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Faculdade de Tecnologia e Ciências – FTC

Curso: Administração/ Marketing


Turma: MKT 7AN
Disciplina: Marketing Digital
Prof. Lorena Vieira.
Aluno:

Exercício para I Crédito Individual

Valor do Trabalho: 5,0 Pontos


Nota atribuída:

Após assistir ao filme “1,99: Um Supermercado que vende palavras” do Diretor Marcelo
Masagão, responda as questões :

1. Na sua opinião, qual a principal idéia retratada no filme? (Valor: 0,5 Ponto)

2. Você concorda com a visão que o diretor (Marcelo Masagão) apresenta acerca da Situações
de Consumo? Justifique. (Valor: 0,5 Ponto)

3. Leia o Poema abaixo, de Carlos Drummond de Andrade.

Eu, Etiqueta

Em minha calça está grudado um nome


que não é meu de batismo ou de cartório,
um nome... estranho.
Meu blusão traz lembrete de bebida
que jamais pus na boca, nesta vida.
Em minha camiseta, a marca de cigarro
que não fumo, até hoje não fumei.
Minhas meias falam de produto
que nunca experimentei
mas são comunicados a meus pés.
Meu tênis é proclama colorido
de alguma coisa não provada
por este provador de longa idade.
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro,
minha gravata e cinto e escova e pente,
meu copo, minha xícara,
minha toalha de banho e sabonete,
meu isso, meu aquilo,
desde a cabeça ao bico dos sapatos,
são mensagens,
letras falantes,
gritos visuais,
ordens de uso, abuso, reincidência,
costume, hábito, premência,
indispensabilidade,
e fazem de mim homem-anúncio itinerante,
escravo da matéria anunciada.
Estou, estou na moda.
É doce estar na moda, ainda que a moda
seja negar minha identidade,
trocá-la por mil, açambarcando
todas as marcas registradas,
todos os logotipos de mercado.
Com que inocência demito-me de ser
eu que antes era e me sabia
tão diverso dos outros, tão mim-mesmo,
ser pensante, sentinte e solitário
com outros seres diversos e conscientes
de sua humana invencível condição.
Agora sou anúncio,
ora vulgar, ora bizarro,
em língua nacional ou em qualquer língua
(qualquer, principalmente).
E nisto me comprazo, tiro glória
de minha anulação.
Não sou - vê lá - anúncio contratado.
Eu é que mimosamente pago
para anunciar, para vender
em bares, festas, praias, pérgulas, piscinas,
e bem à vista exibo esta etiqueta
global no corpo que desiste
de ser veste e sandália de uma essência
tão viva, independente,
que moda ou suborno algum a compromete.
Onde terei jogado fora
meu gosto e capacidade de escolher,
minhas idiossincrasias tão pessoais,
tão minhas que no rosto se espelhavam,
e cada gesto, cada olhar,
cada vinco da roupa
resumia uma estética?
Hoje sou costurado, sou tecido,
sou gravado de forma universal,
saio de estamparia, não de casa,
da vitrine me tiram, recolocam,
objeto pulsante mas objeto
que se oferece como signo dos outros
objetos estáticos, tarifados.
Por me ostentar assim, tão orgulhoso
de ser não eu, mas artigo industrial,
peço que meu nome retifiquem.
Já não me convém o título de homem,
meu nome novo é coisa.
Eu sou a coisa, coisamente.

(Carlos Drummond de Andrade. O corpo. Rio de Janeiro, Record, 1984 p. 85-87.).

A obra (em prosa e poesia) de Drummond em muitos momentos funciona como denúncia da
opressão que marcou o período da Segunda Grande Guerra (1939-1945).
A partir desse relato de Drummond em contraponto com o filme de Masagão, que “evoluções”
pode-se notar nos efeitos da propaganda e outras mensagens das marcas? Se possível, aponte
exemplos dessa “evolução”. (Valor: 1,0)

4. Você conseguiu perceber no filme alguma referência à equipamentos eletrônico-digitais? Em


que momento? (Valor: 0,5)

5. Qual a principal função desses equipamentos no contexto do filme? (Valor: 0,5)

6. Leia o texto abaixo, publicado no Blog, “ Polkadots”, de Tiago Jaime Machado.

Guerrilha antipublicidade invade metrô


de Paris

Um forte movimento contra a propaganda está tomando de assalto os anúncios no Metrô


parisiense, fazendo uma defesa do espaço público contra a mercantilização da vida.
Sarcástica, inventiva e muito eficaz graças à Internet, essa guerrilha urbana sem líder
pode se estender para outros países.
……………………………………………………..

Paris - No metrô parisiense, grandes cruzes negras cobrem as marcas e os visuais


publicitários. Desenhos, colagens, grafites e pichações recobrem inteiramente os
aliciadores anúncios de Natal : “a publicidade é uma droga pesada”, “sirva-se,
consuma, pague”, “mercadoria por toda parte, poesia em nenhuma”…Inicialmente
pontuais, essas operações de contrapropaganda tornaram-se uma ação regular das
noites de sexta-feira, em uma quinzena de estações do Metrô de Paris, convocadas pelo
“Stopub”, um coletivo de organizações. Aquelas e aqueles que lutam atualmente contra
o desmonte do serviço público na França - artistas, profissionais da saúde, professores e
pesquisadores - recebem o reforço, nas noites de sexta, de centenas de “guerrilheiros
urbanos” armados de sprays, latas de tinta e cartazes feitos em casa.

