelos deuses, frustrados com o desmoronar dos valores
transcendentes, descrentes nas propostas de salvação societária nos vemos
impelidos a conviver com nossa própria sombra - “O andarilho e sua
sombra” vivendo intensamente o jogo da vida.

 PROPOSTA DE BAUMAN:

- Contemporaneidade é a possibilidade de fazer a experiência de um “Ilumi-


nismo sem ilusões”, de promessas, esperanças metafísicas, teleológicas.
- Experiência da ambivalência em seus limites e possibilidades.
- Constatar que todo esforço de ordenação, planejamento e administração
do mundo, da existência, apresenta-se contraditório, paradoxal.
- A incerteza, o risco - integrantes da experiência existencial contemporânea.
- A existência participante do jogo vital onde o “cuidado de si” é condição
de vida, de socialidade, de Tolerância.
Relativizando verdades e essências, a vida poderá dançar mais
livre, leve e solta, fazendo com que este átimo de tempo que
representa nossa passagem pelo planeta, se apresente como
uma possibilidade de
intensa experiência trágica e apaixonada pelo jogo da vida...

Nesta perspectiva quem sabe a vida poderá ...

FIM

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