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TEMPO
% juros
Fundamentos Básicos da
MATEMÁTICA FINANCEIRA
Prof. Uanderson Rebula de Oliveira
$
R$ 5.000
EMENTA.
Capital, juros, montante, taxa de juros. Sistemas de juros simples. Operações de desconto
Sistemas de juros compostos. Taxa nominal, efetiva e equivalente. Valor do dinheiro no tempo.
Taxa mínima de atratividade versus inflação. Diagrama de fluxo de caixa. Análise do fluxo de
caixa através do Payback Simples e Descontado. Análise do fluxo de caixa através do Valor
Presente Líquido
OBJETIVO.
Compreender os conceitos e os princípios fundamentais da Matemática Financeira para resolver
problemas que envolvam juros simples, compostos, desconto de títulos; Compreender o que é e
para que serve um fluxo de caixa; Saber a diferença do dinheiro em deferentes épocas; Avaliar a
viabilidade de um investimento através do Valor Presente Líquido e Payback.
Campus Resende
2010
NOTA DO PROFESSOR
No mundo atual, extremamente complexo e globalizado, as questões financeiras surgem a todo o
momento no nosso cotidiano.
Precisamos ficar atentos, pois utilizamos diariamente inúmeras operações para tomarmos
algumas decisões em relação ao dinheiro. São empréstimos, compra e venda, pagamentos de tarifas de
luz, água, impostos, aplicações em bancos, tudo isso relacionado com a economia do país.
É possível citar, também, as decisões importantes que tomamos quanto aos financiamentos para
a aquisição de carros, casas, terrenos etc e aos financiamentos que as empresas fazem para aquisição
de máquinas, equipamentos etc.
A oscilação do preço do financiamento representado pela elevação ou queda das taxas de juros,
o estabelecimento de prazos para a conclusão das operações de financiamento e de investimento, o
risco inerente a cada decisão são problemas financeiros latentes de solução.
A Matemática Financeira oferece o instrumental ideal para lidar com os fatos citados. Há extrema
necessidade das pessoas em geral e, especificamente da classe estudantil, tomarem conhecimento
desse poderoso instrumental para auxiliá‐los no entendimento e nas respostas a tais questões.
O conhecimento básico das operações de financiamento e investimento habilita o cidadão a
escolher caminhos racionais com nível de risco pré‐determinado.
O objetivo desta apostila é apresentar de forma simples e objetiva os fundamentos básicos da
Matemática Financeira. Trata‐se de um estudo introdutório visando principalmente a sua utilização
como apoio no curso, especialmente a disciplina “Gestão Financeira de Empresas”, cujos estudantes
precisam no exercício de suas atividades dos conhecimentos básicos da matéria.
Uanderson Rebula
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Sumário
-5-
SUMÁRIO
UNIDADE 1 – FUNDAMENTOS DA MATEMÁTICA FINANCEIRA
1.1 CONCEITOS DE MATEMÁTICA FINANCEIRA, 7
1.2 CAPITAL, MONTANTE, JUROS, TAXA DE JUROS E PRAZO, 10
1.3 REGIME DE JUROS SIMPLES E JUROS COMPOSTOS, 15
1.3.1 Conceito de juros simples, 15
1.3.2 Conceito de juros compostos, 15
1.3.3 Cálculo dos juros simples, 16
1.3.4 Cálculo dos juros compostos, 19
1.4 OPERAÇÕES DE DESCONTO, 21
1.4.1 Desconto simples, 21
1.4.2 Desconto composto, 22
1.5 TAXA NOMINAL, EFETIVA E EQUIVALENTE, 23
UNIDADE 2 – FLUXO DE CAIXA
2.1. VALOR DO DINHEIRO NO TEMPO, 26
2.2. DIAGRAMA DE FLUXO DE CAIXA, 27
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS, 28
Unidade 1
FUNDAMENTOS DA
MATEMÁTICA FINANCEIRA
• Consiste em empregar procedimentos matemáticos para simplificar a operação financeira.
• Não é necessário esperar o tempo passar para saber o resultado de uma operação financeira, basta
executar determinados cálculos matemáticos para antecipar o resultado!
Ex.: Se eu aplicar R$ 1.000 na caderneta de poupança por três anos, com juros de 7% ao ano, qual o
valor total que receberei no final da aplicação? Eu não preciso esperar três anos para saber o valor
total, basta efetuar simples cálculos oferecidos pela matemática financeira!