O objetivo é recobrir o máximo de cartazes publicitários em um movimento que


reivindica a defesa do espaço e do tempo contra a invasão da propaganda. “Em face ao
endurecimento da ofensiva capitalista, nós declaramos publicamente guerra contra esse
novo tipo de totalitarismo e atacamos seu principal combustível: a publicidade”,
anuncia um texto do “Stopub” que acusa a publicidade de invadir “nossos espaços
públicos, a rua, a televisão, nossas roupas e nossos muros” e propõe a retomada do
espaço público “através de um gesto coletivo e alegre de protesto”.

Um feliz bordel

Sexta-feira, 19 de dezembro, 19 horas. É a última operação antipub antes do Natal. De


400 a 500 ativistas se distribuem em 16 pontos de Paris, atendendo a uma convocação
que circulou pela Internet. Duas semanas antes, eram mais de mil a se movimentar pelo
subsolo da cidade. Denis, jornalista, cola dólares nos olhos de personagens de cartazes
publicitários; Yves, técnico teatral, cola cartazes desejando “Feliz Bordel!”
(contrapondo-se ao “Feliz Natal!” publicitário); Marc, engenheiro, se deixa inspirar por
sua lata de tinta preta, e Emily por seu “branco de Espanha” - uma mistura de calcário e
água - “para facilitar o trabalho daqueles que vão limpar as paredes depois”. Emily, que
passa três horas por dia no Metrô, exulta : “eu esperava esse movimento há muito
tempo; a publicidade desresponsabiliza as pessoas e as entorpece; em 1968, eles
autorizaram o crédito e depois as pessoas permaneceram tranqüilas…é claro que elas
não vão abandonar tudo isso assim, com dez anos de propaganda sobre as costas!”

Jovem decoradora, Emily age como franco-atiradora ao lado de Marie, ainda estudante.
Em cinco minutos, elas redecoram uma estação de Metrô sob o olhar estupefato dos
usuários da linha, em sua maioria já conquistados pela publicidade. “A pub é uma
extorsão”, comenta um velho argelino, encorajando a ação das duas. Uma mulher as
cumprimenta espontaneamente: “Bravo, continuem ! Minha filha tem 13 anos e luta
para comprar roupas sem marca…Eles deveriam nos pagar para vestir roupas de marca
e não o contrário; servimos de muro de propaganda, contra nossa vontade!” Às vezes, é
a incompreensão que domina, como no caso de uma mulher da região das Antilhas para
quem os “antipubs” zombam de sua “razão de viver”, ela que “vive para a publicidade
e faz o que a publicidade lhe diz”. “Madame, não esqueça que é você que paga a
publicidade”, responde Denis, pedagogo.

Movimentando cerca de 200 bilhões de euros em 2000, a publicidade custa a cada


francês cerca de 500 euros por ano. “Ela se assemelha assim a um imposto estabelecido
pelas empresas, com o qual elas compram seu espaço de expressão”, prossegue Denis,
apoiando-se nas teses de dois dos mais antigos grupos desse movimento - Resistência à
Agressão Publicitária (RAP) e Caçadores de Pub.

“Uma mídia ao nosso alcance, simples e gratuita”

Diante da amplitude e do forte impacto midiático desse movimento de jovens


pichadores, a repressão policial e judiciária não tardou. No dia 28 de novembro, a
polícia efetuou mais de uma centena de prisões na tentativa de reprimir uma ação que
reuniu cerca de mil pessoas em várias estações do Metrô parisiense. O risco máximo é
uma multa de 62 euros. Quanto à Justiça francesa, no dia 1° de dezembro, ela condenou
o servidor de Internet alternativo “Ouvaton” a revelar o nome dos fundadores do site
“Stopub” O objetivo era identificá-los e obrigá-los, sob pena de pesada multa, a fechar
o site. “Descentralizar esse tipo de ação tornou-se imperativo”, explica Denis, jornalista
e membro de um coletivo recém-criado que pretende “prolongar a guerrilha iniciada
por “Stopub” tornando inaprisionável e mais eficaz a expressão contra a pub”.

Como? Graças à Internet e às impressoras. A idéia é criar um site -


lejournaldesmurs.org (o jornal dos muros) está em via de construção -, que centralize a
criação e difusão de mensagens intervindo na publicidade ou permitindo uma expressão
crítica do sistema. Menos comandos, menos prisões, cada internauta poderá, de
maneira autônoma e ativa, enviar e carregar mensagens, imprimindo-as em suas casas e
colando-as, na manhã seguinte, quando partem para seus trabalhos.

“Não pretendemos mudar o sistema, mas a emergência de uma mídia alternativa


particular está a caminho”, conclama o manifesto desse grupo que se proclama “a-pub”,
“pois ela não nos interessa, ou interessa muito pouco”. O objetivo é, portanto, a
retomada da palavra sobre os muros e paredes, “única mídia ao nosso alcance, simples
e gratuita”. Uma democratização da mídia urgente e necessária que vem encontrando
eco internacional a julgar pelas mensagens que chegam do mundo inteiro no site do
“Stopub” e que permitem prever o surgimento, em breve, de sites gêmeos ao
journaldesmurs.org no Chile e, quem sabe, no Brasil.

Você acredita que a Revolução Digital (considerando a Grande Rede, Internet, e demais
aparatos técnicos decorrentes desses avanços: celulares, MP3, ipods, iphone, MP5, etc.) possa
oferecer novos caminhos às ações de Marketing, no sentindo de agregar valores diferenciados à
comunicação das marcas, tornando-a menos invasiva? Comente. (Valor: 1,0)

7. Na sua opinião, qual o principal desafio do Marketing considerando o contexto do mercado


apresentado no filme de Masagão e no Post acima (do Blog Polkadots )? (Valor: 1,0)

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