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06/06/2018

"Através da realização do curso disponibilizado pelo Estratégia Concursos e das várias questões constantes no material, além da
leitura atenta das leis cobradas na prova, acredito que utilizei uma boa estratégia de estudo, que me permitiu lograr o êxito tão
esperado.” - Fernanda Teani Gatto Vanni, aprovada TJ-SP

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06/06/2018

RETROSPECTIVA – MAIO DE 2018


AULA GRAVADA EM 06/06/2018

"Através da realização do curso disponibilizado pelo Estratégia Concursos e das várias questões constantes no material, além da
leitura atenta das leis cobradas na prova, acredito que utilizei uma boa estratégia de estudo, que me permitiu lograr o êxito tão
esperado.” - Fernanda Teani Gatto Vanni, aprovada TJ-SP

México, União Europeia e Canadá anunciam retaliações à


sobretaxa dos EUA ao aço e alumínio
México, Canadá e União Europeia anunciaram nesta quinta-feira (31) que responderão
às sobretaxas sobre aço e alumínio impostas pelos Estados Unidos com "medidas
equivalentes a diversos produtos".
O Departamento de Comércio americano anunciou a suspensão da isenção às tarifas à
importação de 25% para aço e de 10% para alumínio de União Europeia, Canadá e México.
A decisão entrará em vigor nesta sexta-feira (1º) e elevou as tensões comerciais globais.
O governo do presidente Donald Trump impôs o aumento em 23 março, mas ordenou a
suspensão da imposição dos mesmos a UE, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, Coreia do
Sul e México.
Para o governo mexicano, que este tipo de medida tarifária "não é adequada, nem
justificada", e lembrou que aço e alumínio contribuem para a "competitividade de vários
setores estratégicos e altamente integrados" na América do Norte, como o automotivo e o
eletrônico.

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06/06/2018

México
"Diante das tarifas impostas pelos Estados Unidos, o México imporá medidas equivalentes a
diversos produtos como aços planos [laminação a quente e a frio], lâmpadas, pernis e paletas
suínas", informou a Secretaria de Economia do país em comunicado.
As tarifas mexicanas -- que também contemplarão embutidos, maçãs, uvas, mirtilos e diversos
queijos -- serão aplicadas "por um montante equiparável" ao que o país perderá com as sanções
americanas.
"O México lamenta profundamente e reprova a decisão dos Estados Unidos de impor estas tarifas às
importações de aço e alumínio provenientes do México a partir de 1º de junho, sob o critério de
segurança nacional", diz o comunicado.
Canadá
O Canadá anunciou a imposição de tarifas no valor de US$ 12,8 bilhões às exportações americanas
de aço, alumínio e outros produtos como cerveja, uísque, papel higiênico e laquê para cabelo.
União Europeia
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, anunciou hoje que, em resposta, Bruxelas
imporá tarifas a produtos americanos como calças jeans, motocicletas Harley Davidson e uísque
bourbon.

EUA interrompem negociação e decidem aplicar medidas


restritivas sobre aço e alumínio brasileiro, diz governo
O governo informou nesta quarta-feira (2) que os EUA interromperam as
negociações e decidiram aplicar medidas restritivas para a importação de
aço e alumínio brasileiro que estavam temporariamente suspensas.
Entretanto, isso não acontecerá de forma imediata, uma vez que, em 30 de
abril, o governo dos EUA informou decisão de estender a isenção temporária
estabelecida para o Brasil, em vigor desde 23 de março de 2018, das
sobretaxas sobre aço e alumínio.
Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, esse
prolongamento da isenção das sobretaxas, feito por prazo indeterminado,
tem por objetivo possibilitar a finalização "em período breve" de todos os
detalhes relativos de "medidas alternativas satisfatórias" que podem vir a ser
aplicadas pelos Estados Unidos.

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06/06/2018

De acordo com o governo, a Casa Branca ofereceu ao Brasil a opção de


sobretaxa ou quotas de exportação. O setor de alumínio deve optar pela
primeira e, o de aço, pela segunda. As tarifas entraram em vigor no dia 23 de
março para todos os países, exceto Canadá e México. No caso de Brasil,
Austrália, Argentina, Coreia do Sul e União Europeia, houve acordo
preliminar para isenção temporária da sobretaxa até 30 de abril, quando
chegou ao final o prazo das negociações.
Na segunda (30), a Casa Branca havia anunciado um acordo preliminar com o
Brasil sobre o tema, cujos detalhes seriam finalizados em até 30 dias, e a
prorrogação da medida que isentou o país da sobretaxa.
Entretanto, em nota divulgada nesta quarta, o Ministério da Indústria,
Comércio Exterior e Serviços (MDIC) e o Ministério das Relações Exteriores
informaram que os EUA decidiram interromper as negociações e aplicar
medidas restritivas imediatamente.

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06/06/2018

"No dia 26 de abril, as autoridades norte-americanas informaram decisão de


interromper o processo negociador e de aplicar, imediatamente em relação
ao Brasil, as sobretaxas que estavam temporariamente suspensas ou, de
forma alternativa e sem possibilidade de negociação adicional, quotas
restritivas unilaterais", diz a nota.
Mais tarde nesta quarta, o ministro da Indústria, Marcos Jorge, explicou que,
para o governo brasileiro, a prorrogação da isenção, anunciada pelos EUA na
segunda, não está valendo porque não foi oficializada até o momento
"Até que hajam atos publicados nós não tomamos [a isenção] como uma
decisão que foi tomada pelo governo norte-americano", disse Jorge.

EUA suspendem tarifas sobre importações da China e


interrompem guerra comercial, diz secretário americano

O secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, e o vice-premiê


chinês Wang Yang em encontro neste sábado (19) em Washington

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06/06/2018

Os Estados Unidos e a China suspenderam temporariamente as tarifas sobre importações entre os


países, informou neste domingo (20) o secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin. O
anúncio ocorre após as duas potências anunciarem, na véspera, um acordo para reduzir o déficit
comercial entre elas, por meio do qual a China se comprometeu a aumentar "consideralmente" a
compra de produtos americanos.
O vice-presidente chinês, Liu He, havia dito anteriormente que "as duas partes chegaram a um
consenso de não se envolver em uma guerra comercial e aumentar os respectivos direitos de
alfândega", segundo a agência de notícias oficial Xinhua.
Steven Mnuchin assinalou, no entanto, que se a China não cumprir os compromissos, o presidente
dos Estados Unidos "sempre pode decidir voltar a impor" as tarifas.
Washington e Pequim anunciaram no sábado (19) que chegaram a um consenso para reduzir
drasticamente o déficit comercial americano. Para conseguir isso, o gigante asiático se
comprometeu a aumentar "consideravelmente" suas compras de produtos americanos, como
commodities agrícolas e de energia .
O anúncio, feito após intensas negociações nesta semana, fecha um mês de tensões entre as duas
potências. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a dizer que a relação comercial
desequilibrada constitui um perigo para o seu país.

O acordo
O déficit comercial anual em bens e serviços dos EUA com a China soma US$ 335 bilhões, segundo a
Reuters. Durante uma rodada inicial conversas no início deste mês em Pequim, Washington
demandou que a China reduza seu superávit comercial em US$ 200 bilhões. O comunicado conjunto
dos dois países no sábado não citou valores.
Mnuchin disse que os EUA esperam ver um aumento de 35% a 40% em exportações agrícolas para a
China e a duplicação das compras de energia nos próximos três a cinco anos, mas não detalhou os
objetivos nem o que será feito para alcançá-los.
“Temos objetivos específicos. Não vou divulgar publicamente quais eles são. Eles vão de indústria
por indústria", disse Mnuchin. "Também discutimos questões estruturais muito importantes a
serem levadas em consideração na sua economia para que nós possamos ter acesso a eles de forma
equitativa", acrescentou.
O secretário do Comércio, Wilbur Ross, planeja ir à China, disseram Mnuchin e o principal
conselheiro econômico do presidente Donald Trump, Larry Kudlow.
"Ele vai investigar um número de áreas onde teremos aumentos significativos", incluindo energia,
gás natural liquefeito, agricultura e manufatura, disse Kudlow numa entrevista ao "This Week", da
ABC.

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06/06/2018

Guerra de tarifas
As exportações chinesas de aço para os Estados Unidos eram taxadas em 25% e as de alumínio em
10% desde março. Essa taxação a princípio foi anunciada para todo o aço e alumínio que entrasse
no país, mas alguns exportadores como Brasil, Austrália, Argentina, Coreia do Sul, União Europeia,
México e Canadá conseguiram insenção temporária das taxas. No caso do Brasil, assim como da
Argentina e da Austrária, um acordo inicial com o governo americano já foi firmado, mas os
detalhes não foram divulgados. O prazo para finalização é 1º de junho.
Além disso, o governo americano ameaçou adotar impostos sobre US$ 50 bilhões em bens
importados da China, que vão desde itens médicos a produtos de tecnologia industrial e transporte.
Um período de consulta inicialmente expiraria na terça-feira (22) e a implementação da medida
seria imediata, segundo a agência AFP. Tarifas sobre outros US$ 100 milhões em produtos também
estavam sob análise.
A China devolveu as represálias tarifando produtos agrícolas americanos como a soja,
extremamente dependente do mercado chinês e que é produzida em estados favoráveis ao
presidente republicano. A carne de porco dos Estados Unidos e os automóveis fabricados no país
também estavam na mira da tarifas chinesas, que anunciaram que reforçariam as inspeções desses
produtos.

Trump diz que conversa com Coreia do Norte foi positiva

Representante norte-coreano, Kim Yong Chol, se encontrou com Secretário de Estado dos EUA,
Mike Pompeo, em Nova York

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06/06/2018

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou nesta quinta-feira (31) que as
negociações com a Coreia do Norte, em Nova York, foram muito positivas. Ele disse
aguardar que a delegação de Pyongyang viaje a Washington, na sexta-feira (1º), para lhe
entregar uma carta do líder Kim Jong-un.
Na quarta-feira (30), Kim Yong-chol, alto funcionário da Coreia do Norte, encontrou em
Nova York com o chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, para preparar a cúpula
entre os dois países, que estava prevista para acontecer em 12 de junho, em Singapura.
Na semana passada, o presidente americano anunciou o cancelamento do encontro
alegando que o governo norte-coreano tinha demonstrado "enorme raiva e hostilidade
aberta" em suas últimas declarações públicas, embora não tenha rompido o diálogo.
O general Kim Jong Chol é vice-presidente do comitê central do Partido dos Trabalhadores
da Coreia do Norte e que 2009 a 2013 esteve à frente do serviço de espionagem do país.

Desnuclearização
Washington exige de Pyongyang uma "desnuclearização completa, verificável e
irreversível" antes de qualquer suspensão das pesadas sanções internacionais que
afetam a Coreia do Norte em represália por seus programas nuclear e balístico.
Mas Pyongyang nunca aceitou pagar esse preço, considerando seu arsenal uma
garantia da sobrevivência do regime.

Rússia
Com a intensificação das atividades diplomáticas entre Coreia do Norte e EUA dos
últimos dias, Kim recebeu, em Pyongyang, a visita do chefe da diplomacia russa,
Serguei Lavrov, que o convidou para visitar o seu país. Kim nunca viajou à Rússia. O
seu pai, Kim Jong Il, visitou o país em 2011 e 2012.