• O que se conhece como Matemática Financeira está muito mais próximo das pessoas do que se imagina.
A Matemática Financeira faz parte do nosso dia a dia.
Aplicações atuais da Matemática Financeira
Atualmente a Matemática Financeira possui diversas aplicações no sistema econômico, algumas situações estão
presentes no cotidiano das pessoas, como financiamentos de casa pela caixa econômica federal, financiamentos
de carros, realizações de empréstimos, compras a crediário ou com cartão de crédito, aplicações na caderneta de
poupança, CDB’s, investimentos em bolsas de valores, cálculos das taxas de inflação (perda do poder de compra)
entre outras situações.
Todas as movimentações financeiras são baseadas na estipulação prévia de taxas de juros, considerando o fato
“tempo”. Ao realizarmos um empréstimo a forma de pagamento é feita através de prestações mensais acrescidas
de juros, isto é, o valor de quitação do empréstimo é superior ao valor inicial do empréstimo, a essa diferença
damos o nome de juros.
A matemática financeira também é utilizada na análise de investimentos (Engenharia Econômica), pois busca
ajudar na decisão de onde um valor deve ser aplicado, considerando estritamente a rentabilidade que
determinada operação resultará. Veremos este assunto em “Gestão Financeira de Empresas”.
APLICAR O DINHEIRO na aquisição de BENS que NÃO GERAM DINHEIRO; pelo contrário,
tiram o dinheiro da conta bancária, como CARROS DE LUXO, CASA NA PRAIA etc. (ou
seja: CRIAR DESPESAS);
TOMAR DINHEIRO EMPRESTADO de um banco e pagá‐lo, ao LONGO do TEMPO, para
“COBRIR” as DESPESAS ou contrair “MAIS DESPESAS”.
COMPRAR ou VENDER a VISTA/a PRAZO SEM uma análise financeira de qual opção é
mais vantajosa.
PRÁTICA DAS EMPRESAS:
) APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Ao invés de contrair despesas, APLICAR O DINHEIRO EM UM BANCO, por exemplo,
para que, APÓS ALGUM TEMPO, obtenham rendimentos (juros);
) INVESTIMENTOS
APLICAR O DINHEIRO EM IMÓVEIS DE RENDA, SISTEMAS PRODUTIVOS, BOLSA DE
VALORES, investirem em outras empresas etc. para que APÓS ALGUM TEMPO
obtenham rendimento;
) FINANCIAMENTOS
COMPRAR MÁQUINAS, equipamentos etc. parcelado e pagar ao LONGO DO TEMPO.
“Pagar com o próprio lucro” obtido na operação;
) EMPRÉSTIMOS
Tomar dinheiro emprestado e aplicar na empresa e dar prosseguimento ou expansão
das operações, e pagar ao LONGO DO TEMPO.
) Efetuar compras ou vendas a vista/a prazo com análise financeira da opção mais
vantajosa.
Como se vê, as empresas realizam a todo o momento operações financeiras que são as aplicações financeiras, os
investimentos, financiamentos e empréstimos; e se envolvem com operações de compras e vendas a prazo/ a vista.
Observe que todas essas operações envolvem tempo. A figura abaixo pode esclarecer as operações financeiras que
envolvem as empresas:
Considerações finais
No quesito “TEMPO” tanto as empresas como as pessoas físicas necessitam de uma ferramenta precisa e eficaz
para auxiliá‐las nos cálculos para TOMADA DE DECISÕES.
Todo investidor busca a melhor rentabilidade de seus recursos, e para que se possa medir o seu retorno faz‐se
necessária a aplicação de cálculos financeiros que possibilitam a tomada de decisão e a gestão financeira das
empresas.
A Matemática Financeira surge como um MÉTODO para AVALIAR ALTERNATIVAS e ajudar na TOMADA DE
DECISÃO.
Diante das situações acima, podemos observar que o estudo da Matemática Financeira, com todas as suas
fórmulas e fatores, é feito em função do crescimento de urna certa quantia em dinheiro aplicada com o tempo,
isto é, dos juros. Portanto: PALAVRA CHAVE DA MATEMÁTICA FINANCEIRA: “JUROS”.
) CAPITAL1 é o VALOR NO INICIO DA OPERAÇÃO. No exemplo seria R$100.
