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ANO 2017 | EDIÇÃO 04

TEMA DA EDIÇÃO
Anais 5º Congresso Brasileiro de

NUTRIÇÃO
ESTÉTICA
EXPEDIENTE
COORDENAÇÃO
Luisa Amábile Wolpe Simas

PUBLICAÇÃO BY
CIA • Centro e Instituto Internacional de Aprimoramento e Pesquisas
Científicas

ARTIGOS
Luisa Amábile Wolpe Simas
estudos@ciabv.com.br

REVISÃO ORTOGRÁFICA
Thaís Stíval Slompo
relacionamento@ciabv.com.br

COLABORADORES
A. Guedes, Adriana Russowsky, Allyne Feitosa, Amanda C. F. G. Gualberto, Amanda
C. da Cruz, Anderson K. Taporosky, Angela A. Salvador, Ariely F. F. Pereira, Beluzia
A. Santos, Brenda F. Vieira, C. L. B. Almeida, C. R. M. Firmo, Camila de F. M. Rosa,
Carolina G. de Alcântara, Carolina R. de Olivera, Cristiane B. Barão, Diógenes A. G.
Garcez, Elaine G. Otoni, Eliana S. e S. Alcântara, Elisama Loubak, Emili R. de Faria,
Fabio R. Acencio, Fracini X. Rossetti, Franciely P. Barbosa, Gabriela S. dos Santos, Gilce
S. Olivera, Izabella de C. Eleutério, Jaqueline N. Farias, Josiane C. Cadilhac, Juliana De
Castilhos, Juliana S. Castro, Juliana da S. Gonçalves, Karise F. Góis, Kerolayne E. B.
P. de Souza, Kátia C. C. de Olivera, Laís C. S. Santos, Leidhaiane C. da Silva, Liziane
A. Santiago, Lorena G. Dias, Luana Barczyszyn, Luana C. M. de Camargo, Lucia E. R.
Cortez, Luciana Coppini, Maria C. R. Gonzatti, Mariana G. do Vale, Mariana S. Vicentini,
Mariza Ogliari, Mateus D. Antunes, Mauro R. Silva, Michelle R. A. Alves, Milena B. Maciel,
Monalisa J. Bezerra, Márcia M. Guimarães, Mônica G. de Olivera, Nathália A. de Olivera,
Natália G. Guerra, Patrícia E. de Matos, Patrícia S. Petroski, Patrícia Weimer, Patrícia
Z. Do Nascimento, Quéssia G. O. de Jesus, Rafaella M. M. Sampaio, Raquel L. B. de
Araújo, Renata F. Santana, Renata L. P. S. Rodrigues, Roberta B. C. Bárbaro, Rochele
C. Rossi, Rodrigo O. Granzoti, Rosana de L. Rocha, Rose M. Bennemann, Sergio R. de
B. Bello, Telma T. Pereira, Wiliam C. B. Régis e Yana M. A. Rocha.

PROJETO EDITORIAL
Diagramação: Sofia Sacco.
Projeto Gráfico: Giovana Tsukamoto e Sofia Sacco.
Capa: Sofia Sacco.

PUBLICAÇÃO / PERIODICIDADE
Digital / Trimestral
EDITORIAL

A busca pela beleza e boa forma é algo que permeia a nossa vida. Segundo
uma pesquisa realizada em todo o Brasil, pelo Serviço de proteção ao Crédito
(SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), em
2016, cerca de 63% dos brasileiros se consideram vaidosos e preocupados
com a aparência.
Ainda, quase 66% dos entrevistados acreditam que cuidar da beleza é uma
necessidade e, aproximadamente 50% deles admite que gastar dinheiro com
a própria aparência física é um investimento que vale a pena, uma vez que
proporciona sensação de felicidade e satisfação.
Desta forma, se faz necessário que todos os profissionais da saúde estética
busquem cada vez mais se qualificar para suprir as necessidades desse emer-
gente mercado.
Dentre esses profissionais encontra-se o nutricionista, um profissional indispen-
sável para quem deseja cuidar não só da beleza mais também da saúde. Neste
cenário, a nutrição estética vem ganhando cada vez mais espaço. Esta é uma
área da nutrição que busca prevenir e tratar as desordens estéticas relacio-
nadas à forma corporal, pele, cabelo e unhas.
Por isso, a quarta edição da Revista Posteriori se dedica à 23 artigos apresen-
tados durante o 5º Congresso Brasileiro de Nutrição Estética, realizado no mês
de abril de 2017, em Curitiba (PR). Você poderá conferir trabalhos voltados a
fitoterapia, alimentação funcional e temas relacionados ao tratamento de acne,
FEG (celulite), cuidados estéticos para diabéticos, bem como investigação da
qualidade da alimentação em universitárias obesas, entre outros.

Boa leitura!

Luisa Amábile Wolpe Simas


Coordenadora do Cia-BV
ÍNDICE

08 CONSTIPAÇÃO INTESTINAL
EM IDOSOS E A SUA RELAÇÃO
COM ALIMENTAÇÃO

A AÇÃO DOS

10
FITOTERÁPICOS NA LIBIDO:
ASPECTOS DA INTERVENÇÃO
NUTRICIONAL NO AUMENTO
DO DESEJO SEXUAL

12
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA
DE INSATISFAÇÃO CORPORAL
EM PRATICANTES DE
MUSCULAÇÃO

AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE

14
ANTIOXIDANTE IN VITRO E
QUANTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS
FENÓLICOS TOTAIS E FLAVONOIDES DE
FRUTOS DE AMORA-PRETA (RUBUS SP.)
SUBMETIDOS A DIFERENTES MÉTODOS
DE SECAGEM

AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA

16 DO “SUCO DETOX” COMO


ESTRATÉGIA COADJUVANTE NA
ELIMINAÇÃO DE TOXINAS PELO
ORGANISMO
DESENVOLVIMENTO DE

18 PRODUTO COM BIOMASSA


DE BANANA VERDE VISANDO
REDUÇÃO CALÓRICA

FITOTERÁPICOS NA
HIDROLIPODISTROFIA GINOIDE
19
FRAMBOESA (RUBUS IDAEUS L.):

21
QUANTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS
FENÓLICOS TOTAIS, FLAVONOIDES
E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE
ANTIOXIDANTE IN VITRO DOS FRUTOS
FRESCOS E EXPOSTOS A DIFERENTES
MÉTODOS DE SECAGEM

IDENTIFICAÇÃO DE CURCUMINA
PRESENTE EM AMOSTRAS DE
CURCUMA LONGA L. APÓS
PROCESSAMENTOS TÉRMICOS
22

24
­­­IMPLICAÇÕES DA DEFICIÊNCIA
DE VITAMINA D NA SÍNDROME
METABÓLICA

26
CONSUMO DE LIPÍDIOS
EM UNIVERSITÁRIAS COM
SOBREPESO
27 JABUTICABA: PROPRIEDADES
NUTRICIONAIS E FUNCIONAIS

30
O PERFIL NUTRICIONAL DAS
DIETAS DA MODA DIVULGADAS
EM REVISTAS NÃO CIENTÍFICAS

32
OBESIDADE E O RISCO PARA
O DESENVOLVIMENTO DE
DOENÇAS CRÔNICAS NÃO
TRANSMISSÍVEIS

PREOCUPAÇÃO COM A IMAGEM


CORPORAL EM UNIVERSITÁRIAS
35

36
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES
NUTRICIONAIS E POSSÍVEIS
INTERCORRÊNCIAS ESTÉTICAS

37
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS
ESTÉTICOS ASSOCIADOS A
PACIENTES PORTADORES DE
DIABETES MELLITUS TIPO 2
38
PRINCIPAIS MICRONUTRIENTES
E COMPOSTOS BIOATIVOS EM
ALIMENTOS COM POTENCIAL
ANTI-INFLAMATÓRIO

39
UNIVERSITÁRIAS: RELAÇÃO
ENTRE A DIETA FIBRÍNICA E O
ESTADO NUTRICIONAL

SATISFAÇÃO COM

40 A AUTOIMAGEM EM
UNIVERSITÁRIAS DE ESTÉTICA
E COSMÉTICA

TERAPIA NUTRICIONAL PARA O


FIBRO EDEMA GELOIDE (FEG) 41
VIABILIDADE DA

43 APLICAÇÃO DA GOJI BERRY


COMO COADJUVANTE
NO TRATAMENTO DO
ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

A VITAMINA A NO PROCESSO
INFLAMATÓRIO DA ACNE: AVALIAÇÃO
DO USO DA FARINHA DE CENOURA
COMO ALTERNATIVA DE INSERÇÃO
DO NUTRIENTE NA DIETA
44
CONSTIPAÇÃO INTESTINAL EM IDOSOS
E A SUA RELAÇÃO COM ALIMENTAÇÃO

OLIVEIRA, Kátia Cilene Cavalcante de 1; ANTUNES, Mateus Dias 2 ; ACENCIO, Fabio Ricardo 3 ;
GARCEZ, Diógenes Aparicio Garcia4 ; BENNEMANN, Rose Mari 5

NOTAS: 1, 2, 3, 4 e 5.

INTRODUÇÃO
A constipação intestinal (CI) constitui um problema A prevalência de CI aumenta com a idade, no
frequente na população de idosos interferindo entanto, comorbidades, imobilidade, uso de
negativamente em sua qualidade de vida. medicamentos e deficiência na ingestão de fibras
alimentares, contribuem significativamente para a
OBJETIVO constipação nos idosos. O consumo de produtos
O objetivo do presente estudo foi realizar uma refinados, ofertam maior valor calórico e quan-
revisão sistemática sobre constipação intestinal tidade de fibras reduzidas. A regularidade do
em idosos e a sua relação com alimentação. consumo destes alimentos desempenha papel
fundamental nesses efeitos. As fibras são classifi-
cadas em solúveis e insolúveis e atuam de forma
MATERIAIS E MÉTODOS distinta no sistema gastrointestinal. Frutas como:
Para o desenvolvimento do presente estudo foi pera, maçã, ameixa e uva e legumes são alimentos
realizada uma revisão bibliográfica a partir do ano ricos em fibras solúveis e água, que promovem
2006 até 2016, por meio de buscas em periódicos volume do bolo fecal e aceleram o trânsito intes-
nacionais e internacionais indexados nas bases tinal, facilitando a evacuação de forma suave e
de dados Lilacs, PubMed e Scielo. Os descritores satisfatória. O consumo de água também é essen-
utilizados foram: constipação e alimentação, no cial para prevenção da constipação intestinal.
idioma português, estreñimiento y alimentación,
no espanhol e constipation and feeding, no inglês. CONCLUSÃO
Com o presente estudo foi possível verificar que
RESULTADOS E DISCUSSÃO com o envelhecimento, os idosos tendem a dimi-
nuir a quantidade de alimentos ricos em fibra
e água. Sendo assim, o diagnóstico precoce
1 Biomédica e Mestranda em Promoção da Saúde pelo Centro
Universitário de Maringá - UNICESUMAR dessas condições, é importante, a fim de reforçar
2 Fisioterapeuta e Mestrando em Promoção da Saúde pelo
Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR hábitos alimentares saudáveis, como o consumo
3 Profissional de Educação Física e Mestrando em Promoção
da Saúde pelo Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR de alimentos ricos em fibra e água, que melhoram
4 Doutor em Química, Docente do Mestrado em Promoção da
Saúde do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR o trânsito intestinal, e consequentemente o
5 Doutora em Saúde Pública e Docente do Mestrado em
Promoção da Saúde do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR bem-estar e qualidade de vida do idoso. Nesse

