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Experimento 3 – Retificadores Não Controlados Isolados

3.1. Fundamentos teóricos

Na maior parte das aplicações em eletrônica de potência, a entrada de energia


tem a forma de uma tensão alternada senoidal em 60 Hz, proveniente da rede, que é
convertida em tensão contínua para ser aplicada à carga. Isto é realizado através dos
conversores CA-CC, também chamado de Retificadores. Dependendo do semicondutor
utilizado, tiristor ou diodo, os retificadores podem ser controlados ou não controlados
respectivamente. Os retificadores a diodo são encontrados em muitas aplicações, em
geral como estágio de entrada de fontes de potência, acionamento de máquinas,
carregadores de baterias e outros. Neste caso a tensão de saída do retificador não pode
ser controlada. Em algumas aplicações, tais como acionamento de máquinas CC, alguns
acionamentos de máquinas CA, controle de temperatura e sistemas de transmissão em
corrente contínua, o controle da tensão de saída se faz necessário. Nestas situações são
utilizados retificadores controlados.
3.2 - Retificador Monofásico de Meia Onda
a) Carga Resistiva
O circuito deste retificador alimentando carga resistiva, bem como as principais formas
de onda, são mostrados na Figura 3.1. No semiciclo positivo da tensão de entrada, o
diodo está polarizadodiretamente, logo o mesmo conduz e a tensão da fonte é aplicada
sobre a carga. No semiciclo negativo o diodo fica polarizado reversamente, logo se
bloqueia, levando a tensão sobre a carga a zero.
Fig. 3.1 – Retificador a diodo em meia ponte e principais formas de onda.

A tensão média aplicada sobre a carga neste caso é:


Vméd = V 0,45×Vs RMS
Onde VS RMS é o valor eficaz da tensão da fonte de entrada. Por exemplo, para uma
tensão da rede de 127V, a tensão de saída deste retificador será de 57V.E a corrente
média sobre na carga é dada por:

0,45×V
Iméd = S RMS
𝑅

b) Carga RL
A estrutura do retificador monofásico de meia onda alimentando uma carga RL
bem como a formas de onda estão representadas na Figura 3.2.

Fig. 3.2 - Retificador monofásico de meia onda alimentando carga RL e formas de


onda

Devido a presença da indutância, a qual provoca um atraso da corrente em


relação a tensão, o diodo não se bloqueia quando wt = p. O bloqueio ocorre no ângulo b
(ângulo de extinção), que é superior a p. Enquanto a corrente de carga não se anula, o
diodo se mantém em condução e a tensão de carga, para ângulos superiores a p, torna-se
instantaneamente negativa. A presença da indutância causa uma redução na tensão
média na carga, sendo que quanto maior a indutância, maior será o valor do ângulo de
extinção, com conseqüente redução da tensão média de saída.

C) Carga RL com Diodo de “Roda –Livre”


Para evitar que a tensão na carga se torne instantaneamente negativa devido à
presença da indutância, emprega-se o diodo de roda-livre, também chamada de diodo de
circulação, diodo de retorno ou de diodo de recuperação. A estrutura do retificador é
apresentada na figura 3.3

Figura 3.3
Retificador monofásico de meia onda com diodo de roda livre
O retificador contendo o diodo de roda-livre possui duas etapas de funcionamento,
representadas na figura 3.4
representadas na figura 3.4

Figuras 3.4 – Etapas de funcionamento para retificadores de diodo de roda


- livre
A primeira etapa ocorre durante o semiciclo positivo da tensão VS de
alimentação. O diodo D1 conduz a corrente de carga IL e o diodo DRL, polarizado
reversamente, encontra-se bloqueado.Nesta etapa a tensão na carga é igual à tensão de
entrada.A segunda etapa ocorre durante o semiciclo negativo da tensão VS. A corrente
de carga, por açãoda indutância, circula no diodo de "roda-livre" DRL, polarizado
diretamente nesta etapa. Em conseqüência, o diodo D1 polarizado reversamente está
bloqueado e a tensão na carga é nula. O diodo de roda-livre permanece em condução até
que a corrente de carga caia até zero. Isso se dá quando a energia armazenada no indutor
é completamente descarregada. As formas de onda estão representadas na Figura 3.5.

