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Bianca Aiello

Gustavo Aguiar
Larissa Ornelas
Mônica Nicolau Nassif

TRABALHO DE INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO (IED)

Livro Fundamentos de História do Direito (Organizador: Antonio Carlos Wolker)

Trabalho do primeiro período do


curso de Direito, apresentado a
Faculdades Integradas de Jaú, como
exigência parcial para obtenção de
nota da matéria de Introdução ao
Estudo do Direito

Professora: Nathalia Mariah Mazzeo


Issa Vieira

JAÚ
2018
Livro: FUNDAMENTOS DE HISTÓRIA DO DIREITO (Organizador: Antonio
Carlos Wolkmer)

Capitulo 5 – Direito Romano Clássico: Seus Institutos Jurídicos e seu legado


(Francisco Quint Anilha Véras Neto)

1. Faça um resumo dos pontos mais importantes do capítulo.

O Império Romano e suas etapas históricas estavam fixados no modo de


produção escravagista e nas grandes propriedades dos patrícios, motor do
desenvolvimento econômico. A sociedade romana desigual gerou a luta de
classes entre patrícios e plebeus, que levou à elaboração da Lei das XII
tábuas, aumentando o poder dos plebeus. A forma de dominação se dava pela
religião, inicialmente politeísta e com formas humanas e, depois marcada pela
expansão do cristianismo. Temos uma sociedade patriarcal, com um poder
exacerbado do pater familias romano (pátrio poder), tal corpo social é o que
mais se aproxima do nosso período colonial escravagista.

Nesse mundo escravagista, devido à desigualdade extrema na sociedade, os


fortes eram beneficiados no sistema jurídico que existia, e era embasado nos
planos econômico e militar. Não havia autoridade e coerção públicas para
poder implementar decisões judiciais, não havia sanção penal nem um poder
público capaz de impor a sanção jurídica de forma organizada e centralizada.

O direito Romano, que vigorou por 12 séculos, continua vivo em muitas


instituições contemporâneas, principalmente nas concernentes ao direito de
propriedade no seu prisma civilista e ao direito das obrigações, norteando o
caráter privalístico do nosso Código Civil e a legítima defesa da posse da
propriedade como direito real (erga omnes). Institutos do Direito Romano
usados até hoje: contratos de compra e venda o mútuo, comodato, depósito,
penhor, hipoteca. Já no declínio do Império Romano, foi feita a compilação
sobre o que conhecemos do Direito Romano por ordem do Imperador
Justiniano, foi chamado posteriormente, em 1583, de “Corpus Juris Civilis”.
As fazes históricas do Império Romano corresponde a etapas cronológicas
plenamente delimitadas, dividas em quatro períodos, temos em primeiro
momento o período da Realeza (da origem de Roma até 510 a.C). Onde é
atribuída uma origem lendária aos romanos, através da lenda de Rômulo e
Remo, nesta fase temos o surgimento de alguns institutos políticos-juricos
vinculados a um Estado Teocrático, assim como um rei com plenos poderes,
ou seja, o rei era magistrato único, vitalício e irresponsável, o Direito era
essencialmente costumeiro, sendo a jurisprudência monopolizada pelos
pontífices.

A segunda fase é o Período da República (510 a.C até 27 a.C). A plebe


consegue o direito de participar de algumas funções, e as magistraturas
ganharam mais prestígio. A terceira fase é o Período do Principado (27 a.C até
285 d.C). Temos a divisão de classes segundo a riqueza imobiliária. Aqui, as
fontes do direito são o costume, a lei e os editos dos magistrados.

E por fim temos o Período do Baixo Império (de 285 d.C até 585 d.C). A
passagem ao Império foi progressiva. Nesse período se destacam alguns dos
maiores jurisconsultos e criadores de conceitos tópicos da “ciência jurídica
romana”. O Baixo Império é o último período da civilização romana, decadência
política e cultural e a cristianização do Império. A fonte do Direito passa a ser a
Constituição Imperial.

O próximo passo é o fixar a importância da Lei das XII Tábuas, do Corpus Juris
Civile, e de alguns institutos jurídicos romanos maios importantes, como a
propriedade, a personalidade e o direito obrigacional. A plebe pleiteou leis
escritas, já que os magistrados patrícios julgavam pelas tradições e havia muita
incerteza quanto a essa aplicação (Código escrito das leis romanas,
distribuídos em tábuas).