8 |
contexto, a elaboração e execução de programas populacional em Pelotas, Rio Grande do Sul, Brasil, 2007.
de promoção de atividades físicas, práticas Cadernos de Saúde Pública, v. 26, n. 7, p. 1391-1402, 2010.
alimentares e comportamentais saudáveis para a COTA, Raquel Pereira; MIRANDA, Lucilene Soares.
população idosa, devem ser incluídas nas redes Associação entre constipação intestinal e estilo de vida
de atenção primária com foco na promoção da em estudantes universitários. Revista Brasileira de Nutrição
saúde no contexto da interdisciplinaridade. Clínica, v. 21, n. 4, p. 296-301, 2006.
DOURADO, Cinthia Carlos; ENGLER, Tânia Mara
PALAVRAS-CHAVE: constipação, alimentação, inter- Nascimento de Miranda; OLIVEIRA, Sandro Barbosa de;
disciplinaridade, promoção da saúde. Disfunção intestinal em pacientes com lesão cerebral
decorrente de acidente vascular cerebral e traumatismo
craniencefálico: estudo retrospectivo de uma série de
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS casos. Texto & Contexto Enfermagem, v. 21, n. 4, p. 905-
911, 2012.
AZEVEDO, Arúquia Souza et al. Perfil Nutricional de
Pacientes Adultos e Idosos Hospitalizados. Saúde e KLAUS, Jóice Herrmann et al. Prevalência e fatores asso-
Pesquisa, v. 9, n. 1, p. 25-29, 2016. ciados à constipação intestinal em idosos residentes em
instituições de longa permanência. Revista Brasileira de
BELO, Geise Maria da Silva; DINIZ, Alcides da Silva; Geriatria e Gerontologia, v. 18, n. 4, p. 835-843, 2015.
PEREIRA, Ana Paula Campos. Efeito terapêutico da fibra
goma-guar parcialmente hidrolisada na constipação intes- MARTINS, Marcos Vidal et al. Consumo alimentar de idosos
tinal funcional em pacientes hospitalizados. Arquivos de e sua associação com o estado nutricional. HU Revista, v.
Gastroenterologia, v. 45, n. 1, p. 93-95, 2008. 42, n. 2, p. 125-131, 2016.
BHARUCHA, Adil E. et al. American Gastroenterological PEREIRA Lorena Muriel; VIEIRA Ana Luiza Santos; HORTA
Association technical review on constipation. Paula Martins; SANTOS Luana Caroline dos. Fracionamento
Gastroenterology, v. 144, n. 1, p. 218-238, 2013. da dieta e o perfil nutricional e de saúde de mulheres
Revista de Nutrição, v.27, n. 1, p. 15-23, 2014.
BRAZ, Melissa Medeiros et al. A constipação intestinal
em idosas participantes de um programa de promoção à RESTREPO M, Sandra Lucia et al . Los hábitos alimentarios
saúde, em Santa Maria (RS): sua prevalência, sintomas e en el adulto mayor y su relación con los procesos protec-
fatores psicossociais associados. Kairós Gerontologia, v. tores y deteriorantes en salud. Rev. chil. nutr.,  Santiago,  v.
18, n. 3, p. 381-395, 2015. 33, n. 3, p. 500-510, 2006 .
CAMPOS, Camila Regina Leite de. Avaliação da modifi- SALGUEIRO, Marcia Maria de Abreu de et al. Intervenção
cação do hábito intestinal após admissão hospitalar: fatores nutricional em idosos com constipação intestinal funcional.
de risco impactantes. Nutrição Brasil, v. 14, n. 1, p. 4-14, Revista de Ciências Médicas, v. 22, n. 3, p. 117-127, 2013.
2016. SANT’ANNA, Mônica de Souza Lima; FERREIRA, Celia
CHEN, I.-Chun et al. Prevalence and effectiveness of laxative Lucia de Luces Fortes. Prevalência de constipação intes-
use among elderly residents in a regional hospital affiliated tinal no município de Viçosa/MG. Nutrição Brasil, v. 15, n.
nursing home in hsinchu county. Nursing and Midwifery 1, p.10-14, 2016.
Studies, v. 3, n. 1, p. 13962-13968, 2014. SCHMIDT, Fernanda Mateus Queiroz et al. Prevalência de
CIAMPO, Ieda Regina L. Del et al. Constipação intestinal: constipação intestinal autorreferida em adultos da popu-
um termo desconhecido e distúrbio freqüentemente não lação geral. Revista da Escola de Enfermagem da USP, v.
reconhecido. Revista Paulista de Pediatria, v. 24, n. 2, p. 49, n. 3, p. 440-449, 2015.
111-114, 2006. SILVA, Mariana de Sousa; PINHO, Claudia Porto Sabino.
COLLETE, Vanessa Louise; ARAUJO, Cora Luiza; Constipação Intestinal: Prevalência e fatores associados
MADRUGA, Samanta Winck. Prevalência e fatores asso- em pacientes atendidos ambulatorialmente em hospital
ciados à constipação intestinal: um estudo de base do Nordeste brasileiro. Nutrición Clínica y Dietética
Hospitalaria, v. 36, n. 1, p. 75-84, 2016.

9 |
A AÇÃO DOS FITOTERÁPICOS NA
LIBIDO: ASPECTOS DA INTERVENÇÃO
NUTRICIONAL NO AUMENTO DO
DESEJO SEXUAL
CRUZ, Amanda Cássia da ¹; GUERRA, Natália Gonçalves ¹; SOUZA, Kerolayne Esper Barão
Pacelhe de ¹; OTONI, Elaine Gomes ¹; SILVA, Leidhaiane Custódia da ¹; ELEUTÉRIO, Izabella
de Castro ¹; ROSA, Camila de Fátima Moraes 2; ALVES, Michelle Rosa Andrade 3; RÉGIS, Wiliam
César Bento 4,5

NOTAS: 1, 2, 3, 4 e 5.

INTRODUÇÃO
A libido é considerada como uma pulsão sexual
nos indivíduos, que pode ser determinada e
influenciada por diversos fatores, tais como:
sociais, psicológicos e hormonais. Sabe-se que
os aspectos nutricionais são importantes regula-
dores hormonais e que a disfunção sexual pode
ser, muitas das vezes, revertida com simples
mudanças no estilo de vida.
METODOLOGIA
OBJETIVOS Realizou-se uma revisão sistemática no banco de
Descrever as ações cientificamente comprovadas dados PUBMED, utilizando as palavras chaves:
exercidas pelo consumo de fitoterápicos sobre “libido, food e nutriente” e posteriormente foram
a libido e avaliar o uso de intervenções nutricio- descritas 3
nais associadas a fitoterapia em pacientes com intervenções, com voluntários do sexo feminino,
queixas relacionadas a libido. que buscavam o atendimento para melhora da
estética (ganho de massa ou emagrecimento),
1 Acadêmicas do curso de Nutrição da Pontifícia e que em comum queixavam-se da diminuição
Universidade Católica de Minas Gerais.
2 Profa. Adj. Departamento de Nutrição – Instituto de da libido. Para melhora do quadro, junto ao
Ciências Biológicas e da Saúde
3 Nutricionista (PUCMinas) – Pós-graduanda em Nutrição plano alimentar, foi indicada a administração de
Funcional
4 Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde – UFMG
fitoterápicos.
5 Programa de Pós-Graduação em Biologia de Vertebrados -
PUC Minas

10 |
RESULTADOS
Foram encontrados 2.798 artigos, dos quais 68
foram selecionados por se tratarem de estudos
exclusivos com fitoterápicos. Alguns fitoterápicos
se destacaram, dentre eles: Tribulus terrestris,
devido ao aumento dos níveis séricos de testoste-
rona, assim como, Eurycoma longifólia, que além
disso, provoca também aumento da biossíntese
de vários andrógenos; o Ginseng, que aumenta
os níveis de energia e estimula o relaxamento
do músculo liso através do óxido nítrico; a Maca
(Lepidium meyenii), que melhora o desempenho
sexual, além de exercer efeitos androgênicos,
e o Mondia whitei (gengibre), melhora a libido e
a ereção. Além desses, um estudo demonstrou
a eficácia de uma dieta hipocalórica, hiperpro-
téica e hipolipídica sobre a libido, melhorando a
função sexual e erétil, além de acarretar aumento
nos níveis de testosterona. Sobre a aplicação
na prática clínica, as três pacientes avaliadas
relataram significativa melhora nos sintomas asso-
ciados a libido.

CONCLUSÃO
Os fitoterápicos estudados demonstraram efeitos
positivos sobre a libido demonstrando assim, em
conjunto com a intervenção nutricional, um campo
promissor de atuação da nutrição como suporte
nas disfunções sexuais de forma mais diretiva.

11 |
ANÁLISE DA PREVALÊNCIA DE
INSATISFAÇÃO CORPORAL EM
PRATICANTES DE MUSCULAÇÃO

BEZERRA, Monalisa Jerônimo1; GÓIS, Karise Forte1; SAMPAIO, Rafaella Maria Monteiro 2

NOTAS: 1 e 2.

INTRODUÇÃO
A atividade física é um fator importante para
melhorar a saúde das pessoas. Toda atividade cidade de Caucaia-Ceará no período de janeiro
física pode contribuir para uma perda de peso de 2017, com 60 praticantes de musculação regu-
por gastar calorias, no entanto, a musculação larmente matriculados
tende a contribuir ainda mais para isso, visto na academia citada acima, independente da faixa
que, ocorre um aumento do metabolismo basal etária. Foi aplicada uma adaptação do questio-
para a formação e manutenção da massa magra. nário Body Shape Questionnaire (COOPER et al,
Claramente, quando a atividade física é asso- 1987), traduzido e validado por Di Pietro e Silveira
ciada a uma restrição alimentar pode ser utilizada (2009), para investigar se havia a presença de
para equilibrar a equação do balanço energético insatisfação corporal nessa população. Para
para possibilitar uma perda de peso. Porém, tal reforçar a pesquisa foi anexado um questionário
estratégia deve ser utilizada de forma adequada com perguntas de caráter pessoal, como o motivo
para não gerar transtornos devido aos exageros. da prática de musculação e o bem-estar com o
corpo. Os participantes ainda foram classificados
OBJETIVO de acordo com o Índice de Massa Corporal. Para
obter os resultados, as respostas do questionário
Analisar a prevalência de insatisfação corporal valiam pontuações diferentes, quanto maior a
em praticantes de musculação. frequência, maior era a pontuação. A classifi-
cação de insatisfação corporal foi obtida a partir
MATERIAIS E MÉTODOS da somatória dos pontos referentes às respostas
e foram interpretados pelos pontos de corte apre-
Trata-se de um estudo do tipo quantitativo, trans- sentados por Di Pietro e Silveira (2009).
versal e descritivo, realizado em uma academia na
1 Estudante de Nutrição. Acadêmica do Curso de Nutrição
do Centro Universitário Estácio do Ceará.
2 Nutricionista. Mestre em Saúde Pública. Docente do
Curso de Nutrição da Universidade de Fortaleza (UNIFOR) e do
Centro Universitário Estácio do Ceará.

12 |
sentem-se mais insatisfeitas com a forma física
que os homens, independente da classificação
do Índice de Massa Corporal. Conforme este
estudo 52% dos participantes procura a prática
da musculação parar melhorar a aptidão física,
26% afirmaram praticar para perda de peso, 20%
disseram praticar por saúde e 2% declararam
praticar para melhorar o emocional. Além disso,
maior parte da amostra se encontra na classi-
ficação de eutrofia, segundo o Índice de Massa
Corporal.
PALAVRAS-CHAVE: imagem corporal; atividade
física; auto-imagem.
RESULTADOS
Participaram desta pesquisa 31 homens e 29
mulheres, com faixa etária de 19 a 52 anos.
Verificou-se que 20 participantes afirmaram não
se sentir bem com seu corpo, sendo 13 do sexo
feminino e 7 do sexo masculino. Porém, apenas
8 dos participantes que fizeram essa afirmação,
destes 5 do sexo feminino e 3 do sexo masculino,
obtiveram pontuação para classificar insatisfação
corporal leve, de acordo com os pontos de corte
utilizados nesta pesquisa. Não houve registro de
insatisfação corporal moderada e grave.
Quanto ao motivo da prática de musculação,
foram encontrados os seguintes números: 32
participantes praticam para controle de peso,
15 praticam para melhorar a aptidão física, 12
para obter benefícios à saúde e 1 para melhorar
o emocional. Segundo o IMC, 32 participantes
foram classificados como eutróficos, 12 partici-
pantes foram classificados com sobrepeso e 12
foram classificados com obesidade grau I.

CONCLUSÃO
De acordo com os dados levantados, foi possível
concluir que 87% dos participantes não possuem
insatisfação corporal e 13% possuem insatisfação
corporal leve. Não foi encontrado nenhum caso
de insatisfação corporal moderada nem insatis-
fação corporal grave nesta pesquisa. Vale ainda
ressaltar que conforme este estudo as mulheres

13 |
AVALIAÇÃO DA CAPACIDADE ANTIOXIDANTE IN VITRO
E QUANTIFICAÇÃO DE COMPOSTOS FENÓLICOS
TOTAIS E FLAVONOIDES DE FRUTOS DE AMORA-
PRETA (RUBUS SP.) SUBMETIDOS A DIFERENTES
MÉTODOS DE SECAGEM

BARCZYSZYN, Luana1; PETROSKI, Patrícia Soeiro 1; WEIMER, Patrícia 2; NASCIMENTO, Patrícia


Zambarda do 2; DE CASTILHOS, Juliana 3; ROSSI, Rochele Cassanta 3,4

NOTA: 1, 2, 3 e 4.

INTRODUÇÃO
Os radicais livres participam de mecanismos
de defesa no organismo, porém, em excesso
podem desencadear diversos processos pato-
lógicos, incluindo o envelhecimento cutâneo1. O
consumo de antioxidantes provenientes da dieta
auxilia na prevenção desse quadro. Os frutos de
amora-preta (Rubus sp.) são ricos em compostos
bioativos, como compostos fenólicos, flavonoides
e antocianinas, constituindo, portanto, uma fonte
de antioxidantes. O presente trabalho tem como
objetivo avaliar a atividade antioxidante in vitro,
quantificação de compostos fenólicos e flavo- os frutos frescos, quanto os frutos dessecados
noides dos frutos de Rubus sp. submetidos a foram triturados e, após realizou-se extração com
diferentes métodos de secagem. metanol 75% (v/v) em água. A partir dos extratos
obtidos avaliou-se a atividade antioxidante pelos
MATERIAIS E MÉTODOS métodos de captura do radical ABTS•+, DPPH•
Os frutos maduros de Rubus sp. foram higieni- e capacidade de redução do ferro - FRAP. Os
zados e submetidos a três técnicas de secagem: compostos fenólicos totais foram avaliados pela
secagem em estufa a vácuo (50 ºC), em estufa técnica de Folin-Ciocalteu e os flavonoides através
com circulação de ar (60 ºC) e liofilização. Tanto do teste com cloreto de alumínio.
1 Mestranda do PPG em Nutrição e Alimentos da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
2 Discente da Universidade do Vale do Rio dos Sinos.
3 Docente e pesquisador da Universidade do Vale do Rio Os frutos submetidos à secagem em estufa de ar
dos Sinos/PPG em Nutrição e Alimentos.
4 Orientadora. circulante demonstraram maior concentração de

14 |
compostos fenólicos e atividade antioxidante nos
testes de captura do radical ABTS•+, DPPH•. A
maior concentração de flavonoides e capacidade
antioxidante por FRAP foram evidenciadas nos
frutos liofilizados.

