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Timor-Leste – Ciclo Eleitoral 2007

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Timor-Leste – Ciclo Eleitoral 2007
STAE-MAE
Secretariado Técnico de Administração Eleitoral
Ministério da Administração Estatal

Timor-Leste – Ciclo Eleitoral 2007


I

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Processo Eleitoral de Timor-Leste 2007
Publicado por Edgar Sequeira Martins Eqipa de correcção
Ministério da Administração Estatal (MAE)
Acilino Manuel Branco Tomás do Rosário Cabral
Secretariado Técnico de Administração Eleitoral (STAE)

*
Elviro Moniz Maria Gorreti Belo
Com Fundos de Dulce Guterres Junior Cláudio Araújo Martins
Governo da República Democrática de Timor Leste (RDTL) / Ministério da Leonardo Amaral Fotos
Rui Correia
Administração Estatal (MAE)/Apoio Bilateral/UNDP Eduardo Casimiro de Deus STAE/UNMIT
Fotos
Coordenação Horacio da Costa Correia
STAE / UNMIT
Rui Correia Francelina Goncalves
Com a colaboração de Amalia Moniz
MAE / STAE Agustinho da Cunha
Tomás do Rosário Cabral Vicente de Sousa
Sequeira Martins
Edgar Martins Sertorio Martins Contactos
e equipa de apoio Carlos Vas
Vaz Tel +670 3317445
UNMIT Lola M. Luis Pereira Fax +670 3331126
Felix Noronha Website www.stae-tl.org
Alfonso Feijo Kouassi Etien
*

Andres del Castilho


Castillo Carlos del Castillo Mario Filomeno Cabral Dili, Timor-Leste, Agosto de 2007
* Jeremy Balmer Maria Gorreti Belo Tiragem 1500 Exemplares
* * * ** * * * * *

Carla Duarte
Diane Almeida Max Campos Barbara Sarmento
*
Ernesto Tato Mau
*

Leonardo Silva Abdullah Zainol Abidin


Michele Silva Joana Costa Desenho Gráfico
Paola Lopez Dulce Jacinto Cláudio Araújo Martins
** *

Pedro Lagunza
Lacunza Alberto Pereira e equipa de UNDP
Ruth Silva Eduardo Rado Akbar Husnami
Usmani Joanna Cheah
Sónia Rodrigues Ariel Lifshitz Carlos Dinis Anita Deleny
Teresa Pereira William Clive Nicholas Selsey

*
Tony Pujal Vidal Caldeira
Miguel Caldeiron Karen Kelleher
e equipa STAE Sophie Khan
Tomás do Rosário Cabral
* Pessoas que deram especial contributo para a elaboração deste livro.
Timor-Leste – Ciclo Eleitoral 2007
II

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Indice

Agradecimentos
Agradecimentose eApresentação
Apresentação 11 1 As Eleições 54-55
As Eleições 75
Introdução
Introdução Apuramento
Apuramento 56-57
76 - 77
O País
País As
AsMissões
Missõesdede Observação
ObservaçãoEleitoral
Eleitoral 58
DadosGerais
Gerais- Índices
- Índicedede Desenvolvimento Humano 78 - 83
Dados Desenvolvimento Humano 2 -25 - 5
4 Missões de Observação Nacional
Missões de Observação Internacional 59
Condicionantesgeográficas
Condicionantes geográficas Missões
Missões de Observação
de Observação Nacional
internacional 60
Relevo,e hidrografia 84
Relevo Hidrografia e clima
- Clima 5
6
6 Informaçãodos
Informação dos Distritos
Distritos 8561
Organização Administrativa 7
Organização Administrativa 7
6 AileuAileu 8662
- 87
Demografia e Ocupação Humana 8 Ainaro
Demografia
Processos e Ocupação
Eleitorais Humana
Anteriores 7
8 Ainaro 8863
- 89
Processos Eleitorais Anteriores Baucau
Baucau 9064
- 91
Consulta Popular (30 Agosto 1999) 9 Bobonaro
Consulta
Eleições Popular de 30 de Agosto
para a Assembleia - Referendo
Constituinte (30de 19992001)
Agosto 89 10 - 11 Bobonaro 9265
- 93
Covalima 9466
- 95
Eleiçõespara
Eleições Presidenciais
a Assembleia (14Constituinte
Abril 2002)(2001) 91012
- 11 Covalima
Dili
EleiçõesPresidenciais
Eleições de Chefes de (14Suco
Abrile2002)
Conselho de Suco (DEZ 2004/SET 2005) 1213
10 Díli Ermera 9667
- 97
O Ciclo Eleitoral 2007 98 - 99
Eleições de Chefes
Recenseamento de Suco
Eleitoral e Conselho de Suco (DEZ 2004 / SET 2005)
2004 Ermera
Lautem 68
Legislação 14 - 15 100 - 101
Eleições de Chefes de Suco e Conselho de Suco Liquiça
Lautem 69- 103
102
Orgaos
O Eleitorais
Ciclo Eleitoral 2007 e intervenientes nos processos eleitorais Manatuto
Liquiça 70- 105
O Serviço Técnico de Administração Eleitoral 16 104
Legislação 11 Manufahi
Manatuto 71- 107
106
A Comissão Nacional Eleitoral 17 - 18 Oecussi
Orgãos Eleitorais e intervenientes nos processos eleitorais
Tribunal de Recurso 19 Manufahi 108
72- 109
O Serviço Técnico de Administração Eleitoral 12-13
Viqueque
Oecussi 110
73- 111
Dados Estatísticos 20 - 21 Apoio Externo e Internacional
A
Material deNacional
Comissão Educação Eleitoral
de Votantes - Eleição Presidencial I Volta 1422 - 34 Viqueque 74
Electoral Assistance Section (UNMIT) 112
Tribunal de Recurso
Mapas Estatísticos 1535 - 50 Apoio Externo
United e Internacional
Nations Development Programme
Perfil dos
Dados Candidatos Presidenciais à II Volta
Estatisticos 1651 - 54 Electoral
113
ONGs Nacionais e Section
Assistance (UNMIT)
Internacionais 75
113
Poster Eleiçãoda
Actualização Base de Dados
Presidenciais I Voltado Recenseamento Eleitoral 55 - 59
17-21 United
EquipeNations Development
de Certificação Programme
Eleitoral 76
Lista de Fiscais às Eleições Parlamentares 60 114
Mapas Estatisticos 19-35 CooperaçãoPortuguesa,
Cooperação Portuguesa ONG's, Nacional/Internacional 77
115
A Formação e a Educação de Votantes 61 - 65 Bibliografiae eFontes
Fontes
Perfil dos Candidatos 36-38 Bibliografia 79-80
116
Logística Eleitoral Créditos fotográficos
Actualização Base de Dados do Recenseamento Eleitoral 42-43 Acrónimos 81
117
Plano Operacional 66 - 72 Acrónimos
A Formação
Apoio Aéreo 44-45
73 - 74 118
Anexos 119 - 130
Educação de Votantes 46-47
Album de Fotos 131 - 151
Logística Eleitoral
Plano Operacional 48-50
Apoio Aéreo 51-53

