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II Encontro de Iniciação Científica e Pós-Graduação

IFSP – Campus São Paulo

CULTURA E CONSCIENTIZAÇÃO

SANTOS, Marco Aurélio Araujo dos ¹;


ROGGERO, Rosemary ².

RESUMO

Este trabalho faz parte de uma pesquisa em andamento do Mestrado Profissional


em Gestão e Práticas Educacionais realizada na Universidade Nove de Julho
(Uninove), a metodologia adotada neste trabalho foi de um estudo de caso sobre a
conscientização da proteção contra incêndios, realizado em uma instituição de ensino
pública federal, relacionando a cultura com a segurança do trabalho, com o objetivo de
desenvolver um processo de conscientização e de implantação de uma Cultura de
Segurança e a proteção contra incêndios. Foram analisadas neste estudo de caso as
seguintes modalidades de cultura: Cultura Escolar, Cultura Organizacional e Cultura da
Segurança, para isso, os referenciais teóricos adotados foram: [1], [2] e [3].
Palavras-chave: Cultura; Segurança; Conscientização.

ABSTRACT

This is a case study research in Fire Safety Awareness of Master's Program of


Educational Practices and Management at Nove de Julho University (Uninove) and linking
it to the culture and occupational health and safety in an educational institution. The aim of
this research is to promote the Fire Safety Awareness and Safety Culture.The following
cultures tipes were analyzed: school culture, organizational culture and safety culture. The
sources and references used in the research are: [1], [2] and [3].
KeyWords: Culture; Safety; Awareness.

INTRODUÇÃO

O conceito antropológico de cultura engloba uma gama bastante complexa, e inclui


o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e
capacidades adquiridos pelo homem como membro da sociedade, assim, existem diversos
tipos de cultura. A Cultura Escolar está relacionada ao comportamento, normas, questões
didáticas, conteúdos e outros fatores particulares de uma determinada instituição de ensino.
Em uma instituição de ensino também pode haver a Cultura Organizacional, que pode ser
definida como a distinção que uma organização possui das demais, expressa por meio de
valores, normas, cerimônias, políticas internas e externas, atitudes, expectativas e outros
atributos que são compartilhados por todos os membros da organização. A Cultura
Organizacional possui três dimensões (material, psicossocial e ideológica) que são
dependentes entre si. Uma derivação da Cultura Organizacional é a Cultura da Segurança,
que consiste no o conjunto de características e atitudes das organizações e indivíduos, e
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¹ Engenheiro de Segurança do Trabalho, mestrando do programa de Gestão e Práticas Educacionais da


Uninove, São Paulo –SP, e-mail: marcoaurelio@ifsp.edu.br
² Professora doutora do curso de mestrado em Gestão e Práticas Educacionais da Uninove, São Paulo –SP,
e-mail: roseroggero@uol.com.br
estabelece como prioridade questões de segurança em locais de trabalho. A Cultura da
Segurança trabalha com a prevenção e a conscientização sobre a Higiene, Saúde e
Segurança do Trabalho.
Segundo [3], a cultura da escola se tratada como construção da unidade escolar
acrescenta uma perspectiva que situa o estabelecimento de ensino no contexto social,
econômico, político e cultural que influencia na construção permanente dessa organização.
Seu estudo é de grande importância para compreender o estabelecimento de ensino e sua
formação, além das interações sociais que ocorrem no interior da escola. Pode-se perceber
elementos da Cultura Escolar na arquitetura, no mobiliário, nos materiais didáticos, nos
equipamentos de segurança e etc.
De acordo com [2], a existência de diversas culturas aponta um papel ativo dos
membros da organização na transformação da Cultura Organizacional. Na dimensão
material a Cultura Organizacional vai tratar das relações das pessoas com o ambiente
organizacional, a parte psicossocial se refere as relações entre as pessoas da organização
e a dimensão ideológica aborda a relação das pessoas com as normas e os valores da
organização. Por meio da Cultura Organizacional são determinadas as características
únicas de uma organização, sejam elas positivas ou negativas.
[1] aponta para uma cultura democrática, na qual os privilégios são repartidos entre
todos e a condição de vida desumana não pode ser tolerada. A conscientização consiste
no ato de tomar consciência e refletir sobre um determinado assunto, neste contexto, em
sua obra, [1] trabalha a consciência vinculada à emancipação e ao pensar em relação à
realidade, ideias que podem ser aplicadas à Cultura da Segurança, por meio de uma
conscientização social que está diretamente relacionada as percepções individuais de
comportamento e ações compartilhadas dentro de um grupo inserido em um determinado
contexto organizacional, visando à saúde e à segurança coletiva.

OBJETIVOS

Este trabalho tem como objetivo geral desenvolver o processo de conscientização e


de implantação de uma Cultura de Segurança e proteção contra incêndios em uma
instituição federal de ensino. Seus objetivos específicos são: identificar e descrever as
principais falhas do sistema de segurança contra incêndio na instituição objeto desta
pesquisa, analisar como tais falhas interferem na gestão do sistema contra incêndios da
instituição, e apontar interferências necessárias da administração sobre a conscientização
e a gestão do sistema de segurança contra incêndios da instituição.

METODOLOGIA

A metodologia adotada neste trabalho é uma pesquisa de natureza qualitativa,


iniciada no segundo semestre de 2015 até o período atual, utilizando o método de um
estudo de caso, realizado em um campus de uma instituição federal de educação, ciência
e tecnologia objeto, situada no Município de São Paulo, por meio de coleta de dados,
combinando o uso de técnicas de observação participante, entrevistas pessoais e grupo
focal, os sujeitos sociais da pesquisa serão servidores da instituição e alunos, finalizando,
será realizada uma análise dos resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO

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A pesquisa em andamento aponta como resultado uma forte relação da cultura da
instituição de ensino analisada com sua negligência em relação à Saúde e Segurança do
Trabalho, pois as instituições educacionais constituem um espaço singular, onde se
realizam trocas simbólicas e de comunicação determinadas pelo Estado e pelos grupos
sociais que estabelecem os padrões organizacionais. Assim, muitos gestores não se
consideram responsáveis diretos por assumir a promoção da segurança e saúde no
trabalho, demonstrando a falta de Cultura da Segurança na instituição.

CONSIDERAÇÕES FINAIS/CONCLUSÃO

Embora culturalmente no Brasil muitas questões de segurança sejam


negligenciadas, é inadmissível a exposição do público da instituição de ensino ao risco,
pois saúde e segurança são direitos sociais fundamentais e obrigatórios de acordo com a
constituição. Nos casos de incêndio, todos sem distinção podem ser atingidos pelo fogo de
forma incontrolável e sofrer graves consequências caso a prevenção correta não seja
realizada. A conscientização da segurança contra incêndio deve ser aplicada a todos,
juntamente com a implantação de um sistema eficaz de proteção contra incêndio, não
sendo essa uma conscientização de classe, mas uma conscientização colaborativa que
não exclui nenhum indivíduo, na qual todos têm a mesma importância visando o bem
comum.

REFERÊNCIAS

[1] ADORNO, Theodor Ludwig Wiesengrund. “Educação – Para quê?”. In: Educação e
Emancipação. 3ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 2003.
[2] FREITAS, Maria Ester de. Cultura Organizacional, Formação, Tipologia e Impactos.
São Paulo: Makron, 1991.
[3] TEIXEIRA, Lúcia Helena Gonçalves. Cultura Organizacional e Projetos de Mudança
em Escolas Públicas, Campinas, SP: Autores associados, 2002.

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