A Maçonaria Contemporânea

A Maçonaria Contemporânea
Iniciando a Conversa sobre a Maçonaria Contemporânea
Professor: Daniel Rodrigues Poit

 Professor, na juventude estudou filosofia, dois anos de letras,
formado em economia pela UF do Paraná, pós-graduado em
engenharia da qualidade, com mestrado em tecnologia e
desenvolvimento. Prática profissional se deu por longo período no
mercado industrial, com equipamentos e projetos para automação de
fábricas e processos, e agora em ensino superior nos cursos de pós-
graduação e em consultorias na área de planejamento,
predominantemente na área de finanças e estruturação de negócios.
 Na maçonaria, foi iniciado em 2006, na Loja Harmonia, Amor e
Concordia, GOB PR, tendo atuado no GOB na secretaria na área de
planejamento por alguns anos.
 O objetivo desta disciplina será desenvolvido uma série de

conceitos sobre a maçonaria no momento atual, porém sempre
acompanhado de um resgate histórico bastante sintético para
poder dar quadros, referências, formas de entendermos o que é a
maçonaria hoje, e como chegou até os dias atuais.
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Arnaldo Oliveira Dalmaso Maçonologia: História e Filosofia Maio/2018
Potência, Obediência e Regularidade.
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 Nesta etapa do nosso curso vamos procurar
desvendar como é a estrutura orgânica da
Maçonaria, como essa está presente no mundo e
suas iniciativas frente às questões atuais.
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 A Maçonaria é uma ordem fraternal, com
presença global, na qual os membros são
iniciados a partir de uma criteriosa seleção.
 São critérios de seleção das pessoas a serem

iniciadas:
o Crer em um Ser Supremo
o Conduta moral
 Ação voluntária
 Reputação na sociedade
 Não é permitido na Maçonaria pessoas que tenham tido condenações

criminais, ou atitudes que sejam consideradas inadequadas ou
incompatíveis com o que é entendido pela Maçonaria como conduta
moral, de referência para a sociedade.
 Assim, a Maçonaria é uma organização Iniciática, onde os iniciados

foram selecionados de acordo com estes critérios, para então comporem
o corpo maçônico e, dentro da Maçonaria, poder desenvolver ainda mais
as suas virtudes e dominar as dificuldades, os vícios e os problemas que
possa ter de convívio ou de entendimento com o seu semelhante.
 Mas como surgiu a maçonaria operativa?
 Há cerca de mil anos, a humanidade vivia uma civilização muito mais

brutal, em que o respeito aos direitos das pessoas, como temos hoje, ou
mesmo respeito as leis, era muito mais fragilizado do que temos nos
dias atuais.
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o Então, era comum que as sociedades, as comunidades, se

unissem diante de alguns perigos, ameaças que constantemente
se apresentavam no seu dia a dia.
o A Maçonaria operativa surge neste contexto onde pedreiros

(maçons) queriam uma condição melhor de trabalho e, ao mesmo
tempo, desenvolver a sua arte, sua técnica, sem que sofressem
interferências externas.
 Surgiu, no século X, derivando da associação das

guildas – espécie de cooperativas de pedreiros –
e os cruzados, cavaleiros que tinham como
objetivo retomar Jerusalém para os cristãos.
o Esses cavaleiros, que eram monges oriundos de famílias nobres,

tinham regras claras e organização, mas precisavam de ajuda.
o A fusão dos cruzados com o grupo de pedreiros foi estabelecendo

a base da maçonaria.
o Com a volta dos cruzados de Jerusalém e o conhecimento sobre

a construção do Templo de Salomão e a incorporação das lendas
e histórias às práticas nas reuniões dessas pessoas, foram se
estabelecendo códigos de comunicação e de reconhecimento
entre essas pessoas.
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 Com as perseguições que sofreram, passaram a
difundir uma comunicação própria. Estabelecem
assim o uso de palavras, gestos e toques de
reconhecimento mútuo.
o Essa condição de se protegerem através de gestos, toques e

palavras, foi um processo de assegurar o segredo e manter as
tratativas que estes grupos tinham entre si e dos objetivos que
eles preservavam e protegiam da comunidade, mas com
segurança.
 No século XIV conseguiram se abrigar e reiniciar

sua organização na Escócia.
o Na Escócia conseguiram reunir pedreiros em diversas situações,
com o aprendizado desta relação e desta fusão com os cruzados,
bem como abrir a possibilidade de participação de outros
profissionais e de outros grupos sociais.
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 No século XVII a Maçonaria se institucionalizou
de maneira efetiva, deixando de restringir a
participação a construtores e cavaleiros,
passando a contar com o ingresso de outras
pessoas de destaque na época, como nobres,
burgueses, militares, cientistas, comerciantes
etc.
o Com o tempo, passaram a compor a maçonaria os artistas,
cientistas, militares, nobres, senhores de terra, que vieram a
enriquecer o conhecimento, os rituais, trazendo uma experiência
e abrangência muito maior para a Ordem Maçônica operativa.
o Desta forma a Maçonaria se expandiu por toda a Inglaterra,

formando Lojas e seus grupos e, com isso, avançando de
maneira sistemática, estruturando aquilo que acabou se tornando
uma das grandes referencias do mundo, que foi o modelo da
maçonaria especulativa.
 No início do século XVIII formava-se a Grande

Loja Unida da Inglaterra, constituída da união de
quatro lojas, que elegem, então, o primeiro
Grão-Mestre: Anthony Sayer.
o Assim a Maçonaria se tornou uma instituição formal, que se
anunciava para o mundo como uma instituição integral, pública –
no sentido de ter sua imagem e existência publicada entre a
comunidade.
o Se de um lado isso fez que houvesse muita curiosidade e

interesse, por outro lado, muito preconceito com a Maçonaria,
pois a ideia principal de reconstruir a condição humana e “lapidar
a sua pedra bruta”, fazendo que cada um pudesse ser mais
virtuoso, mas com o hábito de se reunir em grupos fechados para
tratar destas questões, fez com que o preconceito e a
perseguição, principalmente da Igreja Católica, fosse cada vez
mais acirrada, mais acentuada.
o A Maçonaria se expande sob essa égide, essa prática que, em

muitos países, forçaram a ter que se esconder do ponto de vista
físico (estava na época da Santa Inquisição), mas que jamais se
entregou ou deixou sucumbir seu ideal de fraternidade, igualdade
e liberdade.
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 Em seguida foi adotada como referência uma

publicação denominada Constituições de
Anderson, por ser compilada com base em
documentos antigos constituídos de fragmentos
de leis, princípios e rituais anteriores.
o A Grande Loja da Inglaterra passa a ser considerada a LOJA
MÃE da maçonaria moderna.
 No início do século XIX, precisamente em 1813,

houve a conciliação entre os adeptos e os
críticos da estrutura maçônica que se impunha
há quase 100 anos; daí surgiu a Grande Loja
Unida dos Antigos Franco-Maçons da Inglaterra.
o Assim, os maçons ingleses e maçons franceses, que trouxe para

Maçonaria um sentido de unidade mundial ainda maior.
o A Maçonaria, de uma forma geral, foi uma das pioneiras das

instituições que cria uma rede globalizada de comunicação, de
contato e de difusão, já integrando tanto ingleses como franceses,
tanto na Europa, como também estando presente no continente
americano como um tudo.
Conceitos
 Por ter a igualdade como um dos princípios

básicos e universais, um dos objetivos centrais
da nossa ordem é:
o Ser aberta a todos os homens livres e de

bons costumes, desde o momento em que o
privilégio de ingressar na ordem deixou de
ser oferecido apenas aos operários
construtores.
o Este principio de igualdade faz com que os integrantes da
maçonaria não tenham menor ou maior importância quando
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dentro da Loja, pois, como maçom, todos tem o mesmo valor,

responsabilidade e direitos.
 Sendo o lema da fraternidade outro princípio

fundamental, os objetivos são ampliados para:
o Promover o entendimento entre os homens

e a paz na terra, por meio do
reconhecimento e respeito mútuo de cada
membro como irmão.
o Assim a ideia de fraternidade é ampliada para, não só nos
reconhecermos como irmãos, mas reconhecermos cada ser
humano como um ser a ser respeitado.
 Ser humano como uma manifestação divina, através do

dom da vida.
o Então, na Maçonaria, não se tem, por exemplo, preconceitos de

raça ou de religião, ou de nacionalidade.
o Há sim preceitos de sermos respeitadores da lei de seu país e/ou

da sua cidade, mas sim que sejamos praticantes da caridade
junto com a comunidade que cada um vive, contribuindo para um
mundo melhor, mais fraterno, de entendimento, em que a
congregação humana seja a grande vitoriosa e que receba as
principais vantagens pelo dom da vida neste nosso planeta.
 Por ter a liberdade como outro dos princípios

basilares, há muitas definições de quais sejam os
objetivos da nossa ordem.
o Simplificando podemos afirmar que “o
objetivo da Maçonaria é educar e
desenvolver a mente dos homens para
exercer seu livre-arbítrio, o seu
aperfeiçoamento moral e a prática das
virtudes.”
 Assim, a liberdade não está no conceito de qualquer fazer o que quer,

mas sim a liberdade de se auto desenvolver, de buscar o conhecimento,
de poder entender que a busca de um ser supremo pode se dar por
qualquer prática religiosa, mas principalmente pela ação do homem
maçom dentro da sociedade.
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 De se integrar politicamente ou religiosamente, de se

integrar a cultura, comunidades ou lugares, mas
principalmente a liberdade associada a responsabilidade
do auto desenvolvimento.
 A Maçonaria está organizada em potências e

obediências e presente em praticamente todo o
planeta. A necessidade de administrar e manter
a uniformidade de propósitos e práticas motivou
a organização de potências, que têm jurisdição
sobre um território.
 As células vitais da maçonaria são suas lojas.

Compostas organicamente por algumas dezenas
de membros que juram respeitar os princípios e
leis. Também aceitam a autoridade da potência
Maçônica à qual sua loja esteja jurisdicionada e
suas diretrizes.
 A implantação de uma potência implica na

criação de três poderes independentes:
o Executivo
o Legislativo
o Judiciário
 O poder executivo é exercido por um Mestre

Maçom eleito, que passa a ser o Grão-Mestre.
 O poder legislativo é presidido por um Mestre

eleito pelos representantes de cada uma das
lojas ligadas àquela potência.
 Já o poder judiciário e é presidido por um Mestre

nomeado pelo Grão-Mestre.
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Potência:
 Aristóteles atribuiu vários significados à palavra:
 Capacidade de realizar mudança em outra

coisa ou em si mesmo.
 Capacidade de sofrer mudança causada por

outra coisa ou por si mesmo.
 Capacidade de mudar ou ser mudado para

melhor, e não para pior.
 Capacidade de resistira qualquer mudança.

Preexistência do atual.
 Também há uma ambiguidade na interpretação

da palavra que pode ser entendida como:
 Possibilidade ou pré-formação e, portanto,

predeterminação.
 A potencia também está com cada maçom, pois tem o poder de

contribuir, modificar, de transformar, de elevar-se do ponto de vista
moral, social e simbólico, que temos dentro das Lojas.
o A participação do maçom nas reuniões, os interesses que levam

as pesquisas, o nosso trabalho de construir interior e, também
exterior, em que todos possas se congregar com maior harmonia.
 No caso da Maçonaria, podemos ficar com o

primeiro significado dado por Aristóteles: afinal
as Potências têm “capacidade de realizar
mudança em outra coisa ou em si mesmo”,
estabelecendo assim seu poder sobre as lojas
jurisdicionadas.
Obediência:
 Segundo Spinoza, esse é o significado específico

de fé.
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 Esta consiste “em ter por Deus sentimentos

que, se ausentes, também está ausente a
Obediência”.
 Assim, podemos considerar que fé ocorre somente naquilo em que nós

acreditamos, ou por devoção, ou por admiração.
 O indivíduo obedece às leis, e sabe que nessa

obediência está a sua liberdade; logo, liberdade
existe só como obediência às leis do Estado.
 Para os estoicos há quatro emoções: desejo,

alegria, medo e aflição, mas só a aflição é
sentida pelos néscios e decorre da falta de
obediência à razão.
o Esta é uma aplicação mais filosófica do termo obediência, onde a

falta de pensar, a falta da razão, é a principal característica da
falta de obediência.
 Como isso se aplicaria dentro da Maçonaria?

o Aplica-se nas nossas relações cotidianas, no respeito um pelo
outro, no respeito pela cidadania, no respeito pelo planeta, pelo
meio ambiente, respeito pelas leis e pelos Princípios Maçônicos.
o Então, não adianta falarmos de maçonaria sem levar em conta

que é fundamental que cada um de nós seja o exemplo que quer
ver no outro.
o A obediência está na nossa fé em que, a nossa ação, a liberdade

de agir, a nossa igualdade perante aos outros, é o que fará, cada
um de nós, uma referencia para a sociedade e um contribuinte
efetivo para uma sociedade mais justa, mais fraterna, mais
integrada, mais harmônica e com mais amor.
 Assim a palavra potencia está mais ligada a política e a palavra

obediência a submissão as regras e leis, tanto enquanto maçons na
maçonaria, ao princípios e ritos, quanto na sociedade, às leis e normas
sociais vigentes.
 A negação à obediência− que é a desobediência−

equivalente ao pecado no Cristianismo, ao crime
no Direito e é o mal moral que estabelece
incongruência entre os compromissos e as ações
de um indivíduo, e é ainda transgressão.
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 Na Maçonaria, podemos entender obediência

como a submissão orgânica e ou política das
lojas e suas representações a um conjunto de
princípios, regras, rituais, procedimentos e
objetivos, extensiva a cada um de seus
membros.
o Regularidade tem haver com a frequência que os irmãos tem com os

compromissos maçônicos.
o O respeito que os irmãos têm com os compromissos de toda a ordem, ou

seja, participação em reuniões, participação em eventos, a sua ação
voluntária de integrar os movimentos de apoio as ações solidárias,
participação no programa de visitação aos irmãos que possam estar
necessitados. Tudo isso tem haver com regularidade, principalmente a
frequência em Loja, a apresentação frequente de trabalhos que irão
enriquecer e distribuir mais ensinamentos, mais aprendizados a todos os
irmãos.
Regularidade
 No estudo da lógica a regularidade significa a
observação recorrente de um fato que poderá
induzir a uma generalização.
 Regularidade também é resultante de

comportamento dentro dos limites da lei.
 Notamos a regularidade na repetição infinita dos

ciclos da natureza.
Podemos também observara regularidade no

curso dos astros no céu.
o Assim, podemos denotar que regularidade está implícita na vida,
faz parte da nossa existência. O Pulsar dos nossos corações é
um ritmo de regularidade.
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 Ser maçom é justamente conseguir estabelecer, dentro da

Ordem, uma regularidade que faça com que se possa ter
expectativas completas a respeito de que cada irmão possa fazer
para contribuir com o crescimento da Ordem.
 A ordem Maçônica é fruto da união de todos os irmãos e cada um

que deixa de cumprir a sua parte, ou que deixa de ter
regularidade nos eventos, nas sessões, nos grupos de estudos,
nos grupos de pesquisa, ele está rompendo o elo de uma
corrente, impedindo que esta corrente seja mais forte e cada vez
mais resistente.
 A ideia de regularidade, somada com a ideia de potencia, faz e

demostra que para ser maçom um irmão precisa simplesmente
cumprir com regras básicas de conviveu e integração, tanto em
Loja, quanto na sociedade.
 Na Maçonaria o princípio de regularidade se

estabelece em 1813, com a união das diferentes
potências existentes na Inglaterra, Escócia e
França, e que fez surgir a união entre as lojas e o
reconhecimento recíproco
o Algum tempo depois, próximo a 100 anos da fundação da GLUI

(1717), surge uma união ainda maior, como mencionado acima,
ou seja, mais ampla, com muitos países.
o Nesta época a Maçonaria também se estabelecia em outras

regiões e isso trouxe para nós aquela ideia de corpo, de
globalização, demostrando o quanto é importante a disciplina da
regularidade, a competência na tratativa e dos cuidados com os
nossos princípios, dos nossos preceitos, faz forte a nossa Ordem.
Conclusão:
 Regularidade (que é esta prática de cumprir com os

compromissos, tanto de visitação, como compromissos de Loja e
financeiros), obediência (que é o respeito intransigente das leis e
das normas, tanto da Loja, da Maçonaria, da Potência Maçônica a que
se pertence, como também as leis, princípios e práticas culturais da
comunidade onde se vive) e vínculo a uma potência (que é o
que nos faz fortes e, principalmente, universais) é que atribuem
legitimidade a uma loja maçônica e a seus
obreiros.
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 A prática e o entendimento de obediência a estas questões é o que nos

traz a possibilidade real de nos entendermos como cidadãos do mundo,
identificáveis e respeitáveis em qualquer parte que estejamos.
 Os maçons sabem que são uma irmandade, que estão distribuídos no

globo e que podem contar com seus irmãos, mesmo em outros lugares,
com outros idiomas, outras culturas.
 Em conclusão podemos dizer que a regularidade, que é aquela prática

disciplinada de frequentar as reuniões, de participar dos eventos, de
cumprir com as obrigações financeiras com a Loja, é que nos faz irmãos
e nos dá a possibilidade, a potencia de fazermos as transformações que
queremos no mundo e na sociedade.
 Junto com isso, a obediência das regras, das normas, das leis, tanto
maçônicas, como as práticas, leis e normas culturais da cidade, do país
em que vivemos e do grupo ao qual pertencemos também nos farão
maçons completos e integrados a nossa Ordem, que, como sabemos, a
maçonaria é uma instituição universal.
 A legitimidade do nosso pertencimento a esta instituição universal se dá

pela observância da obediência, da nossa potencia e, principalmente, da
nossa regularidade. É isso que nos fará sermos reconhecidos
mundialmente e nos ajudarmos, independentemente do idioma, do local
e da cultura em que estejamos inseridos.
 Em nosso próximo encontro abordaremos a

Maçonaria pelo tempo e pelo mundo.
 Para reflexão, deixamos um verso:
“Entre o eixo e as
pontas do compasso,
meu Deus,
que distância penosa,
que giro difícil,
que pesado manejo.”
(Cecília Meireles)
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Aula 2 - A maçonaria pelo mundo.
 Este símbolo é universal da maçonaria, composto pelo esquadro e

compasso. Em lugar parte do mundo em que estivermos, ao vermos
este símbolo, sabemos que ali tratar-se de uma referência maçônica.
o Seja numa obra, num edifício, num automóvel, na roupa,
indumentária, ou acessório de alguma pessoa, sempre que este
símbolo estiver presente, ele estará representando a proximidade
com alguma instituição maçônica ou de um maçom.
o No mundo inteiro, ao nos encontraremos com um maçom, este
nos reconhecerá como um irmão.
A MAÇONARIA NO MUNDO
 Como se expandiu a Maçonaria?
 Como estão distribuídos os maçons pelo mundo?
 De que maneira houve essa expansão?
 Quais os fatores que determinaram essa expansão pelo mundo e que

tornou a maçonaria uma instituição verdadeiramente globalizada?
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O começo da Maçonaria
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 Desde o século X há relatos sobre um encontro dos
pedreiros tradicionais em York, Inglaterra. Este evento,
que teria ocorrido em 936, presidido por Edwin, filho do
mítico Rei Athelstan, marca o surgimento da Maçonaria.
Nota: Edwin (falecido em 933) era o filho mais novo do rei Edward o Velho e Ælfflæd , sua
segunda esposa. Ele se afogou no mar em circunstâncias que não são claras.
Edward o Velho morreu em 924, deixando cinco filhos por três

casamentos. Destes, Edmund e Eadred eram crianças e, portanto, excluídos da sucessão. O
cuidadoso trabalho de expansão de Eduardo foi desfeito quando os Mercianos escolheram o
filho mais velho de Eduardo, Æthelstan - provavelmente criado na Mércia na corte
de Æthelflæd - para ser seu rei enquanto os Saxões do Oeste escolheram Ælfweard , filho mais
velho da segunda esposa de Edward, Ælfflæd, que talvez fosse de Edward escolha como
sucessora. A morte "súbita e conveniente" de Ælfweard ocorreu seis semanas depois de seu
pai, mas Æthelstan parece não ter sido reconhecido como rei pelos saxões do oeste até um
ano após a morte de seu pai, sugerindo que havia considerável resistência a ele e talvez
também suporte para Edwin. A Crônica Anglo-Saxônica afirma que Edwin se afogou no mar em
933. [3] O Francian Annales Bertiniani compilado por Folcuin fornece mais detalhes:
“Pois no ano do Encarnate Word 933, quando o mesmo Rei Edwin, impulsionado por
alguma perturbação em seu reino, embarcou em um navio, desejando atravessar para este
lado do mar, uma tempestade surgiu e o navio foi destruído e ele estava oprimido no meio
das ondas. E quando seu corpo foi lavado em terra, Conde Adelolf , desde que ele era seu
parente, recebeu-o com honra e deu-o ao mosteiro de São Bertin [em Saint-Omer ] para o
enterro.”
A certidão de nascimento da Maçonaria

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 No entanto, há um documento reconhecido como
autêntico, que até hoje está exposto na Biblioteca da
Prefeitura de Londres. É o mais antigo documento
maçônico, e data de 2 de fevereiro de 1356.
Nota: ...E essa leva de Profissionais de Pedra, precisava se organizar. Precisavam de um
Estatuto. Precisavam de um espaço só seu. Foi então que Doze Freemasons (Pedreiro
especializados em trabalhar na Pedra Franca), liderados por Henry Yevele, é bom guardar bem
esse nome – Henry Yevele, nasceu em 1320 e morreu no ano de 1400 – foram até à Prefeitura
de Londres, levando um esboço de um Estatuto do Trabalhador da Pedra e, numa audiência
com o Alderman (Prefeito) e os Edis, apresentaram seu esboço de Estatuto, onde previa, além
da Obediência às autoridades locais, também previa uma fidelidade (quase canina), ao Rei e à
Religião Vigente, e, ainda, um pedido para que suas reuniões fossem fechadas, sem a
presença de pessoas que não estivessem ligadas a ela.
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Esses 12 homens saíram daqui, do local onde está Igreja, Antiga Guilda – desta Guildhall, no
dia 2 de fevereiro de 1356. É bom repetir – dois de fevereiro de 1356.
Aqui está o Berço, o Dia, o Mês e o Ano do Nascimento da Maçonaria Documentada. Enquanto
não apresentarem outro Documento, confiável, mais antigo. Este Documento que se encontra
ainda hoje, na Biblioteca da Prefeitura de Londres, levará a glória e terá o privilégio de ser o
Documento Maçônico mais Antigo.
Mas para que não surja ou permaneça nenhuma dúvida, segundo o pesquisador da Quatuor
Coronati, o Irmão G. H. T. French:
“O Primeiro Código ou Regulamento dos Maçons da Inglaterra, é datada de 2 de fevereiro de