CONCLUSÃO
Os métodos de secagem não comprometeram
a atividade antioxidante dos frutos de Rubus
sp., ocorrendo um aumento da mesma após
a secagem, sendo uma ótima alternativa de
consumo e contribuindo para a redução dos
danos causados pelos radicais livres, retardando
o envelhecimento cutâneo.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1 PYTEL, R. F. et al. Estudos in vivo de atividade anti-
-radicalar por quantificação de peróxidos cutâneos.
An. Bras. Dermatol., n. 80, supl. 3, p. 323-328, 2005.
2SOUZA, V. R. et al. Determination of the bioactive
compounds, antioxidant activity and chemical compo-
sition of Brazilian blackberry, red raspberry, strawberry,
blueberry and sweet cherry fruits. Food chemistry, n.
156, p. 362-368, 2014.

15 |
AVALIAÇÃO DA EFICIÊNCIA DO
“SUCO DETOX” COMO ESTRATÉGIA
COADJUVANTE NA ELIMINAÇÃO DE
TOXINAS PELO ORGANISMO

VICENTINI, Mariana Scudeller1; PEREIRA, Ariely Fernanda Fukunaga1; CADILHAC, Josiane


Cordeiro1; BELO, Sergio Ricardo de Brito1

NOTAS: 1.

INTRODUÇÃO
Diante da exposição à diversos xenobióticos do
meio ambiente, com ênfase ao consumo de dieta
industrializada, nos últimos anos o uso de suco
detox tem sido utilizado como coadjuvante no
tratamento de pacientes portadores de obesi-
dade, entre outras doenças crônicas associadas
a vida moderna. Entretanto, apesar da promessa
de desintoxicação, mais recentemente tem-se
discutido a forma como o suco detox é adminis-
trado e ainda sobre a sua eficiência.

MATERIAIS E MÉTODOS
Foram levantados artigos científicos publicados
entre 2010 e 2016, disponibilizados nas bases de
dados Scielo, Lilacs e Pubmed. Para tanto, foram
utilizadas as seguintes palavras-chaves: desinto-
xicação, suco verde, detox.

1 União das Instituições de Serviços, Ensino e Pesquisa -


Faculdade Integradas do Vale do Ribeira (UNISEPE) – Rua Oscar
Yoshiaki Magario, 185, Jardim das Palmeiras, CEP 11900-000,
Registro, São Paulo, Brasil

16 |
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Muito embora o suco detox tenha sido apre-
sentado como uma alternativa para auxiliar o
organismo a eliminar substâncias tóxicas, existem
muitas inconsistências cientificas que precisam
ser esclarecidas antes da adoção dessa prática.
É sabido que o organismo apresenta mais de
30 enzimas relacionadas a desintoxicação, e
que intestino, fígado e rins, atuam dentro desse
contexto mantendo a integridade fisiológica e
diminuindo a exposição a agentes exógenos
tóxicos. Assim sendo, qual seria a validade do
suco detox, uma vez que intestino promove desin-
toxicação naturalmente através do mecanismo da
diarreia, o fígado converte substâncias liposso-
lúveis em hidrossolúveis aumentando as vias de
excreção dessas substâncias, e os rins, realizam
check point selecionando o que fica no sangue
e o que é eliminado através do filtrado renal? Da
mesma forma, como o detox poderia ser utilizado,
sem a pré-seleção de produtos orgânicos, livres
de contaminantes ambientais? Diante dos ques-
tionamentos, a utilização do suco desintoxicante
tem sido associado a melhoria do autocuidado, e
ainda validade do processo de desintoxicação,
considerando-se que intestino, fígado e rins apre-
sentam oscilações na sua eficiência de trabalho.

CONCLUSÃO
A utilização do suco detoxificante apresenta efici-
ência no processo de desintoxicação visto que
órgãos desintoxicantes trabalham dentro de um
padrão de eficiência diretamente dependente
de fatores externos. Da mesma forma, deve ser
considerada a utilização de produtos orgânicos
para a confecção dos mesmos.

17 |
DESENVOLVIMENTO DE PRODUTO
COM BIOMASSA DE BANANA VERDE
VISANDO REDUÇÃO CALÓRICA

CAMARGO, Luana Caroline Muniz de 1; OLIVEIRA, Carolina Rodrigues de 1; VICENTINI, Mariana


Scudeller 1; BELO, Sergio Ricardo de Brito 1

NOTAS: 1.

INTRODUÇÃO e o cálculo de sua composição centesimal foi


A banana é caracterizada como uma fruta de realizado com auxílio de tabelas de composição
ampla aceitabilidade que apresenta diversas química de alimentos.
propriedades nutricionais. Em seu estágio
imaturo apresenta características determinadas RESULTADOS E DISCUSSÃO
pela presença de amido resistente, fornecendo
benefícios à saúde devido a suas propriedades Constatou-se que o brigadeiro elaborado com
funcionais, além de possuir vantagens tecnoló- biomassa apresentava redução em todos os
gicas que favorecem diretamente a elaboração nutrientes analisados, exceto as fibras alimen-
de produtos alimentícios. Assim, a substituição tares que apresentaram aumento de 0,88g em
de ingredientes tradicionais pela biomassa de relação ao brigadeiro tradicional. O valor energé-
banana verde pode trazer benefícios aos possí- tico também destacou-se com redução de 59%,
veis consumidores, como redução da ingestão seguido por 53% de redução nos lipídios e 100%
calórica e aumento do consumo de fibras, no sódio. Além destes fatores que auxiliam nos
aspectos importantes na redução de medidas tratamentos estéticos, estudos demonstram que
corporais em tratamentos estéticos. Assim, o obje- este tipo de produto apresenta boa aceitação
tivo deste estudo foi utilizar a biomassa de banana sensorial, o que facilita seu consumo.
verde na preparação do brigadeiro, verificando as
mudanças em sua composição centesimal. CONCLUSÕES
O desenvolvimento de brigadeiro com biomassa
MATERIAIS E MÉTODOS de banana verde apresenta-se como uma nova
Para a elaboração do brigadeiro foi utilizado a proposta para a redução calórica e lipídica,
biomassa de banana verde, cacau, óleo de coco e repercutindo positivamente sobre a promoção de
açúcar. Após elaborado, a porção foi determinada benefícios estéticos. Destaca-se ainda, a redução
do sódio e o aumento nas fibras alimentares,
1 União das Instituições de Serviços, Ensino e Pesquisa -
Faculdade Integradas do Vale do Ribeira (UNISEPE) – Rua Oscar
fatores esses associados a menor incidência de
Yoshiaki Magario, 185, Jardim das Palmeiras, CEP 11900-000, inchaços, redução de peso e medidas.
Registro, São Paulo, Brasil.

18 |
FITOTERÁPICOS NA
HIDROLIPODISTROFIA GINOIDE
GONÇALVES, Juliana da Silveira; COPPINI, Luciana; RUSSOWSKY, Adriana; BARÃO, Cristiane
Brum;

INTRODUÇÃO
A busca de um corpo perfeito tem se tornado livros técnicos, sites de internet e revistas cientí-
assunto em todo o mundo. Dentre as desordens ficas relacionados ao tema principal do estudo.
estéticas que mais se destaca, encontra-se a
hidrolipodistrofia geloide. HIDROLIPODISTROFIA GINÓIDE
A incorporação da fitoterapia na prática do Tem uma etiologia multifatorial. A má alimentação
nutricionista significa um novo momento na quali- é um fator fundamental. São poucos os estudos
ficação profissional. A literatura tem evidenciado
a relação da nutrição com uso de fitoterápicos na
prevenção e tratamento de desordens estéticas 1.
Este estudo teve como objetivo, buscar os princi-
pais fitoterápicos indicados para celulite.

MÉTODO
Diante destas considerações o presente estudo
teve o objetivo de realizar revisão bibliográfica
para a busca das melhores evidências sobre o
uso de fitoterápicos pelo nutricionista na prática
clínica na celulite. Para tal, foram selecionados
os seguintes bancos de dados: SCIELO, LILACS,
MEDLINE e PUBMED. Foram pesquisados os
idiomas: português, inglês e espanhol. Os
levantamentos dos estudos referentes ao tema
escolhido priorizaram o período dos últimos cinco
anos, para que a pesquisa contasse com dados
mais recentes, não excluindo publicações de
datas anteriores que possuíssem material rele-
vante ao estudo. Além disso, foram pesquisados

19 |
que relacionam os hábitos alimentares com o seu conjuntivo, agindo na celulite no meio intersticial
agravamento, porém sugere-se que seu trata- estimulando a microcirculação, diminuindo o
mento nutricional seja composto por uma dieta edema, agindo também na redução da gordura
anti-inflamatória, desintoxicante, com baixo índice localizada 3. Não há recomendação diária preco-
glicêmico e carga glicêmica. Juntamente com o nizada estabelecida pela ANVISA, a dose usual
controle do efeito tóxico da constipação intes- prescrita é com base em publicações cientificas 4.
tinal, acúmulo do tecido adiposo, permeabilidade
capilar, fator hormonal e insuficiência linfática 2. O CONSIDERAÇÕES FINAIS
nutricionista pode complementar a sua prescrição
dietética, aliando sua conduta com a fitoterapia A fitoterapia ainda é nova para o nutricionista,
quando houver indicações terapêuticas relacio- dados da literatura mostram seus benefícios em
nadas com suas atribuições. diversos segmentos, especialmente nas desor-
dens estéticas. Infelizmente ainda são escassos
Castanha-da-Índia – Aesculushippo os estudos que relacionem o uso de fitoterápicos
castanum L.: Apresenta propriedades anti- na melhora da celulite. São escassos os estudos
-inflamatórias e antiedema. O ativo escina tem a que relacionem fitoterápicos na melhora das
capacidade de reduzir as atividades lisossômicas desordens estéticas, sendo necessárias mais
em até 30% quando em dermocosméticos, prova- pesquisas, a fim de aprimorar quais plantas são
velmente pela estabilização do teor de colesterol mais seguras e indicadas.
das membranas de lisossomos, reduzindo assim
a liberação de enzimas e permeabilidade capilar REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
3. Indicação de uso: Extrato seco: de 250 a 300

mg, 1 a 2 vezes ao dia 5. Dose diária máxima de 1. WITT, J.S.G.Z; SCHNEIDER, A.P. Nutrição Estética:
valorização do corpo e da estética através do cuidado
600mg 4. nutricional. Revista Ciência e Saúde Coletiva, n.16, v.9,
p 3909-16, 2011.
Chapéu de Couro – Echinodorus
Macrophyllus: tem ação anti-inflamatória, 2. Gonçalves, J.S; Rodrigues, A.P; Targino, K.C.
desintoxicante, estimulante do sistema linfático e Conduta Nutricional no Tratamento da Celulite: Uma
diurético. Além de prevenir e auxiliar na redução Revisão. Nutrição em Pauta, n.21, v.119, p.27-32, 2013.
de depósitos de gordura e celulite. 3. Costa. EA. Nutrição e fitoterapia: tratamento alterna-
tivo através das plantas. Rio de Janeiro: Editora Vozes,
Cavalinha – Equisetum Arvense: Sua 2011.
atuação maior é como diurético natural. Nas
4. Pujol AP. Manual de nutricosméticos: receitas e
afecções do sistema urinário aumenta a diurese formulações para a beleza. Camboriú: Instituto de
e elimina os cálculos dos rins e bexiga. Elimina Ensino e Pesquisa em Nutrição – IEPN, 2012.
edemas dos membros inferiores e substâncias
tóxicas. Auxilia na formação de glóbulos verme- 5. Witt JSGZ, Bello GB. Manual de atendimento em
lhos, elimina excesso de ácido úrico e enriquece nutrição estética. 2ª ed. Porto Alegre: Editora IPGS,
o sangue, limpando o organismo 3. Extrato seco: 2011.
Até 2g por dia 5, a dose diária máxima seria de
100 mg 4.
PALAVRA-CHAVE: Fitoterapia, legislação, estética,
Centela – CentellaAsiatica (L.) Urban: Foi dietoterapia, nutrição.
classificada como droga normalizadora do tecido

20 |
FRAMBOESA (RUBUS IDAEUS L.): QUANTIFICAÇÃO DE
COMPOSTOS FENÓLICOS TOTAIS, FLAVONOIDES
E AVALIAÇÃO DA ATIVIDADE ANTIOXIDANTE IN
VITRO DOS FRUTOS FRESCOS E EXPOSTOS A
DIFERENTES MÉTODOS DE SECAGEM

PETROSKI, Patrícia Soeiro 1; NASCIMENTO, Patrícia Zambarda Do 2; WEIMER, Patrícia 2; DE


CASTILHOS, Juliana 3; ROSSI, Rochele Cassanta 3;

NOTAS: 1, 2 e 3.