) MONTANTE2 é o VALOR NO FINAL DA OPERAÇÃO. No exemplo seria R$140
) JUROS é o VALOR DO ACRÉSCIMO DA OPERAÇÃO. No exemplo seria R$40 ($140–$100).
) TAXA DE JUROS é a TAXA DE CRESCIMENTO DO DINHEIRO, obtido pela divisão JUROS.
No exemplo seria $40 = 0,40 ou 40% em 6 meses. CAPITAL
$100
) PRAZO é o PERÍODO DA OPERAÇÃO. No exemplo seriam 6 meses.
O EXEMPLO 1 PODE SER FACILMENTE VISUALIZADO ATRAVÉS DA FIGURA ABAIXO:
Esses são os conceitos básicos em Matemática Financeira.
___________________
1 Alguns autores definem capital como “valor presente”, “valor inicial”, “capital inicial”, “valor atual” ou “principal”.
2 Alguns autores definem montante como “valor futuro” ou “valor final”, “capital final”.
) CAPITAL é o VALOR NO INICIO DA OPERAÇÃO. No exemplo seria R$10.
) MONTANTE é o VALOR NO FINAL DA OPERAÇÃO. No exemplo seria R$15
) JUROS é o VALOR DO ACRÉSCIMO DA OPERAÇÃO. No exemplo seria R$5 (R$15–R$10).
) TAXA DE JUROS é a TAXA DE CRESCIMENTO DO DINHEIRO, obtido pela divisão JUROS.
No exemplo seria $5 = 0,50 ou 50% em 1 ano. CAPITAL
$10
) PRAZO é o PERÍODO DA OPERAÇÃO. No exemplo seria 1 ano
EXEMPLO 3 – CASO DE COMPRA A PRAZO
Um PEN DRIVE custa à vista R$100 ou a prazo em 6x de R$20, totalizando R$120.
) CAPITAL é o VALOR NO INICIO DA OPERAÇÃO. No exemplo seria $100.
) MONTANTE é o VALOR NO FINAL DA OPERAÇÃO. No exemplo seria $120 ($100+$20)
) JUROS é o VALOR DO ACRÉSCIMO DA OPERAÇÃO. No exemplo seria $20 ($120–$100).
) TAXA DE JUROS é a TAXA DE CRESCIMENTO DO DINHEIRO, obtido pela divisão JUROS.
No exemplo seria $20 = 0,20 ou 20% em 6 meses. CAPITAL.
$100
) PRAZO é o PERÍODO DA OPERAÇÃO. No exemplo seria 6 meses.
1. Observe a propaganda ao lado e informe:
Qual o capital?___________________________________________
Qual o valor do montante? _________________________________
Qual o valor do juro cobrado?_______________________________
Qual a taxa de juro?_______________________________________
R$718,80
Qual o prazo?____________________________________________
2. Observe a propaganda ao lado e informe:
Qual o capital?___________________________________________
Qual o valor do montante? _________________________________
Qual o valor do juro cobrado?_______________________________
Qual a taxa de juro?_______________________________________
Qual o prazo?____________________________________________
3. Um Fusca estava sendo vendido à vista pelo valor de R$8.000. Robervaldo comprou a prazo
pagando um valor total de $ 9.500, após 12 meses.
Qual o capital?_____________________ Qual o valor do montante? _________________________
Qual o valor do juro cobrado?_________________ Qual a taxa de juro?_______________________
Qual o prazo?_________________
4. Para um empréstimo de $500 foram pagos, além do valor do empréstimo, mais $70 de acréscimo,
após 6 meses.
Qual o capital?_____________________ Qual o valor do montante? _________________________
Qual o valor do juro cobrado?_________________ Qual a taxa de juro?_______________________
Qual o prazo?_________________
5. A quantia de $2.000 foi aplicada em um banco e, após 1 mês, retornou ao investidor $2.040:
Qual o capital?_____________________ Qual o valor do montante? _________________________
Qual o valor do juro cobrado?_________________ Qual a taxa de juro?_______________________
Qual o prazo?_________________
6. Numa aplicação na caderneta de poupança obtive um rendimento de $200 em 6 meses. Sabendo‐se
que o valor aplicado foi de $1.600, informe:
Qual o capital?_____________________ Qual o valor do montante? _________________________
Qual o valor do juro cobrado?_________________ Qual a taxa de juro?_______________________
Qual o prazo?_________________
7. Qual foi o valor dos juros resultante de uma operação em que foi investido um capital de $1.225 e
que gerou um montante de $1.487?