1356, quando, como resultado da disputa entre Carvoeiros e Maçons, Pintores, Doze Mestres
de uma Obra, representando aquele ramo da Arte de Construir, foram até ao Prefeito e Edis de
Londres, na sede da Prefeitura e eles obtiveram uma Autorização Oficial, para que fizessem
um Código e um Regulamento Interno, para a Instalação de uma Sociedade e, acabar, de vez,
com a disputa e, também, para que de uma forma geral, ajudasse nos Trabalhos. O Preâmbulo
do Código, confirma que aqueles homens, foram lá, realmente juntos; porque o seu Ofício, até
então, não havia sido regulamentado, de nenhuma forma pelo Governo do Povo, como já
acontecia com outras Profissões.”
Essa Sociedade dos Maçons (The Fellowship os Masons), durou, ou prevaleceu sozinha
durante 20 anos – até 1376, quando foi fundada a Companhia dos Maçons de Londres.
Incidentemente, a primeira Regra desse Regulamento, regido naquela ocasião, como objetivo,
do “Delimitação em Disputa”, quando estabelecida “que, muitos homens da profissão, podiam
trabalhar em qualquer serviço relacionado com a sua profissão, desde que ele fosse
perfeitamente hábil e conhecesse muito bem a profissão.”
Daí por diante, eles passaram a trabalhar segundo esse Código. E muitos outros foram
surgindo, formando o que chamamos de Old Charges, ou Constituições Góticas. Fonte:
http://www.revistauniversomaconico.com.br/curiosidades/a-certidao-de-nascimento-da-
maconaria/
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 Neste documento, levado ao então prefeito de Londres
pelos pedreiros organizados sob a liderança de Henry
Yevele, foi proposto um estatuto em que declaravam
fidelidade ao rei, obediência às leis e à religião desde que
pudessem fazer suas reuniões em local privado, sem
presença de estranhos aos seus interesses.
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 Apesar das perseguições, que acentuaram a prática de
reuniões secretas dos maçons, a Maçonaria evoluiu
apoiada na adesão de proeminências do renascimento e
da nobreza.
o Contextualizando, este texto se refere ao sinal do século XV, em

que muitos cientistas, intelectuais, já se pronunciavam
contestando o poder da Igreja Católica e muitos passaram a
aderir à maçonaria.
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 Sua estrutura, capilaridade e confiabilidade favoreceram

a expansão da influência econômica e militar nas novas
colônias que se estabeleciam pelo mundo.
o Aqui podemos identificar um papel político primordial da

maçonaria no mundo. Assim estes cientistas, intelectuais, nobres,
militares e comerciantes, que eram as pessoas definidamente
interessadas na expansão dos seus negócios e do seu poder.
o Por estarem integradas na maçonaria, ao viajarem pelo mundo,

no período chamado das grandes navegações, encontrando
novas terras e ali implantarem seus costumes, seus negócios e
as suas atividades, também levavam a maçonaria como uma
atividade a complementar a caracterização do seu poder, como
marco da presença desses grupos europeus que foram invadindo
o continente americano e a costa africana.
 Em 1717 a união dos maçons foi selada com a fundação da Grande Loja de
Londres, que teve apoio e participação dos aristocratas e nobres.
 Em 1738 o Papa Clemente XII proibia as reuniões e declarava os maçons

“inimigos da Igreja”.
o Nesta bula papal os maçons são tratados como inimigos da Igreja

Católica, estimulando os católicos para que perseguissem e
extinguissem os maçons da face da terra.
o Esta bula foi muito preocupante pois, embora tivesse impedido os

maçons de se reunirem com a liberdade que até então se
reunião, não foi o suficiente para extinguir os maçons de uma
forma geral, pois já estavam acostumados a perseguições das
mais diversas.
Nota: Bula papal “In eminenti apostolatus specula”, de Clemente XII, datada de 1738 – vide
https://www.veritatis.com.br/in-eminenti-apostolatus-specula-clemente-xii-04-05-1738/
A Maçonaria nos USA
 A Maçonaria chega aos EUA no início do século XVII, com os comerciantes e

militares ingleses. Nesta época surgiram naquele país as primeiras lojas, que,
por serem itinerantes, tinham paramentos e equipamentos de uso ritualístico
portáteis.
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o Os maçons ingleses que viam para os USA, traziam suas Lojas

em caixotes, com todos os paramentos ali guardados, para que
pudessem montar as Lojas de forma itinerante.
o A razão desta medida é que sabiam que precisavam dominar um

território muito amplo, muito mais que o território inglês e sem ter
conhecimento da extensão deste território.
o Esse processo de exploração territorial, com tropas, famílias,

comerciantes, que iam se instalando pelo caminho, fez com que
os maçons que acompanhavam estas expedições, levassem seus
paramentos e Loja, para efetuarem sessões no local em que
estivessem.
Prince Hall
 Prince Hall foi um afro-americano abolicionista sobre quem há dúvidas do

ano e local exatos de seu nascimento – entre 1735 e 1738 – em Barbados ou
Boston (filho de uma mulher negra com um militar inglês). Foi iniciado e
exaltado em uma Loja Militar Itinerante dos Ingleses em 1775. Foi líder da
comunidade negra livre em Boston e iniciou a Maçonaria entre os negros
americanos.
o Prince Hall foi uma referencia nos USA, por ser um homem culto,
que se preparou desde criança e, por ter a pele escura, ele era
descriminado pelos ingleses, mas por ter pai militar inglês,
acabou sendo aceito na maçonaria.
o Foi um personagem fantástico que deve ser estudado com mais
pesquisa e profundidade
 Sua iniciativa resultou no que hoje é conhecido como Maçonaria Prince Hall.
Ele peregrinou pelos EUA fundando lojas nos diferentes estados e pressionava
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as autoridades pelo direito das crianças negras à educação pública e ao

treinamento militar para os jovens.
o Convém destacar a época em que ele percorreu o território

americano, as dificuldades, principalmente sabendo que ele
percorreu o sul dos USA onde se concentrava a população negra
escrava, fundando dezenas de Lojas Maçônicas e pressionando
as autoridades pela educação para as crianças e por direitos civis
e sociais, protegido pelo fato que era um bravo guerreiro com
credenciais para trafegar pelo país todo.
o Prince Hall também pressionou as autoridades militares para que

os jovens negros pudessem ter treinamento militar, tornando-os
verdadeiros defensores da pátria que então se iniciava.
o Assim, como maçom, pois os ideais da nossa Ordem em ação.
Nota: vide http://www.princehall.org/ - Potência Maçônica reconhecida nos

USA.
 Prince Hall é reverenciado como o fundador da "Maçonaria para Negros“ nos

EUA, conhecida como Freemasonary Prince Hall. Ele formou a Grande Loja
Africana da América do Norte e foi o seu primeiro Grão-Mestre, eleito por
unanimidade, e serviu até sua morte em 1807.
A independência dos USA
 No início do século XVIII as lojas maçônicas nos EUA estavam sob jurisdição
da Grande Loja Inglesa ou da Grande Loja Irlandesa. Boston e Filadélfia eram
os grandes centros comerciais e políticos e, apesar da distância entre elas,
havia integração econômica e convergência de ideias e objetivos libertários.
o Neste século a maçonaria já estava implantada nos USA, porém
dentro dos USA havia movimentos crescentes dos chamados
colonos ingleses pela libertação do país do julgo inglês.
o Os ingleses, assim como os portugueses no Brasil,

pressionavam, cobravam impostos, fiscalizavam toda a riqueza
produzida, mantinham uma força militar permanente em todas as
regiões do Brasil, também os ingleses faziam o mesmo nos USA.
 O processo de colonização era muito semelhante, ou seja,
a visão europeia de dominação dos territórios recém-
descobertos.
 Isso fez que, nos USA, onde havia um grande contingente

de colonos, de famílias que foram para lá com objetivo e a
visão de estar lá para construir seu futuro, fez com que
surgisse um movimento muito bem embasado de estruturar
um processo de libertação do julgo inglês.
18
 Este ambiente fez crescer o movimento de independência da Inglaterra, que

foi fortalecido com a adesão de irmãos maçons ao movimento, dentre os
quais se destacaram Benjamin Franklin e George Washington.
o Embora houvessem muitos maçons envolvidos no movimento,

Benjamin Franklin foi uma referencia moral para esse movimento
e George Washington o grande líder, que foi capaz de incorporar
os anseios da população e apresentar isso na sua prática diária,
ao assumir responsabilidades, liderar batalhas, negociar
politicamente as situações onde isso era exigido e que acabou
sendo o primeiro Presidente da República, o chamado “pai da
pátria” dos USA.
 Em 1773, nos EUA, aconteceu “Tea Party” no porto de Boston, que marca o
início da luta dos americanos pela independência.
o Trata-se de uma revolta dos produtores de chá que viviam em

Massachusetts, que fazem contra os ingleses, jogando a
produção do chá no mar para que os ingleses não levassem o
chá ao custo tão elevado de impostos que estavam cobrando dos
americanos.
o Este evento acabou se tornando um marco para o início da luta

americana para sua independência.
 Em 1776 quinze irmãos maçons assinam a Declaração de Independência dos

EUA
o O redator da Declaração de Independência foi Benjamim Franklin,

cuja leitura da biografia foi recomendada pelo professor, que nos
deixou treze princípios fundamentais de bem viver, como ele
dizia.
19
Nota: livro Benjamin Franklin: Uma vida americana - https://books.google.com.br/books?hl=pt-

BR&lr=&id=l7TRCgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PT6&dq=Biografia+de+benjamin+franklin&ots=pjqHzS
e-
77&sig=M0bHyt85PAX4UQFC_oIeusagxgA#v=onepage&q=Biografia%20de%20benjamin%20fr
anklin&f=false
Trechos - https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13426.pdf
 Os ingleses, que também contavam com muitos maçons entre seus líderes e
oficiais, iniciam a guerra que duraria até 1781 e que é encerrada com um
acordo assinado por irmãos maçons de ambos os lados.
o A guerra pela independência americana foi sanguinária, onde

muitos amigos, que se conheciam, acabaram combatendo uns
contra os outros, pelas divergências políticas, mas quando os
ingleses se deram conta da força dos colonos e de sua
capacidade de organização e determinação, considerando que o
exercito inglês seria dizimado na continuidade da guerra, então é
proposta uma negociação para que haja paz e a liberdade dos
americanos se consolida.
Nota: O Tratado de Paris foi o acordo internacional pelo qual o extinto Reino da Grã-
Bretanha reconheceu formal e oficialmente o fim da Guerra da Independência dos Estados
Unidos e a independência dos Estados Unidos da América, pós-Revolução Americana. O
tratado foi assinado no dia 3 de setembro de 1783 em Paris, visto que se tratava de um terreno
neutro para ambos os litigantes. As outras nações combatentes – França, Espanha e República
das Sete Províncias Unidas dos Países Baixos – tiveram tratados de paz separados.
O Tratado de Paris estabeleceu o seguinte:
 A Grã-Bretanha reconhecia a Independência das Treze Colônias norte-americanas e lhes

entregava o território compreendido entre os Grandes Lagos, os Montes Apalaches e os
rios Ohio e Mississippi;
 A França recuperava alguns territórios perdidos depois da Guerra dos Sete Anos, quais
sejam: as feitorias do Senegal e as ilhas de Santa Lúcia, São Pedro e Miquelon e Tobago,
nas Antilhas, além do direito de pesca na Terra Nova;
 A Espanha recuperava a Flórida, perdida também na Guerra dos Sete Anos, e a ilha
de Minorca, no Mediterrâneo, ocupado pelos ingleses durante tal guerra; e
 Ao fim da guerra e após assinado o Tratado de Paris, a Inglaterra
possuiria Índia, Canadá, Senegal, parte da Luisiana e das Antilhas.
20
Tratado de Paris de 1783
 Ainda no ano de 1781 a pujante cidade de Nova Iorque vê nascer sua primeira
potência maçônica: a Grande Loja de Nova Iorque
 Em razão da vitória das forças da União, a Grande Loja dos Ingleses encerra
suas atividades em território americano, fechando suas treze Lojas.
 George Washington torna-se o primeiro presidente dos EUA em 1789, e em

1793 lança a pedra fundamental para a construção do Capitólio, que é o
Congresso americano, na área então escolhida para construção da capital
do país, a qual, décadas mais tarde, em sua homenagem, viria a se chamar
Washington.
Nota: Uma das histórias verídicas a respeito da fundação de Washington foi a de que
todos os prédios públicos da capital tiveram a sua pedra angular (ou Pedra de
Fundação) colocadas precisamente seguindo datas e horários calculados pelo estudo da
Astrologia Hermética. Através de cuidadoso estudo dos mapas astrais, estabeleceram-se
as janelas mais propícias para a fundação de cada edifício. Na imagem acima, George
Washington, vestindo paramentos completos maçônicos, para não deixar dúvidas de
que ele pertencia a essa ordem iniciática.
21
https://liberdadeeamorcassia.mvu.com.br/site/maconaria-nas-artes-plasticas/tVnwWnpLPtU-
3/atr.aspx
 Até os anos 1860, o território dos EUA quadruplicou em extensão, e a

economia se desenvolvia aceleradamente.
o Até esta data, os USA acrescentaram mais que o dobro do seu

território, quando comparado aos treze estados de seu início.
o Há uma série de eventos durante este período, ligados a

maçonaria, e a aproximação dos maçons franceses com os
americanos.
 No que hoje conhecemos como o Estado da Louisiana e

Mississipi, era área imensa sob domínio da França.
 Nesta época, na Europa, havia frequentes guerras do

exercito de Napoleão, dominando vários países da
Europa.
 A necessidade de recursos para financiar esse exercito de

Napoleão, fez com que os franceses negociassem com os
americanos a venda desses territórios, que foram se
transformando em estados americanos, que foram
acrescentados aos Estados Unidos da América.
Nota: vide
https://pt.wikipedia.org/wiki/Evolu%C3%A7%C3%A3o_territorial_dos_Estados_Unidos
22
 Muitos maçons participavam ativamente como líderes deste

desenvolvimento, que era marcado principalmente pela industrialização no
Norte e a expansão das ferrovias por todos os estados.
O ex senador de Maryland, Charles Carroll of Carrollton preside a cerimônia de lançamento da

pedra fundamental do primeiro trecho da Baltimore and Ohio Railroad, realizada em 4 de
julho de 1829. Com a participação da Grande Loja dos Maçons
(https://ia801401.us.archive.org/7/items/carrollcarrollton02rowlrich/carrollcarrollton02rowlrich.pdf
- pag 360).
 A industrialização que vai ocorrendo na parte norte dos USA e a

agricultura nos estados do sul.
o A expansão econômica se dá principalmente com as ferrovias, a

mineração e indústrias, nos estados do norte.
o Isso vai provocando uma divisão nos interesses econômicos de
cada uma dessas áreas, que vai culminar com a Guerra de
Secessão.
A guerra da secessão
 Em 1861 é deflagrada a Guerra de Secessão: o Norte contra o Sul
o O Sul, os Confederados, também queria se transformar em uma

nação independente, com o risco dos USA ter se dividido em dois
países, o que não aconteceu devido a vitória da União, Estados
do Norte.
 União (N) vs. Confederados (S)
 Causas da Guerra:
 Eleição de Abraham Lincoln
23
o Sua campanha eleitoral foi a favor da libertação dos escravos
Nota: A eleição presidencial dos Estados Unidos de 1860 foi a décima-nona eleição
presidencial do país, sendo realizada em 6 de novembro.[1] A nação tinha sido dividida ao longo
da década de 1850 sobre as questões em torno da expansão da escravidão e os direitos dos
proprietários de escravos. Em 1860, essas questões, finalmente veio à tona. Como resultado
de conflito de interesses regionais, o Partido Democrata dividiu-se em Norte e Sul, e o Partido
União Constitucional apareceu. O Partido Republicano, dominante no Norte, garantiu votos
eleitorais suficientes para colocar Abraham Lincoln na Casa Brancacom muito pouco apoio do
sul. Dentro de poucos meses depois da eleição, alguns estados do sul se separaram. Lincoln,
que venceu com maioria do Colégio Eleitoral e também do voto popular tomou posse em 4 de
março de 1861 como 16º presidente do país. Fonte:
https://pt.wikipedia.org/wiki/Elei%C3%A7%C3%A3o_presidencial_nos_Estados_Unidos_em_18
60
 Libertar negros da escravidão
o Os Estados do Norte a favor e os Estados do Sul eram contrários,

uma vez que suas fazendas (forte produção de produtos
agrícolas, em destaque o algodão) eram operadas por mão de
obra gratuita, os escravos.
 Mercado para bens industriais
o Neste caso o Norte queria que os Estados Confederados, que

ganhavam muito com a venda da sua produção, mas que
compravam os bens industrializados na Europa, ao invés da
produção interna americana, dos Estados do Norte.
 O conflito foi predominantemente de ordem econômica, considerando

que o fim da escravidão, além de ter o caráter moral e social, também
trazia o aspecto econômico ao ter que passar a pagar pela mão de obra,
acabou alimentando um processo de guerra, que foi extremamente
sanguinário, com a morte de muitos americanos e indígenas.
o No caso dos indígenas, a guerra provocou um avanço sobre as

terras que estavam ocupadas pelas tribos.
o Provocou também a divisão no sentido cultural, da forma de ver o

mundo, que se manteve.
24
o Com o fim da escravidão, ocorreu o forte preconceito, que ainda

hoje se observa em poucas regiões do Sul, evidentemente que
atualmente é muito menor, entre negros e brancos.
 A Maçonaria americana desenvolveu e continua a trabalhar

para a eliminação desse preconceito e divisões culturais.
 A Maçonaria teve papel fundamental nesta guerra, acolhendo os líderes

negros que buscavam abrigo entre as tropas da União (N), principalmente nas
lojas dos estados onde as batalhas eram mais intensas: Virginia, Carolina do
Norte, Carolina do Sul e Geórgia.
o Os negros que fugiam se tornavam aliados das tropas da União.
 Desses estados saíram grandes lideres negros, como por

exemplo, no século XX: Martin Luther King, do Estado da
Geórgia, da cidade de Atlanta.
A Maçonaria na América Latina
 A Espanha ocupava um vasto território da América Central e da Costa do

Pacífico nas Américas do Norte e do Sul. A França e a Inglaterra dominavam
muitas pequenas colônias nas ilhas do Mar do Caribe e na América Central
com lojas maçônicas em atividade desde o início do século XVIII.
 Mas no início do século XIX começou o “desenho do mapa” da região
 No final do século XVIII e início do século XIX, a Maçonaria na Europa

ampliava sua influência favorecida pelo êxito da Revolução Francesa, pela
independência nos EUA e pelas conquistas de Napoleão.
 A rede maçônica era uma chave diplomática que favorecia a migração de

ideias, as alianças políticas e os acordos de comércio.
o O papel da maçonaria passa a ser determinante nas relações

diplomáticas entre os países, pois contava com muitos líderes
nesse processo, sejam eles:
 Militares;
25
 Líderes econômicos, proprietários, gestores ou

comerciantes de grandes volumes de compras e vendas
de mercadorias, cultivadas nestes locais ou importadas da
Europa que se industrializava.
 Alguns líderes religiosos, que também aderiram a

maçonaria e passaram a fazer parte dos movimentos.
o Estes líderes serviam de suporte para toda ação política, porque

todo líder político é levado ao poder por algum tipo de estrutura
política que está ao seu entorno, tanto militar, como social e com
a atividade econômica para a sustentação desta liderança.
o Foi isso que a maçonaria acabou promovendo, pois esses grupos

se encontram nas Lojas e acabaram podendo articular as várias
ações, mas que também levaram a expansão da maçonaria em
todos esses países.
 Na Espanha “As Cortes de Cádiz” estabelecem, em 1812, a transição para o

novo regime abrangendo as colônias. Uma das medidas é a proibição das
lojas maçônicas nos territórios da Coroa Espanhola.
o A Espanha, como conhecemos hoje, era dividida em cinco reinos,

que se reuniram na cidade de Cádiz, para deliberarem sobre o
futuro da região e sobre o continente americano, pois viam com
muito temor o fato da independência dos USA ter sido bem
sucedida, temendo que isso se repetisse em suas colônias,
principalmente do México (nesta época incluía as regiões da
Califórnia, Texas, New México e Arizona), de onde tiravam muitas
riquezas.
o Os espanhóis estavam preocupados com a expansão da

maçonaria nos territórios de suas colônias, envolvendo forças
militares e civis, achando que a maçonaria fosse uma articulação
dos interesses ingleses em suas colônias, o que não era verdade,
pois a maçonaria é independente de qualquer governo e de
qualquer nação, lembrando que tem o preceito de obedecer as
leis e regras de cada governo onde estiver presente.
Nota: Se conoce como Cortes de Cádiz a la Asamblea constituyente inaugurada en San

Fernando el 24 de septiembre de 1810 y posteriormente trasladada a Cádiz en 1811 durante
la Guerra de la Independencia Española.
26
A comienzos de la Guerra de la Independencia (1808-1814) las revueltas populares se

acompañan de la creación de Juntas provinciales y locales de defensa (asumiendo la
soberanía nacional, con la formación de sus propios órganos de gobierno), pues a pesar de
que legislativamente el traspaso de la corona era irreprochable, los españoles no reconocían la
figura de José I Bonaparte como su rey. Estas juntas tienen como objetivo defenderse de la
invasión francesa y llenar el vacío de poder. Estaban compuestas por militares, representantes
del alto clero, funcionarios y profesores, todos ellos conservadores, por lo que a pesar de que
el origen del movimiento fuera revolucionario, la finalidad no mantendría la misma naturaleza.
En septiembre ceden su poder a la Junta Central Suprema Gubernativa del Reino la cual se va
a encargar del gobierno del país; de dirigir la defensa frente a los franceses (como la firma del
acuerdo de alianza con Inglaterra); y convocar una reunión extraordinaria a cortes, lo cual
supone otro hecho revolucionario, ya que el derecho a convocar cortes es exclusivo de la
corona. Fonte: https://es.wikipedia.org/wiki/Cortes_de_C%C3%A1diz
Juramento de las Cortes de Cádiz en la Iglesia mayor parroquial de San Fernando, obra
de José Casado del Alisal. Expuesto en el Congreso de los Diputados de Madrid.
 Houve imediata insurgência no México com a recusava em continuar sob

tutela da Espanha e também em se tornar colônia da França, cujas tropas
ocupavam a Espanha.
o O México que vivia sob o julgo dos espanhóis, estava preocupado

em não ser mais uma colônia espanhola, devido ao risco de vir a
27
se tornar uma colônia francesa, assim havia articulações políticas

e militares para o México se tornar independente, e os espanhóis
preocupados em evitar que isso acontecesse.
o Essa preocupação mexicana em não vir a se tornar uma colônia

francesa, devido a invasão de Napoleão, fez com que essa guerra
de independência fosse muito complexa, tanto militar como
político, porque alguém que tivesse lutando por um ideal, no meio
do processo se apercebia que estava lutando por outros ideais.
o Então lutar contra a Espanha, não necessariamente significava

independência, porque uma vitória contra a Espanha seria a
independência do domínio francês.
Nota: vide https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/independencia-do-

mexico-indios-mesticos-e-icriollosi-lutam-entre-si.htm
 O ideal liberal e a capacidade de articulação dos maçons (com ajuda de lojas

inglesas e norte-americanas) apoiaram a guerra que levou o México a
conquistar sua independência, formalizada na Constituição Mexicana de
1857.
 Em fins do Séc. XVIII, sob domínio dos ingleses, foi instalada a primeira loja
maçônica.
 Com a invasão dos franceses e por não haver participação de membros

nativos – os crioulos, a loja passou a ser jurisdicionada, paradoxalmente, ao
Grande Oriente da França.
Nota: Como em todas as colônias espanholas da América, a sociedade da Nova Espanha

estava dividida em:
 Espanhóis de nascimento (chamados ali de guachupins), que detinham todos os

cargos mais importantes da administração pública;
 Criollos, a elite local descendente de espanhóis, que, apesar de ser formada por ricos
proprietários de de terras, de minas e do comércio, não tinha os mesmos privilégios
que os guachupins;
 Indígenas e mestiços (82% da população), que eram trabalhadores duramente

explorados por guachupins e criollos.
As rivalidades entre esses três grupos marcaram o movimento de independência do México.
Fonte: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia/independencia-do-mexico-indios-
mesticos-e-icriollosi-lutam-entre-si.htm?cmpid=copiaecola
 A maçonaria contribuiu para a formação e independência do país.
28
 A transferência de muitos franceses para a maior das Antilhas, após o levante

dos escravos em Santo Domingo, em 1804, favorece a incorporação das lojas
de Cuba − agora sim − com crioulos e espanhóis em seus quadros, sob
jurisdição da Grande Loja da Pensilvânia, EUA.
Sede da Grande Loja de Cuba

