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Beira
2017
UNIVERSIDADE ZAMBEZE
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA DE PROCESSOS
INDUSTRIAIS
Autor:
Orientador:
Beira, 2017
1
Epigrafe
I
DECLARAÇÃO
Eu, nome, declaro que esta Monografia é resultado do meu próprio trabalho e
está a ser submetido para a obtenção do grau de licenciatura em Engenharia de
Processos Industriais na Universidade Zambeze, Beira.
Ela não foi submetida antes para obtenção de nenhum grau académico ou para
avaliação, em nenhuma outra Universidade.
Beira,_______de___________________de 2018
__________________________________________________
()
II
AVALIAÇÃO FINAL – PARECER DO ORIENTADOR
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
()
III
DEDICATÓRIA
IV
AGRADECIMENTOS
V
Indice
VI
RESUMO
VII
ABSTRAT
VIII
LISTA DE FIGURAS
Figura 1.6.1: Obra de entrada. Fonte: O Autor ............................................................... 14
Figura 1.6.2: Reator anaeróbio. Fonte: O autor .............................................................. 15
Figura 1.6.3: a) Camara de passagem; b) Filtro biológico percolado. Fonte: O autor ... 16
Figura 1.6.4: Decantador Secundário. Fonte: O autor .................................................... 17
Figura 1.6.5: Estacão de tratamento terciário. Fonte: O autor ........................................ 18
Figura 1.6.6: Leitos de secagem. Fonte: O autor ............................................................ 20
IX
LISTA DE TABELA
X
1. INTRODUÇÃO
1
1.1. Problema de investigação
A água é um dos recursos, mas consumidos por todo ser vivente neste planeta;
por isso mesmo, se tem a grande responsabilidade de sermos racionais com este
indispensável recurso que beneficia a todas as pessoas, animais e plantas no mundo.
Se necessita estabelecer informação sobre o estado actual de cada uma das unidades
da planta de tratamento de águas residuais do município da Beira, para determinar que
esta esteja trabalhando de uma forma eficiente na remoção de contaminantes das águas
residuais deste centro de tratamento e contribuindo de uma forma positiva para o
ambiente com uma menor quantidade de cargas contaminantes do corpo receptor.
1.3. OBJECTIVOS
1.3.1. Objectivo geral
1.4. Hipóteses
1.4.1. Hipótese Básica
3
CAPÍTULO I: REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
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Para determinar as necessidades de tratamento e a correcta tecnologia de
tratamento, se devem identificar os parâmetros para ser medidos de acordo ao uso que
se tem dado a água, como se indica na tabela 1.1.
Tabela 1.1: Parâmetros ou Características que se Medem para Determinar a Qualidade da Água
Contaminada
Parâmetros Medidos em
Propriedades físicas
Cor Resíduos domésticos e industriais, decomposições de
Odor materiais orgânicos
Sólidos Águas residuais em decomposição, resíduos industriais.
Temperaturas Abastecimento de água, resíduos domésticos e industriais,
erosão de solos, infiltração de águas subterrâneas, resíduos
mineiros.
Resíduos domésticos e industriais e mineiros. Centrais.
Componentes químicos
Orgânicos
Carboidratos Resíduos domésticos, actividades comerciais e industrias
Gorduras animais, Resíduos domésticos, actividades comerciais e industrias
óleos, graxas Resíduos agrícolas
Pesticidas Resíduos industriais
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Inorgânicos Resíduos domésticos, actividades comerciais e industriais
Alcalinidade Resíduos domésticos, actividades comerciais e industriais
Cloretos Resíduos domésticos, abastecimento de água, actividades
Metais pesados comerciais e industriais.
Nitrogénio
Acidez
Fosforo
Enxofre
Gases
Sulfeto de Decomposição de resíduos domésticos.
hidrogénio Decomposição de resíduos domésticos.
Metano Abastecimento de água, actividades comerciais e
Oxigénio industriais.
Constituintes biológicos
Animais Cursos de água abertos e plantas de tratamento.
Plantas Cursos de água abertos e plantas de tratamento.
Bactérias Resíduos domésticos, infiltração de águas superficiais,
plantas de tratamento.
