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Universidade Federal Rural de Pernambuco

Pró-reitoria de Pesquisa e Extensão


Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências

Análise da Abordagem do
Efeito Fotoelétrico em
Livros Didáticos de Física
Thiago Vicente de Assunção
Charles Teruhiko Turuda
Roteiro da Apresentação

 Objetivo.
 Efeito fotoelétrico.
 Recomendações dos documentos oficiais.
 Metodologia.
 Análises, resultados e discussões.
Objetivo
Objetivo

 Analisar a abordagem dos conceitos associados ao efeito


fotoelétrico presente em livros didáticos de física
aprovados pelo PNLD – 2018.
Referenciais Teóricos
Efeito Fotoelétrico
 Descoberto por Alexandre Becherel (1820-1891), em 1839
(ROONEY, 2013).
 Redescoberto por Heinrich Hertz (1857-1894), em 1887
(EISBERG, RESNICK, 1979; NUSSENZVEIG, 2000; TIPLER,
LLEWELLYN, 2001).
 Não explicado pela teoria ondulatória e pelo
eletromagnetismo de James Clerk Maxwell (1831-1879).
 Explicado completamente por Albert Einstein (1879-1955),
em 1905, o que lhe concedeu seu único prêmio Nobel em
1921.
Parâmetros Curriculares Nacionais
Física Moderna e Contemporânea
“Para o Ensino Médio meramente propedêutico atual,
disciplinas científicas, como a Física, têm omitido os
desenvolvimentos realizados durante o século XX e tratam
de maneira enciclopédica e excessivamente dedutiva os
conteúdos tradicionais. Para uma educação com o sentido
que se deseja imprimir, só uma permanente revisão do que
será tratado nas disciplinas garantirá atualização com o
avanço do conhecimento científico e, em parte, com sua
incorporação tecnológica” (p. 8).
Parâmetros Curriculares Nacionais
História da Física
“Competências e habilidades a serem desenvolvidas em
Física [...]

Reconhecer a Física enquanto construção humana, aspectos


de sua história e relações com o contexto cultural, social,
político e econômico.” (p. 29)
PCN+ Ciências da Natureza, Matemática
e suas Tecnologias
“[...] os índices dos livros didáticos de ensino médio se
tornam, na verdade, uma versão abreviada daqueles
utilizados nos cursos de física básica do ensino superior [...]
os critérios de seleção para definir os conteúdos a serem
trabalhados, na maior parte das vezes, restringem-se ao
conhecimento e à estrutura da Física, sem levar em conta o
sentido mais amplo da formação desejada.
E esse sentido emerge na medida em que o conhecimento de
Física deixa de constituir um objetivo em si mesmo, mas
passa a ser compreendido como um instrumento para a
compreensão do mundo” (p. 61).
Orientações Curriculares para o Ensino
Médio

“O uso da história da ciência para enriquecer o


ensino de Física e tornar mais interessante seu
aprendizado, aproximando os aspectos científicos
dos acontecimentos históricos, possibilita a visão da
ciência como uma construção humana” (p. 64).
Base Nacional Curricular Comum
Habilidades
“(EM13CNT301) Construir questões, elaborar hipóteses,
previsões e estimativas, empregar instrumentos de medição
e representar e interpretar modelos explicativos, dados e/ou
resultados experimentais para construir, avaliar e justificar
conclusões no enfrentamento de situações-problema sob
uma perspectiva científica. [...]
(EM13CNT308) Analisar o funcionamento de equipamentos
elétricos e/ou eletrônicos, redes de informática e sistemas
de automação para compreender as tecnologias
contemporâneas e avaliar seus impactos” (p. 545).
Metodologia
Escolha dos Livros de Física

 Critérios de seleção.

 Programa Nacional do Livro Didático (PNLD – 2018).

 12 obras: escolha de 3 obras (25% do todo).

 Editoras diferentes.
Livros Selecionados
Etapas
 Leitura flutuante.

 Divisão dos textos em unidades.

 Categorização.

 Codificação.

 Análise.