Nota: Ao contrário do que muitos podem pensar, a Grande Loja de Cuba, com seus mais de
150 anos de história, é uma Obediência forte e em crescimento. Cuba possui uma população
de um pouco mais de 11 milhões de habitantes, menor do que a cidade de São Paulo. Já os
números maçônicos são surpreendentes: mais de 29 mil maçons divididos em 316 Lojas. Para
se ter uma ideia, a GLESP – Grande Loja do Estado de São Paulo, maior Obediência Estadual
do Brasil, possui menos de 21 mil membros.
A Grande Loja de Cuba possui nada menos do que 170 tratados de reconhecimento que
incluem: a Grande Loja Unida da Inglaterra, as 27 Grandes Lojas Estaduais Brasileiras e o
Grande Oriente do Brasil, 47 Grandes Lojas Estaduais Norte-americanas. Não apenas
reconhecida, mas também sempre atuante, a Grande Loja de Cuba foi uma das fundadoras da
CMI – Confederação Maçônica Interamericana, tendo sediado um de seus importantes
Congressos.
https://www.noesquadro.com.br/maconaria-no-mundo/maconaria-no-mundo-cuba/ de Kennyo
Ismail
 O Grande Oriente de Cuba e a Grande Loja de Colón no México e Antilhas

nasceram em 1868, sem conexão coma Espanha, onde não havia Maçonaria
(proibidas pela Corte de Cádiz). A verdadeira constituição da Maçonaria na
região começou a partir desta data, apoiada pelas potências maçônicas dos
Estados Unidos.
 A Maçonaria influenciou o pensamento cubano porque os líderes da

revolução em ambos os lados, fossem autonomistas ou independentistas,
eram maçons.
 Após a Primeira Grande Guerra muitos deixaram Cuba para apoiar de fora a
luta pela independência, incluindo José Martí.
Nota: José Julián Martí Pérez (Havana, 28 de janeiro de 1853 — Dos Ríos, 19 de
maio de 1895) foi um político, intelectual, jornalista, filósofo, poeta e maçom cubano, criador do
Partido Revolucionário Cubano (PRC) e organizador da Guerra de 1895 ou Guerra Necessária.
Seu pensamento transcendeu as fronteiras de sua Cuba natal para adquirir um caráter
universal. Em seu país natal, também é conhecido como «El apóstol».
29
 O final da guerra da independência em 1898 foi selado com ajuda de

influentes militares maçons dos EUA.
General Calixto Garcia (right center) and Brig. General William Ludlow (left center), taken during
their conference at the time of the landing of the American army, from p. 312 of Harper's
Pictorial History of the War with Spain, Vol. II, published by Harper and Brothers in 1899.
 A Guerra de Independência Cubana ou Guerra de 95 (1895–1898), é

o nome pelo qual se conhece a última das três guerras pela
independência dos cubanos contra o domínio espanhol, sendo as outras
duas, a Guerra dos Dez Anos, de 1868 a 1878, e a chamada Guerra
Chiquita ('Guerra Pequena'), entre 1879 e 1880.
Depois de três meses, o conflito se agravou, evoluindo para a Guerra Hispano-
Americana contra o Reino da Espanha.
O conflito teve início com o "Grito de Baire", em 24 de fevereiro de 1895, e terminou em
1898, com a rendição das tropas realistas antes a armada estadunidense.
Estima-se que mais de 300 mil pessoas morreram nesta guerra.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_de_Independ%C3%AAncia_Cubana
Notas: Calixto García y Iñiguez (Holguín, Cuba, 4 de Agosto de 1839 - Nova Iorque, 11 de
Dezembro de 1898) foi um general nacionalista cubano. Chefiou seu país em lutas preliminares
contra a Espanha pela independência. Líder durante a Guerra dos Dez Anos (1868-78) e
durante a Pequena Guerra (1879-80). Suas investidas militares tiveram pouco sucesso e
resultaram em seu prolongado encarceramento. As tropas cubanas sob seu comando apoiaram
as forças americanas durante a guerra hispano-americana.
William Ludlow (November 27, 1843 – August 30, 1901) was an officer in the Corps of
Engineers and a major general in the United States Army who served in the Civil War, Plains Indian
Wars, the Spanish–American War, and led a scientific expedition examining the natural wonders
of Yellowstone National Park.
 Os maçons de Cuba contribuíram para que as consciências nacionais, civis e

patrióticas se ampliassem no Caribe, como um enclave estratégico para
ampliar a maçonaria francesa.
 Houve uma luta de poder entre os principais líderes da maçonaria caribenha

em Santo Domingo e pelo controle da maçonaria Cubana no início do século
XIX, a qual deriva das rivalidades entre obediências francesa e anglo-saxã na
região.
30
 Francisco Calvo, organizador da primeira loja na Costa Rica – apesar de sua

condição eclesiástica – atuou em diferentes projetos civis para a promoção
das liberdades e intelectualidade costarriquenha, levando à fundação da
Universidade de Santo Tomás.
Costa Rica - Comemorativo aos 100 Anos da Maçonaria

-MINT- Cinderela - Francisco Calvo padre jesuíta católico que começou a Maçonaria em
Costa Rica.
 Na Costa Rica a Maçonaria teve um desenvolvimento tardio, e tem mais a ver

com associativismo do que propriamente com a Maçonaria, pois dele
participaram ordens religiosas.
Nota: Freemasonry was introduced in Costa Rica by a Roman Catholic priest named Francisco
Calvo, and the first lodge was completed in 1865. Masons played a surprising role in the history
of Costa Rica, with 14 presidents listed as known Masonic brothers, along with many of the
ministers, officials and family members that surrounded them. In a country plagued by nepotism,
citizens sometimes felt manipulated by a shrouded ruling class, leading to the pursuit and
persecution of many Freemasons throughout their formative years in Costa Rica. Fonte:
http://www.ticotimes.net/travel/grand-masonic-lodge-costa-rica
 A maçonaria latina é marcada pela falta de troca intercultural com a Europa,

condicionado pela sua situação geográfica e legalidade comercial imposta
pela metrópole no século XVIII.
 No Peru, o primeiro registro verdadeiro da existência de uma oficina cita a

Loja Lautaro, existente entre 1817 e 1820, que se tornaria parte de um
projeto cujo objetivo final poderia ser derrubar o vice-rei da Espanha.
31
o Assim podemos notar que a maçonaria nos países de origem

hispânica, sempre estive muito ligada a política da Espanha e os
conflitos dos interesses espanhóis de manterem suas colônias, do
domínio militar com os povos e seus lideres que foram se
estabelecendo nas colônias, em se tornarem independentes,
contaminou a ação da maçonaria, impedindo que algumas lojas
evoluíssem e causou muitas perseguições. Isto também mostra
como foi sofrida a configuração desses países como um todo.
 Nos anos 1820 havia muitos estrangeiros em países como Venezuela e

Colômbia, época que a instalação de lojas teve início.
 Houve um impulso associativo e uma mobilização popular de comerciantes e
artesãos estrangeiros de origem europeia não hispânica e norte-americanos,
o que favoreceu o crescimento da Maçonaria.
 Entre 1816 e 1820 são estabelecidas lojas do rito de York na costa do México
com autorização da Grande Loja da Louisiana, que logo foram incorporados
para o rito escocês.
 Estas oficinas resultaram da aquisição da Louisiana pelos americanos. Por
isso, houve iniciativas para sua instalação. Os membros eram comerciantes e
militares da marinha.
o Havia o interesse militar dos USA em dominar o Golfo do México, pois

havia a preocupação que ali não se tornasse uma região de livre tráfico
de marinha mercante, por questões de segurança nacional.
o Isso mostra a preocupação americana com a estratégia, aliando as

preocupações de longo prazo com foco na segurança e na evolução dos
seus negócios, comercial ou empresarial.
 No mesmo período ocorre a implantação de organizações nacionais

maçônicas na Argentina, Brasil, Chile e Uruguai.
 Surgem lojas em grande número com a presença de franceses, britânicos,

italianos, espanhóis e portugueses.
 As oficinas tornam-se então espaços de cultura e de articulações políticas.
 Em Buenos Aires, em meados do século XIX, havia lojas que aceitavam

mulheres.
 No ano de 1906 aconteceu em Buenos Aires o XIII Congresso Internacional do

Pensamento Livre, no qual o pensamento feminista teve espaço, e a partir
deste, o feminismo se difundiu pela América Latina.
32
 No Chile, a origem da Maçonaria acontece no século XIX com Felipe Santiago

del Solar, que fundou a Loja Diderot-Paris 7.
 Em 1862 é fundada a Grande Loja do Chile, à revelia do Grande Oriente da

França que iniciou a Maçonaria naquele país.
 A destruição dos arquivos da Grande Loja do Chile no início do século XX faz

com que haja ausência de fontes de pesquisa e constitui um dos principais
problemas de estudo da Maçonologia.
 Mostramos as interinfluências e as migrações das principais obediências de

diferentes nacionalidades e pessoas que vieram caracterizar a implementação
da Maçonaria na América, que se tornou independente de sua metrópole
europeia no final do século XVIII
 A maestria, como ciência, deve ser felicitada e é justo felicitar os autores que
contribuíram com seu trabalho para a ocasião.
“Meu caminho pelo mundo,

eu mesmo traço.
A Bahia já me deu –
graças a Deus –
Régua e Compasso.
Quem sabe de mim sou eu,
Aquele abraço”.
(Gilberto Gil)
33
Aula 3 - A MAÇONARIA NO BRASIL
4
 Quantos e quais eventos da história do Brasil tiveram a
participação dos Maçons?
 A Maçonaria é mesmo uma instituição que influi nas

questões políticas?
6
 Estas e outras dúvidas sobre a história do Brasil e sua
ligação com os Maçons são frequentes nos debates
políticos.
7
 Nessa etapa de nossa disciplina, vamos fazer um breve
histórico desde a chegada da Maçonaria no Brasil.
 Relatar a atuação dos Maçons nos momentos cruciais.
o Destaca-se que há muita mística em relação a estes assuntos.
34
 Além da chegada dos portugueses em 1500, há pouca menção da vinda

de outros europeus no litoral brasileiro, principalmente no nordeste, onde
se aprende nas escolas sobre as invasões francesas e holandesas, mas
não há um detalhamento sobre como essas invasões ocorreram e de
que maneira essas outras nações ocuparam do território brasileiro,
tratando como colônias próprias.
 Sabemos que na região do Rio Grande do Norte e uma parte do que

hoje é Pernambuco, tivemos um domínio holandês por muitos anos,
assim como os franceses dominaram uma região que hoje é o Maranhão
por um longo período, razão do nome da atual capital se chamar São
Luis, que é uma homenagem direta ao Rei Luis XIV da França.
Nota: Luís XIV (Saint-Germain-en-Laye, 5 de setembro de 1638 – Versalhes, 1 de

setembro de 1715), apelidado de "o Grande" e "Rei Sol", foi o Rei da França e Navarra de 1643
até à sua morte. Seu reinado de 72 anos é o mais longo de toda história do planeta; Nenhum
outro monarca ocupou um trono por tanto tempo. Foi um dos líderes da crescente centralização
de poder na era do absolutismo europeu.
 É nesse período que a maçonaria pisou no Brasil pela primeira vez.
Igreja da Sé: Única capela católica da América latina com os símbolos da maçonaria
9
 Há, em São Luís (MA) e em Olinda e Recife (PE), muitos
edifícios erigidos com símbolos específicos da maçonaria.
35
 Nessas construções está a marca da presença de Maçons

desde o século XVII, durante domínio de ingleses e
holandeses nessas regiões.
 Em razão da fidelidade do Rei de Portugal ao Papa, a

Maçonaria era perseguida em Portugal e em toda
Península Ibérica desde o início do século XVIII.
 Portugal e Espanha se baseavam na mensagem papal de

1735 e hostilizavam a Ordem, inclusive em suas colônias.
o Por essa razão que a maçonaria no Brasil teve forte influencia,

quando não trazida por maçons de outros países, França,
Inglaterra e Holanda.
o A corrida do ouro em Minas Gerais, como outro local e momento

importante onde a maçonaria foi se consolidando como uma força
dentro do Brasil, do ponto de vista de aglutinar interesses de
comerciantes, militares, pessoas do clero e autoridades políticas
que aqui estavam.
 Também em 1735 o Visconde de Weymonth, Grão Mestre

da Grande Loja da Inglaterra, designava um Grão-Mestre
Provincial para instalar em Buenos Aires uma comissão
de estudos sobre tráfico de escravos.
 Todos os membros dessa comissão eram maçons e, por

intermédio deles, a maçonaria cresceu em toda a
América do Sul.
 Em 1797 foi instalada em Salvador, na Bahia, a Loja

Cavaleiros da Luz.
 Em 1796 surge em Pernambuco o Areópago de Itambé

fundado pelo frei Manuel Arruda Câmara que apesar de
clube literário defendia os ideais maçônicos e buscava a
Independência.
 Em Ouro Preto, no final do século XVIII, Tiradentes

pertenceu a uma Fraternidade na qual se reunia com
seus companheiros para traçar os planos de
independência.
 Embora não haja prova científica, há evidências de que

era uma agremiação maçônica e eles eram chamados de
“mazombos”.
36
Nota: brasileiro, filho de pais europeus, especialmente portugueses do período colonial

(contrastavam com os reinóis, nascidos na metrópole que posteriormente imigraram), ou
pessoas culturalmente e etnicamente europeias nascidas no Brasil em geral. «A fronda
dos mazombos» — título duma obra de Evaldo Cabral de Mello – fonte:
https://pt.wiktionary.org/wiki/mazombo
 O movimento de Inconfidência foi ajudado por Maçons

ingleses mercadores de diamantes e inspirados pela
Independência Americana que acabara de ser
conquistada sob coordenação de maçons.
 Os primeiros maçons ingleses que chegaram ao Brasil

tinham o objetivo de ajudar a libertar o país do domínio
português.
o Os ingleses apoiavam a independência das colônias (Brasil,

México, Colômbia, Venezuela, e outras) por razões econômicas,
após terem perdido os USA com a sua independência.
o O objetivo era a troca por tratado de comercio, privilegiando os

produtos industrializados ingleses e não permitindo ou
inviabilizando a produção nacional destes países. Vide livro de
Jorge Caldeira, “Barão de Mauá, Empresário do Império”.
 Embora já houvesse maçons no Brasil e movimentos

espontâneos de brasileiros ligados ao Grande Oriente da
França, o apoio dos ingleses foi decisivo.
 As primeiras lojas instaladas no Rio de Janeiro

realizavam suas atividades nas ruas onde o comércio dos
ingleses funcionava, deixando claro o objetivo principal
de defender os interesses ingleses no país.
 A Maçonaria cresce no Brasil com novas lojas, filiadas a

potências na Inglaterra, França e Portugal.
 Em 1813 as lojas Virtude e Razão; União e Humanidade

fundam o Grande Oriente Brasileiro no Rio de Janeiro.
o Mesma data onde há a união do Grande Oriente da França com o

Grande Oriente Unido da Inglaterra, lembrando que o Grande
Oriente Lusitano estava ligado a este último.
37
 Após a Revolução Pernambucana, em 1818, as lojas são

fechadas por força de um decreto da coroa proibindo as
“sociedades secretas”.
o A repressão a maçônica teve por razão de um princípio

fundamental da Ordem: a ideia de liberdade, que sempre foi uma
ameaça para os governos totalitários, sejam eles de direita ou de
esquerda, ou imperial ou republicano ditatorial.
 Os interesses pela independência do Brasil se acentuam

com as conquistas napoleônicas e a fragilização dos
portugueses e espanhóis.
 Em 1817 ocorreu a Revolução Pernambucana, quase que

simultânea a uma Revolta Libertária no Rio Grande do
Sul.
Nota: A Revolução Pernambucana, também conhecida como Revolução dos Padres, foi um
movimento emancipacionista que eclodiu em 6 de março de 1817 na então Capitania
de Pernambuco, no Brasil.
Dentre as suas causas, destacam-se a influência das ideias iluministas propagadas pelas
sociedades maçônicas, o absolutismo monárquico português e os enormes gastos da Família
Real e seu séquito recém-chegados ao Brasil — o Governo de Pernambuco era obrigado a
enviar para o Rio de Janeiro grandes somas de dinheiro para custear salários, comidas, roupas
e festas da Corte, o que dificultava o enfrentamento de problemas locais (como a seca ocorrida
em 1816) e ocasionava o atraso no pagamento dos soldados, gerando grande
descontentamento no povo pernambucano e brasileiro.
Foi o único movimento separatista do período colonial que ultrapassou a fase conspiratória e
atingiu o processo revolucionário de tomada do poder.
Contou com relativo apoio internacional: os Estados Unidos, que dois anos antes tinham
instalado no Recife o seu primeiro Consulado no Brasil e no Hemisfério Sul devido às
relações comerciais com Pernambuco, se mostraram favoráveis à revolução, bem como os ex-
oficiais de Napoleão Bonaparte que pretendiam resgatar o seu líder do cativeiro em Santa
Helena, levá-lo a Pernambuco e depois a Nova Orleans.
... seu líder, Domingos José Martins aos poucos se tornou uma liderança lo
http://grupodomingosmartins.com.br/domingos-jose-martins/ cal, ele fundou a loja maçônica
“Pernambuco do Ocidente” e, como comerciante, ajudava quem pedia, promovia muitas
festas no sobrado que alugara no Recife. Em paralelo, Domingos e seus companheiros
planejavam a revolução.
Em 06/03/1817 a revolução foi realizada, os pernambucanos proclamaram uma república e
Domingos José Martins fora nomeado um dos cinco governadores provisórios. A república
pernambucana nasceu com forte sentimento nacionalista, mas durou pouco mais de dois
meses. Em Junho de 1817, a república de Pernambuco fora derrotada e em 12 de Junho do
mesmo ano Domingos Martins fora fuzilado no Campo da Pólvora. As últimas palavras de
Domingos Martins foram “morro pela liber…”, interrompidas por seus fuziladores, que negaram-
lhe a própria liberdade de se expressar. Fonte: http://grupodomingosmartins.com.br/domingos-
jose-martins/
38
 O inglês Joseph Ewbank chega ao Brasil em 1815, vindo

da Argentina e filia-se à loja Comércio e Artes e em 1833,
funda a Orphan Lodge.
Notas:
 Joseph Ewbank, iniciado em Londres em 1810, era membro da Loja “Comércio e Artes”
por ocasião do Grande Oriente Brasílico em 17.06.1822, tinha o nome simbólico,
costume da época, de Artaxerxes, e nos registros da Loja figurava como “José”. Fonte:
http://www.thegoatblog.com.br/nupesma/archives/08-01-2007_08-31-2007.html
 Rito de York (Ritual de Emulação) no GOB - Os maçons ingleses fundaram lojas

para a sua prática, mais precisamente as seguintes:
Orphan Lodge n° 616 [Loja Órfã] – Rio de Janeiro em 17 de fevereiro de 1833 pelo
inglês Joseph Ewbank, dois anos após a reinstalação do Grande Oriente do Brasil.
... Orphan Lodge n° 616 – abateu colunas em 1844.
(fonte: http://www.revistauniversomaconico.com.br/tempo-de-estudos/o-rito-de-york-no-
grande-oriente-do-brasil/
 Em Recife surge a Southern Cross Lodge, fundada pelo

consul inglês Henry Crowper em 1856.
Nota: O sistema inglês de Maçonaria entrou no Brasil através da “ Orphan Lodge” no Rio de
Janeiro em 28.06.l837. Em 2l.09.l839 também no Rio de Janeiro, foi fundada a “St.Jonh’s
Lodge” e a terceira Loja foi a “Southern Cross Lodge” em Recife que recebeu a Carta
Constitutiva ou Carta Patente em 25.04.l856. Todas estas Lojas receberam autorização
diretamente, isto é, a Carta Patente da Grande Loja Unida da Inglaterra. Não tinham quaisquer
vínculos com a Maçonaria Brasileira. Estas lojas tiveram existência efêmera. mas marcaram
oficialmente o contato do Brasil com o sistema ritualístico inglês. A última delas a abater
colunas foi a“Southern Cross Lodge” em l872 ou l873 . Fonte:
https://www.facebook.com/fernando.redecolmeia/posts/1222239217826225.
 Muitos comerciantes que defendiam os ideais de

independência do Brasil formam lojas em suas casas.
 Isso se deve ao fato das perseguições a maçonaria que

continuavam bastante ativas.
 Destaca-se o papel da “Casa da Resistência” de José

Joaquim da Rocha que atuou para que D. Pedro I
permanecesse no Brasil em 1821.
 Havia a preocupação que o rompimento com Portugal não fosse

tão traumática, objetivando evitar a divisão do Brasil em partes,
pois uma ruptura envolveria batalhas e confrontos.
39
 Uma eventual ruptura também traria prejuízo para os

comerciantes, negócios de exportação dos bens que eram
extraídos do Brasil e também poderia provocar uma distensão
que impedisse que o país fosse tão grande territorialmente, como
se tornou após a independência.
Nota: Depois do vitorioso episódio do FICO, o “Clube da Resistência”, sob a direção de José
Joaquim da Rocha, foi transformado em “Clube da Independência” e, mais tarde, na Loja “09
de janeiro”. Para evitar a vigilância da Polícia, reuniam-se na residência de José Joaquim da
Rocha, na Rua da Ajuda, e muitas vezes na cela de Frei Sampaio, no Convento de Santo
Antônio, onde se realizavam verdadeiras Sessões Maçônicas. Fonte:
http://www.arlsmalkhut.com.br/noticias.asp?referencia=38&A%20Ma%C3%A7onaria%20e%20
a%20Independ%C3%AAncia%20do%20Brasil
 Os maçons ganham força e atuam até obter de D. Pedro,

em 1822, sua decisão de permanecer no Brasil e, em
consequência, bradou o Grito de “Independência ou
Morte” em 7 de setembro.
 Antes, porém foi iniciado em 13 de julho na Loja

Comércio e Arte.
Ata de Iniciação de D. Pedro de Alcantara, Principe Regente e Perpétuo defensor do Brasil.
 O objetivo da iniciação de D. Pedro era que ele absorvesse os

princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, possibilitando um
novo estilo de gestão pública no Brasil.
 Após a Independência, a Maçonaria do Brasil dedicou-se