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06/06/2018

Entenda o acordo nuclear com o Irã e a saída dos EUA


O presidente americano Donald Trump anunciou, na tarde desta terça-feira (8), a retirada dos Estados Unidos do
acordo nuclear com o Irã, com a consequente retomada das sanções contra Teerã.

Quando começou?
O chamado Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês) foi assinado em Viena, no dia
14 de julho de 2015, depois de 12 anos de crise e 21 meses de intensas negociações, entre o Irã e os
cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU (Estados Unidos, China, Rússia,
França e Reino Unido) mais a Alemanha (o grupo chamado de P5 +1).
O acordo foi implementado em janeiro de 2016, depois que a Agência Internacional de Energia
Atômica (IAEA, na sigla em inglês) certificou que o Irã cumpriu seus deveres principais.
O que prevê?
No acordo, o Irã se comprometeu a limitar suas atividades nucleares em troca do alívio em sanções
internacionais. Entre as metas assumidas por Teerã estão a redução do estoque de urânio
enriquecido do país — material usado para produzir combustível para reatores e armas nucleares —
durante 15 anos, a limitação, no período de 10 anos, do número de centrífugas para enriquecer a
substância e a modificação de um reator de água pesada, de modo que não seja capaz de produzir
plutônio — substituto para o urânio usado em bombas.
O objetivo era impedir que o Irã fabricasse uma bomba atômica, garantindo ao país, que nega
qualquer fim militar em seu programa, o direito de desenvolver atividade nuclear civil.

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06/06/2018

Por que Donald Trump se retirou?


O presidente dos EUA vinha criticando o texto, articulado pelo antecessor Barack
Obama, desde sua campanha à Presidência, em 2016. O republicano recusou-se
duas vezes a certificar ao Congresso que o Irã estava cumprindo sua parte no
acordo.
Em janeiro, lançou ultimato aos europeus, dando-lhes até 12 de maio para
"endurecer" as condições do compromisso. França, Reino Unido e Alemanha
assumiram as negociações com os diplomatas americanos para buscar possíveis
soluções.
Dentre os pontos que Trump criticava estava o período limitado de restrição às
atividades nucleares do Irã, a suposta incapacidade do documento de deter o
desenvolvimento de mísseis balísticos, e, por fim, a liberação de US$ 100 bilhões
(cerca de R$ 355 bilhões) de ativos internacionais do país que estaria sendo usada
como "um fundo para armas, terror e opressão" no Oriente Médio.

Quais as consequências?
Com a saída dos EUA do acordo, Trump reinstalou sanções econômicas ao Irã "em seu mais alto nível", e disse
que não será cúmplice "de um regime que pede ‘morte à América’". Ainda não se sabe quais medidas
exatamente serão tomadas.
Quando o acordo entrou em vigor, a União Europeia, por exemplo, voltou a comprar petróleo do Irã, e os EUA
descongelaram ativos iranianos em bancos. Montadoras de automóveis anunciaram fábricas e investimentos
no Irã, e aeronaves passaram a ser vendidas ao país para substituir a caquética frota da aviação local. Há
possibilidade de retrocesso nesses avanços.
É o fim do acordo?
Em teoria, não. Há outros países europeus que fazem parte e a aliança poderia sobreviver se o Irã e os outros
signatários continuassem honrando seus compromissos. O chanceler iraniano, Mohammad Javad Zarif, disse
que a volta das sanções americanas seria "basicamente o fim do acordo" e que seria "muito provável" que o Irã
também o abandonasse.
O que pode acontecer agora?
Líderes dos outros seis países que integram o pacto devem reiterar sua permanência e traçar novas estratégias
para lidar com a ameaça nuclear iraniana. Até mesmo Trump afirmou estar "pronto e aberto" às tratativas para
um novo acordo. Mas o principal temor é de que o regime de Hassan Rouhani retome seu programa nuclear e
que haja retaliações por parte de outras nações, como Israel, o que pode provocar nova guerra na região.

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06/06/2018

Confrontos em Gaza deixam mais de 50 mortos no dia


em que EUA inauguram embaixada em Jerusalém

Os Estados Unidos inauguraram sua embaixada em Jerusalém nesta segunda-feira (14), dia em que
o Estado de Israel completa 70 anos e em que confrontos na fronteira com a Faixa de Gaza deixaram
dezenas de mortos.
Os palestinos protestam na fronteira desde o dia 30 de março, na chamada Grande Marcha do
Retorno, que evoca o direito dos palestinos de voltarem para os locais de onde foram removidos
após a criação do Estado de Israel, em 1948. Nesta segunda, ainda protestam contra a inauguração
da representação diplomática dos EUA em Jerusalém.
Até as 19h30, pela hora de Brasília, havia 58 mortos, segundo autoridades palestinas. O Ministério
da Saúde palestino informou ao jornal "Haaretz" que há mais de 2200 feridos. De acordo com o
embaixador palestino na ONU, entre os mortos há 8 crianças com menos de 16 anos. O premiê
israelense Benjamin Netanyahu defendeu o uso da força na Faixa de Gaza: “Todo país tem a
obrigação de defender o seu território. A organização terrorista Hamas proclama a sua intenção de
destruir Israel e envia com esse fim milhares de pessoas para forçar a fronteira”, disse pelo Twitter
reiterando que Israel segue atuando “com determinação” para impedir isso.
A Casa Branca também culpou o Hamas pela violência e afirmou que Israel tem o direito de se
defender

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06/06/2018

Houve ainda protestos do lado de fora do prédio em que passa a funcionar a embaixada americana.
A polícia tentou conter e afastar os manifestantes, e 14 pessoas foram detidas.
A cerimônia de abertura foi conduzida pelo embaixador americano em Israel, David Friedman.
Em uma mensagem gravada em vídeo, o presidente Donald Trump disse que era necessário "admitir
o óbvio": que a capital de Israel é Jesusalém. Também afirmou que os EUA estão comprometidos
com a paz na região.
"Os EUA continuam totalmente comprometidos em facilitar um acordo de paz duradouro. Os EUA
sempre serão um grande amigo de Israel e um parceiro na causa da liberdade e da paz", disse
Trump.
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, disse que estava "profundamente emocionado e
profundamente grato".
"Este é um momento histórico. Presidente Trump, ao reconhecer o que pertence à história, você fez
história", disse Netanyahu.
Entre as personalidades israelenses também estavam presentes o presidente de Israel, Reuven
Rivlin, e o prefeito de Jerusalém, Nir Barkat. Entre a delegação americana, Ivanka Trump e Jared
Kushner, filha e genro e conselheiros do presidente americano, e Steven Mnuchin, secretário de
Tesouro dos EUA.

A nova embaixada está no bairro de Arnona, em Jerusalém Ocidental, num prédio construído
em 2010. Parte do terreno era considerada, até a Guerra dos Seis Dias (1967), terra de
ninguém.
Em uma primeira fase, a embaixada ficará dentro da seção de vistos do consulado-geral dos
EUA em Jerusalém. O imóvel sofreu adaptações para receber o embaixador David Friedman e
sua equipe. Em até um ano, um novo anexo será construído para ampliar o espaço da
embaixada. O objetivo é construir uma sede própria para a representação diplomática em até
dez anos.
Confrontos em Gaza
Na fronteira com a Faixa de Gaza, milhares de palestinos se reuniram em diversos pontos e
pequenos grupos se aproximaram da cerca de segurança vigiada por soldados israelenses. Os
grupos tentaram avançar contra a barreira e lançaram pedras na direção dos soldados, que
responderam com tiros.
Após os confrontos, o Exército de Israel anunciou que lançou bombardeios contra alvos do
Hamas, o movimento islâmico palestino que governa a Faixa de Gaza. "Os aviões atacaram os
postos militares do Hamas perto de Jabalia, depois que as tropas receberam disparos vindos do
norte da Faixa. Nenhum soldado ficou ferido", indicou o exército em comunicado.

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06/06/2018

Ataque de Israel em resposta a mísseis iranianos deixou mais de


20 mortos na Síria

O ataque promovido por Israel na madrugada desta quinta-feira (10) contra alvos iranianos na Síria
deixou 23 mortos, segundo informa o Observatório Sírio de Direitos Humanos (OSDH), ONG que
monitora o conflito na Síria.
Israel lançou os mísseis como resposta a disparos de foguetes iranianos contra o lado da Colina de
Golã que é ocupado por Israel. Golã é um território sírio que Israel ocupou na Guerra dos Seis Dias
de 1967 e anexou mais tarde em uma decisão não reconhecida pela comunidade internacional.
A tensão entre Israel e Irã aumentou desde que o presidente americano Donald Trump anunciou
a saída dos EUA do acordo nuclear assinado com o Irã e potências ocidentais em 2015. Israel, que é
o principal aliado dos EUA no Oriente Médio, apoiou a decisão de Trump e já disse que não deixaria
o Irã se estabelecer na guerra da Síria. O Irã tem ajudado o presidente sírio, com centenas de
soldados e algumas bases militares, a derrotar uma rebelião de mais de sete anos.
No ataque desta madrugada, o Exército israelense usou 28 aviões e disparou 70 mísseis contra
infraestruturas iranianas na Síria, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia, aliada da Síria. A
metade dos mísseis foi destruída pelo sistema de Defesa antiaéreo, ainda segundo a Rússia.
"Vinte e oito aviões israelenses F-15 e F-16 participaram dos bombardeios e dispararam 60 mísseis
do tipo ar-terra contra várias regiões sírias", segundo o ministério em comunicado citado por
agências de notícias russas. Outros 10 mísseis terra-terra foram disparados a partir de Israel,
acrescenta a nota.

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06/06/2018

Israel afirma que atingiu quase toda a infraestrutura do Irã na Síria. Segundo a imprensa israelense,
este foi o maior ataque de Israel contra a Síria desde 1974. O presidente do Parlamento, Yuli
Edelstein, disse nesta quinta que Israel enviou "uma mensagem clara aos seus inimigos e ao Irã".
Segundo o OSDH, entre os mortos há 5 integrantes das forças regulares da Síria e 18 efetivos sírios e
estrangeiros.
O governo iraniano ainda não se pronunciou sobre o caso.
Ataque atribuído ao Irã
No ataque atribuído ao Irã por Israel, o Exército israelense diz que foram disparados 20 mísseis, mas
que nenhum caiu no território israelense - 4 foram interceptados e 16 falharam. Israel atribui a
responsabilidade do ataque, que tinha como alvo bases militares, ao comandante Qassem
Soleimani, da Guardas Revolucionárias do Irã.
Segundo o jornal israelense "Haaretz", essa foi a primeira vez em que Israel acusou diretamente o
Irã de disparar contra o seu território.
Na noite de terça (8), um bombardeio noturno atribuído a Israel em uma área próxima a Damasco,
na Síria, matou 15 combatentes estrangeiros leais ao regime sírio, incluindo 8 iranianos, de acordo
com o OSDH.

