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UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA

CENTRO DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIA


DEPARTAMENTO DE QUÍMICA
DISC.: Química Analítica Quantitativa
Profª: Márcia Izabel Cirne França

ERROS

Todas as medidas físicas possuem um certo grau de incerteza. Quando


se faz uma medida procura-se manter essa incerteza em níveis baixos e
toleráveis de modo que o resultado possua confiabilidade aceitável, sem a qual
a informação obtida não terá valor.
A medida de uma quantidade física envolve três elementos:
• O sistema material em estudo
• O instrumental para realização da medida
• O observador
Os resultados podem ser apreciados sob dois diferentes prismas: a
exatidão e a precisão.
A exatidão ou fidelidade indica o grau de concordância do valor achado
experimentalmente com o valor verdadeiro, relaciona-se com o erro absoluto da
medida.
Já o termo precisão, também chamado reprodutibilidade, indica o grau
de concordância dos resultados individuais dentro de uma série de medidas,
quanto maior a grandeza dos desvios, menor a precisão.
Precisão não implica obrigatoriamente em exatidão.
A exatidão e a precisão em uma série de medidas podem ser definidas
quantitativamente.

1. Média de uma série de medidas:


x + x 2 + ... + x n
m= 1 N – nº de medidas
N

2. Erro absoluto:

E = x - xv xv – valor verdadeiro, x – valor de uma


medida

3. Erro relativo: E/xv (normalmente expresso em percentagem)

4. Desvio:
d=x–m

5. Desvio padrão:
∑ (x − m)
2

σ= i

N
TIPOS DE ERROS

Os erros são classificados em determinados e indeterminados. Os


determinados são um tipo de erro que possui um valor definido, em princípio
capaz de ser avaliado e, portanto corrigido ou computado no resultado final. Os
erros indeterminados são aqueles que apresentam valores indefinidos, não são
mensuráveis e flutuam ao acaso na repetição das medidas.

• Erros determinados

São erros devido a causas definidas, que se repetem sistematicamente


e ocasionam resultados persistentemente mais altos ou mais baixos do que o
valor verdadeiro. São classificados em quatro tipos:

1. Erros de método:
Erros inerentes ao método aplicado, ou seja, ao processo analítico
usado.Tem suas origens nas propriedades físicas e químicas do
sistema material envolvido. Ex: uma análise volumétrica usando um
indicador inadequado; aplicação dos métodos volumétricos a
concentrações inadequadas, ocorrência de reações incompletas ou
em paralelo; em gravimetria podem ser causas de erros de método
a solubilidade dos precipitados, a decomposição ou
higroscopicidade da forma de pesagem, etc.

2. Erros operacionais:
Erros relacionados às manipulações feitas durante a realização das
análises, dependem da capacidade técnica do analista. Ocorrem
sempre que a técnica correta não é obedecida. Exs: amostras não
representativas, perda mecânica de material no decorrer da análise,
lavagem incompleta ou excessiva de precipitados, deixar o becker
destampado,usar vidrarias sujas, etc...

3. Erros pessoais:
Decorrem da inaptidão de algumas pessoas em fazerem
corretamente certas observações. Ex: alguns não conseguem
visualizar corretamente a mudança de cor de um indicador,
ultrapassando o ponto final. Nessa classe, há também os erros de
preconceito ou pré-julgamento que ocorrem quando o analista forja
os dados experimentais obtidos de modo a encontrar resultados
concordantes entre si.

4. Erros instrumentais:
Erros relacionados com as imperfeições dos instrumentos, aparelhos
volumétricos e reagentes. Exs: vidrarias mal calibradas, reagentes
com impurezas, balança descalibrada, etc.
• Erros indeterminados

Qualquer medida de uma quantidade física pode ser afetada por


fatores variáveis fora de controle, como por exemplo: ruídos, vibrações
causadas por tráfego urbano, variações de temperatura e umidade,
etc. Esses erros são conhecidos como indeterminados, acidentais ou
estatísticos, não podendo ser localizados nem corrigidos.
Porém, podem ser submetidos a um tratamento estatístico que permite
saber qual o valor mais provável e também a precisão de uma série de
medidas. Admite-se que os erros indeterminados seguem a lei de
distribuição normal (distribuição de Gauss).