à causa da estabilidade política do Império.
 Em 1831 o Grande Oriente do Brasil reinicia suas

atividades que tinham sido interrompidas e elege José
Bonifácio para Grão Mestre.
40
 Após a coroação de D. Pedro II, a Maçonaria do Brasil

inicia suas ações em prol da causa da libertação dos
escravos.
 A abolição dos escravos foi um processo lento, doloroso e mais

traumático que o Brasil enfrentou, deixando cicatrizes na nossa
sociedade, que derivam do processo de escravidão, mas que
tinha urgência de ser feito, uma vez que o Brasil estava atrasado
na libertação dos escravos, em relação a outros países que
também tiveram escravos negros como mão de obra.
41
Fonte https://www.geledes.org.br/datas-da-abolicao-da-
escravidao-nos-paises-americanos/
42
 Neste período houve nos estados do Brasil diversas

revoltas por um regime republicano e, em muitas delas,
havia maçons envolvidos.
 A Guerra do Paraguai e os levantes no Rio Grande do Sul

tiveram ilustres maçons entre seus líderes, com
destaque para Duque de Caxias e Barão de Mauá.
Nota: Barão de Mauá foi contrario a Guerra da Paraguai e há duvidas se tivesse sido maçom.
O mais provável que tenha sido em Loja Inglesa e não pertencente ao GOB.
“Mauá era maçom atuante. Sua iniciação na Maçonaria e adoção dos postulados liberais
defendidos por aquela Instituição, o levou a vários conflitos com os partidos conservadores e
setores da igreja. Suas ideias políticas, que defendiam a instituição da república e a libertação
dos escravos, sua posição contraria à Guerra do Paraguai, sua posição abolicionista (embora
tivesse sido traficante de escravos)atraiu a antipatia da monarquia e dos monarquestas.” Fonte:
http://www.joaoanatalino.recantodasletras.com.br/visualizar.php?idt=2625133
 Após esses episódios, com os volumosos investimentos

dos ingleses, surge a conveniência da luta pela
República.
 Maçons em diversas áreas defendem o movimento

republicano.
 Surgem na cena brasileira os jornais, revistas e outras

manifestações culturais que acentuam as críticas ao
imperador e à monarquia.
 A Maçonaria no Brasil cresce com a expansão da

cafeicultura em SP.
 Ferrovias, fábricas, portos e fundições são implantadas

por grupos ingleses.
 Esses investimentos vão dando outras qualificações aos

profissionais brasileiros, criando um cenário típico e adequado
para se desenvolver um governo republicano, conforme o
professor.
 Havia também muita influencia da maçonaria francesa, através do

conceito chamado positivista, que influencio os discursos e
pensamentos maçônicos.
 A visão positivista era tipicamente republicana, de se criar um

estado ideal, em que os governos fossem alternados de acordo
com a escolha dos seus cidadãos.
43
 Chegam da Europa grandes grupos de imigrantes.
 Com a adesão de militares, acontece a Proclamação da

República, a 15 de Novembro de 1889, com a liderança
do Marechal Deodoro.
 O governo provisório que depõe o imperador é todo

formado por maçons.
Nota: vide relação em

https://pt.wikipedia.org/wiki/Categoria:Ministros_do_Governo_Deodo
ro_da_Fonseca
 Com a República, havia a perspectiva que tudo melhorasse no Brasil,

mas haviam muitas demandas, agravadas por serem diferentes em cada
região, o que continuou a gerar crises políticas e econômicas.
 Com a libertação dos escravos, muitas fazendas liberaram as pessoas,

mas os agora ex escravos não tinham um destino definido, sem uma
ideia clara do que poderiam ou não fazer, pois sua grande massa era
analfabeta, não tinham ofício que pudessem ser apropriado pela
indústria incipiente no Brasil da época, o que gerou a formação dos
grandes bolsões de pobreza ao redor das grandes cidades, que
persistem até hoje.
Nota:
Para Todos nº 458, 24 de setembro 1927
44
Morro da Favela (atual Providência), em 1927. Após a Lei Áurea, os negros libertos foram
buscar moradia em regiões precárias e afastadas dos bairros centrais das cidades.
Uma grande reforma urbana no Rio de Janeiro, em 1904, expulsou as populações pobres para
os morros
Vide:
http://www.ipea.gov.br/desafios/index.php?option=com_content&id=2673%3Acatid%3D28&Ite
mid=23
... o projeto abolicionista de Joaquim Nabuco. Rejeitado pela Câmara dos Deputados, em fins
de 1880, o texto manifestava alguma preocupação social. Seu artigo 49 definia:
“Serão estabelecidas nas cidades e vilas aulas primárias para os escravos. Os senhores de
fazendas e engenhos são obrigados a mandar ensinar a ler, escrever, e os princípios de
moralidade aos escravos”.
Quando a campanha abolicionista tomou vulto, tais propostas foram pouco a pouco sendo
deixadas de lado.
Quais as razões disso? Voltemos a Florestan Fernandes. Talvez a resposta esteja sintetizada
neste trecho de seu livro já citado:
“A preocupação pelo destino do escravo se mantivera em foco enquanto se ligou a ele o futuro
da lavoura. Ela aparece nos vários projetos que visaram regular, legalmente, a transição do
trabalho escravo para o trabalho livre, desde 1823 até a assinatura da Lei Áurea. (...) Com a
Abolição pura e simples, porém, a atenção dos senhores se volta especialmente para seus
próprios interesses. (...) A posição do negro no sistema de trabalho e sua integração à ordem
45
social deixam de ser matéria política. Era fatal que isso sucedesse”.
 Crescem ainda mais os investimentos ingleses no Brasil.
 Há a urbanização de RJ e SP, fundação de BH, construção

de usinas de eletricidade e a instalação de indústrias
têxteis.
 O ciclo da borracha na Região Norte e do cacau no Sul da

Bahia contribuem para ampliar a densidade de maçons
naquelas regiões.
 Líderes militares, empresários, políticos e profissionais

liberais são predominantemente maçons.
 A seringueira adapta-se bem na Malásia.
 A I Guerra Mundial causa perda de mercado do nosso

cacau.
o Este fato gerou uma grande crise financeira na região cacaueira.
 A queda do preço do café no mercado mundial impõe

grandes perdas aos cafeicultores.
o ..., agravado com a crise da Bolsa de Nova Iorque em 1929,

quando houve a grande resseção nos USA e o mundo ficou em
pânico.
o A falência de grandes empresas nos USA, causando uma queda

vertiginosa na atividade econômica, fez com que países como o
Brasil, que era dependente de exportação de matérias primas,
tivesse também severas dificuldades.
o Todo esse conjunto de fatores, a queda da produção e venda de

borracha por ter surgido um novo competidor, a Malásia, a queda
na venda de cacau porque caiu a demanda com a I Grande
Guerra Mundial e as consequências de pós guerra na Europa
devastada, e a queda de vendas de café causada pela resseção
mundial, acabaram com o sonho brasileiro de um crescimento
rápido e enriquecimento também rápido das elites.
o Isso traz uma crise política muito séria e os maçons sempre

atuantes, vão colaborar com uma combinação nova na estrutura
política brasileira.
46
 A aliança da “política café c/leite” entre MG e SP é

desfeita.
o A aliança política do café-com-leite foi um acordo firmado entre

as oligarquias estaduais e o governo federal durante a República
Velha para que os presidentes da República fossem escolhidos
entre os políticos de São Paulo e Minas Gerais. Portanto, ora o
presidente seria paulista, ora mineiro.
o Estes dois estados detinham o poder econômico e dominaram a

república velha, desde a proclamação.
o A Aliança se rompe porque economicamente não se

sustentava mais.
 Eleições de 1930 foram consideradas fraude.
Nota: De acordo com a Constituição de 1891 que vigorou durante toda a República
Velha (1889-1930), o direito ao voto foi determinado a todos os homens com mais de 21 anos
que não fossem analfabetos, religiosos e militares. Mesmo tendo o direito de voto estendido a
mais pessoas, pouca parcela da população participava das eleições. A Constituição de 1891
também declarou que todas as eleições presidenciais seriam realizadas em 1º de março. A
eleição para presidente eram realizadas individualmente, e o mesmo poderia se candidatar
para presidente e vice.
Durante a República Velha, o Partido Republicano Paulista (PRP) e o Partido Republicano
Mineiro (PRM) fizeram alianças para fazer prevalecer seus interesses e se revezarem na
Presidência da República, assim, esses partidos na maioria das vezes estiveram a frente do
governo, até que essas alianças se quebrassem em 1930. Essas alianças são chamadas
de política do café com leite.[4]
Nessa época, o voto não era secreto, e existia grande influência dos coronéis - pessoas que
detinham o Poder Executivo municipal, e principalmente o poder militar da região. Os coronéis
praticavam a fraude eleitoral e obrigavam as pessoas a votarem em determinado candidato.
Com isso, é impossível determinar exatamente os resultados corretos
47
 Uma nova elite emerge do Sul e aliam-se a líderes de RJ,

MG e Nordeste, empossando Getúlio.
 Extingue-se o período da Primeira República e implanta-

se o Estado Novo.
o Essa elite que vem do sul, apoiando Getúlio, com os

militares do Rio de Janeiro e com grupos políticos de
Minas Gerais e do nordeste, se reúnem para enfrentar a
política do café com leite, que permanecia tentando se
predominar no poder.
o Com este embate político de grandes proporções, que vai

culminar com a Revolução Constitucionalista de São Paulo
de 1932.
 A revolução foi uma tentativa da elite paulista, que

conseguiu aglutinar a população em torno da
libertação do Estado de São Paulo de todo o Brasil,
mas que acabou sendo mal sucedida e foi sufocada
pelas tropas aliadas, tanto do governo federal de
Getúlio Vargas, como dos governos estaduais de
Minas Gerais, Paraná, entre outros estados.
Nota: O desejo do Presidente Getúlio Vargas de continuar no poder, consolidando seus planos
continuístas, esbarrava na força das oligarquias estaduais, que se vinham articulando, pois
para ganhar tempo ele havia marcado as eleições presidenciais para janeiro de 1938. Vários
candidatos começavam a preparar-se para o pleito. Na Bahia, Juraçy Magalhães, Flores da
Cunha, no Rio Grande do Sul, Armando de Sales Oliveira, em São Paulo e Carlos de Lima
Cavalcanti em Pernambuco.
48
A fim de ganhar tempo e diante do prestígio de Armando de Sales Oliveira, em São Paulo,
Getúlio se vê obrigado a lançar a candidatura de José Américo de Almeida, como candidato
oficial à presidência da República. No âmbito militar as manobras políticas e pressões
continuam a dar a Getúlio amplo apoio, especialmente após a nomeação do General Eurico
Gaspar Dutra para o Ministério da Guerra, o que possibilitou o afastamento dos comandantes
militares ligados à oposição.
No dia 30 de setembro de 1937, os jornais anunciam a descoberta, pelo Estado - Maior do

Exército, de um plano de insurreição comunista, chamado de Plano Cohen.
Esta situação deu ensejo a que a Câmara aprovasse o “Estado de Guerra” em 1.º de outubro,
por 138 votos contra 52.
O reflexo dessa arbitrariedade não demorou a chegar às Lojas.

A Loja Maçônica “Eterno Segredo” acabava de realizar, no dia 9 de outubro de 1937, uma das
mais importantes Sessões que uma instituição desse tipo pode levar a efeito, ou seja, uma
Iniciação, dos Irmãos Getúlio Siqueira e Antonio de Camargo Barros. Antes do encerramento
da mesma o Venerável, Irmão Helvídio Gouvêa, leu uma prancha do Grão Mestre, Poderoso
Irmão Benjamim Reis, informando “a suspensão das Sessões das Lojas da Jurisdição por
motivo de decretação do Estado de Guerra, e que a Grande Loja comunicará as Lojas, logo
que consiga a licença para a reabertura dos trabalhos.”
As Lojas Maçônicas, Instituições que sempre tiveram como um dos seus princípios basilares a
Liberdade, estavam impedidas de exercerem este fundamental Direito Humano.
Imagine, o Irmão leitor, ou pelo menos tente, se colocar no lugar de nossos antepassados que
foram proibidos de realizarem as sessões de suas Lojas, que foram impedidos de colaborar na
grande tarefa de espargir a Luz Iniciática à outros Homens Livres e de Bons Costumes;
imaginemo-nos distantes do ressoar dos malhetes sobre os altares; distantes do entrelaçar do
Esquadro e do Compasso sobre o Livro da Lei !
Como deve ter sido difícil este período para aqueles Irmãos!
Para nós, que manuseamos o Livro de Balaústres, justamente aquele onde termina a
seqüência de Sessões, e onde não vemos as assinaturas do Venerável, do Orador e do
Secretário, é como se aquele fosse um sinal, um registro que, previsto ou não, deliberado ou
não, talvez involuntário, de qualquer maneira, serviu de marco para as futuras gerações, pois a
Sessão seguinte onde aqueles espaços deveriam receber as assinaturas das Dignidades da
Loja, demoraria muito a ocorrer.
As conseqüências dessa interrupção seriam desastrosas para a Loja “Eterno Segredo”, pois
não era somente a vida da Loja, expressa no realizar das Sessões, que se estava
interrompendo.
A Loja “Eterno Segredo” só viria a se reunir e assim mesmo extraordinariamente, e em caráter

de Assembléia e não em Sessão fechada, no dia 25 de junho de 1939, portanto que quase dois
anos após a interrupção dos trabalhos. Mas os registros e o secretário
da época, Irmão Auto de Carvalho descrevem melhor, que este Irmão, pois deixemo-lo
expressar-se : “sendo pela Assembléia deliberado o que se segue abaixo. - Considerando que,
em obediência às determinações governamentaes as Lojas maçônicas do Estado de São
Paulo tiveram há mais de um ano suas atividades suspensas por tempo indeterminado;
considerando que não podendo funcionar regularmente a nossa Loja “Eterno Segredo” não
poderá contar com a colaboração financeira de seus membros, afim de poder satisfazer seus
compromissos; considerando que não se pode prever a duração dessa obrigação, digo dessa
obrigatória inatividade maçônica, a qual poderá ser ainda muito prolongada; considerando que
o patrimônio material de nossa Associação não pode ser sacrificado pelas dividas existentes,
apenas por falta de quem possa, devidamente autorizado, zelar pela sua conservação até que
o funcionamento da Loja volte ao normal; considerando que a nossa Loja Maçônica Eterno
Segredo esta virtualmente sem diretoria por haver extinto o mandato de seus diretores, e
consequentemente sem nenhum de seus membros com competência legal para dirigir os
negocios da Loja - A Assembléia de maçons ora reunidos em a sede local resolve o seguinte : ”
49
Fonte: Livro “O Centenário de um Ideal – a História da Loja Maçônica Eterno Segredo – de

1889 a 1999.
 No Estafo Novo (Getúlio Vargas), o Brasil não tinha uma classe média,
economia de consumo que fosse suficiente grande para dar vazão da
incipiente indústria brasileira, ou consumir tudo a agricultura ou a
pecuária brasileira fosse capaz de produzir.
 Fato importante foi o inicio da siderúrgica com a Usina de Volta Redonda

(CSN), importante indústria de base, em 1941 e a Vale do Rio Doce em
1942, esta na exploração do minério de ferro. A segunda siderúrgica foi
a Usiminas, em 1956.
Nota: Refrigerador: o primeiro aparelho produzido no Brasil, foi construído no ano de 1947, em
uma pequena oficina na cidade de Brusque em Santa Catarina. De 1947 a 1950, Guilherme
Holderegger e Rudolf Stutzer já tinham fabricado, na oficina de Brusque, 31 aparelhos movidos
a querosene. Então surge um novo personagem, Wittich Freitag, um comerciante bem
sucedido da cidade de Joinville-SC, que convence os dois a montarem uma fábrica. Fechada a
sociedade entre os três, em 15 de julho de 1950 entra em operação a CONSUL, primeira
fábrica de refrigeradores do Brasil, na cidade de Joinville. Fonte:
http://refrigeracaocaico.blogspot.com.br/2013/01/em-que-ano-chegou-primeira-geladeira-
no.html
A primeira lavadora de roupas automática do Brasil foi fabricada pela Brastemp, em novembro
de 1959.
 Após os horrores da II Guerra, os EUA passam a

protagonizar as prioridades da América Latina.
 O Brasil inicia o processo de economia de consumo, como, por exemplo,

produção de creme dental (1940 - Colgate & Company of Brazil Limited),
produção de filmes nacionais – Companhia Cinematográfica Vera Cruz é um
importante estúdio cinematográfico brasileiro, que produziu filmes entre 1949 e 1954,
 A TV Tupi foi a primeira emissora de TV, iniciando sua programação em São Paulo em
1950 e no Rio de Janeiro em 1951, e os primeiros aparelhos de TV produzidos no
Brasil foram Invictus e Semp, também em 1951 (fonte:
https://vejasp.abril.com.br/blog/memoria/dez-marcas-de-tvs-de-antigamente/ ).
 O Brasil volta a ser uma democracia.
 No governo JK, o Brasil se transformou em importante

parque industrial.
50
 O pai de JK era médico e maçom. JK capitaneia o crescimento industrial

no Brasil, com capital estrangeiro, muda a capital, construindo Brasília,
bem como abre as portas do Brasil para a produção automotiva.
 Cresce a população urbana de maioria proletária, o que

fortalece sindicatos.
 O clima político fica instável, e as lideranças

conservadoras servem-se da capilaridade da Maçonaria
no país para articular os militares e o apoio ao “Golpe de
1964”.
o Conforme o professor Daniel, esta é uma situação que se repete

hoje, com apoio aos militares para que voltem, estimulado por
diversas organizações, entre elas a maçonaria, através de seus
membros e princípios, se identificando com a política que
imponha a ordem, o progresso, que garanta tanto o direito, como
de valores morais e éticos para a gestão pública.
 Embora não haja provas materiais, há evidências do

apoio de líderes maçons do Brasil, dos EUA e da Europa
ao governo militar.
Nota: investimentos em obras de infra estrutura no período da ditadura militar – vide

https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/obras-de-infraestrutura-do-brasil-na-ditadura/
 A crise do petróleo nos anos 1970 esgotou as fontes

externas de financiamento e restringe o investimento
interno. A crise econômica do início dos anos 1980 e as
restrições aos direitos civis causam o fim do regime
militar.
Nota:
Nos 21 anos em que os militares permaneceram no poder, a economia brasileira cresceu num
ritmo quase três vezes maior do que o alcançado nos primeiros 21 anos após a volta da
democracia. No período em que essa expansão foi mais acelerada, entre 1967 e 1973, o
Produto Interno Bruto (PIB) aumentou 10,2% ao ano, em média, dobrando de tamanho em
51
apenas sete anos. O resultado destoava tanto dos padrões da época que os analistas
passaram a chamá-lo de “milagre brasileiro”.
A distribuição dos resultados do crescimento foi bastante desigual, mas na média a renda dos
brasileiros aumentou de maneira significativa nesse período. Em 1964, um brasileiro ganhava o
equivalente a 17% da renda recebida por um típico cidadão americano. Em 1978, a renda
média do brasileiro correspondia a 28% da americana.
O AVANÇO NAS CIDADES
Ao final da ditadura, mais de dois terços dos brasileiros viviam em áreas urbanas
O crescimento econômico ajudou a ditadura a ganhar legitimidade política durante a fase mais
violenta do combate à esquerda armada e também mais tarde, quando chegou a hora de
afrouxar o regime e era preciso convencer os oficiais radicais que pensavam o contrário. Mas a
maneira como os militares conduziram a economia enfraqueceu as finanças do país e minou
sua capacidade de sustentar por mais tempo o ritmo de expansão dos anos do milagre.
52
Quando a ditadura acabou, o Brasil era outro. A maior parte da população havia abandonado a
zona rural para viver em cidades e milhões de pessoas tinham migrado para os Estados mais
populosos, como São Paulo e Rio. Uma indústria moderna e vigorosa se tornara responsável
por quase metade da riqueza produzida pelo país. Mas boa parte do progresso alcançado
durante o milagre acabou revertida. Em 1990, a renda média do brasileiro havia recuado para
20% da média americana.
Fonte: http://arte.folha.uol.com.br/especiais/2014/03/23/o-golpe-e-a-ditadura-militar/a-
economia.html
 Há forte pressão em relação às liberdades individuais (direitos humanos)

e das perdas humanas causadas pela repressão.
 Anistia a exilados e a redemocratização marcam o início

dos anos 1980.
 Ambiente econômico de altos níveis de inflação, elevado

endividamento externo e baixo nível de investimento.
 Vitórias da oposição (MDB) nas eleições regionais

(1974).
53
 O risco de eleger indiretamente o maçom Paulo Maluf

como presidente do Brasil fez surgir a Aliança Liberal
(com a participação de muitos maçons).
Vide: http://www.oarquivo.com.br/temas-polemicos/religiao-cultos-
e-outros/452-110-macons-ilustres-do-grande-oriente-do-brasil-
gob.html
 AL é uma articulação de líderes maçons de MG, RJ, RS,

SP e do nordeste do Brasil que superam diferenças
partidárias.
 José Sarney, que se torna candidato a vice-presidente e

assume em razão da morte de Tancredo Neves.
 Sarney assume a presidência e enfrenta grave crise.

Implanta reforma monetária e planos de combate a
inflação que só agravam os problemas e a crise. Cresce a
corrupção nos meios políticos e empresariais, com
escândalos de fraudes.
Nota:
a) Na economia, o Governo Sarney passou à História como um governo que buscou
estabilidade econômica e controlar a inflação através de alguns planos econômicos,
como o Plano Cruzado e o Plano Verão (mas todos sem sucesso). Vide
https://brasilescola.uol.com.br/historiab/governo-sarney.htm
b) Anões do Orçamento foi o nome pelo qual ficou conhecido um grupo de congressistas
brasileiros que no final dos anos 80 e início dos anos 90 se envolveram em fraudes
com recursos do Orçamento da União até serem descobertos e investigados, em 1993,
perante uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) de grande repercussão. A
denominação de "anões" deveu-se ao fato de que os principais envolvidos no caso
eram deputados sem grande repercussão nacional, ou seja, "anões de poder" no
Congresso Nacional.
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/An%C3%B5es_do_Or%C3%A7amento
54
 A crise no período Sarney leva à eleição e Collor com o

apoio das potências maçônicas.
o Muitos candidatos a Presidência da República, com diferentes

planos de governo, de parlamentarismo, ao comunismo a
qualquer preço,
o Na economia, de propostas bem liberais, com a abertura

completa do país, e outros com propostas estatizantes radicais.
o Quem levou foi um jovem desconhecido no grande Brasil.
 A maçonaria apoiou o discurso moralizante e liberal na economia.