Timor-Leste – Ciclo Eleitoral 2007


III

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Agradecimentos ,Apresentação

Um especial agradecimento à senhora Ministra Ana Pessoa Pinto, por sempre ter
acreditado em nós e na nossa competência, mesmo nos momentos mais críticos. De igual
modo, gostaríamos de alargar os nossos agradecimentos aos directores e a todos os
funcionários do Ministério da Administração Estatal, pelo apoio prestado durante este longo
ciclo eleitoral.
Os nossos agradecimentos às Administrações Distritais que para além de terem
disponibilizado locais nos seus respectivos edifícios para a realização das actividades eleitorais,
também formaram equipas de trabalho que sempre estiveram presentes para responderem
às nossas incessantes solicitações.
Não podemos deixar de agradecer ao senhor Faustino Cardoso, presidente da Comissão
Nacional das Eleições, bem como a todos os comissários e ao equipa da CNE pelo
profissionalismo e cooperação demonstrada durante o período eleitoral.
A todos os membros do Gabinete Eleitoral da UNMIT, os nossos maiores agradecimentos e
reconhecimento pelo papel relevante desempenhado nestas eleições, especialmente para os
Voluntários das Nações Unidas (UNVs) que estiveram destacados em todos os distritos, o
nosso apreço e um grande bem-haja.
Da mesma forma gostaríamos de agradecer à UNPOL, à UNDP, à OIM, à PNTL, à FFDTL, à
Introdução todos os Ministérios, às Direcções das Escolas, à Comunicação Social, aos Fiscais dos Partidos
Às eleições gerais de 2007 foram um grande desafio para a jovem democracia timorense. Políticos, aos Observadores Nacionais e Internacionais e aos motoristas pelo apoio prestado, e
Após a entrada em vigor da Constituição Política de 2002, estas foram às primeiras eleições a à todos aqueles que de uma forma directa ou indirecta deram o seu contributo para o sucesso
serem realizadas pelos timorenses, visto que, à excepção das eleições dos chefes dos Sucos alcançado nestas eleições.
em 2004/2005, todas às outras eleições foram realizadas pelas Missões da Nações Unidas
em Timor Leste. Dili, 10 de Julho de 2007
A lei n.5/2006 atribui ao Secretariado Técnico da Administração Eleitoral (STAE) a
competência pela organização administrativa e logística dos actos eleitorais. É neste âmbito
que, na qualidade de director do STAE, enfrentei estas eleições como um desafio pessoal,
incutindo o mesmo princípio a todo os funcionários do STAE.
É de salientar a exemplar dedicação dos funcionários e colaboradores do STAE, bem como Tomas do Rosário Cabral
de todos os Brigadistas e oficiais eleitorais, merecedores de louvor, pois neles foi depositado Director do STAE
muita responsabilidade e por isso tiveram que superar imensas dificuldades para honrarem a
confiança neles depositada. Este livro é dedicado a todos eleitores timorenses pelo civismo demonstrado mais uma vez
durante as eleições gerais de 2007
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O País