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO


As framboesas vermelhas (Rubus idaeus L.) são Os frutos submetidos à secagem em estufa com
conhecidas por possuírem alta capacidade antio- circulação de ar (60 ºC) demonstraram maior
xidante, principalmente como resultado de seus concentração de flavonoides, enquanto nos
altos níveis de antocianinas e outros compostos demais testes os que foram expostos à secagem
fenólicos1. O consumo de alimentos ricos em antio- por liofilização obtiveram o melhor resultado. Neste
xidantes naturais, como vitaminas e compostos caso, o método de secagem parece influenciar no
fenólicos, auxilia na prevenção e redução do aumento na atividade antioxidante.
estresse oxidativo, e consequentemente, doenças
a ele relacionadas. CONCLUSÃO
O processo de liofilização mantém a alta quali-
MATERIAIS E MÉTODOS dade do alimento, incluindo a aparência, o sabor
O objetivo deste trabalho consiste em avaliar e preservando as propriedades bioativas de molé-
a capacidade antioxidante pelos métodos de culas funcionais, distinguindo-se das técnicas de
captura do radical ABTS•+, DPPH• e a capa- secagem tradicionais3.
cidade de redução do ferro – FRAP, além de
realizar a quantificação de compostos fenólicos REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
pela técnica de Folin-Ciocalteu e, flavonoides 1. ÇEKIÇ, Çetin; ÖZGEN, Mustafa. Comparison of antio-
através do teste com cloreto de alumínio a partir xidant capacity and phytochemical properties of wild and
de extratos dos frutos frescos de Rubus idaeus L. cultivated red raspberries (Rubus idaeus L.). Journal of
e aos expostos à processos de secagem à vácuo Food Composition and Analysis, v. 23, n. 6, p. 540-544,
(50 ºC), estufa com circulação de ar (60 ºC) e 2010; 2. MADI, L.; COSTA, ACPB; REGO, R. A. Brasil food
liofilização. trends 2020. São Paulo: FIESP: ITAL, 2010. 3. XIAO,
Ting et al. Polyphenolic profile as well as anti-oxidant
1 Mestranda do PPG em Nutrição e Alimentos da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos. and anti-diabetes effects of extracts from freeze-dried
2 Discente da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. black raspberries. Journal of Functional Foods, v. 31, p.
3 Docente e pesquisador da Universidade do Vale do Rio
dos Sinos/PPG em Nutrição e Alimentos e orientadora. 179-187, 2017.

21 |
IDENTIFICAÇÃO DE CURCUMINA
PRESENTE EM AMOSTRAS DE CURCUMA
LONGA L. APÓS PROCESSAMENTOS
TÉRMICOS
Almeida, C. L. B., Firmo, C. R. M., Guedes, A 1

NOTAS: 1.

INTRODUÇÃO
O rizoma de Curcuma longa L. é utilizado como quantificação de curcumina presente nos extratos
especiaria culinária na forma de pó, rizomas in foi analisada por Cromatografia Líquida de Alta
natura ou na fitoterapia como extratos secos1. A Eficiência (CLAE), pelo método de Yong et al3
curcumina e os carotenóides são os compostos adaptado ao tempo de corrida, através da curva
bioativos mais estudados da planta. O potencial de padrão externo por comparação da área do
terapêutico da curcumina, composto majoritário pico da amostra.
do rizoma, é conhecido como terapêutico de
diversas patologias2.

OBJETIVO
O propósito do estudo foi avaliar o efeito que o
método de armazenamento e do tratamento
térmico influenciam sobre teor de curcumina
presente em extratos de C. longa L.

MÉTODOS
Os rizomas foram coletados no inverno, no
campus da Universidade Regional de Blumenau.
As amostras foram separadas em: rizoma in
natura ao abrigo de luz, in natura fresco e sob
congelamento controlado a -18oC. Os extratos RESULTADOS E DISCUSSÃO
foram obtidos por maceração etanólica (96%
EtOH) e decocção a 90oC por 10 minutos. A As amostras obtidas por decocção apresentaram
rendimentos maiores que os extratos brutos etanó-
1 Curso de Nutrição, Departamento de Ciências
Farmacêuticas, Universidade Regional de Blumenau – FURB. licos. A extração etanólica foi mais efetiva que por

22 |
decocção a 90°C, variando em concentrações
entre 571,49 ppm a 28,78 ppm nas amostras in
natura obtidas por decocção. O extrato etanólico
do rizoma in natura apresentou a maior quanti-
dade de curcumina, sendo que a perda natural
da umidade do rizoma concentra a curcumina,
sendo observada diminuição de até 50% na
concentração de curcumina entre os processos
térmicos. O congelamento e secagem em estufa
mostraram teores de curcumina menores que os
rizomas armazenados a temperatura ambiente.
Fatores como o método de extração e compo-
sição de solvente, podem influenciar na eficiência
de extração da curcumina dos rizomas de C.
longa L..

CONCLUSÃO
Sugere-se a continuação de estudos para avaliar
atividade alcoólica ideal além da secagem,
influenciando na estabilização do teor de curcu-
mina durante o armazenamento.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. BRASIL. Instituto Chico Mendes de Biodiversidade.
Unidades de Conservação. Caatinga. Disponível em:
http://www.icmbio.gov.br/portal/biodiversidade/unida-
des-de-conservacao/biomas-brasileiros/caatinga/
unidades-de-conservacao-caatinga Acesso em: 5 fev
2017.
2. PRASAD, S.; GUPTA, S. C.; TYAGI, A. K.;
AGGARWAL, B. B. Curcumin, a component of golden
spice: From bedside to bench and back. Biotechnology
Advances, v. 32, n. 6, p. 1053-1064, nov. 2014.
3. YOUNG-JUN, K.; HYONG, J. L.; YOUNGJAE, S.
Optimization and Validation of High-Performance Liquid
Chromatography Method for Individual Curcuminoids
in Turmeric by Heat-Refluxed Extraction. Journal
Agriculture Food Chemical, v. 6, n. 46, p 10911–10918,
2013.

23 |
IMPLICAÇÕES DA DEFICIÊNCIA
DE VITAMINA D NA SÍNDROME
METABÓLICA
SANTIAGO, Liziane Aline; DIAS, Lorena Gonçalves; GUALBERTO, Amanda C. F. G.; ALCÂNTARA,
Eliana Silva e Souza; VALE, Mariana Gomes do; GONZATTI, Maria C. R.¹; PEREIRA, Telma Teixeira2

NOTAS: 1 e 2.

INTRODUÇÃO
Atribui-se principalmente à vitamina D o papel RESULTADOS E DISCUSSÕES
de regulador da fisiologia osteomineral, porém,
a forma ativa da vitamina D foi identificada como Diversos são os mecanismos implicados no
hormônio esteroide que faz parte do sistema surgimento da síndrome metabólica que estão
endocrinológico. Recentes evidências dos efeitos relacionados a hipovitaminose D, isto ocorre em
hormonais da vitamina D e o reconhecimento de razão da presença do receptor de vitamina D em
que a hipovitaminose é um importante problema diversas células e tecidos, incluindo células-B
de saúde pública trouxeram especial interesse no do pâncreas, no adipócito e no tecido muscular.
papel desse hormônio. A síndrome metabólica é A hipovitaminose D está sendo associada resis-
representada por um conjunto de fatores de risco tência à insulina por dificultar a capacidade
cardiovascular em que as complicações da obesi- das células beta na conversão da pró-insulina a
dade ou, então, que a resistência à insulina seja o insulina e por influenciar a translocação do trans-
principal fator de risco. O objetivo deste trabalho portador de glicose (GLUT4). Em situações de
foi de realizar uma revisão bibliográfica sobre a deficiência de vitamina D, ocorre um aumento da
implicação da hipovitaminose D na síndrome síntese de renina e angiotensina II. Esta por sua
metabólica. vez, gera um aumento na produção de espécies
Reativas de Oxigênio - ROS e ativa as proteínas
de baixo peso molecular (Rho), que inibem a
METODOLOGIA fosforilação do substrato-1 do receptor de insulina
A revisão de literatura foi realizada nas bases (IRS-1), enquanto a ROS inibe a junção da enzima
Pubmed/MedLine, Science Direct e SciELO fosfatidilinositol 3-quinase (PI3K) com a proteína
com publicações de 2001 a 2016. Utilizando B quinase (Akt), causando a interrupção da trans-
os seguintes descritores: Vit. D, SM, Doenças locação do transportador de glicose (GLUT4)
Cardiovasculares, Diabetes. para a membrana celular, inibindo a entrada
1 Acadêmicos do Curso de Nutrição da Pontifícia
de glicose na célula. Estudos sugerem que as
Universidade Católica de Minas Gerais. alterações provocadas pela hipovitaminose D
2 Mestre em Ciência de Alimentos- Professora do Curso de
Nutrição da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. na morfologia do coração e vasos sanguíneos

24 |
e o hiperparatireoidismo secundário, favorecem HOLICK, Michael F. et al. Evaluation, Treatment, and
a resposta de ativação do sistema renina-an- Prevention of Vitamin D Deficiency: an Endocrine
giotensina-aldosterona, levando ao aumento de Society Clinical Practice Guideline. The Journal of
produção de renina que resulta no aumento da clinical Endocrinology & Metabolism, v. 96 (7), p. 1911-
pressão arterial. Entretanto, estudos prospectivos 30, jun. 2011.
e de intervenção em humanos que comprovem a LAGOEIRO, Antonio José Jorge et al. Deficiência de
efetividade da adequação do status da vitamina Vitamina D em Pacientes com Suspeita de Insuficiência
D sob a redução dos riscos e tratamento da Cardíaca e Fração de Ejeção Normal. Rev Bras Cardiol,
síndrome metabólica são ainda escassos. v. 26(4), p. 253-58, jul/ago. 2013.
MAEDA, Sergio Setsuo et al. Recomendações da
CONCLUSÃO Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
(SBEM) para o diagnóstico e tratamento da hipovitami-
Apesar das evidências mostrarem dados bastante nose D. Arquivos Brasileiros Endocrinol Metabologia, v.
contundentes da relação entre hipovitaminose 58/5, p. 411-33. 2014.
D e a síndrome metabólica, os mecanismos
envolvidos ainda não estão completamente escla- MANDARINO, Natália Ribeiro Mandarino et al. Is Vitamin
recidos sendo de suma importância que estudos D Deficiency a New Risk Factor for Cardiovascular
futuros possam vir a responder essa questão, Disease? The Open Cardiovascular Medicine Journal,
assim como sobre o efeito protetor da adequação v. 9, p. 40-49. 2015.
da vitamina D no organismo humano. MARREIRO, Dilina do Nascimento. Micronutrientes
e Resistência à Insulina. In: COZZOLLINO, Sílvia M.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Franciscato. Biodisponibilidade de Nutrientes. 4ª Edição.
Barueri, Editora Manole, 2012. Cap. 42, p.1033-1062.
BEZERRA, Maria Laura Pinheiro et al. Os Benefícios
da Vitamina D na capacidade cognitiva em idosos. PESARINI, João Renato. NÍVEIS SÉRICOS DE
Revista de Medicina e Saúde de Brasília, Brasília, v. VITAMINA D ASSOCIADOS COM INDICADORES
5(1), p.101-108, mar. 2016. DA SÍNDROME METABÓLICA NA POPULAÇÃO
BRASILEIRA. Rio Claro: Universidade Estadual
BOUILLON, R. et al. Vitamin D And Human Health Paulista, 2013. 70p. (Dissertação para título de Mestre
Lessons From Vitamin D Receptor Null Mice. Endocrine em Ciências Biológicas).
Reviews, v. 29 (6), p. 726-76, oct. 2008.
SCHUCH, Natielen Jacques; GARCIA, Vivian Cristina;
FERRAREZI, Daniela Adraus de Figueiredo. Variações MARTINI, Ligia Araújo. Vitamina D e doenças endocri-
alélicas no gene do receptor da vitamina D (VDR) e nometabólicas. Arquivo Brasileiro de Endocrinologia
risco de doença arterial coronariana em pacientes e Metabologia, São Paulo, v. 53, nº 5, p. 625-633, abr.
diabéticos tipo 2. São Paulo: Faculdade de Medicina 2009.
da Universidade de São Paulo, 2011. 138p. (Tese para
obtenção de título de Doutor em Ciências). SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA. I Diretriz
Brasileira De Diagnóstico E Tratamento Da Síndrome
FERREIRA, Sara et al. Défice de Vitamina D: Metabólica. Arq Bras Cardiol, v. 84, abr. 2005.
Comorbilidade da Obesidade Pediátrica ou
Consequência do Estilo de Vida? Acta Pediátrica THOMAZ, Aline Machado. Expressão do Receptor
Portuguesa, v. 47, p. 38-47, 2016. de Vitamina D: Recombinante: Um Importante Alvo
Biológico. Feira de Santana: Estadual de Feira de
JORDE, R. et al. High Serum 25-hydroxyvitamin D Santana, 2013. 79p. (Dissertação para a obtenção do
Concentrations Are Associated With a Favorable Serum título de Mestre em
Lipid Profile. European Journal of Clinical Nutrition, v.
64 (12), p.1457–1464, dez. 2010. Biotecnologia).

25 |
CONSUMO DE LIPÍDIOS EM
UNIVERSITÁRIAS COM SOBREPESO
JESUS, Quéssia Graziele O. de1; SANTANA, Renata Ferreira1; SANTOS, Beluzia Almeida1;
GUIMARÃES, Márcia Meira1; ROCHA, Rosana de Lima1; SANTOS, Laís Caroline Souza1

NOTAS: 1 .