_____________________________________________________________________________________
8. Qual o valor do investimento em um banco que gerou um resgate de $1.500, sabendo‐se que o
rendimento desta aplicação foi de $378?
_____________________________________________________________________________________
9. Converta as taxas a seguir da forma percentual para a forma unitária, e vice‐versa:
a) 25%___________ b) 5%___________ c) 1,5%___________ d) 0,5%__________ e) 0,18%___________
f) 0,16___________ g) 0,0034___________ h) 0,07___________ i) 0,5__________ j) 0,65____________
NOTAS:
) O crescimento do dinheiro ao longo do tempo é denominado CAPITALIZAÇÃO.
) Chamamos de REGIMES DE CAPITALIZAÇÃO a maneira como os juros evoluem ao longo do
tempo, podendo ser REGIME de JUROS SIMPLES e REGIME de JUROS COMPOSTOS.
1. Apliquei $1.000 no banco a uma taxa de 10% a.m. durante 3 meses. Determine o montante no final
de cada período pelos sistemas de juros simples e compostos.
1.a. Sistema de Juros Simples:
2
3
1.b. Sistema de Juros Compostos:
2
3
CÁLCULO DETALHADO
C = 10.000 M = c(1 + i.n)
M = ? M = 10.000 (1 + 0,05.3)
i = 5% → 0,05 M = 10.000 (1 + 0,15)
n = 3 meses M = 10.000 (1,15)
M = 11.500
Observe que M=11.500 é o mesmo resultado do exemplo A, da página 15, quando fizemos passo a passo.
CÁLCULO
C = 2.000
J = ? J = c.n.i
i = 6% → 0,06 J = 2.000 . 2 . 0,06
n = 2 anos J = 240
EXEMPLO 4
A que TAXA DE JUROS simples foi empregado o capital de $2.000 que rendeu em 2 anos $240 de juro?
CÁLCULO
C = 2.000 J = c.n.i
J = 240 240 = 2.000 . 2 . i
i = ? 240 = 4000i
n = 2 anos i = 0,06 ou 6%
EXEMPLO 5
Qual o CAPITAL necessário para se ter um montante de $15.000 daqui a 3 anos, a uma taxa de 8% a.a.
no regime de juro simples?
CÁLCULO
C = ? M = c(1 + i.n)
M = 15.000 15.000 = c(1 + 0,08.3)
i = 8% → 0,08 15.000 = 1,24c
n = 3 anos C = 12.096
EXEMPLO 6
Um comerciante, após uma consulta de preços para a aquisição de um carro, recebeu a seguinte
proposta: pagamento à vista de $15.000 ou 18.000, após 2 meses. Qual é a TAXA DE JUROS simples?
CÁLCULO
C = 15.000 M = c(1 + i.n)
M = 18.000 18.000 = 15.000(1 + i.2)
i = ? 18.000 = 15.000 + 30.000i
n = 2 meses 18.000 ‐ 15.000 = 30.000i
3.000 = 30.000i
i= 0,10 ou 10%
EXEMPLO 7
A papelaria Risque e Rabisque investiu um capital de $6.000 à taxa de juros simples de 5% a.m.
Quantos MESES serão necessários para que ela tenha $7.800?
CÁLCULO
C = 6.000 M = c(1 + i.n)
M = 7.800 7.800 = 6.000 (1 + 0,05.n)
i = 5% → 0,05 7.800 = 6.000 + 300n)
n = ? 7.800 ‐ 6.000 = 300n
1.800 = 300n
n = 6 meses
2 ‐ Tomou‐se emprestada a importância de $1.200, pelo prazo de 2 anos, à taxa de juros simples de 30% a.a.
Qual será o valor do juro a ser pago? (CRESPO, p81).
j=$720
3 ‐ Calcule o Capital que deve ser depositado numa aplicação sob o regime de juros simples, durante 8 meses, à
taxa de 3,5% a.m. para se conseguir um Montante de $190. (SICSÚ, p9).
C = $148
4 ‐ Temos um capital de $12.000 e o aplicamos a uma taxa de juros de simples de 2,4% a.m. Qual o valor a ser
resgatado ao final de 10 meses? (SENAC, p21).
