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A Guerra do Fogo

Trabalho por Anônima, estudante de Psicologia @ , Em 06/06/2004 5

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A Guerra do Fogo ,dirigido por Jean Jacques Annaud com Everett McGill, Raen Dawn Chong,
Ron Perlman, Nameer El Kadi é baseado na obra de S.H. Rosny Sr, o Roteirista Gerard Brach se
juntou a Annaud para levar as telas este pequeno épico que tem como tema principal a
descoberta do fogo.

O filme aborda a pré-história tendo como meta retratar como decorreu a vida do homem há
80.000 anos atrás, quando a terra era habitada por seres primitivos, vivendo em cavernas, em
grupos nômades, especificando a espécie Homo Sapiens tendo ao lado animais pré-históricos,
como o tigre dente-de-sabre, o mamute, entre outros a qual o filme se refere, observando sua
evolução ao longo do tempo, suas descobertas e costumes, tendo objetivo central, de acordo
com o nome do filme, revelar como decorreu a descoberta do fogo.

A guerra do Fogo tem como enredo a briga entre dois grupos de homínidios que tinham
hábitos diferentes de vida por não estarem na mesma fase de evolução. É evidente que por se
passar na pré-história o filme não apresenta diálogos.E a única linguagem que se vê são as
ações dos personagens, gritos , grunhidos e pela linguagem corporal.

O enredo se desenvolve mostrando uma constante luta entre pequenos grupos tribais para
manter a posse de uma chama de fogo, que é disputada como algo vital, pois além de oferecer
a possibilidade da ingestão de alimentos trabalhos, em forma de assados, ajudava também, a
combater o frio e a espantar, principalmente, as alcatéias de lobos.

A tribo Ulan é utilizada como personagem central ,vivendo em torno de uma fonte natural de
fogo, onde é atacada por lobos e macacos, perdendo durante a luta o fogo que mantinha
acesso a todo custo.Não sabendo como reacende-lo.

Ao longo do filme três membros saem em busca de uma nova chama pela floresta, onde no
caminho eles passam pelos mais variados problemas e parecem ganhar mais consciência e
razão a cada novo obstáculo superado.

Depois de vários dias andando e enfrentando animais pré-históricos ,a natureza e o


desconhecido, eles encontram a tribo Ivakas, que sabia como fazer fogo.
Para que o segredo seja revelado, eles seqüestram uma mulher Ivaka. A crueldade e o rude
conhecimento de ambas as tribos vão sendo revelados.A procura do fogo, elemento que será
fundamental para sua sobrevivência, porém ali, permanece como um mistério o qual ninguém
sabia comandado a sua criação.

Como foi dito anteriormente, as duas tribos tinham hábitos diferentes por estarem em etapas
distintas de evolução.

Enquanto o primeiro grupo, a tribo Ulam tinha o fogo como um fenômeno sobrenatural,
cultuando-o, pois não tinham noção como fazê-lo, o segundo grupo, a tribo Ivakas, dominava a
tecnologia do fogo.

Enquanto a linguagem na tribo Ulan não estava muito distante dos primatas, pois baseava
simplesmente em gritos e grunhidos, se assemelhando a animais irracionais, a tribo Ivakas
tinha uma comunicação mais completa, pois os sons eram mais articulados, tendo assim uma
linguagem oral mais desenvolvida - , classificados por Rosseau como primeiras manifestações
de linguagem no homem, que é a expressão de suas paixões como a dor e o prazer.

Além disso existe também outros elementos culturais como habitação e ritos que denotam um
maior grau de complexidade do segundo grupo para o primeiro.

A primeira imagem do filme define como era o mundo para aqueles homens naquela época.
Uma paisagem de uma terra visivelmente inexplorada, com um pequeno foco de fogo - o
objeto tema do filme – em seu interior. Porém, não podemos afirmar que para eles, aquele
mundo era

O período Paleolítico (também conhecido como Idade da pedra lascada) da pré-história é


representado no filme “A guerra do fogo”. O filme se passa há 80.000 anos e, nesta época, as
primeiras espécies de hominídeos viviam em cavernas devido às baixas temperaturas
decorrentes do período glacial e também para proteção contra ataques de animais selvagens.

A principal característica desse período é a produção e utilização, pela primeira vez, do fogo. E
é o fogo o elemento central da história deste filme. O grupo Ivaka, mais desenvolvido,
dominava a técnica de fazê-lo, enquanto os demais grupos cultuavam e tratavam-no como
objeto sobrenatural, provocando desta forma um intenso conflito para a sua aquisição, devido
aos benefícios que esta descoberta proporcionava.

São mostrados no filme quatro diferentes grupos de hominídeos. A primeira tribo, dos Ulam,
composta de hominídeos mais primitivos, é surpreendida por um ataque para a obtenção do
fogo da tribo dos Wagabou (pouco evoluída e quase não se diferencia dos macacos devido aos
seus corpos cobertos de pelos e por não possuir expressão de linguagem).

A tribo Ulam sai vencedora, mas, posteriormente tem seu fogo apagado e os personagens de
Noah, Gaw e Amoukar saem em uma jornada para conseguir outra chama e realimentar seu
fogo perdido.

Durante o percurso, entram em conflito com a tribo antropófaga Kzamm ao tentar roubar o
fogo deles. Após mais uma batalha vencida pelos Ulam, Naoh conhece Ika, uma mulher que
pertence à tribo avançada dos Ivaka e que estava prisioneira da tribo dos Kzamm.

