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PRINCÍPIOS
Princípio da legalidade ou reserva legal ou intervenção legalizada: Esse princípio está previsto
no art. 1º do Código Penal e também no artigo 5º, XXXIX da Constituição. É uma forma de
limitação do Direito Penal para atuar somente dentro da lei, dentro das normas positivadas.
Decorrente desse entendimento, temos o princípio de anterioridade da lei. A lei penal só pode
retroagir se for para beneficiar o réu, caso contrário, não pode ser aplicada a fatos anteriores.
Art. 1º - Não há crime sem lei anterior que o defina. Não há pena sem prévia cominação
legal.
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-
se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida,
à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:
XXXIX - não há crime sem lei anterior que o defina, nem pena sem prévia cominação
legal;
Princípio da exclusiva proteção de bens jurídicos: O Direito Penal deve tutelas bens jurídicos
mais relevantes para a vida em sociedade, sem levar em consideração valores exclusivamente
morais ou ideológicos.
Princípio da intervenção mínima ou ultima ratio: Só se deve recorrer ao Direito Penal se outros
ramos do direito não forem suficientes. Em outras palavras, é a última opção, para ser usado
quando estritamente necessário.
Princípio da ofensividade: Não há crime se não há lesão ou perigo real de lesão a bem jurídico
tutelado pelo Direito Penal.
Princípio da culpabilidade: É preciso que exista dolo ou culpa na conduta do agente para que
este seja penalmente responsabilizado. Só haverá responsabilidade penal se o agente for
imputável (atribuível), que possui consciência da ilicitude.
Princípio da adequação social: Condutas historicamente aceitas e consideradas adequadas pela
sociedade em tese não merecem intervenção penal punitiva, não sendo abrangidas pelos tipos
penais.
Princípio da Irretroatividade da lei: A Lei penal produz efeitos a partir de sua entrada em vigor,
não podendo retroagir, salvo para beneficiar o réu. Não atender a esse princípio é ao m esmo
tempo um desrespeito ao princípio da legalidade e da anterioridade da lei, uma vez que o
princípio da irretroatividade ficou, de certa forma, incluído no princípio da legalidade, embora
conceitualmente distintos.
Princípio da Proporcionalidade: Equilíbrio justo entre o delito e sua respectiva pena, entre a
gravidade do fato e a sanção a ser cominada ou imposta.
Princípio da alteridade: determina que não devem ser criminalizadas atitudes meramente
internas do agente, atitudes essas que não sejam capazes d e atingir direito de outrem.
Princípio da Presunção da Inocência: A pena não poderá ser executada enquanto não transitar
em julgado. O agente é considerado inocente até que seja julgado e se prove o contrário.
Princípio da NE BIS IN IDEM: Não se admite a dupla punição referente a um mesmo fato, ou
seja, veda-se a repetição (bis) da pena referente ao mesmo acontecimento delituoso.
Art. 2º – Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar crime, cessando
em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença condenatória.
Art. 4º – Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda que outro seja
o momento do resultado.
Art. 5º – Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de direito
internacional, ao crime cometido no território nacional.
Art. 6º – Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, no todo
ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado.
I – Os crimes:
Art. 8º – A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo mesmo crime,
quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas.
Art. 10 – O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os meses e os anos
pelo calendário comum.
Art. 11 – Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de direitos, as frações
de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro.
Art. 12 – As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei especial, se esta
não dispuser de modo diverso.