M = 14.480
5 ‐ Qual o capital que, aplicado por 1 ano e 6 meses (18 meses), à taxa 1,2% a.m., rendeu $19.008? (CRESPO, p88).
C=$88.000
6 ‐ Um investidor aplicou $200 por 4 meses à taxa de juros simples 1% a.m. Qual o montante? (Adapt. SICSÚ, p.15).
M = $208
7 ‐ Se, ao final de 4 meses, Luís deve pagar $ 1.200 por um empréstimo, à taxa de juros simples de 3% a.m., qual
foi o valor do seu empréstimo? (SENAC, p13).
C = 1.071
8 ‐ Quantos meses são necessários para se obter um montante de $7.000, sabendo‐se que o capital investido foi
de $5.000 à taxa de juros simples de 4% a.m. (PROFESSOR).
n = 10 meses
Observe que M=11.576 é o mesmo resultado do exemplo B, da página 15, quando fizemos passo a passo.
EXEMPLO 3
Qual o CAPITAL necessário para se ter um montante de $15.000 daqui a 3 anos, a uma taxa de 8% a.a.
no regime de juro composto?
CÁLCULO
c = ? M = c (1 + i)n
M = 15.000 15.000 = c(1 + 0,08)3
i = 8% → 0,08 15.000 = 1,2597c
n = 3 anos C = 11.907
EXEMPLO 4
Apliquei $2.000 à taxa de juros composta de 6 % a.a. por 2 anos. Quanto de JUROS recebi?
CÁLCULO
c = 2.000 M = c (1 + i)n
J = ? M = 2000 (1 + 0,06)2
i = 6% → 0,06 M = 2000 (1,06)2
n = 2 anos M = 2247
J=M‐C → 2247‐2000 → J=247
____________
*SENAC, 2008, p.18
EXEMPLO 5
A que TAXA DE JUROS composta foi empregado o capital de $2.000 que rendeu em 2 anos $240 de
juro?
CÁLCULO
c = 2.000 i = (M/c) 1/n ‐ 1
M = 2240 i = (2240/2000) 1/2 ‐ 1
i = ? i = (1,12) 1/2 ‐ 1
n = 2 anos i = (1,12) 0,5 ‐ 1
i = 1,0583 – 1 → 0,058 ou 5,8%
EXEMPLO 6
A papelaria Risque e Rabisque investiu um capital de $6.000 à taxa de juros composto de 5% a.m.
Quantos MESES serão necessários para que ela tenha $7.800?
CÁLCULO
n = log(M/c) ÷ log(1+i)
c = 6.000 n = log(7800/6000) ÷ log(1+0,05)
M = 7.800 n = log(1,3) ÷ log(1,05)
i = 5% → 0,05 n = 0,1139 ÷ 0,0211
n = ? n = 5,4 meses
0,4 x 30 = 12 dias
5 meses e 12 dias
Usamos o logaritmo “log” para calcular períodos. No exemplo acima basta clicar
na calculadora eletrônica Log 1,3 = 0,1139 e Log 1,05 = 0,211
___________________________________________________________________________________
• Todo título de crédito (duplicatas, notas promissórias, cheques etc.) tem uma data de vencimento; porém,
o devedor pode realizar o pagamento antecipadamente, obtendo com isso um abatimento denominado
desconto. Portanto, quando o devedor efetua o pagamento antes do dia predeterminado, ele se beneficia
(tem uma recompensa) com um abatimento correspondente ao juro que seria gerado por esse dinheiro
durante o intervalo de tempo que falta para o vencimento.
• A operação consiste na aplicação de uma taxa de juros, denominada taxa de desconto, sobre o montante,
durante um determinado período, reduzindo‐lhe o valor.
• Ora, o credor pode precisar do dinheiro antes da data de vencimento do título e para isso ele concede um
desconto sobre o valor que ele tenha a receber.
• Regra fundamental: A TAXA DE DESCONTO INCIDE SOBRE O MONTANTE.
Basicamente, existem dois sistemas de descontos: Desconto simples e Desconto composto.
O desconto comercial simples pode ser calculado aplicando a seguinte expressão matemática:
ELEMENTOS FÓRMULA BÁSICA
D = valor do desconto
M = Montante (ou valor nominal) D = M * i *n
i = taxa de desconto unitária
n = prazo ou tempo
Exemplo 1. Qual o desconto simples de um título no valor de R$ 50.000 se ele for pago 2 meses antes do
vencimento à uma taxa de 5 % a.m.? Qual será o valor atual?
