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16/05/2018

IMUNIDADES TRIBUTÁRIAS

- alguns doutrinadores reconhecem o tema com a mesma importância dada aos princípios
- natureza jurídica dúplice – limitação ao poder de tributar + garantias fundamentais
- CF, Tributação, Seção II
- art. 150, caput, CF
- cláusulas pétreas – não podem ser alteradas por EC (nem uma EC pode acabar com uma imunidade
tributária), embora possam ser criadas por EC (as imunidades apenas não podem ser suprimidas).
- regulação por LC – art. 146, II, CF (reserva de lei complementar para regulamentar imunidade tributária)
- não pode ser objeto de MP – art. 62, § 1º, II, CF
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas
provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
II – que vise a detenção ou sequestro de bens, de poupança popular ou qualquer outro ativo financeiro;
- sempre em favorece os contribuintes

Definição: é uma previsão constitucional que limita a competência tributária, afastando a tributação sobre
certos produtos ou pessoas.
- a imunidade sempre estará prevista na CF – mesmo que não estejam em um único rol, mas as hipóteses
estão na Carta Magna;
- limita a competência tributária – o poder de tributar é a competência tributária (poder constituinte dado
pelo CF aos entes da federação)
- imunidade = falta de competência tributária
- Ex.: igreja não paga IPTU  a igreja é imune ao IPTU  O Município, portanto, não tem competência
tributária para criar o IPTU para igrejas (limitação da competência tributária)
- afasta tributação sobre determinados produtos ou pessoas (a consequência de uma imunidade é afastar a
tributação)

IMUNIDADE ISENÇÃO
Na CF (sempre) Na lei (sempre)
Limita a competência Dispensa pagamento1
Exclui a competência tributária É exercício da competência tributária
Irrevogável Revogável (por outra lei)
Perene2 Temporária (justamente por ser revogável)

1
A lei que prevê uma isenção parte do pressuposto que já existe uma lei anterior que prevê o seu recolhimento. Quando
a isenção dispensa o pagamento do tributo, tem-se que a competência tributária já foi exercida quando houve a criação
desse tributo. Enquanto a imunidade impede de criar tributo, a isenção impede de cobrar um tributo já criado (em certas
situações).
Isenção:
DEFINIÇÃO: a isenção é uma medida criada por lei que dispensa a cobrança de certo tributo já criado. Tal é
uma escolha do ente federativo dotado de competência tributária, que escolhe conceder um benefício ao não
cobrar um tributo que já existe.
RESULTADO: não pagamento de tributo. O resultado aqui é o mesmo que o da imunidade, mas a isenção é
prevista na lei, enquanto a imunidade é prevista na constituição.

Espécies:
a) isenção autonômica: a isenção é criada pelo mesmo ente com competência tributária para aquele tributo.
Quando a própria unidade federativa criadora do tributo também criou a isenção. Ex.: Estado X cria isenção
para o IPVA; Município X que cria isenção para o IPTU.

b) isenção heterônoma: aquela que é criada por entidade federativa diferente daquela com competência para
criação daquele tributo. Só há dois casos da CF.
- Art. 155, § 2º, XII, “e”, CF (União criando isenção para o ICMS – tributo estadual)
XII - cabe à lei complementar:
e) excluir da incidência do imposto, nas exportações para o exterior, serviços e outros produtos além
dos mencionados no inciso X, "a";

- Art. 156, § 3º, II, CF (União criando isenção para o ISS – tributo municipal)
§ 3º Em relação ao imposto previsto no inciso III do caput deste artigo, cabe à lei complementar:
II - excluir da sua incidência exportações de serviços para o exterior.

c) não incidência: são os fatos sobre os quais não há tributação; estão, portanto, fora do “campo da incidência
de tributos”. A diferença entre imunidade e não incidência é que esta não está compreendida na competência
tributária de ninguém (não tem previsão constitucional); enquanto a imunidade lida com a limitação de uma
competência tributária existente.
Em relação à isenção, esta dispensa a cobrança de um tributo que existe, enquanto na não incidência
não há nenhum tributo porque trata de fatos não tributáveis.
Portanto:
- na imunidade – a CF dá uma competência com limitações
- na isenção – a CF dá uma competência plena e o próprio ente se limita
- na não incidência – a CF não dá competência nenhuma

2
Perene é diferente de perpétuo. Perene quer dizer que enquanto essa Constituição Federal estiver em vigor, as
imunidades nela previstas não podem deixar de existir. Mas a partir do momento em que se criar outra CF, aí a imunidade
pode não mais existir.
d) alíquota zero: aqui, existe a competência tributa, existe a criação do tributo, existe um fato tributável, mas
não existe uma alíquota a ser cobrada quando da ocorrência do gato gerador. Isso é uma opção do legislador.
Ex.: reduzir a alíquota do IPVA a 0% e depois sobre a alíquota de novo.

e) desoneração: é um gênero, do qual são espécies a imunidade, a isenção, a alíquota zero. É tudo aquilo que
importe no não pagamento ou na diminuição da carga tributária.