Grupo separatista ETA anuncia oficialmente 'fim da sua


trajetória'

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06/06/2018

A organização separatista basca ETA anunciou nesta quinta-feira (3) em comunicado o "final da sua
trajetória e o desmantelamento total do conjunto das suas estruturas", depois de mais de meio século de
ações armadas nas quais causou mais de 850 mortos.
"ETA desmantelou totalmente o conjunto de suas estruturas. ETA dá por encerrada toda sua atividade
política", afirma a "declaração final", com data de 3 de maio e assinada com o símbolo do grupo, uma
serpente enroscada em um machado.
O anúncio é feito depois que no dia 20 de abril o grupo fez uma declaração inédita pedindo perdão às
vítimas pelos "graves danos" provocados por sua luta armada pela independência do País Basco, na
Espanha. Na ocasião, políticos e vítimas ficaram indignadas com a mensagem que segundo eles dava a
entender que os assassinatos de policiais e militares eram legítimos.
Rajoy: 'nenhum resquício para impunidade'
Mais cedo nesta quinta, o chefe do governo espanhol espanhol Mariano Rajoy advertiu o ETA de que não
deve esperar impunidade por sua dissolução. "Faça o que fizer, o ETA não vai encontrar nenhum resquício
para a impunidade de seus crimes", afirmou Rajoy, que rejeitou qualquer diálogo com o grupo desde que
chegou ao poder em 2011.
"Não conseguiu nada quando deixou de matar porque sua capacidade operacional foi liquidada pelas
forças de segurança e tampouco vai conseguir nada agora com novas operações de propaganda",
completou Rajoy, em um evento em Logroño (norte), perto do País Basco.

Histórico
O grupo Euskadi Ta Askatasuna (País Basco e Liberdade) foi criado e, 1959 durante a ditadura de
Francisco Franco, acusado de reprimir a cultura basca. Mas, depois da morte do ditador, o grupo
intensificou suas ações, gerando uma espiral de ódio que também teve a participação de grupos de
extrema-direita e associações parapoliciais como os GAL, criados nos anos 1980.
Considerado um grupo terrorista pela União Europeia, o ETA matou - em atentados com bomba, ou
tiros na nuca - políticos, policiais, militares, juristas e civis. O grupo também recorreu a sequestros e
extorsões.
Após tentativas frustradas de negociação e da condenação cada vez maior da sociedade basca à
violência, o ETA anunciou o fim da luta armada em 2011.
O ETA possui quase 300 membros detidos na Espanha, França e Portugal, entre 85 e 100 foragidos e
uma dezena de pessoas expulsas pela França, sem documentos. O grupo deseja a transferência dos
detidos para prisões mais próximas do País Basco e espera obter uma alteração da política
penitenciária com sua dissolução.
Após 40 anos de atentados, as feridas continuam abertas. Em San Sebastián (norte), uma das
cidades mais afetadas pelo ETA, as organizações de vítimas exigem que a organização assuma seus
crimes e ajude a esclarecer os 358 assassinatos não elucidados.

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06/06/2018

Giuseppe Conte é designado primeiro-ministro da Itália

O presidente da Itália, Sergio Mattarella, nomeou nesta quinta-feira (31)


novamente o jurista Giuseppe Conte como primeiro-ministro - ele entra no lugar de
Carlo Cottarelli, que ocupava o cargo interinamente. A escolha foi um pedido do
Movimento 5 Estrelas (M5E, antissistema) e da Liga (extrema-direita).
O professor Conte, sem experiência política, apresentou a lista de seus ministros,
que prestarão juramento nesta sexta-feira (1º), segundo o secretário-geral da
presidência, Ugo Zampetti.
Governo de coalizão
Mais cedo, os líderes do 5 Estrelas e da Liga, Luigi di Maio e Matteo Salvini,
anunciaram que concluíram um novo acordo para a formação de um governo de
coalizão no país.
"Compromisso, coerência, escuta, trabalho, paciência, bom senso, cabeça e
coração para o bem dos italianos. Talvez finalmente cheguemos lá, depois de tantos
obstáculos, ataques, ameaças e mentiras", adicionou Salvini no Facebook.

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06/06/2018

Disputa de poder
Desde as eleições de março, há uma disputa de poder entre populistas eurocéticos,
que venceram a votação, e políticos pró-União Europeia.
Depois de semanas de negociação para conseguir formar uma coalizão populista, o
presidente Sergio Mattarella vetou a escolha de Paolo Savona como ministro da
Economia. De acordo com ele, a decisão foi tomada porque Savona tiraria o país da
zona do euro. Diante do veto, houve uma onda de indignação na Itália.
O presidente indicou então, como primeiro-ministro interino, Carlo Cottarelli, ex-
diretor do Fundo Monetário Internacional (FMI). Confiou a ele a função de formar
um novo governo e levar estabilidade ao turbulento panorama político e
constitucional do país.
Cottarelli anunciou que dirigiria um governo "neutro" que garanta a organização de
novas eleições "no mais tardar no início de 2019".
De acordo com a agência France Presse, seria muito improvável que Cottarelli
obtivesse a confiança do Parlamento, dominado por membros do Movimento 5
Estrelas e pela Liga, que são contra tudo o que ele representa.

Colômbia é aceita na OCDE e se torna 37º país membro

O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, em Budapeste

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06/06/2018

A Colômbia foi aceita como novo integrante da OCDE (Organização para a Cooperação e o
Desenvolvimento Econômico), segundo anunciado pelo conselho deste organismo nesta sexta feira
(25), em Paris.
Tratava-se de uma das principais metas do presidente Juan Manuel Santos, alcançada a poucos
meses de deixar o cargo, em agosto. O grupo reúne os países com as melhores práticas econômicas
no mundo, e passa agora a ter 37 integrantes. Os dois únicos latino-americanos até agora eram o
Chile e o México.
A entrada da Colômbia na OCDE teve de passar por 23 comitês, onde foram avaliados temas como
tributos, direitos a trabalhadores, pensões, legislação sobre propriedade intelectual e outros itens.
Em comunicado divulgado pela manhã, Santos afirmou: “É uma grande notícia para nosso país. É a
organização mais importante que promove as melhores políticas públicas no mundo. É um passo
importantíssimo no empenho de modernizar nosso país. Nos comparamos com os melhores para
sermos os melhores. Isso abrirá enormes possibilidades para avançar em saúde, educação, luta
contra a corrupção e proteção ao ambiente. Foram sete anos e meio de trabalho intenso e agradeço
a todos os que trabalharam para que isso se tornasse uma realidade.”
A três dias da eleição presidencial que escolherá seu sucessor, Santos ainda tenta reverter os baixos
níveis de popularidade, ao redor de 20% de sua gestão, apesar de ter alcançado, entre outras coisas,
a paz com as (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), o Nobel da Paz e agora, a entrada na
OCDE

Colômbia é aceita na Otan e se torna o 1º país da América


Latina na aliança
Sylvia Colombo Pouco depois de anunciar que a Colômbia havia conseguido sua vaga na OCDE, o
presidente Juan Manuel Santos celebrou outro ingresso de seu país num organismo internacional, a
OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte). O país entrará como “sócio global”, por uma questão
geográfica.
Trata-se do único país latino-americano a integrar esse grupo.
“A formalização de nossa entrada na OTAN ocorrerá na semana que vem, em Bruxelas, seremos o único
país da região com esse privilégio. Ser parte tanto da OCDE como da OTAN melhora a imagem da
Colômbia e nos permite ter muito mais espaço para negociar e debater no cenário internacional.
Desde 2013, a Colômbia vinha trabalhando com esse objetivo, ao assinar um acordo de cooperação com
essa organização. A cerimônia de formalização será no dia 31 de maio, junto ao secretário-geral da
entidade, o ex-primeiro ministro norueguês Jens Stoltenberg.
Na noite deste sábado (26), Santos voltou a fazer um pronunciamento, dizendo que as eleições
presidenciais que se realizam neste domingo (27) “serão sem dúvida as mais tranquilas, mais seguras e
mais transparentes na história da Colômbia. Desde março, quando votamos por nosso novo Congresso,
viemos completando um ciclo, que são o da nossa nova democracia, em tempos de paz, depois do acordo
de paz com as Farc.”

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06/06/2018

Duque e Petro vão a segundo turno de eleições


presidenciais na Colômbia

O candidato da direita, Iván Duque, e o ex-guerrilheiro Gustavo Petro irão ao segundo turno
das eleições à presidência da Colômbia no próximo dia 17 de junho. Com 100% dos votos
apurados, 19,6 milhões de pessoas compareceram às urnas neste domingo (27).
Segundo o Registro Nacional, entidade organizadora das eleições, o senador Duque recebeu
7.569.693 votos (39,14%), enquanto Petro, ex-prefeito de Bogotá e ex-guerrilheiro da
dissolvida guerrilha M-19, teve 4.851.254 (25,08%).
O esquerdista Petro disputou voto a voto com Sergio Fajardo, da Coalizão Colômbia, de centro-
esquerda, que recebeu 4.589.696 votos (23,73%). A disputa entre Petro e Fajardo foi acirrada
desde o começo da apuração.
No quarto lugar, ficou o ex-vice-presidente Germán Vargas Lleras, do movimento de direita
Melhores Vargas Lleras, com 1.407.840 votos (7,28%), seguido, em quinto, pelo ex-chefe
negociador do governo com as Farc, Humberto de la Calle, do Partido Liberal, com 399.180
(2,06%).
Na sexta posição ficou o pastor evangélico Jorge Trujillo, do movimento Todos Somos
Colômbia, com 75.614 votos (0,39%). Os resultados confirmam a previsões de todas as
pesquisas de intenções de voto divulgadas nos três últimos meses.

19
06/06/2018

Bom desempenho da esquerda


Essa foi a primeira vez na história moderna do conservador país sul-americano que um
candidato de esquerda chega ao segundo turno de uma eleição presidencial, uma
perspectiva que tem assustado investidores da quarta maior economia da América Latina
nas últimas semanas.
Apesar do bom desempenho (nunca antes da esquerda obteve quase 4,9 milhões de votos,
quase o dobro de seu melhor resultado, em 2006), Petro terá que se esforçar muito para
superar o rival. Para o segundo turno, terá que enfrentar uma coalizão de forças
conservadoras e de direita, que temem um governo de orientação chavista, contrário à
propriedade privada.
Entretanto, a promessa de Duque de revisar o acordo de paz de 2016 com as Forças
Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) retirando a imunidade concedida a
condenados por crimes tem preocupado muitos colombianos, desgastados após cinco
décadas de conflito que mataram mais de 200 mil pessoas.
O fim de meio século de conflito com os rebeldes marxistas pôs sobre a mesa
preocupações como a corrupção, a desaceleração econômica, o serviço de saúde e o
retorno do tráfico, que castiga as fronteiras com a Venezuela e o Equador.

Maduro vence eleição na Venezuela marcada por denúncias de fraude,


boicote da oposição e alta abstenção

20
06/06/2018

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, foi reeleito para mais 6 anos de mandato após
as eleições deste domingo (20), que tiveram horário ampliado, denúncias de fraude,
tentativa de boicote da oposição, abstenção de 54% e falta de reconhecimento por grande
parte da comunidade internacional.
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral, Nicolás Maduro venceu com 67,7% dos votos
válidos, aos 92,6% das urnas apuradas. O chavista obteve 5.823.728 votos. A presidente do
Conselho Nacional Eleitoral, Tibisay Lucena, anunciou que a votação teve a participação de
46% do eleitorado e um total de 8,6 milhões de votos.
Em segundo lugar, ficou o candidato opositor Henri Falcón, com 1.820.552 de votos (21%).
Pouco antes do anúncio dos resultados da eleição, Falcón declarou que não reconheceria o
processo eleitoral deste domingo e exigiu a convocação de novas eleições.
O pastor evangélico Javier Bertucci obteve 925.042 votos (11%), e ficou em terceiro lugar.
Bertucci também contestou a votação e afirmou que fez um balanço da presença do que
chamou de "manchas vermelhas" perto das seções eleitorais "que poderiam ter
influenciado os resultados".
O outro candidato, Reinaldo Quijada, obteve 34.614 votos (0,4%).