INTRODUÇÃO
O consumo de alimentos com pouca qualidade RESULTADOS E DISCUSSÃO
nutricional e a falta de atividade física, vem
Das 66 universitárias investigadas 72,7 % apre-
afetando bastante os jovens quando se mudam
sentaram sobrepeso, destas 41,3% relataram se
de sua cidade natal para ingressar na faculdade,
sentir acima do peso. Ao avaliar o consumo de
passando a morar sozinhos. Estes passam a
lipídios da população em estudo foi observado
preferir alimentos industrializados, geralmente
54,2%, com consumo alto.
prontos para consumo ou de rápido preparo, fast
foods em lanchonetes, associado ao consumo
deficiente de frutas, hortaliças e cereais inte- CONCLUSÃO
grais. Tais mudanças nos hábitos de vida das As condutas observadas são preocupantes por
universitárias podem acarretar o desenvolvimento comprometer o estado de saúde atual e futuro
do excesso de peso e doenças crônicas não das universitárias da área da saúde. Mostram um
transmissíveis, uma vez que, estes alimentos equívoco sobre o conhecimento teórico no que se
apresentam um alto teor de lipídeos. refere a hábitos de vida saudáveis e o estilo real
adotado.
OBJETIVO
Investigar o consumo de alimentos fontes de lipí- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
dios em universitárias de Instituição Privada do FREITAS, R. W. J. F. et al. Análise do perfil lipídico de uma
Sudoeste da Bahia. população de estudantes universitários. Revista Latino
Americano de Enfermagem, v. 21, n. 5, p. 1-8, 2013.
METODOLOGIA KRETSCHMER, A. C. et al. Estado nutricional e hábitos
alimentares de acadêmicos de uma universidade do
Coleta de dados - aferição de peso e estatura norte do Rio Grande do Sul. Revista Saúde Santa Maria,
das universitárias e aplicação do questionário de v. 41, n. 2, p. 121-128, 2015.
frequência alimentar simplificado.
QUEIRÓZ, A. R. et al. Avaliação do consumo alimentar
por meio de inquérito de frequência dietética. Revista
1 Estética e Cosmética.Faculdade Independe do Nordeste
Sociedade Brasileira de Alimentação e Nutrição, v. 32, n.
- Av. Luís Eduardo Magalhães, 1035 - Candeias, Vitória da Conquista 1, p. 11-22, abr. 2007.
- BA, 45055-420.

26 |
JABUTICABA: PROPRIEDADES
NUTRICIONAIS E FUNCIONAIS

OLIVEIRA, Nathália Argentino de1; BÁRBARO, Roberta Bianchinni Coca1; PEREIRA,Telma Teixeira2

NOTAS: 1 e 2.

INTRODUÇÃO
Entre os vários tipos de frutas nativas e exóticas
do Brasil, podemos mencionar a jabuticaba
(Myrciaria sp). Esta é amplamente utilizada por
conter compostos que trazem benefícios à saúde.
Suas frações, geralmente desprezadas, podem
ser uma alternativa na elaboração de produtos,
diminuindo a geração de resíduos e incentivando
o aproveitamento integral do fruto. O presente
estudo teve como objetivo caracterizar a jabuti-
caba identificando os seus compostos nutritivos
e bioativos.

METODOLOGIA
A revisão de literatura foi realizada nas bases
Pubmed/MedLine, Science Direct e SciELO
com publicações de 2004 a 2016, utilizando os
seguintes descritores: Jabuticaba, Antocianinas,
Ácido ascórbico.

RESULTADOS E DISCUSSÃO a vitamina mais abundante na jabuticaba e é


cofator para as enzimas que catalisam as reações
Foi evidenciado que a jabuticaba contém impor- de hidroxilação da prolina e lisina necessária à
tantes compostos antioxidantes como o ácido síntese do colágeno, além de atuar na varredura
ascórbico e antocianinas. O ácido ascórbico é dos radicais peroxil antes deles terem iniciado a
1 Acadêmicos do Curso de Nutrição da Pontifícia
oxidação lipídica, na regeneração do alfa toco-
Universidade Católica de Minas Gerais.
2 Mestre em Ciência de Alimentos- Professora do Curso de
ferol, na inibição da oxidação da LDL-colesterol e
Nutrição da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais. possui efeito anticarcinogênico. Já as antocianinas

27 |
são consideradas potentes antioxidantes quando REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
comparado a outros antioxidantes, através de
ARAÚJO CRR. Composição química, potencial
sua reação com o componente ativo do radical antioxidante e hipolipidêmico da farinha da casca
conseguem estabilizar as espécies reativas de de Myrciara caulifora (Jabuticaba) [dissertação].
oxigênio reduzindo as injúrias oxidativas e danos Diamantina:Universidade Federal dos Vales do
intracelulares causados pelos mesmos, inibem a Jequitinhonha e Mucuri; 2011.
apoptose de células endoteliais humanas, inibem
a formação de óxido nítrico e a expressão da BARBOSA VF. Caracterização do perfil da ação do
óxido nítrico sintase, exercem funções anti-infla- ácido gálico e seus derivados sobreprocessos oxida-
matórias, atuam no controle da pressão arterial, tivos in vitro e ex vivo. São Paulo. Dissertação [Mestrado
na redução das doenças cardiovasculares e em Biociências e Biotecnologia aplicada à Farmácia] -
Universidade Estadual Paulista; 2010.
na prevenção do câncer. A jabuticaba possui
também outros compostos importantes como o BRANDÃO LFG, et al. Controle de qualidade do ácido
tanino que tem a capacidade de capturar radi- tânico de algumas farmácias de manipulação de
cais livres, de participar na copigmentação das Campo Grande (MS), BRASIL. Revista Eletrônica de
antocianinas, é anticarcinogênico, antioxidante e Farmácia 2008; 5(3): 33 – 38.
antimutagênico. O ácido gálico, que é um produto CARDOSO LM, LEITE JPV, PELUZIO MCG.
da hidrolisação do tanino, que também tem ação Efeitos Biológicos das Antocianinas no Processo
antioxidante, antiapoptótica, antiviral, analgésica, Aterosclerótico. Revista Colombiana de Ciências
antimicrobiana, antimutagênica e antimelanogê- Químico-Farmacêuticas 2011; 40 (1):116-138.
nica, por essa razão, é importante para a saúde
CARDOSO LM, et al. Jaboticaba peel for jelly prepara-
da pele e útil no tratamento e prevenção de tion: an alternative technology. Ciência e Tecnologia de
doenças cardiovasculares e câncer. A saponina Alimentos 2011 out/dez; 31(4):
atua como antioxidante e melhora o sistema
imune, pode estar relacionada com a redução CARVALHO A A, ASQUIERI, E R. Teor de compostos
dos níveis de lipídeos, atuando na diminuição do fenólicos e atividade antioxidante da semente de jabu-
colesterol, reabsorção da bile e alterações endó- ticaba (Myrciaria cauliflora). (Goiás): 2014. Disponível
crinas. Os inibidores de tripsina são considerados em:<http://www.sbpcnet.org.br/livro/63ra/conpeex/
inibidores de proteases; o papel terapêutico dos mestrado/trabalhosmestrado/mestrado-adriana-an-
inibidores de interesse é a inativação de genes tunes.pdf>.
específicos associados ao câncer, além de terem CASSIDY A, et al. Habitual intake of avonoid subclasses
ação antioxidante. and incident hypertension in adults1–3. The American
journal of Clinical Nutrition. 2011: 338-347.
CONCLUSÃO CERQUEIRA FM, MEDEIROS MHG, AUGUSTO O.
Antioxidantes dietéticos: controvérsias e perspectivas.
Por meio deste estudo, fica evidenciado que a Química Nova 2007 jan; 30(2): 441-445.
jabuticaba apresenta vários compostos bioativos
e com funções antioxidantes importantes para a CRUZ, E. S. Caracterização de genótipos de jabuti-
saúde. Há evidências promissoras do que esta cabeira com base em descritores morfoagronômicos
fruta e suas frações podem ser utilizadas na e moleculares. Dissertação (Mestrado em Recursos
formulação de produtos inclusive na indústria Genéticos Vegetais) - Cruz das Almas, BA, 2014.
cosmética, porém poucos estudos são encon- DUTRA CB, RATH S, REYES FG. Nitrosaminas voláteis
trados na literatura que demonstrem o seu uso. em alimentos. Alimentos e Nutrição 2007 jan/mar; 18(1):
111-112.

28 |
DRUNKLER DA, Falcão LD, BORDIGNON-LUIZ T. TERCI DBL. Aplicações Analíticas e Didáticas de
Influência dos ácidos tânico e gálico na estabilidade Antocianinas Extraídas de Frutas. [Tese] Campinas:
de betacianinas do extrato bruto de beterraba vermelha Universidade Estadual de Campinas; 2004.
(Beta vulgaris L.). Alimentos e Nutrição 2004; 15 (1):
35-41. VOLP ACP, et al. Flavonóides antocianinas: caracte-
rísticas e propriedades na nutrição e saúde. Revista
LIMA AJB, et al. Caracterização química do fruto Brasileira de Nutrição Clínica 2008; 23(2): 141-149.
jabuticaba (Myrciaria cauliflora Berg) e de suas
frações. Archivos Latinoamericanos de nutricion 2008 W, LING. Anthocyanin supplementation improved serum
dez; 58(4):416-421. ldl-c, hdl-c levels and enhanced capacity of cellular
cholesterol efflux to serum in dyslipidemic subjects .
MARÇO PH, POPPI RJ, SCARMINIO IS. Procedimentos Journal of Clinical Lipidology; 2008. 5S(2): S181.
analíticos para identificação de antocianinas presentes
em extratos naturais. Revista Química Nova 2008 jul/
agos; 31(5): 1218-1223
MEIRA, NAN, et al. Flavonoides e antocianinas em
myrciaria cauliflora (jabuticaba) visando à aplicabi-
lidade cosmética. Visão Acadêmica, Curitiba, Jul.
- Set./2016, v.17, n.3.
MISSUGI CT. Estudo da Estabilidade de Antocianinas
Extraídas da Jabuticaba na Presença de Fe (III) e Ru
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Out, 2010. Anais... XIX Encontro Anual de iniciação
Científica Guarapuava, Paraná 28 a 30 out.
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Química, 2007. Disponível em: < http://sec.sbq.org.br/
cdrom/30ra/resumos/T1900-1.pdf>.
RIBEIRO JN, et al. Avaliação da Toxicidade de
Antocianina de Uva, Através da Quantificação
Espectrofométrica de Constituintes do Sangue, e
Medida de Massa Corporal de Coelhos Saudáveis.
Revista Analytica 2004 agos/ set.
SERRA HM, CAFARO TA. Ácido ascórbico: desde
la química hasta su crucial función protectiva en ojo.
Acta bioquímica clínica latinoameriacana 2007 oct./dic;
41(4): 529.
SILVA GJF et al . Formulação e Estabilidade de Corantes
de Antocianinas Extraídas das Cascas de Jabuticaba.
Revista Alimentação e Nutrição, Araraquara, v.21, Jul/
Set. 2010.

29 |
O PERFIL NUTRICIONAL DAS DIETAS
DA MODA DIVULGADAS EM REVISTAS
NÃO CIENTÍFICAS
GRANZOTI, Rodrigo 1; FEITOSA, Allyne 1; BELLO, Sérgio Ricardo Brito 2

NOTAS: 1 e 2.

INTRODUÇÃO
Os meios de comunicação exercem um papel
importante na definição de ideal de beleza, no
comportamento alimentar e o modo como os
indivíduos enxergam o corpo, sendo possível,
inclusive, verificar uma relação entre a mídia e
insatisfação com a imagem corporal (SANTANA et
al. 2003; SUDO e LUZ, 2007; ALMEIDA DE PAIVA,
2010). As revistas de dieta, moda e beleza expõem
diariamente conteúdos abordando corpos escul-
turais e dietas “milagrosas” para perda rápida de
peso, levando o público-alvo a seguir padrões
errados e estereotipados de alimentação (SUDO
e LUZ, 2007). Assim, neste trabalho discutiremos DISCUSSÃO
o perfil de dietas vinculadas às revistas de moda e
beleza e os possíveis impactos gerados à saúde Os trabalhos analisados mostraram inadequação
de seus leitores. nutricional das dietas para macros e micronu-
trientes, segundo WHO (2006). Willhelm (2004);
MÉTODOS Perinazzo e Almeida (2009); Pacheco et al.
(2009); Silva et al. (2014) e Souza et al. (2015)
Desse modo, buscou-se em base de dados verificaram que essas dietas além de hipocaló-
de pesquisa científica estudos sobre o perfil ricas (ex. 656,5 kcal), apresentam quantidades
nutricional das dietas vinculadas em revistas de excessivas de proteínas e baixas concentrações
circulação popular não cientifica. de carboidratos, fibras e lipídeos. Quanto aos
micronutrientes, Pacheco et al. (2009); Matias
(2014); Souza et al. (2015) e Floriano (2016) verifi-
1 Acadêmico do Curso de Nutrição Faculdade Paranaense
– FAPAR caram inadequação, principalmente, com relação
2
do Ribeira
Nutricionista, professor na Faculdades Integradas do Vale ao cálcio, ferro, zinco, magnésio, potássio, vita-
mina C, vitamina B12 e vitamina D. Quanto aos