DADOS GERAIS Clima: Tropical (estação seca: maio a novembro – estação chuvosa: dezembro a abril)
Informações Básicas sobre Timor-Leste Etimologia: O nome “Timor” vem de timor ou timur, palavra em malaio e bahasa que significa
Nome Oficial do País: República Democrática de Timor-Leste (português); Repúblika “leste” e tornou-se “timor” em língua portuguesa. Lorosae (palavra em tetum para “leste”) tem o
Demockrática Timor-Leste (tetum) - Democratic Republic of Timor-Leste (inglês) significado literal de “sol nascente”.
Localização: Sudeste asiático, a noroeste da Austrália nas Ilhas Lesser Sunda, ponto final leste Breve Informação Histórica:
do arquipélago indonésio. Timor-Leste engloba a porção leste da ilha de Timor, o enclave de Segundo pesquisas antropológicas, a ilha de Timor foi povoada em três levas: o primeiro povo a
Oecussi no Timor Ocidental, e às ilhas de Ataúro e Jaco chegar foi o tipo Vedo-Australóide, similar aos Vedas do Ceilão, aproximadamente no ano
Área: 14.609 Km2 40.000 a.C., em seguida vieram os melanésios, em 3.000 a.C., e os “proto-malaios” (povos do
Capital: Díli sul da China e norte da Indochina), por volta de 2.500 a.C.
Distritos Administrativos: 13 (Aileu, Ainaro, Baucau, Bobonaro, Cova Lima, Díli, Ermera, Sob o Domínio Português
Lautém, Liquiçá, Manatuto, Manufahi, Oecussi e Viqueque). Os distritos são subdivididos em 65 Os portugueses chegaram a Timor (a Lifau, costa de Oecussi) por volta de 1515-1520, mas
subdistritos, 442 sucos e 2.228 aldeias não haveria uma administração colonial eficiente antes do início dos anos 1700s. No século 17,
População: 925.000 (estimada) os holandeses assumiram o controle da parte oeste de Timor, depois de terem reclamado
Idiomas: Português e tetum (oficiais), bahasa e inglês (línguas de trabalho). Há outros dialetos várias das ilhas ao redor anteriormente governadas pelos portugueses (como nos casos de
utilizados por diferentes grupos étnicos, entre eles: Mambae, Makassae, Kemak, Galoli, Flores, Alor e Solor).
Tokodede, Bunak e Fataluku Portugal e Holanda lutaram pela ilha até que um acordo assinado em 1860 dividiu Timor dando
Religião: Católica (mais de 90%) e pequenas comunidades de fé protestante, muçulmana, aos portugueses a parte leste da ilha, além do enclave de Oecussi.
hindu e budista Durante a Segunda Guerra Mundial, Timor foi ocupado pelo Japão (1942-1945), em seguida à
Expectativa de Vida: 57 anos (homens: 55,6 anos; mulheres: 59,2 anos) declaração dos japoneses que considerava a neutralidade portuguesa nula devido à presença
Índice de Alfabetização: Mais da metade da população é analfabeta (49% dos homens e 64% de tropas australianas no território. Entre 50.000 e 60.000 pessoas foram mortas neste
das mulheres) período e Timor foi duramente destruído no final da Guerra.
Renda per Capita: Timor-Leste é a nação mais pobre da Ásia e aproximadamente 41% da Em 1949, a Holanda desistiu de suas colônias na Companhia Holandesa das Índias Orientais,
população vive em estado de pobreza (menos de US$ 0,55 por pessoa ao dia) incluindo-se Timor Ocidental, que tornou-se a República da Indonésia.
Moeda: Dólar dos Estados Unidos Em 14 de dezembro de 1960, às Nações Unidas declaram Timor-Leste um território não auto-
Recursos Naturais: Ouro, petróleo, gás natural, manganês e mármore governável sob administração portuguesa.
Principaís Produtos de Exportação: Café, gás e petróleo extraídos do Mar de Timor Invasão indonésia e anexação
Domínio de Internet: .tl Depois da Revolução Portuguesa de 25 de abril de 1974, um processo de descolonização teve
Código Telefônico Internacional: +670 início resultando na independência das colônias africanas e na promessa de um processo de
Aeroporto Internacional: Comoro, Díli auto-determinação aos timorenses. Em agosto de 1975, iniciou-se em Díli uma guerra civil entre
Companhia Aérea: No. Merpati (Indonésia) e Air North (Austrália) realizam vôos ao país os partidos políticos Fretilin, UDT e Apodeti. A administração portuguesa refugiou-se na ilha de
regularmente Ataúro sem jamais retornar a Díli.
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Em 28 de novembro de 1975, a Fretilin declara, de forma unilateral, a independência da de setembro. Em meio a alegações de conluio entre às milícias e alguns elementos das Forças
República Democrática de Timor-Leste. Apenas alguns anos mais tarde, em 7 de dezembro, às Armadas Indonésias, às milícias mataram mais de 1.000 pessoas e forçaram outras centenas
forças indonésias invadiram e anexaram Timor-Leste, que tornou-se a 27ª província indonésia de milhares de civis a fugir para a porção ocidental da ilha. Pilhagens e incêndios levaram à
(com o nome de Timor Timur), em julho de 1976. Tal decisão jamais foi reconhecida pelas destruição de 80% da infra-estrutura do território. Sob pressão internacional, o presidente
Nações Unidas, Portugal e a maior parte da comunidade internacional. Durante os 24 anos de indonésio aceita o envio de uma força multinacional sob comando das Nações Unidas
ocupação indonésia, mais de 180.000 timorenses morreram na violência, caos e fome que se (INTERFET) para a restauração da ordem e abdica das pretensões de Jacarta sobre o
seguiram. Xanana Gusmão assumiu a liderança do movimento de resistência após a morte de território.
Nicolau Lobato, em 1978. Administração Transitória das Nações Unidas e Independência
Em 12 de novembro de 1991, soldados indonésios abriram fogo contra um grupo de milhares A resolução 1272 do Conselho de Segurança das Nações Unidas, de 25 de outubro de 1999,
de manifestantes, em um cemitério em Díli, matando mais de 200 pessoas no que ficou estabeleceu a Administração Transitória das Nações Unidas em Timor-Leste (UNTAET, liderada
conhecido como o Massacre de Santa Cruz. pelo brasileiro Sérgio Vieira de Mello), com mandato para administrar Timor-Leste e preparar o
Um ano mais tarde, soldados indonésios capturaram Xanana Gusmão em Díli. Em 1993 território para a autonomia governamental.
Xanana Gusmão é condenado à prisão perpétua (pena mais tarde reduzida a 20 anos de Em 30 de agosto de 2001, a Fretilin vence às eleições para a Assembléia Constituinte (que foi
prisão). transformada em Parlamento Nacional após a independência), conquistando 55 dos 88
Às violações dos direitos humanos em Timor-Leste por parte dos indonésios começaram a assentos. A Constituição foi adotada em 22 de março de 2002.
chamar a atenção da comunidade internacional e, em 1996, o Bispo Carlos Filipe Ximenes Belo Xanana Gusmão foi eleito presidente em 14 de abril de 2002, recebendo 82,69% dos votos
e José Ramos-Horta receberam o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços para alcançar a válidos contra 17,31% de seu oponente, Francisco Xavier do Amaral.
liberdade de forma pacífica. Em 20 de maio de 2002, Timor-Leste torna-se independente durante cerimônia realizada em
Voto pela Independência Díli com a presença do então Secretário Geral das Nações Unidas, Kofi Annan, sendo admitido
Após a renúncia de Soeharto, presidente indonésio, em maio de 1998, seu sucessor, BJ como o 191º membro das Nações Unidas no dia 22 de setembro de 2002.
Habibie, entendeu que o povo timorense merecia a chance de votar para decidir o futuro de (Fontes: UN, World Bank, BBC).
seu território. Em maio de 1999, Portugal e Indonésia assinam um acordo para que às Nações
Unidas realizem uma votação sobre a condição política futura de Timor-Leste.
Em fevereiro de 1999, Xanana Gusmão foi transferido da prisão para uma prisão domiciliar em
Jacarta, onde ficou até ser libertado em outubro.
Em 30 de agosto de 1999, os timorenses foram consultados sobre aceitar ou recusar uma
proposta de autonomia dentro da Indonésia. Mais de 98% dos eleitores registrados
participaram do referendo e 78,5% rejeitaram a proposta indonésia, abrindo caminho para a
independência.
A violência das milícias pró-integração já se fazia presente antes e depois da consulta popular,
mas houve uma escalada nos conflitos depois que o resultado da votação foi anunciado, em 4
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Organização Administrativa
Demografia e Ocupação Humana