OBS: os estados não possuem competência tributária para legislar sobre imposto relacionado a Igrejas (nem
para criar, nem para isentar a igreja de imposto – limitação vinda da constituição). Mas em relação a outras
espécies de tributo, como a taxa, não há nenhuma vedação constitucional, sendo possível, portanto.

06/06/2018
IMUNIDADES E OBRIGAÇÕES ACESSÓRIAS

- Obrigação tributária (vínculo que nasce a partir da prática do fato gerador)


- principal  obrigação de dar dinheiro ao fisco (art. 113, § 1º, CTN)
- acessória  um exemplo de obrigação acessória positiva: quando a gente paga o IR, cumpre a
obrigação principal (dá dinheiro ao fisco); mas para realizar esse pagamento, eu tenho que falar para o fisco
todas as coisas que fiz relacionadas à minha renda durante o ano (declaração do IR); nesse caso, a declaração
do IR é uma obrigação acessória. Outro exemplo é a emissão de nota fiscal do comerciante, pois isso é
necessário para que o fisco controle a saída de todos os produtos do estabelecimento comercial.
Um exemplo de obrigação acessória negativa é quando um fiscal comparece no meu estabelecimento
dizendo que vai averiguar meus produtos é minha obrigação de abstenção de embaraçar a fiscalização, ou
seja, eu tenho que permitir a entrada do fiscal.

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.

A declaração, emissão de um documento ou comprovação de uma situação independe do pagamento


do tributo. Ex.: eu tenho imunidade quanto ao pagamento do IPVA por conta de uma deficiência física, mas
isso não exclui a minha obrigação acessória de mostrar o laudo comprobatório da minha deficiência, ano a
ano, na data em que eu deveria pagar o imposto.

IMUNIDADES EM ESPÉCIE

- art. 150, VI, CF – as principais

A) Imunidade recíproca: se a União é imune a impostos Estaduais, o Estado é imune a impostos Federais, por
exemplo. A prefeitura, p. ex., tem sua frota de veículos (é, portanto, proprietária de veículo); no entanto, não
paga IPVA ao Estado; da mesma forma, os imóveis de propriedade estadual não pagam IPTU.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre: (*somente impostos, não abrangendo as outras espécies tributárias)
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
- Ex.: se o tributo for taxa de lixo, os entes federativos não estão isentos do pagamento.

- art. 150, VI, “a”, CF


- U, EM, DF, M
- defesa da federação
- somente impostos

A.1) Extensão
- art. 150, § 2º, CF (só atividades finalísticas)
Art. 150, § 2º - A vedação do inciso VI, "a" (imunidades recíprocas), é extensiva às autarquias e às
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se refere ao patrimônio, à renda e aos serviços,
vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
- os entes federativos (U, E, DF, M) não pagam impostos entre si, independentemente do
imposto e da finalidade do patrimônio, renda ou serviço. Agora, no caso de autarquias e fundações de direito
público, somente serão isentos nas hipóteses do dispositivo acima.
- Ex.: o INSS (autarquia federal) tem um terreno que é usado para sua sede e outro que não
está sendo utilizado para nada; o primeiro terreno é isento do pagamento de IPTU, mas o segundo precisa
pagar o imposto, pois não está sendo utilizado para a finalidade autárquica.

- art. 150, § 3 º, CF – exploração de atividade econômica


Art. 150, § 3º - As vedações do inciso VI, "a" (imunidade recíproca sem restrições), e do parágrafo
anterior (imunidade recíproca com restrições) não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços,
relacionados com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos
privados, ou em que haja contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o
promitente comprador da obrigação de pagar imposto relativamente ao bem imóvel.
- existem casos em que o poder pública atua em pé de igualdade com empresas privadas na
exploração de atividade econômica. Quando isso ocorre, precisa dar tratamento igualitário ao poder público e
ao particular. Dessa forma, todas as vezes em que o poder público estiver atuando em igualdade com o
particular, não há nenhuma imunidade.