30 |
efeitos dessas dietas no organismo Betoni et al. NOGUEIRA, L. R.; MELLO, A. V.; SPINELLI, M. G. N.;
(2010) e Nogueira et al. (2016) verificaram que, MORIMOTO, J. M. Dietas da moda consumidas por
as principais queixas, relatadas por pacientes, desportistas de um clube e academias em São Paulo.
Revista Brasileira de Nutrição Esportiva, v. 10. n. 59. p.
foram fraqueza, irritabilidade, tontura e queda de 554-561, 2016.
cabelo, além de baixa efetividade na redução de
peso (ARAUJO, 2013; SOUZA et al. 2015). Ilabaca MATIAS, M. O. Dietas da moda: os riscos nutricionais
(1996) afirma ainda que dietas restritivas, como que podem comprometer a homeostase. Trabalho de
Conclusão de Curso apresentado à Faculdade Católica
verificadas nos estudos, podem desencadear Salesiana do Espírito Santo, 2014.
transtornos alimentares, principalmente quando
associado a uma distorção da imagem corporal PACHECO, C. Q.; DE OLIVEIRA, M. A. M.; STRACIERI, A.
(FLEITLICH, 1997). P. M. Análise nutricional de dietas publicadas em revistas
não científicas destinadas ao público feminino. Revista
Digital de Nutrição, v. 3, n. 4, p. 346-361, 2009.
CONCLUSÃO PERINAZZO, C.; ALMEIDA, J. C. Composição nutricional
Assim, os dados reforçam que as dietas devem de dietas para emagrecimento divulgadas em revistas
ser elaboradas por nutricionistas, sempre respei- não científicas. Revista HCPA, v. 30, n. 3, p. 233-240,
2010.
tando a individualidade a fim de evitar danos à
saúde. SANTANA, H. M. M.; MAYER, M. D. B; CAMARGO, K.
G. Avaliação da adequação nutricional das dietas para
emagrecimento veiculadas pela internet. ConSCIENTIAE
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS SAÚDE. Rev. Cient. v.2, p. 99-104, 2003.
ARAUJO, L. M. P.; FORTES, R. C.; FAZZIO, D. M. G. SILVA, S. J. S.; FARIAS, R. C. F.; FAZZIO, D. M. G. Análise
Análise do uso de dietas da moda por indivíduos com da composição nutricional de dietas da moda divulgadas
excesso de peso. J Health Sci Inst., v. 31, n. 4, p. 388-391, por revistas não científicas. Nutrire., v. 39, n. 2, p.196-
2013. 202, 2014.
ALMEIDA DE PAIVA, M. O. Anorexia nervosa na SOUZA, M. G.; DE ANDRADE, I. E. L.; RAMALHO, A. A.
Adolescência: Estudo de Caso. Revista Argentina de Adequação nutricional de dietas para perda de peso em
Ciencias del Comportamiento, v. 2, n. 2, p. 4-17, 2010. revistas não científicas brasileiras. Demetra, v. 10, n. 4, p.
BETONI, F.; ZANARDO, V. P. S.; CENI, G. C. Avaliaçao 947-961, 2015.
de utilização de dietas da moda para pacientes de um SUDO, N.; LUZ, M. O gordo em pauta: representações
ambulatório de especialidades em nutrição e suas impli- do ser gordo em revistas semanais. Ciência & Saúde
cações no metabolismo. ConScientiae Saúde, v. 9, n. 3. Coletiva. Rio de Janeiro, v. 12, n. 4, p. 1033-1040, 2007.
P. 430-440, 2010.
WILLHELM, F. F.; OLIVEIRA, R. B. O.; COUTINHO, V. F.
FLEITLICH, B. W. O papel da imagem corporal e o risco Composição nutricional de dietas para emagrecimento
de transtornos alimentares. Pediatr Mod., v. 33, n. ½, p. publicadas em revistas não científicas: comparação com
56- 62, 1997. as recomendações dietéticas atuais de macronutrientes.
FLORIANO, R. S.; MAZUR, C. E.; SCHWARZ, K.; BENICÁ, Nutrire, v. 39, n. 2, p. 179-186, 2014.
S. C.; MACHADO, T. W. M. Dietas para emagrecimento WHO, World Health Organization. Nutrition. FAO/WHO
publicadas em um magazine direcionado ao público technical consultation on national food-based dietary
feminino: análise do conteúdo nutricional. Sci Med., v. 26, guidelines: 3. Technical presentations, 2006. Disponível
n. 2, p. 1-8, 2016. em: <http://www.who.int/nutrition/publications/nutrien-
ILABACA, P. T. Anorexia nerviosa y bulimia nerviosa: trequirements/dietguide_emro_3.pdf> Acesso em
clínica y epidemiologia de 90 casos. Rev Psiquiatr Clín., 09/03/2017.
v. 33, n.1/2, p. 17-32, 1996.

31 |
OBESIDADE E O RISCO PARA O
DESENVOLVIMENTO DE DOENÇAS
CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS
OLIVEIRA, Kátia Cilene Cavalcante de1; LOUBAK, Elisama2; OGLIARI, Mariza3; ANTUNES, Mateus
Dias4; CORTEZ, Lucia Elaine Ranieri5; BENNEMANN, Rose Mari6;

NOTAS: 1, 2, 3, 4, 5 e 6.

INTRODUÇÃO
A obesidade é considerada, segundo a número de mortes prematuras na população. Tais
Organização Mundial da Saúde (OMS), como patologias ganharam evidência nos programas
epidemia mundial, tanto nos países desenvolvidos de Promoção da Saúde, passando a serem deno-
quanto em desenvolvimento e é caracterizada minadas de Doenças Crônicas não transmissíveis
pelo excesso de gordura corporal, principalmente (DNT’s). No Brasil, o quadro de DNT’s é cres-
na região abdominal. cente por vários motivos, dentre eles, aumento na
A transição alimentar decorrente da substituição expectativa de vida, uso de tabaco, sedentarismo
de alimentos saudáveis como frutas, legumes e obesidade.
e verduras, pelo alto consumo de alimentos
industrializados ricos em açúcares e gorduras METODOLOGIA
influenciam significativamente no aumento do
número de obesos na população a nível global Foi uma pesquisa documental e bibliográfica
e, se destaca como um dos principais determi- seguindo uma abordagem qualitativa, nas bases
nantes para o desenvolvimento de patologias de dados da Scientific Electronic Library Online
relacionadas ao excesso de peso. – SCIELO, LILACS e PubMed. Utilizaram-se os
Doenças como diabetes, doenças cardiovas- seguintes descritores em português: obesidade e
culares, câncer e doença respiratória crônica, doenças crônicas não transmissíveis e na língua
são responsáveis por promover incapacidade, inglesas: obesity, chronic non-communicable
redução da qualidade de vida e um grande diseases durante os meses de janeiro e fevereiro
de 2017, com periódicos publicados entre os
1 Biomédica e Mestranda em Promoção da Saúde pelo
Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR anos de 2013 a 2016.
2 Biomédica e Mestranda em Ciências da Saúde –
Universidade Estadual de Maringá - UEM
3 Esteticista e Mestranda em Promoção da Saúde pelo Centro
Universitário de Maringá - UNICESUMAR RESULTADOS E DISCUSSÃO
4 Fisioterapeuta e Mestrando em Promoção da Saúde pelo
Centro Universitário de Maringá – UNICESUMAR
5 Doutora em Ciências, Docente do Mestrado em Promoção
A obesidade, resultante do sedentarismo e da
da Saúde do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR
6 Doutora em Saúde Pública e Docente do Mestrado em
má alimentação, é uma das principais causas de
Promoção da Saúde do Centro Universitário de Maringá - UNICESUMAR

32 |
incapacidade e morte prematura na população. O REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
número de pessoas com sobrepeso e obesidade
CHINI, Luiz Stanislau Nunes; GREFFIN, Suzana;
no Brasil cresce entre todas as faixas etárias e LUGON, Jocemir Ronaldo. Prevalence of metabolic
ameaça o progresso na contenção de DNT’s no syndrome among workers from the Company of
país, sendo assim, a divulgação dos trabalhos Generation and Distribution of Energy in Rio de Janeiro,
científicos, a educação e o conhecimento sobre Brazil. Cad. saúde colet.,  Rio de Janeiro ,  v. 22, n. 4, p.
tais patologias e seus agravos servem como 359-364,  dez.  2014 .
aliados no controle das DNT’s.
CLARO, Rafael Moreira et al. Consumo de alimentos
não saudáveis relacionados a doenças crônicas não
CONCLUSÕES transmissíveis no Brasil: Pesquisa Nacional de Saúde,
A obesidade é um fator de risco importante para 2013. Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 24, n. 2,
o desenvolvimento de DNT’s, porém, são fatores p. 257-265, 2015.
potencialmente modificáveis, ou seja, a adoção CODOGNO, Jamile Sanches et al . Comparação de
de estilo de vida saudável e pratica regular de gastos com serviços de atenção básica à saúde
atividade física auxiliam na não evolução dessas de homens e mulheres em Bauru, São Paulo, 2010.
patologias. Epidemiol. Serv. Saúde,  Brasília ,  v. 24, n. 1, p.
Neste contexto, é importante o comprometimento 115-122, 2015 .
interdisciplinar tanto de profissionais da área da COSTA, Maria Cecília; BRITO, Luciara Leite; LESSA,
saúde e da educação, quanto da comunidade Ines. Práticas alimentares associadas ao baixo risco
para a adoção de programas acessíveis à popu- cardiometabólico em mulheres obesas assistidas em
lação, que incentivem a rotina de alimentação ambulatórios de referência do Sistema Único de Saúde:
saudável e a prática regular de atividades físicas. estudo de caso-controle. Epidemiol. Serv. Saúde, 
A educação em saúde é uma importante ferra- Brasília ,  v. 23, n. 1, p. 67-78, 2014 .  
menta que auxilia a população no autocuidado DUARTE, Bruna Mara; BERNAL, Regina Tomie Ivata;
e no controle das DNT’s de forma individual e/ou MALTA, Deborah Carvalho. Fatores de risco e proteção
coletiva para promoção da saúde. para doenças crônicas não transmissíveis na população
Palavras-Chave: Obesidade, Qualidade de vida, de Belo Horizonte: Vigitel 2008. Rev. bras. epidemiol., 
fatores de risco. São Paulo ,  v. 16, n. 3, p. 572-581,  2013 .
FERREIRA, Silvana Diniz et al . Prevalência e fatores
associados ao sobrepeso/obesidade e à hipertensão
arterial sistêmica em crianças da rede privada de
ensino de Divinópolis/MG. Cad. saúde colet.,  Rio de
Janeiro ,  v. 23, n. 3, p. 289-297,  2015 .
KLAFKE, André et al . Mortalidade por complicações
agudas do diabetes melito no Brasil, 2006-2010.
Epidemiol. Serv. Saúde,  Brasília ,  v. 23, n. 3, p.
455-462, 2014 .  
MALTA, Deborah Carvalho; BERNAL, Regina Tomie
Ivata. Comparação dos fatores de risco e proteção de
doenças crônicas na população com e sem planos de
saúde nas capitais brasileiras, 2011. Rev. bras. epide-
miol.,  São Paulo ,  v. 17, supl. 1, p. 241-255,  2014 .

33 |
MALTA, Deborah Carvalho et al. Mortalidade por RAYMUNDO, Ana Carolina Nascimento; PIERIN, Angela
doenças crônicas não transmissíveis no Brasil e suas Maria Geraldo. Adesão ao tratamento de hipertensos
regiões, 2000 a 2011. Epidemiologia e Serviços de em um programa de gestão de doenças crônicas:
Saúde, v. 23, n. 4, p. 599-608, 2014. estudo longitudinal retrospectivo. Rev. esc. enferm.
USP,  São Paulo ,  v. 48, n. 5, p. 811-819, 2014 .
MALTA, Deborah Carvalho; SILVA JR., Jarbas Barbosa
da. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento RODRIGUES, Ludmila Barbosa Bandeira et al. A
das Doenças Crônicas Não Transmissíveis no Brasil atenção primária à saúde na coordenação das redes
após três anos de implantação, 2011-2013. Epidemiol. de atenção: uma revisão integrativa. Ciência & Saúde
Serv. Saúde,  Brasília ,  v. 23, n. 3, p. 389-395,  2014 . Coletiva, v. 19, n. 2, p. 343-352, 2014.
MALTA, Deborah Carvalho et al. Prevalência de fatores SILVA, Maria Sebastiana et al . Risco de doenças
de risco e proteção para doenças crônicas não trans- crônicas não transmissíveis na população atendida em
missíveis em adultos: estudo transversal, Brasil 2012. Programa de Educação Nutricional em Goiânia (GO),
Epidemiologia e Serviços de Saúde, v. 23, n. 4, p. Brasil. Ciênc. saúde coletiva,  Rio de Janeiro ,  v. 19, n.
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MALTA, Deborah Carvalho; BERNAL, Regina Tomie SOUSA, Clóvis Arlindo de et al . Prevalência de ativi-
Ivata; OLIVEIRA, Martha. Tendências dos fatores de dade física no lazer e fatores associados: estudo de
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Pública,  Rio de Janeiro ,  v. 29, n. 4, p. 812-822,  Apr. 
2013.
OLIVEIRA-CAMPOS, Maryane et al . Impacto dos
fatores de risco para doenças crônicas não transmis-
síveis na qualidade de vida. Ciênc. saúde coletiva,  Rio
de Janeiro ,  v. 18, n. 3, p. 873-882, 2013 .  
OLIVEIRA, Luciana Carneiro de et al . Prevalência de
adiposidade abdominal em adultos de São Francisco
do Conde, Bahia, Brasil, 2010. Epidemiol. Serv. Saúde, 
Brasília ,  v. 24, n. 1, p. 135-144,  2015 .
PINHO, Claudia Porto Sabino et al . Prevalência e fatores
associados à obesidade abdominal em indivíduos na
faixa etária de 25 a 59 anos do Estado de Pernambuco,
Brasil. Cad. Saúde Pública,  Rio de Janeiro ,  v. 29, n.
2, p. 313-324,  2013 .  
PIRES, Cláudia Geovana da Silva et al . Prática de
atividade física entre estudantes de graduação em
enfermagem. Acta paul. enferm.,  São Paulo ,  v. 26, n.
5, p. 436-443,    2013 .