Apoiou Collor...
fonte: http://www.tre-pe.jus.br/eleicoes/eleicoes-anteriores/eleicoes-
1899/candidatos-1989
Eleições 1989 - Candidatos a Presidente

Nº Candidato Partido Situação
14 AFFONSO CAMARGO PTB Não eleito
22 AFIF PL Não eleito
25 AURELIANO CHAVE PFL Não eleito
12 BRIZOLA PDT Não eleito
33 CELSO BRANT PMN Não eleito
20 COLLOR PRN Eleito
26 CORREA PMB Não eleito
56 ENEAS PRONA Não eleito
55 EUDES MATTAR PLP Não eleito
43 GABEIRA PV Não eleito
27 LIVIA MARIA PN Não eleito
13 LULA PT Não eleito
11 MALUF PDS Não eleito
57 MANOEL HORTA PDC DO B Não eleito
45 MARIO COVAS PSDB Não eleito
42 MARRONZINHO PSP Não eleito
54 P. G. PP Não eleito
16 PEDREIRA PPB Não eleito
23 ROBERTO FREIRE PCB Não eleito
41 RONALDO CAIADO PSD Não eleito
15 ULYSSES GUIMARA PMDB Não eleito
31 ZAMIR PCN Não eleito
55
 O primeiro presidente eleito em mais de três décadas

decepciona o país com decisões desastrosas.
 Seu histórico impeachment marca a participação política

da nova geração de brasileiros.
 Itamar Franco assume e nomeia FHC para a Fazenda.
 O sucesso do Plano Real torna FHC candidato natural à

presidência.
Vide: https://www.cartacapital.com.br/economia/20-anos-depois-quem-sao-os-donos-do-plano-
real-407.html
A estabilização da inflação aconteceu ao custo da substituição de produtos nacionais por

importados e o agravamento da situação fiscal. Por João Sicsú.
(João Sicsú)... Minha dissertação de mestrado, defendida em 1993, intitulava-se “As lições do
Plano Keynes para um projeto de estabilização”. Muitos economistas escreveram trabalhos
acadêmicos relevantes relacionando as ideias de Keynes, os países que conviveram com a
hiperinflação e um plano de estabilização para o Brasil. Destacavam-se Paulo Nogueira Batista
Jr. e Gustavo Franco. Rudner Dornbusch, um professor americano do MIT – e que com
frequência visitava o departamento de economia da PUC-Rio, ninho dos economistas do PSDB
– republicou parte do Plano Keynes em 1987 em artigo de sua autoria.
 Dúvida: FHC é maçom? Acredita-se que ele foi iniciada em Loja liberal,
filiada a Maçonaria Francesa, por ser ateu.
 FHC vence as eleições com apoio também de maçons e

promove o saneamento do sistema financeiro no Brasil.
 A falta de crescimento econômico e a perda de

competitividade da indústria brasileira favorecem o
crescimento da candidatura de Lula que vence a eleição
de 2002, consolidando o PT como o grande partido da
esquerda ocidental.
 Legados do governo FHC
o Consolidação do Plano Real.
o Seu governo efetuou uma grande moralização do sistema

bancário no Brasil, pois havia bancos estaduais onde alguns
governadores faziam um verdadeiro desequilíbrio no sistema
financeiro, concedendo empréstimos a quem não tinha
moralidade, por questões políticas.
56
o Modernizou o sistema de telecomunicações, permitindo a entrada

de empresas privadas, privatizando as telecomunicações que,
como estatais, serviam mais aos interessas políticos regionais do
que se preocupando com os interesses de oferecer um sistema
de qualidade e eficiência para sociedade.
 Todos nós acompanhamos pelos muitos meios de

comunicação como os brasileiros estão decepcionados
com a política e com as instituições.
 Grupos organizados tornaram o estado uma estrutura a

serviço de seus interesses.
o Desmascarados pela Operação Lava Jato.
 A sensação de insegurança e a precariedade de serviços

básicos de saúde e educação e a falta de manutenção dos
bens públicos preocupam a todos os brasileiros.
 Os maçons se fazem presentes nas muitas manifestações

públicas que demandam justiça, fim da corrupção e
moralidade na gestão pública.
57
Aula 4 – Potência, obediência e regularidade maçônica
4
 Como estão organizados os maçons?
 Como preservam tradições?
 De que maneira mantêm as estruturas de comunicação e

integração?
 O que é regularidade?
6
 Em 2017 foi comemorado o terceiro centenário da
Maçonaria formal, institucionalizada. Como já vimos na
primeira aula deste módulo – e em detalhes nas outras
disciplinas, o que marca essa data é o surgimento da
Grande Loja Unida de Londres que estabelece o início da
organização da Maçonaria.
58
8
 O termo inglês Landmark, em tradução livre, pode
significar as “referências do caminho”. As marcas que
indicam direção e percurso.
 Na Maçonaria, Landmarks são 25 princípios que todo

maçom e toda loja regular deve praticar, proteger e
defender.
9
 Esses princípios são as regras morais e práticas que
devem ser seguidas por todos os maçons do mundo:
1. Sinais de reconhecimento não podem ter variação
2. As potências só regem as lojas que trabalham os três

graus simbólicos.
3. A lenda do terceiro grau jamais pode ser alterada
4. O líder máximo é eleito por voto direto dos maçons

regulares e titulado Grão Mestre durante seu mandato.
5. É prerrogativa do Grão Mestre presidir qualquer

reunião que se realize em sua jurisdição, seja qual for o
lugar, qual for o horário ou o motivo.
6. Ao Grande Mestre, cabe conceder dispensas e conferir

graus honorários.
7.O poder de autorizar abertura de novas lojas ou

manutenção de Lojas é prerrogativa do Grão Mestre.
8. É facultado ao Grão Mestre reunir seis outros mestres

maçons e conferir grau a um maçom presente e dissolver
a Loja em seguida.
59
9. Os maçons obrigatoriamente devem congregar em

Lojas.
10. A direção de uma Loja é feita por um Venerável

Mestre e dois vigilantes eleitos.
11. Os trabalhos em loja só podem ser iniciados quando

esta estiver devidamente coberta.
12. Todo maçom pode se fazer representar em reuniões

da Loja. Nas assembleias de Grande Loja, será
representado pelo Venerável Mestre ou um dos
vigilantes.
13. Está assegurado a todo maçom o direito de recorrer a

assembleia Geral de Maçons, da decisão de seus irmãos
em Loja convocada.
14.É direito de todo maçom visitar uma Loja regular e

sentar-se entre os irmãos.
15. Nenhum maçom visitante pode ser admitido em Loja

sem passar por um exame.
16. Nenhuma Loja pode interferir nos negócios ou

trabalho ou conferir grau a membros de outra Loja.
17. Os maçons estão subordinados às leis e

regulamentos da jurisdição maçônica em que eles
residem.
18. Cada candidato, para ser iniciado na Maçonaria, deve

ser do gênero masculino, não mutilado, ter idade adulta
e ter nascido livre.
19. Para ser maçom, é condição que o candidato creia em

um Ser Superior, que na maçonaria designamos como:
O Grande Arquiteto do Universo
20. O maçom deve acreditar em algum tipo de

ressurreição em uma vida futura.
60
21. Em toda Loja, deve ter um Livro sagrado que se

constitui em uma peça indispensável do mobiliário de
cada Loja.
22. Todos os homens são iguais à vista de Deus e que

sejam iguais e se encontrem em Loja em um nível
comum.
23. Os segredos da Maçonaria jamais podem ser

divulgados por ser a Maçonaria uma sociedade secreta.
24. O conjunto de instrumentos operativos dos pedreiros

são os símbolos para o progresso moral do maçom e
atribui natureza especulativa aos estudos em Loja.
61
25. Esses princípios constituem os pontos de referência,

ou como chamamos "o corpo da Maçonaria", e não está
no poder do homem ou de um corpo de homens fazer a
menor mudança.
 Estes são os princípios que norteiam a nossa Ordem e que são os

compromissos que assumimos na iniciação.
POTÊNCIA MAÇÔNICA
 A potencia será abordado como instituição maçônica e não como o

individuo, como explanado em aula anterior.
 Designação frequente na América Latina para referir a

uma organização maçônica soberana. É confundida com
o termo “obediência”, cujo significado é o ato de
obedecer; sujeitar; estar conforme ordens recebidas etc.
Por esses significados, “obediência” parece ser mais
compatível para uma instituição que agrega Lojas, sob a
direção de um Grão-Mestre, assemelhado a federação.
 O termo “potência” significa a capacidade de “realizar

algo”, o “poder transformar alguma coisa”. Aplicado com
esse sentido, o termo atribui à instituição maçônica a
plena possibilidade de “edificar” os homens e a
sociedade.
o Neste caso, a potencia também está relacionado com o poder

político, no sentido social da expressão, de interferir, de
apresentar seus pleitos, de propor soluções aos problemas de
convívio humano.
o A força está na união de vários irmãos em Lojas e de várias Lojas

em torno de uma mesma liderança, que é a liderança da potencia
maçônica.
 Mesmo as lojas afiliadas que têm autonomia, força e

importância política institucional se potencializam com o
entrosamento e a cooperação mútua em torno de
questões comuns.
62
 Com o advento da fundação da Grande Loja Unida da

Inglaterra em 1717, foi consolidada a ideia de que só é
reconhecida Potência, aquela união de lojas que cumpra
as normas ditadas pela Grande Loja Unida. Qualquer
Potência Maçônica que desejar o reconhecimento como
regular e legítima, deve obedecer as regras da Potência
Mãe, ou Grande Loja Unida da Inglaterra (GLUI).
MAÇONARIA FRANCESA
 Na França há várias potências maçônicas. Abaixo as três

maiores:
o Grande Oriente da França (GODF) que tem forte

interesse na política.
 Emmanuel Macron é maçom desta potencia.
o Grande Loja da França (GLDF) constituída de cerca

de 600 lojas que recebem visitantes de qualquer
loja/potência maçônica.
o Grande Loja Nacional Francesa (GLNF) com mais de

400 lojas no país.
 Se essas três potencias maçônicas se reúnem em torno de um objetivo,

como recentemente em torno de um candidato a Presidência da
República, elas tem muito mais força, pois conseguem congregar e
articular muitas outras instituições sociais para apoiar seus ideais, seus
objetivos.
 Isto é o que acontece na Inglaterra, pois lá a maçonaria está reunida em

torno de uma única Grande Potência - GLUI – que acaba congregando e
reconhecendo as potencias de todos os países do mundo.
63
 Importante notar que na França, após o fim da II Guerra

Mundial, cresce o movimento pela regularização da
Maçonaria mista e da Maçonaria feminina, que
atualmente é ativa e já expandiu para partes dos EUA,
Argentina e Brasil.
 Outra observação sobre a Maçonaria francesa é a

dispensa da confissão de fé em um Ser Supremo como
condição para iniciar os postulantes.
o Este assunto é abordado com mais profundidade na

disciplina “A Era atual”.
o Como ela “fere” os Landmarks, não é uma maçonaria

considerada regular, apesar de ser muito séria.
 A muita discussão entre deísmo e teísmo na

maçonaria.
 O mesmo ocorre em relação a maçonaria feminina,

onde a GLUI já efetua projetos beneméritos com
Lojas femininas, entretanto a GLUI não aceita
conversar com Lojas mistas.
 Estes assuntos estão abordados com mais

profundidade na disciplina “A Era atual”.
USA
 No período em que George Washington esteve na vida

pública, de 1775 a 1797, quando faleceu, a Maçonaria
participou ativamente da consolidação do país, então
recém-liberto. Os principais líderes políticos e militares
eram maçons que propagavam e praticavam os princípios
da Ordem. Por isso deixaram um legado de patriotismo,
disciplina e organização social, que está expresso nos
valores e na Constituição dos EUA.
 Nos EUA a maçonaria chega formalmente no início do

séc. XVIII e recebe em seus quadros homens com
diferentes opiniões e interesses, que se irmanam em
submissão a princípios que os torna iguais.
64
 As diferenças se acentuaram entre os ingleses e os

colonialistas e, após a guerra pela independência, a
Maçonaria expandiu rapidamente pelo país.
 No início do séc. XIX, os maçons foram duramente

perseguidos, chegando a encerrar atividades em alguns
estados.
 Apesar disto, mantiveram seus ideais e, no séc. XX, a

Maçonaria cresceu muito. Em fins dos anos 1940, mais
da metade dos maçons do mundo estavam filiados a lojas
dos EUA.
 A primeira potência maçônica dos EUA, e de todo

continente americano, foi a Grande Loja de
Massachussets, criada em 1733.
 O termo Grande Oriente é criação da Maçonaria dos EUA

que, para designar a união de suas lojas, se auto
intitulava Grand East, em referência à sua posição
geográfica.
OBEDIÊNCIA MAÇONICA
 Designação mais comum para uma instituição maçônica

que rege as lojas praticantes de um mesmo rito. São
responsáveis por supervisionar as práticas ritualísticas e
a atualizar e/ou corrigir as publicações e instruções para
as sessões.
o Isto inclui os graus mais elevados (filosóficos) e as federações ou

conselhos ligados a estes graus.
o Com o termo POTÊNCIA vemos um significado um pouco

diferente do que vem a ser OBEDIÊNCIA
65
 No Brasil a primeira potência foi o Grande Oriente,

fundado na Bahia, em 1813, reunindo três lojas: Virtude
e Razão, Humanidade e União.
 Antes disto as lojas que já haviam no Brasil eram filiadas

ao Grande Oriente Lusitano, Grande Loja da Inglaterra
ou Grande Oriente da França.
 Em Outubro de 1822, foi determinada por D. Pedro I a

proibição de funcionamento do Grande Oriente Brasílico.
o Neste caso, D. Pedro I acabou cedendo as pressões do

clero no Brasil.
 Ressurge em 1831, como Grande Oriente do Brasil, tendo

José Bonifácio de Andrada e Silva como Grão Mestre
eleito.
o Este é um exemplo de potência maçônica, pois havia diversas

Lojas no Brasil e estas se integraram na formação do GOB, de
forma que se tornou irreversível.
 Também em 1831, estabelece-se no RJ o Supremo

Conselho do Rito Escocês para o Brasil.
o Aqui um exemplo da diferença entre Potencia Maçônica e

Obediência Maçônica.
 O GOB como potência.
 O Supremo Conselho do REAA como obediência.
Nota: Em 1829, Francisco Gê Acayaba de Montezuma, Iniciado na Europa, retorna de seu

exílio e com a devida autorização do Supremo Conselho dos Países Baixos, instala o Supremo
Conselho REAA, no Brasil. Montezuma encontrou no País dois Corpos Maçônicos funcionando
no Rito Francês ou Moderno: o Grande Oriente Brasileiro (ou do Passeio) e o Grande Oriente
do Brasil (do Lavradio). Como solução, Montezuma funda no Rito Escocês as Lojas
"Independência" (1832)), "Perseverança" (1833) - a cujo quadro ele pertencia - e a
"Constituição ainda em 1833 a Loja Amizade Fraterna deixa o GOB e filia-se ao Supremo
Conselho de Montezuma. A fundação do Supremo Conselho é considerada como tendo se
efetuado em 12 de novembro de 1832 (data de Fundação da Loja Independência).
Em 20 de março de 1847, Montezuma declara-se independente e rompe o Tratado de União

com o Grande Oriente do Passeio, criando seu Grande Oriente Brasileiro. Em 1854 é
incorporado ao Grande Oriente do Brasil o Grande Oriente Brasileiro e, em consequência, o
Supremo Conselho Brasileiro para o REM (Montezuma) passa a dar ao GOB a autoridade
legítima do REAA, que se adaptou aos requisitos universais do REM, apenas em 21 de outubro
de 1857. Com isto, o Grande Oriente do Passeio, enfraquecido, em 1861 abateu Colunas, pois
foi absorvido pelo GOB.
Em 1869 há uma nova cisão e reergue as colunas do Grande Oriente Brasileiro ou do Passeio
passando a combater o Grande Oriente do Lavradio. Volta a adormecer em 1887 e suas Lojas
são incorporeidade ao atual GOB. Fonte:
https://www.facebook.com/pg/adonhiramitas/photos/?tab=album&album_id=101681148169260
8
66
 Em 1832 havia mais uma potência no Brasil. O Grande

Oriente Nacional Brasileiro, do qual participou e foi Grão
Mestre o Duque de Caxias.
o Aqui há a característica de uma gestão política de um grupo de

Lojas que a ela aderi e reconhece como autoridade maçônica.
 Uma cisão ocorrida no GOB em 1927, que deu origem a

um colegiado de Grão-Mestres a CSMB-Confederação
Simbólica da Maçonaria Brasileira.
 A CSMB é a Potência Maçônica à qual estão

jurisdicionadas As Grandes Lojas Estaduais que
constituem uma respeitável expressão da Maçônica no
Brasil.
o Aqui a explicação de como o fato de ser “uma potencia

maçônica”, isto não dá poderes perenes a nenhuma liderança
dentro da maçonaria, pois ela precisa estar atenta aos
movimentos, as mudanças que ocorrem na política e na
economia, porque, de alguma forma, isso vai afetar a maçonaria
de fora para dentro e interferir nas suas relações de poderes e de
políticas internas.
Nota: relatos da cisão

 Ponto de vista mais do lado do GOB:
https://maconariareal.wordpress.com/2016/04/19/historia-da-cisao-de-1927/
 Ponto de vista mais do lado das Grandes Lojas:
https://www.noesquadro.com.br/macons/macons-que-mudaram-a-maconaria/macons-
que-mudaram-maconaria-mario/
 Com a institucionalização da Maçonaria Especulativa em

1717 foram colocadas as regras que estabelecem o
padrão para os maçons do mundo.
o Como estamos falando de REGULARIDADE, uma das coisas que

caracterizam essa fase da maçonaria, que comemoramos como
institucional, é justamente a prática da maçonaria especulativa,
que é aquela que assegura o direito da liberdade de expressão,
de pensamento e, principalmente, de fazermos proposições e
indagações sobre o universo, das coisas do mundo, da
67
sociedade, sobre as coisas ligadas a filosofia, a teologia, sendo

isso o que chamamos a Maçonaria Especulativa.
Nota: outros autores consideram Maçonaria Especulativa quando intelectuais, nobres,

comerciantes, e outros, passam a fazer parte da Maçonaria, tendo sido iniciado na Escócia.
Vide livro “A Maçonaria e o Nascimento da Ciencia Moderna” de Robert Lomas, bem como a
disciplina DISCIPLINA DE PERÍODO ESPECULATIVO: modernidade da ordem maçônica.
 Antigos preceitos morais foram organizados e

configurados para a vida cotidiana (profana) e para a
prática maçônica (ritual).
MUNDO MAÇÔNICO
 A Maçonaria atual está dividida em dois grandes

segmentos:
 Potências “regulares”, que são reconhecidas pela Grande

Loja Unida da Inglaterra.
 “Irregulares”, obediências que não são reconhecidas

pela GLUI, instituição reguladora da Maçonaria Universal.
 A prevalência da Grande Loja Unida da Inglaterra sobre

as Grandes Lojas ou Grandes Orientes de todos os países
decorre do fato de ser a única a descender de forma
direta e legítima da Maçonaria Operativa medieval.
 Autoridade e legitimidade para estabelecer parâmetros

de regularidade maçônica resultam da descendência, do
respeito e difusão desta tradição.
o Conforme o Professor Daniel, até 1717 existia a maçonaria
operativa, onde se realizava experimentos, com muitas ligações
dos maçons com os alquimistas.
o Com a organização da Grande Loja de Londres (GLUI), surge

definitivamente a maçonaria especulativa e temos, junto com isso,
uma Grande Potencia politicamente estruturada e organizada que
vai servir de referencia de base para a formação de outras
agremiações maçônicas em outras extensões do planeta.
o Esta autoridade que os ingleses conquistam com a GLUI

se dá justamente porque eles preservaram as tradições,
estabeleceram regras claras, estabeleceram modelo
organizacional, que pode ser replicado em outros lugares.
Nota: novamente esta posição diverge da disciplina Período Especulativo, pois a Grande Loja
de Londres era chamada de “modernos” e as lojas da Escócia chamadas de “antigas”, cuja
68
junção, formando a GLUI apenas em 1813. Isto reflete a diferença de autores utilizados pelos
professores, que estão “certos no atacado e divergem no varejo”.
 Regularidade maçônica é o estado em que um homem

pode ser reconhecido como maçom e fazer jus aos
direitos concernentes à Maçonaria.
 O mesmo vale para as Lojas, Grandes Lojas e Grandes

Orientes aos quais esteja vinculado este homem.
Potência maçônica
 Usado o termo Grandes Corpos em vez de Grandes Lojas,

ao se referir às organizações maçônicas. Dessa forma,
espera-se prevenir a discussão semântica entre os
termos Potência Maçônica e Obediência Maçônica que
alguns irmãos maçons brasileiros gostam de se dedicar
(Kennyo Ismail).
 Os dados a seguir foram obtidos a partir da contribuição

inestimável do trabalho do prof. Kennyo Ismail.
 O meritório trabalho chama-se “um panorama

comparativo da maçonaria no mundo: 2011-2016”
 O Professor Daniel considera que é importante comentar que os

trabalhos maçônicos, não só os trabalhos apresentados em Loja, mas os
trabalhos de pesquisa sobre a maçonaria precisam ser ampliados,
incentivando os irmãos que tenham interesse sobre a pesquisa,
desenvolvam trabalhos, inclusive na academia, voltados a propagar não
apenas os conceitos, as ideias, a filosofia maçônica, mas demonstrar a
importância da maçonaria na história e como a maçonaria se faz
importante na sociedade.
 É importante que a sociedade tenha respeito e admiração pela

atividade maçônica.
 Em função da muitas perseguições que houve no passado,

ainda prevalece o preconceito em parte da sociedade, fazendo
69
julgamentos precipitados, bem como acusações impróprias para

os irmãos maçons ou para a instituição maçonaria.
 Por isso, cada maçom deve ser a representação do bem que a

maçonaria pode levar as comunidades, sua cidade, seu estado
e país.
Longevidade da Maçonaria
 Um dado novo neste estudo é quanto à longevidade

desses Grandes Corpos ainda em funcionamento, que
apresentam média mundial de 125 anos de idade
(Kennyo Ismail, 2016).
 Há atualmente 190 Grandes Corpos publicados no List of

Lodges 2016, de 73 diferentes nações dos cinco
continentes. Eis a concentração por continente:
Continente Nº de potências %
África 8 4%
América 134 71%
Ásia 9 5%
Europa 31 16%
Oceania 8 4%
Total geral 190 100%
Fonte: KennyoIsmail, 2016

 71% dos Grandes Corpos encontram-se no continente
americano (América do Norte, Central e do Sul). Isso se deve
principalmente ao modelo de Grandes Lojas estaduais,
criado nos EUA e adotado também no Brasil, Canadá,
México e Colômbia. Esses 5 países somam 117 Grandes
Corpos dos 134 do continente americano (87%) e dos
190 do mundo (62%)
(KennyoIsmail, 2016)
 O mundo conta com mais de 36 mil Lojas Maçônicas, das

quais cerca de 57% se localizam nas Américas
Continente Nº de Lojas %
África 202 0,56%
América 20.542 56,89%
70
Ásia 945 2,62%

Europa 13.044 36,13%
Oceania 1.374 3,81%
Total geral 36.107 100%
(KennyoIsmail, 2016)
 O mundo conta com mais de 36 mil Lojas Maçônicas, das

quais cerca de 57% se localizam nas Américas.
 A Maçonaria conta com mais de 2 milhões de membros

no mundo atualmente, sendo que 77% destes estão no
continente americano.
 Cerca de 90% dos irmãos estão concentrados em apenas