(BARDIN, 2011)
Categorização

[LA-11]
Outro ponto a ser considerado diz respeito à intensidade
da luz incidente sobre a placa metálica. Quanto maior a
intensidade da luz sobre a placa, maior a quantidade de
elétrons arrancados. Contudo, a energia dos fotoelétrons
não aumenta; portanto, a energia cinética dos elétrons
ejetados não se altera. Isso significa dizer que, se a luz
incidente não possuir a frequência mínima necessária,
mesmo aumentando sua intensidade o efeito fotoelétrico
não ocorrerá.
Categorização

[LA-11a]
Outro ponto a ser considerado diz respeito à intensidade
da luz incidente sobre a placa metálica. Quanto maior a
intensidade da luz sobre a placa, maior a quantidade de
elétrons arrancados. Contudo, a energia dos fotoelétrons
não aumenta; portanto, a energia cinética dos elétrons
ejetados não se altera. Isso significa dizer que, se a luz
incidente não possuir a frequência mínima necessária,
mesmo aumentando sua intensidade o efeito fotoelétrico
não ocorrerá.
Categorização

[LA-11b]
Outro ponto a ser considerado diz respeito à intensidade
da luz incidente sobre a placa metálica. Quanto maior a
intensidade da luz sobre a placa, maior a quantidade de
elétrons arrancados. Contudo, a energia dos fotoelétrons
não aumenta; portanto, a energia cinética dos elétrons
ejetados não se altera. Isso significa dizer que, se a luz
incidente não possuir a frequência mínima necessária,
mesmo aumentando sua intensidade o efeito fotoelétrico
não ocorrerá.
Categorização

[LA-11c]
Outro ponto a ser considerado diz respeito à intensidade
da luz incidente sobre a placa metálica. Quanto maior a
intensidade da luz sobre a placa, maior a quantidade de
elétrons arrancados. Contudo, a energia dos fotoelétrons
não aumenta; portanto, a energia cinética dos elétrons
ejetados não se altera. Isso significa dizer que, se a luz
incidente não possuir a frequência mínima necessária,
mesmo aumentando sua intensidade o efeito fotoelétrico
não ocorrerá.
Categorização

[LA-11d]
Outro ponto a ser considerado diz respeito à intensidade
da luz incidente sobre a placa metálica. Quanto maior a
intensidade da luz sobre a placa, maior a quantidade de
elétrons arrancados. Contudo, a energia dos fotoelétrons
não aumenta; portanto, a energia cinética dos elétrons
ejetados não se altera. Isso significa dizer que, se a luz
incidente não possuir a frequência mínima necessária,
mesmo aumentando sua intensidade o efeito fotoelétrico
não ocorrerá.
Categorização
Código Unidade de Contexto Categoria Subcategoria
Outro ponto a ser considerado diz
[LA-11a]I respeito à intensidade da luz Informativo
incidente sobre a placa metálica.
Quanto maior a intensidade da luz
[LA-11b]Af sobre a placa, maior a quantidade de Alegórico Fenomenológico
elétrons arrancados.
Contudo, a energia dos fotoelétrons
não aumenta; portanto, a energia
[LA-11c]Af Alegórico Fenomenológico
cinética dos elétrons ejetados não se
altera.
Isso significa dizer que, se a luz
incidente não possuir a frequência
[LA-11d]Af mínima necessária, mesmo Alegórico Fenomenológico
aumentando sua intensidade o efeito
fotoelétrico não ocorrerá.
Codificação
Análises, resultados e discussões
Categorias e Subcategorias
 Histórico.
[LA-3d]H: “O trabalho de Einstein mostrou que o efeito
fotoelétrico não pode ser interpretado com base no
modelo ondulatório da luz”.
 Alegórico explicativo.
[LA-3b]E: “[...] ou seja, carrega uma quantidade bem
definida de energia”.
 Alegórico fenomenológico.
[LA-11b]F: “Quanto maior a intensidade da luz sobre a
placa, maior a quantidade de elétrons arrancados”.
Categorias
 Informativo.
[LA-11a]I: “Outro ponto a ser considerado diz respeito à
intensidade da luz incidente sobre a placa metálica”.
 Definição.
[LA-5a]D: “A energia mínima para extrair (arrancar) um
elétron de uma placa metálica é chamada de função
trabalho (W) do material dessa placa”.
Categorização
Análise: Frequência
Distribuição Percentual das Categorias
100%
90%
80%
70%
60%
50%
40%
30%
20%
10%
0%
LA LB LC
Histórico Alegórico Definição Informativo
Análise: Frequência
Histórico
25