34 |
PREOCUPAÇÃO COM A IMAGEM
CORPORAL EM UNIVERSITÁRIAS

JESUS, Quéssia Graziele Oliveira de1; SANTANA, Renata Ferreira1; SANTOS, Beluzia Almeida1;
GUIMARÃES, Márcia Meira1; ROCHA, Rosana de Lima1

NOTAS: 1.

INTRODUÇÃO
A preocupação excessiva com a forma e o peso corporal média de 87,38 + 33,36 pontos, carac-
corporal podem impulsionar o indivíduo a distorcer terizando uma população de adultos jovens, IMC
a percepção do seu corpo, caracterizando a evidenciando eutrofia e levemente preocupadas
distorção da imagem corporal. As universitárias com relação à imagem corporal.
passam por várias mudanças ao ingressar na
faculdade para adaptar-se a uma nova rotina e difi- CONCLUSÃO
cilmente mantém uma alimentação saudável, pois
preferem refeições rápidas e de fácil preparo. A preocupação e insatisfação com a imagem
corporal podem acarretar mudanças no compor-
tamento e atitudes alimentares, levando ao
OBJETIVO desenvolvimento dos transtornos alimentares,
Investigar a distorção de imagem corporal em depressão, percepção negativa de si, comprome-
universitárias de instituição privada do Sudoeste da tendo sua saúde no momento e futuro profissional,
Bahia. fato este preocupante por se tratar de acadêmicas
da área de saúde.
METODOLOGIA
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
A preocupação com a imagem corporal foi obtida
MARQUES, R.S.A; OLIVEIRA, A.P; ASSIS, M.R.
através da aplicação do Questionário sobre Imagem Prevalência de insatisfação com a imagem corporal entre
Corporal - BSQ. estudantes de educação física. Corpus et Scientia. v. 9,
n. 1, p. 65-78, 2013. 
RESULTADOS E DISCUSSÃO LOUREIRO, M.P. Estado nutricional e hábitos alimentares
em universitários. Revista de Segurança Alimentar e
As médias apresentadas pelas 384 investigadas Nutricional, v. 23, n. 2, p. 955-972, São Paulo, 2016. 
foi de idade 21,62 + 5,16 anos, peso 61,36 + 10,60
KRETSCHMER, A.C, et al. Estado nutricional e hábitos
kg, IMC 22,22 + 3,5 kg/m2, e em relação à imagem alimentares de acadêmicos de uma universidade do
1 Estética e Cosmética. Faculdade Independe do Nordeste
norte do Rio Grande do Sul. Revista Saúde (Santa Maria),
- Av. Luís Eduardo Magalhães, 1035 - Candeias, Vitória da Conquista v. 41, n. 2, p. 121-128, 2015
- BA, 45055-420.

35 |
PRINCIPAIS ALTERAÇÕES NUTRICIONAIS E
POSSÍVEIS INTERCORRÊNCIAS ESTÉTICAS

MACIEL, Milena Brozoski¹; TAPOROSKY , Anderson Kelvin1; Moraes, Allyne Feitosa de Oliveira
de1; GRANZOTI, Rodrigo Otávio1; VICENTINI, Mariana Scudeller1; SALVADOR , Angela Alves1;
ROSSETTI , Fracini Xavier1; BELLO, Sergio Ricardo de Brito1

NOTA: 1.

INTRODUÇÃO RESULTADO E DISCUSSÃO


Na avaliação do paciente em consultório são Dentro da semiologia nutricional, indicadores
levados em consideração parâmetros bioquí- como moleiras deprimidas, olhos fundos e sem
micos, antropométricos, a história dietética do lágrimas, pele seca e lábios rachados se asso-
paciente e ainda o exame físico. Dentro do ciam a depleção de água. Da mesma forma,
exame físico, o profissional nutricionista, através a hipovitaminose A, encontra-se relacionada a
da semiologia nutricional, é capaz de identi- Xerodermia, Xeroftalmia e Manchas de Bitot. A
ficar precocemente carências nutricionais que carência de vitamina C apresenta associação
implicam em alterações estéticas e que ainda não direta com o escorbuto, palidez e cabelos quebra-
foram identificadas através da avaliação bioquí- diços, enquanto que a depleção de vitamina D
mica. Dentro desse contexto, o presente trabalho leva a alterações ósseas importantes. A redução
buscou listar as principais alterações estéticas das reservas de Riboflavina, são manifestadas
decorrentes de carências nutricionais e que através da dermatite seborréica, formação de
podem ser identificadas através do exame físico. gretas e vermelhidões nos lábios, estomatites e
descamação de pele. A carência de ácido panto-
METODOLOGIA tênico, tem sido relacionado a descamação de
unhas enquanto que a deficiência da vitamina H,
Para tanto, foram selecionados 10 artigos cien- à furunculose. Já a depleção de selênio, apresen-
tíficos, publicados entre 2009 e 2016. Como ta-se relacionada ao envelhecimento precoce e a
descritores, foram utilizadas as seguintes pala- menor atividade antioxidante.
vras chaves: semiologia, carências nutricionais,
hipovitaminoses. CONCLUSÃO
A manutenção de micronutrientes dentro dos
padrões fisiológicos de normalidade, implica em
1 Faculdade Paranaense- Curso de Nutrição-Alameda Dom
número reduzido de intercorrências estéticas. A
Pedro II, 432-Batel-Curitiba/PR. Faculdades Integradas do Vale do semiologia nutricional é um campo relevante para
Ribeira- Rua Oscar Yoshiaki Magário, nº 185 - Jardim das Palmeiras
- Registro - SP o exercício profissional do nutricionista.

36 |
PRINCIPAIS DISTÚRBIOS ESTÉTICOS
ASSOCIADOS A PACIENTES PORTADORES
DE DIABETES MELLITUS TIPO 2

MORAES, Allyne Feitosa de Oliveira de¹; MACIEL, Milena Brozoski1; TAPOROSKY , Anderson
Kelvin1; GRANZOTI, Rodrigo Otávio1; VICENTINI, Mariana Scudeller1; SALVADOR , Angela Alves1;
ROSSETTI , Fracini Xavier1; BELLO, Sergio Ricardo de Brito1

NOTAS: 1.

INTRODUÇÃO RESULTADOS E DISCUSSÃO


O diabetes Mellitus tipo 2 associa-se diretamente O diabetes Mellitus tipo 2 é uma doença endó-
a diversas complicações, entre elas, as que inter- crinometabólica, relacionada a resistência a
ferem de maneira significativa a condição estética ação da insulina, complicações como retino-
do indivíduo induzindo a comprometimento da patia diabética, neuropatia diabética, disturbios
auto estima do paciente, além dos prejuízos renais, circulatórios, cicatriciais e cardíacos.
relacionados a condição de saúde. Dentro desse Além disso, portadores de diabetes são fortes
contexto, o presente resumo tem como objetivo candidatos ao desenvolvimento de depressão e
avaliar as principais complicações estéticas iden- ainda complicações estéticas. Dentro das compli-
tificadas em pacientes portadores de diabetes cações estéticas mais frequentes associadas a
tipo 2. esse grupo, nas bibliografias pesquisadas foram
identificadas: envelhecimento precoce, flacidez
MATERIAIS E MÉTODOS cutânea, descamação de pele, queda de cabelo
e presença de dermatites. As principais manifes-
Para tanto foram selecionados 12 artigos cien- tações associam-se a prejuizos relacionados ao
tíficos publicados desde 2008 até 2016. Tais padrão global de saúde do paciente portador da
artigos foram obtidos nas bases de dados Lilacs, doença, e especialmente a complicações imuno-
Pub Med e Scielo, tendo como principais descri- lógicas verificadas no diabético.
tores Diabetes Mellitus, complicações estéticas,
doenças endocrinometabólicas. CONCLUSÃO
Nesse sentido, a adoção de estratégias precoces
de suplementação e ainda auto cuidado, é funda-
1 Faculdade Paranaense- Curso de Nutrição-Alameda Dom
mental para garantir menores prejuízos estéticos.
Pedro II, 432-Batel-Curitiba/PR. Faculdades Integradas do Vale do
Ribeira- Rua Oscar Yoshiaki Magário, nº 185 - Jardim das Palmeiras
- Registro - SP

37 |
PRINCIPAIS MICRONUTRIENTES E
COMPOSTOS BIOATIVOS EM ALIMENTOS
COM POTENCIAL ANTI-INFLAMATÓRIO

TAPOROSKY , Anderson Kelvin¹; MACIEL, Milena Brozoski¹; MORAES, Allyne Feitosa de Oliveira
de¹; GRANZOTI, Rodrigo Otávio¹; VICENTINI, Mariana Scudeller¹; SALVADOR, Angela Alves¹;
ROSSETTI, Fracini Xavier¹; BELLO, Sergio Ricardo de Brito¹

NOTAS: 1.
INTRODUÇÃO
A inflamação encontra-se relacionada a alte- com a P.O.F (Pesquisa de Orçamentos Familiares),
rações importantes nos padrões estéticos. 90% da população brasileira apresenta consumo
Diante disso, a adoção de condutas alimentares inadequado de frutas e verduras, alimentos esses
adequadas em nutrientes anti-inflamatórios, é que apresentam elevadas concentrações de
fundamental para prevenir e tratar tais condições nutrientes e compostos bioativos com potencial
que prejudicam a auto estima e que podem se anti-inflamatório. Da mesma forma, percebe-se
associar a complicações crônicas. Diante disso, o consumo insuficiente de fontes de ômega 3, em
objetivo do presente trabalho foi levantar os prin- função dos custos envolvidos na comercialização
cipais nutrientes anti-inflamatórios. de pescados. Nesse sentido, a suplementação e
a fortificação de alimentos é justificada, uma vez
MATERIAIS E MÉTODOS que os anti-inflamatórios nutricionais modulam a
inflamação, minimizando outras complicações
Para tanto, foram selecionados 10 artigos cientí- associadas ao quadro.
ficos publicados entre 2010 até 2016, utilizando-se
os seguintes descritores: vitaminas, anti-inflama-
tórios, micronutrientes. CONCLUSÃO
O baixo consumo de produtos anti-inflamatórios
RESULTADOS E DISCUSSÃO leva a necessidade de adoção de outras estraté-
gias de consumo. Ressalta-se ainda a importância
Os nutrientes relacionados ao controle do no consumo de tais micronutrientes, ou ainda
processo inflamatório envolvem a vitamina E, vita- compostos bioativos encontrados em alimentos,
mina A, vitamina B6, Selênio, Zinco, vitamina C, na redução da inflamação, implicando assim em
licopeno e ainda ômega 3. Entretanto, de acordo menores intercorrências estéticas e/ou relacio-
1 Faculdade Paranaense- Curso de Nutrição-Alameda Dom
Pedro II, 432-Batel-Curitiba/PR; Faculdades Integradas do Vale do
nadas a enfermidades.
Ribeira- Rua Oscar Yoshiaki Magário, nº 185 - Jardim das Palmeiras
- Registro - SP

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UNIVERSITÁRIAS: RELAÇÃO ENTRE
A DIETA FIBRÍNICA E O ESTADO
NUTRICIONAL
JESUS, Quéssia Graziele Oliveira de1; ROCHA, Rosana de Lima1; SANTANA, Renata Ferreira1;
GUIMARÃES, Márcia Meira1; SANTOS, Beluzia Almeida1; CASTRO, Juliana Souza1

NOTAS: 1.

INTRODUÇÃO
A adoção de um padrão alimentar desequilibrado e o consumo alimentar foi verificado que as univer-
está relacionada à ingestão deficiente ou exces- sitárias que estavam eutróficas apresentaram um
siva de alguns nutrientes. Neste sentido, tem-se baixo consumo de fibras (70,9%). Dado seme-
evidenciado uma baixa ingestão de alimentos lhante e preocupante, também foi observado nas
fontes de fibras em vários grupos populacionais, investigadas em sobrepeso onde 71,4% apresen-
inclusive entre as universitárias que ao iniciarem tava este característico consumo.
suas atividades acadêmicas sofrem com as
mudanças, adotando uma nova rotina, devido CONCLUSÃO
ao ambiente social diferenciado e as responsa-
bilidades inerentes a sua formação profissional, A maioria das acadêmicas não consumiam
deixando em segundo plano a sua alimentação. alimentos fontes de fibras, o que pode ser decor-
rente da alta ingestão de alimentos fontes de
OBJETIVO carboidratos refinados e gorduras, os quais estão
mais facilmente disponíveis para consumo por
Avaliar o consumo alimentar de fibras e sua este grupo em questão.
relação com o estado nutricional em universitárias
de instituição de ensino privado. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
METODOLOGIA CASTRO, J.S; MIRANDA, A.S; SANTANA, R.F.
Percepção de imagem corporal e consumo de
Utilizou-se a avaliação por meio do cálculo do Índice fibras em acadêmicas de odontologia de insti-
de Massa Corporal e aplicação do Questionário tuição de ensino superior do sudoeste da Bahia.
de Frequência Alimentar Simplificado. Revista Eletrônica da Fainor, v.8, n.1, p.71-82,
2015.
RESULTADOS E DISCUSSÃO MOREIRA, N.W.R. et al. Consumo alimentar,
estado nutricional e risco de doença cardiovas-
Ao realizar a associação entre o estado nutricional cular em universitários iniciantes e formandos de
1 Estética e Cosmética.Faculdade Independe do Nordeste
um curso de nutrição,Viçosa-MG. Revista APS,
- Av. Luís Eduardo Magalhães, 1035 - Candeias, Vitória da Conquista v.16, n.3, p. 242-249, 2013.
- BA, 45055-420.