Figura 3.5
- Formas de ondas na carga RL

C) Carga RL com Diodo de “Roda –Livre”


Para evitar que a tensão na carga se torne instantaneamente negativa devido à
presença da indutância, emprega-se o diodo de roda-livre, também chamada de diodo de
circulação, diodo de retorno ou de diodo de recuperação. A estrutura do retificador é
apresentada na figura 3.3
Figura 3.3

Na Figura 3.5 apresentada, a corrente de carga se anula em cada ciclo de


funcionamento do retificador, nesta situação a condução é dita descontínua. Se a
corrente na carga não se anula antes do inicio do próximo ciclo, a condução é dita
contínua. O fato de a condução tornar-se contínua ou descontinua, é conseqüência da
constante de tempo da carga. Para constantes de tempo elevadas (L muito grande) a

condução poderá ser contínua. A condução contínua pode apresentar maior interesse
prático, pois implica numa redução do ripple (ondulação) de corrente na carga. As
formas de onda do retificador funcionando em condução contínua estão representadas
na Figura 3.6.
Figura 3.6 Formas de ondas na carga para condução contínua

Vméd = V 0,45×Vs RMS


Como o indutor é magnetizado e desmagnetizado a cada ciclo de funcionamento,
conclui-se portanto que o valor médio da tensão no indutor é nulo. Sendo assim, a
tensão média na carga é igual à tensão média na parcela resistiva. Daí:

0,45×V
Iméd = S RMS
𝑅

Note então que o valor da indutância não altera o valor médio da corrente na
carga. O efeito indutor é de filtragem da componente CA de corrente, ou seja, quanto
maior o valor da indutância, menor será a ondulação (ripple) da corrente. Comumente se
diz que “o indutor alisa a corrente”.

Corrente e tensão nos diodos


1. A máxima tensão reversa sobre os diodos é dada pelo valor de pico da tensão
de entrada do retificador.
2. Os valores médios das correntes nos diodos podem ser considerados como
iguais à metade do valor calculado para a carga, quando a constante de tempo for
elevada (condução contínua).

3.3 - Retificador Monofásico de Onda Completa em Ponte


a) Carga Resistiva
Nesta configuração, também chamada de ponte monofásica, durante o semiciclo
positivo da tensão de entrada os diodos D1 e D4 conduzem corrente à carga e os diodos
D2 e D3 estão bloqueados. Já no semiciclo negativo, D2 e D3 passam a conduzir e D1 e
D4 bloqueiam. Desta forma a tensão sobre a carga é sempre positiva. A Figura 3.7
mostra as duas etapas de operação deste retificador com as principais formas de onda.

Figura 3.7 –Retificador a diodo em ponte: Etapa e principais formas de ondas

O valor médio da tensão na carga é dado por:

Vméd = 0,9×Vs RMS

E a corrente média na carga é obtida de:


0,9×V
Iméd = S RMS
𝑅

Corrente e tensão nos diodos da ponte


1. A máxima tensão reversa sobre os diodos é dada pelo valor de pico da tensão
de entrada da ponte retificadora.
2. Os valores médios das correntes nos diodos são iguais à metade do valor
calculado para a carga.
As oscilações que aparecem na tensão sobre a carga, denominam-se “ripple”.
Este ripple de tensão pode ser reduzido com a inclusão de um filtro capacitivo,
normalmente um capacitor eletrolítico de alto valor em paralelo com a carga.

b) Filtro Capacitivo
As formas de onda da Figura 3.8 comparam a tensão na carga e a corrente na
fonte nas duas situações, com e sem o capacitor de filtro. Quanto maior a capacitância
menor será o ripple. Como o capacitor se mantém carregado, os diodos são polarizados
somente quando a tensão da rede ultrapassa o valor da tensão de saída sobre o capacitor,
portanto durante pequenos intervalos de tempo. Isto provoca correntes não senoidais na
fonte de alimentação, gerando harmônicas que reduzem o fator de potência e poluem o
sistema elétrico.

Fig. 3.8 – Tensão de saída e corrente da rede para retificadores com filtro
capacitivo.

c) Carga RL
A ponte monofásica alimentando carga RL, bem como as principais formas de
onda, estão representados na Figura 3.9.