- empresas públicas e sociedades de economia mista  aplica-se tudo de acordo com os dispositivos acima, ou
seja, se estiverem prestando serviços públicos, será imune com restrições (assim como as autarquias e
fundações); se estiverem atuando em atividades de exploração econômica, não estão imunes.
- art. 150, § 2º, CF – atividades finalísticas
- art. 150, § 3º, CF – exploração de atividade econômica

- cartórios e serventias extrajudiciais  não se beneficiam da imunidade recíproca, pois não há previsão
constitucional e são organismos privados e prestam os serviços visando o lucro.

B) Imunidade religiosa:
- art. 150, VI, “b”, CF

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
b) templos de qualquer culto;
- “templo” pode ser entendido como um espaço onde alguém professa sua fé para membros daquela
liturgia.

- reflexo dos direitos fundamentais – liberdade de crença + proteção local de culto e suas liturgias (CF, art. 5º,
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e
garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias).
- com isso, o Estado não pode NEM PELA TRIBUTAÇÃO tentar cercear esses direitos fundamentais.

- Quais religiões são imunes?


- toda e qualquer denominação religiosa (com os devidos cuidados para não se banalizar o conceito de
religião, de modo a não permitir que se crie falsamente religiões para isentar imóveis de IPTU ou religiões que
atentem contra a moral e os bons costumes).
- maçonaria? – o STF disse que isso é uma ideologia de vida, diferente de culto de fé/religião. Assim, a
maçonaria NÃO possui imunidade religiosa.
- cemitérios – extensão da religião sem fins lucrativos com atuação de serviços religiosos e funerários
serão apenas imunes ao IPTU; se tiver um carro, por exemplo, pagará IPVA, porque ai perde a caracterização
de “templo religioso” (o STF entendeu que e o cemitério que não tiver fins lucrativos e for mesmo entendido
como extensão religiosa, será imune).

B.1) Abrangência
- áreas contíguas ao templo – o STF entende que contígua é a área que está no mesmo terreno e tem o
mesmo número de registro na matrícula do imóvel.
Destaca-se que se o estacionamento estiver em área contígua (acima definida), aí será imune, sendo o
estacionamento cobrado ou não, usado só em momentos de culto ou não, igual a qualquer outra construção
que esteja em área contígua (inclusive uma residência, pois o IPTU é cobrado pela área do terreno e o imóvel
nele construído; se o imóvel da Igreja está construído em certo terreno, tudo o que estiver no mesmo terreno
é imune).

- estacionamento não cobrado – se não estiver em área contígua, mas somente for usado nos momentos de
liturgia, o uso desse imóvel está intimamente ligado com o culto religioso, ou seja, a finalidade é
exclusivamente desenvolvida em benefício do templo.

- estacionamento cobrado em área não contígua – se o estacionamento for em local não contíguo, cobrado e
utilizado em outros horários fora dos horários de culto, NÃO será imune.
Agora se for utilizado só nos horários do culto, precisa averiguar se a grana é revertida em benefício da
igreja ou não. Se for usado em benefício desta, será imune a impostos; se não for usado para finalidades
religiosas, afasta a imunidade. Há a presunção de que o dinheiro é usado em prol da igreja e cabe ao fisco
provar o contrário e afastar a imunidade.

Resumindo: se o imóvel for de propriedade do templo e não contíguo, será sempre imune e caberá ao fisco
provar que aquele imóvel é utilizado para finalidades diversas de atividades religiosas e afastar a imunidade.

- imóveis locados
- quando o templo é o locador: se for não contíguo presume-se que o dinheiro da locação é usado para
a igreja e será imune, competindo ao fisco provar o contrário e afastar a imunidade.
- quando o templo é o locatário: não será imune, pois não é propriedade do templo. A ideia é
preservar a liberdade religiosa, de culto e de crença; o imóvel de um terceiro não tem nada a ver com essa
finalidade.
OBS: sempre que o imóvel pertencente ao templo for contíguo, não importa a situação, será SEMPRE IMUNE.

Quanto aos automóveis de propriedade do templo: se ele só serve aos propósitos da igreja, será imune.
Nesse caso, compete ao fisco provar que não é usado só para isso. Mas se é, por exemplo, de propriedade do
pastor, mesmo que seja usado somente em prol da igreja, não estará imune.