D = ? D = M * i *n
M = 50.000 D = 50.000 * 0,05 * 2
i = 5% → 0,05 D = 5.000
n = 2 meses
Valor atual = M‐D
Valor atual = 50.000 – 5.000 = 45.000
Exemplo 2. Um título de $10.000 vence daqui a 3 meses. Se quiser pagar hoje, a instituição financeira oferece um
desconto simples com uma taxa de desconto de 3,5% ao mês. Qual o valor de desconto? Qual o valor atual?
D = ? D = M * i *n
M = 10.000 D = 10.000 * 0,035 * 3
i = 3,5% → 0,035 D = 1.050
n = 3 meses
Valor atual = M‐D | Valor atual = 10.000 – 1.050 = 8.950
1.4.2 Desconto Composto
O desconto racional composto é utilizado basicamente em operações de longo prazo. Pode ser calculado
aplicando a seguinte expressão matemática:
ELEMENTOS FÓRMULA BÁSICA
Va = valor atual
M = Montante (ou valor nominal) Va = M
i = taxa de desconto unitária (1+ i)n
n = prazo ou tempo
Exemplo 1. Qual o desconto composto de um título no valor de R$ 50.000 se ele for pago 2 meses antes do
vencimento à uma taxa de 5 % a.m.? Qual será o valor atual?
Va = ? Va = M
M = 50.000 (1+ i)n
i = 5% → 0,05 Va = 50.000 = 45.351
n = 2 meses (1+0,05)2
Valor atual = 45.351 | Desconto = 50.000 – 45.351 = 4.649,
Exemplo 2. Um título de $10.000 vence daqui a 3 meses. Se quiser pagar hoje, a instituição financeira oferece um
desconto composto com uma taxa de desconto de 3,5% ao mês. Qual o valor de desconto? Qual o valor atual?
Valor atual = 9.019 | Desconto = 10.000 – 9.019 = 981,
_____________________________________________________________________________________
EXERCÍCIO 5 - EXERCITANDO OS CONCEITOS DE DESCONTOS
1. Qual o desconto simples e composto de um título no valor de R$ 40.000 se ele for pago 4 meses antes do
vencimento à uma taxa de 4 % a.m.? Quais os valores atuais?
2. Um título de $80.000 vence daqui a 6 meses. Se quiser pagar hoje, a instituição financeira oferece um desconto
com taxa de 2% ao mês. Qual o valor de desconto simples e composto? Quais os valores atuais?
3. Determine o valor atual de um título de $800, saldado 4 meses antes de seu vencimento, à taxa de desconto de
2% a.m.. Considerar simples e composto. (Crespo, p.128).
4. Qual o desconto que um título de $5.000 sofre ao ser descontado 3 meses antes de seu vencimento, à taxa de
2,5% a.m. Considerar simples e composto. (Crespo, p. 128)
Exemplos:
1% ao mês com capitalização mensal 7% ao ano com capitalização anual
Taxa Nominal
É aquela em que a unidade de tempo de referência não coincide com a unidade de tempo dos períodos
de capitalização.
Exemplos:
3% ao mês com capitalização anual 12% ao ano com capitalização mensal
Taxa Equivalente
É aquela que, no regime de juros compostos, ao ser aplicada ao mesmo capital, num mesmo intervalo
de tempo, produzem montantes iguais. Exemplo:
1% ao mês é equivalente a 12,68% ao ano.
; Informar a um poupador que um título rende 12% a.a. ou 1% a.m. não está correto. Na realidade, 1%
a.m. equivale a 12,68% a.a, em função dos juros compostos.
; Informar ao poupador que um título rende 36% a.a. ou 3% a.m. também não procede. Na realidade,
36% a.a. é o mesmo que 2,6% a.m.
; O comerciante quando diz ao prestamista que a taxa de juros será 4% ao mês ou 48% ao ano, está
dando uma falsa informação. Na verdade, 4% ao mês equivale a 60,1% ao ano.
A equivalência das taxas indica uma simples mudança na unidade de contagem do tempo da operação.