Figura 3.9 - Retificador em ponte monofásica alimentando carga RL e


formas de ondas.
Com o uso do indutor, pode-se obter uma corrente de carga menos ondulada.
Assim, quanto maior o valor da indutância, menor será o ripple de corrente. As
expressões para cálculo de tensão e corrente médias são as mesmas para carga resistiva.

d) Carga RLE
Em algumas aplicações, os retificadores alimentam cargas RLE, ou seja,
cargas constituídas de resistência, indutância e uma tensão CC. Como exemplo típico,
cita-se um motor de corrente contínua, cujo enrolamento de armadura pode ser
representado eletricamente por uma resistência, uma tensão contínua (tensão gerada ou
contra-eletromotriz) e uma indutância. Normalmente se utiliza um indutor em série com
o motor para diminuir a ondulação da corrente. A Figura 3.10 apresenta um retificador
em ponte com carga RLE e as principais formas de onda.

Fig. 3.10 –
Retificador em ponte
alimentando carga RLE.

Considerando condução contínua, o que é assegurado pelo alto valor da


indutância, a corrente na carga nunca se anula. Assim, a forma de onda da tensão na
carga (VL) não sofre alteração devido à existência da tensão E. Sabendo que o valor
médio da tensão na carga é dado por:

Vméd = 0,9×Vs RMS

3.4 - Retificadores Trifásicos


Na indústria onde a rede trifásica está disponível, às vezes é preferível utilizar
retificadores trifásicos, que são constituídos de três pontos de entrada, cada um
conectado a uma das fases da rede, sendo indicados para níveis maiores de potência
(maior que 2kW). Nesta configuração, o ripple de tensão e de corrente são menores,
conseqüentemente os filtros serão menores. Além disso, os retificadores trifásicos
apresentam maior valor médio de tensão de saída.

3.4.1 - Retificador Trifásico de Meia Onda


A estrutura apresentada na Figura 3.11 pode ser considerada uma associação de
três retificadores monofásicos de meia onda. Cada diodo é associado a uma das fases da
rede de alimentação trifásica. Nesse tipo de retificador, também conhecido como
retificador com ponto médio, é indispensável o emprego do neutro do sistema de
alimentação. As formas de onda deste retificador alimentando uma carga resistiva estão
apresentadas na figura 3.12. Cada diodo do retificador conduz durante um intervalo de
tempo que corresponde a 120 graus elétricos da tensão da rede, sendo que o diodo em
condução é sempre aquele conectado à fase que apresenta o maior valor de tensão
instantânea. O
valor médio da
tensão na carga é
dado pela
expressão:

Fig. 3.11 - Retificador trifásico com ponto médio

Fig. 3.12 - Formas de onda do retificador de ponto médio.

Com o uso de um indutor em série com a carga resistiva, pode-se obter


um ripple de corrente ainda menor comparado com carga resistiva pura. Observa-se que
as expressões para o cálculo da tensão e corrente médias continuam sendo válidas para
carga RL.
3.4.2 - Retificador Trifásico de Onda Completa

O retificador trifásico de onda completa, apresentado na Figura3.13, é conhecido


também como ponte trifásica ou como Ponte de Graetz, se tratando de uma das
estruturas mais empregadas industrialmente.Este retificador apresenta seis etapas de
operação ao longo de um período da rede, sendo que cada etapa é caracterizada por um
par de diodos em condução. Em cada instante a corrente da carga flui por um diodo da
parte superior (D1, D2 ou D3) e um da parte inferior (D4, D5, ou D6). A operação pode
ser explicada assumindo as tensões nas três fases conforme a seqüência mostrada na
Fig. 3.14.

Fig. 3.13 – Retificador trifásico de onda completa.


Como pode ser visto, a tensão da fase A é a maior das três entre o
período de 30º a 150º levando D1 a condução. A fase B é a maior de 150º a 270º,
fazendo D2 conduzir. E a fase C é a maior entre 270º e 390º (ou 30º do próximo ciclo),
o que provoca a condução de D3. De forma análoga, cada diodo inferior da ponte
conduz quando a fase ligada ao mesmo apresenta o menor valor instantâneo dentre as
três. Desta forma, pode-se constatar que a fase A tem menor tensão de 210º a 330º,
fazendo D4 conduzir. A fase B de 330º a 450º (90º do próximo ciclo), o que faz D5
conduzir. E a fase C de 90º a 210º, levando D6 a condução. O resultado final dos
estados de condução são seis etapas de operação, tal que em cada etapa, dois diodos (um
da parte superior e um da parte inferior) estão conduzindo, como mostra a Fig. 3.14.Em

cada etapa de operação duas fases estão conectadas a carga, uma através de um diodo
superior e a outra através de um diodo inferior. A tensão de saída é dada pelo valor
instantâneo das tensões entre as fases conectadas à carga em cada uma das seis etapas
de operação mostradas, conforme mostra a Fig. 3.15.