VERIFICAÇÃO DA EXATIDÃO DE UM MÉTODO

Os meios para checar a exatidão dos processos analíticos


compreendem:
• Uso de amostras padrões
A exatidão de um método pode ser verificada com o auxílio de
amostras padrões que possuam composição global conhecida e muito próxima
à do material a ser analisado pelo método em questão.

• Comparação com método independente


A exatidão de um método pode ser verificada pela análise da
mesma amostra com outro método, independente,
reconhecidamente válido. Esta técnica é particularmente útil
naqueles casos para os quais não se dispõe de amostras
padrões.

• Determinações paralelas
Os resultados analíticos obtidos em determinações paralelas,
para serem dignos de confiança, não podem deixar de
apresentar um grau de concordância satisfatório, de
conformidade com a precisão do método.

• Balanço material
Quando se realiza uma determinação completa, as percentagens
de todos os constituintes, em princípio, devem somar 100%. O
balanço material é pouco usado, já que raramente são
realizadas análises completas.

• Balanço iônico
As soluções de eletrólitos contem cátions e ânions presentes em
quantidades equivalentes, conforme exige a eletroneutralidade
do sistema. O balanço iônico consiste em comparar a soma dos
equivalentes dos constituintes catiônicos e a soma dos
constituintes aniônicos.
MANEIRAS DE REDUZIR OS ERROS

1. Média como valor mais provável:


O tratamento estatístico dos erros indeterminados mostra que a média
é o valor mais provável de uma série de medidas repetidas. Quanto maior o
número de medidas, menor é o desvio da média com relação ao valor
verdadeiro. O número de determinações em paralelo depende da finalidade do
trabalho, nas análises ordinárias, a realização de duplicatas é sempre
recomendada.

2. Aplicação de correções:
Muitas vezes, a exatidão de um resultado analítico pode ser
notavelmente melhorada mediante aplicação de correções baseadas na
determinação experimental da magnitude do erro determinado. As correções
envolvem as provas em branco, provas de controle e provas especiais.

3. Modificações nas condições do processo analítico:


Freqüentemente, um método é grandemente melhorado mediante
modificações introduzidas no processo de análise. O aperfeiçoamento de um
método analítico requer uma clara compreensão do efeito das variáveis do
sistema.

ALGARISMOS SIGNIFICATIVOS

A medida experimental de uma quantidade física está sempre sujeita a


alguma incerteza. Geralmente considera-se na expressão numérica de uma
medida que o último algarismo apresenta uma incerteza de ±1.

EX: 1,057 cm = 1,057 ± 0,001 [1,056;1,058]

Quando se fala em algarismos significativos de um número refere-se


aos dígitos que representam um resultado experimental, de modo que apenas o
último algarismo seja duvidoso. O numero de algarismos significativos expressa
a precisão de uma medida.

± 0,1 g 11,1g
(balança comum)
EX: A massa de um corpo é 11,1213g

± 0,0001g 11,1213g
(balança analítica)

O número de algarismos significativos não depende do numero de


casas decimais.
Os zeros são significativos quando fazem parte do número e não são
significativos quando são usados somente para indicar a ordem de grandeza.
Zero à esquerda não é significativo.

EX: 11 mg = 0,011g (2 algarismos significativos)

0,1516; 0,0001516 (4 algarismos significativos)

É conveniente, nestes casos, usar a notação exponencial.

Zero à direita é significativo caso seja resultado de uma medida, não


sendo significativo se indicar apenas a ordem de grandeza.

Adição e subtração

O resultado deve conter tantas casas decimais quantas existirem no


componente com menor número delas.

Multiplicação e divisão

Nestes casos, o resultado deverá conter tantos algarismos significativos


quantos estiverem expressos no componente com menor número deles.

OBS: Quando for necessário arredondar números, a seguinte regra


deve ser seguida:
• Ultimo algarismo ≥ 5 Æ aumente o último algarismo significativo
em 1 unidade.
• Último algarismo < 5 Æ mantenha o último algarismo significativo.

Quando são feitas várias operações sucessivas, é conveniente fazer o


arredondamento apenas após a conclusão do cálculo final.

Bibliografia:

1. Ohlweiler,O.A., Química Analítica Quantitativa, vol 1, Ed. Livros Técnicos e Científicos, 3ª edição.
2. Baccan,N., et al, Química Analítica Quantitativa Elementar, Editora Edgard Blucher LTDA, 2ª edição.

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