Para melhor ilustrar as tribos e suas respectivas características, segue abaixo a tabela 1:

Tabela 1 – Características das tribos observadas

Wagabou

Ulam

Kzamm

Ivaka
Alimentação

Insetos, animais, ovos e folhas

Carnívoros e canibais

Carnes, frutas, legumes

Vestuário

Andavam nus

Pele de animais

Couro de animal

Pintura corporal e máscara

Moradia

Cavernas
-

Cabanas

Obtenção e uso do fogo

Adquirido através de batalhas com outras tribos

Adquirido através de batalhas com outras tribos, o fogo era utilizado para aquecimento devido
ao clima congelante e proteção contra ataques de animais selvagens

Adquirido através de batalhas com outras tribos

Domínio na fabricação do fogo

Crenças

Fogo como objeto sobrenatural

Liderança política

-
Sim

Sim

Relações sociais

Restrita a própria tribo

Sim

Tecnologia

Uso de troncos, osso e pedra para defesa

Uso de madeira, osso e pedra lascada para defesa

Uso do osso para defesa

Utilização bolsa para ferramentas, cerâmica, lançadores de flecha e ervas medicinais


Expressão artística

Nenhuma

Nenhuma

Pintura corporal e exibição de atos sexuais como entretenimento

Linguagem

Grunhidos

Grunhidos e corporal

Grunhidos e corporal

Desenvolvida: com sons mais articulados

Ao longo do filme é possível observar diversos conflitos que os personagens enfrentaram entre
as tribos:

- A luta pela sobrevivência fora das cavernas, devido à exposição em ambientes


desconhecidos, passíveis de ataques de animais selvagens e também de outras tribos que
detinham o fogo. Um exemplo disso é a luta da tribo Ulam contra a tribo Wagabou e a tribo
Kzamm pela conquista do fogo;
- Conflitos culturais e tecnológicos entre os personagens de Noah, Gaw e Amoukar e Ika
quando expostos a diversos conhecimentos novos, tais como: pintura corporal, utilização da
cerâmica, utilização de ervas medicinais, construção de cabanas, o uso da linguagem oral mais
desenvolvida para expressar sentimentos e também a descoberta do riso, do prazer e do
amor.

As formas de comunicação entre os elementos dos diversos grupos se dividiam entre gritos e
gestos e uma linguagem mais desenvolvida em situações onde era necessário ser entendido
por outras tribos. A expressão destes sentimentos transformou essa forma de comunicação.
Sobre a linguagem, Rousseau em seu Ensaio sobre a Origem das Línguas, afirma que “a palavra
distingue os homens entre os animais” (1999, p. 259). Ele apresenta que a linguagem não se dá
apenas pela necessidade, visto que os animais também têm as mesmas necessidades físicas do
homem. Para esse autor “não é a fome ou a sede, mas o amor, o ódio, a piedade, a cólera, que
lhes arrancaram as primeiras vozes” (1999, p.266). Ou seja, a afirmação de Rousseau explica
algumas cenas do filme onde é perceptível que a tribo Ivaka expressa seus sentimentos como a
felicidade (através da manifestação do riso), a demonstração de afeto e os sons emitidos por
eles que mais se assemelham às palavras.

Outro ponto importante a ser abordado é a coexistência de diferentes tribos de hominídeos


em uma mesma época. De acordo com Charles Darwin (1859), esse fato seria sustentado pela
lei de seleção natural da Teoria de Evolução das Espécies. Esta lei determina que apenas os
mais adaptados ao ambiente poderão sobreviver. Assim, só as diferenças que facilitam a
sobrevivência são transmitidas à geração seguinte e apenas os hominídeos mais adaptados às
condições da época, permaneceram.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

A cena inicial se repete ao final do filme, onde é vista uma fogueira ao longe. As duas cenas
representam situações diferentes apesar da mesma paisagem. Na primeira, temos uma tribo
que teme o desconhecido e necessita manter a chama acesa para sua própria sobrevivência.
Na última, uma nova tribo que domina o fogo e está pronta para o desenvolvimento e
continuidade das espécies.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAMPOS, Bruno Viana. A língua em Rousseau: Sua origem e finalidade como expressão da
liberdade humana. Pensamento espontâneo. Disponível em:
http://pensamentoextemporaneo.wordpress.com/2009/06/20/a-linguagem-em-rousseau-sua-
origem-e-sua-finalidade-como-expressao-da-liberdade-humana/. Acesso em 09/2009

CUNHA, Rodrigo. A Guerra do Fogo (La Guerre du feu, 81, FRA/CAN), disponível em
http://www.comciencia.br/resenhas/guerradofogo.htm. Acesso em 09/2009.

EISLER, Riane. O cálice e a espada. 1 Edição, Editora Palas Athena, 2008.

Lázaro, Ao direito, direitos. Resenha: A Guerra do Fogo, disponível em:


http://aodireitodireitos.blogspot.com/2008/06/resenha-guerra-do-fogo.html. Acesso 09/2009.

MATOS, Franklin. Ensaio sobre a origem das línguas, disponível em:


http://resenhasbrasil.blogspot.com/2008/10/ensaio-sobre-origem-das-linguas. html. Acesso
em: 09/2009

ROUSSEAU, Jean – Jacques. Do contrato Social: Ensaio Sobre a Origem das Línguas. Nova
Cultural. Vol. I. 1999.

SOUSA, Rainer. Evolucionismo, uma teoria mal interpretada. Brasil Escola. Disponível
em:http://www.brasilescola.com/historiag/evolucionismo. htm Acesso em: 09/2009.

VALÉRIO, Marcus. XR. Teoria da evolução, disponível em


http://www.xr.pro.br/teoria_evolucao.html. Acesso em 09/2009.

Publicado por:

Daniele Dantas Affonso (3º período – Engenharia de produção)

Jean Carlos Miranda Barbosa (1º período – Sistema de Informação)


Leilane Fernandes Viana (1º período – Sistema de Informação)

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