Expressões matemáticas básicas e de fácil manuseio que nos fornece a equivalência de duas taxas são:
ELEMENTOS FÓRMULAS RELACIONADAS
ia tx anual Ib tx bimestral
is tx semestral im tx mensal (1+ia)1 => (1+is)2 => (1+it)4 => (1+ib)6 => (1+im)12 => (1+id)360
it tx trimestral id Tx dária
(1+ia)1 → Um ano (1+ib)6 → Um ano têm 6 bimestres
Considerando que: (1+is)2 → Um ano têm 2 semestres (1+im)12→ Um ano têm 12 meses
(1+it)4 → Um ano têm 4 trimestres (1+id)360 → Um ano têm 360 dias
Observe que essas fórmulas se relacionam. Assim, se eu quero saber a taxa anual e tenho a taxa mensal, usarei a
seguinte expressão: (1+ia)1 => (1+im)12. Caso eu tenha a taxa anual e queira saber a taxa mensal, usarei a mesma
expressão.
Portanto, podemos montar uma tabela orientativa, com as seguintes fórmulas relacionadas:
Ano para mês → (1+ia)1 => (1+im)12 Ano para bimestre → (1+ia)1 => (1+ib)6
Ano para semestre → (1+ia)1 => (1+is)2 Ano para dia → (1+ia)1 => (1+id)360
Ano para trimestre → (1+ia)1 => (1+it)4
Exemplo 1. Qual a taxa anual de juros equivalente a 1% Exemplo 2. Qual a taxa mensal de juros equivalente a
ao mês? 12,68% ao ano?
(1+ia)1 => (1+im)12 (1+ia)1 => (1+im)12
ia = ? (1+ia) = (1+0,01)12 ia = 12,68% → 0,1268 (1+0,1268)1 = (1+im)12
im = 1% → 0,01 ia = 1,0112 ‐ 1 im = ? (1,1268) 1/12 – 1 = im
ia = 0,1268 ou 12,68% im = 0,0099 ou 1%
Exemplo 3. Qual a taxa anual de juros equivalente a 3% Exemplo 4. Qual a taxa mensal de juros equivalente a
ao mês? 36% ao ano?
(1+ia)1 => (1+im)12 (1+ia)1 => (1+im)12
ia = ? (1+ia) = (1+0,03)12 ia = 36% →0,36 (1+0,36)1 = (1+im)12
im = 3% → 0,03 ia = 1,0312 ‐ 1 im = ? (1,36) 1/12 – 1 = im
ia = 0,4257 ou 42,57% im = 0,026 ou 2,6%
Exemplo 5. Qual a taxa semestral de juros equivalente Exemplo 6. Qual a taxa trimestral de juros equivalente
a 12% ao ano? a 30% ao ano?
(1+ia)1 => (1+is)2 (1+ia)1 => (1+it)4
ia = 12% → 0,12 (1+0,12)1 = (1+is)2 ia = 30% → 0,30 (1+0,3)1 = (1+it)4
is = ? 1,12 1/2 – 1 = is it = ? (1,3) 1/4 – 1 = im
is = 0,0583 ou 5,83% it = 0,0677 ou 6,77%
Unidade 2
FLUXO DE CAIXA
Observe que, de uma forma geral, um diagrama é composto de uma linha horizontal ‐ a linha do tempo ‐ que
mostra os períodos relevantes para o mesmo. Nestes períodos, temos flechas verticais que sinalizam os fluxos,
respeitando‐se a seguinte convenção:
; evento que significa saída de caixa (investimento) arbitrar‐se negativo e o representa por seta
descendente (para baixo ↓);
; evento que significa entrada de caixa (direito) são representados por setas ascendentes (para cima ↑).
O fluxo de caixa também pode ser representado da seguinte forma:
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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Lavras: MG. UFLA/FAEPE, 2004. 213p.
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São Paulo: Saraiva, 1996. 238 p.
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3 ed. São Paulo: Fundamento, 2008. 167p.
MARTINS, José Pio. Educação financeira ao alcance de todos. São Paulo:
Fundamento, 2004. 104 p.
MINELLO, Roberto; RODRIGUES, Marcelo. Matemática financeira e
comercial. Rio de Janeiro: Ferreira, 2009. 280 p.
NETO, Alexandre Assaf. Matemática financeira e suas aplicações. 5 ed. São Paulo: Atlas, 2000. 427 p.
SANTOS, João Carlos dos. Matemática financeira com a calculadora HP12. São Paulo: Villipress, 2001. 135p
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