Eleições em meio à crise


Desde 2013, quando Maduro assumiu o governo, a Venezuela sofreu ondas de protestos violentos, que
deixaram cerca de 200 mortos, e uma derrocada socioeconômica.
O cenário de apagões, falta de comida, remédios, transporte e água e hiperinflação, com um salário mínimo
que permite a compra de um quilo de leite em pó, provocou uma emigração em massa nos últimos quatro
anos.
Boicote da oposição
A coalizão opositora Mesa da Unidade Democrática (MUD) se recusou a participar do pleito por considerar o
processo uma "fraude" para perpetuar Maduro no poder. Mas o ex-chavista Henri Falcón ignorou a
determinação e foi o principal rival do presidente nas urnas.
Os dois maiores rivais de oposição já estavam impedidos de concorrer: Leopoldo Lopez está em prisão
domiciliar e Henrique Capriles está impedido de se candidatar a qualquer cargo por um período de 15 anos.
Abstenções
Cerca de 20,5 milhões de eleitores estavam registrados para votar, mas o comparecimento foi de 46% do
eleitorado e um total de 8,6 milhões de votos.
Foi uma das porcentagens de participação mais baixa da história venezuelana. Na última eleição presidencial,
em 2013, o comparecimento às urnas havia chegado a 80%.
No fim do dia, Maduro ainda ordenou ao partido do governo que fornecesse meios de transporte para sua
militância para se deslocar às urnas, após relatos sobre baixa participação. O voto não é obrigatório no país.

21
06/06/2018

Votação nos acréscimos


As cerca de 14,5 mil urnas deveriam ser fechadas oficialmente às 18h (19h de Brasília), mas diversos
colégios eleitorais continuaram abertos por horas depois do prazo.
Maduro havia indicado mais cedo que os locais de votação continuariam a atender as pessoas que
estavam na fila, para "garantir o direito" ao sufrágio, mas colégios sem filas também seguiram
abertos aguardando um sinal de Caracas.
Denúncias de fraude
Agências internacionais e membros da oposição apontaram irregularidades nos chamados "pontos
vermelhos", barracas instaladas pelo partido de Maduro, com objetivo de checar quem votou por
meio do "carnê da pátria". O cartão é usado para ter acesso aos programas sociais do governo.
Durante a campanha, Maduro chegou a prometer "prêmios" para quem participar da eleição. Não
há informação oficial, mas testemunhas afirmaram que o prêmio seria de 10 milhões de bolívares,
ou cerca de US$ 13 no mercado paralelo.
Desconfiança internacional
Estados Unidos, Canadá, União Europeia (UE) e vários países latino-americanos afirmam que a
eleição não é justa, nem transparente, e acusam Maduro de sufocar a democracia.

Argentina pede ajuda ao FMI

22
06/06/2018

Após a elevação dos juros em 40% na semana passada, a Argentina volta a pedir ajuda ao Fundo
Monetário Internacional (FMI). Em pronunciamento de três minutos nesta terça-feira, o presidente
da Argentina, Mauricio Macri, anunciou que começou negociações com o Fundo Monetário
Internacional (FMI) para a liberação de um empréstimo. O país, que desde 2006 não tinha
financiamentos com o Fundo, está em meio à uma turbulência financeira que provocou uma forte
desvalorização da moeda .
Macri afirmou que tinha conversado com a diretora-geral do FMI, a francesa Christine Lagarde, mas
não revelou o montante de recursos pedido pelo país. O jornal "Clarín" e a agência de notícias
"Bloomberg" afirmam que o volume é de pelo menos US$ 30 bilhões.
— Há minutos conversei com Christine Lagarde, diretora do FMI, que nos confirmou que vamos
começar hoje mesmo a trabalhar em um acordo. Isso vai nos permitir avançar neste plano de
crescimento e desenvolvimento, para nos dar respaldo para enfrentar esse cenário global e evitar a
crise que estamos tendo — disse.
— Esse política depende muito do financiamento externo. Durante os primeiros anos contamos com
um contexto mundial muito favorável, mas isso hoje está mudando — explicou o presidente.

Dependência de financiamento externo


Macri destacou que "as condições mundiais estão cada dia mais complexas", por fatores
como alta de taxa de juros, preço do petróleo, desvalorização da moeda.
— O problema é que somos dos países do mundo que mais dependem de financiamento
externo, resultado do enorme gasto público que herdamos - disse o presidente, fazendo
referência aos governos anteriores.
Corrida ao dólar derruba peso
A Argentina tem vivido nos últimos dias uma corrida ao dólar que derrubou o peso
argentino: a desvalorização chega a quase 15% desde o início do ano. O mercado
financeiro, que vinha aplaudindo o mandato de Macri, agora tem dúvidas sobre a
capacidade da economia argentina, ainda altamente dependente de financiamento
externo.
A tensão da moeda aumentou na semana passada, a partir da alta das taxas de bônus do
Tesouro nos Estados Unidos - que provocou a desvalorização das moedas da região.

23
06/06/2018

Manifestações contra Emmanuel Macron reúnem


milhares de pessoas na França

Mais de 60 partidos de esquerda, associações e sindicatos foram às ruas em várias cidades da


França, neste sábado (26), reunindo cerca de 250 mil pessoas, segundo o sindicato CGT. As
manifestações eram em oposição à política do presidente Emmanuel Macron, há um ano no poder.
Os organizadores esperavam reunir dezenas de milhares de pessoas em Paris e em outras cidades
para expressar sua insatisfação com as reformas do governo francês em diversos âmbitos (direito
trabalhista, funcionalismo público, transporte ferroviário, universidades...) em detrimento, segundo
eles, de determinados segmentos da população.
A mobilização não parece preocupar muito o chefe de Estado que, de São Petersburgo, declarou na
sexta-feira (25) que "isso não o deteria".
"Ouvir as pessoas não significa ser o indeciso da opinião pública. Então, assumo o fato de não
presidir em função das pesquisas, ou das manifestações, porque é algo que já passou da conta",
avisou.
'Presentes para os muito ricos'
"Dão-se presentes para os muito ricos, convida-se para o Eliseu (o Palácio presidencial) diretores-
executivos de empresas que não pagam seus impostos e, em paralelo, congelam os salários dos
funcionários, aplica-se o CSG (imposto para financiar parte da proteção social) aos aposentados",
denunciou neste sábado (26) Philippe Martinez, secretário-geral do poderoso sindicato CGT, que
participa do movimento de protesto.

24
06/06/2018

O desfile de 1º de maio em Paris deixou danos materiais significativos, e houve


confrontos com a Polícia, atribuídos - de acordo com o governo - aos cerca de 1.200
manifestantes violentos de extrema esquerda.
Quatro dias depois, outra manifestação contra as políticas de Macron reuniu entre
40 mil e 160 mil pessoas, segundo as diferentes fontes, e terminou com poucos
incidentes.
Em 22 de maio, cerca de 139 mil pessoas, de acordo com o Ministério do Interior,
foram às ruas de inúmeras cidades francesas em um protesto convocado pelos
sindicatos de funcionários. Nesse dia, creches e escolas não funcionaram.
O governo francês também enfrenta, desde o início de abril, uma mobilização
contra uma reforma da companhia nacional de ferrovias, a SNCF, que já registrou
vários dias de greve.

Irlandeses votam por legalizar o aborto em referendo


histórico

25
06/06/2018

A Irlanda decidiu derrubar uma das leis mais restritivas ao aborto do mundo, em
um referendo histórico em um país de maioria católica.
O percentual de votos pela legalização do procedimento surpreendeu: o "sim"
totalizou mais de 66% dos votos, com comparecimento de cerca de 64%. Antes da
votação nesta sexta (25), pesquisas indicavam que o “sim” poderia vencer por
pequena margem, mas havia dúvidas quanto a precisão das sondagens.
O primeiro-ministro irlandês, Leo Varadkar, disse que o resultado mostrava uma
"revolução silenciosa". "O povo falou. As pessoas decidiram que queremos uma
constituição moderna para um país moderno, que confiamos nas mulheres e que
as respeitamos o suficiente para tomar a decisão certa sobre sua saúde", disse o
líder, que fez campanha pela legalização do aborto.
A Constituição irlandesa, de 1983, bania o procedimento e obrigava as autoridades
a considerar a vida da mãe e a vida do feto com o mesmo peso sob a lei. As penas
para quem fizesse aborto chegavam a 14 anos de prisão.

Uma das razões pelas quais a Irlanda tinha leis tão restritivas é a influência
da Igreja Católica, que, no entanto, tem se diluído nas últimas décadas. O
país aprovou, em referendo realizado em 2015, o casamento homossexual;
em 2017, Varadkar se tornou o primeiro premiê abertamente gay do país.
O primeiro-ministro disse que seu governo vai elaborar o projeto de lei para
liberar o aborto e submetê-lo ao Parlamento nos próximos meses. O
procedimento deve ser legalizado nas 12 primeiras semanas de gravidez.
Grupos a favor da liberação do aborto comemoraram o resultado, que vem
depois de mais de 30 anos de campanha. "É um dia monumental para as
mulheres da Irlanda", disse Orla O'Connor, do grupo Together for Yes. Já a
vice-presidente de um dos maiores grupos antiaborto do país, Cora Sherlock,
disse que era "um dia triste para a Irlanda".

26
06/06/2018

Cientista David Goodall, de 104 anos, morre na Suíça


após suicídio assistido

O cientista australiano David Goodall, de 104 anos, morreu na manhã desta quinta-feira
(10) na Suíça após sair de seu país para uma clínica de suicídio assistido. No início do mês,
o pesquisador virou notícia porque queria acabar com sua própria vida. Goodall não sofria
de nenhuma doença terminal, mas afirmava que sua qualidade de vida havia piorado
muito com o passar do tempo.
A morte foi confirmada pela clínica Exit International, instituição que ajuda pacientes a
morrer na Suíça, onde o suicídio assistido é legal. Uma nota da empresa informa que o
pesquisador escolheu uma injeção letal para morrer e caiu no sono segundos depois. O
cientista estava acompanhado de netos, familiares e médicos.
Goodall escolheu a 9ª sinfonia de Beethoven para acompanhar sua morte, informa a
clínica. Segundo o médico Philip Nitschke, que acompanhou o processo, ele morreu tão
logo a música acabou.
O cientista doou o seu corpo à medicina. Ele também pediu para que não tivesse enterro,
nem qualquer tipo de cerimonial. Segundo a Exit International, Goodall não acredita em
nenhum tipo de continuação de vida após a morte.

27
06/06/2018

Cientista queria morrer


O pesquisador fez desse momento da vida uma bandeira para lutar em favor de
práticas de suicício assistido. Ele divulgou amplamente a sua vontade para a
imprensa.
O suicídio assistido, ou eutanásia, é ilegal na maioria dos países do mundo. Era
totalmente proibido na Austrália, mas no ano passado foi legalizado no estado de
Victoria, informa a agência France Presse.
A legislação, no entanto, contempla apenas pacientes com doenças em fase
terminal -- o que não é o caso de Goodall.