39 |
SATISFAÇÃO COM A AUTOIMAGEM
EM UNIVERSITÁRIAS DE ESTÉTICA E
COSMÉTICA
JESUS, Quéssia Graziele Oliveira de1; SANTANA, Renata Ferreira1; GUIMARÃES, Márcia Meira1;
SANTOS, Beluzia Almeida1; ROCHA, Rosana de Lima1; CASTRO, Juliana Souza1

NOTAS: 1. RESULTADOS E DISCUSSÃO


As 110 universitárias apresentaram médias de
INTRODUÇÃO idade de 24,75 + 8,27 anos e de IMC 23,05 + 3,27
A imagem corporal está relacionada com fatores Kg/m2, 75,3% apresentaram eutrofia. Observou-se
psicológicos, sociais, comportamentais podendo que 71,4% se reconheciam com peso mediano e
ser impulsionada por princípios culturais e na satisfação com a imagem corporal 23,7% apre-
ambientais. O indivíduo idealiza uma represen- sentaram insatisfação pela magreza e 55,7% pelo
tação mental do seu próprio corpo, acarretando excesso de peso.
uma insatisfação corporal estimulada por meca-
nismos de comparação da aparência dos jovens CONCLUSÃO
entre si e a incorporação inconsciente de um Universitárias insatisfeitas com a imagem corporal
modelo ideal de magreza instigada pela mídia. anseiam pela redução do tamanho da silhueta
Tal comportamento pode originar diferentes corporal, buscando sempre o corpo perfeito,
reações quando os universitários defrontam-se padrões estéticos estes que as conduzirão as
com momentos difíceis, como aumento ou dimi- cirurgias plásticas, dietas restritas, podendo
nuição do apetite e ingestão de álcool. impulsionar condutas prejudiciais à saúde.
OBJETIVO REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
Investigar a satisfação com a autoimagem em MAURICIO, L. K. et al. Fatores associados a insatisfação
universitárias da Instituição Privada do Sudoeste com a imagem corporal de estudantes universitários.
da Bahia. Pesquisa em Educação Física, v.14, n. 2, p. 41-50, 2015.
MIRANDA, V. P. N. et al. Insatisfação corporal em univer-
METODOLOGIA sitários de diferentes áreas de conhecimento, Jornal
Foi realizada antropometria e investigação das Brasileiro de Psiquiatria, v. 61, n. 1, p 25-32, 2012.
Figuras de Silhuetas Corpóreas. SILVA, W. R. et al. Fatores que contribuem para preocu-
pação com a imagem corporal universitárias. Revista de
1 Estética e Cosmética. Faculdade Independe do Nordeste -
Av. Luís Eduardo Magalhães, 1035 - Candeias, Vitória da Conquista - BA, Epidemiologia, v. 18, n. 4, p.785-797, 2015.
45055-420.

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TERAPIA NUTRICIONAL PARA O FIBRO
EDEMA GELOIDE (FEG)

MATOS, Patrícia Eleutério de; RODRIGUES, Renata Lemos Pinto Silis

INTRODUÇÃO DISCUSSÃO
O FEG (Fibro Edema Gelóide) é considerado uma Sabendo-se que a alimentação representa um
alteração do tecido celular subcutâneo resultante papel importante potencializando os tratamentos
do acúmulo de toxinas. O maior ponto crítico estéticos relacionados ao FEG, torna-se essencial
é o fator hormonal, que afeta as mulheres em algumas modificações nos hábitos alimentares.
diferentes faixas etárias, sendo influenciado por Deve-se seguir uma dieta de baixo índice glicê-
fatores circulatórios e linfático. A alimentação pode mico com o objetivo de reduzir o tecido adiposo;
interferir de forma negativa nesta condição, consi- com alimentos anti-inflamatório, diuréticos e
derando-se os alimentos pró-inflamatórios, e de também cuidar da saúde intestinal corrigindo uma
forma positiva os alimentos funcionais. O principal possível disbiose, melhorando assim a absorção
fator de contribuição terapêutico é o correto diag- dos nutrientes envolvidos no tratamento do FEG.
nóstico, aliado à técnica de tratamento adequado. A dieta deve ser rica em gorduras poli e mono
A nutrição funcional muito colabora com sua insaturadas, fibras, minerais e com substituição
atuação, avaliando sistematicamente o estresse de carboidratos simples por integrais, além da
oxidativo e metabolismo, a regulação hormonal, redução do consumo de sódio.
o suporte imunológico e o processo inflamatório.
Este estudo tem por objetivo abordar o FEG e o
papel da terapia nutricional na sua prevenção e
tratamento.

MÉTODOS
A metodologia adotada foi uma revisão bibliográ-
fica. Ao analisar outros estudos, pôde-se verificar
que a alimentação interfere de forma direta tanto
na causa como no tratamento do FEG.

41 |
O quadro do paciente com Fibro Edema Gelóide
está diretamente relacionado a maus hábitos
alimentares, acúmulos de xenobióticos, estilo de
vida sedentário e colonização de micro-orga-
nismos da mucosa intestinal.

CONCLUSÃO
Mesmo não sendo considerada uma doença o FEG
representa uma grande insatisfação na imagem
corporal, principalmente na população feminina
refletindo de forma negativa na autoestima.

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICA
GUIRRO, Eliane; GUIRRO, Rinaldo. Fisioterapia derma-
to-funcional. Manole. 3.ed, 347-389;2006.
MACHADO, A.F.P, Tacani, R.E, Schwartz J, Liebano
R.E, Ramos J.L.A, Frate T. Incidência de fibro edema
geloíde em mulheres caucasianas jovens. Arq Brás.
Ciên Saúde. 2009 Mai/Ago; 34(2), p. 80-6.
PUJOL, A. P. Nutrição Aplicada a Estética/organiza-
dora: Ana Paula Pelágio Pujol- Rio de janeiro. Editora
Rubio, 2011. Pág. 302-311.

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VIABILIDADE DA APLICAÇÃO DA GOJI BERRY
COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DO
ENVELHECIMENTO CUTÂNEO

FARIAS,Jaqueline Nogueira1; BARBOSA, Franciely Patrícia1; VICENTINI, Mariana Scudeller1,


BELO, Sergio Ricardo de Brito1

NOTAS: 1.
trigo integral, bicarbonato de sódio, fermento
químico, canela, cacau e goji berry (10,5%). Após
INTRODUÇÃO a homogeneização dos ingredientes o biscoito foi
Os tratamentos estéticos têm como principal assado por 20 minutos, em forno convencional, a
enfoque a pele e o envelhecimento cutâneo. Este 200ºC.
último é um processo biológico natural a que
todos estão submetidos, podendo ser retardado RESULTADOS E DISCUSSÃO
com um estilo de vida adequado, alimentação Avaliou-se que o acréscimo da goji berrys em
e cuidados com exposição solar. As goji berrys biscoito integral apresentou-se viável, com cada
(Lycium barbarum) contêm grandes quantidades porção (duas unidades) de 25 gramas apresen-
de antioxidantes, um complexo rico em flavo- tando 47 kcal, 6,3 gramas de carboidratos, 0,9
noides, carotenoides, incluindo o betacaroteno, gramas de proteínas, 1,7 gramas de gordura total
zeaxantina e luteína, vitamina A, vitamina C e e 0,8 gramas de fibra alimentar. Considerando
minerais, que são considerados nutrientes foto- que esta variedade de fruta é rica em compostos
protetores. Os antioxidantes auxiliam na inativação antioxidants, com prevalência de ácidos orgâ-
ou redução dos danos causados pelos radicais nicos e compostos fenólicos, essenciais para
livres, sendo um grande aliado ao combate do a prevenção do envelhecimento cutâneo, sua
envelhecimento cutâneo. Assim, o objetivo deste utilização torna-se de relevada importância e
estudo foi avaliar a aplicabilidade das goji berrys aplicabilidade. Enfatizando os efeitos benéficos
em biscoito integral com o intuito de fornecer um desta fruta sabe-se que produtos derivados
produto que possa ser utilizado como forte aliado podem auxiliar em queimaduras ocorridas pela
contra o envelhecimento cutâneo, além de deter- exposição aos raios UV, os quais também geram
minar sua informação nutricional. danos à camada cutânea.
MATERIAIS E MÉTODOS CONCLUSÕES
Para a elaboração do biscoito integral utilizou-se O desenvolvimento de biscoito integral com goji
ovo, óleo de coco, açúcar mascavo, farinha de berry e sua utilização como tratamento coadju-
1 União das Instituições de Serviços, Ensino e Pesquisa -
Faculdade Integradas do Vale do Ribeira (UNISEPE) – Rua Oscar vante à prevenção e tratamento do envelhecimento
Yoshiaki Magario, 185, Jardim das Palmeiras, CEP 11900-000,
Registro, São Paulo, Brasil cutâneo é viável.

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A VITAMINA A NO PROCESSO INFLAMATÓRIO
DA ACNE: AVALIAÇÃO DO USO DA FARINHA DE
CENOURA COMO ALTERNATIVA DE INSERÇÃO
DO NUTRIENTE NA DIETA

VIEIRA, Brenda Ferraz¹; ALCÂNTARA, Carolina Gomes de¹; FARIA, Emili Rafaeli de¹; SANTOS,
Gabriela Soares dos¹; OLIVERA, Gilce Santos¹; OLIVEIRA, Mônica Gouvea de¹; ROCHA, Yana
Maria Amaral¹; ALVES, Michelle Rosa Andrade²; ARAÚJO, Raquel Linhares Bello de³; SILVA ,
Mauro Ramalho3; REGIS, William César Bento4,5

NOTAS: 1, 2, 3, 4 e 5.

INTRODUÇÃO
A acne é uma doença inflamatória crônica que
acomete 85 a 100% da população e tem maior
ocorrência na adolescência. O quadro inflamatório
da acne pode ser reduzido com a inserção de vita-
mina A na dieta já que a mesma age na inibição
da indução da IL-17 por Propionibacterium acnes.
Porém, o consumo de vegetais, fontes de vitamina
A, é muito baixo na população brasileira.

OBJETIVO
O presente estudo teve como objetivo elencar METODOLOGIA
os benefícios, cientificamente comprovados em
humanos, da vitamina A, visando criar um painel a) foi realizada uma revisão sistemática da lite-
de potencialidades de seu uso por meio de novas ratura no PubMed/MedLine, com restrição para
formas de introdução do nutriente na alimentação ensaios clínicos randomizados em humanos;
do brasileiro. b) foi produzida, por secagem em estufa, uma
farinha de cenoura;
1 Acadêmicas do curso de Nutrição da Pontifícia c) foi realizada a determinação de carotenoides
Universidade Católica de Minas Gerais.
2 Nutricionista (PUCMinas) – Pós-graduanda em Nutrição totais para comparação com outras farinhas exis-
Funcional
3 Programa de Pós-Graduação em Ciência de Alimentos
tentes no mercado;
- UFMG
4 Programa de Pós-Graduação em Nutrição e Saúde
d) foi produzida uma massa tipo macarrão enri-
– UFMG quecida com a farinha e a mesma;
5 Programa de Pós-Graduação em Biologia de Vertebrados
- PUC Minas

44 |
e) foi conduzida a análise sensorial com teste
afetivo aplicado a 110 indivíduos, escolhidos de
forma aleatória.

RESULTADOS
a) foram encontrados 851 artigos e após aplicação
dos critérios de inclusão e exclusão (humanos,
sem associação medicamentosa). Foram selecio-
nados os artigos com melhor nível de evidência
para ilustração dos efeitos da vitamina A;
b) a farinha produzida apresentou 8 % de umidade,
aspectos de coloração e textura normais compa-
rado com padrões comerciais;
c) a farinha de cenoura produzida apresentou
106,7mg/100g de carotenoides totais, o que
corresponde rendimento superior, de 79,6 a 95,3
%, comparado com outras farinhas disponíveis no
mercado;
d) a massa elaborada apresentou textura,
aspectos gerais de manipulação e cocção
compatíveis com outras massas;
e) a análise sensorial obteve 81,81% de aceitação
positiva em relação a aparência, odor, sabor e
textura.

CONCLUSÃO
Estudos com elevado nível de evidência cientí-
fica têm comprovado a efetividade da vitamina
A nas complicações da acne e a farinha de
cenoura produzida neste estudo apresentou-se
como excelente fonte de carotenoides, além de
demonstrar excelente potencial de uso em prepa-
rações com melhor aceitação de consumo para a
população brasileira.

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