A lei das XII Tábuas foi elaborada pro uma comissão de três magistrados
encarregados de pesquisar, na Magna Grécia, as leis de Sólon, propiciando a
criação de um código de pesquisar de leis romanas.
A Lei das XII tábuas já protegia a propriedade, punindo quem atentasse contra
ela. Havia o ritual de compra e venda bem como o reconhecimento do
usucapião sob determinadas condições. Surgem aí conceitos de co-
propriedade (condominium) e teorias subjetivas de posse, como poder de fato
(apreensão física), intenção de possuir e depois de coisa corpórea. Conceito de
pessoa física ou natural, e pessoa jurídica. Para ter capacidade jurídica plena,
o sujeito deveria ser cidadão romano, livre e gozar de situação independente
no seio da família. Vínculo entre credor e devedor era material, pois o devedor
responde com o próprio corpo, depois passou a ser jurídico (imaterial).
Imperador Justiniano escolhe três compiladores do Direito, e depois foram
acrescentadas outras modificações mediante Constituições Imperiais. Ao
conjunto dá-se o nome de “Corpus Iuris Civilis”, designação criada por juristas
ocidentais, na Idade Moderna.

A política do Pão e Circo com grandes espetáculos públicos no Coliseu, com


feras e gladiadores. O Estado tornou-se insolvente e falsário, exército foi sendo
dizimado pelas rebeliões populares (guerra civil interna). Os bárbaros foram
chegando e os habitantes das cidades foram migrando para o campo em busca
da segurança privada dos grandes proprietários, que tinham exércitos
particulares para se defender. O escravo foi sendo substituído pela economia
de subsistência, com escambo (troca pelo trabalho servil e escambo), e a
Europa se fragmenta em unidades descentralizadas. A queda do Império em
476 d.C é o último passo no processo de desintegração. A essa altura os
Imperadores tinham abraçado o catolicismo. O feudalismo emerge dessa
decadência, como uma nova estrutura jurídica, política e cultural.

Segundo Norberto Bobbio, durante a Idade Média, o Direito Romano foi


substituído pelos costumes locais e pelo direito próprio das populações
germânicas ou bárbaras. Mas depois, ressurge com o aparecimento da Escola
Jurídica de Bolonha, difundindo-se não apenas nos territórios antes dominados
pelo Império Romano, mas também pela Alemanha, Países Baixos,
Escandinávia e Inglaterra. Para os países que sofreram sua influência, o direito
Romano é um fenômeno cultural, pois os juristas romanos eram homens
práticos, menos afeitos a questões filosóficas que os gregos.
As produções jurídicas, apesar de embasarem na lógica jurídica abstrata, não
eram sistemáticas. A sistematização do direito ocorre em etapa posterior, e
coloca o direito como disciplina histórica. A partir da incorporação dos
postulados do direito romano, o direito ocidental adquire o caráter dedutivo que
lhe é característico. Os conceitos foram codificados e transformados em
máximas de direito. Segundo P. Anderson, o direito romano, garantia um
conceito de propriedade absoluta, sem restrições, oponível em relação a
terceiros e independente de outros fatores extrínsecos, pois na Grécia, Egito,
etc, a propriedade era relativa, ou seja, condicionada por direitos superiores de
outras autoridades. Foi à jurisprudência romana que, pela primeira vez,
emancipou a propriedade privada de todo requisito ou restrição extrínsecos.

O Direito Romano, caracterizou uma civilização de modo de produção


escravagista. A ordem prática criada pelo direito romano foi baseada no uso de
artifícios jurídicos para uma sociedade desigual. Europa e suas colônias
adotaram o sistema romano germânico, permitindo o surgimento de uma ordem
liberal individualista no continente europeu. A ordem legal capitalista encontrou
substratos fundantes no sistema romano germânico, pelos seus aspectos
racionalizantes, que permitiram o capitalismo nas economias modernas.
Common Law sofreu influência da ordem romana e gerou regras de equity.

Ainda que se possa levantar críticas às instituições romanas (escravidão,


rigidez formal e práticas imperialistas), é inegável a influência dos monumentos
jurídicos, como a Lei das XII Tábuas e o Código de Justiniano (Corpus Juris
Civilis), sobre a formação do Direito Moderno Ocidental.

2. Descreva detalhadamente qual foi, para o grupo, a característica mais


marcante da história do direito narrada no capítulo.

O direito romano continua vivo em várias instituições liberais individualistas


contemporâneas, principalmente naquelas instituições jurídicas concernentes
ao direito de propriedade no seu prisma civilista e ao direito das obrigações. È
um direito que vigorou por 12 séculos. A enorme diferença entre plebeus e
patrícios levou a plebe a pleitear leis escritas, já que antes, os magistrados
patrícios julgavam pelas tradições, gerando muita incerteza quanto à sua
aplicação.

O Código escrito foi distribuído em XII tábuas, legalizando o poder paterno, a


inferioridade feminina (a mulher era absolutamente incapaz no início do
Período Republicano), a propriedade tinha papel essencial para os romanos
(Roma era agrária). Muitos preceitos presentes no nosso Código Civil são
advindos dessa época.