20

15

10

5 LA
Informativo 0 Alegórico LB
LC

Definição
Análise: Frequência
LA LB LC

Histórico Alegórico
Definição Informativo
Alguns Outros Resultados
 Os autores dos livros analisados buscaram imergir o leitor
no ambiente científico, visto que privilegiaram a parte
histórica e a compreensão do fenômeno.
 A literatura mostra que a inserção da história da ciência
no ensino de física promove a ideia de não
espontaneidade da ciência e favorece a sua compreensão.
 O Livro A (LA) não investe no contexto histórico tanto
quanto os outros dois livros. Erra-se ao alimentar uma
visão de espontaneidade da ciência. Os autores não citam
quem observou o fenômeno e nem as indagações que
surgem a respeito dele, saltando direto para a explicação
de Einstein.
Alguns Outros Resultados
 O Livro B (LB) mostra todo o percurso histórico desde a
descoberta do fenômeno até o modelo teórico de Einstein.
 O Livro C (LC) segue basicamente a mesma proposta de
LB, mas enfatiza mais a parte inicial da descoberta do
fenômeno e não traz suas aplicações na atualidade. Os
autores não citam o prêmio Nobel de Einstein.
 LB apresenta equilíbrio, tendo elementos bem
distribuídos, apresentando uma boa contextualização,
ilustrações de boa qualidade e em número suficiente e faz
ponte da teoria com as tecnologias utilizadas atualmente.
Referências
Referências
 BARDIN, L. Análise de conteúdo. 1ª. ed. São Paulo:
Edições 70, 2011.
 BARRETO FILHO, B.; DA SILVA, C. Física aula por aula:
eletromagnetismo, física moderna. 3. Ed. São Paulo:
editora FTD, 2016.
 BRASIL. Base Nacional Comum Curricular. Brasília:
Ministério da Educação, 2018.
 _________. Orientações Curriculares Complementares aos
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+): Ciências da
Natureza, Matemática e suas Tecnologias. Brasília: MEC,
2006.
Referências
 _________. Orientações Curriculares para o Ensino Médio:
Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias.
Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação
Básica, 2006.
 _________. Parâmetros Curriculares Nacionais: Ciências
Naturais. Brasília: MEC/SEF, 1997.
 EISBERG, R.; RESNICK, R. Física quântica: átomos,
moléculas, sólidos, núcleos e partículas. São Paulo:
Elsevier, 1979.
Referências
 GUIMARÃES, Osvaldo; PIQUEIRA, José R.; CARRON, Wilson.
Física 3: eletromagnetismo e física moderna. 2. Ed. São
Paulo: editora Ática, 2017.
 NUSSENZVEIG, H. M. Curso de Física: ótica, relatividade,
física quântica. 1a. Ed. 1ª reimpressão. São Paulo: Edgar
Blücher, 2000.
 TIPLER, P. A.; LLEWELLYN, R. A. Física moderna. 3a. ed.
Rio de Janeiro: LTC, 2001.
 VÁLIO, Adriana Benetti Marques et al. Ser protagonista:
Física, 3o. ano. 3. ed. São Paulo: SM Ltda., 2016.
Bibliografia Consultada
 AULER, Décio; DELIZOICOV, Demétrio. Alfabetização científico-tecnológica
para quê?. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (Belo Horizonte), v. 3,
n. 2, p. 122-134, 2001.
 ASSUNÇÃO, Thiago Vicente; NASCIMENTO, Robson Raabi. Avaliação do
interesse dos estudantes em relação a atividade experimental e ao conteúdo
científico no ensino de física. Caderno de física da UEFS,v.15, p. 2301.1-9,
2017.
 BAGDONAS, Alexandre; GURGEL, I.; ZANETIC, J. Controvérsias sobre a
natureza da ciência como enfoque curricular para o ensino de física: o ensino
de história da cosmologia por meio de um jogo didático. Revista Brasileira de
Histórica da Ciência, v. 7, n. 2, p. 242-260, 2014.
 CAVALCANTE, Marisa Almeida; TAVOLARO, Cristiane Rodrigues Caetano. Uma
oficina de física moderna que vise a sua inserção no ensino médio. Caderno
Brasileiro de Ensino de Física, v. 21, p. 372-389, 2004.
Bibliografia Consultada
 CAVALCANTE, M. A. O ensino de uma nova física e o exercício da cidadania.
Revista Brasileira de Ensino de Física, v. 21, n. 4, p. 550-551, dez. 1999.