Putin inaugura ponte que liga Rússia e Crimeia

28
06/06/2018

O presidente russo, Vladimir Putin, inaugurou nesta terça-feira (15) uma ponte estratégica
que liga a Crimeia à Rússia, com o objetivo de reduzir o isolamento da península que
Moscou anexou em 2014.
Com 19 quilômetros, a "Ponte da Crimeia" atravessa o estreito de Kertch, entre o mar de
Azov e o mar Negro, e une a península de Kertch, na Crimeia, a de Taman, no sul da Rússia.
Moscou atribuiu o contrato da obra, iniciada em fevereiro de 2016, à empresa do bilionário
Arkadi Rotenberg, colega de judô do presidente russo.
De acordo com um decreto do governo, a Stroigazmontaj tinha que entregar a ponte até
dezembro de 2018, com um cisto máximo de 228,3 bilhões de rublos (2,9 bilhões de euros
da época).
Mas, durante uma visita em março, poucos dias antes de sua reeleição, Putin exigiu a
conclusão da obra em maio "para que a população aproveitasse durante o verão".
A Crimeia é um destino de férias muito popular entre os russos e os turistas do país
representam uma das principais fontes de recursos da península, muito apreciada por suas
praias e montanhas próximas ao mar Negro.

Academia Sueca decide não entregar o Prêmio


Nobel de Literatura deste ano

29
06/06/2018

A Academia Sueca anunciou nesta sexta-feira (4) que este ano não será concedido o
Prêmio Nobel de Literatura e que a decisão foi adiada para 2019. A instituição enfrenta
uma crise desencadeada pela relação deste prêmio com um indivíduo acusado de
agressões sexuais.
A decisão foi tomada durante uma reunião semanal em Estocolmo, baseado na crença de
que a Academia não está em posição de escolher um vencedor após a onda de escândalos
sobre assédios sexuais e crimes financeiros que atingiu a instituição.
O Nobel de Literatura já deixou de ser concedido em várias ocasiões, da mesma forma que
os outros, durante as guerras mundiais do século passado, mas nunca por outros motivos.
Acusações
Em novembro passado, 18 mulheres acusaram o dramaturgo Jean-Claude Arnault, uma
conhecida personalidade da cultura francesa, marido de uma de seus membros e com
quem a prestigiosa instituição tinha vínculos estreitos, de violência e/ou assédio sexual.
O acusado dirige um centro de exposições na capital, em parte financiado pela Academia,
que organiza ali as leituras dos premiados.

Renúncias
Diante das circunstâncias, sete de um total de 18 membros renunciaram, incluindo
a secretária permanente, Sara Danius e a mulher do acusado, Katarina Frostenson.
As renúncias são simbólicas e só se traduzem em não participar de votações e
atividades, já que a filiação à instituição é vitalícia e só se elegem novos membros
quando morre algum deles.
O rei da Suécia, Carlos XVI Gustavo, que é o principal responsável da Academia
fundada em 1786, concordou em modificar os estatutos para permitir que os
membros renunciem e sejam substituídos, assegurando assim a sobrevivência
desta instituição.
Este escândalo provocou especulações nos meios de comunicação sobre o destino
do prêmio de Literatura, que foi entregue no ano passado ao autor britânico-
japonês Kazuo Ishiguro, e em 2016 ao cantor e compositor americano Bob Dylan.

30
06/06/2018

Bill Cosby e Roman Polanski são expulsos de


instituição organizadora do Oscar

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, instituição responsável


pelo Oscar, anunciou nesta quinta-feira (3) a expulsão de Bill Cosby e Roman
Polanski de seu quadro de membros.
O ator e o cineasta foram julgados culpados em casos de estupros distintos
ao longo dos anos.
"O Conselho continua a encorajar padrões éticos que exigem que membros
mantenham os valores da Academia de respeito pela dignidade humana",
afirmou a instituição em nota.
Cosby foi condenado no dia 26 de abril por drogar e abusar de uma
mulher em sua casa, em 2004. Ela é apenas uma das 50 mulheres que
denunciam o comediante por agressão sexual.
Já Polanski foi considerado culpado de estupro de uma garota de 13 anos nos
Estados Unidos em 1978 e fugiu do país. Ele continua fazendo filmes na
Europa, e ganhou um Oscar em 2003 por "O pianista".

31
06/06/2018

Spotify retira músicas de R. Kelly de suas listas de


reprodução

O Spotify, principal serviço de streaming de música, anunciou nesta quinta-feira (10) que
retirará de suas listas de reprodução as músicas de R. Kelly, após um pedido do movimento
Time's Up para cortar laços com o cantor americano, acusado de abuso sexual.
A decisão representa a primeira vez em que é aplicada a nova política do Spotify, que
estipula a possibilidade de que a conduta de um artista pode provocar mudanças na forma
como a plataforma promove os seus conteúdos.
"Quando um artista ou criador faz alguma coisa que é particularmente danosa ou
condenável (por exemplo, violência contra crianças e violência sexual), isso pode afetar as
formas como trabalhamos com eles ou os apoiamos", assinalou um porta-voz do serviço
sueco de streaming.
Os usuários das versões gratuita e paga do Spotify continuarão encontrando a música de R.
Kelly no serviço. Contudo, o artista não aparecerá mais nas listas de reprodução feitas pela
plataforma, ou nas recomendações geradas pelos algoritmos.
"Não censuramos o conteúdo pela conduta de um artista ou criador, mas queremos que
nossas decisões editoriais - o que escolhemos para programar - reflitam os nossos valores",
acrescentou o porta-voz.

32
06/06/2018

R. Kelly, cujo nome de batismo é Robert Sylvester Kelly, é acusado há anos de abusar
sexualmente de mulheres jovens e menores de idade, mas nunca foi condenado.
O cantor e produtor de 51 anos, autor do hit "I Believe I Can Fly", foi acusado de
pornografia infantil em 2002, mas foi absolvido em 2008.
Segundo um relato do BuzzFeed publicado em julho, Kelly também é acusado de manter
seis mulheres em condições de virtual escravidão em suas casas de Chicago e Atlanta,
embora as alegações, que o artista nega, não tenham provocado uma acusação criminal.
Além disso, a Polícia de Dallas (Texas) abriu uma investigação em abril por indícios de que
Kelly passou a uma mulher de 19 anos uma doença sexualmente transmissível sem tê-la
prevenido de que era portador.
No fim de abril, o movimento Time's Up, criado após a enxurrada de acusações por assédio
sexual contra vários homens poderosos em diferentes âmbitos, exigiu a investigação de
todas as acusações.
O grupo também pediu aos grandes nomes da indústria musical que cortem laços com o
artista.

Harvey Weinstein se entrega à polícia de Nova York

Acusado de estupro e ato sexual criminoso, produtor foi levado algemado a tribunal de
Manhattan. Advogado diz que ele pretende se declarar inocente.

33
06/06/2018

Harvey Weinstein se entregou à polícia de Nova York na manhã desta sexta-feira


(25). O produtor de filmes como "Shakespeare apaixonado" (1998) foi acusado por
ao menos 75 mulheres de crimes sexuais.
Ele carregava três livros, incluindo o que parecia ser a biografia de Elia Kazan,
diretor de filmes como “Sindicato de ladrões” (1954) e “Uma rua chamada pecado”
(1951).
Algemado e escoltado por policiais, o produtor foi levado a um tribunal de
Manhattan. Três helicópteros acompanharam a movimentação.
Weinstein, de 66 anos, responde por duas acusações de estupro e uma acusação
de ato sexual criminoso contra duas mulheres, disseram os promotores. As vítimas
não foram identificadas.

Escândalo em Hollywood
O escândalo envolvendo o nome de Weinstein abala Hollywood desde que várias mulheres
passaram a tornar públicos casos de assédio e violência sexual envolvendo nomes
poderosos do cinema.
As primeiras acusações contra o produtor surgiram em uma reportagem de 5 de outubro,
publicada pelo "The New York Times", sobre casos de abuso contra atrizes e outras
mulheres.
Desde então, apareceram novos relatos de assédio, incluindo os feitos pelas atrizes Mira
Sorvino, Rosana Arquette, Gwyneth Paltrow, Angelina Jolie e Léa Seydoux.
O movimento deu origem à campanha Me Too, dedicada a combater crimes sexuais.
Além da polícia de Nova York, autoridades de Los Angeles e Londres abriram investigações
contra Weinstein. Ele sempre alegou que as relações sexuais foram consentidas.
Após a série de acusações, o produtor se internou em um em centro de reabilitação para
viciados em sexo, foi demitido de seu estúdio cinematográfico, Weinstein Company,
e expulso da Academia de cinema dos Estados Unidos, que organiza o Oscar.

34
06/06/2018

STF decide por unanimidade restringir foro


privilegiado de deputados e senadores
O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta quinta-feira (3) reduzir o
alcance do foro privilegiado de deputados e senadores somente para aqueles
processos sobre crimes ocorridos durante o mandato e relacionados ao
exercício do cargo parlamentar.
Com a decisão, deixarão o Supremo Tribunal Federal parte dos cerca de 540
inquéritos e ações penais em tramitação, segundo a assessoria do STF.
Caberá ao ministro-relator de cada um desses inquéritos ou ações analisar
quais deverão ser enviados à primeira instância da Justiça por não se
enquadrarem nos novos critérios. "Eu acho que cada relator [poderá decidir]
individualmente. Não vai precisar trazer mais para o plenário", explicou
o ministro Luís Roberto Barroso, relator da ação na qual se baseou a decisão
desta quinta do STF.

O foro por prerrogativa de função, o chamado "foro privilegiado", é o direito que têm
deputados e senadores – entre outras autoridades, como presidente e ministros – de
serem julgados somente pelo Supremo. Atualmente, qualquer ação penal contra esses
parlamentares, mesmo as anteriores ou as não relacionadas ao mandato, são transferidas
das instâncias judiciais em que tramitam para o STF.
Durante o julgamento, que começou em maio do ano passado, os ministros também
fixaram o momento a partir do qual uma ação contra um parlamentar em tramitação no
STF não pode mais sair da Corte: na hipótese de ele deixar o mandato numa tentativa de
escapar de uma condenação iminente, por exemplo.
Pela decisão, o processo não deixará mais o STF quando se alcançar o final da coleta de
provas, fase chamada “instrução processual”, na qual o ministro intima as partes a
apresentarem suas alegações finais.
Assim, se um político que responda a processo no STF (por ter cometido o crime no cargo e
em razão dele) deixar o mandato após a instrução, por qualquer motivo, ele deverá
necessariamente ser julgado pela própria Corte, para não atrasar o processo com o envio à
primeira instância.