Dados Gerais - Índices de Desenvolvi-


mento Humano
No Índice de Desenvolvimento
Humano do Relatório de 2006, Timor-
Leste surge conforme quadro na 142ª.
posição a nível mundial. Por referência,
no quadro da Comunidade de Países de
Língua Oficial Portuguesa de que faz
parte, está posicionado na 5ª, enquanto
que em relação aos países do Pacto
ASEAN se encontra ainda longe de
alcançar a pior posição que é ocupada
pelo Laos. No conjunto dos países
identificados apenas a Austrália, o seu
vizinho do sul, Singapura, Portugal e a
Malásia se enquadram no grupo de
países de Desenvolvimento Humano
Elevado. Angola, Moçambique e a Guiné-
Bissau integram o grupo de países de
Desenvolvimento Humano Baixo,
enquanto Timor-Leste e todos os demais
países em análise se enquadram no
grupo de países de Desenvolvimento
Humano Médio.
NOTAS h Os dados referem-se a um ano diferente do
indicado
a A ordenação do IDH é determinada utilizando os valores IDH até á sexta casa
decimal. k UNICEF 2004
b Os dados referem-se a estimativas nacionais da alfabetização produzidas a partir
de censos e inquéritos relaizados entre 2000 e 2005, salvo indicação em i Na ausência de dados recentes, foram
utilizados às seguintes estimativas do Instituto
contrário. Nacional de Estatística de 2003, baseados no
c Em 2006 o Instituto de Estatística da UNESCO alterou a sua convenção censos desactualizado ou informação de
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relativamente á citação do ano de referência dos dados e indicadores da inquéritos, e deverão ser interprestados com
precaução: Cabo Verde 76, Guiné-Bissau 40,
educação para o ano de calendário no qual termina o ano academico ou
Moçambique 46.
financeiro. Os dados que anterioemente eram listados para 2003/2004, por
exemplo, agora são listados para 2004. Os dados de alguns países podem m Os dados são de fontes nacionais
corresponder a estimativas nacionais ou do Instituto de Estatística da UNESCO.
o Os dados referem-se ao ano mais recente
d Um valor positivo indica que a ordem do IDH é mais elevada que a do PIB per disponível entre 1995 e 1999.
capita (dólares PPC), um valor negativo indica o oposto.
e Com a finalidade de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 99,0%. p Estimativa baseada numa regressão.
f Com a finalidade de calcular o IDH, foi utilizado um valor de 100,0%. w Heston, Summers e Aten 2001. Os dados
g Estimativas provisórias nacionais do Instituto de Estatística da UNESCO, sujeitas a diferem da definição padrão.
revisão futura.