Fig. 3.14 - Tensões nas três fases e diodos em condução nas seis etapas

Fig. 3.15 – Forma de


onda da tensão de
saída de um retificador trifásico de onda completa.
Note que a frequência da componente fundamental da tensão é igual a 6 vezes a
frequência das tensões de alimentação. Ou seja, para a rede de 60Hz, a tensão de saída
apresenta oscilação de 360 Hz.O ripple na corrente de carga pode ser reduzido ainda
mais se for utilizado um indutor série. Observa-se que as expressões para o cálculo da
tensão e corrente médias continuam sendo válidas para carga RL. A máxima tensão
reversa e a corrente média nos diodos são obtidas da mesma forma que no retificador de
ponto médio. Entre as vantagens do retificador em ponte de Graetz sobre o retificador
de ponto médio, citam-se: maior tensão de saída ( para uma mesma tensão de entrada),
menor riple da tensão de saída e maior frequência da componente fundamental da
tensão de saída (isso requer filtros de menor peso e volume).
3.2 . Objetivo específico

Verificar, através de simulação, quantitativamente e qualitativamente o


comportamento dos parâmetros de projetos e desempenho dos diversos retificadores não
controlados isolados.

3.3. Estruturas

As estruturas a serem analisadas são:

- Retificador monofásico de onda completa com RL em ponto médio, mostrado na


figura 01;
- Retificador trifásico de meia onda com RL, mostrado na figura 02;
- Retificador trifásico de onda completa, mostrado na figura 03.

3.4. PROCEDIMENTOS

3.4.1- Para cada estrutura apresentada determine através de simulação as forma de onda
da tensão e corrente de entrada, tensão e corrente de saída, tensão reversa nos
diodos, corrente direta nos diodos.

3.4.2- Através do Cursor do Probe do Pspice verifique os valores das amplitudes


encontradas nas simulações, o valor médio e eficaz da tensão e corrente de saída, o
fator de ondulação. Compare com os valores teóricos.

3.5. Simulações em plot

3.5.1
 Circuito 1

Figura 3.16 - Estrutura monofásica com ponto médio.

Para o circuito 1, através do procedimentos especificados acima, foram


alcançados os seguintes plots, após a simulação:

Tensões no PSpice
Figura 3.17–Gráficos das tensões de entrada e de saída para o circuito
Correntes de entrada e saída

Figura 3.18–Gráficos das correntes de entrada e de saída para o


circuito1

Tensões reversas nos diodos

Figura 3.19 – Gráficos das tensões reversas nos diodos para o circuito 1.

Correntes diretas nos diodos .


Figura 3.20–Gráficos das correntes diretas nos diodos para o circuito 1 .

Valor médio e RMS para a tensão de saída

Figura 3.21 – Gráfico do valor médio e RMS para a tensão de saída do


circuito 1.

Valor médio RMS para a corrente de saída

Figura 3.22– Gráfico do valor médio e RMS para a corrente de saída do


circuito1.
Fator de ondulação

Figura 3.23 – Gráfico do Fator de Ondulação para o circuito da figura1.

3.5.2

 Circuito 2
Figura 3.24 - Estrutura trifásica de meia onda.

Para o circuito 2, através dos procedimentos especificados no roteiro, foram alcançados os


seguintes plots, após a simulação.

Tensões de entrada

Figura 3.25–Gráficos das tensões de entrada para o circuito2.

Tensão de saída

Figura 3.25 – Gráfico da tensão de saída para o circuito 2.

Correntes de entrada
Figura 3.26 – Gráficos das correntes de entrada para o circuito 2.

Corrente de saída

Figura 3.27 – Gráfico da corrente de saída para o circuito 2.

Tensões reversas nos diodos


Figura 3.28 – Gráficos das tensões reversas nos diodos para o circuito 2.

Tensões diretas nos diodos

Figura 3.29 – Gráficos das tensões diretas nos diodos para o circuito 2.

