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DOS FATOS.
Efetivamente a reclamante efetuou o pagamento de taxas de condomínio em atraso, e
obviamente pagou os acréscimos legais, ou seja, atualização monetária (INPC), juros
de mora e honorários advocáticios.
Ocorre que a autora pagou suas taxas de condomínio em atraso. O não pagamento
das taxas de condomínio na data fixada acarreta na cobrança de multa de 20%, juros,
correção monetária e honorários advocáticios, calculado sobre o valor total do débito.
Dever de pontualidade, das despesas, na forma usual (via banco, resgate no escritório
do síndico ou administrador etc...) constitui dever moral de solidariedade, lealdade e
honradez de cada um dos condôminos para com os demais, visto como tem por fim o
custeio da manutenção do edifício, que é a morada de todos eles. No conceito de
pontualidade integra-se o dever de pagar no dia e local de praxe, de sorte que não
fica a critério do devedor pagar sob forma diferente, como por exemplo, mediante
depósito bancário, quando o local estabelecido é o escritório do sindico, ou outro
designado por ele. O pagamento só se considera juridicamente eficaz para elidir a
mora se feito de forma habitual. E o atraso importa em autêntico parasitismo, visto
que para pagar despesas inadiáveis tem o síndico de fazer rateio extra junto aos
demais condôminos pontuais, assim forçados a suprir o caixa condominial e a se
tornarem financiadores compulsórios dos faltosos.
Os valores cobrados pela Garante, são somente aqueles permitidos pela Lei 4.591/64,
juros de mora de 1% ao mês, correção monetária pelo INPC, honorários advocáticios
de acordo com o capitulo IX, item II da tabela dos honorários da Ordem dos
Advogados do Brasil - Seccional do Paraná, aprovada em 05.08.91, vigente até a
presente data.
Nem se confunda a defesa do consumidor, que se refere aquele lesado de boa-fé, com
o apenamento do credor, igualmente de boa-fé lesado pelo devedor impontual.
A Reclamante esta agindo de má-fé quando quer ser ressarcida de valores pagos a
mais de um ano, ou seja, prova com isso que a mesma sempre pagou suas taxas de
condomínio em atraso.
DO PEDIDO.
N. Termos
P. Deferimento.
Curitiba 23 de agosto de 2001.
Manoel Alexandre S. Ribas
Advogado.