10 países
Continente Nº de Irmãos %
África 4.471 0,22%
América 1.562.069 77,01%
Ásia 42.225 2,08%
Europa 375.493 18,51%
Oceania 44.070 2,17%
Total geral 2.028.328 100%
A Maçonaria está crescendo

ou encolhendo?
 Nos últimos 5 anos, a Maçonaria perdeu mais de 230 mil
membros e quase 200 Lojas foram fechadas. A razão é
basicamente a mesma: a média de idade, entre 60 e 70
anos. A instituição não está atraindo novos membros na
mesma proporção em que os irmãos estão falecendo.
(Kennyo Ismail, 2016)
 Como mudar?
71
o Através da identificação de pessoas do nosso grupo e estimula-

las a ingressarem na Ordem.
o Quando o aprendiz, após ter sido iniciado em Loja, ter o cuidado

de trata-lo com respeito e princípio de igualdade, estimulando-o
aos estudos, de participar das reuniões e de todas as atividades
maçônicas.
o Não se podem estimular ações semelhantes aos “trotes

universitários”, que já foram reduzidas, mas que persistem em
poucos lugares com os aprendizes ou durante a iniciação. Isso,
mesmo que sejam pontuais e raras, provocam comentários que
denigrem a Ordem de forma generalizada na comunidade.
 A América do Sul, e mais particularmente o Brasil, é o

território mais promissor para o crescimento da ordem.
(Kennyo Ismail, 2016)
NOTA: os números das potencias da COMAB não foram considerados,

pois Kennyo utilizou nos seus estudos os dados da List of Lodge
Masonic, que partes das Potências somente foram reconhecidas em 2018.
 Com estes dados, podemos deduzir que:
o Quando o crescimento do número de Lojas é maior que o

crescimento do número de Maçons, como por exemplo, ocorreu
na GL Conhuila no México, há redução do número de irmãos por
Loja. Isto ocorre também na Bolívia, no Paraguai e na Argentina.
72
o Por outro lado, temos a GL de Pernambuco, onde o crescimento

de numero de Lojas é bem menor que o crescimento de irmãos,
havendo um aumento médio de maçons por Loja. O mesmo
ocorreu nas GL de Roraima, do Rio Grande do Norte, da Paraíba,
de Alagoas, do Rio Grande do Sul, de Santa Catarina e do GOB.
 Crescer o número de Lojas é importante, mas o mais importante é

crescer o número de irmãos por Loja, aumentando a força das Lojas.
 Com mais irmãos temos mais força na transformação da sociedade e de

um mundo melhor.
Composição de música Argentina
https://www.youtube.com/watch?v=yJAOZ4bPGMA –
interpretado por Mercedes Sosa.
73
https://www.youtube.com/watch?v=KzzfFEQA4Ts interpretado
por Elis Regina, com a legenda em português. Ela dedicou a musica
para seus irmãos músicos.
Atahualpa Yupanqui, pseudônimo de Héctor Roberto Chavero (Pergamino, Buenos Aires, 31

de janeiro de 1908 — Nimes, 23 de maio de 1992), foi
um compositor, cantor, violonista e escritor argentino. É considerado um dos mais importantes
divulgadores de música folclórica daquele país. Suas composições foram cantadas por
reconhecidos intérpretes, como Mercedes Sosa, Alfredo Zitarrosa, Víctor Jara, Dércio
Marques, Ángel Parra, Marie Laforêt e Elis Regina entre outros, continuando a fazer parte do
repertório de vários artistas na Argentina e em diferentes partes do mundo.
74
Aula 5 – Graus filosóficos, laterais e aliados
Graus
4
 Leibniz foi o primeiro a usar a palavra grau, atribuindo
um sentido metafísico ao conectar seu significado à
noção de infinitésimo.
o Assim, para Leibniz, graus seria a forma de se aprofundar o

conhecimento sobre alguma parte da natureza ou do mundo
material.
Nota: Gottfried Wilhelm Leibniz ( 1 de julho de 1646 — Hanôver, 14 de novembro de 1716) foi
um polímata ( "aquele que aprendeu muito" é uma pessoa cujo conhecimento não está restrito a uma
única área), filósofo, cientista, matemático, diplomata e bibliotecário alemão.
O uso de "função" como um termo matemático foi iniciado por Leibniz, numa carta de 1694,
para designar uma quantidade relacionada a uma curva, tal como a sua inclinação em
um ponto específico. É creditado a Leibniz e a Newton o desenvolvimento do cálculo moderno,
em particular o desenvolvimento da integral e da regra do produto. Descreveu o
primeiro sistema de numeração binário moderno (1705), tal como o sistema numérico binário
utilizado nos dias de hoje. Demonstrou genialidade também nos campos
da religião, política, legislativo, história, literatura, lógica, metafísica e filosofia.
 Os escolásticos gregos falaram de “graus de perfeição” do

universo e “prova dos graus” da existência de Deus.
o Graus como etapa do conhecimento em direção ao que é divino.
Nota: A neoescolástica é a revitalização e o desenvolvimento da filosofia escolástica da Idade

Média que ocorreram a partir da segunda metade do século XIX. Não é só a ressurreição de
uma filosofia há muito tempo extinta, mas sim uma regeneração da philosophia
perennis ou metafísica, que surgiu na Grécia Antiga e que nunca deixou de existir. Às vezes,
tem sido chamada de "o tomismo neoescolástico", em parte porque foi Tomás de Aquino que
deu forma final à escolástica no século XIII, em parte por causa da ideia de que só o tomismo
poderia infundir vitalidade na escolástica do século XX. Na primeira metade do século XX,
75
importantes escolas neotomistas foram criadas, entre as quais estão as de Leuven (Bélgica),
Laval (Canadá) e de Washington (EUA).
Também é comum usar o termo "neoescolástica" para qualificar a escola do século XVI, em
Salamanca (Francisco de Vitória, Domingo de Soto, Luis de Molina, Francisco
Suárezetc.), uma corrente de pensamento de grande influência na história da teologia,
filosofia, direito e economia e crucial para a compreensão da cultura espanhola posterior,
sendo que inclusive a grande crítica que a Igreja fará dos juros, se fará a partir de textos de
Aristóteles.
É necessário distinguir dois sentidos do termo "neoescolasticismo": a tentativa de reviver a
tradição da escolástica medieval e seus conceitos fundamentais e, por outro lado, uma escola
de pensamento ligada à Igreja Católica que se propunha a realização de uma nova síntese de
fé cristã e de racionalidade moderna. A esse respeito, o Papa Leão XIII, em sua
encíclica Aeterni Patris (1879), afirmou que a doutrina tomista, desenvolvida por Tomás de
Aquino, deve ser a base de toda a filosofia que é considerada cristã.
Com ela, o Papa deu o apoio incondicional da Igreja Católica para o tomismo, promovendo o
aparecimento de neoescolástica. Essa encíclica foi parte do movimento realizado
pelo Vaticano que abordou os problemas de seu tempo em muitas áreas. Foi colocada, então,
a necessidade de construir uma nova filosofia cristã, pretendendo-se retornar à velha filosofia
escolástica. Assim, a neoescolástica tentou resgatar o valor da objetividade contra o
relativismo, destacando o valor do realismo contra o idealismo e promover o valor do
personalismo.
5
 Francis Bacon trata de “tábua dos graus” e Locke, “graus
das ideias”, num sentido simples e preciso.
o Graus como avanço que há no conhecimento, etapa por etapa.

Notas:
Francis Bacon, 1°. Visconde de Alban, também referido como Bacon de
Verulâmio (Londres, 22 de janeiro de 1561 — Londres, 9 de abril de 1626) foi um político,
filósofo, ensaísta inglês, barão de Verulam (ou Verulamo ou ainda Verulâmio) e visconde de
Saint Alban. É considerado como o fundador da ciência moderna.
Para isso, no entanto, deve-se descrever de modo pormenorizado os fatos observados para,
em seguida, confrontá-los com três tábuas que disciplinarão o método indutivo: a tábua da
presença (responsável pelo registro de presenças das formas que se investigam), a tábua de
ausência (responsável pelo controle de situações nas quais as formas pesquisadas se revelam
ausentes) e a tábua da comparação (responsável pelo registro das variações que as referidas
formas manifestam). Com isso, seria possível eliminar causas que não se relacionam com o
efeito ou com o fenômeno analisado e, pelo registro da presença e variações seria possível
chegar à verdadeira causa de um fenômeno. Estas tábuas não apenas dão suporte ao método
indutivo mas fazem uma distinção entre a experiência vaga (noções recolhidas ao acaso) e a
experiência escriturada (observação metódica e passível de verificações empíricas). Mesmo
que a indução fosse conhecida dos antigos, é com Bacon que ela ganha amplitude e eficácia.
John Locke (Wrington, 29 de agosto de 1632 — Harlow, 28 de outubro de 1704) foi
um filósofo inglês conhecido como o "pai do liberalismo"[1], sendo considerado o principal
representante do empirismo britânico e um dos principais teóricos do contrato social.
Locke ficou conhecido como o fundador do empirismo, além de defender a liberdade e a
tolerância religiosa. Como filósofo, pregou a teoria da tábua rasa, segundo a qual a mente
humana era como uma folha em branco, que se preenchia apenas com a experiência.
Essa teoria é uma crítica à doutrina das ideias inatas de Platão, segundo a qual princípios e
noções são inerentes ao conhecimento humano e existem independentemente da experiência.
76
 O termo é aplicado por Galilei numa perspectiva

científica e hierarquizante.
o Para Galileu a palavra grau tem esse significado de atribuir níveis

diferentes de um determinado fenômeno, seja do conhecimento,
do aprendizado, da forma de pensar, ou mesmo grau no sentido
de estarmos nos aproximando de alcançar determinado objetivo,
metafísico ou concreto.
Nota: Galileu Galilei (em italiano: Galileo Galilei; Pisa, 15 de fevereiro de 1564 — Florença, 8
de janeiro de 1642) foi um físico, matemático, astrônomo e filósofo florentino.
Galileu Galilei foi personalidade fundamental na revolução científica. Foi o mais velho dos sete
filhos do alaudista Vincenzo Galilei e de Giulia Ammannati. Viveu boa parte de sua vida
entre Pisa e Florença, originalmente na época de seu nascimento ambas parte do Ducado de
Florença e, mais tarde, na época de seu falecimento, integrantes do Grão-Ducado da Toscana.
Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente
acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da
inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu
melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as
montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter,[4] os anéis de Saturno,
as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa
do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois
a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
Filosófico
6
 Relativo ao que pensa sobre a existência do ser e das
coisas e suas possibilidades.
 Referente ao questionamento ou especulação sobre a

vida, a ação (práxis), a virtude e a morte.
o Esta é a razão da maçonaria se especulativa, pois tem que

questionar continuamente.
Lateral
 Que se encontra à margem, dentro ou fora de algo, como
uma ideia, um lugar, uma organização.
Aliado
77
 Que estabeleceu aliança, se aliou; que está ligado

espontaneamente por convenção, pacto etc. para
defender a mesma causa; aliançado.
o Ou seja, aliado é estar ao lado, defendendo as mesmas

ideias, os mesmos ideais, mesmas práticas.
o Assim, quando tratamos de Ordens aliadas ou de graus

aliados, é aquilo que anda ao lado, complementando as
nossas práticas maçônicas.
 A expansão da Maçonaria pelo mundo nos últimos anos

causou um inevitável surgimento de variações, grupos e
associações entre seus membros para apoiar, estimular,
complementar, ampliar sua presença e mesmo contrapor
em alguns momentos.
 Os maçons estão cientes de que há mais de uma centena

de ritos e dezenas de graus conectados direta e
indiretamente à Maçonaria.
 Muitos têm origem e história quase desconhecidas.
 Assim é fácil constatar que a maçonaria é bastante diversificada e esta

diversificação, se amplia a cada época, período, e na fase atual no
Brasil, se percebe a preocupação em expandir as práticas de ritos e as
várias obediências pelo país.
 Se enumerássemos todos os ritos e graus conhecidos e

desconhecidos teríamos um trabalho enorme e inútil,
pois a maioria deles resulta de iniciativas e vaidades
pueris, de algum personagem ou grupo inexpressivos.
 Nesta aula trataremos dos mais relevantes, com a

finalidade de demonstrar a estrutura e a rede legítima de
organismos maçons.
Ritos praticados no Brasil
78
 Há na Maçonaria brasileira seis ritos maçônicos

principais, alguns reconhecidos e praticados
internacionalmente:
o Rito Schröederou Alemão

o Rito Moderno ou Francês
o Rito de Emulação
o Rito de York
o Rito Adonhiramita
o Rito Brasileiro
o Rito Escocês Antigo e Aceito (o mais popular no
Brasil)
o RER –Rito Escocês Retificado
Ritos
 De 1356 a 1740 havia um sistema de cerimônias e
práticas, ainda não definido como rito, que normatizava
as reuniões maçônicas.
 Após 1740 surgem vários ritos na Europa.
 O que define um rito é o atendimento a algumas

exigências:
o O símbolo do Grande Arquiteto do Universo;
o O Livro da Lei;
o O Esquadro e o Compasso devem estar sobre o altar

dos juramentos, juntos ou sobre o Livro da Lei.
o Sinais, toques, palavras e a divisão da Maçonaria

simbólica em três graus.
o Os três graus na Loja base.
O Caminho Maçônico
79
 Inspirado na organização feita por Hiram Abif, para

construir o Templo de Salomão.
 Compõe-se dos três graus simbólicos: Aprendiz Maçom,

Companheiro Maçom e Mestre Maçom, também
conhecidos como Graus de Primeira Classe.
 Porém há uma “escada” para servir aos propósitos dos

que buscam mais conhecimento.
 Em cada rito há peculiaridades, e a doutrina maçônica

tem de ser contínua, desde os graus simbólicos até os
filosóficos.
o Assim, os graus filosóficos não são obrigatórios, mas sim uma

escada para se adquirir mais conhecimento na Ordem Maçônica.
Estudo e Pesquisa
 Após um maçom ter se tornado Mestre Maçom, ele pode

ingressar nas lojas de graus filosóficos, onde continuará
sua trajetória maçônica com base no estudo, pesquisa e
práticas ritualísticas dedicadas a aprimorar a noção de
responsabilidade do maçom por si mesmo e pela
sociedade.
Diversidade de ritos no Brasil

 A pluralidade de ritos na Maçonaria brasileira é uma
vantagem que nos coloca em verdadeira universalidade,
devido ao exercício de diferentes ritos regulares.
 As várias correntes filosóficas e doutrinárias do mundo

maçônico, que têm representação no Brasil, nos fazem
maçons mais cultos e capazes de receber com
generosidade nossos irmãos de todas as regiões do
mundo.
 Isso se deveu pelo fato da maçonaria brasileira ter recebido a

influencia das maçonarias europeia e americana, tornando a
maçonaria brasileira com grau de cultura maçônica mais ampla.
80
Nota: O SUPREMO CONSELHO ADONHIRAMITA DO BRASIL, foi fundado em 06/12/2013

por irmãos Regulares do Grande Oriente do Brasil, através de decisão de Lojas (Corpos
Filosóficos) de Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e Pará, que por não concordarem
com a administração do antigo Conselho do qual eram filiados, pela forma que conduziam os
assuntos administrativos relativos a filiações, tratados com outras potências e assuntos
ritualísticos no Corpo Filosófico, e com isso não conseguindo se fazerem ouvidos por aquele
corpo, reuniram-se e decidiram fundar à época o ECMAB, logo em seguida juntaram-se a estas
lojas, oficinas do RJ, SP, BA, AC, MA, RR, AC, PI, TO, RO e AP.
... O Rito Adonhiramita é filho da Maçonaria francesa. Para compreender suas origens é
necessário compreender como se desenvolve a Maçonaria Francesa no século XVIII.
Em 1780 , ... , Louis Guillemain de Saint Victor, este preparou um estudo contendo pesquisas
relativas aos mistérios da Antigüidade, e lançou dois anos depois a “Recueil Precieux de La
Maçonnerie Adonhiramite” (Compilação Preciosa da Maçonaria Adonhiramita). A parte
publicada em 1782 abrangia 4 graus, ou seja, Aprendiz, Companheiro, Mestre e Mestre
Perfeito. Em 1785 ele lança uma segunda parte até o Cavaleiro Rosa-Cruz. Fonte:
http://www.supremoadonhiramita.com.br/sobre-o-supremo-conselho-adonhiramita-do-brasil/
Segunda classe: do grau 4 a 14
 Mestre Secreto; Mestre Perfeito; Preboste e Juiz;

Primeiro Eleito ou Eleito dos Nove; Segundo Eleito ou
Eleito Pérpignan; Terceiro Eleito ou Eleito dos Quinze;
Aprendiz Escocês ou pequeno Arquiteto; Companheiro
Escocês ou Grão Mestre Arquiteto; Mestre Escocês ou
Grão-Mestre Arquiteto; Cavaleiro do Real Arco; Grande
Eleito ou Perfeito e Sublime Maçom.
Terceira classe: do grau 15 a 18

 Cavaleiro do Oriente; Cavaleiro da Espada ou da Águia;
Príncipe de Jerusalém; Cavaleiro do Oriente e do
Ocidente; Cavaleiro Rosa+Cruz.
Quarta classe: do grau 19 a 21

 Grande Pontífice ou Sublime Escocês; Venerável Mestre
das Lojas Regulares ou Mestre Ad Vitam; Cavaleiro
Noaquita ou Cavaleiro Prussiano.
Quinta classe: do grau 22 ao 30

81
 Cavaleiro do Real Machado ou Príncipe do Líbano; Chefe

do Tabernáculo; Príncipe do Tabernáculo; Cavaleiro da
Serpente de Bronze; Príncipe da Mercê ou Escocês
Trinitário; Grande Comendador do Templo; Cavaleiro do
Sol ou Príncipe Adepto; Cavaleiro de Santo André;
Cavaleiro Kadosch.
Sexta classe: graus 31 e 32
 Sublime Iniciado e Grande Preceptor; e Prelado

Corregedor e Ouvidor Geral.
Sétima classe: grau 33

 Patriarca Inspetor-Geral.
Nota: 12/03/1829 – o Irmão Francisco Ge Acayaba de Montezuma, depois Visconde de

Jequitinhonha, então no exílio, recebe do Supremo Conselho dos Países Baixos, hoje Bélgica,
uma carta de autorização para instalar um Supremo Conselho do Rito Escocês Antigo e Aceito
no Brasil.
12/11/1832 – de volta ao Brasil o Irmão Montezuma instala o Supremo Conselho usando a

autorização do Supremo Conselho da Bélgica.
Durante os anos seguintes, várias foram as cisões e aproximações em torno do Supremo

Conselho.
Hoje, no Brasil, temos:
82
4 a 14
 Graus inefáveis – administrados pelas Augustas Lojas de
Perfeição:
4°Mestre Secreto;
5°Mestre Perfeito;
6°Secretário Íntimo;
7°Preboste e Juiz;
8°Intendente dos Edifícios;
9°Cavaleiro Eleito dos Nove;
10°Cavaleiro Eleito dos Quinze;
11°Sublime Cavaleiro Eleito;
12°Grão Mestre Arquiteto;
13°Cavaleiro do Real Arco;
14°Grande Eleito, ou Perfeito e Sublime Maçom.
83
15 a 18
 Graus capitulares – administrados pelos Sublimes

Capítulos Rosacruz:
15°Cavaleiro do Oriente
16°Príncipe de Jerusalém
17°Cavaleiro do Oriente e do Ocidente
18°Cavaleiro Rosacruz
19 a 24
19°Grande Pontífice, ou Sublime Escocês.
20°Soberano Príncipe da Maçonaria, ou Mestre Ad Vitam
21°Noaquita(Noachita), ou Cavaleiro Prussiano
22°Cavaleiro do Real Machado ou Príncipe do Líbano
23°Chefe do Tabernáculo
24°Príncipe do Tabernáculo
25 a 30
25°Cavaleiro da Serpente de Bronze

26°Príncipe da Mercê, ou Escocês Trinitário
27°Grande Comendador do Templo
28°Cavaleiro do Sol, ou Príncipe Adepto
29°Grande Cavaleiro Escocês de Santo André, ou
Patriarca das Cruzadas
30°Cavaleiro Kadosch (Kadosh), ou Cavaleiro da Águia
Branca e Negra
31 a 33
 Graus administrativos:
31°Grande Inspetor Comendador

32°Sublime Príncipe do Real Segredo
 O grau 33 é administrado exclusivamente pelos

Supremos Conselhos:
33°Grande Inspetor Geral
84
Rito Moderno
 Há 9 graus que têm a mesma densidade dos estudos
praticados nos graus de outros ritos, e são reconhecidos
por outros ritos que têm até 33 graus, por tratados entre
Supremos Conselhos.
o 4°Eleitos ou Eleitos Secretos

o 5°Eleitos Escoceses
o 6°Cavaleiros do Oriente e da Espada.
o 7°Cavaleiros Rosacruz
o 8°Cavaleiro da Águia Branca e Preta, Cavaleiro
Kadosh Filosófico, inspetor do rito
o 9°Cavaleiro da Sapiência – grande inspetor do rito
Graus do rito de York –4 ao 7

 Capítulo de Maçons do Real Arco
o Mestre de Marca
o Past Master
o Mui Excelente Mestre
o Maçom do Real Arco
8 ao 10
 Conselho de Maçons Crípticos
 Mestre Real
 Mestre Escolhido
 Super Excelente Mestre
11 ao 13
 Comanderia de Cavaleiros Templários
o Cavaleiro da Cruz Vermelha

o Cavaleiro de Malta
o Cavaleiro Templário
85
 Instituições que derivam da estrutura maçônica, e que

atuam em determinadas áreas auxiliares ou
complementares da Maçonaria sem obrigatoriedade de
serem praticantes dos rituais maçônicos.
o São associações com participantes ligados a maçonaria, ou são

maçons, ou membros de sua família, ou amigos de maçons, por
exemplo, mas que, de alguma forma, apoiam a atividade
maçônica e se interligam, ou tem algum tipo de dependência, ou
de conhecimento, ou de uso da estrutura, ou mesmo até
financeira da Grande Ordem Maçônica Mundial.
As mais relevantes no Brasil
o Clube das Acácias ou Fraternidade Feminina

 É a instituição que congrega as esposas de maçons.
 Em geral todas as Lojas têm estes clubes que
reúnem as esposas e, muitas vezes, os filhos e
filhas de maçons, com a finalidade de praticar a
caridade, de fazer práticas de benevolência,
visitando ou colaborando com alguma instituição,
podendo ser hospitais, asilos ou orfanatos.
 A Associação das Acácias é reconhecida

mundialmente como uma estrutura de
benemerência, de prática do amor ao próximo
através de ações explicita de caridade para aqueles
que são mais necessitados na humanidade.
 Em determinadas Potências, recebe o nome de