13/06/2017 (Mestranda)
Imunidades não autoaplicáveis

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos
trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos
da lei;

Requisitos para a regra geral da imunidade:


- não basta ser uma dessas instituições se não cumprir os requisitos legais para ter imunidade:
CTN, art. 14. O disposto na alínea c do inciso IV do artigo 9º3 é subordinado à observância dos
seguintes requisitos pelas entidades nele referidas:
I - não distribuírem qualquer parcela de seu patrimônio ou de suas rendas, a qualquer título;
II - aplicarem integralmente, no País, os seus recursos na manutenção dos seus objetivos institucionais;
III - manterem escrituração de suas receitas e despesas em livros revestidos de formalidades capazes
de assegurar sua exatidão.

OBS: extensão da imunidade para as entidades fechada de previdência privada – é quando, por exemplo, uma
empresa fecha uma entidade de previdência para seus funcionários. Se a empresa banca a previdência, a
entidade previdenciária é imune. Mas se o funcionário é quem paga, não há imunidade.
**Súmula 730, STF – A imunidade tributária conferida a instituições de assistência social sem fins
lucrativos pelo art. 150, VI, “c”, da Constituição, somente alcança as entidades fechadas de previdência social
privada se não houver contribuição dos beneficiários.
Ex.: Comshell e Icolub.

As entidades parafiscais (integrantes do Sistema “S”) podem ter essa imunidade, desde que cumpram com
os requisitos do art. 203, III, CF.

3
Redação idêntica à do art. 150, VI, c, da CF.
Art. 203. A assistência social será prestada a quem dela necessitar, independentemente de
contribuição à seguridade social, e tem por objetivos:
III - a promoção da integração ao mercado de trabalho;
Então, quando essas entidades fazem essa integração das pessoas com o mercado de trabalho,
merecem a imunidade da alínea “c” do art. 150, VI, da CF, porque cumprem com um dos requisitos da
assistência social.

- a imunidade se estende às atividades que a entidade imune pratica, desde que atenda aos seus fins sociais.

OBS: quem pratica o fato gerador e tem direito à imunidade são somente as entidades elencadas na alínea “c”,
desde que preenchidos os requisitos do art. 14 o CTN. Portanto, se uma pessoa X aluga um imóvel para que
nele funcione um partido político, ao proprietário do imóvel NÃO se estende a imunidade.

Art. 150, § 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a
renda e os serviços, relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
Requisitos cumulativos para que haja a extensão da imunidade:
a. A prova da inserção do montante pecuniário arrecadável da atividade correlata, nos objetivos
institucionais da entidade. Ex.: se o partido político é proprietário de mais de um imóvel e, com o
dinheiro da locação, faz um churrasco, isso não é atividade correlata; mas se o dinheiro arrecadado
com a atividade correlata for inserido em um dos objetivos institucionais da entidade, aí terá
imunidade.
b. A prova da inocorrência de prejuízo à livre concorrência.
**Súmula 724, STF, que virou a Súmula Vinculante 52 – Ainda quando alugado a terceiros, permanece
imune ao IPTU o imóvel pertencente a qualquer das entidades referidas pelo art. 150, VI, “c”, da CF/88,
desde que o valor dos aluguéis seja aplicado nas atividades para as quais tais entidades foram
constituídas.

• CTN, art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do
sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
- Ex.: uma pessoa X aluga um imóvel para um partido político e, no contrato, esse partido estipula que
passará a imunidade quanto ao IPTU para o proprietário do imóvel. Isso NÃO é oponível contra a Fazenda, ou
seja, essa estipulação não terá efeito algum.

Entidades beneficentes de assistência social


- imunidade para impostos + contribuições sociais previdenciárias
CF, art. 195, § 7º - São isentas de contribuição para a seguridade social as entidades beneficentes de
assistência social que atendam às exigências estabelecidas em lei.

Imunidade de imprensa
- CF, art. 150, VI, d
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados,
ao Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

- trata-se de imunidade OBJETIVA – recai sobre bens/coisas; é diferente das outras imunidades, que são
subjetivas (recaem sobre pessoas).
- a imunidade recai sobre 3 formas de expressão/pensamento:
• livros
• periódicos
• revistas
+ seus insumos (papel para impressão)
- são imunes a 4 impostos: II, IE, IPI e ICMS.

OBS: livro erótico é imune? – há duas correntes de pensamento: liberal e conservadora. A corrente liberal diz
que, como a liberdade de expressão é direito fundamental, é imune também; a corrente conservadora diz que,
em atenção à família, tutelada pela CF (art. 227), não deveria ser imune.
Álbum de figurinhas da copa? – é imune.

Livros digitais – em 2017, o STF disse que os livros eletrônicos/digitais e os suportes para a sua leitura SÃO
IMUNES (RE 330817 e 595676). Tal foi uma inovação jurisprudencial, pois não está abrangido na CF.