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Condicionantes Geográficas
Relevo - Hidrografia - Clima

Às condicionantes geográficas são um factor determinante para o sucesso de qualquer


processo eleitoral. Em Timor-Leste a adversidade do território e clima constituíram pois um elemento
de incontornável preocupação para a criação das condições logisticas e operacionais que pudessem
assegurar a boa condução de todo o ciclo eleitoral e a que o STAE como entidade responsável
soube adequadamente responder. O Relevo de Timor Leste é muito diverso sendo no essencial
caracterizado pela existência de uma região montanhosa central com maiores altitudes na região
centro-oeste sendo às maiores elevações registadas nos distritos de Ainaro, Ermera, Manufahi
(2960 mts no Ramelau e 2340 no Monte Cablaque). Esta cadeia montanhosa estende-se para
Leste mas com menores elevações, pontuando o Mundo Perdido 1770 mts e o Matebian 2370
mts de altitude.
A Costa Norte é no geral mais acidentada que a costa sul onde às planícies são dominantes.
A maior parte dos rios de Timor nascem na região central montanhosa da ilha, daí dirigindo-se
para a costa norte ou a costa sul até ao mar. Os maiores cursos de água são o Laclo em Manatuto
e a ribeira de Lois em Bobonaro que desaguam na costa norte. No sul, o Tafara, o Be lulik, o
Caraulun, o Sui, o Laclo do sul e o Clerec mantêm-se durante todo o ano. Na época das chuvas
com a intensificação dos caudais, os rios e ribeiras de Timor transformam-se em potentes agentes
de erosão arrastando materiais e destruindo pontes acrescendo dificuldades no transporte e na
deslocação para os Distritos e Sub-Distritos. A precipitação é elevada durante o verão apresentando
os valores mais elevados na região central e ocidental mais montanhosa.
Durante a preparação das Eleições Parlamentares 2007 a ocorrência de chuvas fortes,
especialmente na região centro sul (Covalima, Ainaro e Manufahi) e no Leste (Viqueque) e a
deficiente rede de estradas e caminhos constituíram um factor de comprometimento do processo.
Esta dificuldade foi ultrapassada com o esforço, dedicação e persistência de todos integrando
soluções alternativas e de contingência como seja a utilização de apoio aéreo para acesso às
regiões mais remotas e isoladas.

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Condicionantes Geográficas
Organização Administrativa

Administrativamente, Timor-Leste encontra-se dividido em 13 Distritos distribuídos


geográficamente da seguinte forma: Bobonaro, Liquiça, Díli e Baucau na costa norte, Covalima,
Ainaro, Manufahi e Viqueque na costa Sul, Manatuto e Lautem da costa Norte a costa Sul e
Ermera e Aileu no interior centro montanhoso.
Oecussi destaca-se geográficamente como enclave na costa norte de Timor Ocidental Indonésio
separado do restante território nacional.
Viqueque é o Distritro de maior superfície com 1877 Km2, sendo Díli o de menor dimensão
com 367 Km2.

Os 13 Distritos dividem-se em 67 sub-distritos que por sua vez se subdividem em Sucos, a


menor divisão administrativa de Timor-Leste. Os sub-distritos variam muito em superfície, sendo
Lospalos em Lautem o de maior área com 635 Km2 e Nein Feto em Díli o menor com apenas 6
Km2.
Existem 498 Sucos em todo o território nacional com uma média de 7 Sucos por sub-distrito.

De acordo com a nova estrutura administrativa de divisão do território os distritos integram 5


regiões. Compõem a Região I os Distritos de Lautem, Baucau, e Viqueque; a Região II os Distritos
Manatuto, Ainaro e Manufahi; Região III os distritos de Díli, Aileu e Ermera; Região IV os distritos de
Covalima, Bobonaro e Liquiça; Região V o distrito de Oecussi.

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Condicionantes Geográficas
Demografia e Ocupação Humana

A distribuição da população pelo território nacional é também um elemento de importância funda-


mental para alocação de meios e recursos para a preparação e realização de qualquer processo
eleitoral. Em face desta realidade o STAE com base na informação existente resultante do Censo e
Recenseamento da População efectuado, definiu de uma forma criteriosa o seu plano estratégico para
o cumprimento da missão de que estava incumbido.
A população Timorense manifestou ao longo do século XX uma tendência crescente, tendo contudo
em alguns períodos da sua história registado decréscimos populacionais significativos e que
correspondem aos momentos mais drásticos que o país vivenciou, nomeadamente com a invasão
nipónica, invasão indonesia de 1975 e ocupação e período subsequente aos conflitos originados com o
referendo de 1999. Segundo o censo de 2004 a população total do país e de 923.128 pessoas.
Como natural a população tem tendência a procurar os centros urbanos, capitais de Distrito e Díli, a
capital nacional, principal centro económico em que se concentra o maior numero de equipamentos e
serviços, onde a densidade populacional regista valores superiores a 300 hab/km2.
Para além do factor atractivo urbano, a densidade populacional e maior na zona montanhosa
central, onde a monocultura do café fixou população pela necessidade de mão de obra. O distrito de
Baucau regista também uma densidade pouplacional elevada justificada pela atracão do segundo
maior aglomerado urbano e sede de Diocese e também pela riqueza dos seus solos irrigados para o
cultivo do arroz.
Às regiões de menor densidade populacional são o leste (Lautem) e o distrito de Manatuto pela
pobreza dos seus solos. De um modo geral a costa sul regista também menor valor de densidade
populacional em relação a costa norte, sobretudo pelo facto de ai existir uma maior incidência de
malária.
O povoamento em Timor Leste é sobretudo rural, concentrado em núcleos, linear essencialmente
ao longo das vias de comunicação e disperso com a distribuição pouco uniforme das habitações em
granjas agrícolas afastadas umas das outras. O povoamento disperso característico dos distritos
montanhosos implica necessariamente um maior esforço de meios ao nível de comunicações e
transportes o que se fez sentir em termos logísticos durante a preparação do processo eleitoral. Díli
como principal centro urbano possui cerca de 20% da população total numa área que corresponde a
1% do território, o que por seu lado implica uma especial concentração de meios.