Fraternidade Feminina. Hoje estas associações têm
seu próprio CNPJ e controle bancário distinto,
recebendo as contribuições dos irmãos coletadas
através do Tronco de Beneficência entre outras
ações de arrecadação, como jantares, bingos,
bazares, etc.
86
o Ordem DeMolay
 Esta Ordem reúne os jovens, rapazes do sexo masculinos,
como uma preparação para a vida maçônica, onde em
sessão da Ordem eles se integram com atividades de
aprimoramento de caráter, com atividades de
desenvolvimento do culto, respeito à pátria, dos símbolos
nacionais e respeito a família.
 É uma Ordem que desenvolve um alto grau de formação e

lapidação dos jovens e, principalmente, dar oportunidade
de afastar os jovens dos riscos do mundo moderno que
vivemos.
 A Ordem DeMolay está presente no mundo todo e que tem

uma prática ritualística, mas que não se caracteriza como
uma maçonaria como temos em Lojas Maçônicas.
Nota: mais informações sobre quando e onde foi criada – vide

https://pt.wikipedia.org/wiki/Ordem_DeMolay
Em São Carlos temos o Capítulo Águias do Oriente – vide

https://www.facebook.com/capituloaguias/
o Arco-Íris
Nota: A Ordem Internacional do Arco-Íris para Meninas é uma Ordem Paramaçônica

dedicada à edificação do caráter das adolescentes com idade entre 11 e 21 anos, com ou sem
parentesco maçônico. Podem fazer parte meninas filhas de maçons ou não, necessitando
apenas serem indicadas por um maçom ou de uma Menina Arco-Íris. A Ordem Internacional do
Arco-Íris para Meninas surgiu em 1922, época em que o mundo sofria fortes consequências pós
1ª Guerra Mundial. Muitos pais e irmãos que saíram para lutar não voltaram.
o Ordem Internacional das Filhas de Jó
Nota: As Filhas de Jó Internacional, ou apenas Filhas de Jó é uma Ordem sem fins

lucrativos, discreta e de princípios fraternais, filosóficos e filantrópicos, apoiada
pela Maçonaria e destinada à jovens do sexo feminino entre 10 e 20 anos (incompletos),
visando aperfeiçoamento do caráter através do desenvolvimento moral e espiritual encontrados
nas Sagradas Escrituras, a lealdade para com a bandeira do seu país, o amor filial e o serviço
à comunidade.
o Oficina de Lowtons
Nota: Lowtons é como são chamados os filhos, enteados e netos de maçons que passaram
por uma cerimônia especial de adoção em uma Loja Maçônica. Para se tornar um lowton, a
criança tem que ter entre sete e quatorze anos de idade. Ao serem adotados por uma Loja
Maçônica, a Loja contrai para com eles a obrigação de servir-lhe de tutor e guia na vida social.
87
o Estrela do Oriente
Nota: A Ordem da Estrela do Oriente foi fundada em 1850 por Robert Morris, Mestre Maçom e
Grão Mestre do Estado de Kentucky (USA) sendo uma das mais sólidas instituições existente
no mundo e ligada à Maçonaria Universal.
A Sociedade cresceu muito desde então e atualmente está representada em todos os
continentes, possuindo cerca de 1.500.000 membros.
É uma organização considerada Paramaçônica, instituída com a finalidade de congregar a

família maçônica, sob o manto dos ensinamentos seculares de solidariedade, amor ao próximo,
liberdade de expressão, liderança moral e intelectual e crença na existência de um Ente
Supremo. Fonte: http://grandecapitulosp.com/a-ordem-da-estrela-do-oriente/
o Bodes do Asfalto
Nota: Nota: O Moto Clube Bodes do Asfalto foi idealizado pelo irmão Edson Fernando
Sobrinho.´., sendo fundado em 01 de agosto de 2003, tem a sua sede nacional na cidade Feira
de Santana – Bahia. e representações em diversas cidades do Brasil e no exterior.
A idéia do moto clube surgiu de conversas entre Maçons integrantes da lista de discussão
Atalaia, sendo inicialmente planejado para apoiar os Maçons Motociclistas, os quais, quando
em viagem, viessem a necessitar de algum tipo de ajuda, o nosso “Moto Clube” aproximaria,
através da fraternidade, os irmãos motociclistas com os irmãos das cidades onde ele passaria.
Fonte: http://www.bodesdoasfalto.org.br/historia.asp
o Anita Garibaldi
Nota: A Ordem Anita Garibaldi foi fundado em 1987, em Barra Mansa-RJ, pelo capítulo 002
Barra Mansa da Ordem DeMolay, inspirado na heroína Anita Garibaldi.
A Ordem Anita Garibaldi é uma organização fraterna, juvenil, com a finalidade de congregar
jovens de 12 a 21 anos, do sexo feminino, podendo ou não ter parentesco com Maçons, tendo
como objetivo o aprimoramento de caráter, desenvolver a autoconfiança e a autoestima;
estimular, desenvolver e ensinar qualidades de liderança; respeito ao país e à família; lealdade
a Pátria e à Bandeira Nacional; participar de campanhas filantrópicas, educativos e de
prestação de serviços à comunidade; reverencia à coisas Sagradas e à Deus.
Cada Anita tem a religião que desejar; a Ordem Anita Garibaldi tem por finalidade
complementar família, escola e igreja e não substituí-las. Fonte:
http://fdjbrasil.blogspot.com.br/2012/05/ordem-anita-garibaldi.html
o Ordem da Cavalaria
Nota: A Ordem dos Nobres Cavaleiros fez sua estréia em 1946, quando foi exemplificada
perante o Grande Conselho - hoje conhecido como Supremo Conselho Internacional (já
extinto). O ritual foi devidamente aprovado e os Conventos foram autorizados a se
organizarem.
Os primeiros membros de Convento eram DeMolays de 18 a 21 anos de idade e de grande
posição em seus Capítulos. As atividades dos Cavaleiros consistiam de programas sociais e
educacionais, destinadas aos jovens mais velhos que estavam na faculdade ou empregados .
Fonte: http://www.demolaymg.com.br/filiadas/ordem-da-cavalaria
88
o Távola Redonda
Nota: Ordem dos Escudeiros é uma organização para crianças do sexo masculino que possui
como propósito formar bons futuros jovens a sociedade. Embasada nos ensinamentos de
SABEDORIA, VERDADE e JUSTIÇA, a Ordem transmite a seus membros valores e virtudes
que são fundamentais na formação de futuros cidadãos de bom caráter na sociedade;
acostumando os pequenos garotos desde cedo a lidarem com disciplina, exercitar a oratória
em público, realizar trabalhos socioeducativos, além da importância de trabalhar em grupo.
A Távola Redonda refere-se à figura lendária do Rei Arthur, que traz consigo inúmeras
histórias, onde os mais valorosos cavaleiros se reuniam em torno de uma mesa redonda
reafirmando os sentimentos de igualdade, amizade e perfeição.
Todas as histórias além de seus ideiais são usados como método de aprendizagem e
desenvolvimento dos escudeiros durantes as cerimônias. Fonte:
http://www.demolaymg.com.br/filiadas/escudeiros
 Todas essas Ordens têm estruturas específicas ligadas a capacitação,

treinamento, divulgação e desenvolvimento de conhecimentos
específicos, que vem complementar a formação do maçom de forma que
ele venha a ter mais reconhecimento e relevância na sociedade em que
participa.
 Temos nessas Ordens Paramaçonicas estruturas independentes, com

formas próprias de captação de recursos financeiros, distribuição de
suas atribuições, suas estruturas políticas de diretoria, com gestão
independente da maçonaria.
 Essas Ordens apenas gravitam porque surgiram através de maçons e

que vão complementar o que a maçonaria propõe para cada irmão
maçom.
Breve Histórico
89
 Os Graus Maçônicos Aliados têm longa tradição maçônica

pois alguns deles são precedentes dos tempos em que a
Maçonaria ainda não estava formalmente estruturada
como está nos tempos atuais.
 Até o século XIX a maioria deles eram praticados na

Inglaterra sob a proteção de Cartas Constitutivas da
Grande Loja dos Antigos.
 Em 1813 com a fusão de Antigos e Modernos, foram

organizados em ordens separadas.
o Assim foi estabelecido os graus de Aprendizes, Companheiros e

Mestres Maçons e, a partir dai a estrutura dos graus maçônicos
(filosóficos) de acordo com cada rito.
o Os graus aliados foram colocados como “uma oferta

complementar” para aqueles que queiram aperfeiçoar
determinados campos de estudos da atividade maçônica.
Graus Aliados no Reino Unido

 Criado o Grande Conselho dos Graus Maçônicos Aliados
para padronizar os rituais e tornar os trabalhos desses
graus mais coerentes.
 A abrangência desse conselho alcança também o País de

Gales e todas as regiões sob influência da coroa
britânica.
 Eles trabalham com os seguintes graus:
o São Lourenço o Mártir

o Cavaleiro de Constantinopla
o Grandes Guardiões de Salomão
o Cruz Vermelha da Babilônia
o Grande Sumo Sacerdote
Graus Aliados no Brasil

 Graus trabalhados nos Graus Maçônicos Aliados dos
Estados Unidos
Graus Aliados nos USA

90
 Nos EUA alguns desses graus foram adormecidos em

algumas cidades e em outros aceitos como graus laterais
ou paralelos.
 Lá a permissão de sua prática é concedida pelo Grande

Conselho.
Graus Maçônicos Aliados trabalhados no

território dos USA
 Nauta da Real Arca

 Secret Monitor (Monitor Secreto)
 Cavaleiro de Constantinopla
 Saint Lawrence, the Martir (São Lourenço, o Mártir)
 Arquiteto Superintendente
 Grand Tilers of Solomon (Grandes Talhadores de
Salomão)
Allied Massonic Degrees (AMD)

 A Ordem dos Graus Maçônicos Aliados é restrita aos
membros do Rito de York, que ingressam mediante
convite, e na qual o número de membros permitidos é
limitado.
 É um grupo dedicado à pesquisa maçônica, que requer de

seus membros que sejam antes Maçons do Arco Real.
o Master of Tyre (Mestre de Tiro)

o Excellent Master (Mestre Excelente)
o Installed Sovereign Master (Soberano Mestre
Instalado)
o Installed Commander Noah(Comandante Noé
Instalado)
o Red Branch of Eri (Ramo Vermelho de Eri)
91
o Ye Ancient Order of Corks (A Antiga Ordem dos

Rolhas)
Graus Aliados no Brasil
 São ordens maçônicas laterais que se denominam Graus

Aliados.
 As que estão presentes no Brasil são:
o São Lourenço, o Mártir

o Cavaleiro de Constantinopla
o Grande Cobridor de Salomão
o Cruz Vermelha da Babilônia
o Grande Alto Sacerdote
A visão da Maçonaria Contemporânea contempla justamente

percebermos o que a maçonaria oferece como possibilidade de
aperfeiçoamento e engrandecimento da prática dos irmãos na sua vida
como um todo.
92
93
Aula 6 – Contemporaneidade, reflexão e autocrítica.
4
 Quanto nós evoluímos? O quanto aprendemos em Loja e fazemos
no nosso cotidiano?
 Já estamos mesmo no século XXI?
o Enquanto organização, estamos atualizados, capacitados a

interagir de forma plena e trazer benefícios para nós e para a
sociedade, com as ofertas que o século XXI nos faz em termos de
tecnologia, potenciais de comunicação e interação?
 Combatemos a ignorância, a corrupção e o fanatismo?
 Quanto nos dedicamos a construir o nosso templo interior?
o Quanto da nossa prática diária contempla a nossa ideia de

aperfeiçoamento do nosso comportamento moral e do cívico?
 Construímos um mundo melhor?

o O mundo que temos hoje e do qual nós reclamamos de tantas
facetas, que foi construído a partir das ações de todos os
cidadãos do mundo, nós conseguimos contribuir para a melhora
desse mundo?
 Estas são as provocações iniciais que o Professor Daniel considera

relevante para que nós, maçons, possamos desenvolver o processo de
reflexão e aperfeiçoamento do nosso trabalho.
94
 Que desafios contemporâneos a Maçonaria enfrenta?
o Nós paramos para pensar sobre o assunto? Discutimos em Loja

quais são esses principais desafios?
o Além das discussões e ideias, é importante compartilharmos para

que, como organização, possamos tornar a maçonaria mais forte.
 Quais as perspectivas e possibilidades da Maçonaria

neste século?
o Dentro deste contexto, o que podemos realmente construir para a

instituição maçônica.
 Qual o papel do maçom na sociedade?
o Que desafios o maçom deve enfrentar e para quais desafios ele

terá apoio da Ordem?
 Como o maçom pode contribuir para ajudar a resolver os

problemas do país?
o É fundamental que maçons assumam responsabilidades e, ao

assumir, que desenvolvam ações para melhorar a sociedade,
recebendo apoio não só dos seus irmãos de Loja, como de toda a
Ordem Maçônica.
8
“Nesta nova era de Aquário, quando há indivíduos e grupos
trabalhando para restaurar os mistérios, alguns aspirantes já
reconhecem a Maçonaria como veículo para este objetivo. A
95
evolução do homem para o ‘super-homem’ é o propósito dos

antigos mistérios e propósito da maçonaria. A busca da
evolução espiritual dos que aspiram a perfeição da sua própria
existência buscando praticar virtudes que os tornem mais
próximos do que é divino.”
(Wilmshurst, 1927, citado por Jeffers, 2005, p. 173).
 Este texto traz duas questões fundamentais:

o O desafio da construção própria do ser humano;
o A percepção crítica dos problemas que o mundo apresenta para
cada ser humano.
 Caso a data não tivesse sido mencionada, teríamos a impressão que o

texto havia sido escrito recentemente, por ser muito atual, pois nos dá a
ideia precisa de que todos os tempos são difíceis para os seres
humanos e, como diz a Bíblia, cada dia com a sua agonia.
 Assim nós sabemos que o tempo não é pior hoje do que foi no passado
e talvez não seja melhor no futuro, a não ser que nós tomemos algumas
atitudes, decisões e façamos algumas escolhas, tanto no plano
individual, como no plano coletivo, para construirmos o que há de
melhor.
 Super-homem: é a ideia de Aristóteles de que o homem se aperfeiçoe a

tal ponto que se torne um super-homem, alguém capaz de transformar e
melhorar a sociedade de convívio entre as pessoas.
Nota: Walter Leslie Wilmshurst (22 June 1867 – 10 July 1939) was an English author
and Freemason. He published four books on English Freemasonry and submitted articles
to The Occult Review magazine.
Book: The Meaning of Masonry; The Ceremony of Initiation; The Ceremony of Passing; Notes
on Cosmic Consciousness; Masonic Initiation
Articles and papers: "The Fundamental Philosophic Secrets Within Masonry"; "Review: 'The
Hidden Church of the Holy Graal' by A.E. Waite"; "The Mystical Basis of Freemasonry"
"Reason and Vision"; "The Working Tools of an Old York Master"; "Spurious Ecstasy and
Ceremonial Magic"
JEFFERS, H. PAUL – vide a resenha do livro no final desta aula - “The Freemasons in
America - INSIDE THE SECRET SOCIETY”.
96
Fonte: https://periodicos.ufsc.br/index.php/revistacfh/article/view/2178-
4582.2012v46n2p337/24207
Realidade Maçônica
 Nos EUA, as lojas que constam no List of Lodge perderam

mais da metade do total de membros nos últimos 30
anos. E pior, muitos dos membros atuais têm baixa taxa
de frequência; isto porque a definição de “regular” tem
sido flexibilizada, divergindo dos princípios estabelecidos
pela GLUI e nos Landmarks.
o Infelizmente muitos maçons não levam a sérios os seus

compromissos maçônicos, a disciplina que a maçonaria propõe e
estimula entre os seus membros.
o Com isso, temos uma redução grande de irmãos nos USA e em

outras partes do mundo, inclusive no Brasil, pois mesmo os que
continuam afiliados e contribuído monetariamente, não têm
cumprido corretamente as suas responsabilidades maçônicas.
 Por outro lado, observa-se um crescimento exponencial

da Maçonaria chamada “liberal”, que inclui as lojas
mistas e lojas femininas.
 Na Europa já superam a Tradicional Maçonaria Inglesa

em número de membros e obediências.
97
Realidade contemporânea
 A sociedade contemporânea, apesar do assombroso

desenvolvimento das comunicações – que está
transformado a humanidade – enfrenta questões
complexas e que demandam soluções urgentes:
o As drogas legais e ilegais e seus efeitos nos jovens

e nas famílias
o O consumismo (a ideia do ”ter” sobre o “ser”) e o descaso

ambiental
 O ter causa um consumo ambiental exagerado e, como

consequência do ter, o seu descarte.
o A propriedade intelectual e a inovação
 Há um grande estímulo as iniciativas de inovação, mas em

paralelo uma capacidade muito grande oferecida pela
tecnologia para replicar o conhecimento, multiplicar, copiar
e distribuir sem o compromisso ou efetivo controle da
propriedade intelectual.
 Por outro lado, isso acaba afetando o interesse das

pessoas em ter iniciativa em inovação.
o O uso e os direitos à biodiversidade
 É a capacidade de usarmos os recursos naturais,

aparentemente abundantes em determinadas regiões, mas
que são escassos em outras partes do mundo, como, por
exemplo, a água, e utilizamos como se o recurso fosse
interminável.
 Esta é uma questão da modernidade contemporânea,

requerendo que o assunto seja pautado nas conversas nas
nossas Lojas, possibilitando o debate sobre o tema,
encontrando ações que minimizem o problema.
o A migração, os refugiados e o terrorismo
 Há refugiados migrando para a Europa e também para o

Brasil, que é o caso da grave crise na Venezuela,
lembrando que houve a questão dos bolivianos e haitianos
em passado recente.
 O risco do terrorismo também chegou no Brasil
98
Vide: https://epoca.globo.com/tempo/noticia/2016/07/pf-prende-celula-do-
estado-islamico-que-planejava-atentado-na-rio-2016.html
o Fundamentalismo religioso
 Ao quererem impor sua visão, acabam gerando conflitos,

falta de tolerância e problemas no convívio social.
o A alienação social promovida por meios de

comunicação
 Manipulação de massa, gerando a perda da capacidade de

critica da população, alienada com a facilidade de assistir
sem ter que pensar.
o Minimização da democracia e permeabilidade

institucional
 Alguns partidos tem o discurso democrático, mas barram a

participação de todos da sociedade, dando espaço apenas
para quem lhe interessa a participação, que ajudam a
eleger quem apoiam.
 Quanto à permeabilidade social, se refere a influencia dos

interesses externos nos objetivos principais, levando ao
item abaixo...
Nota: ... 2. Permeabilidade social: não haverá espaço para limites, divisas ou barreiras. É
impossível imaginar a cidade do futuro separa em bairros ricos e pobres de forma tão
contundente como as cidades brasileiras (e de quase todo o globo) de hoje. Certamente não
admitiremos mais a existência de habitação em qualquer formato similar à de nossas atuais
favelas. Aliás, acho que favela é um problema que pode ser solucionado num prazo bem mais
curto do que se acredita, basta um pouco de vontade política e da sociedade organizada
pressionando. Acredite também, isso também é uma forma de pressão, e importante. Fonte:
https://ricardotrevisan.com/2011/05/19/as-cidades-do-futuro/
o Negligência com a educação e a saúde públicas
 Estes dois itens são a base da saúde social, pois se as

pessoas não tem formação, conhecimento ou adequada
capacitação para evoluir no mercado de trabalho e
crescerem como cidadãos e não encontram respaldo para
seus tratamentos de saúde, a sociedade como um todo
acaba doente.
99
 Os problemas de corrupção que vivemos no Brasil

(estamos em 2018) afetam e contribuem diretamente para
agravar esta situação no nosso país.
Visão pessoal do Professor Daniel

o A análise da maçonaria no momento atual, para que as reflexões
provocadas no início desta aula possam ser desenvolvidas.
o A ideia central é que se possa construir a partir dessas reflexões,

diagnosticando o nosso momento, o processo histórico que nós
estamos inseridos, os problemas sociais que enfrentamos, como
instituição que se propõe ao aperfeiçoamento do ser humano,
fazendo que as ações sejam úteis e ,beneficiando, contemplem a
vida de todas as pessoas na sociedade.
Auto questionamento
 Somos mesmo secretos?
o Somos instigados a preservar os nossos segredos. Evidente que

temos os segredos da forma de nos identificarmos, de nos
comunicarmos, que pertencem só a cada maçom dentro do grau
e do rito a que pertence.
o Entretanto, esse “secrecidade” tem sido questionada e rompida

do ponto de vista de instituição.
o Nós vemos, por exemplo, nos USA e em outros locais, a

maçonaria colocando propaganda nos meios de comunicação,
com objetivo de atrair novos membros e, com isso, oferecendo
para as pessoas a oportunidade de se desenvolverem, tanto
como pessoa, como socialmente, sem necessariamente ficar
escondendo seus Templos, mas sim expondo a maçonaria como
uma entidade participativa e ativa na sociedade.
o No Brasil, em decorrência das perseguições que os maçons

sofreram no passado, há ainda uma cultura de manter os
encontros, eventos a até ações em segredo.
o O professor Daniel pensa que isso deve ser revisto, inserindo

mais a instituição no meio social.
100
 Quais nossos atrativos para iniciar jovens talentos em

nossa Ordem, já que não vendemos indulgências?
 Temos soluções práticas para os problemas da

sociedade, sem oferta de curas milagrosas e/ou
mágicas?
 Estamos sintonizados com os novos valores de uma

sociedade global?
o Vivemos num mundo totalmente integrado, em que os meios de

comunicação nos permitem, sem nenhuma complexidade,
transmitir o que está acontecendo ao vivo de qualquer parte do
mundo.
o A maçonaria, que foi a primeira instituição globalizada, precisa se inserir
neste contexto, e se coloque a disposição da sociedade para
realizar as melhorias e evoluções que pregamos.
Futuro da Maçonaria
 Vamos imaginar um jovem atual com faixa etária entre

23 e 38 anos que tenha concluído seu curso superior e
ingressada numa pós-graduação.
 Esta pessoa domina as tecnologias atuais e

generalidades. No trabalho contribui para uma
modernização revolucionária, desenvolve e aplica
conhecimentos inexistentes há menos de uma década.
Questionamento
 Temos em nossas oficinas respostas aos anseios e

aflições deste jovem?
 Nossas práticas ritualísticas e nossas atividades sociais

são motivadoras para jovens nesse contexto?
 O que um profano espera da Maçonaria quando ingressa?
 Que ideia tem um profano e quais suas expectativas

quando inicia na Ordem?
101
 O que a Ordem espera do neófito?
 Essas são as perguntas que necessitamos responder para que

possamos ser atrativos para os jovens e, com isso, expandir e fazer
crescer a nossa Ordem no contexto contemporâneo.
Motivos de preocupação
 Uma pesquisa recente em oito lojas da Inglaterra,

Estados Unidos, Canadá e Austrália revelou que o tempo
médio de permanência dos maçons que se afastaram ou
que foram eliminados por falta de pagamento, caiu de
cerca de 20 anos no período entre 1945 e 1949 para
apenas quatro anos no período de 2010 a 2014. Isto
mostra que não apenas ingressam menos profanos, mas
que aqueles que ingressam têm ficado menos tempo
dentro da Maçonaria.
Refletindo sobre o tema
 Quais os motivos do desligamento voluntário ou da

ausência prolongada e/ou inadimplência?
 Há pouco tempo a Grande Loja Unida de Inglaterra

decidiu contratar uma agência para promover sua
imagem e encontrar meios de estimular a adesão de
novos membros, considerando que há na sociedade atual
novos modelos de vida social e familiar.
Maçonaria no século XXI
 Este momento histórico é uma oportunidade ímpar para

a Maçonaria projetar seus líderes e protagonizar as
ações transformadoras sem abrir mão do pressuposto
essencial de sua evolução ao longo dos últimos 300 anos
e da essência das Constituições de Anderson, que
definem a Ordem como o “ponto de encontro daqueles
que de outra forma não teriam se conhecido” e o de
servir para “unir o que está disperso”.
o Precisamos convergir os anseios da sociedade que foi

transformada pela tecnologia, pela vida moderna, pelos novos
arranjos sociais, familiares e estruturas políticas, com a
Maçonaria, que tradicionalmente vem preservando valores,
conceitos e práticas, que são altamente relevantes e que
poderiam estar adequados e inseridos nesta sociedade,
102
provocando as transformações que nos permitam minimizar o

sofrimento e opressões que são sofridas por todos os cidadãos.
o Esta foi a razão das provocações e questionamentos desde o

início desta aula.
o Como dito acima, ... o de servir para “unir o que está disperso”,
significa que temos que integrar, para que a sociedade se torne
mais coesa, pois mais integrada, consegue ser mais forte e
realizadora para todos.
 Sua herança de vitalidade e de êxito frente a tantas

perseguições, preconceitos e desafios, faz da Maçonaria
uma instituição pronta para congregar a grande parcela
de seres humanos defensores das liberdades políticas e
individuais rumo à construção de um mundo melhor.
o Ainda que possa ser vista como conservadora ou mais antiga, a