Fonte: Adaptado de Camarero, 2009
Segundo (2) são aquelas que contem despejos humanos, animais e caseiros.
Também se inclui infiltração de águas subterrâneas. Estas águas residuais são típicas de
zonas residenciais, mas que não se efectuam operações industriais, ou só em uma escala
muito pequena.
1.3.2. Sanitárias
São as mesmas que as domésticas, porem que estas incluem não só as águas
negras domésticas, mas também os despejos industriais da população (2).
1.3.3. Pluviais
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Formadas por todo o escurecimento superficial das chuvas, que fluem desde os
tetos, pavimentos e outras superfícies naturais do terreno (2).
1.3.4. Combinadas
São uma mistura das águas negras domésticas e sanitárias e das águas pluviais,
quando se colectam no mesmo esgoto (2).
1.3.5. Industriais
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Um processo de tratamento da água residual capaz de atingir os padrões de
qualidade exigidos para a reutilização e protecção da saúde pública é o elemento crítico
do sistema de reutilização (4).
Um tratamento convencional de águas residuais consiste numa combinação de
processos físicos, químicos e operações de remoção de sólidos, matéria orgânica,
organismos patogénicos, metais e alguns nutrientes. Os termos mais vulgarmente
utilizados para descrever os diferentes graus de tratamento são: tratamento preliminar,
primário, secundário, terciário e tratamento de afinação.
Os processos de tratamento de uma ETAR para reutilização resultam da
aplicação das mesmas tecnologias aplicadas nas ETAR convencionais. O desafio na
concepção de uma ETAR para reutilização é conceber um esquema de tratamento
atendendo a uma análise custo-benefício que cumpra os objectivos pretendidos. O
tratamento a aplicar em cada ETAR para reutilização varia de acordo com a qualidade
do produto final pretendido.
Os esquemas de tratamento simples envolvem processos de separação sólido-
líquido e de desinfecção, processos mais complexos combinam processo
fisícos/químicos e biológicos aplicando uma abordagem de remoção multibarreia (4).
Tratamento primário
Tratamento secundário
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tratado. Tipicamente o efluente tratado deste tipo contem níveis de 10 a 30 mg/l de
CBO e SST atingindo eficiências de remoção de SST superiores a 99% (4)
Dependendo do processo de operação, 10 a 50% de azoto orgânico é removido
durante o tratamento secundário convencional e o fósforo é convertido em fosfato
(PO43-). As lamas biológicas produzidas durante o tratamento secundário são tratadas
por digestão aeróbia ou anaeróbia, compostagem ou estabilização e desidratação. Em
todas as configurações de processos biológicos de crescimento em suspensão para
remoção biológica do fósforo, inclui-se uma zona anaeróbia seguida de uma zona
aeróbia. O processo de remoção de fósforo mais comum é um processo com uma fase
anaeróbia seguida de uma aeróbia, normalmente designado por Phoredox, ou
esquematicamente reapresentado por A/O, sendo que o A representa a fase anaeróbia e
o O a fase aeróbia. Existem várias modificações a esta configuração (5).
12
1.6 A Estacão de tratamento de águas residuais da Beira
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Níveis de tratamento da estacao de tratamento de águas residuais da Beira
Tratamento preliminar (pré-tratamento)
O esgoto bruto chega a ETAR por uma tubulacao de aco corbono, por gravidade
e passa previamente, por uma caixa de entrada onde, atraves de uma comporta de
extravasão (by pass), o esgoto pode ser lancado directamente nos momentos de vazoes
intensas ou de necessidade de manuntencao da ETAR. Da comporta principal, o esgoto
passa pela grade grossa de limpeza manual, com espacamento de 10 cm entre as barras,
onde são retidos os sólidos de grandes dimensões, e dirige-se para as grades finas
mecanizadas, que apresentam espacamento entre barras de 1.25 cm.
Posteriormente, es encaminhada para as peneiras mecanicas tipo “Step Screen”
ou escala, cujos espacos entre as barras são de 6 mm. O material removido das peneiras
es transportado por um parafuso helicoidal para uma prensa, sendo lancada em uma
cacamba que tambem recebe o material removido da grade manual e da grade fina
mecanizada.