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Processos Eleitorais Anteriores
A Consulta Popular de 1999 (30 de Agosto)

Após a renúncia de Soeharto, presidente indonésio, em Maio de 1998, o seu sucessor, BJ


Habibie, entendeu que o povo timorense merecia a chance de votar para decidir o futuro de seu
território. Em Maio de 1999, Portugal e a Indonésia assinaram um acordo para que às Nações
Unidas realizem uma votação sobre a condição política futura de Timor-Leste.
Em Fevereiro de 1999, Xanana Gusmão foi transferido da prisão para uma prisão domiciliar
em Jacarta, onde ficou até ser libertado em Outubro.
Em 30 de Agosto de 1999, os timorenses foram consultados sobre aceitar ou recusar uma
proposta de autonomia dentro da Indonésia. Mais de 98% dos eleitores registrados participaram
do referendo e 78,5% rejeitaram a proposta indonésia, abrindo caminho para a independência.

No Referendo para indeperdência Timor Leste, 98.,6 de eleitores exerceram o direito de voto, tendo
78,5% escolhido a independencia. Em30 de Agosto de 1999, os votantes esperaram em linha com o
documento que os identificara como eleitores
Imagen pelo by Geoffrey Robinson

Fila de espera do registo para


exercicio de voto em odomao-
Bobonaro Timor-Leste

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Processos Eleitorais Anteriores
Assembleia Constituinte 30 de Agosto de 2001

Fatos interessantes: Assentos conquistados na eleição passada: N/D


 Estas são às primeiras eleições em Timor-Leste desde o referendo para a  Partido: União Democrática Timorense (UDT)
independência, em 1999. Líder: João CARRASCALAO
 Dezesseis partidos registraram-se para a eleição. Assentos conquistados nesta eleição: 2
Em disputa nestas eleições: Assentos conquistados na eleição passada: N/D
 88 assentos para a Assembleia Constituinte  Partido: Partido Socialista de Timor (PST)

Descrição da estrutura de governo: Líder: Pedro da COSTA MARTINS


 Chefe de Estado: Presidente Kay Rala Xanana GUSMÃO Assentos conquistados nesta eleição: 1
 Chefe de Governo: Primeiro-Ministro Mari Bin Amude ALKATIRI Assentos conquistados na eleição passada: N/D
 Assembleia: Timor-Leste possui uma Assembleia Constituinte de câmara única com 88  Partido: Outros

assentos. Líder: N/D


Descrição do sistema eleitoral: Assentos conquistados nesta eleição: 11
 O presidente é eleito pelo voto popular para cumprir um mandato de 5 anos de governo. Assentos conquistados na eleição passada: N/D
 Na Assembleia Constituinte, 13 membros são eleitos de forma singular e 75 membros População e número de eleitores registrados:
são eleitos por meio do sistema de representação proporcional de listas de candidatura.  População: 790.000 (Julho de 2000)

Principaís partidos na corrida eleitoral:  Eleitores registrados: N/D

 Partido: Frente Revolucionária de Timor-Leste Independente (Fretilin) Resultados da Assembléia Constituinte*


Líder: Lu-OLO  Os votos válidos e percentagens para cada partido representam aqueles da eleição

Assentos conquistados nesta eleição: 55 nacional. O número total de assentos, porém, inclui tanto a eleição nacional quanto a
Assentos conquistados na eleição passada: N/D distrital e assentos conquistados por cada partido.
 Partido: Partido Democrático (PD)

Líder: Fernando ‘La Sama’ de ARAÚJO


Assentos conquistados nesta eleição: 7
Assentos conquistados na eleição passada: N/D
 Partido: Partido Social Democrata (PSD)

Líder: Mário Viegas CARRASCALÃO


Assentos conquistados nesta eleição: 6
Assentos conquistados na eleição passada: N/D
 Partido: Associação Social-Democrata Timorense (ASDT)

Líder: Francisco XAVIER DO AMARAL


Assentos conquistados nesta eleição: 6
Timor-Leste – Ciclo Eleitoral 2007
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Referências:
http://www.electionguide.org

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Processos Eleitorais Anteriores

Eleições de Chefe de Suco e Conselho de Suco


Desde a independencia em 20 de Maio de 2002 que existia um vazio ao nivel das autoridades
locais pela inexistencia de autoridades legitimamente eleitas que representassem os interesses
do povo face ao governo e poder central. Para a boa administracao do novo estado era de vital
importancia ter uma contra parte ao nivel dos Sucos e das Aldeias, mais proximos dos cidadaos,
por este motivo o governo atraves do STAE e Ministerio da Administracao Estatal realizou com
sucesso de uma forma faseada às primeiras eleições organizadas no país com o apoio da ONU e
do PNUD. Previamente e durante 3 meses foi tambem realizado o recenseamento eleitoral.

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Processos Eleitorais Anteriores
Eleições Presidenciais (14 Abril 2002)

Depois da realização das Eleições para a Assembleia Constituinte, tiveram lugar a 14 de Abril de distrital e assentos conquistados por cada partido.
2002 às primeiras eleições presidenciais de Timor-Leste, de que saíu vencedor Xanana Gusmão. População e número de Votantes registados:
 População: 737,811 ( 2001 )

Em disputa nestas eleições:  Votantes registados: 446,256

 O lugar de Presidente da República Resultados


Descrição da estrutura de governo:
 Uma Assembleia Constituinte foi eleita em 30 de Agosto de 2001, encarregue de

adoptar a constituição no prazo de 90 dias após a sua primeira sessão (este mandato
foi alargado para 25 de Janeiro de 2002). A Assembleia Constituinte apovou uma
proposta de Constituição de 152 artigos no inicio de Março. Esta proposta de
Constituição foi formalmente adoptada a meados de Maio, depois da eleição
Presidencial.
 A proposta de Constituição apelava à realização de eleições Presidenciais.

