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O CORPO
O corpo pode ser pensado como uma unidade que possui aspectos materiais e não
materiais, que se relaciona e se transforma continuamente. Deve ser compreendido não
somente como pura matéria e seus aspectos físicos, mas sim como um participante ativo
da vida, como produtor de vida, movimento, movimento e transformação.
Para observarmos as ações corporais, recorremos às subdivisões básicas do
esquema corporal referenciadas por Laban.
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QUALIDADE DO MOVIMENTO
A teoria do esforço de Laban pode ser definida como atitude interior que dá
origem a um movimento. A qualidade ou dinâmica é a característica derivada da
utilização dos elementos do movimento.
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O espaço
Este espaço é visto não pela ótica da qualidade e da intencionalidade do
movimento, mas analisado pelos princípios que regem a organização espacial do
movimento. Segundo Laban coceitos geométricos se aplicam nessa análise.
O espaço, nesse sentido, organiza-se em pessoal e geral.
Espaço pessoal – no lugar. É chamado por Laban de kinesfera e se refere ao espaço que
cada pessoa ocupa. Caracteriza a circunferência em torno do corpo constituído de todas
as possibilidades de movimento que ele pode executar sem deslocamento. Tem a
característica de ser elástico, possuindo relação com seu interior. É a esfera dançante que
envolve o corpo.
- Análise espacial do espaço pessoal: um lugar no espaço, sem deslocamento, é definido
por um ponto, interseção de duas retas.
Espaço geral – em deslocamento. O espaço geral é o lugar onde a dança ou atividade
expressiva acontece, e esse espaço pode ser transformado de acordo com a imaginação
do professor ou do coreógrafo para compor a cena desejada. Para isso, pode utilizar
recursos de iluminação, cenário, figurino, elementos cênicos e a própria dança.
- Análise espacial do espaço geral: na perspectiva do espaço geral, podemos considerar a
trajetória descrita pelo deslocamento do corpo no solo ou no espaço, indo de um ponto a
outro. O deslocamento do ponto define uma reta, uma curva ou combinações variadas.
Formas no espaço
As formas do corpo no espaço podem ser vistas como:
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- Formas do próprio corpo: é descrita no espaço pelo contorno de massa corporal no lugar.
Nesse contexto, podem ser exploradas linhas retas, curvas e combinações com partes do
corpo ou o corpo como um todo.
- Formas que são desenhadas pelo corpo no espaço: desenvolvidas na dança pelas figuras
descritas e desenhadas no espaço, pelo deslocamento do corpo.
Conceitos espaciais
Direções: considerado o centro do corpo, para cima, para baixo, para o lado direito ou
esquerdo, e ainda para frente e para trás.
Dimensões: é uma extensão entre duas direções opostas. É um elemento básico de
orientação
- Comprimento – (altura) na direção de cima para baixo
- Amplitude – (largura) na direção de lado-lado
- Profundidade – na direção de frente trás
Eixos: são linhas imaginárias, que cruzam um posto central do corpo, com conteúdo
direcional de tensão oposta. Para cada dimensão espacial há um eixo correspondente.
- Eixo sagital – (anteroposterior) dimensão profundidade frente-trás
- Eixo horizontal – (transversal) dimensão amplitude-lado-lado
- Eixo vertical – (longitudinal) dimensão comprimento-cima-baixo
Planos: são definidos pela união de duas dimensões
- Plano vertical ou frontal (plano da porta) – apresenta-se pela união das dimensões cima-
baixo e lado-lado; dominância da dimensão comprimento; experimentação do corpo na
postura vertical (cima-baixo) e de dobrar o corpo lateralmente; flexão da coluna vertebral
para os lados
- Plano sagital (plano da roda) – apresenta-se pela união das dimensões cima-baixo e
frente-trás; dominância da dimensão profundidade; experimentação de movimentos
anteroposteriores com os membros (pernas e braços); flexão anterior e posterior da coluna
vertebral.