Imunidade de música
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao
Distrito Federal e aos Municípios:
VI - instituir impostos sobre:
e) fonogramas e videofonogramas musicais produzidos no Brasil contendo obras musicais ou literomusicais de
autores brasileiros e/ou obras em geral interpretadas por artistas brasileiros bem como os suportes materiais
ou arquivos digitais que os contenham, salvo na etapa de replicação industrial de mídias ópticas de leitura a
laser.
- imunidade inserida através da EC 75/2013 (PEC da música)  estende-se a música/vídeo de cantor brasileiro
e obras internacionais interpretadas por cantor brasileiro, SALVO QUANTO À ETAPA DE GRAVAÇÃO; mesmo
com essa ressalva, tal imunidade já reduziu significativamente os preços dos produtos para o consumidor.

**as imunidades e os princípios (estudados no primeiro bimestre) são os limites ao poder de tributar.

20/16/2018
OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA

- direito das obrigações – no direito civil, obrigação é a relações jurídica de caráter transitório estabelecida
entre credor e devedor cujo objeto consiste numa prestação pessoal econômica*, positiva ou negativa, devida
pela segundo ao primeiro, garantindo-se o seu cumprimento pelo patrimônio do devedor.

- relação jurídica tributária  vínculo obrigacional  existente entre o contribuinte e o fisco (pessoa jurídica
de direito público interno OU alguém que tenha recebido desses entes capacidade tributária, como a OAB).

Há certa discussão, no direito civil, em torno do CARÁTER ECONÔMICO, isto é, tem quem defenda que
só pode haver obrigação se houver esse caráter; para essas pessoas, as obrigações sem caráter econômico
seriam apenar deveres administrativos.
Todavia, para o direito tributário, o caráter econômico não é essencial para caracterizar uma
obrigação. Isso porque, segundo o art. 110 do CTN, o direito tributário pode se apropriar de institutos de outro
ramo do direito, conferindo a ele outros efeitos (**foi falado sobre isso no 1º bimestre).
Art. 110. A lei tributária não pode alterar a definição, o conteúdo e o alcance de institutos, conceitos e
formas de direito privado, utilizados, expressa ou implicitamente, pela Constituição Federal, pelas Constituições
dos Estados, ou pelas Leis Orgânicas do Distrito Federal ou dos Municípios, para definir ou limitar competências
tributárias.

 DEFINIÇÃO DE OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: a obrigação tributária surge da ocorrência de um fato previsto em


lei com a capacidade de produzir efeito relevante no âmbito da tributação. Portanto, tem-se um deve de
alguém cumprir algo no exercício do direito/em favor da outra parte.
- obrigação tributária se inicia na cabeça do legislador, pois é ele que elenca as condutas tributáveis e
as insere na lei (através da criação de hipóteses de incidência – conduta geral e abstrata). Assim, quando a
pessoa realiza essa hipótese de incidência, esta se torna o FATO GERADOR da OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA.

FONTES DA OBRIGAÇÃO TRIBUTÁRIA: lei + fato gerador, conjugados sempre, pois só lei não gera obrigação
tributária alguma, tampouco somente a conduta humana.
- lei (que prevê a hipótese de incidência): o contrato não pode ser fonte aqui porque tributo decorre
de lei e é compulsório, não havendo possibilidade de transigir (art. 3º, CTN).
- fato gerador: só existirá uma obrigação tributária se alguém praticar a conduta tributável prevista em
lei.

OBS: nos contratos de locação que preveem que o locatário é responsável pelo pagamento do IPTU, esse
disposição só vale entre locador e locatário (obrigação civil); se este não pagar, a prefeitura vai cobrar do dono
do imóvel e este é quem cobrará do locatário.

1. Espécies de obrigação tributária

a) Principal: será SEMPRE pecuniária (só se extingue após o cumprimento da obrigação de dar dinheiro). Não
se confunde o momento do surgimento da OT com o momento do surgimento do crédito tributário, ou seja,
após o lançamento da OT.
HI  FATO GERADOR  OT  (lançamento)  CRÉDITO TRIBUTÁRIO (extinto o crédito, através do
pagamento, extingue-se também a obrigação/relação jurídica)

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.

b) Acessória: obrigações de fazer e não fazer, sem conteúdo econômico. É uma conduta qualquer que o fisco
impõe às pessoas, no interesse dele, que não envolva dinheiro. Trata-se de obrigação de fazer/não fazer
adequadas ao contexto tributário. São atividades necessárias para que a fiscalização seja bem sucedida.
Ex.: emissão de NF e declaração de IR (obrigações de fazer); não transportar bens sem NF e não obstar
a fiscalização, tipo não impedir que o fiscal entre em seu estabelecimento comercial para fiscalizar (obrigações
de não fazer).

Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.


§ 2º A obrigação acessória decorre da legislação tributária e tem por objeto as prestações, positivas ou
negativas, nela previstas no interesse da arrecadação ou da fiscalização dos tributos.

OBS: “O ACESSÓRIO PODE VIRAR O PRINCIPAL” – em regra, tem-se que o acessório acompanha o principal;
todavia, no direito tributário, isso NUNCA ocorre. Uma vez descumprida a obrigação acessória, esta se torna a
obrigação principal e a penalidade será sempre multa – dar dinheiro (assim como quando ocorre o
descumprimento de uma obrigação tributária principal). Isso não significa que a acessória realmente “se
transforme” em principal, mas que uma obrigação que antes era de fazer/não fazer (art. 113, § 2º), se torna
uma obrigação de dar dinheiro (art. 113, § 1º).
Nesse caso, haverá uma OT acessória sendo convertida em uma OT principal, mas que NÃO é tributo
(pois é uma multa – sanção por ato ilícito, ou seja, pelo descumprimento de uma obrigação acessória). Se a
pessoa não pagar essa multa, ela não será cobrada mediante execução fiscal, mas por execução de multa.
Portanto, essa história de “o acessório virar o principal” é uma ficção jurídica.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 3º A obrigação acessória, pelo simples fato da sua inobservância, converte-se em obrigação principal
relativamente à penalidade pecuniária.

2. Fato gerador
- materialização da conduta humana prevista em lei – portanto, é a materialização da HI.
- fato imponível, fato jurígeno, HI concreta – tudo isso é fato gerador. O que importa é saber que o HI é
sempre abstrato e o FG é sempre concreto.
- subsunção faz nascer o vínculo obrigacional – a conduta humana que se “encaixa” da hipótese legal faz
nascer a OT; trata-se da adequação da conduta à norma.

2.1. Elementos e efeitos do fato gerador


a) Fato gerador da obrigação principal
Art. 114. Fato gerador da obrigação principal é a situação definida em lei como necessária e suficiente
à sua ocorrência.
- necessária – tem a ver com obrigatoriedade, ou seja, a HI tem que ser praticada obrigatoriamente no
limite da lei.
- suficiente – tem a ver com a extensão, ou seja, o que ultrapassar a previsão legal não será tributado,
pois não se amolda mais à norma legal que prevê a HI.
- Ex.: HI é comprar um imóvel; se eu comprar um imóvel, já pratiquei o FG.

b) Fato gerador da obrigação acessória


Art. 115. Fato gerador da obrigação acessória é qualquer situação que, na forma da legislação
aplicável, impõe a prática ou a abstenção de ato que não configure obrigação principal.

• Elementos subjetivos: pessoas que figuram nos polos da relação obrigacional (ativo e passivo). O sujeito
ativo quase nunca estará presente na norma tributária, pois quem prevê isso é a CF (reparte a competência
tributária entre os entes federativos).
Se o professor pedir na prova para fazer uma lei tributária, não precisa dizer qual ente que está
instituindo o tributo.
• Elementos quantitativos:
- valor – pode ser fixo ou instituído por alíquota (porcentagem) sobre base de cálculo.

• Elemento espacial: área de atuação do sujeito ativo. Ex.: o Município de Andirá só pode cobrar IPTU dos
imóveis localizados em Andirá. Portanto, não precisa constar na norma que “o Município de Andirá institui o
IPTU sobre os imóveis de Andirá”, pois isso também está na CF.

• Elemento temporal: a lei que regula o pagamento do imposto é a lei vigente à época do fato gerador, ainda
que essa lei não exista mais. Ex.: pratiquei o fato da lei A e, posteriormente, a lei B traz uma isenção à qual eu
me adequaria; não serei abrangida pela lei B, pois pratiquei o fato na vigência da lei A (falei algo sobre isso no
começo do 1º bimestre).
 Momento da ocorrência do FG – fixa qual a lei aplicável (art. 116, CTN)
 Fato gerador
- instantâneo (ex.: importação)
- periódico (ex.: renda) – leva em consideração um período de tempo.
- continuado (ex.: propriedade) – é aquele em que também existe uma dilação do FG no tempo, mas a
lei prevê um único dia, dentro de um período de tempo, sendo que nesse único dia será considerada
como praticado o FG. Ex.: comprei um carro no dia 10 de dezembro, mas só terei que pagar o IPVA no
dia 1 de janeiro do ano seguinte (ou seja, só serei contribuinte no ano seguinte), porque essa data que
a lei considerou como o dia da prática do FG.