 A proposta de Constituição estipulava que a Assembleia Constituinte se transformasse

após às eleições Presidenciais no primeiro Parlamento de Timor-Leste.


Descrição do sistema eleitoral:
 O presidente é eleito pelo voto popular para cumprir um mandato de 5 anos de governo.

 No caso de dois candidatos receberem o mesmo número de votos, a Assembleia

Constituinte deverá decidir por voto secreto e pessoal, o vencedor.


Principaís candidatos a Presidência:
 Xanana GUSMÃO

Independente
 Francisco Xavier do AMARAL

Partido: Associação Social Democrática Timorense (ASDT)


População e número de eleitores registrados:
 População: 790.000 (Julho de 2000)

 Eleitores registrados: N/D

Resultados da Assembléia Constituinte*


 Os votos válidos e percentagens para cada partido representam aqueles da eleição

nacional. O número total de assentos, porém, inclui tanto a eleição nacional quanto a

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O Ciclo Eleitoral 2007
Legislação

Administração Eleitoral Estrutura Jurídica


Às eleições são administradas pelo STAE (Secretariado Técnico para Administração Eleitoral) e Às disposições jurídicas que regem às eleições são basicamente encontradas na Constituição
supervisionadas pela CNE (Comissão Nacional das Eleições). A UNMIT (Missão Integrada das de 2002, além das três novas leis eleitorais de dezembro de 2006:
Nações Unidas em Timor-Leste) fornece assistência e apoio técnico aos dois órgãos.  Lei para os Órgãos de Administração Eleitoral;

O STAE é responsável pela administração, operação e logística das eleições, incluindo o  Lei para Eleição do Presidente da República; e

recenseamento e educação cívica de eleitores. Ao nível distrital, encontram-se o coordenador do  Lei para Eleição do Parlamento Nacional.

distrito e a sua equipe, apoiados por equipes de Voluntários das Nações Unidas. Cada um dos 520 A Lei para Eleição do Parlamento Nacional foi alterada em maio de 2007, possibilitando a votação
centros de votação possui um diretor (brigadista), e cada uma das 708 estações de voto possui em hospitais e prisões e determinando que a contagem de votos fosse realizada nas Assembleias
cinco oficiais eleitorais. O STAE conduziu às eleições dos sucos no ano de 2005. O STAE não é uma de Apuramento Distrital em vez de ser realizada nas estações de voto.
instituição independente, uma vez que está sob a jurisdição do Ministério da Administração Estatal. Há ainda alguns regulamentos e códigos de conduta elaborados pelo STAE e aprovados pela CNE:
A CNE é um órgão criado recentemente, fortalecido e com maior independência do que seu  Regulamento para Apresentação de Candidaturas;

órgão antecessor, que supervisionou às eleições dos sucos. A Lei dos Órgãos de Administração  Regulamento para Atualização de Base de Dados Eleitorais;

Eleitoral, de dezembro de 2006, torna a CNE permanente e autónoma, com orçamento próprio.  Regulamento para Campanha Eleitoral;

A Comissão possui pontos focais, em todos os distritos, que são apoiados por voluntários das  Código de Conduta para os Profissionais de Comunicação Social;

Nações Unidas.  Código de Conduta para os Candidatos;

A CNE é formada por 15 comissários: três deles nomeados pelo Presidente, três eleitos pelo  Código de Conduta para Fiscais de Candidatura;

Parlamento, três nomeados pelo governo (até o momento, deve haver pelo menos uma mulher  Código de Conduta para Observadores Eleitorais;

em cada um dos grupos), um juiz eleito por juízes, um promotor público eleito pelos promotores,  Regulamento para Votação e Contagem de Votos;

um defensor público eleito por defensores, e três representantes da sociedade civil, entre eles um  Calendário de Operações Eleitorais;

da Igreja Católica, um de outras religiões e um representante de organizações de mulheres. Não  Procedimentos para Resolução de Queixas.

é permitido a qualquer comissário ter responsabilidades de liderança dentro de partidos políticos Algumas disposições importantes também fazem parte da Lei para Partidos Políticos, de
ou candidaturas. Seus mandatos são de seis anos com possibilidade de apenas uma reeleição. O 2004, e da Lei de Liberdade de Assembléia, de 2005.
número estabelecido para o quorum é oito, e este é o número exigido para que se tome uma Às novas leis eleitorais foram aprovadas muito tardiamente devido à crise de 2006. A
decisão, que deve, então, ser publicada. Constituição contém disposições importantes para gerar um terreno de iguais oportunidades,
A CNE tem poderes para aprovar regulamentos e códigos de conduta. Tem também a criando os seguintes princípios para a campanha eleitoral: igualdade de oportunidade e tratamento
responsabilidade de garantir iguais oportunidades de liberdade de propaganda para candidaturas para todos os candidatos, imparcialidade mediante candidaturas por parte de órgãos públicos,
durante a campanha. É a CNE quem verifica e confirma às listas de candidaturas às eleições transparência e inspeção dos gastos com campanha eleitoral.
parlamentares e que também recebe queixas que não são resolvidas pelo STAE a contento do
reclamante. A Comissão pode enviar ao Ministério Público qualquer ocorrência de ilícito eleitoral e
é seu dever preparar os resultados preliminares para enviar ao Tribunal de Recursos para a
declaração final dos resultados.