 GATTI, Sandra Regina Teodoro; NARDI, Roberto; SILVA, Dirceu da. História da
ciência no ensino de física: um estudo sobre o ensino de atração gravitacional
desenvolvido com futuros professores. Investigações em Ensino de Ciências,
p. 7-59, 2010.
 GÜNTHER, Hartmut. Pesquisa qualitativa versus pesquisa quantitativa: esta é
a questão. Psicologia: teoria e pesquisa, v. 22, n. 2, p. 201-210, 2006.
 LOZADA, C. O. O essencial invisível aos olhos: uma viagem divertida e colorida
pela estrutura da matéria através de uma sequência ensino. Aprendizagem
para a introdução de física de partículas elementares na 8ª série do ensino
fundamental. 2007. 424 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências e
Matemática) - Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e
Matemática, Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo.
Bibliografia Consultada
 MARTINS, André Ferrer Pinto. História e Filosofia da Ciência no ensino: Há
muitas pedras nesse caminho.. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 24,
n. 1, p. 112-131, 2007.
 MELLO, J. C. D. Os livros didáticos nas políticas curriculares para o Ensino
Médio. XXVI Reunião Anual da ANPEd, 2005.
 MESQUITA, D. S. M. Matéria e radiação: uma abordagem contextualizada ao
ensino de física. 2011. 101 f. Dissertação (Mestrado em Ensino de Ciências) –
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências, Universidade de Brasília,
Brasília.
 NEVES, Marcos Cesar Danhoni. A história da ciência no ensino de
física. Ciência & Educação (Bauru), v. 5, n. 1, p. 73-81, 1998.
Bibliografia Consultada
 OSTERMANN, F.; MOREIRA, M. A. Atualização do currículo de física na escola
de nível médio: um estudo dessa problemática na perspectiva de uma
experiência em sala de aula e da formação inicial de professores. Caderno
Catarinense de Ensino Física, Florianópolis, v. 18, n. 2, p. 135-151, ago.
2001.
 ____________. Uma revisão bibliográfica sobre a área de pesquisa “física
moderna e contemporânea no ensino médio”. Investigações em Ensino de
Ciências, v. 5, n. 1, p. 23-48, 2000.
 PIETROCOLA, M.; OFUGI, C. D. R. Análise de artigos sobre ensino de
relatividade restrita pela transposição didática. In: ENCONTRO DE PESQUISA
EM ENSINO DE FÍSICA, 7, 2000, Florianópolis. Atas... São Paulo: SBF, 2000, p.
1- 13.
 SASSERON, Lúcia Helena; DE CARVALHO, Anna Maria Pessoa. Alfabetização
científica: uma revisão bibliográfica. Investigações em ensino de ciências, v.
16, n. 1, p. 59-77, 2011.
Bibliografia Consultada
 _____________. Almejando a alfabetização científica no ensino fundamental:
a proposição e a procura de indicadores do processo. Investigações em
ensino de ciências, v. 13, n. 3, p. 333-352, 2008.
 SOUZA, Vitor Fabrício Machado; SASSERON, Lucia Helena. As interações
discursivas no ensino de física: a promoção da discussão pelo professor e a
alfabetização científica dos alunos. Ciência & Educação (Bauru), v. 18, n. 3,
p. 593-611, 2012.
 TERRAZZAN, E. A. A inserção da física moderna e contemporânea no ensino de
física na escola de 2º Grau. Caderno Catarinense de Ensino de Física,
Florianópolis, v. 9, n. 3, p. 209-214, dez. 1992.
 VALADARES, Eduardo de Campos; MOREIRA, Alysson Magalhães. Ensinando
física moderna no segundo grau: efeito fotoelétrico, laser e emissão de corpo
negro. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 15, n. 2, p. 121-135, 1998.
Universidade Federal Rural de Pernambuco
Pró-reitoria de Pesquisa e Extensão
Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências

Análise da Abordagem do
Efeito Fotoelétrico em
Livros Didáticos de Física
Estamos gratos Thiago Vicente de Assunção
Charles Teruhiko Turuda
pela sua atenção.
Obrigados!

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