- Plano horizontal (plano da mesa) – apresenta-se pela união das dimensões frente-trás e
lado-lado; dominância da dimensão amplitude; experimentação de movimentos que se
abrem e se fecham em relação ao corpo e de torcer o corpo; rotação da coluna vertebral.
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Nível – é a relação de posição espacial que leva em conta a altura (baixo, médio e alto),
sendo determinado a partir do estabelecimento de relações. Os níveis baixo, médio e alto
considerando a relação do corpo com o espaço, são estabelecidos pela experimentação
humana a partir do nascimento. Essa é uma vivência pela qual o ser humano possa nos
primeiros anos de vida. À medida que cresce, experimenta a passagem de um nível para
outro, cada vez com maiores possibilidades de movimento. Dessa forma torna seu
vocabulário de movimento mais rico e expressivo.
- Nível baixo – quando deitamos, rolamos, arrastamo-nos até chegar a engatinhar, posição
de quatro apoios
- Nível médio – quando, com os joelhos flexionados de diversas maneiras, até chegar a
ficar de pé
- Nível alto – quando ficamos nas pontas dos pés ou saltamos perdendo o contato com o
Chão
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Relacionamento
O corpo que se movimenta cria relações com objetos, pessoas ou com o próprio corpo,
de proximidade, afastamento e superposição.
Quanto a forma – solo, dupla, trio e grupo
Quanto a proximidade – perto, médio, distante
Quanto ao toque – pessoas e coisas
DANÇA
A dança possui movimentos funcionais – são aqueles aprendidos para
desempenhar habilidades específicas (fundamental e especializado) – e expressivos –
movimentos utilizados para expressar sentimentos e ideias (expressão facial e corporal).
Elementos da dança
Movimentos articulares – são todas as possibilidades anatômicas de movimento dos
membros superiores, inferiores, cabeça e tronco. Podem ser executados como
movimentos de partes de corpo, ou do corpo como um todo, com ou sem deslocamentos.
Giros – são movimentos de rotação em torno do eixo corporal, podendo ser fixo,
deslocamento, ou ainda combinado com outros elementos. É interessante começar com
giros simples que estão ligados às ações do dia-a-dia, como no lugar, desviar sobre os
pés, mudando a frente para um dos lados (¼ de giro), depois para voltar (½ de giro, 3/4
de giro, 1 giro completo.
Saltos – são movimentos caracterizados pela perda de contato com o chão. Para análise
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observamos três fases: impulsão (saída do solo), voo propriamente dito (momento de
perda de contato com o solo), e amortecimento (retorno ao solo).
- Tipo – de 2 para 2 pés; 2 para 1 pé; 1 para 2 pés, de 1 para outro pé; de 1 para o mesmo
pé.
- Intenção – vertical (sem deslocamento), horizontal (com deslocamento)
-Impulsão – sem aproximação (no lugar) , com aproximação (precedido de outro
movimento em deslocamento como passos, corridas, contrapassos etc).
- Voo – simples (durante o voo mantém o foco), batido (durante o voo existem batidas de
pernas ou pés), com giro (durante o voo existe mudança de foco).
- Explosão – pequena (quando a intensidade de força de explosão é fraca), médio (quando
a intensidade de força de explosão é moderada), grande (quando a intensidade de força
de explosão é forte).
Rolamentos – movimento de rotação em torno do centro de gravidade do corpo
executados em contato com o solo. Pode ser: anterior, posterior, lateral.
Quedas – são movimentos que se caracteriza pela condição de ceder à lei da gravidade
ou potencializar a sua ação. Podem ser: no lugar (cair no chão, desmoronar) na direção
de cima para baixo; com deslocamento (ser empurrado ou se jogar ao chão) em qualquer
direção.
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REFERENCIAS
ATAXO, I.; MONTEIRO, G. A. Ritmo e movimento: teoria e prática. 4 ed. São Paulo:
Phorte, 2007.