Ordem Maçônica tem todos os elementos para alinhar suas
práticas, convergir seus objetivos e preceitos as necessidades da
sociedade atual e com isso fazer as transformações que torne a
nossa sociedade mais tolerante, de conviveu melhor e mais
próspero para todos.
 A sobrevivência da Ordem depende de uma iniciativa

renovadora.
 Os rituais terão que transbordar as sessões sob pena de

significarem apenas o quão envelhecidas estão suas
colunas.
O maçom: nosso “patrimônio”
 Os estudiosos que escrevem livros e artigos sobre a

história, o simbolismo, os rituais e/ou discutem aspectos
controversos, são relevantes porque desvendam
mistérios, promovem o entendimento da verdade
maçônica e indicam os caminhos para o desenvolvimento
da Maçonaria.
 Os que ingressam atraídos pelos mistérios e pelo

simbolismo da Ordem, são os que se aprofundam nos
aspectos espirituais e místicos, nos vínculos com, por
exemplo, esoterismo e outras áreas como a Cabala,
Hermetismo, Alquimia e a Ordem Rosa-Cruz.
103
Nossos vínculos
 Há ainda os que têm habilidades de relacionamento,

gestão e diplomacia. Dedicam-se às tarefas
administrativas, sociais e comemorativas. Buscam
ampliar sua rede de relacionamentos e com isto
contribuem com a Ordem.
o Assim, cada irmão maçom se insere em um desses grupos,

fazendo parte de um grande patrimônio social, capaz e treinado
para cooperar para melhoria e crescimento de nossa sociedade.
 Uma Loja deve satisfazer as aspirações de cada um

destes membros sem discriminar ou restringir.
 Devem ser preservados e fomentados os laços com a

sociedade. Amizade com autoridades civis constituídas,
lideranças religiosas, universitárias, veículos de
comunicação e chefes militares.
 Isto nos dará a certeza que a nossa participação na sociedade será

relevante e efetivamente irá contribuir para a melhoria dessa sociedade.
 Este discurso poderá aparecer repetitivo, porém trazido com um

diagnóstico, com a percepção de como a Ordem está inserida neste
mundo atual, mostra o que cada maçom pode fazer e o que em conjunto
possamos realizar também.
104
A inserção da Maçonaria na Sociedade
As origens
 A GLUI, ao ser criada em 1717, tinha por objetivos

apenas eleger um Grão-Mestre e organizar duas reuniões
anuais em banquetes nas datas dos solstícios. Mas a
Maçonaria Especulativa atraiu os intelectuais nos séculos
XVII e XVIII.
 A Maçonaria incorporou filósofos, cientistas, aristocratas

e pensadores, que encontraram o ambiente próprio para
expor seus pensamentos e revelar suas descobertas sem
temer repressão política ou religiosa. Este espírito atraiu
também os arautos da Liberdade, Igualdade e
Fraternidade.
A nossa imagem social
 Temos o desafio de construir uma nova imagem pública

para a Maçonaria, e isto influenciará no ingresso de
profanos na Ordem.
 Há alguns estereótipos sobre a Maçonaria que precisam

ser desconstruídos. Alguns deles são: a ideia de que é
secreta; centro de conspiradores; antirreligiosa;
anacrônica; instituição filantrópica; clube de amigos;
incapaz de competir com a mídia; proibida para
familiares; enigmática e até mesmo satânica. Entre todos
estes rótulos, apenas um é positivo.
 Esta análise foi resultado de uma pesquisa, sendo o único positivo a

ideia de uma instituição filantrópica, sendo as demais ou equivocadas,
ou que atendem interesses outros.
Nota: anacrônico. Que se opõe ao que é cronológico; em que há anacronismo. Que não se
adapta aos usos ou aos hábitos de uma época; obsoleto. Contrário ao que é moderno; que é
antiquado; retrógrado: pensamento anacrônico..
105
Diagnóstico da realidade
 Atualmente tudo é rápido, há mais oportunidades, mais

competição e o tempo parece cada dia mais escasso.
 Transformações sociais propõem novos valores no

âmbito familiar, no papel da mulher, na emancipação dos
jovens, na tolerância das diferenças, nas relações de
trabalho etc.
 A realidade nos apresenta diversos desafios, alguns muito diferentes de quan

do a Ordem foi sistematizada.
As mudanças no mundo
 São mais frequentes as trocas de emprego e mesmo de

profissão.
 Vemos também a dissolução de unidades nacionais;

conflitos étnicos, religiosos e culturais e o terrorismo
como instrumento político.
 A Maçonaria precisa incorporar estes processos

históricos e entender e adaptar a instituição a estas
transformações, afinal tudo isto impacta também a
Ordem.
 A nossa Ordem, por mais que tente se manter protegida, ela é

impactada por esses fenômenos, que de uma certa maneira, acabam
influindo e deveriam estar na pauta das nossas discussões e
preocupações, além das de caráter ritualístico.
As nossas mudanças
 A redução do quadro de membros causa problemas

financeiros e afeta, além das estruturas próprias, os
organismos laterais.
 A situação chegou ao ponto de os Shriners (Ordem lateral,

fundada nos USA) fazerem experiências de aceitar membros
que não passaram pelos graus superiores e chegaram a
propor que se abra para todos desvinculando-se da
Maçonaria, para tentar manter a instituição sobrevivente.
106
As mudanças invisíveis
 Apesar das estatísticas indicarem que a idade média dos

maçons subiu de 73 para 78 anos entre a virada do
século XX para o XXI, observou-se também uma queda
substancial na perda de influência da Maçonaria na vida
pública.
o Isto significa dizer que na vida pública, no passado houve uma
participação muito maior de maçons e isso construiu bases muito
mais sólidas, ou seja, instituições muito mais operantes, mas que
essa participação tem diminuído muito.
o De certa maneira se percebe a diminuição da participação de
maçons e um crescimento dos problemas ligados a ética na
pratica política.
 As pessoas mudam suas expectativas e possibilidades

por influência do ambiente, da família e da sociedade. A
atitude dos ocidentais continua fundamentalmente
individualista e hedonista, tratando de obter o máximo
de satisfação em sua vida diária.
Nota: Hedonismo consiste em uma doutrina moral em que a busca pelo prazer é o único
propósito da vida.
A palavra hedonismo vem do grego hedonikos, que significa "prazeroso", já que hedon significa
prazer. Como uma filosofia, o hedonismo surgiu na Grécia e teve Epicuro e Aristipo de Cirene
como alguns dos nomes mais importantes. Esta doutrina moral teve a sua origem nos
cirenaicos (fundada por Aristipo de Cirene), epicuristas antigos. O hedonismo determina que o
bem supremo, ou seja, o fim último da ação, é o prazer. Neste caso, "prazer" significa algo
mais que o mero prazer sensual. Os utilitaristas ingleses (Bentham e Stuart Mill) foram os
continuadores do hedonismo antigo.
Em muitas ocasiões o hedonismo é confundido com o epicurismo. No entanto, existem
algumas diferenças entre eles, sendo que Epicuro criou o epicurismo com o objetivo de
aperfeiçoar o hedonismo. O epicurismo tem como um dos objetivos a ausência da dor, e por
isso o prazer tem um papel mais passivo, e o indivíduo deve renunciar a coisas que possam
originar dor e sofrimento. No caso do hedonismo, a busca pelo prazer é aconselhada de forma
intensa, levando também em conta os prazeres sexuais.
Como o hedonismo aborda a busca excessiva pelo prazer como o propósito mais importante da
vida, muitas religiões a repudiam, pois consiste em uma doutrina que entra em choque com a
doutrina de muitas igrejas.
Hedonismo ético e psicológico: O hedonismo psicológico tem como fundamento a noção

que em todas as ações, o ser humano tem a intenção de obter mais prazer e menos
sofrimento, e essa forma de viver é única coisa que fomenta a ação humana. Por outro lado, o
hedonismo ético tem como princípio o facto de o homem contemplar o prazer e os bens
materiais como as coisas mais importantes das suas vidas.
107
 Questões como o papel social da mulher e sua maior

participação no mercado de trabalho já causam algumas
mudanças. Em nome da igualdade de direitos proclamada
pela Declaração Universal dos Direitos Humanos, há
decisões judiciais obrigando outras organizações como o
Rotary, o Lions e outras a admitir mulheres em seus
quadros.
o Assim, em algum momento, pode haver a Judicialização da
restrição da inserção das pessoas do sexo feminino na Ordem
Maçônica regular, embora haja organizações maçônicas liberais,
não regulares, onde os rituais são praticados por grupos mistos ou
eminentemente femininos.
Nota:
 A admissão de mulheres aos Rotary Clubs do mundo inteiro, decidida por votação na
reunião do Conselho de Legislação de 1989 (fonte: https://www.rotary.org/pt/history-
women-rotary).

 No AL 1985/1986, durante a 69ª Convenção Internacional do Lions Club, realizada em
Nova Orleans, Louisiana, foi novamente apresentada a proposta para o ingresso de
mulheres como sócias, que, porém, não foi aprovada por falta do quórum necessário.
Em maio de 1987, a Corte Suprema dos EE. UU já havia decidido pela punição de
determinadas entidades cujo regulamento configurava discriminação sexual. Até
então, Lions Internacional que não havia sido atingido por nenhuma sentença, no AL
1986/1987, durante a 70ª Convenção Internacional, realizada em Taipei, Taiwan,
sendo Presidente Stan A. Akestann, com o quórum de 77% dos votos dos Delegados,
foi aprovado o ingresso da mulher no Lions, em quatro de julho, quando ocorreu o
ingresso da 1ª mulher Associada Regular (com direito à voto) na Associação
Internacional de Lions
(fonte: http://www.lionslideranca.org.br/A%20PRESENCA%20DA%20MULHER%20NO
%20LEONISMO.docx. ).
 Podemos tomar como referência que até poucos anos

havia universidades que segregavam as pessoas por
gênero ou raça, porém hoje estão abertas a todos, assim
como acontece nas forças armadas de muitos países.
o O fato de instituições conservadoras, como as forças armadas,

terem flexibilizado a entrada do sexo feminino nas corporações,
nos dá uma perspectiva de que em algum momento pode vir a ser
uma possibilidade dentro da maçonaria, mas que deve ser
amplamente discutida.
o Não podemos olhar para esses fenômenos acontecendo ao

nosso redor e ignorar que isso influencia ou que impacta no
nosso crescimento e na manutenção da nossa Ordem como uma
organização relevante para a sociedade.
 Quanto tempo mais poderemos nos manter indiferentes a

estas mudanças? Não temos a resposta, mas se não
tomarmos estas questões como centro de nossos debates
haverá um momento em que nos serão impostas
108
mudanças exógenas, ou seja, mudanças que virão de fora para

dentro, por exemplo, impostas judicialmente ou por decisão institucional.
o Assim, ao mesmo tempo em que devemos nos proteger dessas

influencias e, ao mesmo tempo, entendermos que é um momento
de abrir as possibilidades para a expansão da Ordem.
 Internamente podemos preparar programas de

atividades que inclua seminários, debates, formação para
exercícios dos cargos, formação para líderes, mutirões
de solidariedade etc.
Os ventos da mudança
 Na Inglaterra, país tido como conservador, foi criada

uma loja maçônica virtual na Internet. Com a tecnologia
atual ainda não se pode realizar cerimônias maçônicas,
mas surge a discussão sobre como utilizar estas novas
ferramentas de comunicação para atender às finalidades
da Maçonaria.
o A questão aqui não é que tenhamos que fazer a mesma coisa,

ciando loja maçônica virtual, mas que na Ordem há tentativas de
se inserir e convergir com o mundo atual.
o Assim surge a questão de como se utilizar essas ferramentas de

comunicação para atender as finalidades da maçonaria.
o Quantos irmãos não deixam de comparecer a sessão por

problemas de transito, ou climático, ou de trabalho, ou de
viagem?
 Assim, com a tecnologia, abre-se a possibilidade de

contemplar a participação virtual passiva do irmão, ou
mesmo participando, em certos momentos, por chat.
 Lembramos que o ensino a distancia propiciou a

participação de alunos por um recurso eletrônico, em outro
lugar que não a sala de aula, mas que o conteúdo esteja
chegando com clareza, com recursos que possibilitam
rever, tirar dúvidas e, de certa forma, participar.
o Evidente que para a prática maçônica, precisamos discutir a

forma de como fazer isso, mantendo aquilo que consideramos
soberano, secreto e fundamental, mas que não nos afaste desta
sociedade evoluída do ponto de vista tecnológico.
109
Os desafios da mudança
 Os jovens atuais tendem a não reconhecer estruturas

baseadas em autoridade central, com baixo grau de
participação decisória.
o
o Não podemos esquecer que, mesmo nas famílias atuais, as
crianças participam de decisões, como onde passar as férias,
qual a comida do almoço ou jantar, e isso faz com que esta
geração vá crescendo como sendo isso uma pratica natural.
o Assim, qualquer coisa que impeça a sua manifestação desse

comportamento, acaba deixando de servir a estes jovens.
 Estes fenômenos são universais, não apenas em nossa

sociedade, e com os meios de comunicação atuais, afetam
toda a coletividade maçônica em alguma medida, seja
onde for.
 Isto exige a nossa reflexão no curso de gerir as nossas práticas, para

que as mesmas encontrem uma relação produtiva, benéfica para a
nossa sociedade e, ao mesmo tempo, que a sociedade nos perceba
como uma instituição útil, necessária, válida e que possa ser cada vez
mais respeitada e menos temida, mais admirada pelo que faz e menos
sujeita ao imaginário popular sobre o que possamos estar fazendo.
110
Pessoa e famílias buscando a

subsistência no lixão, disputando
com os urubus
Mãe e filha ao lado de policial

fortemente armado em via pública
Acessibilidade? – exemplo de como a sociedade
está exposta a violência.
 A reflexão proposta pelo Professor Daniel tem haver com essa realidade
dura, que está todos os dias no noticiário.
 De que maneira, nós, maçons, podemos contribuir para mudar problemas

isso?
 Como fazer com que estes problemas, que estão explicitamente colocados
no nosso cotidiano, possam ser superados com certa eficácia, de maneira
que estes fatos se tornem apenas referencia de um passado distante.
A mudança começa em casa
 Nessas imagens vemos diferentes tipos de negligência

com a nossa pátria:
 O descaso com os objetivos de gestão pública.
111
 Os riscos a que os cidadãos estão expostos

cotidianamente.
 O objetivo da gestão pública é criar meios e organizar recursos que

levem a um convívio social harmonioso e de proteção à sociedade como
um todo, mas isso não está acontecendo, então temos sérios problemas
na forma de gerir a coisa pública, tanto na forma de conjunto de leis,
como no sentido das práticas ali colocadas.
 A tragédia da miséria exposta na falta de

oportunidade para crianças e jovens alijados do
acesso à educação básica.
 Participação em movimentos de protesto é uma ótima

iniciativa e devem reverberar em nossas reuniões e
resultarem em ações práticas que sejam referência ou
em apoio a entidades idôneas dedicadas a causas
legítimas.
Maçons do Paraná vestidos maçonicamente
 As causas legítimas da sociedade podem e devem ser apoiadas pelos

maçons de forma prática, como por exemplo, mostrado na foto acima,
não podendo ficar simplesmente nos debates do WhatsApp, ou do
Facebook, ou mesmo somente se preocupando com problemas
específicos do cotidiano do dia ou da semana, ou pior, tratando com
certo deboche problemas altamente sérios, deixando de transformar em
ações práticas que sejam capazes de provocar as mudanças que
queremos.
112
 Não só devemos nos manifestar publicamente, como devemos ser

protagonistas do aperfeiçoamento da sociedade brasileira que tanto
defendemos.
 “Não existe crime mais grave que a corrupção, que ataca

a fundação de todas as leis. Não há ofensa mais grave
que a traição por aquele a quem foi confiada a sagrada
missão de servir, assim como intolerável é o crime
daquele que paga a corrupção. É pior que o ladrão que
rouba o indivíduo, pois corrupto e corruptor roubam a
todos de uma cidade ou de uma nação. É pior que o
assassino que tira uma vida. Violando a lei, corruptor e
corrupto assassinam uma população
indiscriminadamente. A exposição e punição da
corrupção são uma honra para a nação, não uma
vergonha.” Teodore Roosevelt, 1903, (citado por Sérgio Moro).
Vide: https://www.youtube.com/watch?v=msXEvJ_Csrw
Nota: Agora o texto completo do Juiz Sérgio Moro
Moro cita Roosevelt contra a corrupção

Brasil 13.10.16 21:44
Sérgio Moro incluiu na sentença de Gim Argello o trecho de um discurso de Theodore

Roosevelt sobre a corrupção.
No texto, de 1903, o 26o presidente americano diz que “não existe crime mais sério do que a
corrupção” e nem “ofensa mais grave do que a daquele no qual é depositada tão sagrada
confiança”.
Para Roosevelt, o corrupto “é pior que o ladrão, é tão maligno como o assassino”. “Outras
ofensas violam uma lei enquanto a corrupção ataca as fundações de todas as leis”.
Quem tolera a corrupção é responsável por ela.
“A exposição e a punição da corrupção pública são uma honra para a uma nação, não uma
desgraça. A vergonha reside na tolerância, não na correção. Se nós falharmos em dar tudo o
que temos para expulsar a corrupção, nós não poderemos escapar de nossa parcela de
responsabilidade pela culpa.”
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Informações adicionais da internet
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The Freemasons in America

INSIDE THE SECRET SOCIETY
By JEFFERS, H. PAUL
PUBLISHERS SUMMARY:
What Is Their Secret And What Are They Hiding? Step inside the secret world of the
Masons and discover: How such pivotal American documents as the Declaration of
Independence and the Bill of Rights reflect Masonic principles and influence. How
Freemasons became the world's oldest and largest fraternal organization. If Freemasons
rule the world--or want to. Why Masonic symbolism appears on American currency. Why
the opposition groups, from conspiracists to the Catholic Church, fear Freemasons. Why
Texas has been called "the Masonic Republic." How to recognize Masonic rings, pins, and
other symbols. From George Washington to Dan Brown's The Da Vinci Code, the
Freemasons have influenced the United States in many surprising ways. With nearly half
the world's six million Freemasons--some twenty-five U.S. presidents and thirty-five
Supreme Court justices among them--America has felt the group's impact more deeply and
broadly than any other country. Using historical anecdotes and incisive analysis, this timely
and insightful portrait separates the myths surrounding Freemasonry from the facts,
offering a unique insider's view into what American Freemasonry was, is, and will be
tomorrow. H. Paul Jeffers has published more than 50 works of fiction and nonfiction,
including Freemasons: Inside the World's Oldest Secret Society, biographies of presidents
Theodore Roosevelt and Grover Cleveland, New York mayor Fiorello LaGuardia, Diamond
Jim Brady, and others. He lives in Manhattan.
Fonte: http://www.bookverdict.com/details.xqy?uri=Product-49112973224148.xml
119

A Maçonaria Contemporânea - Todas As Aulas

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Iniciando a Conversa sobre a Maçonaria Contemporânea

Professor: Daniel Rodrigues Poit

 O objetivo desta disciplina será desenvolvido uma série de

Potência, Obediência e Regularidade.

 São critérios de seleção das pessoas a serem

 Não é permitido na Maçonaria pessoas que tenham tido condenações

 Assim, a Maçonaria é uma organização Iniciática, onde os iniciados

 Mas como surgiu a maçonaria operativa?

 Há cerca de mil anos, a humanidade vivia uma civilização muito mais

o Então, era comum que as sociedades, as comunidades, se

o A Maçonaria operativa surge neste contexto onde pedreiros

 Surgiu, no século X, derivando da associação das

o Esses cavaleiros, que eram monges oriundos de famílias nobres,

o A fusão dos cruzados com o grupo de pedreiros foi estabelecendo

o Com a volta dos cruzados de Jerusalém e o conhecimento sobre

o Essa condição de se protegerem através de gestos, toques e

 No século XIV conseguiram se abrigar e reiniciar

o Desta forma a Maçonaria se expandiu por toda a Inglaterra,

 No início do século XVIII formava-se a Grande

o Se de um lado isso fez que houvesse muita curiosidade e

o A Maçonaria se expande sob essa égide, essa prática que, em

 Em seguida foi adotada como referência uma

 No início do século XIX, precisamente em 1813,

o Assim, os maçons ingleses e maçons franceses, que trouxe para

o A Maçonaria, de uma forma geral, foi uma das pioneiras das

 Por ter a igualdade como um dos princípios

o Ser aberta a todos os homens livres e de

dentro da Loja, pois, como maçom, todos tem o mesmo valor,

 Sendo o lema da fraternidade outro princípio

o Promover o entendimento entre os homens

 Ser humano como uma manifestação divina, através do

o Então, na Maçonaria, não se tem, por exemplo, preconceitos de

o Há sim preceitos de sermos respeitadores da lei de seu país e/ou

 Por ter a liberdade como outro dos princípios

 Assim, a liberdade não está no conceito de qualquer fazer o que quer,

 De se integrar politicamente ou religiosamente, de se

 A Maçonaria está organizada em potências e

 As células vitais da maçonaria são suas lojas.

 A implantação de uma potência implica na

 O poder executivo é exercido por um Mestre

 O poder legislativo é presidido por um Mestre

 Já o poder judiciário e é presidido por um Mestre

 Aristóteles atribuiu vários significados à palavra:

 Capacidade de realizar mudança em outra

 Capacidade de sofrer mudança causada por

 Capacidade de mudar ou ser mudado para

 Capacidade de resistira qualquer mudança.

 Também há uma ambiguidade na interpretação

 Possibilidade ou pré-formação e, portanto,

 A potencia também está com cada maçom, pois tem o poder de

o A participação do maçom nas reuniões, os interesses que levam

 No caso da Maçonaria, podemos ficar com o

 Segundo Spinoza, esse é o significado específico

 Esta consiste “em ter por Deus sentimentos

 Assim, podemos considerar que fé ocorre somente naquilo em que nós

 O indivíduo obedece às leis, e sabe que nessa

 Para os estoicos há quatro emoções: desejo,

o Esta é uma aplicação mais filosófica do termo obediência, onde a

 Como isso se aplicaria dentro da Maçonaria?

o Então, não adianta falarmos de maçonaria sem levar em conta

o A obediência está na nossa fé em que, a nossa ação, a liberdade

 Assim a palavra potencia está mais ligada a política e a palavra