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Bosque Gomm vira primeiro parque


comunitário de Curitiba
5-7 minutos

O Bosque da Casa Gomm agora é Parque Gomm. Mais do que


mudar de nome, a área deixa de correr risco de virar uma rua. O
decreto, assinado pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT), foi publicado
em diário oficial na última sexta-feira (1.º). Três anos depois do
início do movimento em defesa do local, que nasceu com o
anúncio de que parte do bosque seria derrubado para dar lugar à
continuação da Rua Hermes Fontes. A obra será custeada pelo
Shopping Pátio Batel, como contrapartida do empreendimento ao
impacto causado na região.

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Situado entre as ruas Hermes Fontes, Carmelo Rangel e Bruno


Filgueira, o Parque Gomm inclui o bosque e a área verde no
entorno. A área onde fica a Casa Gomm, tombada pelo Conselho
Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Cepha), pertence ao
estado do Paraná, e não integra o parque. Na prática, o decreto
unifica seis terrenos diferentes que integram a área, todos do
município. Mas um deles é o mais importante, na avaliação dos
defensores do parque: a área entre as ruas Bruno Filgueira e
Hermes Fontes, que hoje é prevista na legislação como uma futura
rua. Assim que for desafetada, a área passa a integrar oficialmente
o Parque Gomm.

Veja melhor qual será a área do Parque Gomm

“Enquanto aquela matrícula existisse, a possibilidade de


construirem uma rua ali continuava existindo”, explica o arquiteto e
urbanista Geraldo Pougy, integrante do grupo “Salvemos o Bosque
da Casa Gomm”. Nos últimos três anos, o grupo realizou uma série
de eventos, como recreação infantil, apresentações musicais e a
plantação de uma horta comunitária no local, dentro da lógica de
“ocupação do espaço urbano”.

Contrapartida em grandes obras carece de


regulamentação, avalia arquiteto

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ONU

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As intervenções feitas pela comunidade no local devem


permanecer, mesmo com a criação do parque, em um espaço que
foi deixado como “livre” no projeto. O grupo considera uma vitória.
O Gomm também será o primeiro “parque comunitário” da cidade,
com administração compartilhada entre a Secretaria Municipal de
Meio Ambiente (SMMA) e um comitê comunitário. A medida,
prevista no Plano Diretor da cidade, já foi aplicada em duas praças
da cidade. A “de bolso do ciclista”, no São Francisco, e a “do Tai
Chi Chuan”, no Água Verde.

Para a prefeitura, a gestão compartilhada é um sinal do “processo


de diálogo” que levou à criação do parque. No último sábado (2), o
prefeito Gustavo Fruet foi pessoalmente ao local, para uma
assinatura simbólica do decreto.
Geraldo Pougy, um dos defensores do bosque, acredita que houve
boa vontade por parte do poder público desde que o debate sobre
o uso do espaço acalorou publicamente. Ele credita que a demora
entre o início do movimento (em 2013) e a assinatura do decreto
(na última semana), seja devida à dinâmica da gestão municipal,
que exige estudos de diversas áreas para a criação de uma nova
área pública. O “Parque Gomm”, aliás, foi batizado desta forma por
reivindicação dos moradores, mas o local é legalmente um “bosque
de conservação”, por ter menos de 10 hectares.

Relembre

A polêmica do Gomm começou em junho de 2013, quando veio à


público projeto que previa a derrubada de parte das árvores para
uma obra viária. A Rua Hermes Fontes, que hoje é interrompida
pelo Bosque, passaria pelo meio da área verde. A obra estava
prevista no Termo de Ajuste de Conduta (TAC) firmado entre o
shopping Pátio Batel e a Prefeitura de Curitiba, como ação para
mitigar os danos causados pelo empreendimento ao trânsito da
região.

Pesou contra a orba o fato da Casa Gomm – residência centenária,


instalada ao lado do bosque – ser tombada pelo Conselho
Estadual de Patrimônio Histórico e Artístico (Cepha). A casa ficava
no local onde hoje fica o shopping, e foi movida para o bosque ao
fundo. Além da estrutura, o entorno da casa é tombada pelo
Cepha. O tombamento motivou a Justiça a proibir o shopping de
realizar qualquer intervenção no bosque, em julho de 2013.

Com as obras suspensas, um grupo de moradores organizar um


movimento para “salvar” o bosque e realizar atividades culturais no
local. Após negociação entre as partes interessadas, o shopping e
prefeitura firmaram um aditivo ao TAC, em janeiro deste ano, em
que a obra viária foi substituida pela criação de um parque.

Parque inclui Bosque Gomm e área verde no entorno, além da


área a ser desafetada (onde está prevista a construção de uma
rua). A Casa Gomm, de propriedade do estado, não integra
oficialmente o parque.

Aréa do Parque Gomm

Via de pedestre

Área a ser desafetada (Não será mais permitida abertura de rua)

Fonte: Redação. Infografia: Gazeta do Povo.

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