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Queixas e Recursos
Queixas
Tanto a Lei para a Eleição do Presidente da República quanto a Lei para Eleição do Parlamento
Nacional prevêem mecanismos para que às queixas possam ser apresentadas por qualquer
eleitor ou fiscal de candidatura durante a votação e a contagem. O Regulamento para Campanha
fornece elementos para a apresentação de queixas durante a campanha. Às duas leis eleitorais
determinam que às queixas devem ser resolvidas no local, com a concordância de, no mínimo, três
oficiais eleitorais, com possibilidade de recurso a ser apresentado à CNE.
Recursos
Tanto a Lei para Eleição do Presidente da República quanto a Lei para Eleição do Parlamento
Nacional prevêem mecanismos para que sejam apresentados recursos ao Supremo Tribunal de
Justiça – na ausência deste, ao Tribunal de Recurso – em duas circunstâncias específicas. A
primeira diz respeito ao registro da candidatura. A Lei para Eleição do Presidente da República
determina um prazo de um dia para que tal recurso seja apresentado, junto a provas, e dois dias
para que o Tribunal de Recursos tome sua decisão. A segunda circunstância em que um recurso
pode ser apresentado ao Tribunal de Recursos é em caso de contestação dos resultados provisórios
publicados pela CNE. É estabelecido um prazo de 48 horas para a apresentação de tal recurso e
o Tribunal tem, igualmente, 48 horas para solucionar todos os recursos. Isto significa uma extensão
de 24 horas comparando-se ao prazo fornecido no caso das Eleições Presidenciais.
Além disso, há ainda o direito geral de apresentarem-se recursos ao Tribunal contra decisões
do STAE, da CNE, de uma estação de voto ou de uma assembléia de apuramento. Isto está
previsto na Constituição e na Lei para Órgãos de Administração Eleitoral, embora não haja o
estabelecimento de prazos ou maiores detalhes disponíveis.
Ilícitos Eleitorais
Alguns ilícitos eleitorais são citados nas Leis Eleitorais. Caso um ilícito eleitoral seja enviado ao
Ministério Público, este procede com sua apreciação normal sem qualquer aceleração dos
procedimentos.

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Orgãos eleitorais e intervenientes nos processos eleitorais

O Serviço Técnico de Administração Eleitoral


A organizacao das eleições é da responsabilidade
do STAE, o Secretariado Técnico de Administração
Eleitoral, cujo lema é Democracia, Imparcialidade e
REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DE TIMOR LRSTE
Transparência. MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO ESTATAL
 Às principaís responsabilidades do STAE que SECRETARIADO TÉCNICO DE ADMINISTRAÇÃO ELEITORAL
Rua de Caicoli Díli, Telf. 3317445 / 3317446
integra o Ministério da Administração Estatal são:
Decreto Lei No. I / 2007 de 18 de Janeiro
 Gerir o recenseamento dos eleitores
DIRECTOR
 Gerir às campanhas de educação eleitoral
(Tomás do Rosário Cabral)
 Desenvolver procedimentos, regras e
GABINETE DO DIRECTOR
regulamentos para governar às eleições - Adjunto Director
- Técnico Jurídico (....................)
(com a aprovação da CNE) e dessiminá-los - Secretario da Direcção (Mario F. Cabral)
- Assesores
 Acreditar os observadores internacionais e

nacionais, os fiscais dos candidatos e dos


partidos políticos, e os profissionais dos DEPARTEMENTO DE TECNOLOGIAS DE DEPARTEMENTO DE APOIO GERAL, DEPARTEMENTO DE
INFORMAÇÃO E GESTÃO A BASE DE FORMAÇÃO E EDUCAÇÃO ELEITORAL ADMINISTRAÇÃO, FINANCAS
orgãos de comunicação social DADOS DO ELEITOR E LOGÍSTICA
(Elviro Fernandes Moniz) (Edgar Sequeira Martins) Acilino Manuel Branco
 Conceber e produzir os boletins de voto

· Identificar estacões de voto adequadas em


cada suco, sub-distrito e distrito
 Contratar e formar oficiais eleitorais ADMINISTRADOR ESPECIALISTA DE SECÇÃO DA ASSISTENTE TÉCNICO ASSISTENTE TÉCNICO SECÇÃO DE SECÇÃO DE SECÇÃO DE RECURSOS
SECÇÃO DE
TÉCNICO DE PLANEAMENTO E
DE REDE PROGRAMAÇÃO DE FORMAÇÃO GERAL DE FORMAÇÃO DE EDUCAÇÃO FINANCAS LOGÍSTICA HUMANOS
INFORMÁTICA COORDENAÇÃO
 Distribuir materiais eleitorais INFORMÁTICA BASE DE DADOS FISCAIS ELEITORAIS ELEITORAL ELEITORAL REGIONAL
Eduardo C. de Deus Horacio da Costa
(...................) (.......................) Claudio A. Martins (.......................) Amalia Moniz Leonardo Amaral Francelina Goncalves Dulce G. Junior
 Facilitar a votação no dia das eleições.

ASSISTENTE
ASSISTENTE
O STAE instala gabinetes e nomeia TÉCNICO
FINANCAS TÉCNICO DA
ASSISTENTE
TÉCNICO REGIONAL
INVENTARISASAUN
representantes em cada um dos treze distritos de Sertorio Martins Vicente de Sousa Agostinho da Cunha

Timor-Leste sempre que se inicia um processo


ASSISTENTE TÉCNICO
eleitoral. MATERIAL
EQUIPAMENTOS
Felix Noronha

ASSISTENTE
ARMAGEN
Carlos Vas

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Eleições Presidenciais I Volta
9 de Abril 2007

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Eleições Presidenciais II Volta
9 de Maio 2007

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Poster I Eleicao Parlamento
30 de Junho 2007

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