35
06/06/2018

Nelson Meurer é primeiro deputado condenado pelo STF


na Lava-Jato

Por unanimidade, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, nesta terça-feira (29), o
deputado federal Nelson Meurer (PP-PR) a 13 anos e nove meses de prisão pelos crimes de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro em regime fechado. Apesar da decisão, o parlamentar poderá recorrer em
liberdade.
Meurer é o primeiro condenado pelo STF na Operação Lava-Lato após a chegada dos primeiros inquéritos
à Corte, em 2015.
O colegiado julgou ação penal elaborada pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Segundo a acusação, Nelson Meurer recebeu R$ 4 milhões em vantagens indevidas oriundas
da Petrobras.
O filho do deputado, Nelson Meurer Júnior, também foi condenado, mas a uma pena menor: quatro anos
e nove meses de prisão em regime aberto.
Para a Procuradoria-Geral da República (PGR), o dinheiro teve origem em contratos da Petrobras e
consistia em repasses por empresas fictícias operadas pelo doleiro Alberto Youssef e por intermédio do
ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, dois delatores do esquema de corrupção
na Lava-Jato. Somente o PP teria recebido R$ 357,9 milhões de propina da Petrobras, segundo a
procuradoria.
A Segunda Turma também decidiu que Meurer e o filho deverão ressarcir a estatal em R$ 5 milhões após
o fim de todos os recursos. Sobre a perda de mandato em função da condenação, por maioria de votos,
os ministros entenderam que a cassação não é automática, e a Câmara dos Deputados, ao final do
processo, deverá ser comunicada para que decida se o parlamentar será alvo de processo de cassação.

36
06/06/2018

Defesa
No início do julgamento, o advogado Alexandre Jobim, representante
de Meurer, afirmou que não há provas de que o deputado tenha dado
sustentação política a Paulo Roberto Costa na Petrobras e que tenha
participado dos desvios na estatal.
Segundo o advogado, a denúncia foi baseada em presunções da
acusação. Para a defesa, o deputado não pode ser acusado somente
por ter sido líder do PP em 2011, por seis meses, e ter sido amigo do
ex-deputado José Janene, morto em 2010, e acusado de participar da
arrecadação de propina para o partido.

TSE determina que 30% do fundo de campanhas sejam


gastos em candidaturas de mulheres
O Tribunal Superior Eleitoral confirmou que pelo menos 30% do fundo especial de
financiamento de campanha devem ser gastos em candidaturas de mulheres. O
fundo é composto por recursos públicos da ordem de R$ 1,7 bilhão.
A Corte decidiu, ainda, que, na hipótese de percentual de candidaturas superior ao
mínimo de 30%, o repasse dos recursos do fundo e a distribuição do tempo de
propaganda devem ocorrer na mesma proporção. A relatora foi a ministra Rosa
Weber.
A decisão, unânime, foi uma resposta à consulta ao TSE, formulada por um grupo
de oito senadoras e seis deputadas federais, sobre entendimento do STF de que a
divisão de recursos do fundo partidário deve ser proporcional à quantidade de
candidaturas de ambos os sexos. Elas queriam saber se a mesma regra se aplicava
também ao fundo especial.

37
06/06/2018

Chefe da CIA disse que Geisel assumiu controle sobre


execuções sumárias na ditadura

Em um documento secreto de 1974 liberado pelo Departamento de Estado dos Estados


Unidos, o chefe da CIA afirma que o ex-presidente Ernesto Geisel (1974-1979) aprovou a
continuidade de uma política de "execuções sumárias" de adversários da ditadura militar.
Ele teria ainda orientado o então chefe do SNI (Serviço Nacional de Informações) que viria
a substituí-lo na Presidência, João Baptista Figueiredo (1979-1985), a autorizar
pessoalmente os assassinatos.
O documento foi tornado público, com exceção de dois parágrafos ainda tarjados, em 2015
pelo governo dos EUA e nesta quinta-feira (10) postado em redes sociais por Matias
Spektor, colunista da Folha e professor de relações internacionais na FGV (Fundação
Getulio Vargas).
O professor qualificou o papel como o documento mais perturbador que já leu em 20 anos
de pesquisa.
Em outro ponto revelador, o documento diz que cerca de 104 pessoas já haviam sido
executadas sumariamente "pelo CIE", o poderoso Centro de Informações do Exército então
comandado pelo general Milton Tavares.

38
06/06/2018

O papel é um memorando assinado pela mais alta autoridade da principal agência


de inteligência dos EUA na época, o diretor da CIA, William Colby (1920-1996). Ele
relata uma reunião que teria ocorrido em 30 de março de 1974, no início do
governo Geisel, entre o presidente, Tavares, Figueiredo e o general que iria assumir
a chefia no CIE, Confúcio Danton de Paula Avelino.
Segundo o memorando, Tavares ressaltou o "trabalho do CIE contra alvos da
subversão interna durante a administração do presidente Emílio Médici [1969-
1974]".
"Ele enfatizou que o Brasil não pode ignorar a ameaça terrorista e subversiva, e
disse que métodos extra-legais deveriam continuar a ser empregados contra
subversivos perigosos. Sobre isso, o general Milton disse que cerca de 104 pessoas
nessa categoria foram sumariamente executadas pelo CIE até agora. Figueiredo
apoiou essa política e instou a sua continuidade".
Na ocasião da reunião, segundo Colby, Geisel comentou a seriedade e os aspectos
prejudiciais dessa política e disse que gostaria de refletir sobre o assunto durante o
final de semana antes de chegar a qualquer decisão. Dias depois, em 1º de abril,
segundo o diretor da CIA, Geisel comunicou sua decisão ao general Figueiredo.

"Em 1º de abril, o presidente Geisel disse ao general Figueiredo que a política deveria continuar,
mas que grandes precauções deveriam ser tomadas para assegurar que apenas subversivos
perigosos sejam executados. O presidente e o general Figueiredo concordaram que quando o CIE
apreende uma pessoa que pode estar nessa categoria, o chefe do CIE vai consultar o general
Figueiredo, cuja aprovação deve ser dada antes de a pessoa ser executada", diz o memorando de
Colby.
O memorando de Colby não deixa claro qual é a fonte de suas informações.
O memorando de Colby é a primeira indicação documental conhecida sobre o papel de decisão da
alta cúpula da ditadura nas execuções sumárias de adversários, segundo Spektor.
Até aqui era conhecida uma conversa, revelada pelo jornalista Elio Gaspari em 2003 em seu livro "A
ditadura derrotada", entre Geisel e o general Dale Coutinho em fevereiro de 1974, um mês antes da
posse na Presidência.
Falando sobre o combate aos inimigos da ditadura, Geisel afirmou: "Porque antigamente você
prendia o sujeito e o sujeito ia lá para fora. [...] Ó Coutinho, esse troço de matar é uma barbaridade,
mas eu acho que tem que ser”.

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06/06/2018

Outra indicação surgiu no livro da jornalista Leineide Duarte-Plon, "A tortura


como arma de guerra", para o qual entrevistou o general francês Paul
Aussaresses, que viria a morrer em 2013.
O militar, que atuou como adido militar da embaixada francesa em Brasília
de 1973 a 1975, era um defensor das técnicas de tortura e havia dado
inúmeras declarações polêmicas para os meios de comunicação franceses.
Ele disse que foi amigo de Figueiredo, mas a relação acabou mal quando o
militar brasileiro lhe disse que mandara interrogar sob tortura uma mulher
que teria tido um relacionamento breve com o francês.
Segundo Aussaresses, Figueiredo lhe disse depois que a mulher era frágil e
morrera sob tortura. Os brasileiros, segundo o francês, suspeitavam que ela
fosse uma espiã.

Repercussão
O professor de história do Brasil na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro) Carlos Fico disse
que o documento não o surpreende, pois há anos estuda o tema, "mas compreendo que choque os
que veem Geisel como moderado“
"Isso mostra mais uma vez – como os historiadores sempre soubemos – que a tortura e os
assassinatos de opositores do regime militar contaram com a autorização dos oficiais-generais,
inclusive dos generais presidentes. A sociedade brasileira foi muito benevolente com os presidentes
militares que cometeram essas graves violações contra os direitos humanos, embora seja rigorosa
contra os presidentes civis da recente fase democrática", disse o professor.
"O general Milton Tavares foi o responsável pela política de eliminação dos inimigos do regime. Com
base nessa política, os guerrilheiros do Araguaia foram mortos. Militantes das ações armadas
urbanas também o foram. O total de 104 execuções resulta desse somatório. Geisel pretendia
paulatinamente desativar a comunidade de segurança. Tinha sido escolhido por Médici, entretanto,
porque o ex-presidente entendia que um general da reserva (não um civil, nem um general da ativa)
era necessário porque a 'subversão' ainda não estava totalmente controlada, embora não em seu
auge. Médici admitiu em 1982 que agiu 'drasticamente' contra o 'terrorismo': 'Foi uma guerra que
aceitamos' —disse ele. Geisel, 15 dias depois de tomar posse, não se mostraria 'fraco' diante do
general Tavares. Ele concordou com a política de eliminação física dos 'inimigos do regime'",
afirmou o pesquisador.

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06/06/2018

Outro lado
Em nota, o Comando do Exército informou que os documentos
sigilosos relativos ao período em questão e que "eventualmente
pudessem comprovar a veracidade dos fatos narrados foram
destruídos, de acordo com as normas existentes à época –
Regulamento para Salvaguarda de Assuntos Sigilosos (RSAS) – em suas
diferentes edições".

CIA tinha indícios que militares haviam organizado


atentado do Riocentro

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06/06/2018

Um documento da CIA, a central de inteligência dos Estados Unidos, mostra que, um mês
após o atentado a bomba no Riocentro, durante a ditadura militar, o governo norte-
americano já tinha indícios de que o ataque havia sido organizado por militares e não por
grupos de esquerda. O relatório está no Arquivo Nacional.
O documento foi escrito por integrantes da CIA baseados em Brasília e chegou à sede da
agência em 29 de maio de 1981 — o atentado ocorreu em 30 de abril de 1981. Dois
militares que faziam parte do DOI-Codi estavam no carro onde a bomba explodiu — um
deles morreu, e o outro ficou ferido. Um outro explosivo foi detonado na casa de força do
Riocentro.
“Não restam dúvidas de que os dois, o sargento Guilherme Pereira do Rosário e o capitão
Wilson Luís Chaves Macedo, que provocaram o ataque a bomba e não foram as vítimas. É
nítido que os dois, como membros do DOI-Codi, agiam sob as ordens superiores no
momento em que a bomba acidentalmente explodiu”, diz o relatório.
O documento acrescenta que, “provavelmente”, o diretor do Serviço Nacional de
Informações (SNI) e o comandante do Exército tinham conhecimento do plano. O relatório
não é incisivo sobre o possível conhecimento do presidente João Figueiredo.
A Justiça Federal do Rio aceitou uma denúncia do Ministério Público Federal (MPF) sobre o
caso, mas o processo foi trancado por decisão posterior.

PIB do Brasil cresce 0,4% no 1º trimestre e recuperação


da economia segue em ritmo lento

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06/06/2018

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 0,4% no 1º trimestre de


2018, na 5ª alta seguida na comparação com os três meses anteriores,
divulgou nesta quarta-feira (30) o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB no período foi de R$ 1,6
trilhão.
Veja alguns destaques do resultado do PIB do 1º trimestre:
• A agropecuária cresceu 1,4%; indústria e serviços avançaram 0,1%.
• O consumo das famílias cresceu 0,5% e os investimentos tiveram alta de
0,6%.
• Consumo do governo encolheu 0,4%, construção civil caiu 0,6% e indústria
da transformação recuou 0,4%

Em meio à alta do dólar, BC mantém juros em 6,5% ao


ano e encerra série de cortes

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06/06/2018

Em decisão que surpreendeu o mercado financeiro, o Comitê de


Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou, nesta quarta-
feira (16), a manutenção da taxa básica de juros da economia em 6,5%
ao ano.
Com a medida, o Copom colocou fim a um ciclo de 12 cortes
consecutivos na Selic, que se iniciou em outubro de 2016. Em nota, o
BC relacionou a decisão à recente volatilidade que tem levado à
disparada do dólar.
Na ata da última reunião, em março, o Copom havia sinalizado um
corte "moderado" nos juros na reunião desta quarta, caso o cenário
econômico evoluísse conforme o esperado. Por isso, grande parte dos
analistas financeiros apostava em um corte de 0,25 ponto percentual.