27/06/2018
• Classificação do fato gerador
Quanto à forma de incidência:
1. INSTANTÂNEO – momento determinado. Ex.: II (o fato gerador do Imposto sobre Importação é entrar com
produto estrangeiro em solo brasileiro).
2. PERIÓDICO – espaço de tempo no qual ocorrem várias situações fáticas, mas que somente serão tributadas
como um único fato gerador ao final de determinado período. Ex.: IR
3. CONTINUADO – situação perene no tempo, isto é, um ato humano que se prolonga no tempo. Ex.: IPTU

Art. 116. Salvo disposição de lei em contrário, considera-se ocorrido o fato gerador e existentes os seus efeitos:
I - tratando-se de situação de fato, desde o momento em que o se verifiquem as circunstâncias materiais
necessárias a que produza os efeitos que normalmente lhe são próprios;
Situação de fato: é algo que não necessite de definição jurídica. Ex.: morte.
II - tratando-se de situação jurídica, desde o momento em que esteja definitivamente constituída, nos termos
de direito aplicável.
Situação jurídica: depende de uma interpretação jurídica. Ex.: propriedade – o que é ser
propriedade? Vc ver alguém dentro de um automóvel, não se pode afirmar que ela seja o proprietário.
Parágrafo único. A autoridade administrativa poderá desconsiderar atos ou negócios jurídicos praticados com
a finalidade de dissimular a ocorrência do fato gerador do tributo ou a natureza dos elementos constitutivos da
obrigação tributária, observados os procedimentos a serem estabelecidos em lei ordinária.
Portanto, o FG não precisa ser algo qualificado pelo direito, mas pode ser um fato, sem nenhuma
interpretação, embora seja mais comum que se trate de uma situação jurídica.

Negócios jurídicos condicionais


- condição suspensiva – o adimplemento da obrigação está suspenso a uma ocorrência futura e incerta. Ex.:
você ganha um carro se terminar a faculdade; nesse caso, você só será proprietária e praticará o FG do IPVA
caso ocorra essa condição.
- condição resolutiva – o adimplemento da obrigação se dará até uma ocorrência futura e certa, que resolverá
o negócio jurídico. Ex.: você pode usar meu carro até que termine a faculdade; nesse caso, se você tivesse que
pagar imposto por utilizar o carro (isto é, se utilizar veículo fosse FG), você já estaria praticando esse FG e,
portanto, teria que pagar imposto.

• Elementos importantes decorrentes da prática do fato gerador


a- materialização da obrigação tributária (art. 113, § 1º, CTN) – o momento da prática do FG é o momento que
torna a pessoa obrigada a pagar o tributo.
Art. 113. A obrigação tributária é principal ou acessória.
§ 1º A obrigação principal surge com a ocorrência do fato gerador, tem por objeto o pagamento de
tributo ou penalidade pecuniária e extingue-se juntamente com o crédito dela decorrente.
b- identificação do sujeito passivo – quem pratica o FG é quem será obrigado a pagar o tributo.
c- fixação do regime jurídico – se eu pratico um fato em janeiro, mas em fevereiro surge uma lei que muda o
meu tributo, em março surge outra; em abril (na vigência da última lei, que surgiu em março) eu terei que
pagar aquele tributo, então a lei que eu terei que respeitar é aquela que vigia em fevereiro, que foi quando eu
pratiquei o FG, ainda que atualmente ela já tenha sido revogada (ultra atividade da lei). Portanto, a lei vigente
na prática do fato gerador será a lei que eu respeitarei quando tiver que pagar o tributo (a prática do FG fixa o
regime jurídico aplicável à relação jurídica em questão). Aqui, não existe a questão de retroatividade da lei
mais benéfica, pois tributo não é pena/sanção (por isso, a multa retroage, como visto no 1º bimestre).
Ex.: no mês A, que prevê a multa de 10% e a alíquota de 20% para certo tributo, eu pratiquei o FG que
gerou a minha obrigação de pagar esse tributo. No mês B, a alíquota muda 15% e a multa, para 5%; é nesse
mês B que eu terei que pagar aquele tributo. Nesse caso, a alíquota aplicável será a de 20% (vigente à época
da prática do FG) e a multa pelo meu atraso será de 5% (como multa é sanção, retroage a lei mais benéfica4).
Ex.: se eu pratico o FG no momento em que há uma isenção; mesmo que posteriormente acabe essa
isenção, eu não terei que pagar o tributo porque pratiquei o FG quando eu era imune. Da mesa forma, se eu
pratiquei um fato que não era imune e, posteriormente, surge imunidade para ele na qual eu me enquadraria,
eu terei que pagar o tributo mesmo assim, porque pratiquei o FG quando não era imune ainda.
d- permite aferição de aspecto quantitativo – o momento da prática do FG é o momento que fixa a lei aplicável
e, portanto, é o valor que está nessa lei que eu vou pagar.

