Beruflich Dokumente
Kultur Dokumente
2.1. Verticais................................................................................................................. 4
5. Conclusão ............................................................................................................... 19
Boletim técnico
Número 28 - Primeira publicação: fevereiro de 2000, revisada em: abril de 2018
1. Bombeamento de espuma
1.1. Introdução
Bombear espuma mineral por meio de bombas de polpa centrífugas sempre foi e, ainda
é, um grande desafio de engenharia tanto para os fabricantes de bombas quanto para
os usuários finais. A seleção e operação incorretas da bomba e o projeto mal elaborado
dos tanques e das tubulações de sucção, podem causar um desempenho instável da
bomba. Grandes fabricantes de bombas de polpa, como a Weir Minerals por exemplo,
têm trabalhado em novos projetos de bombas que ofereçam melhorias na capacidade
de bombeamento de espuma.
Tais projetos visam bombear espuma com os Fatores de Volume de Espuma (FVF) de
até 2,5, mantendo a alta eficiência e o desempenho do bombeamento estável. A seguir,
este documento descreverá um procedimento de seleção simples, com dicas técnicas,
para seleção e operação bem-sucedidas de bombas em aplicações de bombeamento de
espuma difíceis, utilizado pela Weir Minerals (2018).
Fator de Volume da Espuma (FVF): a relação entre o volume aerado (com espuma) e o
volume sem espuma, mostrado na Figura 13.
volume com espuma
𝐹𝑉𝐹 = [1]
volume sem espuma
A espuma mineral consiste em partículas finas com uma dispersão fina de bolhas de ar.
O transporte da espuma mineral da etapa de deslamagem para células ou colunas de
flotação é, geralmente, feito por bombas centrífugas de polpa. As características da
espuma mineral dependem do tipo de mineral, da distribuição do tamanho das partículas,
da concentração de sólidos, da quantidade de ar na espuma e se é utilizado algum tipo
de reagente no processo.
2.1. Verticais
A solução para bombear espuma mineral com altos FVFs é implementar o conceito de
usar a própria bomba para separar e remover o ar arrastado da polpa com a presença
de espuma.
A técnica de separação e ventilação tem sido usada em bombas de papel desde os anos
80. O conceito inicial consistia de uma bomba de estágio único equipada com um
impulsor semiaberto com palhetas expelidoras, orifícios de ventilação na cobertura
traseira e uma câmara de coleta de gás atrás do impulsor.
O principal meio de auxiliar a eliminação de gases encontrado nessas bombas foi o uso
de uma bomba de vácuo adicional. A bomba de vácuo seria montada no eixo da bomba
centrífuga dentro da câmara de coleta de gás ou conectada ao tubo de ventilação
separadamente. No entanto, as bombas de vácuo típicas não são bombas de polpa
devido à dependência de folgas de funcionamento apertadas. Uma vez introduzida a
pasta, as folgas justas são bloqueadas ou abertas por desgaste. Em ambos os casos, a
vida operacional de uma bomba de vácuo é drasticamente reduzida.
𝑃𝑠 ∗ 𝑉𝑠 = 𝑃𝑑 ∗ 𝑉𝑑 + 𝑃𝑣 ∗ 𝑉𝑣 [2]
Testes extensivos com espuma de deslamagem de minério de ferro com FVF alto,
sugerem que há um volume mínimo de ar que precisa ser ventilado para liberar a trava
de ar no olho do impulsor.
O CARS pode ser usado em pastas com fatores de volume de espuma de até 2,5. Ao
contrário do padrão, quanto maior a rotação de operação da bomba, melhor é a
efetividade do CARS. A vazão operacional nominal deve estar localizada à esquerda da
curava de performance do sistema, mas próxima do melhor ponto de eficiência (BEP).
A taxa de vazão máxima (projetada ou classificada) pode ser localizada à direita do BEP,
conforme mostrado na Figura 15. Com base em dados empíricos, operar à direita do
BEP com resultados de projeto sem ventilação diminui o desempenho.
3.2. Projeto do tanque de alimentação da bomba
O projeto não ventilado pode ser equipado com qualquer um dos tipos de vedação
padrão, incluindo centrífugo (expelidor) ou selo mecânico. Uma configuração de
transmissão de potência com acionamento por correias ou redutor de velocidade, são
ambos arranjos de acionamento adequados. Também é preferível usar no acionamento,
um inversor de frequência variável para fornecer a flexibilidade de velocidade necessária
para acomodar mudanças nas características do processo de espuma, que são
causadas pela alimentação variável da bomba, mudanças de funções e variações nas
características da polpa de minério.
O projeto “CARS” ventilado tem algumas restrições para a vedação do eixo e opções de
configuração do inversor. A localização do tubo de ventilação limita este projeto apenas
a uma opção de vedação de eixo (estilo de bucha). Um arranjo de montagem
convencional do motor (motor ao lado da bomba) interferiria com o tubo de ventilação,
portanto, seria necessário um suporte de motor instalado acima da bomba.
4. Fator de Volume de Espuma
1
𝐹𝑉𝐹 = %𝑎𝑟 [4]
1−( ⁄100)
4.1. Procedimento de seleção da bomba de espuma
Com base no valor de FVF medido e no tipo de espuma mineral, será escolhido o modelo
da bomba de espuma ventilada ou não ventilada mais adequado. Cada um tem seu
próprio procedimento de seleção. O projeto não ventilado é recomendado para espuma
mineral com FVF menor que 1,8. A configuração CARS ventilada é recomendada para
qualquer suspensão com FVF maior que 1,8. No entanto, em alguns casos, o modelo do
CARS ventilado pode ser usado mesmo se o FVF for menor que 1,8, onde a espuma se
mostrou difícil de bombear com o modelo não ventilado.
5. Selecione a bomba de espuma de tal forma que tanto a vazão normal quanto a vazão
projetada estejam entre 50% e 100% de fluxo BEP, conforme mostrado na Figura 15.
A altura total necessária deve ser mantida no mínimo 35 m ou menos. Nota: NPSHr
Nota: O NPSH requerido deve ser minimizado tanto quanto possível.
𝐻𝑓 = 𝐻𝑤 ∗ 𝐻𝑅 [6]
𝑆𝑠𝑙
𝑆𝑓 = FVF [7]
11. O tamanho do motor deve ser escolhido de tal forma que exista um mínimo de 20%
de margem de segurança para compensar perdas de acionamento, perdas no eixo
e variações nas condições do serviço.
Nota: O uso de uma unidade de frequência variável é altamente recomendado.
8. Selecione a bomba de espuma de forma que tanto a vazão nominal quanto as vazões
máximas sejam o mais próximo possível do fluxo de 100% de BEP, conforme
mostrado na Figura 15.
Notas: O NPSH requerido deve ser minimizado o máximo possível. Para aplicações
superiores a 35 m de altura manométrica total, podem ser utilizados rotores sem
palhetas indutoras.
14. O tamanho do motor deve ser escolhido de tal forma que exista um mínimo de 20%
de margem de segurança para compensar perdas de acionamento, perdas no eixo
e variações nas condições do serviço.
Notas: O uso de uma unidade de frequência variável é altamente recomendado.
O bombeamento de espuma expõe alguns dos problemas que podem ocorrer na entrada
de uma bomba centrífuga. Se não houver nada impedindo que o fluido do processo entre
no centro do rotor, a bomba funcionará conforme indicado na curva de desempenho.
Alguns outros tipos de aplicações que podem apresentar problemas de sucção e, por
fim, causar problemas de desempenho da bomba são aplicações que envolvem polpas
abrasivas de alto rendimento, polpas não newtonianas e suspensões de pasta.