Volatilidade e alta do dólar


A mudança de posicionamento do comitê se deve à volatilidade do cenário externo, que tem causado
uma forte desvalorização do real frente ao dólar nos últimos dias. Nesta quarta, a moeda norte-
americana fechou em alta pelo quarto dia seguido, cotada em R$ 3,679.
O aumento do dólar pode encarecer produtos e serviços importados consumidos no Brasil e pressionar a
inflação. O Banco Central eleva ou reduz a Selic justamente para controlar a alta dos preços.
Em comunicado, o Copom informou que, entre os fatores de risco para a inflação, está a justamente a
"continuidade da reversão do cenário externo para economias emergentes".
"Esse risco se intensificou desde o último Copom", diz o texto. Ainda de acordo com o comitê, "o cenário
externo tornou-se mais desafiador e apresentou volatilidade".
A turbulência é resultado das expectativas do mercado quanto ao desempenho da economia americana e
a um possível aumento dos juros pelo Banco Central daquele país, o Fed. Como reflexo, os investidores
estrangeiros preferem minimizar seus riscos adiando ou deixando de investir em países emergentes,
como o Brasil.
"A evolução dos riscos, em grande parte associados à normalização das taxas de juros em algumas
economias avançadas, produziu ajustes nos mercados financeiros internacionais. Como resultado, houve
redução do apetite ao risco em relação a economias emergentes", diz a nota do BC.

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06/06/2018

DESABAMENTO DE PRÉDIO EM SÃO PAULO

"Através da realização do curso disponibilizado pelo Estratégia Concursos e das várias questões constantes no material, além da
leitura atenta das leis cobradas na prova, acredito que utilizei uma boa estratégia de estudo, que me permitiu lograr o êxito tão
esperado.” - Fernanda Teani Gatto Vanni, aprovada TJ-SP

• Edifício Wilton Paes de Almeida, de 24 andares, desabou na


região do Largo do Paissandu, no Centro de São Paulo, após
um incêndio ocorrido na madrugada do dia 01/05.
• O imóvel pertencia à União, estava sem uso oficial e havia sido
ocupado por grupos sem-teto.
• Foi tombado em 1992, considerado "bem de interesse
histórico, arquitetônico e paisagístico".
• O incêndio atingiu dois prédios vizinhos, e o desabamento do
prédio atingiu o teto e paredes da Igreja Evangélica Luterana
de São Paulo.
"Através da realização do curso disponibilizado pelo Estratégia Concursos e das várias questões constantes no material, além da
leitura atenta das leis cobradas na prova, acredito que utilizei uma boa estratégia de estudo, que me permitiu lograr o êxito tão
esperado.” - Fernanda Teani Gatto Vanni, aprovada TJ-SP

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06/06/2018

• O prédio era ocupado por 372 pessoas, de 146 famílias, segundo o


Corpo de Bombeiros.
• Muitos estrangeiros moravam no prédio.
• 7 pessoas morreram no desabamento, conforme o Corpo de
Bombeiros. Nem todos foram localizados.
• Origem do incêndio: acidente doméstico. Falta de sistema de proteção
antifogo no prédio.
• Moradores pagavam aluguel para o movimento de ocupação. O
dinheiro era usado para pagar as despesas do prédio que tinha até
porteiro.
• De acordo com a Prefeitura de São Paulo, há outros 70 edifícios
ocupados irregularmente na cidade.
"Através da realização do curso disponibilizado pelo Estratégia Concursos e das várias questões constantes no material, além da
leitura atenta das leis cobradas na prova, acredito que utilizei uma boa estratégia de estudo, que me permitiu lograr o êxito tão
esperado.” - Fernanda Teani Gatto Vanni, aprovada TJ-SP

Megaoperação de combate à pedofilia prende


advogados, professores, servidores e aposentados

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06/06/2018

A Operação "Luz na Infância II", de combate a crimes de exploração sexual contra crianças
e adolescentes no ambiente virtual, já prendeu 251 pessoas em flagrante, segundo
número atualizado pelo Ministério da Segurança Pública. As prisões foram efetuadas a
partir do cumprimento de 579 mandados de busca e apreensão em 24 estados e
no Distrito Federal. São homens e mulheres, de diferentes idades e profissões, flagrados
cometendo o delito de armazenar, trocar ou produzir conteúdo ligado a pornografia
infantill.
Entre os presos, segundo o coordenador de Inteligência Cibernética da Senasp, Alessandro
Barreto, estão “pessoas acima de qualquer suspeita”, como advogados, educadores,
servidores públicos, aposentados. Barreto afirmou que um único detido da região Sudeste,
cuja identidade não foi revelada, foi flagrado com cerca de 200 mil arquivos de pedofilia. O
mínimo encontrado com os detidos chegou a 150 arquivos.
Reincidentes também acabaram presos, como um técnico de enfermagem que já havia
sido detido anteriormente em São Paulo, e um homem já condenado pelo mesmo tipo de
crime em Minas Gerais. A identidade de ambos foi preservada pelo fato de a operação
ainda estar em curso.

Ao comentar os dados, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, defendeu “uma pena
maior” para quem reincide no delito e também que se “impedisse a soltura” dos que se apresentem
mais perigosos. A punição pode chegar a oito anos para o crime de produzir material pornográfico
com crianças e adolescentes nos meios cibernéticos. Jungmann disse que a operação é exemplo
bem-sucedido de integração:
— O crime se nacionalizou e internacionalizou. Então, as forças de segurança têm que trabalhar
integradas. Queremos trabalhar com esse modus operandi.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), ligada ao Ministério da Segurança, analisou
um milhão de arquivos relacionados à pedofilia na internet e repassou as informações às polícias
civis dos estados, que, por sua vez, instauraram inquéritos e solicitaram à Justiça local a expedição
dos mandados cumpridos hoje. O levantamento de alvos na internet foi feito em cerca de dois
meses pela Diretoria de Inteligência da Senasp.
Jungmann apresentou a operação "Luz na Infância II" como a maior ação do tipo no mundo
realizada em apenas um único dia, com participação de 2,6 mil policiais civis. Segundo ele, a Polícia
Federal, que também atua nesse tipo de crime, não atuou diretamente devido ao perfil da
operação, cuja condução pelas polícias civis se mostrava mais adequada. Jungmann destacou que,
apesar das prisões, tirar esse conteúdo da rede, que tem as chamadas camadas profundas (deep
web), ainda é um desafio:
— Novas tecnologias são acrescentadas para fugir do controle.

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06/06/2018

Os únicos estados que ficaram de fora da operação foram Rio Grande do Norte e Paraná.
Segundo Carlos Coelho, diretor de inteligência da Senasp, não foi possível preparar em
tempo hábil as ações nessas localidades. Ele ressaltou, porém, que são dois estados em
que há constantes operações de combate à exploração sexual infantil na internet.
Jungmann afirmou ainda que pedirá prioridade ao presidente Michel Temer para sancionar
o projeto que cria o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), aprovado no Senado nesta
quarta-feira após passar pela Câmara. O projeto prevê a atuação conjunta dos órgãos de
segurança pública, incluindo os federais, como PF e PRF.
Nova fase de Operação da Polícia Federal
Em outra operação, "Safenet", esta da Polícia Federal no estado de São Paulo, três pessoas
foram presas em flagrante também por posse de material pornográfico infantil. Foram
cumpridos sete mandados de busca e apreensão.

PF cumpre 45 mandados de prisão contra doleiros na


Lava Jato
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (3) um novo desdobramento da Lava Jato, a Operação "Câmbio,
Desligo", na qual cumpre 43 mandados de prisão preventiva e dois de prisão temporária no Rio de Janeiro, São
Paulo, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Distrito Federal, além de Paraguai e Uruguai.
Segundo o Ministério Público Federal, que também participa da operação, a ação visa desarticular um
esquema de lavagem de dinheiro, evasão de divisas e organização criminosa. A operação conta com o apoio da
Receita Federal e de autoridades uruguaias.
O principal alvo é Darío Messer, acusado de ser o doleiro mais influente do país. A ação é baseada nas delações
do doleiro Vinícius Vieira Barreto Claret, conhecido por Juca Bala, e Cláudio Fernando Barbosa, o Tony. Ambos
agiam em uma organização criminosa comandada pelo ex-governador Sérgio Cabral e foram presos no
Uruguai.
A PF investiga o grupo por ser suspeito de integrar um sistema chamado Bank Drop, usado para remeter
recursos ao exterior por meio de uma ação conhecida como "dólar-cabo". Desta forma, todo dinheiro enviado
ao exterior não precisava passar pelas instituições financeiras reguladas pelo Banco Central.
Ao todo, são três mil empresas offshore em 52 países, que ficam em paraísos fiscais e são utilizadas para
ocultar o verdadeiro dono de uma quantia de cerca de US$1,6 bilhão. Segundo as investigações, os suspeitos
usavam softwares que reuniam os doleiros do mundo todo, considerado pelo MPF como instituição financeira
clandestina.

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06/06/2018

Voo da FAB leva mais de 200 venezuelanos de Roraima


para o Amazonas e São Paulo

Um voo da Força Área Brasileira (FAB) saiu de Boa Vista na manhã desta
sexta-feira (4) levando 233 venezuelanos para o Amazonas e São Paulo.
Esta é a segunda etapa do chamado processo de interiorização feito pelo
governo federal e a Organização das Nações Unidas (ONU). A ação consiste
em distribuir venezuelanos que chegam a Roraima para outros estados, onde
ficam em abrigos.
Segundo a Casa Civil da presidência, dos 233 venezuelanos, 164 vão ficar em
Manaus e outros 69 em São Paulo. Nos destinos, eles serão acomodados em
moradias coletivas onde poderão permanecer por até 90 dias.
Em Manaus, os imigrantes serão levados a três abrigos mantidos pela
sociedade civil. Em São Paulo, os venezuelanos também vão ficar em três
abrigos, mas da prefeitura.
"Manaus vai receber prioritariariamente famílias, por conta do perfil que o
abrigo quer receber. Já São Paulo receberá preferivelmente solteiros",
informou a Casa Civil.

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06/06/2018

Interiorização
Em abril, quando ocorreu a primeira etapa da interiorização, 265 imigrantes
foram levados a São Paulo e Cuiabá.
Os voos são custeados pelo governo federal e os imigrantes que aceitam ser
transferidos têm que se regularizar no Brasil por meio de solicitação de
refúgio ou residência temporária, passar por exame de saúde, ser
imunizados, e abrigados.
Os venezuelanos vão sem emprego garantido nos destinos finais, mas podem
permanecer nos abrigos por até três meses. Caso não consigam trabalho
nesse período, o prazo de permanência pode ser revisto.
Segundo a Casa Civil, até a última semana, dos 66 venezuelanos que foram
pra Cuiabá apenas oito conseguiram emprego, 11 estão em processo de
contratação e 10 deixaram os abrigos. Dos mais de 200 levados a São Paulo,
60 estão fazendo cursos profissionalizantes.