Art. 118. A definição legal do fato gerador é interpretada abstraindo-se:


I - da validade jurídica dos atos efetivamente praticados pelos contribuintes, responsáveis, ou terceiros, bem
como da natureza do seu objeto ou dos seus efeitos;
- princípio do “non olet”
II - dos efeitos dos fatos efetivamente ocorridos.

• Sujeito ativa: cobra o tributo (**não se confunde com quem cria o tributo); às vezes, o sujeito ativo é
alguém que não tem competência tributária (Ex.: Receita Federal; INSS). Mas às vezes, quem cobra o tributo é
o próprio ente que o criou (competência + capacidade tributária).

Art. 119. Sujeito ativo da obrigação é a pessoa jurídica de direito público, titular da competência para exigir o
seu cumprimento. (*capacidade tributária, estudada no primeiro bimestre)

Art. 120. Salvo disposição de lei em contrário, a pessoa jurídica de direito público, que se constituir pelo
desmembramento territorial de outra, subroga-se nos direitos desta, cuja legislação tributária aplicará até que
entre em vigor a sua própria.
Ex.: Jacarezinho se divide nos Municípios Jacarezinho e B; B cobrará os seus impostos utilizando a lei
de Jacarezinho, até que crie sua legislação própria.

• Sujeito passivo: deve pagar o tributo

Art. 126. A capacidade tributária passiva independe:


I - da capacidade civil das pessoas naturais;
Ex.: um bebê que, ao nascer, perde a mãe e herda o imóvel dela já é contribuinte de IPTU (sujeito
passivo da relação tributária.

4
Se houver a sucessão de 3 leis, por exemplo, eu tenho sempre que averiguar qual a penalidade que existia quando eu
pratiquei o FG e qual a penalidade que existe no momento que eu vou pagar, porque aquela lei que já foi revogada e não
foi a lei da prática do FG, não faz diferença.
Contribuinte x responsável (ambos são sujeitos passivos): o CONTRIBUINTE tem ligação direta e imediata com
o FT, enquanto o RESPONSÁVEL não tem relação direta com o FT, mas está obrigado por lei a realizar o
pagamento (Ex.: o responsável pelo incapaz que é contribuinte por ter praticado um FT).
Art. 121. Sujeito passivo da obrigação principal é a pessoa obrigada ao pagamento de tributo ou
penalidade pecuniária.
Parágrafo único. O sujeito passivo da obrigação principal diz-se:
I - contribuinte, quando tenha relação pessoal e direta com a situação que constitua o respectivo fato
gerador;
II - responsável, quando, sem revestir a condição de contribuinte, sua obrigação decorra de disposição
expressa de lei. (*o liame entre o responsável e o fisco é decorrente da lei, não do FG)
Ex.: quem compra um veículo com débito antigo de IPVA é responsável pelo seu pagamento, apesar de
ainda não ter praticado o FG e, portanto, não ser contribuinte.
OBS: tais definições não têm a ver com contribuinte direito e indireto, que foi matéria vista no 1º
bimestre (aquela questão do fabricante do produto repassar ao consumidor o tributo que ele deve pagar).

Sujeito passivo da obrigação tributária acessória (fazer, não fazer e permitir que se faça)
Art. 122. Sujeito passivo da obrigação acessória é a pessoa obrigada às prestações que constituam o
seu objeto.

Convenções particulares
Art. 123. Salvo disposições de lei em contrário, as convenções particulares, relativas à responsabilidade
pelo pagamento de tributos, não podem ser opostas à Fazenda Pública, para modificar a definição legal do
sujeito passivo das obrigações tributárias correspondentes.
Ex.: nos contratos de locação que preveem que o locatário é responsável pelo pagamento do IPTU,
essa disposição só vale entre locador e locatário (obrigação civil – convenções particulares não obrigam o
fisco); se este não pagar, a prefeitura vai cobrar do dono do imóvel e este é quem cobrará do locatário (por
conta da obrigação contratual – lei civil).

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