Tensões de saída média e RMS

Figura 3.30 – Gráficos da tensão de saída média e RMS para o circuito 2.

Correntes de saída média e Rms

Figura 3.31 – Gráficos da corrente de saída média e RMS para o circuito 2.


Fator de ondulação

Figura 3.32 – Gráfico do Fator de Ondulação para o circuito2.

3.5.3

 Circuito 3

Figura 3.33 -Estrutura trifásica de onda completa.

Para o circuito 3, através do procedimentos especificados no roteiro, foram alcançados os


seguintes plots, após a simulação.
Tensões no PSpice

Figura 3.34 - Gráficos das tensões de entrada para o circuito 3.

Tensão de saída

Figura 3.35 – Gráfico da tensão de saída para o circuito 3.


Correntes de entrada

Figura 3.36 – Gráficos das correntes de entrada para o circuito 3.


.
Corrente de saída

Figura 3.37 – Gráfico da corrente de saída para o circuito3.

Tensões reversas nos diodos

Figura 3.38 – Gráficos das tensões reversas nos diodos para o circuito3.

Tensões diretas nos diodos

Figura 3.39 – Gráficos das tensões diretas nos diodos para o circuito 3.

Valor médio e RMS para tensão de saída


Figura 3.40 – Gráficos do valor médio e RMS para a tensão de saída do circuito3.

Valor médio e RMS para corrente de saída

Figura 3.41 – Gráficos do valor médio e RMS para a corrente de saída do circuito3.

Fator de Ondulação

Figura 3.42 – Gráfico do Fator de Ondulação para o circuito3.

3.6 - Discussões dos resultados

De acordo com os circuitos experimentais, podem-se fazer algumas observações


em relação aos retificadores. Para o retificador de meia onda observa-se uma baixa
eficiência. A frequência de ondulação na saída é igual à frequência de entrada. Para
evitar que a tensão na carga se torne instantaneamente negativa devido à presença da
indutância (ângulo de condução maior do que p), emprega-se o diodo de "roda-livre".
Se a corrente de carga se anula em cada ciclo de funcionamento da estrutura, a
condução é dita descontínua. Caso contrário, ela é dita contínua.
O fato de a condução tornar-se contínua ou não, é consequência da constante de
tempo da carga. Para constantes de tempo elevadas (L muito grande) a condução poderá
ser contínua. A condução contínua pode apresentar maior interesse prático, pois implica
numa redução das harmônicas da corrente de carga.
No circuito retificador de onda completa com carga RL, a indutância reduz o
conteúdo harmônico da corrente. Para indutâncias elevadas pode-se ter uma corrente de
carga praticamente contínua. Quando se utiliza cargas indutivas há o aparecimento de
distorções nas formas de ondas, decorrente do efeito indutivo sobre a corrente.

3.7 Conclusão

Neste experimento foi possível se familiarizar com os retificadores de vários


tipos, como os retificadores de onda completa, meia onda e retificadores com diodo de
roda livre; nestes retificadores foram utilizadas cargas indutivas.
No circuito retificador de onda completa em ponte foi observado o
aparecimento de formas de onda da tensão e corrente distorcidas no primário do
transformador devido à existência de componentes DC no secundário que não aparecem
no primário. Estas componentes causam um deslocamento da característica
ferromagnético do transformador devido ao desequilíbrio entre as potências aparentes
do primário e do secundário. Isto indica que esse tipo de retificador não apresenta
aplicação prática e é utilizado apenas para fins didáticos uma vez que a tensão média e a
potência média obtida na carga para esta configuração são muito baixas.
Observou-se também que em retificadores que alimentam cargas indutivas
ocorre condução durante o semi-ciclo negativo da tensão e este problema pode ser
resolvido com a utilização de um diodo de roda livre que se encarrega de conduzir
durante o período em que ocorreria a condução no semi-ciclo negativo. A indutância é
importante quando se deseja uma forma de onda contínua da corrente na carga e, quanto
maior é o valor da mesma, mais contínua se apresentará a corrente na carga.
Foi observado que na utilização do retificador em ponte, há uma vantagem de
um esforço de tensão menor sobre os diodos, entretanto precisa-se de um número maior
de diodos para este circuito. No retificador de Ponto Médio há a utilização de dois
diodos, porém necessita-se de um transformador de ponto médio.

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