Após esta segunda etapa da interiorização para Manaus e São Paulo não há
previsão de novos voos. "Agora, o Governo Federal fará um inventário de
vagas em abrigos no País. Somente depois de concluído esse inventário será
agendada a próxima operação de interiorização", informou a Casa Civil.
O processo de interiorização dos imigrantes é uma tentativa de lidar com o
intenso fluxo de venezuelanos que cruzam a fronteira do país por Roraima
fugindo do regime de Nicolás Maduro.
A Organização das Nações Unidas (ONU) diz que por dia pelo menos 800
imigrantes entram no país. A Força Tarefa Humanitária, que agora coordena
as ações do governo federal relacionadas à imigração venezuelana, diz que
são 450. Na capital já há 40 mil venezuelanos, conforme a prefeitura.
Até agora existem seis abrigos para venezuelanos em Boa Vista e um em
Pacaraima. Todos são administrados por militares do Exército, e tem cerca de
2 mil moradores.

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06/06/2018

Barco à deriva com 25 imigrantes e 2 brasileiros é


resgatado no Maranhão

Um barco pesqueiro com 27 pessoas que ficou à deriva em alto mar foi resgatado na noite
deste sábado, 19, na cidade de São José de Ribamar, na região metropolitana da capital São
Luís, no Maranhão. A Polícia Federal investiga se o transporte do grupo está associado a
alguma prática criminosa.
Segundo o governo do Maranhão, havia dois brasileiros e 25 africanos, de cinco
nacionalidades: Senegal, Nigéria, Guiné, Serra Leoa e Cabo Verde. O grupo desembarcou no
cais de São José de Ribamar, após operação conjunta com a Marinha e a PF. Atendidos em uma
unidade médica, eles apresentavam quadro de desidratação.
"As primeiras providências foram tomadas ainda no Cais de São José de Ribamar, onde foram
realizados os primeiros atendimentos médicos e servidas refeições", diz o governo do
Maranhão, em nota. "A equipe multidisciplinar do Centro Estadual de Apoio às Vítimas (Ceav)
também esteve prestando apoio psicológico."
A PF também avalia a situação jurídica dos resgatados, afirma a nota. Após liberação médica, o
grupo foi encaminhado para o Ginásio Costa Rodrigues, em São Luís. "Seguem assistidos pela
Secretaria de Direitos Humanos e Participação Popular (Sedihpop), em caráter temporário, até
que os procedimentos realizados pela Polícia Federal sejam finalizados", diz o governo.

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06/06/2018

Senado aprova projeto que cria Sistema Único de


Segurança Pública

O Senado aprovou nesta quarta-feira (16) o projeto que cria o Sistema Único de
Segurança Pública (Susp).
O texto seguirá para sanção do presidente Michel Temer e entrará em vigor 30 dias
após a publicação no "Diário Oficial da União".
Mais cedo, nesta quarta, a proposta foi analisada pela Comissão de Constituição e
Justiça (CCJ) da Casa e, diante da aprovação de um pedido de urgência, o texto já
foi incluído na pauta de votações do plenário desta quarta.
A proposta prevê que as instituições de segurança federais, distritais, estaduais e
municipais deverão atuar em operações combinadas, compartilhando informações.
O projeto define, ainda, que os registros de ocorrência e as investigações serão
padronizados e aceitos por todos os integrantes do Susp.
O novo sistema será conduzido pelo Ministério da Segurança Pública, responsável
por coordenar ações e implementar programas de modernização dos órgãos de
Segurança Pública e Defesa Social.

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06/06/2018

Entenda o Susp
O projeto aprovado determina que serão integrantes do Susp:
• Polícia Federal;
• Polícia Rodoviária Federal;
• Polícia Ferroviária Federal;
• polícias civis;
• polícias militares;
• corpos de bombeiros militares;
• guardas municipais;
• órgãos do sistema penitenciário;
• órgãos do sistema socioeducativo;
• institutos oficiais de criminalística, medicina legal e identificação;
• secretarias nacional e estaduais de segurança pública;
• Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil;
• Secretaria Nacional de Política sobre Drogas;
• agentes de trânsito;
• guarda portuária.

Principais pontos
• Operações combinadas, planejadas e desencadeadas em equipe;
• Estratégias comuns para atuação na prevenção e controle qualificado
de infrações penais;
• Aceitação mútua dos registros de ocorrências e dos procedimentos
apuratórios;
• Compartilhamento de informações;
• Intercâmbio de conhecimentos técnicos e científicos.

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06/06/2018

Plano de Segurança
O projeto de lei também estabelece que a União devera instituir um
Plano Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, que deverá:
• Definir metas aos órgãos do Susp;
• Avaliar resultado das políticas de segurança pública;
• Priorizar e elaborar ações preventivas.
• O plano terá duração de dez anos e os estados e o Distrito Federal
deverão implantar as ações em dois anos a partir da publicação do
documento nacional.

A greve dos caminhoneiros no Brasil em 2018

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06/06/2018

• Período: 21 a 30 de maio.
• Extensão nacional.
• Grevistas se manifestaram principalmente:
✓Contra os reajustes frequentes e sem previsibilidade
mínima nos preços dos combustíveis, principalmente do óleo
diesel, realizados pela estatal Petrobras com frequência
diária ou quase diária;
✓Pelo fim da cobrança de pedágio por eixo suspenso; e
✓Pelo fim do PIS/Cofins sobre o diesel.

Formação do preço da gasolina:


Fonte: G1 – 23/05/2018

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06/06/2018

Formação do preço do diesel:


Fonte: G1 – 23/05/2018

• Política de formação de preços da Petrobras

✓Alterada em julho de 2017.

✓Variação diária ou quase diária.

✓Preço da gasolina e do diesel no Brasil passaram a ser determinados pelo preço


do barril de petróleo no mercado internacional e pela variação do dólar.

✓Alta do dólar e do petróleo elevaram muito os preços causando insatisfações no


mercado brasileiro.

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06/06/2018

• Como era antes?


✓Entre 2011 e 2015, a variação dos preços internacionais era repassada de
forma defasada aos preços dos combustíveis no país, um mecanismo usado
pelo governo para tentar segurar o aumento da inflação.
✓Quando a conjuntura internacional era desfavorável, a Petrobras chegou a
importar combustível mais caro e vendê-lo mais barato no mercado
interno.
✓Essa diferença gerou uma série de prejuízos para o caixa a estatal - uma
conta que passou de R$ 75 bilhões no fim de 2014. A política orientada
para o controle da inflação é apontada como uma das principais
responsáveis pelo alto nível de endividamento da Petrobras no período,
que chegou a US$ 124 bilhões.

• Impactos da greve:
✓Falta de combustível nos postos;
✓Aeroportos operando em estado crítico; vários voos cancelados;
✓Ônibus circularam com frota reduzida;
✓Falta de abastecimento de alimentos em várias regiões e consequente aumento
nos preços dos produtos alimentícios remanescentes;
✓Relatos de falta de produtos em supermercados, principalmente
hortifrutigranjeiros;
✓Suspensão de aulas em escolas e universidades;
✓Segunda fase da prova da OAB suspensa;
✓Provas de concursos públicos suspensas;
✓Suspensão de procedimentos em hospitais por conta de falta de medicamentos.

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06/06/2018

✓Impacto nas exportações;


✓Paralisação ou diminuição da produção em fábricas;
✓Descarte de leite por parte de produtores por ser um alimento perecível.
✓Risco de desabastecimento de água potável no Distrito Federal por falta de
insumos para o tratamento; e
✓A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) calculou, no dia 29 de maio,
que 1 bilhão de aves e 20 milhões de suínos poderão morrer por falta de ração no
campo.
✓Segundo a estimativa de diferentes setores, até o dia 27 de maio a paralisação já
teria causado prejuízos de dez bilhões de reais. No caso dos laticínios, cujas
imagens de derramamentos nas rodovias pelos produtores receberam destaque
na mídia, o prejuízo seria de 1,1 bilhão de reais, segundo a Confederação
Nacional de Agropecuária.

• Governo Federal ignorou o alerta e pedido de negociações.


✓No dia 16 de maio, a Confederação Nacional dos Transportadores
Autônomos apresentou um ofício ao governo federal pedindo o
congelamento do preço do óleo diesel e a abertura de negociações,
mas foi ignorada.
✓No dia 18, a organização lançou um comunicado em que mencionava
a possibilidade de paralisação a partir do dia 21, o que de fato
ocorreu.
✓Governo Federal subestimou a força do movimento.
• Lideranças não tinham ascendência significativa sobre os
caminhoneiros.
• Uso intenso de redes sociais, principalmente o WhatsApp.

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06/06/2018

• 23/05 (quarta-feira, 3º dia) - Petrobras anuncia redução de 10% do preço


do óleo diesel nas refinarias por 15 dias e o congelamento dos preços
durante esse período.
• 24/05 (quinta-feira, 4º dia) – Anúncio do primeiro acordo entre o Governo
Federal e entidades representativas dos caminhoneiros e setor de
transportes rodoviários de carga.
• 25/05 (sexta-feira, 5º dia) – Governo Federal aciona forças de segurança e
Forças Armadas para desbloquear vias. Edição de decreto de GLO.
✓STF deu aval à remoção de manifestantes que estivessem bloqueando vias
ou protestando nos acostamentos das pistas.
✓Também autorizou a aplicação de multas de até R$ 10 mil para os que
fizessem bloqueios e de R$ 100 mil para entidades que organizassem esse
tipo de ação.

• 27/05 (domingo, 7º dia) – Segundo acordo para o fim da greve é fechado.


Abcam pede que caminhoneiros voltem ao trabalho, mas paralisação continua.
• Redução do preço do diesel em quarenta e seis centavos por litro na bomba, com
a manutenção do preço por sessenta dias. Após esse período os reajustes
passarão a ser mensais.
• Publicação de três medidas provisórias atendendo exigências dos caminhoneiros.
A primeira determina que pelo menos 30% das contratações de frete feitas
pela Companhia Nacional de Abastecimento (CONAB) sejam de
caminhoneiros autônomos por intermédio de cooperativas. A segunda estabelece
preços mínimos para os fretes. A terceira isenta os caminhões trafegando vazios
em rodovias concessionadas federais, estaduais ou municipais de pagar pedágio
sob eixo suspenso.

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06/06/2018

• Suspeitas de locaute, multas e investigações pela Polícia Federal.


• Os intervencionistas.
• Quem vai pagar a conta?
• E a Petrobras?

• O rodoviarismo brasileiro.
• Comparação com outros países de
dimensões continentais.
• Transporte rodoviário é mais caro
para o transporte de cargas a
longas distâncias.
• Mau uso do rodoviarismo.
• Ferrovias no Brasil.
• Hidrovias no Brasil.
• A questão da intermodalidade.
• Vontade política na priorização da
construção de ferrovias e hidrovias.

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06/06/2018

Professor Leandro Signori

leandrosignoriatualidades

Leandro Signori

signorileandro

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