Segundo Fustel de Coulanges, em “A cidade antiga”, os romanos foram


pioneiros na fixação da propriedade privada, já que outros povos admitiam esta
forma de propriedade, mas apenas para rebanhos e colheitas.

A propriedade configura–se perpétua e impassível de contestação por outros


como objeto de propriedade perpétua das famílias. Mas, mesmo sendo o mais
forte poder de uma pessoa sobre um objeto, mesmo em Roma o direito à
propriedade nunca teve caráter absoluto e ilimitado. O direito de propriedade
toma como ponto de partida o direito Romano. O direito da propriedade foi
concebido em termos jurídicos pelos romanos.

A lei das XII tábuas já protegia a propriedade, quem atentasse contra ela.
Como o primeiro povo a conceber a autonomia da Ciência Jurídica, 13 séculos
de experiência nos deixou o que é hoje denominado Direito Romano.

3. Que característica o grupo pode apontar como relevante para a maneira


como o direito se estrutura hoje? Ou seja, qual "herança" você pode dizer
que ficou, da época narrada no capítulo, para o direito de hoje?

O direito romano continua vivo, norteando o caráter privatístico do nosso


Código Civil. As estruturas jurídicas, a terminologia e diversas figuras jurídicas
do nosso Código Civil, assim como grande parte dos códigos civis ocidentais,
são originários no direito romano.
No Direito, foi o Império Romano o primeiro a distinguir direito público, criando
leis que fixavam os direitos e obrigações do Estado e dos cidadãos, do direito
privado, regulando as relações familiares. Também foi neste período que,
formalmente surgiram os credores, devedores, proprietários e arrendatários.

O sistema jurídico romano era caracterizado por uma pluralidade de fontes de


produção, o que, interagindo uns com os outros, assegurou o dinamismo do
sistema conjunto e ao mesmo tempo a sua flexibilidade em soluções dos casos
individuais que surgiram a partir da prática.

O direito romano constituiu-se em um dos mais importantes sistemas jurídicos


criados desde sempre, entusiasmando diversas culturas em tempos diferentes.

Seus numerosos institutos estão vivos, alguns exatamente como foram, ou com
alterações tão pequenas que se reconhecem claramente suas origens. Há
artigos no Código Civil brasileiro que são apenas traduções dos textos juristas
romanos.

De acordo com o art. 422 do Código Civil, os contratantes “são obrigados a


guardar, assim na conclusão do contrato, como em sua execução, os
princípios da probidade e da boa fé”. Tal instituto não foi invenção do referido
diploma. A boa fé já estava prevista no direito romano. Gaio, em enunciado
incluído no Digesto, já dizia que o credor, ao exigir quantia superior à devida,
perderia tanto o excesso exigido quanto todo o restante, visto que este agiu
de má-fé. O nosso CDC, em seu art. 42, parágrafo único, estipula que, nos
casos em que o credor fizer cobranças indevidas, o devedor terá direito à
repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou a mais.

O artigo 186 do C.C, por exemplo, que trata dos danos causados ilicitamente,
gerando prejuízo a outrem, é uma evolução da chamada Lex Aquilia, de 286
a.C. É o que é chamado até hoje de responsabilidade aquiliana.

Do mesmo modo o artigo 1253 do C.C trata do direito de propriedade sobre as


construções e plantações, nada mais é do que a consagração do principio
“superfícies solo cedit” presentes nas fontes romanas: tudo aquilo que é
construído (ou plantado) no solo passa a integrá-lo e, conseqüentemente, a
pertencer ao proprietário do terreno.

Algumas noções jurídicas modernas surgiram da reiteração das fontes


históricas do direito romano: os conceitos jurídicos de direito objetivos (norma
agendi) e subjetivos (ius est facultas agendi), conceitos extremante importantes
para o direito público, e também os conceitos de ato e fato jurídico e a questão
da irretroatividade das leis civis.

Não somente o direito privado moderno foi influenciado pelo direito romano,
mas também uma grande parte dos nossos direitos fundamentais já existia no
chamado ius commune, tais princípios ganharam fôlego e reconhecimento na
Revolução Francesa. Muito dos valores e idéias centrais de nossas modernas
Cartas Magnas, já estavam presentes no direito romano, inclusive os conceitos
atuais de “direito” e “justiça”.

Algumas das soluções jurídicas romanas, especialmente de direito privado,


provaram-se atemporais, sendo adotadas até hoje.

Em suma, ainda que se possa levantar críticas as instituições romanas


(escrivão, rigidez formal e praticas imperialistas) é inegável a influencia dos
monumentos jurídicos como a Lei das XII Tábuas e o Código Justiniano
(Corpus Juris Civilis) sobre a formação do direito moderno brasileiro.

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