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Marabá, PA
Julho de 2018
1. INTRODUÇÃO
2. OBJETIVOS:
✓ Produzir iogurte natural;
✓ Analisar o produto obtido;
✓ Discutir sobre as variáveis e problemas do processo.
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3. MATERIAL E MÉTODOS
2.1 Equipamento
✓ Iogurteira Naturalle Cadence elétrica;
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Escolheu-se como matéria prima leite pasteurizado, pois este sofre um processo de
conservação mais brando, o que não altera de forma significativa sua composição original.
Segundo AQUARONE et al, 2017 o leite selecionado a ser utilizado deve preencher as
seguintes condições: acidez sempre inferior a 20 Dº, teor de gordura padronizado, aroma e sabor
normais, ausência de substâncias inibidoras de fermentação lática e ausência de
microrganismos patogênicos.
A elevação da temperatura do leite a 40º C foi realizada devido a inoculação da
cultura de Streptococcus thermophilus e Lactobacilus bulgaricus, presente no iogurte
natural responsável pela fermentação do leite.
Para a correção de sólidos totais da matéria-prima adicionou-se leite em pó a uma
parcela do volume preparado anteriormente, pois proporciona um aumento considerável na
viscosidade e uma diminuição do tempo de fermentação, sendo recomendado adição de 1 a 2%,
níveis maiores poderiam levar ao aparecimento de um sabor desagradável e aroma de soro.
No decorrer da produção do iogurte percebeu-se que a parcela que continha leite em pó
apresentou uma textura mais agradável e semelhante a esse tipo de leite fermentado, pois houve
uma correção dos sólidos totais, os quais são responsáveis por melhorar a consistência, permitir
a obtenção de um aroma agradável, diminuir a separação do soro e aumentar a estabilidade do
iogurte. O que não ocorreu com a parcela que não continha leite em pó, a qual apresentou
separação do soro prejudicando a consistência do produto final.
Quanto ao processo de fermentação, ainda segundo AQUARONE et al, 2017
inicialmente a baixa acidez do meio (<20 ºD) favorece o desenvolvimento S. thermophilus,
estimulado por alguns aminoácidos vivos, (especialmente a valina) produzidos pelo L.
bulgaricus, provocando um aumento da acidez. Nessa fase, o S. thermophilus libera ácido
fórmico que é estimulante no desenvolvimento do L. bulgaricus. Ao se atingir
aproximadamente 46 ºD, o meio se torna pouco propício ao S. thermophilus, favorecendo o
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rápido desenvolvimento do L. bulgaricus com produção de acetaldeído, o principal responsável
pelo aroma característico do iogurte.
Durante a fermentação as duas bactérias crescem simbioticamente, produzindo ácido
lático e compostos aromáticos. Com o aumento da acidez o pH se aproxima de 4,6, que é o
ponto isoelétrico da proteína do leite ocorrendo a formação do coágulo.
É desejável que no final da fermentação, realizada a 42 ºC, a proporção numérica entre
as duas espécies microbianas seja 1:1, igual a do início do processo. A acidez ao final da
fermentação deve estar entre 85 ºD e 90 ºD.
O iogurte que continha leite em pó apresentou uma elevação da acidez satisfatória,
porém a última alíquota deveria ter sido coletada em um tempo inferior a 1 hora, pois dessa
forma o processo fermentativo teria sido interrompido antes que ultrapassasse 90º D. Todavia,
o iogurte apresentou acidez igual a 108,36º D, o que caracterizou um sabor com acidez
acentuada.
Na tabela 1 abaixo, são apresentados os valores de acidez em ºD para o iogurte com leite
em pó, aferidos em intervalos médios de 1 hora.
Tabela 1- Teor de acidez lática presente no iogurte com leite em pó, coletados em intervalos de 1 hora.
Iogurte com leite em pó
Ác. Lático
41.02 42.57 50.31 56.5 64.24 77.4 108.36
(ºD)
Tempo
0 60 120 180 245 310 360
(min)
Fonte: Dados obtidos experimentalmente.
0.9
% Ác. Lático
0.8
0.7
0.6
0.5
0.4
0.3
0 50 100 150 200 250 300 350 400
Tempo (min)
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Figura 2 – Porcentagem de ácido lático em função do tempo de
fermentação.
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Tabela 2- Teor de acidez lática presente no iogurte sem leite em pó, coletados em intervalos de
1 hora.
Iogurte sem leite em pó
Ác. Lático
45.67 44.12 50.31 54.95 65.01 65.01 81.27
(ºD)
Tempo
0 60 120 180 245 310 395
(min)
Fonte: Dados obtidos experimentalmente.
0.65
0.6
0.55
0.5
0.45
0.4
0 100 200 300 400 500
Tempo (min)
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com a realização do experimento foi possível produzir diferentes tipos de iogurtes, com
e sem correção de sólidos totais. Como também se analisou os possíveis problemas ocorridos
ao longo do processo fermentativo.
Com isso, de forma sucinta, alcançou-se os objetivos da prática experimental da
produção de iogurte natural.
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FREDERICO AÉCIO CARVALHO SOARES. COMPOSIÇÃO DO LEITE: FATORES QUE
ALTERAM A QUALIDADE QUÍMICA. Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 2013.