O liquido efluente das peneiras passa pelos desarenadores, onde a areia
depositaa es removida por um parafuso helicoidal, lancada em coreira transportadora e a
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seguir descarregada na cacamba de areia. Apos passar pelos desarenadores, o esgoto
recebe o liquido clarificado da centrifuga na caixa distribuidora da vazao e, dai, dirige-
se para o reactor anaerobio (RAFA).
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Tratamento secundario
1.5.1.1.1. Filtro biologico percolador
a) b)
Tratamento de lamas
a) Processos primários:
As lamas produzidas são compostas na sua maioria por sólidos sedimentáveis.
Caracterizam-se por conterem um teor relativamente elevado de matéria orgânica,
grande parte da qual é facilmente biodegradável (lamas primárias). Estas lamas podem
exalar um forte odor, principalmente se ficarem retidas por um tempo elevado nos
decantadores, em condições de elevada temperatura.
b) Processos secundários
Nestes processos predominam os tratamentos biológicos, os quais têm como
base o potencial de transformação da matéria orgânica pelo metabolismo microbiano.
Resultante dessa actividade microbiana há produção de biomassa constituída por
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fracções orgânicas e inorgânicas. Estas lamas são vulgarmente designadas por lamas
secundárias. As características e as quantidades deste tipo de lamas variam com as taxas
de crescimento e as taxas metabólicas dos vários microorganismos intervenientes e o
processo biológico envolvido.
c) Processos terciários:
As lamas geradas são resultantes de processos físico-químicos e/ou biológicos
conducentes à remoção de nutrientes (azoto e fósforo), e, ou sólidos suspensos totais
(para afinamento da água residual tratada, de modo a ser sujeita ao processo de
desinfecção). No caso de serem resultantes de processos físico-químicos, embora a
quantidade de lamas dependa do tipo de reagentes usados e das taxas a que são
adicionados, não existe uma relação teórica claramente definida entre a massa de
químicos adicionada e a massa de lamas produzida. São exemplos de precipitados
químicos produzidos: os fosfatos, os carbonatos e os hidróxidos, entre outros.
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Figura 1.6.6: Leitos de secagem. Fonte: O autor
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O cumprimento da legislação ambiental que rege o descarte de efluentes e a
qualidade de águas de corpos hídricos receptores é fundamental para o efectivo controlo
da poluição. Entretanto, o seu uso é bastante complexo devido à falta de investimentos,
aos entraves e diferenças existentes entre os planos teóricos e a pratica por parte das
industrias, das companhias de saneamento e até mesmo dos próprios órgãos
responsáveis pela gestão ambiental do Estado (VON SPERLING, 1998a).
𝐶𝑜 − 𝐶𝑒
𝐸= × 100 𝑒𝑞. 1.1
𝐶𝑜
Onde:
𝐸 = Eficiência de remoção (%);
𝐶𝑜 = concentração afluente do poluente (mg/l);
𝐶𝑒 = concentração efluente do poluente (mg/l).
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Sateles, Medrado e Pasqualetto (2003), elaboraram um diagnóstico da eficiência
de uma ETAR, com a finalidade de verificar se os parâmetros de monitoramento do
esgoto estavam dentro dos padrões aceitáveis pela legislação. Os resultados mostraram
que devido as ligações clandestinas de água pluvial, a vazão que chega a ETAR variava
no período de chuva, sendo factor extremamente importante para determinar sua
eficiência.
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CAPÍTULO II: MATERIAL E MÉTODOS
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Os dados do monitoramento da estação, bem como os parâmetros calculados por
meio desses foram analisados por meio de estudo estatístico com o intuito de analisar o
desempenho da ETAR da Beira. Nos dados foi analisada uma análise por meio das
principais estatísticas descritivas do número total de dados dos parâmetros analisados
(Tª, 𝑝𝐻, OD, DQO, 𝐷𝐵𝑂5, SST, N, P e CF), utilizando para este fim as variáveis média,
mediana, número máximo e mínimo e desvio padrão com a finalidade de compara-los
aos valores comumente encontrados na literatura e também com os valores indicados
na legislação pertinente relacionada aos padrões de lançamento de efluentes no pais
(Decreto 18/2004, de 2 de Junho).
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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